Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direitos e garantias fundamentais Remédios constitucionais Direitos: declaratórios Garantias: assecuratórias Remédios Constitucionais são espécies do gênero “garantias” Os remédios são garantias instrumentais destinados à proteção dos direitos fundamentais. Remédios constitucionais de natureza adm Não são exercidos junto ao Poder Judiciário, mas sim por via administrativa Direito de petição Direito à obtenção de certidões. Direito de petição Informal; Não precisa da presença de um advogado; Permite ao sujeito exercer sua cidadania. Pode ser feito em prol do interesse público; Não existe previsão expressa que obrigue a resposta a uma petição, mas sim uma implícita. Em caso de não resposta, poderá se valer do remédio constitucional de mandado de segurança. Direito à certidão Independe de pagamento de taxas e pode ser manejado por qualquer pessoa. Certificação normal; atesta e valida uma ocorrência. Exceção: casos de sigilo. Certidão tem que ser entregue no prazo improrrogável de 15 dias. Remédio constitucional em caso da negativa de produção da certidão: mandado de segurança. Habeas corpus Habeas corpus: capaz de cessar a ameaça à liberdade de ir e vir. Não há necessidade de advogado para impetrar o habeas corpus. Legitimidade universal, qualquer pessoa pode ingressar com HC Pessoas jurídicas, MP e juízes podem impetrar o HC, mas não podem ser pacientes. É possível impetrar HC contra particulares, como por exemplos hospitais. Pessoas jurídicas NÃO PODEM SER PACIENTES DO HABEAS CORPUS, mas podem ser IMPETRANTES Rito especial, extremamente informal e célere (rápido). Se a quebra de sigilo for determinada no curso de um processo administrativo, o HC NÃO poderá ser manejado. Não é cabível HC em se tratando de punição disciplinar militar. Concessão de liminar é admitida. Liminar: ordem judicial precária que é proferida com urgência com o intuito de proteger um direito que pode vir a sofrer danos na ausência dela. Não há previsão expressa de cabimento de HC Mandado de segurança Criação brasileira; Legitimidade ativa para qualquer pessoa física ou jurídica e alguns agentes públicos Natureza civil; Rito sumário especial (célere) Proteção de direitos líquidos e certos (prova pré-constituída; não há nenhuma dúvida; fato incontestável); expresso em normal legal. Não se admite em face de particular que esteja em atividade própria. Regulamentado por norma infraconstitucional A controvérsia sobre a matéria de direito não impedirá a concessão de mandado de segurança Legitimidade ativa: detentor do direito; legitimidade passiva: quem pratica o ato a ser impugnado. Direito RESIDUAL (abrange o que não é amparado por habeas corpus ou habeas data) Somente poderá ser impetrado para amparar direito que não for a respeito da liberdade de locomoção (amparado pelo habeas corpus) e ao direito de acesso e/ou retificação de informações pessoais (amparado pelo habeas data) Prazo de 120 dias para a impetração, contados do conhecimento do interessado do ato a ser impugnado. Prazo decadencial, ou seja, não se interrompe ou se suspende. Em caso de perda do prazo, o direito ainda será protegido, mas com uma ação diferente, de rito ordinário Mandado de segurança coletivo Mesma definição do individual, mas abrangendo o coletivo. Não é necessário que o mandado abranja a totalidade de um determinado grupo, podendo ser apenas uma parcela dele. Diferença no objeto e na legitimação ativa Tríplice finalidade: Fortalecer organizações classistas Facilitar o acesso à justiça Evitar o acúmulo de demandas idênticas Legitimidade ativa mandado de segurança coletivo A exigência de um ano de funcionamento aplica-se somente às ASSOCIAÇÕES Partidos políticos impetrantes precisam de pelo menos UM parlamentar representante (Ou da Câmara ou do Senado) Não é necessária a autorização expressas de membros da entidade para a impetração Mandato de injunção Natureza civil e procedimento especial. Ação para concretizar direitos previstos na CONSTITUIÇÃO FEDERAL (aqui não cabe leis; normas infraconstitucionais) que são de eficácia limitada e não possuem norma reguladora, se tornando inviabilizado. Direitos inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania. Existe MI coletivo, embora não expresso na CF/88. A não regulamentação não é finalizada apenas com a apresentação de um novo projeto de lei. Legitimidade ativa: qualquer pessoa física, jurídica, coletiva ou Ministério Público. É necessário comprovar que o não exercício daquele determinado direito é consequência direta da não regulamentação. Legitimidade passiva: pertence ao Poder, órgão ou autoridade com atribuição de editar norma regulamentadora. NENHUM PARTICULAR É POLO PASSIVO. Efeitos da concessão de mi Teoria não concretista (em desuso): o Poder Judiciário somente reconhece a ausência de norma regulamentadora e notifica o órgão competente. Teoria concretista (em uso no BR): Poder Judiciário reconhece e omissão e viabiliza o exercício do direito. Geral: o direito viabilizado pelo PJ é imediato e vale para todos. Individual: decisão somente alcança aquele que impetrou o MI. Direta: direito concretizado de forma imediata. Intermediário: notifica a autoridade responsável e fornece um prazo para a regulamentação. Habeas data Acesso gratuito às informações relativas ao impetrante na esfera do Poder Público. Permite a retificação das informações constantes. Natureza civil e procedimento especial. Não tutela o direito genérico de obter informações (mandado de segurança), mas sim o de conhecer e corrigir direitos próprios. A negativa de acesso a informação é um requisito indispensável para impetração do HD Legitimidade ativa de qualquer pessoa física ou jurídica. Legitimidade passiva entidade que detenha as informações pessoais e se negue a fornecer/retificar Pessoa jurídica pode impetrar e inclusive ser o paciente no HD Não é remédio para obter informações sobre terceiros, mas apenas sobre si mesmo (caráter personalíssimo) O HD poderá ser impetrado por um terceiro em caso de falecimento do titular das informações. É impossível que a administração se negue a prestar as informações sob a justificativa de “sigilo”. É necessária presença de advogado no HD. 1ª fase (administrativa/pré-judicial): Requerimento apresentado ao órgão e, se houver recusa, há a impetração. Somente após o insucesso da fase adm inicia-se a fase judicial. 2ª fase (judicial): impetração do HD Habeas Data é isento de custos. Ação popular Regulamentação foi recepcionada pela CF/88 Procedimento ordinário e natureza civil. Exercício direto da soberania, exercido por qualquer CIDADÃO. Ausência de atuação do Poder Público também é objeto de impetração da ação popular. Legitimidade ativa: cidadãos. (portugueses equiparados a brasileiros naturalizados poderão impetrar AP). Ação popular poderá ser impetrada em qualquer lugar. O MP poderá assumir e dar andamento ao processo em caso de desistência do impetrante da AP.
Compartilhar