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RESUMO INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL No Brasil, em 2015, produziu-se 673 milhões de toneladas de agregados, 64 milhões de toneladas de cimento, 110 milhões de toneladas de cerâmica vermelha (sendo que a maior parte é representada por tijolos) e 10 milhões de toneladas de madeira. Em 2016, a produção de cimento caiu para 48 milhões de toneladas, muito em virtude da crise econômica e dos escândalos de corrupção como a Lava-Jato. A quantidade de CO2 envolvido na produção de cimento é gigantesca. Portanto, os engenheiros civis devem se preocupar com essa questão devido ao imenso impacto negativo. Além disso, outro impacto associado ao concreto é a geração de resíduos, afinal, todo produto um dia se acabará: um edifício, por exemplo, dura em média 50 anos e depois é demolido. Em números, a geração de resíduos de construção e demolição equivale a 325 kg/hab.ano de cimento e agregados, 125 kg/hab.ano de cerâmica vermelha, 40 kg/hab.ano de madeira e 10 kg/hab.ano de outros (aço, embalagens, etc). As madeiras geralmente tem vida útil muito curta (menos de um ano): elas são usadas como forma de concreto e terminada a construção da edificação seguem para o lixo. Outro problema relacionado ao concreto está no descarte: muitas caçambas de resíduos retiram o material das obras e despejam em aterros clandestinos. Além desses, uma parte segue para aterros legalizados, tendo em vista que uma porcentagem baixíssima desse material é reciclado no Brasil. As perdas de materiais são mais um fator que contribuem negativamente para o meio ambiente. Elas acontecem quando compra-se mais que o necessário, quando não executa-se perfeitamente as formas, quando não planeja-se adequadamente o horário de chegada dos caminhões betoneiras, dentre outros. Em termos financeiros, os agregados ficam cada vez mais caros nos centros urbanos e isso acontece por diversos motivos: é incômodo e inviável a construção de uma pedreira em uma vizinhança, nem sempre há jazidas próximas, é mais fácil evitar fiscalizações em lugares mais afastados, dentre outros, o que também implica em impactos ambientais, tanto pelos longos caminhos a serem percorridos por caminhões que queimam diesel e geram CO2 para locomoverem-se como pela operação de extração sem plano de recuperação do local no futuro. A reciclagem de agregados é uma forma de enfrentar o problema anterior (em São Paulo alguns já possuem preço competitivo). Além disso, deve-se diminuir a quantidade de concreto (aumentando-se a resistência, por exemplo). Atualmente, todos os dias, cerca de um milhão de pessoas migram do campo para a cidade em busca de mais conforto, portanto, a demanda social por habitação e infraestrutura apenas cresce. Logo, materiais cimentícios continuarão a ser essenciais para suprir estas necessidades. Sendo assim, a inovação é a saída para aumentar a ecoeficiência.
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