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Resistências em psicoterapia breve

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Resistências em psicoterapia breve
As resistências, ao mesmo tempo em que aparecem como empecilho da fala, também aparece como fator essencial no processo de análise, com isso,é preciso compreender as resistências e saber trabalhar com elas. Este é um fator importante na prática clínica e na psicoterapia breve não é diferente.
Saber lidar com as diferentes formas de resistência é um fator importantíssimo para gerar resultados.
Vamos ver os tipos de resistências:
1-Esquecimentos;
2-Críticas aos comentários do analista;
3-Pode sentir-se antagônico ou não se sentir à vontade;
4-Forcar no presente;
5-Na forma inversa, só fala das lembranças da infância;
6-chistes;
7-Incoerencias discursivas;
8-atos falhos;
9-Repetiçoes;
10-dificuldade para falar.
Dentre estas resistências, algumas serão critério de contraindicação para a psicoterapia breve tradicional tais como: sentir-se incompatível com o analista, criticar as falas do analista, dificuldade em falar. Essas três resistências estão diretamente relacionadas a transferência negativa, que é aquela onde o paciente não confia no analista como lugar de investimento . No modelo tradicional de psicoterapia breve, é fundamental que já exista uma transferência positiva desde o inicio do processo de análise. Essas duas formas de transferência vamos trabalhá-las nas aulas seguintes.
O analista em psicoterapia breve não deve forçar em quebrar as resistências, mas, usá-las no processo de análise. Se o analista focar em dissolver as resistências, ele perderá um precioso tempo dentro da psicoterapia breve. Então, vamos contextualizar cada uma das resistências com o discurso do dia da sessão e com os das sessões passadas para elaborar, a cada dia, uma proposta de intervenção. Lembrando que o foco da psicoterapia breve não é elaborar grandes questões, e sim, gerar efeito terapêutico. Portanto, as intervenções dos analistas não devem se basear em grandes explicações, mas gerarem elaboração no paciente, em que a melhor forma para alcançar isso é através da própria essência do individuo em análise. Sem fazer interpretações diretas, baseando o processo em constantes questionamentos, comparações em formato de suposições tudo isso dentro do foco que é a demanda apresentada pelo paciente.
Vale ressaltar que toda a resistência apresentada aqui, não deverá ser trabalhada no modelo freudiano e sim serem usadas para contextualizar, legitimar e elaborar.

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