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Aula 09 Civil VI Caducidade, revoação e nulidade de testamentos e testamentos ordinários, testamentos públicos, cerrado e particular

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Aula 09 Caducidade, revogação e nulidade de testamentos e testamentos ordinários - espécies: test. público, cerrado e particular
Caducidade testamentária
Caducidade testamentária é a perda de eficácia, da viabilidade do testamento. 
Essa caducidade se dá por duas naturezas 
· Caducidade objetiva: atinge o objeto do testamento (a coisa objeto da disposição testamentária). Ex.: o sujeito deixa em testamento cavalo para João, mas o cavalo morre antes da abertura da sucessão. Ocorre caducidade, por perda do objeto.
· Caducidade subjetiva: quando a impossibilidade atinge a pessoa. Ex.: se deixa cavalo para João, mas entre a elaboração do testamento e a abertura da sucessão João morre.
Nota: se João tinha descendentes não existirá direito de representação? Não, o direito de representação é instituto da sucessão legítima. 
Nulidade testamentária 
É quando está presente vícios, como a falta de discernimento, a falta da condição de idade (16 anos), ou então erro ou dolo.
Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo.
· Simultâneo: quando fazem juntos.
· Recíproco: um beneficia ao outro.
· Correspectivo: com o intuito deliberado de beneficiar alguma parte que não está fazendo o testamento (???).
O testamento conjuntivo gera nulidade e o prazo para serem arguidas é de 5 anos (art. 1859 do Código Civil).
Revogabilidade 
A revogação é ato voluntário do testador. 
Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito.
O testamento não precisa ser revogado da mesma forma pela qual foi feito. Então se o testamento é público, pode-se revogá-lo por instrumento privado. 
Espécies de testamento: testamentos ordinários 
· Público
· Cerrado
· Privado
Testamento público
1. Testamento público é aquele que não é dotado de sigilo e é formalizado perante o oficial de registro no cartório.
Art. 1.864. São requisitos essenciais do testamento público:
I - ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo com as declarações do testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos;
II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um só tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do oficial;
III - ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.
Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem como ser feito pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo testador, se mais de uma.
Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o tabelião ou seu substituto legal assim o declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e, a seu rogo, uma das testemunhas instrumentárias.
2. No caso do analfabeto a assinatura será a rogo (art. 1865), ou seja, alguém assina no lugar do testador, a seu rogo. 
Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.
3. Como o cego não tem como conferir através da leitura, o tabelião lerá uma vez e em seguida lerá uma das testemunhas de confiança desse testador, ele poderá assinar aquele documento, caso saiba ler e escrever. 
4. O testamento público é um testamento que fica assegurada a manifestação e vontade e é muito difícil de se desconstituir esse testamento. A desvantagem é que só pode ser feita em língua nacional, além disso, o testamento público é de fácil acesso, podendo ser objeto de consulta por qualquer pessoa. 
Testamento cerrado
O testamento cerrado é um testamento sigiloso, que será lacrado e não vai permitir o conhecimento por outras pessoas.
Pode ser escrito pelo próprio testador ou por alguém a seu pedido.
É feito através de documento que será lacrado perante tabelião que previamente aprovará esse testamento.
Haverá algumas fases nesse testamento:
· Apresentação
· Aprovação
· Cerração 
Quanto à forma, deve-se dizer que ele pode ser manuscrito ou datilografado, mas se for datilografado é preciso a assinatura do testador em cada uma das páginas (para dar autenticidade, art. 1868, § único).
Uma vez aprovado, a aprovação dada pelo tabelião é tão somente quanto as circunstâncias de que o testamento está sendo apresentado com o auxílio de 2 testemunhas e não quanto a conteúdo do testamento (que o tabelião desconhece).
O testamento cerrado não é permitido ao analfabeto e propicia que o surdo mudo só pode fazer por cerrado se for alfabetizado, para ele poder ler e escrever os termos do testamento. E também deve pedir por escrito “este é o meu testamento para o qual peço aprovação” (os demais dizem de forma verbal). 
O testamento cerrado pode ser feito em língua estrangeira. Essa disposição em língua estrangeira será traduzida por tradutor oficial para o português para que seja efetivamente cumprido o testamento sem risco de desvirtuação do seu conteúdo. 
O testamento cerrado não pode ser feito pelo analfabeto nem pelos deficientes visuais completos. 
O testamento ficará fechado e a abertura do testamento pelo testador é um ato de revogação; o testamento somente pode ser aberto após a morte do testador; se houver violação antes ou por pessoa diversa do juiz, isso é causa de anulação do testamento. 
Testamento privado
O testamento privado pode ser feito de próprio punho ou de forma mecânica pelo testador e terá como requisito 3 testemunhas (se diferenciando dos outros que exigem apenas duas). A necessidade de 3 testemunhas é o fato de ter uma insegurança maior no testamento privado, pois não é objeto de crivo de análise, registro ou guarda de qualquer pessoa que tenha fé pública. Esse testamento permanece sobre os cuidados do próprio testador. 
Esse testamento pode ser escrito em língua nacional ou estrangeira. Desde que sendo escrito em língua estrangeira, as testemunhas que estão assinando o testamento tenham conhecimento comprovado da língua estrangeira usada no testamento. 
Esse testamento não tem registro público é ato totalmente particular. Outra desvantagem é a fragilidade de ser anulado.
Também não pode ser feito por cego ou analfabeto. É preciso que as testemunhas ao tempo da morte estejam vivas para validar o testamento. Porém, não havendo testemunhas vivas ao tempo da abertura da herança, o juiz pode dar validade a esse testamento. 
RESUMO (IMFORMAÇÕES RELEVANTES)
1. Primeiro informação importante diz respeito a caducidade (que pode ser objetiva, atine o objeto; ou subjetiva, atine a pessoa).
2. Segunda informação importante se refere a nulidade (é nulo o testamento conjuntivo).
3. Terceira: como estudado, testamento pode se revoado, é uma de suas características, essa revogação não precisa ser da mesma forma com que foi feito.
4. Quarta informação importante: o testamento pode ser público, cerrado ou privado.
· Público 
· Formalizado perante oficial de registro em cartório
· O cego só faz por essa modalidade.
· Também é permitido, obviamente ao analfabeto e surdo.
· Cerrado
· Testamento sigiloso, a abertura é ato de revogação ou anulação. 
· Lacrado e aprovado por tabelião, que não sabe o conteúdo, apenas avalia a forma.
· Possui 3 fases: apresentação, aprovação e cerração.
· Proibição: pra analfabetos, deficientes visuais completos.
· Surdos mudas, apenas se alfabetizado
· Privado
· 3 testemunhas se diferenciado das outras que exige 2.
· Não pode ser feito por cego ou analfabeto.

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