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Como conseguimos ouvir? A audição resulta de alterações na pressão do ar: A amplitude e a frequência das ondas sonoras produzem a experiência perceptiva de volume e tom, respectivamente. As ondas sonoras viajam do ouvido externo pelo canal auditivo até o tímpano. As vibrações dessas ondas estimulam os ossículos, que são ossos presentes no ouvido interno. As vibrações desses ossos estimulam a janela oval, uma membrana localizada sobre a cóclea, uma câmara cheia de líquido localizada no ouvido interno. As ondas de pressão a partir do líquido coclear estimulam a membrana basilar. Essa estimulação causa a inclinação dos receptores sensoriais do ouvido, as células ciliadas. A inclinação das células ciliadas ativa os neurônios do nervo auditivo. Esses neurônios enviam mensagens por meio do tálamo e para o córtex auditivo primário (nos lobos temporais). O tom sonoro é codificado pela frequência e localização: as ondas sonoras de baixa frequência são temporariamente codificadas conforme as células ciliadas cocleares disparam a uma taxa equivalente à frequência das ondas. Para as ondas sonoras de alta frequência, grupos de células ciliadas devem se alternar nos disparos. Na codificação de local, as ondas de alta frequência são codificadas pelas células ciliadas em diferentes locais na cóclea. Os implantes cocleares auxiliam a audição comprometida: os implantes podem ser úteis na perda auditiva estimulando diretamente o nervo auditivo e superando, assim, a falta de células ciliadas no ouvido interno. Gil Marcos - Psicologia Como conseguimos sentir o gosto? Existem cinco sensações básicas de sabor: A gustação, sentido do paladar, é produzida por botões gustativos. Esses botões gustativos estão localizados nas papilas, que são estruturas encontradas na língua. Os cinco tipos de botões gustativos produzem as sensações de sabor: doce, azedo, salgado, amargo e umami (saboroso). Os superprovadores e as crianças pequenas costumam ser exigentes com a comida; percebem as sensações de paladar mais fortemente. Os sentidos do corpo humano A cultura influencia as preferências de sabor: fatores culturais ajudam a determinar as preferências de sabor. Exemplificando, bebês expostos a sabores únicos ao longo da amamentação desenvolvem preferência por esses sabores em comparação aos bebês não expostos. Como conseguimos sentir o cheiro? O olfato detecta os odores: o olfato ocorre quando os odores estimulam receptores de olfato localizados no epitélio olfativo no nariz e na cavidade nasal. Os receptores do olfato enviam mensagens para os neurônios do bulbo olfativo, localizado embaixo dos lobos frontais. Os sinais são enviados diretamente a outras áreas cerebrais, incluindo aquelas que regulam a memória e a emoção. Os seres humanos conseguem diferenciar entre milhares de odores, mas têm dificuldade para nomear odores particulares. Os ferormônios são processados como estímulos olfativos: os ferormônios são compostos químicos liberados por animais: eles não produzem odor, mas são processados pelos receptores de olfato. Podem motivar o comportamento sexual em animais não humanos e funcionar de modo semelhante em seres humanos. Como conseguimos sentir o toque e a dor? A pele contém receptores sensoriais para toque: o toque é conhecido como sentido háptico. As atividades de estimulação tátil ativam os receptores do toque presentes na pele, que respondem à pressão, temperatura e dor. A informação do toque é enviada ao tálamo, que a envia ao córtex somatossensorial primário (no lobo parietal). Existem dois tipos de dor: a dor é necessária para a sobrevivência. A percepção da dor impulsiona os organismos a se autoprotegerem contra danos. Primeiramente, as fibras mielinizadas processam a dor aguda súbita. As fibras não mielinizadas lentas processam a dor crônica entorpecente. Conforme a teoria do controle por portão, a percepção da dor requer ativação dos receptores de dor e processamento medular espinal do sinal. O portão pode ser fechado ou ocupado se outros estímulos forem processados simultaneamente. Referências: Ciência psicológica [recurso eletrônico] / Michael Gazzaniga, Todd Heatherton, Diane Halpern ; tradução: Maiza Ritomy Ide, Sandra Maria Mallmann da Rosa, Soraya Imon de Oliveira ; revisão técnica: Antônio Jaeger. – 5. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2018. Atividades como esfregar uma área ao redor do local dolorido, se distrair ou ter pensamentos alegres podem diminuir a percepção da dor.
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