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INSTITUTO FEDERAL DE MARANHÃO 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS E PRÁTICAS INOVADORAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS PÚBLICAS
CIDADE
2022
RESUMO
As metodologias ativas surgiram como meio de inovar as práticas pedagógicas nos espaços escolares, desenvolvidas com a finalidade de diminuir as deficiências existentes no processo de ensino-aprendizagem, visando maior integração e participação do aluno nas aulas. Dessa forma, o objetivo geral da pesquisa é verificar como o uso de metodologias ativas e práticas inovadoras no Ensino Fundamental contribui para estimular os alunos na construção do processo de ensino e aprendizagem de qualidade, tornando-os participantes ativos. Os objetivos específicos são: a) descrever o conceito de metodologias ativas e práticas inovadoras; b) apontar características de metodologias ativas e práticas inovadoras. c) identificar experiências de metodologias ativas e as práticas inovadoras no processo de ensino e aprendizagem que tiveram contribuições para sua melhora. A metodologia utilizada a pesquisa é classificada de natureza bibliográfica, em busca de refletir sobre metodologias ativas no Ensino Fundamental, em específico a utilização no processo de ensino e aprendizagem. Os procedimentos foram seleção de trabalhos acadêmicos que já foram realizados nos anos anteriores, a partir dos bancos de dados tais como Google Acadêmico e o Portal Periódico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Para seleção dos trabalhos, considerou-se trabalhos no período de 2010 à 2022, pois, os trabalhos recentes são importantes para manter a atualização e obter maior relevância científica. Afirma-se que as Metodologias Ativas correspondem um instrumento competente e dinâmico no contexto escolar que irá favorecer no desenvolvimento e formação dos alunos no Ensino Fundamental. Para isso, é preciso aluno ser o centro, protagonista de sua aprendizagem e o professor como mediador, aquele que relacionará o conteúdo com a realidade do aluno. Conclui-se que todos os objetivos dispostos nesse trabalho foram contemplados, de modo que compreende que as Metodologias Ativas devem fazer parte na prática do professor no Ensino Básico. Porém, é preciso de mais pesquisas que tratam especificamente desse tema em todas as modalidades de ensino.
Palavras-Chaves: Metodologias Ativas; Práticas inovadoras; Ensino e aprendizagem. 
ABSTRACT
Active methodologies emerged as a means of innovating pedagogical practices in school spaces, developed with the aim of reducing existing deficiencies in the teaching-learning process, aiming at greater integration and student participation in classes. Thus, the general objective of the research is to verify how the use of active methodologies and innovative practices in Elementary School contributes to encourage students to build a quality teaching and learning process, making them active participants. The specific objectives are: a) to describe the concept of active methodologies and innovative practices; b) point out characteristics of active methodologies and innovative practices. c) identify experiences of active methodologies and innovative practices in the teaching and learning process that have contributed to its improvement. The methodology used in the research is classified as bibliographical, in order to reflect on active methodologies in Elementary School, specifically the use in the teaching and learning process. The procedures were the selection of academic works that had already been carried out in previous years, from databases such as Google Scholar and the Periodic Portal of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES). For the selection of works, works in the period from 2010 to 2022 were considered, as recent works are important to keep up-to-date and obtain greater scientific relevance. It is stated that Active Methodologies correspond to a competent and dynamic instrument in the school context that will favor the development and training of students in Elementary School. For this, the student must be the center, protagonist of their learning and the teacher as a mediator, the one who will relate the content with the student's reality. It is concluded that all the objectives set out in this work were contemplated, so that it understands that the Active Methodologies must be part of the teacher's practice in Basic Education. However, more research is needed that specifically addresses this issue in all teaching modalities.
Keywords: Active Methodologies; Innovative practices; Teaching and learning.
Sumário
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................	11
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................15
2.1 Metodologias Ativas e suas características..........................................................	15
2.2 Práticas inovadoras no processo de ensino.........................................................	19
2.3 Classificação de Metodologias Ativas..................................................................24
2.4 O aluno e o professor no Ensino Fundamental....................................................	33
2.5 Experiências de metodologias ativas no Ensino Fundamental............................	37
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS DA PESQUISA...........................................	40
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................	45
REFERÊNCIAS..........................................................................................................	47
1 INTRODUÇÃO
	
	As metodologias ativas surgiram como meio de inovar as práticas pedagógicas nos espaços escolares, desenvolvidas com a finalidade de diminuir as deficiências existentes no processo de ensino-aprendizagem, visando maior integração e participação do aluno nas aulas. Com isso são utilizadas inúmeras estratégias para que o aluno tenha maior assimilação e interesse no assunto ou objeto de estudo, com a função de favorecer o desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais e emocionais. A pesquisa buscou, portanto, verificar quais são as eficiências de tais metodologias e se realmente podem ajudar o desenvolvimento total do indivíduo atingindo os objetivos propostos. 
Nesse sentido a pesquisa visa contextualizar o seu uso e as práticas inovadoras no processo de ensino e aprendizagem do Ensino Fundamental. Tal proposta surgiu mediante a observação no campo de estágio, a desfasagem do uso de métodos pedagógicos nas escolas onde constatou-se que ainda existem métodos tradicionais e a figura central é o professor, responsável pela detenção do conhecimento e firmado unicamente em uma única metodologia de ensino. Essa realidade se repete constantemente nas estruturas das escolas públicas, e é por esse motivo que se busca uma investigação consistente a respeito desse contexto educacional sem autonomia de aprendizado. Essa realidade geralmente proporciona a construção de um quadro de alunos dependentes, desinteressados e desmotivados nas salas de aula.
A partir desse contexto e estudos iniciais, surgem as metodologias ativas, como uma nova maneira de proporcionar um processo de ensino aprendizagem com a finalidade de estimular e desenvolver no aluno o pensamento crítico. Ao utilizar estas metodologias o professor proporciona a autonomia do aluno, despertando a curiosidade e encorajando a tomada de decisão, tanto individualmente quanto coletivamente, sejam elas provenientes das práticas sociais ou no contexto do aluno (DEREGON; SOUZA, 2019).
Diante disso, o problema da pesquisa gera o seguinte questionamento: Como o uso das Metodologias Ativas e as práticas inovadoras contribuem no processo de ensino e aprendizagem do Ensino Fundamental? Desse modo, o objetivo geral é verificar como o uso demetodologias ativas e práticas inovadoras no Ensino Fundamental contribui para estimular os alunos na construção do processo de ensino e aprendizagem de qualidade, tornando-os participantes ativos. Os objetivos específicos são: a) descrever o conceito de metodologias ativas e práticas inovadoras; b) apontar características de metodologias ativas e práticas inovadoras. c) identificar experiências de metodologias ativas e as práticas inovadoras no processo de ensino e aprendizagem que tiveram contribuições para sua melhora.
	A relevância deste estudo, é proporcionar reflexão aos docentes e futuros docentes que as práticas pedagógicas devem atender a realidade do aluno, e é preciso utilizar diversos métodos que contemple os objetivos de aprendizagem de maneira efetiva. Desse modo, é crucial o educador refletir sua prática para que não se torna mecânica, sistemática e defasada no campo educacional. 
	Cientificamente aponta-se a relevância diante a criação de novas técnicas e métodos de ensino, utilizou-se teoria e aplicação prática diante trabalhos e atividades interativas que visam proporcionar estudo aos alunos de maneira divertida, interessante e assimilação eficaz (DERIGON; SOUZA, 2019). 
	Nesse sentido, o estudo contribuiu para compreender as metodologias ativas e a maneira de inserir na prática como profissional de Pedagogia. Considera-se esse trabalho essencial para revelar novos saberes e promover conhecimento por meio de técnicas que constitui essa pesquisa. 
	A metodologia ativa no ambiente escolar é um assunto atual e de muito interesse aos profissionais da educação, conforme evidenciou essa pesquisa. Nesse sentido, abordou pesquisas de: Bliskten (2010), Berbel (2011), Freire (2011), Barbosa e Moura (2013), Freire (2013), Moran (2015), Diesel, Marchesan e Martins (2016), Paiva et al. (2016), Beier et al. (2017), Lima (2017), Zaleski e Oliveira (2018), Moran (2018), Barreto et al. (2021) e Santos (2021). 
	Assim, a pesquisa é classificada de natureza bibliográfica, em busca de refletir sobre metodologias ativas no Ensino Fundamental, em específico a utilização no processo de ensino e aprendizagem. Os procedimentos foram seleção de trabalhos acadêmicos que já foram realizados nos anos anteriores, a partir dos bancos de dados tais como Google Acadêmico e o Portal Periódico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Para seleção dos trabalhos, considerou-se trabalhos no período de 2010 à 2022, pois, os trabalhos recentes são importantes para manter a atualização e obter maior relevância científica. 
	Foram utilizados os descritores: “metodologias ativas”, “ensino fundamental”, “metodologias ativas no ensino fundamental”, “práticas inovadoras”, entre outras combinações, tais como: “o uso de metodologias ativas no Ensino Fundamental”; “A práticas inovadoras com Metodologia Ativas no Ensino Fundamental”, entre outros. 
	Entende-se que a pesquisa bibliográfica corresponde fontes que foram publicadas, fontes consideradas confiáveis para serem utilizadas em qualquer contexto cientifico, sejam eles livros, artigos, monografias, sites, entre outros meios de pesquisas. 
O enfoque desta pesquisa é qualitativo que tem como característica explorar os fenômenos em profundidade, conduzido em ambientes naturais, o significado é extraído dos dados e não se fundamenta na estatística. O processo é indutivo, recorrente, analisa múltiplas realidades subjetivas e não tem sequência linear. Ela traz como benefício a profundidade de significados, extensão, riqueza interpretativa e contextualiza o fenômeno (SAMPIERI; COLLADO; LUCIA, 2013). 
	Explica-se a abordagem qualitativa, pois são interpretações das informações de maneira detalhada, ampla a compreensão, uma vez que pode fazer a relação com o ponto de vista pessoal sobre a temática. Sendo assim, foi positivo para a obtenção dos objetivos proposto na pesquisa e a resposta da situação problema, percebendo que a metodologia ativa é essencial ser utilizado no âmbito escolar para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos no Ensino Fundamental. 
Para a coleta de dados foram realizados fichamentos dos artigos e trabalhos de pesquisas que foram selecionados nos bancos de dados citados. Desse modo, conforme Francelin (2016), é um método que contribui para organizar as ideias por meio do material consultado. Não foi utilizado todo o material que foram levantados, sendo fichados fontes de informações que foram consultados. De acordo com o autor, possui vantagem nesse exercício, tais como: descobrir as obras, apreciar as reflexões do autor, assimilar conhecimentos e familiarizar com o procedimento da pesquisa. 
Assim, a estrutura da pesquisa contempla a concretização nessa linha metodológica, sendo que o desenvolvimento do contexto delimitado em cinco partes, uma vez que a primeira corresponde à introdução em que é demonstrado, problema, hipóteses, objetivo geral e específicos e justificativa da pesquisa. Na segunda parte compõe o referencial teórico, constituídos subcapítulos conceituando e caracterizando a metodologia ativa, classificando-as, refletindo as práticas inovados e sobre relação professor e aluno no Ensino Fundamental, dados coletados e que responde ao problema da pesquisa. Já o terceiro capítulo corresponde à metodologia de pesquisa, posteriormente quarta parte é análise e discussões e o quinto proporciona as considerações finais.
	A partir do exposto, conclui-se que foi desenvolvida a pesquisa para atingir os objetivos propostos e resposta ao problema proposto. Também foram expostas as escolhas metodológicas que dão sentido à pesquisa com base nas especificidades do objeto de estudo. 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 Metodologias Ativas e suas características 
	A metodologia ativa é caracterizada como uma alternativa essencial para favorecer de modo significativo e garante a eficácia no processo de aprendizagem do indivíduo. Zaluski e Oliveira (2018) apontam que a inserção das metodologias ativas nas instituições escolares contribui para a motivação e fortalecimento das ações dos alunos diante das percepções adotadas ao longo dos estudos. Desse modo, pontuam a ideias de Freire (2006), de que mobiliza a curiosidade, de modo em que os alunos participam da teorização e buscam proporcionar novos elementos que ainda não são considerados nas aulas e nem na perspectiva do professor. 
	Moran (2015) apresenta que as metodologias ativas é um processo interativo que promove conhecimento, prática de análise de pesquisas, tomadas de decisões de maneira individual no coletivo com objetivo de solucionar um determinado problema. O professor nesse contexto é o facilitador ou orientador para atingir os objetivos das pesquisas e também refletir junto com o aluno o que fazer. a metodologia é compreendida como um processo que desenvolve aprendizagem por meio de experiências reais ou simuladas em busca de condições para solucionar os problemas, aceitar desafios que correspondam as práticas sociais em diferentes contextos.
	De acordo com Camargo e Daros (2018), as metodologias ativas é uma alternativa para atender os desafios da educação, uma escolha que promove ao aluno a aquisição de capacidade de modo autônoma, tornando capaz de enfrentar e solucionar problemas. É um método que insere problemas e situações reais vivenciados pelos alunos para que os mesmos busquem uma solução em conjunto. Sendo assim, o professor como mediador, irá contribuir para o desenvolvimento da autonomia dos alunos e auxiliará nos comportamentos. 
	Um dos benefícios que dão mais ênfase nos artigos de pesquisas sobre Metodologias Ativas, é o desenvolvimento da autonomia do aluno, um dos benefícios como questão centro no uso dessas metodologias. O entendimento sobre esse conceito, é que é ampla, no sentido de libertar, promover criatividade, estimular a refletir e realizar ações sobre a realidade, de modo que promova a transformação da sociedade (PAIVA, et al., 2016).
Conforme Beier, et al. (2017), as metodologias ativas articulam em uma concepçãoeducacional que insere o aluno como principal agente de sua aprendizagem, por meio dessa metodologia, nota-se que o professor estimula o aluno a refletir de maneira crítica. Assim, são considerados como tecnologia que proporciona engajamento aos alunos em seu processo de ensino e aprendizagem, no sentido de favorecer o desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva em relação a sua ação (LIMA, 2017). Diante dessa assertiva, entende-se que, as metodologias ativas proporcionam ao aluno sua participação e aprendizagem ativa no processo de ensino. 
Paiva et al. (2016) fizeram uma revisão integrativa sobre as Metodologias Ativas com a percepção de que esse método dispõe uma preocupação pois são uniformes do ponto de vista dos referenciais teóricos. Os autores identificam diversas estratégias utilizadas como estratégias para favorecer no processo de ensino e aprendizagem, com diversos benefícios, desafios em todas as etapas da educação. 
É um novo caminho para que o aluno avance no conhecimento profundo, em suas competências socioemocionais. Assim, a escolas que mostrarem novos caminho irão modificar suas praticas e adotar modelos mais centrado na aprendizagem ativa com problemas reais, com desafios relevantes, com jogos, atividades e leituras com valores essenciais (MORAN, 2015).
Santos (2021) contextualiza que o movimento da Escola Nova que trouxe a discussão sobre as Metodologias Ativas, para implementar na educação nacional. Desse modo, explica por base de suas teorias, que buscava-se promover debates sobre as pedagogias tradicionais, onde buscava uma educação moral e intelectual do aluno, a escola como espaço transmissor de conhecimentos. A proposta é refletir o papel no processo de ensino e aprendizagem, considerando o protagonismo do aluno.
Embora as metodologias ativas são concepções atuais e estão dispostos nas discussões sobre práticas pedagógicas, os conceitos foram estabelecidos por John-Dewey no início do século XX, onde já abordava a necessidade de relacionar teoria e prática e o entendimento que a aprendizagem acontecia no contexto diário (CAMARGO; DAROS, 2018). 
Os autores contextualizaram que Dewey defendia uma educação que era reconstruída por meio de experiências vividas pelos alunos. Acreditava que a educação deveria aumentar sua capacidade de ser realizadas por meio de diversas influências que enriqueceria a vivência e contribuiria para o desenvolvimento da inteligência. Foi adotado o método de projeto por meio do movimento da Escola Nova, com conceitos científicos desenvolvidos por meio da participação dos alunos, enfatizando o protagonismo do aluno no processo de aprendizagem (CAMARGO; DAROS, 2018). 
Ainda na pesquisa de Camargo e Daros (2018) vale ressaltar outros pensadores do século XX que contribuíram para as metodologias inovadoras com objetivo de novas possibilidades de formar o aluno crítico, reflexivo, transformador e humanizado. Citaram autores como: Paulo Freire, Blonsky, Pinkevich, Freinet e Montessori abordaram suas teorias como alternativa necessária para a superação do modelo pedagógico tradicional vigente (CAMARGO; DAROS, 2018).
Diesel, Marchesan e Martins (2016) afirmam que essas metodologias estão cada vez mais presente nos espaços escolares, pois, proporcionam contribuições positivas, de modo que seja efetiva no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Barreto et al. (2021) apontam que os profissionais da educação têm considerado a importância da Metodologia Ativa, especificamente no ensino de Ciências, valoriza-se a utilização de ludicidade como apoio de motivação nas práticas pedagógicas, se tornando significativo na aprendizagem e na contribuição do desenvolvimento dos alunos. 
São concretizadas por meio de estratégias de ensino que possuem características que colocam o aluno como centro, promove a sua autonomia, posição do professor como mediador, ativador e facilitador nos processos de ensino e aprendizagem, estimula diante a problemática que percorre a realidade do aluno, e proporciona uma reflexão constante por meio de trabalho em conjunto, assim como define a figura abaixo:
Figura 1. Características das metodologias ativas
Fonte: Diesel, Marchesan e Martins (2016)
	Nesse sentido, entende-se que as metodologias ativas englobam vários fatores que favorecem o processo de ensino e aprendizagem. A respeito do seu uso, Marchesan e Martins (2016) definem como uma prática inovadora. 
Sendo assim, a utilização de metodologias ativas na proposta de ensino e aprendizagem é uma prática inovadora que visa novas maneiras de desenvolver as aprendizagens dos alunos através das experiências reais ou simuladas, com objetivo de criar condições de solucionar problemas de diferentes maneiras, a partir dos desafios dispostos pelo professor com atividades essenciais que correspondam as práticas sociais do aluno (BERBEL, 2011).
	Nesse contexto, é apresentado como as metodologias ativas são caracterizadas e quais os pontos positivos das mesmas. A partir dessa concepção, a autora pontua que, podemos compreender que essa prática é baseada na maneira que é desenvolvido o processo de aprender, utiliza-se as experiências reais ou simuladas, visa condições de solucionar os desafios das práticas sociais em diferentes contextos (BERBEL, 2011).
	De acordo com Lima (2017, p.423), as metodologias ativas:
Visam promover: (i) próatividade, por meio do comprometimento dos educandos no processo educacional; (ii) vinculação da aprendizagem aos aspectos significativos da realidade; (iii) desenvolvimento do raciocínio e de capacidades para intervenção na própria realidade; (iv) colaboração e cooperação entre participantes. 
	Entende-se que as metodologias ativas proporcionam aos alunos desafios educacionais, em formatos de problemas, apresenta a maneira que eles aprendem, pois, enfatiza-se sua vivência e experiência. Colocam o aluno como principal responsável pela sua própria aprendizagem, possui uma participação efetiva no meio escolar, e constrói ações mentais tais como, prática de leitura, habilidade em pesquisar, comparar, observar, imaginar, organizar e obter dados, confirmar hipótese, classificar, interpretar, criticar, construir sínteses, aplicar fatos e princípios em novas situações, em planejamentos e projetos em suas tomadas decisões (DIESEL; MARCHESAN; MARTINS, 2016). 
	Moran (2015) aponta que as teorias das novas metodologias contribuem para uma pedagogia dinâmica, que promove a criatividade e atividade dos alunos, de modo que coloque o aluno como protagonista, responsável pelo seu próprio conhecimento por meio de engajamento e abordagem ativa. É preciso refletir sobre as práticas pedagógicas que garantam uma aprendizagem mais sólida que permite o aluno enfrentar as modificações da sociedade e ampla informações (MORAN, 2015)
	Entende-se que a partir do uso dessas metodologias, o aluno é o centro, diante das modificações da sociedade, em que exigem inovação na área pedagógica em todos os espaços educativos. Os estudantes se envolvem de maneira ativa e atuante no processo de aprendizagem, e o professor por sua vez, irá orientar e mediar as discussões sobre possível soluções de problemas. 
2.2 Práticas inovadoras no processo de ensino
	Para compreender as práticas inovadoras, é preciso contextualizar como foi se construindo ao longo da história da Educação. Entende-se de inovação, aquilo que modifica e uma das formas é modificar a educação, criar possibilidades de estabelecer relações significativas, diferentes saberes e tornar a instituição escolar mais democrática, atrativa e estimulante. Os alunos hoje exigem uma formação para diversos tipos de conhecimentos, diferentes maneiras de ensino e uma participação ativa, onde implica para mudança do tradicional para um desenvolvimento de estratégias que garanta a aprendizagem dos alunos de forma interativa relacionando com situações reais (CAMARGO; DAROS, 2018).
	Inovação possui um valor positivo, com sinônimo de reforma e mudança. Direcionando na área da educação, é transformar as propostas curriculares, modificaras práticas tradicionais para um determinado grupo. Nesse sentido, entende-se que a inovação esta relacionada com diferentes concepções epistemológicas e ideológicas, no que diz a respeito do processo educativo (TAVARES, 2019).
	De acordo com Tavares (2019) a concepção de inovação no âmbito da educação é tentar respostas aos desafios da sociedade, bem como adequar ao sistema educativo por meio de análise e reflexão nos aspectos administrativo e pedagógico, visa efetivar as contribuições e compreender o que podem oferecer. 
	 Assim, no primeiro momento, é preciso destacar que a educação passou por um processo de construção, marcando diversas tendências e métodos de ensinar. Assim, buscaram inovar suas práticas para ultrapassar limites e alcançar uma formação de um aluno ativo, ético, histórico, critico, reflexivo, humanizado e transformador (ZALUSKI; OLIVEIRA, 2018).
	Há diversas barreiras para ser enfrentada no processo de inovar as práticas pedagógicas. Pois, pesquisadores justificam a falta de subsídios teóricos e reflexivo aos professores compreender que inovação é necessária. A consequência retratada é de professores desmotivados, falta de recursos, sem estrutura adequado e sem engajamento por parte dos alunos (CAMARGO; DAROS, 2018) (CHRISTENSEN et al., 2015).
	No entanto, a instituição escolar é um ambiente que possui o papel de socializar o saber sistematizado, promover um conhecimento elaborado e da cultura, de modo que se articula com a ciências, proporcionar instrumentos que visam o acesso ao saber e bases do mesmo. A escola deve contribuir para o desenvolvimento do aluno para adquirir o saber culturalmente organizado em cada áreas de conhecimento (SAVIANI, 2008).
	Nesse sentido, é preciso destacar que a educação precisa de melhoria, e que os problemas que percorrem no âmbito escolar são históricos. Desse modo, pesquisas apontam a necessidade de aperfeiçoas práticas que atendam as questões sociais, estudantes em situação de vulnerabilidade, pois há possibilidade de apresentar os piores desempenhos (SAVIANI, 2018).
	Lima (2017) contextualiza as últimos quatro décadas do século XX, presença de investigação sobre cultura, mente, cérebro, cognição e desenvolvimentos que proporcionou evidências que abordam a aprendizagem em reflexão sobre as práticas pedagógicas. Embora ampliou-se no campo de investigação e modificações na disseminação de informação, a pedagogia tradicional ou de transmissão como define a autora, ainda está presente de modo hegemônico no processo de ensino e também na formação de professores. 
	Paiva et al. (2016) pontuam sobre as tenências do século XXI, onde a característica da educação passa de ser individual para social, político e ideológico. Os autores contextualizam que a educação acontece durante a vida do indivíduo, não é um processo neutro. Vale ressaltar as ideias de Freire (2013), em que apresenta que a educação é um ato político, sem neutralidade no ambiente escolar, na necessidade de considerar que nenhum fator interfere na individualidade do aluno. 
	Autores citam os quatros pilares do conhecimento e formação, sendo elementos norteadores dessa prática: “i) aprender a conhecer; ii) aprender a fazer; iii) aprender a conviver; e iv) aprender a ser2. Eles apontam um novo rumo para as propostas educativas e exprimem necessidades de atualização das metodologias educacionais diante da atual realidade” (PAIVA, et. al., 2016, p.146).
	Berbel (2011, p.25), aponta que as transformações e modificações na educação reflete, diante da complexidade de diversos setores da vida no âmbito mundial, nacional e local. Essa perspectiva, contribuiu para que o desenvolvimento das capacidades humanas de pensar, sentir e agir se tornasse amplo e profundo, além de comprometer as questões sociais, aonde o indivíduo vive. 
	Podemos destacar também as ideias de Barbosa e Moura (2013), em que reflete que o Brasil é um país que contém diversos contextos educacionais, ainda com práticas tradicionais, como copiar textos em quadros até escolas que possuem alunos e professores com recursos modernos e comunicação. De acordo com os autores, “encontra-se escolas que estão no século XIX, com professores do século XX, formando alunos para o mundo do século XXI” (BARBOSA; MOURA, 2013).
	Diesel, Marchesan e Martins (2016) também contextualizam como a educação e sua prática era caracterizada, sendo este de cunho tradicional, baseado apenas em transmitir o conteúdo, o aluno como receptor de informação, que absorve uma quantidade enorme apresentada pelo professor. Nesse cenário é visto um espaço onde o aluno não tem oportunidade de manifestar e se posicionar. 
	Pode-se caracterizar essa prática como Educação Bancária, a qual Paulo Freire teorizou em suas obras, definindo o aluno como um banco, um cofre vazio em que o professor deposita os seus conhecimentos de modo sistematizado. Lins (2011), em sua reflexão filosófica a acerca da Educação Bancária, aponta que essa prática “não pode ser aceita por nenhum educador que reflita sobre as necessidades de desenvolvimento da pessoa que aprende e sobre os resultados das pesquisas sobre aprendizagem”. 
	Nesse sentido, Moran (2015), percebeu que a educação formal está passando por diversas modificações, de modo que passa por uma evolução relevante e todos os indivíduos aprendem de maneira competente a conhecer, construir projeto de vida e conviver coletivamente. Destaca-se que a educação formal se encontra misturada, hibrida, pois, não acontece somente no ambiente escolar e sim presente em diversos espaços, principalmente os digitais. Assim, atenta-se na necessidade de organizar os currículos, metodologias, tempos e espaços, além, de modificar a postura do professor em comunicar com os alunos de maneira presencial e digital, com tecnologias móveis, mantendo equilíbrio na interação de todos. 
Pois, Moran (2018) explica que as crianças do século XXI mantêm um grande contato com o uso das tecnologias, muitas nascem com “smartphones” à palma da mão. Desta forma é necessário repensar as práticas docentes, considerando a importância da formação continuada e do uso de metodologias ativas no processo de ensino-aprendizagem, para que as aulas se tornem mais interessantes aos alunos. Através de estratégias inovadoras e criativas, o professor pode utilizar a tecnologia como um meio pedagógico a seu favor, ministrando aulas mais dinâmicas e interativas. 
A respeito das tecnologias no ambiente escolar, Kensi (2015) pontua que na escola é capaz de estimular o desenvolvimento, pensamento crítico e criativo e promove uma aprendizagem cooperativa. Assim, possibilita a desafiar regras, descobrir novas relações e realizar ações inovadoras. 
A tecnologia é fundamental para potencializar a educação e promover a aprendizagem ativa. O aluno que está conectado possui um leque de informações, disponibilidade para comunicar, acessar materiais ricos, publicas suas ideias e ampliar sua visão de mundo. A era digital promove mudanças profundas, e na sala de aula visão novas possibilidades e desafios que permitem as pessoas aproximação com diversas culturas (MORAN, 2015).
Moran (2015) já destacava que os métodos das escolas estão relacionados cada vez mais com as transformações sociais, políticas, ambientais e tecnológicas com necessidade de uma nova estrutura no currículo da instituição escolar, atendendo os alunos desde o pré-escolar até o ensino superior voltado para licenciaturas. É crucial realizar um estudo aprofundado, sistemático referente as propostas inovadoras que contribuam ao processo de ensino e aprendizagem.
	Diante essa perspectiva, vale ressaltar que:
[...] estão potencializados pelo avanço das novas tecnologias e pela percepção do mundo vivo como uma rede de relações dinâmicas e em constante transformação, discutindo a necessidade de urgentes mudanças nas instituições de ensino superior visando, entre outros aspectos, à reconstrução de seu papel social (ZALUSKI; OLIVEIRA, 2018, p.2).
	Desse modo, os profissionais estão à mercê, sendo exigidas aulas mais atrativas, dinâmicase atuais, por meio de utilização de metodologias ativas. Os ambientes escolares sofreram mudanças se tornando conectado ao mundo exterior, utilização de recursos que não fazem o aluno como expectador e sim um protagonista de sua aprendizagem. Assim, destaca-se que o professor se deparou com diversas maneiras de ensinar, indo além do quadro negro e passou a colocar o aluno para pensar, raciocinar e interpretar para novos conhecimentos. As mudanças são consideradas positivas no ambiente escolar com novas tecnologias, sendo esta bem utilizadas e modificação no comportamento dos professores e alunos (KENSI, 2015). 
	Santos (2021) destaca a necessidade de ressignificar o trabalho docente, tendo em vista a escola assumir seu papel de construir o conhecimento e interagir com o aluno por meio de diálogo, respeito, pesquisa, questionamento em todos os níveis de ensino. Reflete-se para uma construção ativa para o professor e o aluno de maneira cooperativa e colaborativa através de mediação com os sujeitos no processo de esino e aprendizagem. 
	Nesse sentido, é preciso que os professores e alunos modifiquem sua visão de mundo, pois Zaluski e Oliveira (2018, p.2) justificam que:
[...] explanam que esta nova perspectiva transformadora vai exigir mudanças didáticas nos currículos, pois estes estão sobrecarregados de conteúdos insuficientes para a vida profissional, já que a complexidade dos problemas atuais exige novas competências além do conhecimento específico, tais como: a colaboração, o conhecimento interdisciplinar, a habilidade para inovação, o trabalho em grupo, a educação para o desenvolvimento sustentável, regional e globalizado.
 
	Nesse sentido, é preciso refletir que a nova prática educacional será estabelecida sua finalidade, através de questionamento, reflexão-ação docente, sobre o que será desenvolvido e o que será inovado para adaptar no âmbito da educação. Sendo assim, por meio das práticas inovadoras, irá criar relações significativas de diferentes saberes, adquirir uma perspectiva elaborada (CAMARGO; DAROS, 2018). 
	Moran (2015) contextualiza que a tecnologia é uma integração que irá estender a sala de aula, ampliar e mesclar. A educação atual está cada vez híbrida pois não acontece somente em um espaço físico, com a existência de diversos espaço do cotidiano, incluindo a era digitais. Para tanto, ressalta a necessidade da comunicação entre professor e aluno, mesmo que seja digital, com tecnologias, equilibrando a interação com cada uma delas. 
	Camargo e Daros (2018) apontam que as práticas inovadoras irão promover uma escola democrática, atrativa e estimulantes, refletir sobre vivencias e experiências que irão ampliar a autonomia pedagógica. Afirmam que as atividades realizadas em grupos e mais de um professor acompanhando a execução da tarefa ou um projeto, solução de problemas reais e estudo de casos, se forem bem conduziras irão gerar a inovação.
	Compreende-se que as práticas inovadoras irão contribuir de maneira significativa e positiva nesse processo de flexibilizar currículo e planejamento pedagógico, de modo que proporciona ao professor autonomia, responsabilidades, estratégias de ensino, possibilidade de novos cenários de aprendizagem e métodos inovadores de ensino. 
2.3 Classificação de metodologias ativas
	Antes de classificar as metodologias ativas, é preciso ressaltar que podem ser desenvolvidas dentro de cada disciplina e de maneira interdisciplinar. Ocorre quando interagem mais de uma disciplina, os professores e áreas de conhecimento superam o modelo disciplinar e parte para problemas e projetos simples até os projetos complexos, sejam eles individuais ou em grupo (MORAN, 2015).
	Outro ponto a destacar é que o ensino exige rigor em sua metodologia com elementos cruciais tais como: pesquisa, respeito, criticidade, estética, ética, corporeidade das palavras, reflexão sobre a prática e reconhecimento da identidade cultural dos indivíduos que compõe o ambiente escolar. São características que atribuem ao ensino para uma proposta educacional que supera a educação como mera transmissão de conhecimento (PAIVA, et al. 2016).
	Berbel (2011), Santos (2021), Lima (2017) e Paiva et al (2016), apresentam algumas metodologias ativas que podem ser utilizadas no campo acadêmico e também podem ser aplicadas na Educação Básica. Assim cita-se métodos de projetos, estudo de caso, aprendizagem baseados em problemas e Metodologia da problematização como o Arco de Maguerez,
	De acordo com Paiva et al. (2016, p.147) são diversas maneiras de desenvolver as metodologias ativas de ensino e aprendizagem. Cita outros procedimentos tais como: “seminário, trabalho em grupo, relato crítico, socialização, mesa redonda, plenária, exposição dialogada, debate temático, oficina, leitura comentada, apresentação de filme, interpretação musical, dramatização, dinâmica lúdicos-pedagógicas, portfólio, avaliação oral, entre outros”. 
	Assim, os autores concluem a diversidade de metodologias ativas a partir de experiências relatadas nos estudos em que evidenciam a eficiência. De acordo com os estudos dos autores, não há consenso na utilizada e maneira de operacionalizar as metodologias, uma vez que são constituídas por meio de bases teóricas. Destacam que as alternativas colocam o aluno em problemas e desafios, em que mobiliza o potencial, enquanto estuda para compreender ou superar a problemática. (PAIVA, et al., 2016).
	A respeito dos métodos de projetos, entende-se como uma metodologia em que se associa atividades de ensino, pesquisa e extensão. Essa metodologia está sendo incorporada na rede de ensino, no desenvolvimento de Temas Transversais[footnoteRef:1]. Nessa proposta o aluno irá buscar informações, ler, conversar, anotar dados, calcular, elaborar gráficos e reunir o necessário para converter em um ponto de partida para o exercício ou aplicação na vida (BERBEL, 2011). [1: São temas organizados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's). De acordo com o documento são seis áreas: Ética, Orientação Sexual, Meio Ambiente, Saúde, Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo. ] 
	Desse modo, o projeto passa por quatro fases conforme Berbel (2011, p. 31):
1ª – a intenção – curiosidade e desejo de resolver uma situação concreta, já que o projeto nasce de situações vividas; 2ª – a preparação – estudo e busca dos meios necessários para a solução, pois não bastam os conhecimentos já possuídos; 3ª – execução – aplicação dos meios de trabalho escolhidos, em que cada aluno busca em uma fonte as informações necessárias ao grupo; 4ª – apreciação – avaliação do trabalho realizado, em relação aos objetivos finais. 
	Assim, entende-se que ao passar por esse processo, será questionado se as informações do professor estarão em consonância com a realidade e confirmam com as hipóteses trabalhada. O professor nessa prática irá observar se houve conteúdos vivos ao processo de aprendizagem, se seguiu o princípio da ação organizada em torno dos objetivos de modo que possibilite uma aprendizagem real, significativa, ativa, interessante e atrativa ao aluno. Essa prática levará os alunos a se inserirem na vida social e profissional, de modo que promova o desenvolvimento de sua autonomia, responsabilidade e capacidade de tomadas de decisões. 
	O estudo de caso, é o estudante apresentar os temas que serão discutidos e resolvidos, uma metodologia que proporciona uma reflexão sobre como deverá agir em uma determinada situação. Essa metodologia propõe construir conhecimento, analisar um problema, refletir uma possível tomada de decisão, quais os materiais que devem ser utilizados para aquele contexto, entre outras habilidades para construir habilidades e competências (SANTOS, 2021). 
	Outra metodologia ativa a destacar aqui, é a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), também conhecida pela sigla PBL, definição de Problem Based Learning. Essa metodologia foi inicialmente inserida nos currículos do curso de Medicina e vem sendo experimentado em outros ambientes escolares. Essa metodologia desenvolve por meio de resolução de problemaproposto com o objetivo que o aluno estude e aprenda determinados conteúdo. 
	Santos (2021), contextualiza a metodologia ativa, destaca que a teoria seguida é de Dewey, em defesa de motivar os alunos a basear em um problema real para solucionar, desenvolver conceitos e atitudes. É preciso seguir passos, onde o primeiro é apresentar a situação problema, identificar, propor sugestão de solução, teste e finalização da própria resolução. Assim, é apresentado na figura abaixo:
Figura 2. Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL)
Fonte: SANTOS (2021).
	Nesse contexto, para formular os problemas é preciso formular a partir de uma descrição neutra dos eventos que acontecem na realidade. Em seguida, será ativado os conhecimentos prévios dos alunos e apresentar um desafio para o mesmo reconhecer a utilidade. O professor deve ser um mediador e facilitador do processo, os alunos irão praticidade de maneira colaborativo e cooperativo no processamento da problemática. 
	Christensen et al. (2015) conceitua a aprendizagem baseada em problema, como aquele método que possui uma base de inspiração da escola ativa, de maneira integrada de conteúdos, de ciclos e áreas desenvolvidas, onde os alunos irão desenvolver e se preparar para solucionar problemas futuros. Entende-se que essa aprendizagem é organizada por temas, competências, em níveis de complexidade em que o aluno irá entender e aprender a trabalhar em grupo e agir sozinho. Cada tema possui um problema para ser discutido em grupo tutorial que funciona como apoio. 
	Camargo e Daros (2018) aponta a aprendizagem em equie, em que corresponde a linha construtivista, em que o aluno constrói a aprendizagem por si mesmo, de maneira atuante, no sentido de contemplar sua vivencia por meio de interação com outras pessoas, professores, colegas entre outros. Os autores caracterizam que este método irá envolver o gerenciamento de equipes, realizará tarefas de preparação e aplicação conceitual, feedback e avaliação. A expectativa é que o aluno adquira comprometimento a favor do grupo, haja confiança, desenvolva seu senso critico e autonomia. 
	Outra metodologia a contextualizar nesse estudo, é a Metodologia da problematização com o Arco de Maguerez, uma alternativa realizada em ciências agrárias, da saúde e também outros cursos. Assim, Berbel (2011, p.33) apresenta o processo doze (12) etapas:
Tabela 1. Etapas da Metodologia da problematização com o Arco de Meguerez
	Problematização
	Os alunos irão problematizar a realidade, associada com o foco do estudo, a partir de um problema selecionado para estudar e pesquisar a solução-problema. 
	Observa a realidade
	O aluno irá considerar a realidade concreta para aprender e intervir, com a finalidade de solucionar o problema.
	Participação do aluno
	É preciso que o aluno participe para aprender fazendo.
	Teoria e Prática
	De maneira constante, é preciso que o aluno relacione a teoria e prática. 
	Vivência
	Entende-se que a vivência permite que o aluno constrói seus conhecimentos
	Grau de intervenção
	Com algum grau de intervenção, o processo será completado.
	Análise Crítica
	O aluno deve analisar de maneira crítica a realidade. 
	Confirmação de crença
	Momento que os alunos confirmam suas crenças, valores, conceitos e reformulam novas aprendizagem.
	Estímulo do pensamento crítico
	Os alunos irão ser estimulados em cada etapa para aprendizados sociais, políticos e éticos que contribuem para sua formação cidadã.
	Articulação cuidadosa do processo
	O professor irá articular de maneira cuidadosa, sem fornecer todas as informações ou decisões, por meio de feedback [footnoteRef:2]constante. [2: “[...] elementos de regulação e de verificação do trabalho de sala de aula, nomeadamente no que respeita à articulação entre o ensino e as aprendizagens” (RAMALHO; ROCHA; LOPES, 2020).] 
	Avaliação
	Processo formativo
Fonte: Autor 
	Vale ressaltar que o processo de avaliação no uso de metodologias ativa é configurado além da perspectiva somativa. A proposta é de avaliação formativa, em que consiste e garantir a formação, abordar todos os conhecimentos com os profissionais diante a operacionalização dessas metodologias (PAIVA, et al., 2016).
	Lima (2017) aponta que o professor deve definir uma problemática para ser observada, sendo elas reais. Os alunos irão observar de modo ingênuo inicialmente, e ambos irão participar ativamente para construir uma intervenção nessa realidade. O professor irá promover a teorização e formulação de hipótese, atuando como fonte de informações. 
Figura 3. Etapa do Arco da Metodologia Problematizadora
Fonte: LIMA (2017)
	Berbel (2011) apresenta que conforme as metodologias apresentadas, essa prática visa colocar o aluno diante dos problemas e desafios para mobilizá-los e crescer seu potencial intelectual, no momento que estuda no sentido de compreender e superar. A informação é essencial para a estimulação dos alunos, pois, a partir delas, o aluno pode elaborar e reelaborar em busca de responder a problemática proposta. Destaca que, acontece de maneira gradativa o desenvolvimento do aluno para o pensamento crítico, capacidades cientificas, pensamento reflexivo, valores éticos, entre outros. 
	O método híbrido faz parte das metodologias ativas, onde Christensen et al. (2015) apresentam sete modelos: rotação por estação, laboratório rotacional, sala de aula invertida, rotação individual, modelo flex, modelo a la carte, modelo virtual enriquecido. 
Figura 4. Modelo de Ensino Híbrido
Fonte: Christensen et al., (2015)
	A respeito da Rotação por Estação, os autores citam que é um modelo que possibilita aos alunos alternar o tempo de estudos entre a sala de aula com atividades diferenciadas de maneira dinâmica, com orientações individualizadas, projetos, discussão em grupos de tamanhos variados. Destacam que é um modelo antigo, mas é novidade no contexto atual por conta do ensino on-line do circuito de rotação (CHRISTENSEN et al., 2015).
	O Laboratório Rotacional, os alunos aprendem parcela de conteúdos em laboratório de informática, supervisionado por monitores, e outra parcela de maneira tradicional. Divide-se o tempo de 25% no laboratório de informática e 75% na sala de aula, com vantagem de os professores aproveitarem o tempo para outras tarefas. Consideram um desafio manter integrado o ensino on-line com o ensino em sala de aula (CHRISTENSEN et al., 2015).
	Referente a sala de aula invertida, os alunos possuem acesso a aulas, palestras online de modo independente, e o tempo em sala é reservado para esclarecer as duvidas dos alunos. No uso desse método, apresentam como vantagem para os alunos adquirirem autonomia, avançar no conteúdo com atividades que são significativos para sua aprendizagem (CHRISTENSEN et al., 2015).
	O tipo híbrido Rotação Individual, os alunos rotam entre atividades por meio de cronogramas personalizados por softwares ou professor. O aluno pode fornecer avaliações diárias, analisar os resultados, relacionar com melhores tarefas para o dia seguinte. Apresentam como vantagem a personalização do ensino, encomia de custos, implementação que deve ser investido inicialmente, um valor alto para equipamentos e sistemas (CHRISTENSEN et al., 2015).
	O Modelo Flex caracteriza em um método de ensino online e atividades em espaços físicos. Os professores orientam os alunos por meio de um cronograma personalizado entre modalidades de aprendizagem e também com vantagem no desenvolvimento de autonomia do aluno. A diferença é que as instituições iniciam com atividades online e adicionam no espaço físico quando há necessidade (CHRISTENSEN et al., 2015). 
	O Modelo A La Carte, é onde inclui o aluno ao ensino tradicional ou online de seu interesse. A modalidade on-line não conta com professor presencial ou professor tutor on-line. É um modelo que possibilita aos indivíduos diversas oportunidades para formação independente (CHRISTENSEN et al., 2015).
	O último modelo citado pelos autores é o Modelo Virtual Enriquecido, em que promove a participação dos alunos de modo presencial, sendoobrigatório sua participação em alguns dias da semana e o restante é realizado em casa. Os encontros vareiam conforme a necessidade dos alunos, sem atividades presenciais diárias, porém é um componente obrigatório (CHRISTENSEN et al., 2015).
	De acordo com a autora é preciso repensar a formação do professor da Educação Básica, pois o uso de Metodologias Ativas possui ótimas referências para uma ação pedagógica de maneira construtiva na realização junto aos alunos. Essa prática proporciona a mobilização do interesse e motivação autônoma do aluno. Destaca-se que: “quanto mais alternativas de atuação pedagógica o professor tiver experimentado/desenvolvido durante a sua formação inicial, melhores condições pessoais e profissionais disporão para atuar com seus alunos e no conjunto das atividades escolares” (BERBEL, 2011, p.36).
	Santos (2021) destaca as contribuições da formação inicial e continuada, a necessidade de discutir no âmbito acadêmico sobre as propostas educativas. Destaca que é preciso colocar o aluno como protagonista para produzir conhecimentos sob mediação do professor. Explica a articulação entre a teoria e a prática como forma de motivar o aluno, mobilizar seus interesses e conscientizar para uma boa formação.
	Vale ressaltar que a proposta de metodologias ativas não se preocupa com competição e notas de alunos, e sim enfoca no seu aprendizado e desenvolvimento para se preparar para ser profissional. Desse modo, destaca-se Freire (2011) em que aponta uma abordagem que envolve o método ativo, pois, a realidade é que os alunos não são estimulados a serem autônomos. 
	Barreto et al. (2021), enfatizaram na metodologia ativa da gamificação, onde promove a construção de jogos. De acordo com os autores, gamificar é utilizar elementos de jogos, estratégias e pensamento na finalidade de motivar os alunos no auxílio de solucionar problemas e adquirir aprendizagens. Sendo assim, os professores terão que gamificar para aplicar na sala de aula, realizar uma análise de criação, identificar o objetivo principal, elemento motivador, tempo de duração e habilidades a serem desenvolvidas, potencialidades e desvantagens. 
	 
2.4 O aluno e o professor no Ensino Fundamental 
A estrutura do sistema educacional brasileiro é definida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e a Constituição Federal de 1988, em que estabelece que a educação é um direito de todos. Os aspectos legais visam que as esferas governamentais conduzam programas educacionais, refletidos a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A BNCC está prevista na LDB com conjunto de orientações de aprendizagens aos alunos, de modo que atinja os objetivos e o acesso ao conhecimento (SAVIANI, 2018).
Nesse contexto, busca-se compreender o aluno do Ensino Fundamental, a qual define a LDB estudantes da faixa etária de 6 e 14 anos, sendo a etapa mais longa de toda Educação Básica. Assim, a BNCC aponta que todas as etapas da educação Básica nessa modalidade, há diversos fatores que causam desinteresse e o fracasso escolar por conta das diferentes culturas de alunos no contexto escolar. Desse modo, compreende-se que, os alunos são seres, sujeitos que possuem históricas e saberes que foram construídos conforme suas interações que se encontra próximo a cultura digital, em que fortalecem o potencial do espaço escolar como espaço para formação do indivíduo para cidadania.
	Vale pontuar no que diz a respeito a LDB, estabelecendo que o Ensino Fundamental é obrigatório, gratuito nas escolas publicas e atende as crianças a partir dos 6 anos: 
Art. 32: I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social (BRASIL, 1996).
	Nesse sentido, Saviani (2018) apresenta as alterações que houve em 2006, onde o Ensino Fundamental passou a ser até aos 9 (nove) anos, alterando o Art. 29, 30, 32 e 87 por meio da Lei Ordinária nº. 11.274/2006. Sendo assim, o Ensino Fundamental passou a ser dividido em: Ensino Fundamental I: 1º ao 5º ano e Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano (SAVIANI, 2018).
	Para tanto, é preciso refletir os métodos inovadores frente as condições e relações que acontecem entre aluno e professor. Assim, é preciso compreender os aspectos e elementos presente no cotidiano do aluno no meio escolar, além das práticas dos professores que buscam atender a necessidades de aprendizagem dos alunos. 
	Santos (2021), considera a metodologia ativa como uma concepção educacional, que coloca o aluno como responsável de seu próprio aprendizado e realize uma reflexão crítica diante as atividades proposta pelo professor. A metodologia tornará o aluno como um sujeito histórico, assumindo o papel ativo no processo de construção de conhecimento. Para tanto é preciso o professor se preparar na parte teórica e prática, para compreender a importância dessa metodologia, na visão de um profissional da educação que adquire competências necessárias para melhoria prática na sala de aula de seus alunos do Ensino Fundamental. 
	Paiva et al. (2016), caracterizam que o professor deve criar diferentes estratégias para que os benefícios sejam efetivados e as metodologias ativas sejam válidos para formação dos alunos. Os benefícios destacados pelos autores são: autonomia do aluno, rompimento com o modelo tradicional, trabalho em equipe, relacionamento entre teoria e prática e o desenvolvimento de uma visão crítica. 
	Diante os métodos inovadores, pesquisa de Zaluski e Oliveira (2018) confirma que os alunos adquirem confiança em suas decisões e na aplicação do conhecimento, situações práticas que proporcionam melhoria no relacionamento com os colegas, aprendem a se expressar, habilidade em resolução de problemas e situações de todas as decisões, autonomia e refletir em sua ação. Os autores afirmam que o aluno é o centro do processo de ensino e aprendizagem na aplicação de metodologia ativas, proporcionando uma participação ativa, colaboração com outros alunos e sujeitos ativos, uma grande oportunidade de fluir a essência educativa no meio escolar.
Definem a nova aprendizagem do aluno como:
[...] um instrumento necessário e significativo para ampliar possibilidades e caminhos, onde o aluno poderá exercitar a liberdade e a autonomia na realização de escolhas e na tomada de decisões, haja visto, que o processo ensino-aprendizagem é complexo, apresenta um caráter dinâmico e não acontece de forma linear como uma somatória de conteúdos acrescidos aos anteriormente estabelecidos (ZALUSKI; OLIVEIRA, 2018, p.2).
	Pois a realidade expressada por Blikstein (2010) é a potencialidade de aprendizagem do aluno sendo desperdiçada no ambiente escolar, de modo sistemático, com ideias educacionais obsoletas, a qual é definido como uma tragédia, um cenário onde os alunos são convencidos como seres incapazes, poucos inteligentes pois não conseguem adaptar no sistema escolar equivocado. Ainda existem métodos tradicionais de ensino na escola pública, no qual a figura central é o professor, responsável pela detenção do conhecimento e firmado unicamente em uma metodologia de ensino. Essa realidade geralmente proporciona a construção de um quadro de alunos dependentes, desinteressados e desmotivados nas salas de aula.
Nesse sentido, o professor possui um desafio de compreender as ações pedagógicas e o seu papel no processo de ensino e aprendizagem. Conforme Paulo Freire (2003), é imprescindível refletir sobre a educação e o homem, buscar inovações e reconhecer que é um indivíduo que necessita de uma educação contínua para adaptar ao meio. 
O professor é uma figura importante para intermediar seutrabalho, contribuir para promoção de autonomia, além de manutenção de comportamento e controle dos alunos. Para estabelecer condições básicas que motive e promova a autonomia é preciso adotar uma perspectiva de acolhimento dos pensamentos, sentimentos e ações dos alunos, apoiar seu desenvolvimento motivacional e capacidade de autorregular-se (BERBEL, 2011).
O educador possui um papel de promover a autonomia do aluno a partir de práticas e uso de recursos que os motiva seus interesses pessoais. Além disso, destaca-se também as explicações sobre a justificativa e importância do estudo. Também não é controlador, é paciente, aquele que respeita o ritmo do aluno, reconhece e aceita suas expressões, sentimentos, pensamentos e opiniões sejam elas negativas ou positivas (BERBEL, 2011). 
	Entende-se que o professor é responsável para o desenvolvimento do aluno no meio escolar, de modo que potencialize suas capacidades e desenvolva as aprendizagens necessárias para sua formação. Berbel (2011), complementa que o mesmo deve ser promotor de uma prática de educação, que seja viva, agradável, afetuosa e transformadora. A autora classifica-o como tutor, aquele que irá amparar, proteger, defender e guardar, adotar uma postura de educação que respeita, escuta e acredita no aluno. 
Moran (2015), aponta que, para proporcionar atividades e desafios que visam mobilizar, construir as competências e habilidades nos alunos de maneira efetiva e esperada, sejam intelectuais, pessoais ou emocionais, é necessário o professor se atentar em seu planejamento escolar. Nesse sentido, entende-se que o professor precisa perceber que sua participação é essencial para construir práticas educacionais de modo diversificada no Ensino Fundamental. 
Nesse sentido, é preciso compreender que o professor que utiliza o método ativo, também tem papel de curador e orientador. 
Curador, que escolhe o que é relevante entre tanta informação disponível e ajuda a que os alunos encontrem sentido no mosaico de materiais e atividades disponíveis. Curador, no sentido também de cuidador: ele cuida de cada um, dá apoio, acolhe, estimula, valoriza, orienta e inspira. Orienta a classe, os grupos e a cada aluno. Ele tem que ser competente intelectualmente, afetivamente e gerencialmente (gestor de aprendizagens múltiplas e complexas). Isso exige profissionais melhor preparados, remunerados, valorizados. Infelizmente não é o que acontece na maioria das instituições educacionais (MORAN, 2015, p. 24).
Nessa concepção, Diesel, Marchesan e Martins (2016) apontam que o papel do professor é utilizar a metodologia ativa assumindo uma postura investigativa de sua prática pedagógica, também refletir para reconhecer as problemáticas que surgem e buscar soluções. 
	Vale ressaltar a passagem de Paulo Freire (2013, p.47): “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Nesse contexto, enfatiza que “ser professor” é preciso de tempo e recursos para inovar as práticas, metodologias, conceitos e valores conforme Santos (2021) pontua em sua pesquisa. De acordo com o autor, diante as modificações das práticas docentes que surgem ao longo da história, os novos conhecimentos que precisam ser confrontados com os existentes, além da eficácia comprovada por meio da resolução de problemas vividos na sala de aula. 
	Sobre a formação docente:
A formação inicial e continuada docente deve sempre ser discutida na academia e no ambiente escolar; principalmente, se deve refletir sobre as propostas educativas que façam o estudante protagonista na construção de seu conhecimento sob a mediação do professor, pois o processo de aprendizagem está nessa relação. Portanto, é preciso relacionar a teoria e a prática por um meio de uma situação de aprendizagem ativa e desafiadora em que o professor se sinta motivado e consiga, com seu envolvimento, tomar consciência da importância e necessidade de sua formação profissional (SANTOS, 2021, p.26).
	De acordo com o autor, o diálogo entre o professor e aluno é essencial, pois, a prática pedagógica precisa ser socializada e compartilhada, diante experiência efetiva no ambiente escolar. Pontua a troca de interação entre os pares, a qual deve ser realizada também entre os colegas de turma, em um processo que visa o auxílio do professor no desenvolvimento de comportamento colaborativo e na criação de redes de profissionais que possibilitam que as trocas de experiências e materiais sejam realizadas de modo que melhore as práticas pedagógicas.
	Sendo assim, Moran (2015) também defende essa troca de modo que contribua na construção de trocas de ideias, desenvolvimentos de atividades coletivas, elaboração de projetos, planos, de modo que solucione os problemas e desafios que surgem diante a prática docente. 
2.5 Experiências de metodologias ativas no Ensino Fundamental
	Santos (2021) realizou situações de aprendizagem com crianças no Ensino Fundamental nos Anos Iniciais por meio de Estações de Aprendizagem, oficinas em que graduandos de Pedagogia organizaram e aplicaram a avaliação de maneira efetiva com os alunos. As situações de aprendizagem proporcionaram o auxílio na construção de conhecimento lógico-matemático das crianças que participaram da oficina proposta. Assim, os pesquisadores verificaram e avaliaram a validade de tais atividades, onde contextualizou os conceitos e possibilitou que a criança relacionasse com seu cotidiano. 
A Metodologia Ativa auxiliou os graduandos do curso de Pedagogia, por meio de oficinas, a elaborar materiais e situações de aprendizagem que foram utilizados com os estudantes do 5º Ano do Ensino Fundamental, buscando a construção do conhecimento matemático dessas crianças. Essas situações de aprendizagem requisitavam as habilidades necessárias para que as competências planejadas fossem desenvolvidas, pois tinham como objetivo auxiliar na construção do 26 conhecimento lógico-matemático do estudante em determinados conceitos discutidos em sala de aula do 5º Ano do Ensino Fundamental (SANTOS, 2021, p.25)
	Diante esse contexto, o resultado dessas experiências promove ao aluno autonomia, proporcionando motivação, engajamento, desenvolvimento, aprendizagem, melhor desempenho e bem-estar. O aluno expressa sua motivação, diante sua curiosidade e valores. Além disso, engaja por meio de emoções positivas, presença no ambiente escola, desenvolve sua autoestima e criatividade, de modo que melhora o entendimento conceitual e expressa um estado psicológico de bem-estar e satisfação com a vida (BERBEL, 2011).
A respeito da aprendizagem, Moran (2015) define que a mesma se constrói por meio de três movimentos: construção individual, grupal e orientada. A respeito do movimento individual, cada aluno percorre seus caminhos. De maneira grupal, aprendem com seus pares e a orientada os alunos aprendem com alguém mais experiente, seja um especialista, um professor. Afiança que a aprendizagem ocorre por meio de múltiplas buscas que cada um realizar por meio de seu interesse, curiosidade e necessidade. 
	O cenário apresentado é efetivado com tais características desde que o professor proponha aos alunos situações de aprendizagem, que visam o ato de realizar suas próprias escolhas, refletir as decisões tomadas e aprender por meio das descobertas (SANTOS, 2021). Essas estratégias visam desenvolver no aluno a maneira de realizar seriação, classificação de objetos, estrutura fundamental para construir conhecimento lógico-matemático. 
A pesquisa relatou que houve troca de experiências, em que possibilitou conhecimento também aos educadores, em que favoreceu conhecimento sobre resolução de problemas cotidianos, uma prática flexível que pode ser alterada conforme a demanda do ambiente ou necessidade dos alunos. Assim, o professor consegue definir novas estratégias que melhoram o processo de ensino e aprendizagem. 
Moran (2015) defende as metodologias ativas como um processo que auxiliará os alunos para a reflexão, integração cognitiva, generalização e reelaboração de novos conhecimentospor parte dos alunos. Os jogos por exemplo, é algo que pode ser inserido de modo efetivo no ambiente escolar, pois, os alunos estão acostumados com esse tipo de atividade, que realizam em seus horários vagos fora da escola.
Barreto et al. (2021, p.2) pontuam que os “jogos são muito explorados pelas crianças, adolescentes e jovens, e neste viés a gamificação surge como forma de tornar o conteúdo mais lúdico, utilizando os jogos como ferramenta pedagógica e de interatividade”. Assim, o professor leva para sala de aula a realidade do aluno, com estratégias e planejamentos definidos que atenda todos os níveis de ensino e promova a construção de conhecimento do aluno.
	Relata-se as experiências dos autores Barreto et al. (2021), em que utilizaram o Wordwall[footnoteRef:3] e outras possibilidades de aplicação e criação de jogos, para fins pedagógicos. Foi realizado sequencias didáticas para o ensino remoto, com temáticas Educação Financeira, Consciência Negra e Meio Ambiente. Os professores verificaram as potencialidades, fragilidades, temáticas abordadas de maneira interdisciplinar. Aplicaram as gamificações com os alunos do 6º e 8º ano do Ensino Fundamental por meio do Google Meet. [3: Uma plataforma projetada para a criação de atividades personalizadas, em modelo gamificado, utilizando apenas poucas palavras. Disponível em: https://www.ufjf.br/ciensinar/2020/07/17/wordwall-crie-atividades-gamificadas-partir-da-associacao-entre-palavras/ Acesso em: 13 de jul. 2022.] 
Apresentação do grupo da Educação Financeira: Resposta Embaralhada - dispõe de um jogo simples no Wordwall, onde a resposta da questão fica embaralhada e os estudantes precisam combinar a palavra. Este jogo foi aplicado na oficina de gamificação com o tema Educação Financeira, onde os estudantes do 6° e 8° aprenderam fundamentos financeiros, tais como: trabalho, emprego, consumo, investimentos, salário mínimo, mercado de trabalho, profissões, renda, conta bancária e crédito. O produto do jogo resultou no ranking e a aplicação desenvolveu a temática utilizando a gamificação em todas as etapas (BARRETO, et al., 2021). 
	Diante essa experiência apresentada pelos autores, constata-se que houve sucesso na prática docente, pois os alunos se interessaram em participar, houve competição sadia, e o resultado foi essencial para refletir os acertos de questões, dificuldades, capacidades e maneira de promover novas práticas que atendam as particularidades apresentada pelos alunos. 
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS DA PESQUISA 
	Nessa seção são discutidas e refletidas as ideias das pesquisas apresentadas anteriormente, uma vez que são confrontadas com suas próprias considerações sobre a temática em questão. Dessa maneira, contextualiza-se a problemática sobre a maneira que as Metodologias Ativas contribuem para o processo de ensino e aprendizagem no Ensino Fundamental. 
	Paiva et al. (2016) correspondem que a maneira que as Metodologias Ativas contribuem, são em diferentes cenários, com diversas formas de aplicar e com os benefícios efetivados no âmbito da educação. Afirmam que é essencial o uso dessas metodologias como ferramentas para os profissionais da área da educação e em diferentes áreas que superam o ensino tradicional e seu efeito negativo. 
	Constata-se que o professor deve refletir suas práticas e inová-las no processo de ensino e aprendizagem no ambiente escolar. Visto como baseado nas pesquisas dos autores averígua-se sobre o uso de metodologias ativas, pois essa corresponde um instrumento competente e dinâmico no contexto escolar. Essa ferramenta favorece no desenvolvimento e formação dos alunos no Ensino Fundamental. 
	Muitos estudos buscam analisar como se dá os procedimentos metodológicos dos professores na Educação Básica, se refletem as práticas inovadoras que atendam às necessidades de aprendizagem dos alunos. No entanto, percebe-se poucas pesquisas que enfatizam o uso de Metodologias Ativas na rede do Ensino Básica, dando mais ênfases aos cursos superiores, discussão de métodos a serem aplicado nas universidades. 
	Estudos apontam o uso de metodologia ativa está presente desde a Educação Básica até a modalidade do Ensino Superior, predominando o uso na área da saúde. Explica-se que as estratégias do uso de Metodologias Ativas utilizadas pelos professores, demanda grande interesse aos profissionais da saúde, em que contribuem para reflexão e visualização das possibilidades pedagógicas. Porém, há uma pequena prevalência de uso em outros cursos e espaços (PAIVA, et al. 2016).
	Confirma-se em pesquisa de Beier et al. (2017), onde buscaram refletir a aplicação de Metodologias Ativas no curso de graduação nas áreas de ciências aplicadas e engenharia. Porém, fica claro que esse método possibilita o desenvolvimento da autonomia do aluno de modo que ele perceba que possui capacidade de compreender em todos os aspectos, sejam eles cognitivos, sociais, econômicos, afetivos, políticos e culturais. 
	Comprova-se em Santos (2021), que o tema é menos abordado em pesquisas relacionados a formação dos professores que atuarão na modalidade do Ensino Fundamental. Assim, outros autores confirmam que a Metodologia Ativa pode ser abordada em várias modalidades, isto é, “com o método ativo em sala de aula, independentemente do nível e da modalidade de ensino, pode trazer benefícios para os processos de ensino e de aprendizagem” (DIESEL; MARCHESAN; MARTINS, 2016, p.166):
	Paiva et al. (2016) tratam sobre as metodologias e a preocupação, em que reflete a consequência do uso, na afirmativa que os conteúdos informam e os métodos formam. No entanto, a opção de metodologias utilizada pelo professor pode ter efeitos decisivo, de sistema de valores e maneira de viver. Destacam que “a metodologia utilizada pelo educador pode ensinar o educando a ser livre ou submisso, seguro ou inseguro; disciplinado ou desordenado; responsável ou irresponsável; competitivo ou cooperativo”.
	Diante essa concepção apresentada, entende-se que o educador deve refletir a maneira de utilizar as metodologias ativas para que não cause um efeito negativo. É preciso repensar as práticas pedagógicas de maneira que contribuem para a aprendizagem do aluno e não formem um individuo inseguro, submisso, desordenado irresponsável e competitivo. 
	Após compreender sobre o conceito de metodologia ativa e suas características, vale destacar que é uma prática inovadora que irá mobilizar o interesse do aluno, desenvolver sua autonomia e atender os objetivos de aprendizagem. Desse modo, os artigos contribuíram para compreensão diante a posição do aluno frente as práticas inovadoras e o uso de metodologia ativa, no sentido de promover diversas informações que irão resolver os problemas dos desafios exposto. 
Nessa percepção comprova-se juntamente com Berbel (2011), que a metodologia favorece para uma motivação autônoma, fortalece a percepção do aluno, apresenta oportunidade de problematização, decide caminhos para o desenvolvimento de resposta e soluções para que os problemas alcancem uma conclusão e outras possibilidades. 
A autora expressa que o papel da escola é contribuir para o desenvolvimento do aluno em diferentes níveis de escolaridades. Segue-se a concepção apresentada pela LDBN 9394/96 onde situa sobre o objetivo do Ensino Fundamental: desenvolver a capacidade de aprendizagem do aluno, para adquirir os conhecimentos, habilidades, formação de atitudes e valores (BRASIL, 1996).
Porém, não bastam só as informações e sim colocar os alunos como protagonistas de sua aprendizagem. Nesse sentido é esclarecido a necessidade de deixar a prática mecânica do professor, o método tradicional de ensino. Pois, é uma prática de ensino defasado, em que coloca o aluno no segundo plano e o professor como poder supremo de conhecimento, aquele que só irá transferir os conhecimentos. 
Confirma-se em Moran (2015) que o professor deve promover atividades e desafios que visam a mobilização, construção de competências desejadas, elementos que devem ser atentados por meio do planejamento. Também destaca quea troca de experiências é uma maneira de contribuir para o ensino e aprendizagem por meio das metodologias ativas, onde se dá por meio de trocas de ideias, desenvolvimento de atividades coletivas, projetos e busca em conjunto por soluções de um determinado problema. 
Zaluski e Oliveira (2018) confirmam em sua pesquisa que o aluno precisa adquirir um perfil de um ser ativo, deixando de ser um mero receptor de conteúdo, e aquele que busca efetivamente os conhecimentos imprescindíveis para a solução de problemas e alcance de objetivos da aprendizagem. Promove atitudes de iniciativa, capacidade de criar, obter curiosidade, adota espirito crítico e reflexivo, que consegue avaliar, aquele que coopera para um trabalho em equipe, seja responsável, atitudes éticas e de sensibilidade. 
Para que as práticas de metodologias ativas contribuam ao processo de ensino e aprendizagem, é preciso envolver o aluno na leitura, questionamentos, discussão e buscar resoluções de problemas. Vale ressaltar que o aluno deve ser capaz de analisar, sintetizar e avaliar, por meio de estratégias que visam a aprendizagem ativa através de atividades que propõe o aluno refletir sobre suas ações. 
	Foi analisado que o aluno adquire uma aprendizagem ativa por meio de uma estratégia de ensino efetiva, métodos ativos, que promovem a assimilação dos conteúdos, a coleta de informações e aproveitamento das aulas com mais satisfação, motivação de modo efetivo. 
Em resposta da problemática, as metodologias ativas irão favorecer no processo de ensino e aprendizagem por meio do engajamento do aluno nas práticas inovadoras proposta pelo professor. Lima (2017) contribuiu efetivamente na compreensão de que o engajamento dos alunos por meio da metodologia ativa é necessário para construção de representação sobre o mundo. As narrativas expostas pelo professor e coleta de informação dos alunos devem traduzir a relação entre o aluno e a sociedade, permitindo que o mesmo reflita seus desejos e interesses dentro de uma cultura. 
Para engajar o aluno é preciso que o professor se atente nas escolhas e interesses dos alunos. Essa é a “condição essencial para ampliar suas possibilidades de exercitar a liberdade e autonomia na tomada de decisões em diferentes momentos” (BERBEL, 2011, p.29). A literatura expressa que o professor deve refletir em práticas que forme o aluno para o exercício profissional e social. 
Camargo e Daros (2018) contribuíram para responder essa problemática na compreensão de que é preciso organizar atividades pedagógicas por meio de orientações contextualizadas e correlacionadas com a realidade do aluno, na finalidade de aplicar conteúdos efetivos e significativos para o seu desenvolvimento de competências úteis para sua formação. Entende-se que é preciso transferir conhecimentos relacionados com situações reais por meio de estratégias que desenvolvam as competências, solucionam ou resolva um problema ou desafio por meio de metodologias ativas.
Observa-se por meio das leituras e fichamentos realizados que a interação é crucial para que o processo de ensino e aprendizagem sejam efetivo, e as metodologias ativas são essenciais para que isso aconteça. A interação irá consolidar a relação entre professor e aluno, criando laços e bases de confiança entre os pares. Diesel, Marchesan e Martins (2016) apontam a necessidade de aproximar a vida e a educação, de modo que possam discutir, argumentar e decidir ações. 
Considera-se esse diálogo sobre o tema crucial para reflexão das práticas do professor, de maneira que perceba que a participação, articulação com os alunos, é crucial para desenvolver a construção do conhecimento dos alunos do Ensino Fundamental. Conclui-se por meio dos dados apresentados e analisados que a hipótese foi confirmada, de que é preciso relacionar as práticas pedagógicas com a realidade do aluno, colocar ele como protagonista de aprendizagem sem que as aulas sejam mecânicas e sistemáticas. Assim, considera-se que as técnicas e métodos ativos proporciona um espaço mais interessante que promova a assimilação do conteúdo de maneira efetiva. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Considerando os estudos e reflexões que foi realizado ao longo dessa pesquisa, constata-se que o estudo oportunizou agrupar com coerência informações de cunho bibliográfica com abordagem qualitativa da temática proposta, possibilitou compreensão sobre as Metodologia Ativas e suas especificidades no âmbito educacional, contribuição para uma pratica inovadora e efetiva que concretiza as aprendizagens dos alunos do Ensino Fundamental. Para alcançar tais resultados, foram verificados diversas teorias e argumentações que abordam conhecimentos referente aos assuntos. 
	Em vistas dos argumentos apresentados, observa-se a importância da Metodologia Ativa nas práticas pedagógicas de todos os professores em geral. Percebe-se a presença dessas metodologias em ênfase nas práticas universitárias, onde também há estudos que buscaram levar essas práticas no Ensino Básico. Assim, a pesquisa propôs compreender a maneira que essas metodologias contribuem ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos no Ensino Fundamental. 
	Dado exposto, os autores expressam que o aluno se torna o centro, responsável pelo seu próprio conhecimento e suas ações e interações com os professores dispõe a um processo de engajamento que contribui efetivamente para discutir e refletir diversas informações a respeito de um determinado problema. Essa prática visa superar o ensino tradicional, bem como outras tendências que não permite que o aluno desenvolva sua autonomia e responsabilidade nas tomadas de decisões. 
Levando-se em consideração esses aspectos é de muita importância o corpo docente das instituições escolares refletirem sobre a necessidade de inserir práticas inovadoras, metodologias ativas que são considerados pelos autores como uns recursos essenciais para garantir uma aprendizagem ativa dos alunos. É uma alternativa para que o aluno experimente situações que fazem parte de sua realidade. 
	Em vista da relevância do uso de metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem, é preciso que os educadores criem consciência de agir em situações desafiadoras ao longo de sua prática docente. Promover experiências aos alunos e capacidade de aproximar teoria e prática por meio de contextualização, utilizar materiais diversos que auxiliem na construção de conhecimento. 
Em virtude dos fatos mencionados, é possível observar que as Metodologias
Ativas visa causar um efeito de maneira positiva, de modo que o aluno compreende e acredite na sua capacidade, valorize a proposta e facilite em seu processo de ensino e aprendizagem. Desse modo, todos os objetivos dispostos nesse trabalho foram contemplados, de modo que compreende que as Metodologias Ativas devem fazer parte na prática do professor no Ensino Básico. Porém, é preciso de mais pesquisas que tratam especificamente desse tema em todas as modalidades de ensino. 
	Por conseguinte, as informações da pesquisa contribuíram para maior aprimoramento do pesquisador, uma vez que o conhecimento permite o acesso a diferentes habilidades no campo profissional. A expectativa proposta nesse estudo, é que não seja considerada como um fim, e sim uma abertura para novas pesquisas para serem contempladas no campo cientifico futuramente. 
REFERÊNCIAS 
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