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Sífili� ● Infecção sexualmente transmissível ● Curável ● Exclusiva do ser humano ● Causada pela bactéria Treponema pallidum ● É complexa e se apresenta em diferentes estágios ● Ultimamente as notificações têm aumentado Característica� bacteriana� ● Gram negativas (não possuem LPS) ● Espiroqueta ● Fina e sensível a variações ambientais e substâncias químicas (não se coram pelo método de gram - calor a desintegra) ● Não crescem em meios artificiais (dificulta os estudos dos fatores de virulência dela) ● São microaerófilas (toleram O2 em baixa concentração) ● Via de transmissão ❖ Sexual ❖ Vertical - transplacentária na gestação ou parto, quando há lesões que entra em contato com o bebê Fatore� d� virulênci� ● Genes limitados para síntese de muitos aminoácidos, nucleotídeos e lipídeos ● Capacidade metabólica limitada ● Possuem genes para hemolisinas e citocinas ● Não se conseguiu detectar genes para secreção das toxinas ● Tem mecanismos de adesão ao hospedeiro - fibronectina (MEC) e células ● Pode produzir hialuronidase (quebra ac. hialurônico) ● Sensíveis a penicilina ● São visualizadas em microscopia de campo escuro ou imunofluorescência Patogenicidad� � imunidad� ● Acredita-se que os maiores danos da da sífilis sejam em decorrência do sistema imune - reações de hipersensibilidade ● Se desenvolve em três fases (intercala entre assintomática e sintomática) ❖ Primária ❖ Secundária ❖ Terciária ● A penetração da bactéria ocorre por pequenas ulcerações durante o ato sexual ou em mucosa intacta Doença� clínica� Sífilis primária ● Cancro duro ❖ Período de incubação de 3 a 6 semanas, mas varia de 10 a 90 dias após contato com bactéria ❖ Se inicia com pápula de cor rosa que pode ir a cor vermelha intensa ❖ Borda enfurecida com fundo liso e limpo com material seroso ❖ Se estabelece no local da penetração da bactéria ❖ Geralmente é lesão única e indolor (pode passar despercebida) ❖ Nas mulheres lesão pode ser interna (difícil diagnóstico) ❖ Pode ser encontrada em língua ❖ Lesões altamente infecciosas ❖ Regride espontaneamente após aproximadamente 1 a 2 meses (não significa cura) Sífilis primária/secundária ● Caracterizada pela disseminação da bactéria ● Manifestações muco-cutâneas ● Vários órgãos podem ser atingidos (cérebro, rim ,fígado…) ● Sintomatologia é grande ● Sintomas gerais ❖ Dor na garganta ❖Mialgia ❖Mal-estar ❖ Perda de peso ❖ Linfoadenopatia generalizada (85%) - aumento dos linfonodos Sífilis secundária (50% dos casos evoluem para essa fase) ● Surge entre 3 a 10 semanas após o cancro ● Linfoadenopatia generalizada ● Treponema encontrado no LCR ● Comprometimento da função hepática ocorre em 25% (rim e pulmão comprometidos) ● 5% manifestam precocemente a neurosífilis ● Regressão ocorre de 2 a 6 semanas após início dos sintomas ● Sem tratamento 25% pode apresentar recidiva ● 1/3 podem evoluir para fase de latência e demais evoluem para fase terciária (mais grave) ● Roséola sifilítica (exantema disseminado, principalmente na região do tórax, palma da mão e planta do pé) ❖ Não coça (não é pruriginosa - diferencia de outras infecções) ❖ A replicação bacteriana ocorre nos nódulos linfáticos, fígados, articulações, músculos e pele ❖ Alopecia em 3 a 7% dos casos ● Condiloma IN LATA (10% dos casos) ❖ Altamente infectante (áreas quentes e úmidas) ● Manchas na mucosa oral ❖ Altamente infecciosas ❖ Descamação da mucosa ❖ Áreas eritematosas Latência clínica ● Fase latente pode ou não progredir para sífilis terciária ● Paciente não apresenta sintomatologia, mas é soro positivo ● 2/3 dos pacientes não tratados ficam nesse estágio para o resto da vida ● Fase latente precoce - ocorre no 1° ano após estágio secundário ● Fase latente tardia - após o 1° ano da fase secundária Sífilis terciária ● Surge 3 a 12 anos após infecção inicial (varia de acordo com autores) ● Não infecciosa (?), pois não se encontra muito treponema - causada pela resposta imunológica ● Pode causar destruição devastadora em qualquer órgão ou tecido ● Responsável pela maior parte da morbidade e mortalidade ● Goma sifilítica ❖Manifestação muco-cutânea ❖ Sífilis tardia benigna - após a utilização de antibióticos, ela cessa ❖ Lesões poucas ou solitárias ❖ Assimétricas, pouca inflamação, processos granulomatosos ❖ Nódulo superficial se rompe formando úlcera profunda ❖ São lentamente progressivas ❖ Lesões podem invadir e perfurar tecidos ❖ Pode acometer ossos, fígado, estômago, parênquima pulmonar… ● Neurossífilis ❖ Assintomática (LCR alterado) ❖ Sem sintomas: Assintomático ❖ Sintomática: Meningovascular (déficit neurológico), Tabes Dorsalis (dor e parestesia em regiões do corpo) ❖ Cefaleias, náuseas, vômito, rigidez de nuca, convulsões e alterações do estado mental ❖ Presença de anormalidades mentais (fala e discernimento), reflexos, perda de sensibilidade a dor (degeneração articular) ● Sífilis cardiovascular ❖ Insuficiencia aórtica ❖ Endarterite obliterante dos grandes vasos (inflamação) ❖ Aneurisma (fragilidade das paredes dos vasos que pode causar rompimento) ● Sífilis congênita ❖ Pode ocorrer em qualquer estágio da gravidez (principalmente no 2° trimestre) ❖ Sífilis precoce na mãe quando é secundária ou terciária: 75% a 95% ❖ Resultado: Morte fetal ou neonatal, prematuridade, sífilis congênita não fatal ❖ Infecções latentes e malformação de vários órgãos ❖ No caso de infecção intesa: morte do feto e aborto ❖Manifestações semelhantes às da sífilis adquirida (formas secundária e terciária) ❖ A maioria nasce sem evidência clínica - rinite, seguida de exantema maculopapular descamativo disseminado ❖ Testes nos bebês: IgM agudo confirmam a transmissão da sífilis (IgM foi produzido pelo bebe e indica infecção recente ou presente) ❖Manifestações precoces: infecciosas semelhante a sífilis secundária grave nos adultos nos dois primeiros anos do bebê (rinite, lesões mucocutâneas, condiloma plano, alterações ósseas, hepatoesplenomegalia, patch - manifestação em mucosa) ❖Manifestações tardias: não infecciosas (treponema não detectado) mais permanentes após os 2 primeiros anos do bebê (surdez, derrame bilateral do joelho - articulações de Clutton -, dentes de Hutchinson, nariz em sela, maxila pouco desenvolvida) Diagn�stic� Fase primária e secundária ● Microscopia em campo escuro (Bactéria isolada) ● Imunofluorescência ● Sorologia ❖ testes não treponêmicos - detectam anticorpos não específicos para treponema, mas indica anormalidade (principal é VDRL) ❖ testes treponêmicos - Anticorpos detectados Específicos para treponema, indicando a presença do VDRL VDRL Teste qualitativo e quantitativo. Não treponêmico É mais barato, mas também pode dar positivo em outros problemas que não a sífilis Indica atividade no monitoramento do tratamento Tornam-se positivos em 4-6 semanas de infecção - podendo não ser encontrado na fase primária Anticorpo detectado - anticardiolipina Uso como antígeno a cardiolipina - Derivado do coração do boi Pode dar positivo em casos de danos a outros órgãos e tecidos Posito tem que confirmar pelo teste treponêmico Para realizar dilui a amostra Teste com titulação igual ou maior a 1:16 é definido com doença e precisa ser tratado Espera-se com tratamento a queda de duas titulações, caracterizando uma cicatriz sorológica (1:4, 1:2), podem persistir por algum tempo mesmo quando tratado e curado (cicatriz sorológica) Efeito prozona: quando não devidamente diluído o teste dá negativo pelo excesso de anticorpos (falso negativo) FTA-ABS- IFI Absorção de anticorpo anti treponêmico fluorescente) Usados para confirmar reações positivas obtidas dos testes VDRL Na sífilis primária os resultados podem ser positivos antes que os resultados dos não treponêmicos se tornem positivos Permanecem positivos por toda vida OBS: Sífilis não confere imunidade Tratament� ● Depende do estágio da sífilis ● Sífilis recente/primária - usa penicilina G Benzatina 2.400.000, intramuscular em dose única ● Sífilis secundária/latente - Penicilina G Benzatina 4.800.000, intramuscular,em 2 doses semanais de 2.400.000 ● Sífilis terciária - penicilina G Benzatina 7.200.000, Intramuscular, em 3 doses de 2.400.000 OBS: Penicilina G Benzatina não atravessa barreira hematoencefálica ● Neurossífilis - Penicilina cristalina 3 a 4 milhões de unidades internacionais, intravenosas de 4 em 4 horas de 10 a 14 dias.
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