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Aula 02 Nomenclaturas e conceitos essenciais, princípio saisine, conceito e efeitos, sucessão legítima e testamentária, efeitos universal e singular Autor da herança Autor da herança é designação própria para a pessoa que faleceu (o morto). Não confunda com inventariante: inventariante é aquela pessoa designada por lei e que exercita o múnus de administração e propulsão do processo de inventário, seja judicial ou extrajudicial. Sucessores São todos os interessados em herdar algum patrimônio do falecido. Se dividem em sucessores legítimos e sucessores testamentários. Herança É o conjunto de aspectos obrigacionais positivos ou negativos deixado pelo autor da herança (obrigações e direitos). Não pode ser confundido com o Espólio: acervo patrimonial levado para o inventário (ou seja, o espólio é menos amplo do que a herança, que pode ter aspecto patrimonial ou não – enquanto o espólio só tem aspecto patrimonial). Abertura da sucessão A sucessão se abre necessária e imediatamente com a morte do autor da herança (abertura da sucessão não se refere ao processo de inventário, mas sim à morte do falecido). Princípio de saisine Esse princípio está instituído no art. 1784 do CC. Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. A herança (conjunto de direitos e obrigações) se transmite imediatamente aos herdeiros. Sem necessidade de declaração, procedimento de inventário, judicialização, a herança se transmite de imediato para os herdeiros. Sendo assim, o bebê nascido no instante 1, se torna herdeiro imediatamente do pai que faleceu no instante 2, por mais que, após o pai morrer, o bebê também venha a falecer. Em função disso, aquilo que o Bebê adquiriu com a morte do pai será transmitido para sua ascendente, a mãe. Efeitos Primeiro efeito: uma vez que foi aberta a sucessão, a sucessão será regulada pela lei vigente quando da abertura da sucessão (prevenção legal, art. 1.787). Segundo efeito: os herdeiros passam a exercitar simultânea e reciprocamente o seu direito de posse dos imóveis (condomínio ideal). Pode alienar? Terceiro efeito: todos os herdeiros se tornam legítimos possuidores, então podem se socorrer de ações possessórias já a partir da abertura da sucessão. Quarto efeito: Sucessão processual: Os herdeiros também podem se habilitar nos processos em que o falecido fazia parte, desde que não seja um feito personalíssimo (que só o falecido poderia promover). Sucessão legítima Sucessão legítima é aquela que se dá conforme os termos preestabelecidos na lei. Sucessão testamentária Se caracteriza como sendo uma sucessão que privilegia a disposição de última vontade do autor da herança. A sucessão testamentária prevalece sobre a legítima desde que atenda aos requisitos para essa disposição. Espécies de sucessão · Sucessão a título universal: o herdeiro recebe a totalidade, fração ou parte alíquota da herança. É a sucessão feita sem distinção, sem individualização de patrimônio. A sucessão legítima sempre vai se dar nesse modelo. · Sucessão a título singular: o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado, denominado legado. Caracteriza-se pela individualização patrimonial para herdeiro identificado. A sucessão testamentária pode se dar tanto a título universal quanto a título singular. Como se dar a título universal a sucessão testamentária? Quando o autor da herança inclui outra pessoa determinando “deixo como meu herdeiro, fulano, para concorrer com os meus filhos”. Não se sabe o que Fulano vai herdar, então é disposição testamentária a título universal.
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