Prévia do material em texto
UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE PSICOLOGIA PAMELA YAKABE TRABALHO DE PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA Análise do filme “Como estrelas na terra” sobre a perspectiva de Jean Piaget GOIÂNIA – GO 2022 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE PSICOLOGIA PAMELA YAKABE TRABALHO DE PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA Análise do filme “Como estrelas na terra” sobre a perspectiva de Jean Piaget Trabalho apresentado no curso superior de Psicologia da UNIP, como requisito para aprovação em atividades práticas supervisionadas na matéria de Psicologia Construtivista. Orientadora (o): Inês Gomes GOIÂNIA – GO 2022 1.INTRODUÇÃO Este trabalho consiste na discussão dos conteúdos estudados em Psicologia Construtivista, relacionando-os e analisando com o filme “Como estrelas na Terra”. Este filme possui 02:42:24, dirigido pelo diretor Aamir Khan, no qual também faz parte do elenco, sendo um dos personagens principais. O filme trata sobre um menino chamado Ishaan, que está na terceira infância (6-11 anos), e segundo Piaget (1896-1980) este é marcado pelo período operatório concreto (7-11 anos), sendo conhecido também como o pensamento na idade escolar, na qual a criança aprende subtração, adição, ler, escrever. “A criança em idade escolar apresenta uma capacidade de raciocinar sobre o mundo de uma forma mais lógica e adulta, embora adquira a habilidade de realizar essas operações apenas no concreto, ou seja, vendo, pegando, experimentando.” (RODRIGUES; MELCHIORI, 2014) Segundo Jean Piaget (1932), o conhecimento vem de uma construção da inteligência e do juízo moral no desenvolvimento humano. Portanto, este trabalho é para uma melhor e maior compreensão a respeito do processo de desenvolvimento de Ishaan, e também um modo de entender os relacionamentos familiares, escolar e sociais de crianças nessa fase, tendo como exemplo o desenvolvimento e relato do filme “Como estrelas na Terra”, é um meio também de demonstrar o nível de desenvolvimento emocional que crianças nessa idade já possui. Estará sendo relacionado juntamente com o filme, conceitos como: A teoria inatista, teoria empirista, teoria do desenvolvimento de Piaget, e dentro desta portando conceituações sobre a construção da inteligência, processos como assimilação, acomodação e adaptação (PIAGET, 1896-1980), concomitantemente fazendo análise da teoria do desenvolvimento do grafismo de Jean Luquet (1969) e Viktor Lowenfeld (1903-1960). 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Terceira infância Segundo Papalia (2022) a terceira infância (6-11 anos aproximadamente) é marcada por um desenvolvimento mais lento, entretanto, pode ser percebido no decorrer do tempo e no dia a dia. “As crianças em idade escolar têm um tipo maravilhoso de confiança espontânea em seus corpos.” (BOYD; BEE, 2011). A terceira infância também é conhecida pelo termo “meninice”. “As crianças nessa idade estão recém começando a adquirir as habilidades linguísticas, lógicas e de processamento de informações necessárias para a aprendizagem acadêmica” (BOYD; BEE, 2011). É nessa fase em que o período operatório concreto se faz presente (este será discutido mais a frente). Conforme os estudos de Boyd & Bee (2011) é nessa fase as crianças possuem grande tendencia a criatividade, resistência corporal, e grande entusiasmo a prática de exercícios. Em decorrência dessa grande tendencia a práticas físicas é necessário que as crianças nessa idade tenham uma alimentação rica em frutas, verduras, carboidratos e vegetais, ou seja, uma alimentação saudável e que dê resistência necessária a criança nessa fase de desenvolvimento. Portanto, é importante a atenção dos pais as crianças nesse estágio, já que ela está passando por um desenvolvimento cognitivo e emocional, inclusive, cautela aos assuntos escolares. [...] o período dos 6 e 12 anos é dedicado à educação formal. Essa prática universal é moldada pela observação cotidiana de que as habilidades intelectuais necessárias para a aprendizagem florescem durante esse período. (BOYD; BEE,2011). Este é o período em que a criança começa a escolaridade regular, ou seja, ela sai do seio de contato em que tinha apenas com a família e passa a interagir constantemente com seus pares. Algumas crianças podem apresentar dificuldades na interação social. “[...] algumas crianças desenvolvem problemas na escola que requerem serviços de educação especial. Outras demonstram habilidades cognitivas que ultrapassam em muito os seus pares.” (BOYD; BEE,2011). Conforme Boyd & Bee (2011) nesse estágio as crianças têm um salto no seu vocabulário, aumenta-o significativamente. Diversos avanços cognitivos ocorrem na terceira infância, os quais podem ser atribuídos a mudanças na estrutura e no funcionamento do cérebro. Em geral, essas mudanças podem ser caracterizadas pelo processamento mais rápido e eficiente de informações e pela maior capacidade de ignorar informações distratoras. (PAPALIA; MARTORELL, 2022 p.259) De acordo com os estudos de Erik Erikson (1902-1994) sobre a Teoria de desenvolvimento psicossocial, nessa idade a criança passa pelo período de latência. Período que pode ser caracterizado por uma maior confiança, autonomia e iniciativa, ou seja, aqui a criança consegue controlar melhor os impulsos, deixa um pouco de lado o egocentrismo. Marcada pela diligência, perseverança, esforço e responsabilidade. “Por volta dos 7 ou 8 anos, as crianças têm consciência de que sentem vergonha e orgulho, e têm uma ideia mais clara da diferença entre culpa e vergonha. Essas emoções afetam a opinião que elas têm de si próprias “(PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.352). Ou seja, nesse momento as crianças estão aprendendo a lidar com seus sentimentos, e desse modo, observando o ambiente externo e assimilando com o interno, elas começam a perceber os sentimentos de pessoas que estão a sua volta e em sua vida, inclusive, de suma importância observar a maneira como se lidam com crianças nessa idade, pois estes sentimentos apresentados a elas são a maneira como irão influenciar em sua autoestima e autoconceito. Apesar de a criança nesse período estar em fase escolar, em que possuem contato com seus pares e professores, a família continua sendo a sua principal fonte de influência, pois, é nesse momento em que a criança possui um maior conhecimento das crenças e valores que estão sendo transmito para si. Por essa razão, é de suma importância a presença constante dos pais na vida da criança. 2.2 Teoria do Desenvolvimento de Piaget Segundo Rapport (1981) Piaget se interessou por acompanhar e desenvolver uma teoria que fizesse jus ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, tanto físico como intelectual, sua preocupação principal foi o sujeito epistêmico, ou seja, ele queria averiguar os processos de pensamentos desde o nascimento até a idade adulta. Conforme os estudos de Rapport (1981) Piaget apresentou uma visão interacionista, ou seja, ele demonstrou como o individuo está em constante interação. “[...] para Piaget a adaptação à realidade externa depende basicamente do conhecimento.” (RAPPORT, 1981 p. 51). Ou seja, ele lidou com os principais processos psicológicos, tais como, memoria, pensamento, percepção, imaginação, imitação e ação. [...] só o conhecimento possibilita ao homem um estado de equilíbrio interno que o capacita a adaptar-se ao meio ambiente. Existe, para ele, uma realidade externa ao sujeito do conhecimento, e é a presença desta realidade que regula e corrige o desenvolvimento do conhecimento adaptativo. (RAPPORT,1981) Piaget (1896-1980) acreditava na hereditariedade, em que o individuo já nasce predisposto a possuir e desenvolver certos processos mentais, entretanto, a inteligência não é um desses, para ele não herdamos a inteligência, “[..]herdamos um organismo que vai amadurecer em contato com o meio ambiente.” (RAPPORT,1981). Ou seja, a maturação vem da interação organismo-ambiente. Segundo Rapport (1981) os principais conceitos da teoria de piagetiana são: · Epistemologia genética: é uma área de pesquisa que possui o intuito deestudar o desenvolvimento do pensamento da criança. Seu objetivo era saber como se desenvolvem os conhecimentos, bem como a capacidade de conhecer · Hereditariedade: ele acreditava que a inteligência não era herdada, mas que o sujeito nascia com determinados suportes que em interação com o ambiente, iria se desenvolvendo e resultava em estruturas cognitivas. · Esquema: é uma estrutura básica de pensamento ou ação que pode mudar e adaptar-se. Ele acreditava a que a criança nascia já com uma estrutura biológica pronta, que em interação com o ambiente irá desenvolver estruturas mentais – esquemas- que se expressariam em ações motoras e estratégias mentais, que seriam usadas para resolução de problemas e também funcionamento cognitivo · Adaptação: quando o sujeito está em estado de equilíbrio com relação ao meio, o que lhe permite uma situação de adaptação, ou seja, são trocas de conhecimento feitas entre o organismo e o meio. · Assimilação: essa é a tentativa que o individuo faz em solucionar um problema utilizando de uma estrutura mental já formada, ou seja, aqui há uma nova situação que é assimilada a um sistema formado. · Acomodação: é quando surge uma situação em que o sujeito faz uma tentativa de resolução modificando as antigas estruturas e formando novas estruturas, de modo que está solucione e domine o problema. É utilizada quando o sujeito não possui conhecimento suficiente para solucionar aquela situação problemática. A partir destes conceitos, Piaget formulou os períodos de desenvolvimento ou estágios de desenvolvimento. “[..] que determinadas faixas etárias correspondem determinados tipos de aquisições mentais e de organização destas aquisições que condicionam a atuação da criança em seu ambiente.” (RAPPORT,1981). Segundo Piaget (1896-1980) a criança é responsável pelo seu próprio desenvolvimento, que será construído a partir de alguns processos básicos, como a maturação, estimulação do ambiente físico, aprendizagem social e tendencia ao equilíbrio. Nessa linha de desenvolvimento, a criança só passa de um estádio para o outro por conta da equilibração majorante, ou seja, segundo Fernandes (2011) “é quando o sujeito constrói as estruturas mentais que possibilitam subir de nível cognitivo”. “Cada estágio constitui uma forma particular de equilíbrio, efetuando-se a evolução mental no sentido de uma equilibração sempre mais completa e de uma interiorização progressiva. O desenvolvimento se inicia a partir do equipamento inicial (reflexos inatos) que vão gradualmente (no primeiro ano de vida) se transformando em esquemas sensoriais motores rudimentares.” (RAPPORT,1981). Conforme os estudos de Rapport (1981) os estádios são divididos em: · Fase sensório-motor (0-2 anos): o bebê já nasce com atos e ações reflexas, inatas e automáticas, ele ainda é um sujeito passivo, seus esquemas funcionam de maneira circular e repetitiva. A subestádios dentro desta fase. · Fase pré-operatório (2-6 anos): acontece a transição da inteligência sensório-motora prática para a inteligência representativa. Aqui a criança passa a ter uma função de pensamento e simbólica, ou seja, agora ele consegue ter a representação de um objeto ausente, sendo através da imitação, jogo simbólico, desenho, imagem mental e linguagem. E por seu desenvolvimento cognitivo, a criança possui um pensamento pré-lógico. · Fase operatório concreto (7-11 anos): o pensamento se torna operatório, aqui a criança pelo seu avanço cognitivo passa a conseguir pensar de maneira lógica, coordenando seus pensamentos e ações, formando atitudes mais elaboradas. Ainda necessita da observação de objetos concretos para a formação e resolução logica. · Fase operatório formal (12-15 anos): aqui o individuo torna-se capaz de formar esquemas abstratos, seu pensamento possui uma logica formal agora, consegue ter uma flexibilidade e maior conteúdo de raciocínio. Passa a conseguir levantar hipóteses, e a ter um julgamento melhor, levando a uma construção da autonomia e identidade. Agora o individuo possui a lógica dedutiva. 2.3 Estágio operatório concreto De acordo com os estudos de Jean Piaget (1896-1980) a partir dos 6 a 12 anos a criança entra no estágio operatório-concreto. Fase do desenvolvimento da criança ao qual ela sai de um ser pré-lógico a um ser operatório concreto, é neste momento em que a criança começa a lidar com diversos conceitos entre as relações e números. Aqui começam a entender as regras que regem a realidade física. “[...] tem como tema central do desenvolvimento cognitivo a construção, aplicação e equilibração dos esquemas operativos. [...] porque os esquemas lógicos que a criança aperfeiçoa durante esse estágio envolvem relações logicas que podem ser confirmadas no mundo físico, ou “concreto” (BOYD; BEE, 2011). Ou seja, esse é uma fase em que a construção de esquemas mais complexos permite a criança pensar de maneira logica sobre os evento e objetos de seu mundo externo. Conforme os estudos de Rodrigues & Melchiori (2011), em tese essa é uma fase caracterizada pelo pensamento na idade escolar, ou seja, a criança demonstra uma capacidade de raciocinar sobre as situações com uma visão mais logica e adulta, entretanto, como o nome já diz operação concreta, ela adquiri a habilidade de pensar concretamente sobre as coisas, contudo, ela precisa estar vendo, experimentando, pegando para conseguir pensar logicamente nesse momento. Segundo os estudos de Papalia & Martorell (2022) durante essa fase a criança passa por alguns avanços cognitivos, sendo esses: · Pensamento espacial: calcular distancias, saber ir e voltar da escola, ler mapas, calcular o tempo de algo. · Causa e efeito: saber quais propriedades podem alterar o resultado. · Categorização: ele classifica os objetos de acordo com uma ou mais dimensões, ou seja, é a organização em categorias, classes ou subclasses. · Seriação: seria a mesma coisa da categorização, ou seja, é a capacidade de ordenar objetos de acordo com sua dimensão. · Raciocínios indutivos e dedutivos: o raciocínio indutivo envolve observações particulares sobre uma classe específica para uma classe geral (do particular para o geral); já o raciocínio dedutivo envolve uma observação geral, uma premissa geral para um membro de uma classe (do geral para o particular). · Conservação: aqui as crianças conseguem elaborar respostas mentais, ou seja, a quantidade vai continuar sendo a mesma independente da forma que o objeto ou massa tiver. · Números e matemática: a criança consegue lidar com os números, fazer contas das 4 operações (subtração, adição, divisão e multiplicação). Há nessa fase a formação de alguns esquemas operacionais, segundo Boyd & Bee (2011) são dois conceitos importantes: · Descentração: a criança consegue pensar em vários aspectos de uma situação simultaneamente, ou seja, o pensamento que leva múltiplas variáveis em conta. · Reversibilidade: é a capacidade de mentalmente desfazer alguma transformação física ou mental, ou seja, pensar no antes e no depois da transformação. Conforme os conhecimentos de Boyd & Bee (2011) as crianças nessa fase, principalmente na escolarização a afetam de duas formas, sendo uma nelas na aquisição do vocabulário maior e mais complexo, aqui ela acaba por possuir uma linguagem mais completa, e a segunda é que as tarefas acadêmicas reforçam a estruturação cognitiva da criança. Sem mencionar que seus relacionamentos sociais também aumentam e se tornam mais frequentes com seus pares. “[...] o movimento de um estágio cognitivo para o outro não é simplesmente uma questão de maturação, mas o resultado de uma complexa interação entre variáveis internas e ambientais.” (PIAGET; INHELDER, 1989). 2.4 Perspectivas Epistemológicas Com base nos estudos de Afonso (2005) o termo inteligência tem vários tipos de significados dependendo da abordagem estudada, mas, esta está ligada principalmente ao potencial cognitivo, ou seja, a desenvolvimento cognitivo, aptidões, ao ir bem na escola. “[...]ao longo da história da humanidade uma estreita ligação com os contextos sociais, políticos e ideológicos,assumindo a noção de inteligência em geral uma natureza consistente com os valores dominantes e com as qualidades humanas enaltecidas pela sociedade em cada época.” (AFONSO, 2005, p. 339). E o papel das perspectivas epistemológicas é estudar a maneira como o conhecimento em si. Segundo os estudos de Darsie (2015), autores em sua constante busca para explicar como se alcança o conhecimento, desenvolveram-se três importantes teorias do conhecimento ou também chamadas e concepções epistemológicas, sendo elas: · Concepção empirista: o individuo é considerado um ser vazio, uma lousa vazia, em que o conhecimento vem de fora e é “imposto” ao sujeito, ou seja, conforme o individuo vai crescendo o ambiente a sua volta vai lhe inscrevendo o conhecimento. Alguns empiristas afirmavam que o conhecimento vem primeiro de uma informação sensorial. “[...] o conhecimento tem sua fonte fora do individuo e que ele é internalizado através dos sentidos” (KAMII, 1986). · Concepção apriorismo: é também conhecida como teoria inatista, ou seja, os inatistas acreditavam que a principal fonte do conhecimento era inata, o individuo já nascia com esse tendencia, e conforme o crescimento do sujeito elas vão se desabrochando. “Os aprioristas acreditam que o conhecimento acontece em cada sujeito porque o mesmo já traz em seu sistema nervoso o programa já definido, que com o passar do tempo, será atualizado.” (DARSIE,2015) · Concepção interacionista: criada por Piaget, está seria uma junção da concepção inatista e empirista, com uma nova visão. Piaget acreditava que o conhecimento era construído conforme o crescimento do indivíduo. Ou seja, “O sujeito constrói o conhecimento na interação com o meio físico e social, e esta construção vai depender tanto das condições do individuo como das condições do meio.” (DARSIE, 2015). 2.5 Problemas de aprendizagem Há uma clara diferença entre os problemas de desenvolvimento, e os problemas de aprendizagem. “[..] considero que o desenvolvimento explica a aprendizagem, e esta opinião é contrária a opinião amplamente sustentada de que o desenvolvimento é uma soma de unidades de experiências de aprendizagem. Para alguns psicólogos o desenvolvimento é reduzido a uma série de itens específicos aprendidos, e então o desenvolvimento seria a soma, a acumulação dessa série de itens específicos.” (LAVATTELLY; STENDLER, 1964). A aprendizagem pro individuo é importante em qualquer momento da vida em que ele se encontra, como diz na própria teoria de Piaget (1896-1980) o indivíduo ele se constrói através da aprendizagem. Para Piaget (1976) a aprendizagem é “equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menos equilíbrio para um estado de equilíbrio superior... ocorre pela ação da experiência do sujeito e pelo processo de equilibração.” Ou seja, a construção da aprendizagem se dá através de uma interação com o ambiente, em que através da assimilação – conceito proposto por Piaget – o individuo organiza seus esquemas cognitivos. Entretanto, vale ressaltar que apesar desse desenvolvimento “normal”, algumas pessoas podem apresentar certas dificuldades de aprendizagem, sejam de ordem interna (problema neurológico ou emocional) ou de ordem externa (problemas com a cultura, sociais e políticos). Segundo a psicóloga Thaiana (2022) problemas de aprendizagem podem ser definido como “Problemas de aprendizagem são condições que afetam a capacidade de aprender do indivíduo. Ele pode ter dificuldade para ler e interpretar o conteúdo de materiais escritos, fazer cálculos, reter novas informações, se concentrar em atividades, entre outros.” Ou seja, problemas de aprendizagem basicamente é a dificuldade de se concentrar, reter ou adquirir informações para serem utilizadas posteriormente, e muitas vezes isso pode ser confundido com rotulações como preguiça, falta de interesse, falta de vontade, e isso pode acabar gerando traumas e prejudicando mais ainda o desempenho do indivíduo. Muitos autores escreveram sobre problemas de aprendizagem, sendo um deles Vigotsky, e em uma de suas falas sobre ele diz a seguinte afirmação “No que diz respeito aos fatores externos no contexto de problemas de aprendizagem, é preciso compreender que a aprendizagem ocorre nas interações sociais e é fruto de um processo histórico” (VYGOTSKY, 1934). Ou seja, é necessário ao tratar das dificuldades averiguando os fatores que estão envolvendo-as. Levar em consideração o ambiente que o individuo está inserido, as relações sociais que ele possui, situação financeira, em outras palavras, observar e analisar o contexto em que o sujeito está. “Problemas de aprendizagem são causados por disfunções neurológicas que interferem no funcionamento regular de certas partes do cérebro.” (THAIANA, 2022). Essas disfunções e distúrbios há forte ligação com o meio acadêmico, mas, não apenas isso, podendo afetar tarefas diárias em casa ou até mesmo no trabalho, se não tiver sido descoberto ainda na infância, prejudicando seriamente o lado emocional do indivíduo. As maiores dificuldades de problemas de aprendizagem estão ligadas a linguagem, cálculos e escrita. Segundo a psicóloga Thaiana (2022), a esses problemas recebem o nome de discalculia, dislexia, disgrafia, dislalia. · Discalculia: é a dificuldade para lidar com números, ou seja, para execução de cálculos. O sujeito possui dificuldade em reconhecimento dos números e para realizar operações matemáticas, desse modo, é possui dificuldade em operações simples. · Dislexia: é a dificuldade em ler e compreender conteúdos escritos, sejam eles simples até aos mais complexos. Ou seja, é o problema em reconhecer e a dificuldade de identificar símbolos, fonemas e até mesmo letras, e por conta disso, possui problemas em interpretar os conteúdos apresentados e formar uma conclusão logica. · Disgrafia: é a dificuldade de escrita. Seria basicamente a dificuldade de escrever frases coerentes, e também problemas na grafia em si, em não conseguir redigir corretamente a palavra. É comum ver erros de ortografia e acentuação em pessoas com esse tipo de dificuldade. · Dislalia: é a dificuldade a fala. Ou seja, tem certos sons em que a pessoa não consegue pronunciar. 2.6 Desenvolvimento do grafismo Segundo Araújo (2019) o desenho infantil é uma maneira da criança se expressar, e o desenvolvimento do desejo acompanha o desenvolvimento da criança, ou seja, a evolução dos desenhos infantis é de acordo com o desenvolvimento cognitivo da criança. “A partir do momento em que a criança aprende a memorizar as coisas a sua volta e reconhece os objetos, seus desenhos se desenvolvem. Estes passam de rabiscos a representações mais realistas.” (ARAÚJO, 2019). “Poucos adultos conseguem perceber o quanto o desenho infantil pode ser revelador do grau de grau de maturidade, do equilíbrio emocional e afetivo, bem como do desenvolvimento motor e cognitivo da criança.” (SAPIENTIAE,2010). Ou seja, muitos não veem que as crianças passam a se expressar pelos desenhos, a descrever seu dia a dia, a mostrar o que está sentindo. Há três autores importantes que frisaram a importância dos desenhos infantis, sendo estes, Piaget (1896-1980), Luquet (1876-1965) e Lowenfeld (1903-1960). Segundo a teoria do desenvolvimento dos desenhos de Piaget (1896-1980) a criança a partir dos 2 anos, ou seja, ao final do estádio sensório-motor desenvolve a capacidade cognitiva de representação – um significado por meio de um significante – desse modo, desenvolve a capacidade de usar os desenhos para se comunicar, através da imitação, da linguagem, da imagem mental e do desenho. “[...] o desenho em uma perspectiva piagetiana não é apenas um ato criativo e espontâneo da criança, mas sim uma função de pensamento, simbólica e semiótica, que possibilita a representação da realidade” (PIAGET; INHELDER, 2002). Ou seja, para Piaget (1896-1980) é através da função simbólica, adquirida ao final do estádio pré-operatório que a criança irá desenvolver a habilidade de fazer desenhos, ou melhor dizendo, de representar de maneira intencional a realidade que vive utilizandoda técnica do grafismo. Para Piaget, não para somente aí, o desenho é também uma forma de representação de pensamento. Segundo os estudos de Piaget & Inhelder (2002) Luquet (1969) iniciou seus estudos acerca do desenho através da observação sistemática dos desenhos de seus filhos. Ele percebeu desse modo que o ato de desenhar para criança era na verdade um modo de representação da realidade, ou seja, uma imitação do real. Ele afirmava que “o desenho é realista na intenção”. O grafismo infantil para Luquet é separado em quatro fases, e destaca que cada um dessas sofre determinadas alterações e a medida que este vai evoluindo é mais perceptível o realismo em cada um deles. Segundo Barbosa (2013) as fases são: · Realismo Fortuito (2 a 3 anos): é involuntário, a criança apenas desenha linhas e traços ao acaso, sem ter intenção ou significado. Conforme ela se desenvolve até os 3 anos, o desenho passa a ser voluntario, ela ainda desenha sem muita intenção, mas ao ver que está começando a formar formas ela passa a ter desejo de desenhar. · Realismo falhado ou mal sucedido (3 a 4 anos): ao desenhar os objetos a criança não interliga a uma história, apenas desenha objetos independentes. É percebida ainda uma falta de coordenação nas ações e nos pensamentos. · Realismo intelectual (4 a 8 anos): ela desenha e representa os objetos a partir do seu conhecimento intelectual, ou seja, ela desenha o que sabe e não o que vê. Há a presença de três tipos de técnicas em seus desenhos, a transparência, seus desenhos são em plano deitado, consegue representar a profundidade e distancias em seus desenhos. · Realismo Visual (9 a 12 anos): ela desenha o que vê. Para Luquet (1969) nesse momento a criança se torna submissa das leis da realidade, ela perde a espontaneidade ao desenhar, ela adquire uma adequação ao real). Conforme os estudos de Piaget & Inhelder (2002) Lowenfeld (1903-1960) através de suas pesquisas descobriu uma certa transformação no grafismo infantil, iniciando-se na infância e terminando na adolescência, e este passaria por uma sucessiva fase de desenvolvimento. Segundo Barborsa (2013) estão separadas novamente em quatro grupos, sendo elas: · Garatujas (2 a 4 anos): as crianças rabiscam inicialmente sem a intenção de representar qualquer coisa. E há quatro subfases dentro deste grupo, sendo desordenadas (rabiscos que saem para fora da folha), controladas (os rabiscos agora se limitam as margens da folha), nomeadas (as crianças nomeia os traços que faz) e diagramadas (os traços e linhas agora se ligam, formando espécies de possíveis mandalas e mosaicos). · Pré-esquemática (4 a 7 anos): inicia-se a representação humana nos desenhos, ainda são feitos parecendo palitinhos. Estes desenhos ainda não possuem linha de chão, ou seja, parecem que estão flutuando na folha. · Esquemática (7 a 9 anos): com a linha de chão a criança consegue agora uma coordenação melhor do desenho, agora o desenho possui céu e chão, ou seja, começam a ser representados nos lugares corretos. Há a presença de exageros e omissões nos desenhos, e a folha é utilizada em plano deitado. · Realismo (9 a 12 anos): aqui a criança começa a ter uma melhor noção dos desenhos, sua preocupação passa a ser com técnicas de profundidade, perspectiva, sobreposição, apresenta maiores detalhes e realismo. Aqui a criança passa a desenhar por opção, por querer e gostar. 3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO FILME Ishaan Awasthi é um menino de 9 anos de idade, conforma abordado nos textos anteoriormente, ele está na Terceira infância em relação ao seu desenvolvimento motor, cognitivo, sensório e físico, e segundo a teoria do desenvolvimento de Piaget (19896-1980) ele está no estágio operatório concreto. E juntamente com os conceitos de análise da perspectiva epistemológica (empirismo, inatismo e interacionismo) e conceitos de problema de aprendizagem, como a discalculia e a dislexia, será feita uma análise do filme “Como estrelas na terra”. “O filme relata sobre a vida de Ishaan, mostra o âmbito família e escolar, e em como ambas as relações a certos problemas e dificuldade. Ishaan apresenta várias dificuldades na escola, principalmente se tratando da leitura, escrita, interpretação e matemática.” Conforme os estudos e relacionando-se com o contexto do filme, Ishaan apresenta estar na fase da Terceira infância, ou meninice. Segundo Boyd & Bee (2022), essa é um período em que a criança se integra na escola de maneira integral, e também está desenvolvendo maiores habilidades linguísticas, logicas e o desenvolvimento do processamento cognitivo para fins acadêmicos. E como pode ser visto logo de início, Ishaan apresenta certas dificuldades na aprendizagem, e falta de determinadas habilidades que são consideradas normais para está idade, e mostrado muito durante o filme as diferenças de pontuação nas matérias entre os colegas de Ishaan e ele em si. “Durante o filme, Ishaan vive recebendo críticas dos seus professores e funcionários da escola em que estuda, sendo taxado inclusive como aluno problema, retardado, idiota, que não tira boas notas e que ainda por cima atrapalha seus colegas. “ “Há uma cena em especifico em que ele está na aula de português, e a professora pede que Ishaan leia o texto para que juntos possam interpretar e identificar os adjetivos, já de início, Ishaan não consegue localizar a pagina em que a professora manda, e um de seus colegas o ajuda, após isso, a professora pede que ele prossiga lendo, entretanto, neste momento Ishaan olha para o livro e diz a professora que as letras estão dançando, a professora insiste que ele pare de fazer brincadeiras e leia, já gritando com ele, então ele simplesmente começa a gritar e ela o tira de sala de aula. “ Através dessa cena do filme pode ser feita a ligação em que já demonstra dificuldades de aprendizado, no quesito leitura e linguagem. Sendo estes dois sintomas relacionados ao problema de aprendizagem chamando Dislexia. Segundo a psicóloga Thaiana (2022) a dislexia é um distúrbio neurológico, em que causa dificuldade na leitura e na escrita, bem como na identificação e interpretação de letras, frases e símbolos. “A mãe de Ishaan sempre tenta ser acolhedora com ele, tenta entender os motivos e ser calma quando vai ensiná-lo ou até mesmo quando ele faz alguma bagunça, entretanto, ela ainda sim é submissa ao pai de Ishaan, que acha que o filho faz o que faz apenas por falta de disciplina e para implicar com ele, que Ishaan não passa de um preguiçoso e bagunceiro.” Por meio desta cena, pode ser visto que apesar de ele estar em uma fase denomina meninice, e está ele possuir já uma certa independência e maior habilidades cognitivas, Ishaan é visto apenas como um garoto problema, e isso não se aplica apenas a escola, mas também ao seu meio familiar. O pai não lhe dá tanta atenção, a mãe tenta acolher mesmo ele sendo “difícil de lidar”. “Em uma segunda cena em que ele está na escola e a aula é de matemática, a professora diz que irá aplicar um teste de matemática, no momento em que Ishaan recebe o teste de matemática, ele começa a imaginar estar em uma missão contra os planetas, e nisso ele responde apenas uma questão de matemática, mas ainda assim, a responde de maneira errada.” Aqui pode ser visto outro tipo de problema de aprendizagem, que segundo a psicóloga Thaiana (2022) é chamado de discalculia, que é definido como a dificuldade de fazer cálculos e reconhecer os números. Ishaan, claramente não consegue resolver simples equações matemáticos. Os pais de Ishaan são chamados na escola pelas professoras e diretora, nesses momentos ambas dizem que seria melhor ele ir para uma escola especial. Após isso, o pai de Ishaan decide colocá-lo em uma escola interna, ele diz não querer ir, mas seu pai não muda de ideia. E demonstrado em determinadas cenas Ishaan se sentindo abandonado pela família, ele também demonstra indícios de estar depressivo, pois, ele que tanto gostava de desenhar, já não desenha mais. E nesse momento do filme, entra um professor substituto de artes, chamando Ram, em que ele percebe os sinais queIshaan dá em relação ao seu problema de aprendizagem, ele vai falar com os pais do garoto e mostra todos os cadernos de Ishaan, e é assim que ele também descobre o quão talento Ishaan é, e em como ele desenha bem. Ram conta aos pais de Ishaan que o menino possui um distúrbio que é chamado de dislexia. Segundo Erik Erikson (1902-1994) Ishaan está no período de Latencia (5 a 13 anos), segundo sua teoria a criança está passando por uma transição, é nesse momento que se estimulada corretamente adquire grande confiança, responsabilidade e autonomia, entretanto, por estar intimamente relacionada a autoestima, se estimulada de maneira incorreta, ela desenvolverá um complexo de inferioridade, baixa autoestima. E é claramente isso o que ocorre com Ishaan ao ouvir todos falando sobre ele ser burro ou retardado, e no momento em que ele se sente abandonado pelos pais no colégio interno. Isso é percebido pelo fato de que Ishaan se sente constantemente assustado e está sempre triste e sozinho pelos cantos, e há momentos em que ele nem fala mais. “Por volta dos 7 ou 8 anos, as crianças têm consciência de que sentem vergonha e orgulho, e têm uma ideia mais clara da diferença entre culpa e vergonha. Essas emoções afetam a opinião que elas têm de si próprias “(PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.352). Conforme abordado no texto anteriormente, é na terceira infância bem como no estágio operatório concreto em que a criança demonstra ter grande criatividade. Isso pode ser percebido em Ishaan, de modo em que ele desenha muito bem, sem mencionar a cena em que durante uma aula com Ram, ele faz um barco, e este funciona muito bem. Segundo os estudos de Luquet (1876-1965) e Lowelfelt (1903-1960) Ishaan está respectivamente nas fases de realismo visual – em que ele desenha o que vê e tem melhor coordenação motora – e no realismo – em que ele tem maior noção dos desenhos, técnicas e coordenação motora. O que pode ser percebido claramente na imagem abaixo, de um de seus desenhos feitos. Imagem de SBC Horizontes. O professor Ram após ajudar Ishaan com as matérias, de maneira em que ele consiga entender, dá a ideia ao professor de fazer uma feira de artes, em que todos são convidados a realizar desenhos, já que essa é a maneira como Ishaan demonstra se expressa. Ao final, Ishaan vê a pintura feita por seu professor Ram, em que é uma imagem sua, e nesse momento é percebido como ele se sente acolhido pelo professor, já que este foi o primeiro a demonstrar interesse por ele sem brigar e a oferecer ajuda. A pintura feita pelo professor é está logo abaixo. Imagem de SBC Horizonte. O filme termina com os pais de Ishaan indo à escola para receber o relatório de desenvolvimento dos filhos, e ao conversar com os funcionários e professores da escola e receberem elogios por Ishaan ser uma criança inteligência e um ótimo pintor, eles choram e vão ao encontro do professor Ram, agradecendo-o por ter ajudado o filho deles. 4. CONCLUSÃO Este presente trabalho abordou os seguintes temas: Terceira infância, Teoria do desenvolvimento segundo Piaget, Construção da inteligência, Perspectivas epistemológicas (inatismo, interacionismo e empirismo), Estágios do desenvolvimento segundo Piaget, Desenvolvimento do grafismo segundo Luquet, Piaget e Lowelfelt, Problemas de aprendizagem – discalculia e dislexia. Todos estes conteúdos foram utilizados para uma análise do filme “Como estrelas na Terra”, descrevendo a trajetória psicossocial, motora e cognitiva de Ishaan. O filme “Como estrelas na Terra” aborda um tema pouco discutido na sociedade, tema este que é os problemas de aprendizagem. Entretanto, o filme demonstrou de maneira sucinta e bem detalhada como é difícil a vida de indivíduos que possuem algum distúrbio de aprendizagem ainda não diagnosticado. Em como crianças com este problema são mal compreendidas pelos pais, colegas e professores, e em como são rotuladas como “retardadas”, “idiotas”, “preguiçosas”. E por conta disso, dessa critica que há no filme, ele nos faz refletir sobre como o julgamento e a rotulação de pessoas diferentes se faz tão presente no dia a dia, e em como constantemente não estamos nos colocando no lugar do outro de maneira empática, pois há claramente demonstrado no filme em como os pais e professores não dão apoio necessário a Ishaan, e muito menos procuram saber o que se passa com ele de verdade. E como abordado no filme o professor apenas indica que os pais coloquem Ishaan em uma escola especial, entretanto, mesmo que fosse esse o caso, há poucos profissionais preparados de modo eficaz para lidar com crianças que possuem problemas de aprendizagem. E como é visto no filme, na realidade também acontece da mesma forma, em que os diretores além de rotular as crianças, apenas mandam colocar em uma escola especial. É demonstrado então, que este tema, ainda sim é um assunto sensível para a sociedade, e apesar de ter leis que obriguem a inclusão, nada é feito desse modo, já que em vez da criança ser inclusa, ocorre o contrário, acontece uma exclusão da mesma, por ser rotulada como diferente ou anormal. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOUZA, Marilene Proença Rebello. Problemas de aprendizagem ou problemas na escolarização. São Paulo. FERREIRA, João de Freitas; GOMES, Antônio Fernando Santos. Psicologia, Educação e Cultura: Avaliação Psicológica. Carvalhos, 2005. v. IX n° 2. DARSIE, Maria Maria Pontin. Perspectivas epistemológicas e suas implicações no processo de ensino e de aprendizagem. São Paulo, 1999. v. 3 ARAÚJO, Izaura. Fases do desenho infantil: Quais são e principais características. Escola Educação. 2019. Disponível em: Fases do desenho infantil - Quais são e principais características (escolaeducacao.com.br) Acesso em: 25 de nov. 2022. METAMORFOSSEEXPRESSIVA. Construção gráfico-plástica: Lowenfeld. 2016. Disponivel em: Construção gráfico-plástica: Lowenfeld – Metamorfose Expressiva do Desenho (wordpress.com) Acesso em: 26 de nov. de 2022. BARBOSA, Margarida de Souza. Grafismo infantil – Estágios do desenho segundo Lowenfeld e Luquet. Roda Infância. 2013. Disponível em: Grafismo Infantil - Estágios do desenho segundo Lowenfeld e Luquet (rodadeinfancia.blogspot.com) Acesso em: 26 de nov. de 2022. PIAGET, Jean; INHELDER, Barbel. A Psicologia da criança. São Paulo, 2003. SCHIRMANN, Jeisy Keli; MIRANDA, Neiva Guimarães; GOMES, Valdilea Fabricio; ZARTH, Evani Luiza Fiori. Fases de desenvolvimento humano segundo Jean Piaget. RAPPAPORT, Clara Regina. Psicologia do desenvolvimento. Teorias do desenvolvimento: conceitos fundamentais. vol.1. MACEDO, Lino de. As estruturas da inteligência, segundo Piaget: ritmos, regulações e operações. Rio de Janeiro, 1980. ALEXANDROFF, Marlene Coelho. Os caminhos paralelos do desenvolvimento do desenho e da escrita. São Paulo, 2010. vol. 18, n° 17. VERISSIMO, Ramiro. Desenvolvimento Psicossocial: Erik Erikson. 1° ed. Portugal, 2002. LAJONQUIÈRE, Leandro de. Piaget: Notas para uma teoria construtivista da inteligência. São Paulo, 1997. Thaiana. 8 problemas de aprendizagem para ficar atento. Psitto. 2022. Disponivel em: https://www.psitto.com.br/blog/problemas-de-aprendizagem-para-ficar-atento/#:~:text=Problemas%20de%20aprendizagem%20s%C3%A3o%20condi%C3%A7%C3%B5es%20que%20afetam%20a%20capacidade%20de,concentrar%20em%20atividades%2C%20entre%20outros. Acesso em: 25 de nov. 2022. KHAN, AAMIR. Como estrelas na Terra. NETFLIX. India, 2007. PAPALIA, Diane E.; MARTORELL, Gabriela. Desenvolvimento Humano. Terceira Infância. 14° ed. AMGH. Porto Alegre, 2022. p. 256-291. BOYD, Denise; BEE, Helen. A criança em crescimento. Artmed. São Paulo, 2011.