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Direito das Sucessões

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Acadêmicos: ZZZZ
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Direito das Sucessões
1. O que é testamento? Quem pode testar? Qual a natureza jurídica?
O testamento é um ato de última vontade do testador, em que este dispõe acerca de seus bens, em todo ou em partes, para depois de sua morte. Desta forma, é considerado um negócio jurídico, podendo testar todas as pessoas capazes, conforme conceitua o artigo 1857 CC, ou seja, menos os menores de 16 anos ou aqueles que não tiverem pleno discernimento. 
2. Quais são os testamentos ordinários? Conceitue cada um deles.
Os testamentos ordinários são:
- Público (1864 CC): testamento público é aquele que traz maior segurança para as partes envolvidas, pois lavrado pelo tabelião de notas ou por seu substituto, que recebe as declarações do testador ou autor da herança.
- Cerrado (1868 CC): este é escrito pelo próprio testador ou por alguém a seu rogo, cujo conteúdo só o testador conhece, tornando a lei eficaz após o auto de aprovação feito com a leitura pelo tabelião. Devem estar presentes duas testemunhas devendo constar a assinatura das mesmas.
- Particular (1876 CC): Chamado de testamento hológrafo, uma vez que escrito pelo próprio testador, sem maiores formalidades. De toda sorte, apesar de ser a forma mais fácil de ser concretizada, a modalidade particular não tem a mesma segurança do testamento público
3. Quais são as especificidades do testamento público?
Este testamento deve ser escrito pelo tabelião ou seu substituto, ser lavrado e lido ao testador e duas testemunhas, ao mesmo tempo, e em seguida a leitura, ser assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião. (Art. 1684, CC)
4. Quais são as especificidades do testamento cerrado?
Este testamento deve ser entregue pelo testador ao tabelião na presença de duas testemunhas, devendo o tabelião lavrar o auto de aprovação e ler o testamento, devendo todos assinar após a leitura (Art. 1868, CC). O testamento cerrado pode ser escrito em língua nacional ou estrangeira, pelo próprio testador, ou por outrem, a seu pedido (art. 1.871 do CC).
5. Quais são as especificidades do testamento particular?
Este testamento se escrito a próprio punho deve ser lido e assinado por quem o escreveu, na presença de pelo menos três testemunhas que devem o subscrever, conforme artigo 1876 §1º CC. Mas, se escrito mecanicamente, não pode contes rasuras ou espaços em branco, devendo ser assinado pelo testador, depois de lido na presença de pelo menos três testemunhas que devem o subscrever, conforme artigo 1876 §2º.
6. Defina codicilo.
O codicilo ou pequeno escrito constitui uma disposição testamentária de pequena monta ou extensão, trata-se de ato de última vontade simplificado, para o qual a lei não exige tanta solenidade em razão de ser o seu objeto considerado de menor importância para o falecido e para os herdeiros. Exemplo: bens sem valor pecuniário, como objeto de estimação ou como quer que seja o seu funeral, conforme art. 1.881, do CC.
7. Quais são os tipos de testamentos especiais? Conceitue cada um deles.
Ao tratar do testamento marítimo, preconiza o art. 1.888 do CC/2002 que aquele que estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar perante o comandante, em presença de duas testemunhas, por forma que corresponda ao testamento público ou ao cerrado. O registro do testamento será feito no diário de bordo. 
Por outra via, o testamento aeronáutico consta do art. 1.889 do CC, pelo qual quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa designada pelo comandante, nos termos do artigo anterior, ou seja, perante duas testemunhas e por forma que corresponda ao testamento público ou cerrado. Do mesmo modo, o testamento aeronáutico deve ser registrado no diário de bordo.
O art. 1.893 do CC admite testamento feito por militares e demais pessoas em serviço das Forças Armadas, poderão testar perante duas ou mais testemunhas, devendo ser registrado no livro militar, caducando após 90 dias se estiver em condições de fazer em testamento ordinário.
8. Defina legado e responda: Caso ocorra a premoriência do legatário, o legado deverá ser transmitido aos seus herdeiros?
Legado é a atribuição de certo ou certos bens a outrem por meio de testamento e a título singular. Envolve, assim, uma sucessão causa mortis que produzirá efeitos apenas com o falecimento do testador. Consiste, sem dúvida, numa liberalidade deste para com o legatário, o que não exige dizer que se deva sempre traduzir em benefício para este último, já que pode ocorrer a vir a ser o legado pelos encargos que o acompanham ou mesmo vir a se converter num ônus pesado demais para quem o recebe. No caso de premoriência, o legado não deverá ser transmitido ao seus herdeiros, pois o legado foi caducado, conforme dispõe o artigo 1939, V, CC.
9. Quanto ao testamento diferencie substituição vulgar, reciproca e fideicomissária?
- Vulgar: nesta o testador substitui diretamente outra pessoa ao herdeiro ou ao legatário nomeado, para o caso de um ou outro não querer ou não poder aceitar a herança ou o legado. Assim, conforme o artigo 1947 CC, presume-se que a substituição foi determinada para as duas alternativas, ainda que o testador só a uma se refira.
- Recíproca: na recíproca geral todos substituem o herdeiro ou legatário que não suceder, já na recíproca particular somente determinados herdeiros ou legatários são apontados como substitutos recíprocos.
- Fideicomissária: nesta o fideicomitente (testador ou autor da herança) faz uma disposição do patrimônio para o fiduciário (primeiro herdeiro) e para o fideicomissário (segundo herdeiro), em que ocorrendo o termo ou a condição fixada, o bem é transmitido ao próximo, conforme conceitua o artigo 1951 CC.
10. O que significa o rompimento do testamento? Explique. 
Conforme conceitua o artigo 1973 CC, o testamento passa a não ter nenhum efeito quando o testador não tem descendente e lhe sobrevém um descendente sucessível, ou quando o testador tem descendente, mas não sabia que tinha, e o descendente aparece. Este rompimento é chamado de revogação ficta, pois seu fundamento é a presunção de que o testador não dispôs acerca de seus bens ou não teria decidido daquela maneira se tivesse descendentes. 
11. Quem é o testamenteiro, qual sua função e limites?
O testamenteiro pode ser nomeado pelo autor para que fique encarregado de vigiar o cumprimento do seu testamento ou de o executar, de acordo com o artigo 1137 CC. Assim, deve cumprir as obrigações testamentárias, prestar contas, defender a validade do testamento, além do que for conferido pelo testador nos limites da lei, conforme dispõe o artigo 1982 CC.
12. O testamento pode ser revogado? Como? E o reconhecimento de filho em testamento pode ser revogado? Justifique. 
O testamento pode ser revogado de maneira expressa, pelo mesmo modo e forma que pode ser feito, quando a vontade do testador é manifestada declarando a revogação do testamento anterior com a presença de um novo que seja válido. Ou de maneira tácita, quando não houver a declaração do testador revogando o testamento anterior, assim, devem haver discordâncias entre as disposições do testamento anterior com o recente, conforme art. 1.969, do CC, bem como a revogação pode ser total ou parcial, com fundamentos no art. 1.970, do CC.
Dispõe o art. 1.973 do CC que, “sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador”. Deve ficar claro que se o testador já sabia da existência do filho, a norma não se subsume.
Tartuce, Flávio Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018

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