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Português 
 
 Página 1 
 
 
A NOVA ORTOGRAFIA . 
O que muda 
 
O Novo Acordo Ortográfico foi elaborado 
para uniformizar a grafia das palavras dos 
países lusófonos, ou seja, os que têm o 
português como língua oficial. Ele entrou em 
vigor em janeiro de 2009. 
 
 Os brasileiros terão quatro anos para se 
adequar às novas regras. Durante esse tempo, 
tanto a grafia anterior como a nova serão aceitas 
oficialmente. A partir de 1 de janeiro de 2013, a 
grafia correta da língua portuguesa será a 
prevista no Novo Acordo. 
 
 As mudanças são poucas em relação ao 
número de palavras que a língua portuguesa 
tem, porém são significativas e importantes. 
Basicamente o que nos atinge mais fortemente 
no dia a dia é o uso dos acentos e do hífen. 
Neste site você encontra as novas regras, o que 
muda e como devemos escrever a partir de 
janeiro de 2009. 
 
 
1. ENTENDA O CASO: 
 
A língua portuguesa tem dois sistemas 
ortográficos: o português (adotado também 
pelos 
países africanos e pelo Timor) e o brasileiro. 
 
Essa duplicidade decorre do fracasso do 
Acordo unificador assinado em 1945: Portugal 
adotou, mas o Brasil voltou ao Acordo de 1943. 
 
As diferenças não são substanciais e 
não impedem a compreensão dos textos 
escritos numa ou noutra ortografia. No entanto, 
considera-se que a dupla ortografia dificulta a 
difusão internacional da língua (por exemplo, os 
testes de proficiência têm de ser duplicados), 
além de aumentar os custos editoriais, na 
medida em que o mesmo livro, para circular em 
todos os territórios da lusofonia, precisa 
normalmente ter duas impressões diferentes. O 
Dicionário Houaiss, por exemplo, foi editado em 
duas versões ortográficas para poder circular 
também em Portugal e nos outros países 
lusófonos. Podemos facilmente imaginar quanto 
custou essa “brincadeira”. Essa situação 
estapafúrdia motivou um novo esforço de 
unificação que se consolidou no Acordo 
Ortográfico assinado em Lisboa em 1990 por 
todos os países lusófonos. Na ocasião, 
estipulou-se a data de 1o de janeiro de 1994 para a 
entrada em vigor da ortografia unificada, depois de o 
Acordo ser ratificado pelos parlamentos de todos os 
países. 
 
Contudo, por várias razões, o processo de 
ratificação não se deu conforme o esperado (só o Brasil 
e Cabo Verde o realizaram) e o Acordo não pôde entrar 
em vigor. 
 
Diante dessa situação, os países lusófonos, 
numa reunião conjunta em 2004, concordaram que 
bastaria a manifestação ratificadora de três dos oito 
países para que o Acordo passasse a vigorar. 
 
Em novembro de 2006, São Tomé e Príncipe ratificou o 
Acordo. Desse modo, ele, em princípio, está vigorando e 
deveríamos colocá-lo em uso. 
 
2. AS MUDANÇAS 
 
As mudanças, para nós brasileiros, são poucas. 
Alcançam a acentuação de algumas palavras e operam 
algumas simplificações nas regras de uso do hífen. 
 
2.1. Acentuação 
 
A) FICA ABOLIDO O TREMA: 
palavras como lingüiça, cinqüenta, seqüestro passam a 
ser grafadas linguiça, cinquenta, sequestro; 
 
B) DESAPARECE O ACENTO CIRCUNFLEXO DO 
PRIMEIRO ‘O’ EM PALAVRAS TERMINADAS EM ‘OO’: 
 
palavras como vôo, enjôo, abençôo passam a ser 
grafadas voo, enjoo, abençoo; 
 
C) DESAPARECE OACENTO CIRCUNFLEXO DAS 
FORMAS VERBAIS DA TERCEIRA PESSOA DO 
PLURAL TERMINADAS EM –EEM: 
palavras como lêem, dêem, crêem, vêem passam a ser 
grafadas leem, deem, creem, veem; 
 
D) DEIXAM DE SER ACENTUADOS OS DITONGOS 
ABERTOS ÉI E ÓI DAS PALAVRAS PAROXÍTONAS: 
palavras como idéia, assembléia, heróico, paranóico 
passam a ser grafadas ideia, assembleia, heroico, 
paranoico; 
 
MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS NO HORIZONTE 
 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE 
 
A mídia costuma apresentar o Acordo como uma 
unificação da língua. Há, nessa maneira de abordar o 
assunto, um grave equívoco. 
O Acordo não mexe na língua (nem poderia, já 
que a língua não é passível de ser alterada por leis, 
decretos e acordos) – ele apenas unifica a ortografia. 
 
Algumas pessoas – por absoluta incompreensão 
do sentido do Acordo e talvez induzidas por textos 
Curso Preparatório Trincheira
Português 
 
 Página 2 
imprecisos da imprensa – chegaram a afirmar 
que a abolição do trema (prevista pelo Acordo) 
implicaria a mudança da pronúncia das palavras 
(não diríamos mais o u de lingüiça, por 
exemplo). Isso não passa de um grosseiro 
equívoco: o Acordo só altera a forma de grafar 
algumas palavras. A língua continua a mesma. 
 
E) FICA ABOLIDO, NAS PALAVRAS 
PAROXÍTONAS, O ACENTO AGUDO NO I E 
NO U TÔNICOS QUANDO PRECEDIDOS DE 
DITONGO : 
palavras como feiúra, baiúca passam a ser 
grafadas feiura, baiuca; 
F) FICA ABOLIDO, NAS FORMAS VERBAIS 
RIZOTÔNICAS (QUE TÊM O ACENTO TÔNICO 
NA RAIZ), O ACENTO AGUDO DO U TÔNICO 
PRECEDIDO DE G OU Q E SEGUIDO DE E OU 
I. 
 
Essa regra alcança algumas poucas 
formas de verbos como averiguar, apaziguar, 
arg(ü/u)ir: averigúe, apazigúe e argúem passam 
a ser grafadas averigue, apazigue, arguem; 
G) DEIXA DE EXISTIR O ACENTO AGUDO OU 
CIRCUNFLEXO USADO PARA DISTINGUIR 
PALAVRAS PAROXÍTONAS QUE, TENDO 
RESPECTIVAMENTE VOGAL TÔNICA 
ABERTA OU FECHADA, SÃO HOMÓGRAFAS 
DE PALAVRAS ÁTONAS. ASSIM, DEIXAMDE 
SE DISTINGUIR PELO ACENTO GRÁFICO: 
—para (á), flexão do verbo parar, e para, 
preposição; 
—pela(s) (é), substantivo e flexão do verbo 
pelar, e pela(s), combinação da preposição per e 
o artigo a(s); 
—polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação 
antiga e popular de por e lo(s); 
—pelo (é), flexão de pelar, pelo(s) (ê), 
substantivo, e pelo(s) combinação da preposição 
per e o artigo o(s); 
—pera (ê), substantivo (fruta), pera (é), 
substantivo arcaico (pedra) e pera preposição 
arcaica. 
 
2.2 O caso do hífen 
 
O hífen é, tradicionalmente, um sinal 
gráfico mal sistematizado na ortografia da língua 
portuguesa. O texto do Acordo tentou organizar 
as regras, de modo a tornar seu uso mais 
racional e simples: 
a) manteve sem alteração as disposições 
anteriores sobre o uso do hífen nas palavras e 
expressões compostas. 
Determinou apenas que se grafe de forma 
aglutinada certos compostos nos quais se 
perdeu a noção de composição (mandachuva e 
paraquedas, por exemplo). 
 
Para saber quais perderão o hífen, 
teremos de esperar a publicação do novo 
Vocabulário Ortográfico pela Academia das Ciências de 
Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras. É que o 
texto do Acordo prevê a aglutinação, dá alguns 
exemplos e termina o enunciado com um etc. – o que, 
infelizmente, deixa em aberto a questão; 
 
b) no caso de palavras formadas por prefixação, houve 
as seguintes alterações: 
● só se emprega o hífen quando o segundo elemento 
começa por h 
Ex.: pré-história, super-homem, pan-helenismo, 
semi-hospitalar EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual 
que descarta o hífen nas palavras formadas com os 
prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento 
perdeu o h inicial (desumano, inábil, inumano). 
● e quando o prefixo termina na mesma vogal com que 
se inicia o segundo elemento 
Ex.: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, 
micro-onda, infra-axilar 
EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual em relação ao 
prefixo co-, que em geral se aglutina com o segundo 
elemento mesmo quando iniciado por o (coordenação, 
cooperação, coobrigação) 
Com isso, ficou abolido o uso do hífen: 
● quando o segundo elemento começa com s ou r, 
devendo estas consoantes ser duplicadas Ex.: 
antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom. 
EXCEÇÃO: manteve-se o hífen quando os prefixos 
terminam com r, ou seja, hiper-, inter- e super- 
Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista. 
● quando o prefixo termina em vogal e o segundo 
elemento começa com uma vogal diferente Ex.: 
extraescolar, aeroespacial, autoestrada, 
autoaprendizagem, antiaéreo, agroindustrial, 
hidroelétrica 
 
OBSERVAÇÃO 
 
Permanecem inalteradas as demais regras do uso do 
hífen. 
 
2.3. O caso das letras k, w, y 
 
Embora continuemde uso restrito, elas ficam 
agora incluídas no nosso alfabeto, que passa, então, a 
ter 26 letras. Importante deixar claro que essa medida 
nada altera do que está estabelecido. Apenas fixa a 
seqüência dessas letras para efeitos da listagem 
alfabética de qualquer natureza. Adotou-se a convenção 
internacional: o 
k vem depois do j, o w depois do v e o y depois do x. 
 
2.4. O caso das letras maiúsculas 
 
Se compararmos o disposto no Acordo com o 
que está definido no atual Formulário Ortográfico 
brasileiro, vamos ver que houve uma simplificação no 
uso obrigatório das letras maiúsculas. Elas ficaram 
restritas a nomes próprios de pessoas (João, Maria, 
Dom Quixote), 
lugares (Curitiba, Rio de Janeiro), instituições (Instituto 
Nacional da Seguridade Social, Ministério da Educação) 
Curso Preparatório Trincheira
Português 
 
 Página 3 
e seres mitológicos (Netuno, Zeus), a nomes de 
festas (Natal, Páscoa, Ramadão), na 
designação dos pontos cardeais quando se 
referem a grandes regiões (Nordeste, Oriente), 
nas siglas (FAO, ONU), nas iniciais de 
abreviaturas (Sr., Gen. V. Exª) e nos títulos de 
periódicos (Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo). 
 
Ficou facultativo usar a letra maiúscula 
nos nomes que designam os domínios do saber 
(matemática ou Matemática), nos títulos 
(Cardeal/cardeal Seabra, Doutor/ doutor 
Fernandes, Santa/santa Bárbara) e nas 
categorizações de logradouros públicos 
(Rua/rua da Liberdade), de templos (Igreja/igreja 
do Bonfim) e edifícios (Edifício/edifício Cruzeiro). 
 
2.5. Uma curiosa (e infeliz) determinação 
 
Alegando que o sujeito de uma sentença 
não pode ser preposicionado, há uma certa 
tradição gramatical que proíbe, na escrita, a 
contração da preposição com o artigo ou com o 
pronome em sentenças como: 
 
Não é fácil de explicar o fato de os professores 
ganharem tão pouco. 
É tempo de ele sair. 
Nem todos os gramáticos subscrevem tal 
proibição. 
Evanildo Bechara, por exemplo, argumenta, em 
sua Moderna gramática portuguesa (Rio de 
Janeiro: Editora Lucerna, 2000, p. 536-7), que 
ambas as construções são corretas e cita o uso 
da contração em vários escritores clássicos da 
língua. No entanto, há uma cláusula do Acordo 
Ortográfico que adota aquela proibição. 
 
Assim, cometeremos, a partir da 
vigência do Acordo, erro gráfico se fizermos a 
contração. Parece que alguns filólogos não 
conseguem mesmo viver sem cultivar alguma 
picuinha... 
 
2.6. Apreciação geral 
 
O Acordo é, em geral, positivo. Em 
primeiro lugar, porque unifica a ortografia do 
português, mesmo mantendo algumas 
duplicidades. Por outro lado, simplifica as regras 
de acentuação, limpando o Formulário 
Ortográfico 
de regras irrelevantes e que alcançam um 
número muito pequeno de palavras. A 
simplificação das regras do hífen é também 
positiva: torna um pouco mais racional o uso 
deste sinal gráfico. 
 
 
 
 
 
 
 
CONHEÇA AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES A 
IMPLEMENTAR PELA REFORMA ORTOGRÁFICA: 
 
 
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 Página 5 
REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO DE 
LETRAS 
 
1. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /Z/ 
 
a) Dependendo da sílaba inicial da palavra, 
pode ser representado pelas letras z, x, s: 
 
Sílaba inicial a > usa-se z - azar, azia, azedo, 
azorrague, azêmola ... 
Exceções: Ásia, asa, asilo, asinino. 
 
Sílaba inicial e > usa-se x - exame, exemplo, 
exímio, êxodo, exumar ... 
Exceções: esôfago, esotérico, (há também 
exotérico) 
 
Sílaba inicial i > usa-se s - isento, isolado, 
Isabel, Isaura, Isidoro ... 
 
Silaba inicial o > usa-se s - hosana, Osório, 
Osíris, Oséias... 
Exceção: ozônio 
 
Sílaba inicial u > usa-se s - usar, usina, usura, 
usufruto ... 
b) No segmento final da palavra (sílaba ou 
sufixo), pode ser representado pelas letras z e s: 
 
1) letra z - se o fonema /z/ não vier entre vogais: 
az, oz - (adj. oxítonos) audaz, loquaz, veloz, 
atroz ... 
iz, uz - (pal. oxítonas) cicatriz, matriz, cuscuz, 
mastruz ... 
Exceções: anis, abatis, obus. 
ez, eza - (subst. abstratos) maciez, embriaguez, 
avareza ... 
 
2) letra s - se o fonema /z/ vier entre vogais: 
asa - casa, brasa ... 
ase - frase, crase ... 
aso - vaso, caso ... 
 
Exceções: gaze, prazo. 
ês(a) - camponês, marquesa ... 
ese - tese, catequese ... 
esia - maresia, burguesia ... 
eso - ileso, obeso, indefeso ... 
isa - poetisa, pesquisa ... 
Exceções: baliza, coriza, ojeriza. 
ise - valise, análise, hemoptise ... 
Exceção: deslize. 
iso – aviso, liso, riso, siso ... 
Exceções: guizo, granizo. 
oso(a) - gostoso, jeitoso, meloso ... 
Exceção: gozo. 
ose – hipnose, sacarose, apoteose ... 
uso(a) - fuso, musa, medusa ... 
Exceção: cafuzo(a). 
 
c) Verbos: 
Terminação izar - derivados de nomes sem "s" na última 
sílaba: 
 utilizar, avalizar, dinamizar, centralizar ... 
- cognatos (derivados com mesmo radical) com sufixo 
"ismo": 
 (batismo) batizar - (catecismo) catequizar ... 
Terminação isar - derivados de nomes com "s" na última 
sílaba: 
 avisar, analisar, pesquisar, alisar, bisar ... 
Verbos pôr e querer - com "s" em todas as flexões: 
 pus, pusesse, pusera, quis, quisesse, quisera ... 
 
d) Nas derivações sufixais: 
letra z - se não houver "s” na última sílaba da palavra 
primitiva: 
 marzinho, canzarrão, balázio, bambuzal, 
pobrezinho ... 
letra s - se houver "s" na última sílaba da palavra 
primitiva: 
 japonesinho, braseiro, parafusinho, camiseiro, 
extasiado... 
 
e) Depois de ditongos: 
letra s - lousa, coisa, aplauso, clausura, maisena, 
Creusa ... 
 
2. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /X/ 
 
Emprego da letra X 
 
a) depois das sílabas iniciais: 
me - mexerico, mexicano, mexer ... 
Exceção: mecha 
Ia – laxante ... 
li – lixa ... 
lu – lixo ... 
gra – graxa ... 
bru – bruxa ... 
en - enxame, enxoval, enxurrada ... 
Exceção: enchova. 
 
Observação: Quando en for prefixo, prevalece a grafia 
da palavra primitiva: 
 encharcar, enchapelar, encher, enxadrista... 
b) depois de ditongos: 
 
 caixa, ameixa, frouxo, queixo ... 
Exceção: recauchutar. 
 
3. OUTROS CASOS DE ORTOGRAFIA 
 
1. Letra g 
Palavras terminadas em: 
ágio - presságio 
égio – privilégio 
ígio – vestígio 
ógio – relógio 
úgio – refúgio 
agem – viagem 
ege – herege 
igem – vertigem 
oge – paragoge 
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Português 
 
 Página 6 
ugem – penugem 
 
Exceções: pajem, lajem, lambujem. 
 
2. Letra c (ç) 
a) nos sufixos: 
 barcaça, viração, cansaço, bonança, 
roliço. 
b) depois de ditongos: 
 louça, foice, beiço, afeição. 
c) cognatas com "t": 
 exceto > exceção - isento > isenção. 
d) derivações do verbo "ter": 
 deter > detenção, obter > obtenção. 
 
3. Letra s / ss 
Nas derivações, a partir das terminações 
verbais: 
Ender pretender > pretensão; 
ascender > ascensão. 
Ergir imergir > imersão; 
submergir > submersão. 
Erter inverter > inversão; 
perverter > perversão. 
Pelir repelir > repulsa; 
compelir > compulsão. 
correr discorrer > discurso; 
percorrer > percurso. 
ceder ceder > cessão; 
conceder > concessão. 
gredir agredir > agressão; 
regredir > regresso. 
primir exprimir > expressão; 
comprimir > compressa. 
tir permitir > permissão; 
discutir > discussão. 
 
EXERCíCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Falso / verdadeiro 
 
Todas as palavras estão corretas: 
1. ( ) ananás, loquaz, vorás, lilaz; 
2. ( ) freguês, pequenez, duquesa, rijeza; 
3. ( ) encapusado, cuscus, pirezinho, atroz; 
4. ( ) azia, asilado, azinhavre, azedo; 
5. ( ) guiso, aviso. riso, graniso; 
6. ( ) extaziar, gase, ojeriza, deslisar; 
7. ( ) valize, deslize, varize, garnizé; 
8. ( ) batizar, catequizar, balizar, bisar; 
9. ( ) papisa, balásio, ginásio, episcopisa; 
10. ( ) maisena, deslizar, revezar, pequinês;11. ( ) azoto, ozônio, atrasado, esotérico; 
12. ( ) Izabel, Neuza, Souza, Isidoro; 
13. ( ) passoca, ajiota, cafuso, enchurrada; 
14. ( ) albatroz, permição, interceção, puz; 
15. ( ) logista, gerimum, gibóia, pajem; 
16. ( ) retrós, algoz, atroz, ilhós; 
17. ( ) pretencioso, êxodo, baliza, aziago; 
18. ( ) embaixatriz, sacerdotisa, coriza, az; 
19. ( ) enxarcado, enxotar, enxova, enxido; 
20. ( ) discussão, aversão, ajeitar, gorjear; 
21. ( ) sarjeta, pajem, monje, argila; 
22. ( ) tigela, rijeza, rabugento, gesto; 
23. ( ) ascenção, obscessão, massiço, sucinto; 
24. ( ) pixe, flexa, xispa, xucro; 
25. ( ) cachumba, esguixo, lagarticha, toxa. 
 
Múltipla escolha 
26. Assinale a opção onde há erro no emprego do 
dígrafo sc: 
a) aquiescer; d) florescer; 
b) suscinto; e) intumescer. 
c) consciência; 
 
27. Assinale o vocábulo cuja lacuna não deve ser 
preenchida com "i": 
a) pr___vilégio; d) cum___eira; 
b) corr___mão; e) cas___mira. 
c) d___senteria; 
 
28. Assinale a série em que todas as palavras estão 
corretamente grafadas: 
a) sarjeta - babaçu - praxe - repousar; 
b) caramanchão - mixto - caos - biquíni; 
c) ultrage - discução - mochila - flexa; 
d) enxerto - represa - sossobrar - barbárie; 
e) acesso - assessoria - ascenção - silvícola. 
 
29. Aponte a opção de grafia incorreta. 
a) usina - buzina; 
b) ombridade - ombro; 
c) úmido - humilde; 
d) erva - herbívoro; 
e) néscio - cônscio. 
 
30. Aponte a alternativa com incorreção. 
a) Há necessidade de fiscalizar bem as provas. 
b) A obsessão é prejudicial ao discernimento. 
c) A pessoa obscecada nada enxerga. 
d) Exceto Paulo, todos participaram da organização. 
e) Súbito um rebuliço: a confusão era total. 
 
 
GABARITO 
 
1.F 7.F 13.F 19.F 25.F 
2.V 8.V 14.F 20.V 26.B 
3.F 9.F 15.F 21.F 27.D 
4.V 10.V 16.V 22.V 28.A 
5.F 11.V 17.F 23.F 29.B 
6.F 12.F 18.V 24.F 30.C 
 
 
 
 
 
 
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 Página 7 
 
EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
Tipo de 
palavra ou 
sílaba 
Quando 
acentuar 
Exemplo 
(como 
eram) 
Observações 
(como 
ficaram) 
Proparo 
xítonas 
sempre 
simpática, 
lúcido, 
sólido, 
cômodo 
Continua tudo 
igual ao que 
era antes da 
nova 
ortografia. 
Observe: 
Pode-se usar 
acento agudo 
ou circunflexo 
de acordo 
com a 
pronúncia da 
região: 
acadêmico, 
fenômeno 
(Brasil) 
académico, 
fenómeno 
(Portugal). 
Paroxítonas 
Se 
terminada
s em: R, 
X, N, L, I, 
IS, UM, 
UNS, US, 
PS, Ã, 
ÃS, ÃO, 
ÃOS; 
ditongo 
oral, 
seguido 
ou não de 
S 
fácil, táxi, 
tênis, 
hífen, 
próton, 
álbum(ns)
, vírus, 
caráter, 
látex, 
bíceps, 
ímã, 
órfãs, 
bênção, 
órfãos, 
cárie, 
árduos, 
pólen, 
éden. 
Continua tudo 
igual. 
Observe: 
1) Terminadas 
emENS não 
levam acento: 
hifens, polens. 
2) Usa-se 
indiferenteme
nte agudo ou 
circunflexo se 
houver 
variação de 
pronúncia: 
sêmen, fêmur 
(Brasil) ou 
sêmen, fémur 
(Portugal). 
3) Não ponha 
acento nos 
prefixo 
paroxítonos 
que terminam 
em R nem nos 
que terminam 
emI: inter-
helênico, 
super-homem, 
anti-herói, 
semi-internato 
Oxítonas 
Se 
terminada
s 
em: A, 
AS, E, 
ES, O, 
OS, EM, 
ENS 
vatapá, 
igarapé, 
avô, 
avós, 
refém, 
parabéns 
Continua tudo 
igual. 
Observe: 
1. terminadas 
em I,IS, U, US 
não levam 
acento: tatu, 
Morumbi, 
abacaxi. 
2. Usa-se 
indiferenteme
nte agudo ou 
circunflexo se 
houver 
variação de 
pronúncia: 
bebê, 
purê(Brasil); 
bebé, 
puré(Portugal)
. 
Monossílab
os tônicos 
(são 
oxítonas 
também) 
terminado
s em A, 
AS, E, 
ES, O,OS 
vá, pás, 
pé, mês, 
pó, pôs 
Continua tudo 
igual. 
Atente para os 
acentos nos 
verbos com 
formas 
oxítonas: 
adorá-lo, 
debatê-lo, etc. 
Í e Ú em 
palavras 
oxítonas e 
paroxítonas 
Í e Ú 
levam 
acento se 
estiverem
sozinhos 
na sílaba 
(hiato) 
saída, 
saúde, 
miúdo, aí, 
Araújo, 
Esaú, 
Luís, Itaú, 
baús, 
Piauí 
1. Se o i e u 
forem 
seguidos de s, 
a regra se 
mantém: 
balaústre, 
egoísmo, 
baús, jacuís. 
2. Não se 
acentuam ie u 
se depois vier 
‘nh‘: rainha, 
tainha, 
moinho. 
3. Esta regra 
é nova: nas 
paroxítonas, 
o i e unão 
serão mais 
acentuados se 
vierem depois 
de um 
ditongo: 
baiuca, 
bocaiuva, 
feiura, 
maoista, 
saiinha (saia 
pequena), 
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Português 
 
 Página 8 
cheiinho 
(cheio). 
4. Mas, se, 
nasoxítonas, 
mesmo com 
ditongo, o i 
e uestiverem 
no final, 
haverá 
acento: tuiuiú, 
Piauí, teiú. 
Ditongos 
abertos em 
palavras 
paroxítonas 
EI, OI, 
idéia, 
colméia, 
bóia 
Esta regra 
desapareceu 
(para palavras 
paroxítonas). 
Escreve-se 
agora: ideia, 
colmeia, 
celuloide, 
boia. 
Observe: há 
casos em que 
a palavra se 
enquadrará 
em outra 
regra de 
acentuação. 
Por exemplo: 
contêiner, 
Méier, 
destróier 
serão 
acentuados 
porque 
terminam 
em R. 
Ditongos 
abertos em 
palavras 
oxítonas 
ÉIS, 
ÉU(S), 
ÓI(S) 
papéis, 
herói, 
heróis, 
troféu, 
céu, mói 
(moer) 
Continua tudo 
igual(mas, 
cuidado: 
somente para 
palavras 
oxítonas com 
uma ou mais 
sílabas). 
Verbos 
arguir e 
redarguir 
(agora sem 
trema) 
arguir e 
redarguir 
usavam 
acento 
agudo em 
algumas 
pessoas 
do 
indicativo, 
do 
subjuntivo 
e do 
imperativ
o 
afirmativo
. 
 
Esta regra 
desapareceu. 
Os verbos 
arguir e 
redarguir 
perderam o 
acento agudo 
em várias 
formas 
(rizotônicas): 
eu arguo (fale: 
ar-gú-o, mas 
não acentue); 
ele argui (fale: 
ar-gúi), mas 
não acentue. 
Verbos 
terminados 
em guar, 
quar e quir 
aguar 
enxaguar, 
averiguar, 
apaziguar
, 
delinquir, 
obliquar 
usavam 
acento 
agudo em 
algumas 
pessoas 
do 
indicativo, 
do 
subjuntivo 
e do 
imperativ
o 
afirmativo 
 
Esta regra 
sofreu 
alteração. 
Observe:. 
Quando o 
verbo admitir 
duas 
pronúncias 
diferentes, 
usando a ou i 
tônicos, aí 
acentuamos 
estas vogais: 
eu águo, 
eleságuam e 
enxáguam a 
roupa (a 
tônico); eu 
delínquo, eles 
delínquem (í 
tônico). 
tu apazíguas 
as brigas; 
apazíguem os 
grevistas. 
Se a tônica, 
na pronúncia, 
cair sobre o u, 
ele não será 
acentuado: Eu 
averiguo (diga 
averi-gú-o, 
mas não 
acentue) o 
caso; eu aguo 
a planta (diga 
a-gú-o, mas 
não acentue). 
ôo, ee 
vôo, zôo, 
enjôo, 
vêem 
 
Esta regra 
desapareceu. 
Agora se 
escreve: zoo, 
perdoo veem, 
magoo, voo. 
Verbos ter e 
vir 
na 
terceira 
pessoa 
do plural 
do 
presente 
do 
indicativo 
eles têm, 
eles vêm 
Continua tudo 
igual. 
Ele vem aqui; 
eles vêm aqui. 
Eles têm 
sede; ela tem 
sede. 
Derivados 
de ter e vir 
(obter, 
manter, 
intervir) 
na 
terceira 
pessoa 
do 
singular 
leva 
acento 
agudo; 
ele 
obtém, 
detém, 
mantém; 
eles 
obtêm, 
detêm, 
mantêm 
Continua tudo 
igual. 
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 Página 9 
na 
terceira 
pessoa 
do plural 
do 
presente 
levam 
circunflex
o 
Acento 
diferencial 
 
Esta regra 
desapareceu, 
exceto para 
os verbos: 
PODER 
(diferença 
entre passado 
e presente. 
Ele não pôde 
ir ontem, mas 
pode ir hoje. 
PÔR 
(diferença 
com a 
preposição 
por): 
Vamos por um 
caminho novo, 
então vamos 
pôr casacos; 
TER e VIR e 
seus 
compostos 
(ver acima). 
Observe: 
1) Perdem o 
acento as 
palavras 
compostas 
com o 
verbo PARAR: 
Para-raios, 
para-choque. 
2) FÔRMA (de 
bolo): O 
acento será 
opcional; se 
possível, 
deve-se evitá-
lo: Eis aqui a 
forma para 
pudim, cuja 
forma de 
pagamento é 
parcelada. 
Trema (O trema não é acento gráfico.) 
Desapareceu o trema sobre o U em todas as 
palavras do português: Linguiça, averiguei, 
delinquente, tranquilo, linguístico. 
Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele 
Bündchen, müleriano. 
1 – Identifique a alternativa em que há um vocábulo 
cuja grafia não atende ao previsto no Acordo 
Ortográfico: 
 
a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – 
averiguemos; 
b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre –eloquentemente; 
 
c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – 
sequestro; 
 
d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – 
quinquênio; 
 
e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente 
– bilíngue. 
 
2 – Assinale a opção em que figura uma forma verbal 
grafada, consoante a nova ortografia, erroneamente: 
 
a) verbo ter: 
 
tem detém contém mantém retém 
 
têm detêm contêm mantêm retêm 
 
b) verbo vir: 
 
vem advém convém intervém provém 
 
vêm advêm convêm intervêm provêm 
 
c) verbos ler e crer: 
 
lê relê crê descrê 
 
lêem relêem creem descrêem 
 
d) verbos dar e ver: 
 
dê desdê vê revê provê 
 
deem desdeem vêem revêem provêm 
 
e) verbos derivados de ter: 
 
abstém atém obtém entretém 
 
abstêm atêm obtêm entretêm 
 
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 Página 10 
3 – Identifique a alternativa em que um dos 
vocábulos, segundo o Acordo 
Ortográfico, recebeu indevidamente acento 
gráfico: 
 
a) céu – réu – véu; 
b) chapéu – ilhéu – incréu; 
 
c) anéis – fiéis – réis; 
 
d) mói – herói – jóia; 
 
e) anzóis – faróis – lençóis. 
 
4 – As sequências abaixo contêm 
paroxítonas que, segundo determinada 
regra do Acordo Ortográfico, não são 
acentuadas. 
 
Deduza qual é essa regra e assinale a 
alternativa a que ela não se aplica: 
 
a) aldeia – baleia – lampreia – sereia; 
b) flavonoide – heroico – reumatoide – 
prosopopeia; 
 
c) apoia – corticoide – jiboia – tipoia; 
 
d) Assembleia – ideia – ateia – boleia; 
 
e) Crimeia – Eneias – Leia – Cleia. 
 
5 – Identifique a opção em que todas as 
palavras compostas estão grafadas 
de acordo com as novas regras: 
 
a) anti-higiênico – antiinflamatório – antiácido – 
antioxidante – anti-colonial – 
antirradiação – antissocial; 
 
b) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – 
antioxidante – anticolonial – antiradiação 
 
– anti-social; 
 
c) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – 
antioxidante – anticolonial – 
antirradiação – antissocial; 
d) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – 
anti-oxidante – anticolonial – 
antirradiação – antissocial; 
e) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-
oxidante – anti-colonial – 
antirradiação – antissocial. 
 
 
6 – Conforme o Acordo Ortográfico, os prefixos pós-
, pré- e pró-, quando 
átonos, aglutinam-se com o segundo elemento do 
termo composto. 
 
Marque a alternativa em que, segundo as novas 
regras, há erro de ortografia: 
 
a) posdatar – predatar – proamericano – progermânico; 
b) predefinir – predestinar – predizer – preexistência; 
 
c) prejulgar – prelecionar – prenomear – preordenar; 
 
d) preanunciar – preaquecer – preconcebido – 
precognição; 
 
e) preposto – procônsul – procriação – prolação. 
 
7 – O uso do acento diferencial, consoante as novas 
regras, é facultativo nos 
seguintes casos, exceto em: 
 
a) fôrma (significando molde) 
b) pôde (no pretérito perfeito do indicativo); 
 
c) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo); 
 
d) amámos (no pretérito perfeito do indicativo); 
 
e) dêmos (no presente do subjuntivo). 
 
8 – Identifique a alternativa em que todas as palavras 
compostas estão 
grafadas de acordo com as novas regras: 
 
a) miniquadro – minissubmarino – minirretrospectiva – 
mini-saia; 
 
b) sub-bibliotecário – sub-humano – sub-hepático – sub-
região; 
 
c) infra-assinado – infra-estrutura – infra-hepático – 
infravermelho; 
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 Página 11 
d) hiperácido – hiperespaço – hiper-humano – 
hiperrealista; 
e) contra-acusação – contra-indicação – 
contraespionagem – contra-harmônico. 
 
 
09 – Todos os termos compostos estão 
corretamente grafados na opção: 
a) ultraconfiança – paraquedas – reestruturar – 
sub-bibliotecário – super-homem; 
b) hiperativo – rerratificar – subsecretário – 
semi-hipnotizado – manda-chuva; 
c) interregional – macroeconmia – pontapé – 
ressintetizar – sub-horizontal; 
d) superagasalhar – arquimilionário – 
interestadual – passa-tempo – sub-rogar; 
e) paraquedístico – panamericano – mini-herói – 
neo-hebraico – sem-teto. 
 
10 – Deveriam ter sido acentuadas as 
palavras alistadas na opção: 
a) azaleia – estreia – colmeia – geleia – pigmeia; 
b) benzoico – dicroico – heroico – Troia – 
urbanoide; 
c) chapeu – coroneis – heroi – ilheu – lençois; 
d) alcaloide – reumatoide – tabloide – tifoide – 
tipoia; 
e) apneia – farmacopeia – odisseia – pauliceia – 
traqueia. 
 
11 – O hífen foi indevidamente empregado 
em: 
a) capim-açu; 
b) anajá-mirim; 
c) abaré-guaçu; 
d) tamanduá-açu; 
e) trabalhador-mirim. 
 
12 – Assinale a sequência integralmente 
correta: 
a) sino-japonês – sinorrusso; 
b) hispano-árabe – hispano-marroquino; 
c) teutoamericano – teutodescendente; 
d) anglo-brasileiro – anglo-descendente; 
e) angloamericano – anglofalante. 
 
13 – Marque a opção em que uma das formas 
verbais está incorreta: 
a) averíguo – averiguo; 
b) averíguas – averiguas; 
c) averígua – averigua; 
d) averíguamos – averiguamos; 
e) averíguam – averiguam. 
 
14 – Marque a opção em que ambos os termos estão 
incorretamente grafados: 
a) coabitar – coerdeiro; 
b) coexistência – coindicado; 
c) cofundador – codominar; 
d) co-ordenar – co-obrigar; 
e) corresponsável – cossignatário. 
 
15 – Paramédico é grafado sem hífen, da mesma 
forma que: 
a) parabactéria; 
b) parabrisa; 
c) parachoque; 
d) paralama; 
e) paravento. 
 
16 – Para-raios é grafado com hífen, da mesma 
forma que: 
a) para-biologia; 
b) para-psicologia; 
c) para-linguagem; 
d) para-normal; 
e) para-chuva. 
 
17 – Uma das palavras está grafada de forma 
incorreta na opção: 
a) pró-ativo – proativo; 
b) pró-ótico – proótico; 
c) pré-eleição – preeleição; 
d) pré-demarcar – predemarcar; 
e) pré-eleito – preeleito. 
 
18 – Identifique a alternativa em que há erro de 
ortografia: 
a) predelinear; 
b) predestinar; 
c) pré-questionar; 
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 Página 12 
d) preexistência; 
e) proembrionário 
 
19 – As formas verbais a seguir estão 
corretamente grafadas, exceto: 
a) arguiamos; 
b) arguiríamos; 
c) arguíssemos; 
d) arguímos; 
e) arguirmos. 
 
20 – Assinale a opção em que há erro de 
ortografia: 
a) arco e flecha; 
b) arco de triunfo; 
c) arco de flores; 
d) arco da chuva; 
e) arco da velha. 
 
Gabarito 
1- letra E 
2- letra D 
3- letra D 
4- letra A 
5- letra C 
6- letra A 
7- letra B 
8- letra B 
9 – letra A 
10 – letra C 
11 – letra E 
12 – letra B 
13 – letra D 
14 – letra D 
15 – letra A 
16 – letra E 
17 – letra B 
18 – letra C 
19 – letra A 
20 – letra E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório Trincheira
Português 
 
 Página 13 
 
Consultando a gramática, descobrimos 
que dentre as partes que a constituem há uma 
que, por excelência, permite-nos tornar 
conhecedores da forma como se estruturam as 
palavras, levando em conta aspectos 
específicos, como é caso das flexões, por 
exemplo. Estamos fazendo referência à 
morfologia, obviamente, aquela responsável 
por nos apresentar acerca das dez classes 
gramaticais. 
Em se tratando delas, das classes gramaticais, 
um dos aspectos que lhes são inerentes diz 
respeito à flexão e não flexão das palavras, que, 
por sua vez, traduz os nossos objetivos ao travar 
essa importante discussão, por isso, iremos falar 
um pouco mais acerca das palavras variáveis 
e das palavras invariáveis. 
 
Essas classes podem ser: 
 Variáveis – São as que apresentam 
variações ou flexões em sua forma. 
 
 Invariáveis – São as que se apresentam 
sempre com a mesma forma. 
Observe, no quadro a seguir, a classificação 
geraldas classes de palavras: 
 
Cabe, portanto, ressaltar que as palavras 
variáveis são aquelas que sofrem variações em 
sua forma, o que resulta nas chamadas 
desinências nominais de gênero e de número, 
bem como nas desinências verbais, de modo, 
tempo, número e pessoa. 
Assim, ao revelarmos acerca das 
desinências nominais, já que estamos fazendo 
referência à morfologia, equivale afirmar que 
elas se aplicam às classes gramaticais 
representadas pelo substantivo, artigo, adjetivo, 
pronome e numeral, haja vista que se 
classificam, gramaticalmente dizendo, como 
nomes. Dessa forma, nada melhor que 
analisarmos alguns exemplos, tornando nosso 
aprendizado ainda mais efetivo: 
Ele é um menino esperto – gênero masculino, 
o que nos permite concluir que há a ausência de 
desinência. 
Ela é uma garota esperta – Constatamos agora o 
gênero feminino e a desinência “a”. 
Mário é um rapaz educado – Em se tratando do 
número, afirmamos ser tal elemento demarcado no 
singular, bem como constatamos a ausência de 
desinência. 
Eles são uns rapazes educados – constatamos se 
tratar de um número plural associado à presença da 
desinência “s”. 
Agora, referindo-nos às desinências verbais, constata-
se que elas são representadas pelas desinências de 
modo e tempo (DMT) e pelas desinências de número e 
pessoa (DNP). Observemos então o exemplo que 
segue: 
Estávamos com muita saudade de todos vocês. 
Assim, infere-se que: 
- va – DMT - desinência modo-temporal indicando o 
pretérito imperfeito do modo indicativo. 
- mos – DNP – desinência número-pessoal indicando a 
primeira pessoa do plural (nós). 
Diante de tais elucidações, afirmamos que elas se 
aplicam às chamadas palavras variáveis. 
Para completar nossos estudos acerca do caso em 
questão cumpre afirmar que palavras invariáveis, como 
nos revela o próprio nome, são aquelas que não sofrem 
flexão nenhuma, demarcadas pelos advérbios, 
preposições, conjunções e interjeições. 
 
CLASSES DE PALAVRAS CLASSIFICAÇÃO E 
EMPREGO: 
 
As palavras são classificadas de acordo com as 
funções exercidas nas orações. 
Na língua portuguesa podemos classificar as 
palavras em: 
 Substantivo 
 Adjetivo 
 Pronome 
 Verbo 
 Artigo 
 Numeral 
 Advérbio 
 Preposição 
 Interjeição 
 Conjunção 
 
 
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 Página 14 
 
 
 
É a palavra variável que denomina 
qualidades, sentimentos, sensações, ações, 
estados e seres em geral. 
Quanto a sua formação, o substantivo 
pode ser primitivo (jornal) ou derivado 
(jornalista), simples (alface) ou composto 
(guarda-chuva). 
Já quanto a sua classificação, ele pode 
ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba), 
concreto (mesa) ou abstrato (felicidade). 
Os substantivos concretos designam 
seres de existência real ou que a imaginação 
apresenta como tal: alma, fada, santo. Já os 
substantivos abstratos designam qualidade, 
sentimento, ação e estado dos seres: beleza, 
cegueira, dor, fuga. 
Os substantivos próprios são sempre 
concretos e devem ser grafados com iniciais 
maiúsculas. 
Certos substantivos próprios podem 
tornar-se comuns, pelo processo de derivação 
imprópria (um judas = traidor / um panamá = 
chapéu). 
Os substantivos abstratos têm existência 
independente e podem ser reais ou não, 
materiais ou não. Quando esses substantivos 
abstratos são de qualidade tornam-se concretos 
no plural (riqueza X riquezas). 
Muitos substantivos podem ser 
variavelmente abstratos ou concretos, conforme 
o sentido em que se empregam (a redação das 
leis requer clareza / na redação do aluno, 
assinalei vários erros). 
Já no tocante ao gênero (masculino X 
feminino) os substantivos podem ser: 
 biformes: quando apresentam 
uma forma para o masculino e outra para o 
feminino. (rato, rata ou conde X condessa). 
 uniformes: quando apresentam 
uma única forma para ambos os gêneros. Nesse 
caso, eles estão divididos em: 
 epicenos: usados para animais 
de ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, 
badejo, besouro, codorniz; 
 comum de dois gêneros: 
aqueles que designam pessoas, fazendo a 
distinção dos sexos por palavras determinantes - 
aborígine, camarada, herege, manequim, mártir, 
médium, silvícola; 
 sobrecomuns - apresentam um 
só gênero gramatical para designar pessoas de 
ambos os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, 
testemunha, verdugo; 
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, 
mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o corneta X a 
corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X 
a guia / o lente X a lente / o língua X a língua / o moral X 
a moral / o maria-fumaça X a maria-fumaça / o voga X a 
voga). 
Os nomes terminados em -ão fazem feminino 
em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, valentona). 
Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, 
entretanto a maioria é invariável (monge X monja, 
infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante). 
Quanto ao número (singular X plural), os 
substantivos simples formam o plural em função do final 
da palavra. 
 vogal ou ditongo (exceto -ÃO): 
acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus); 
 ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS, 
variando em cada palavra (pagãos, cidadãos, cortesãos, 
escrivães, sacristães, capitães, capelães, tabeliães, 
deães, faisães, guardiães). 
Os substantivos paroxítonos terminados em -ão 
fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos). Alguns 
gramáticos registram artesão (artífice) - artesãos e 
artesão (adorno arquitetônico) - artesões. 
 -EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -NS 
(jardim X jardins); 
 -R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X 
raízes); 
-S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país X 
países). Os não-oxítonos terminados em -S são 
invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas, os 
lápis, os ônibus), cais, cós e xis são invariáveis; 
-N: -S ou -ES, sendo a última menos comum (hífen X 
hifens ou hífenes), cânon > cânones; 
-X: invariável, usando o artigo para o plural (tórax X os 
tórax); 
-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X animais, 
barril X barris). Exceto mal por males, cônsul por 
cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou meles; 
IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, trocar -
IL por -EIS. (til X tis, míssil X mísseis). 
Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, projétil / 
projetil por projéteis / projetis; 
sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a 
palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o 
sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos, 
mulherezinhas). Observação: palavras com esses 
sufixos não recebem acento gráfico. 
metafonia: -o tônico fechado no singular muda para o 
timbre aberto no plural, também variando em função da 
palavra. (ovo X ovos, mas bolo X bolos). 
SUBSTANTIVO 
 
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 Página 15 
Observação: avôs (avô paterno + avô materno), 
avós (avó + avó ou avô + avó). 
Os substantivos podem apresentar diferentes 
graus, porém grau não é uma flexão nominal. 
São três graus: normal, aumentativo e diminutivo 
e podem ser formados através de dois 
processos: 
analítico: associando os adjetivos (grande ou 
pequeno, ou similar) ao substantivo; 
sintético: anexando-se ao substantivo sufixos 
indicadores de grau (meninão X menininho). 
Certos substantivos, apesar da forma, não 
expressam a noção aumentativa ou diminutiva. 
(cartão, cartilha). 
alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, -
az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão; 
alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -
ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é 
obrigatório quando o substantivo terminar em 
vogal tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho); 
O aumentativo pode exprimir desprezo 
(sabichão, ministraço, poetastro) ou intimidade 
(amigão); enquanto o diminutivo pode indicar 
carinho (filhinho) ou ter valor pejorativo (livreco, 
casebre). 
Algumas curiosidades sobre os substantivos:Palavras masculinas: 
ágape (refeição dos primitivos cristãos); 
anátema (excomungação); 
axioma (premissa verdadeira); 
caudal (cachoeira); 
carcinoma (tumor maligno); 
champanha, clã, clarinete, contralto, coma, 
diabete/diabetes (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno); 
herpes, hosana (hino); 
jângal (floresta da Índia); 
lhama, praça (soldado raso); 
praça (soldado raso); 
proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como 
gênero vacilante); 
suéter, tapa (FeM classificam como gênero 
vacilante); 
teiró (parte de arma de fogo ou arado); 
telefonema, trema, vau (trecho raso do rio). 
Palavras femininas: 
abusão (engano); 
alcíone (ave doa antigos); 
aluvião, araquã (ave); 
áspide (reptil peçonhento); 
baitaca (ave); 
cataplasma, cal, clâmide (manto grego); 
cólera (doença); 
derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); 
filoxera (inseto e doença); 
gênese, guriatã (ave); 
hélice (FeM classificam como gênero vacilante); 
jaçanã (ave); 
juriti (tipo de aves); 
libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino); 
sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); 
usucapião (FeM classificam como gênero vacilante); 
xerox (cópia). 
Gênero vacilante: 
acauã (falcão); 
inambu (ave); 
laringe, personagem (Ceg. fala que é usada 
indistintamente nos dois gêneros, mas que há 
preferência de autores pelo masculino); 
víspora. 
 
Alguns femininos: 
abade - abadessa; 
abegão (feitor) - abegoa; 
alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina; 
aldeão - aldeã; 
anfitrião - anfitrioa, anfitriã; 
beirão (natural da Beira) - beiroa; 
besuntão (porcalhão) - besuntona; 
bonachão - bonachona; 
bretão - bretoa, bretã; 
cantador - cantadeira; 
cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz; 
castelão (dono do castelo) - castelã; 
catalão - catalã; 
cavaleiro - cavaleira, amazona; 
charlatão - charlatã; 
coimbrão - coimbrã; 
cônsul - consulesa; 
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comarcão - comarcã; 
cônego - canonisa; 
czar - czarina; 
deus - deusa, déia; 
diácono (clérigo) - diaconisa; 
doge (antigo magistrado) - dogesa; 
druida - druidesa; 
elefante - elefanta e aliá (Ceilão); 
embaixador - embaixadora e embaixatriz; 
ermitão - ermitoa, ermitã; 
faisão - faisoa (Cegalla), faisã; 
hortelão (trata da horta) - horteloa; 
javali - javalina; 
ladrão - ladra, ladroa, ladrona; 
felá (camponês) - felaína; 
flâmine (antigo sacerdote) - flamínica; 
frade - freira; 
frei - sóror; 
gigante - giganta; 
grou - grua; 
lebrão - lebre; 
maestro - maestrina; 
maganão (malicioso) - magana; 
melro - mélroa; 
mocetão - mocetona; 
oficial - oficiala; 
padre - madre; 
papa - papisa; 
pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja; 
parvo - párvoa; 
peão - peã, peona; 
perdigão - perdiz; 
prior - prioresa, priora; 
mu ou mulo - mula; 
rajá - rani; 
rapaz - rapariga; 
rascão (desleixado) - rascoa; 
sandeu - sandia; 
sintrão - sintrã; 
sultão - sultana; 
tabaréu - tabaroa; 
varão - matrona, mulher; 
veado - veada; 
vilão - viloa, vilã. 
Substantivos em -ÃO e seus plurais: 
alão - alões, alãos, alães; 
aldeão - aldeãos, aldeões; 
capelão - capelães; 
castelão - castelãos, castelões; 
cidadão - cidadãos; 
cortesão - cortesãos; 
ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães; 
escrivão - escrivães; 
folião - foliões; 
hortelão - hortelões, hortelãos; 
pagão - pagãos; 
sacristão - sacristães; 
tabelião - tabeliães; 
tecelão - tecelões; 
verão - verãos, verões; 
vilão - vilões, vilãos; 
vulcão - vulcões, vulcãos. 
 
Alguns substantivos que sofrem metafonia no 
plural: 
abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo, 
destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, forro, fosso, 
imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto, reforço, rogo, 
socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco. 
 
Substantivos só usados no plural: 
anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), 
calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos brancos), 
cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças 
(solenidades religiosas), esponsais (contrato de 
casamento ou noivado), esposórios (presente de 
núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais), 
férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de 
orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias 
(começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., 
além dos nomes de naipes. 
 
Coletivos: 
 
alavão - ovelhas leiteiras; 
armento - gado grande (búfalos, elefantes); 
assembléia (parlamentares, membros de associações); 
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atilho - espigas; 
baixela - utensílios de mesa; 
banca - de examinadores, advogados; 
bandeira - garimpeiros, exploradores de 
minérios; 
bando - aves, ciganos, crianças, salteadores; 
boana - peixes miúdos; 
cabido - cônegos (conselheiros de bispo); 
cáfila - camelos; 
cainçalha - cães; 
cambada - caranguejos, malvados, chaves; 
cancioneiro - poesias, canções; 
caterva - desordeiros, vadios; 
choldra, joldra - assassinos, malfeitores; 
chusma - populares, criados; 
conselho - vereadores, diretores, juízes 
militares; 
conciliábulo - feiticeiros, conspiradores; 
concílio - bispos; 
canzoada - cães; 
conclave - cardeais; 
congregação - professores, religiosos; 
consistório - cardeais; 
fato - cabras; 
feixe - capim, lenha; 
junta - bois, médicos, credores, examinadores; 
girândola - foguetes, fogos de artifício; 
grei - gado miúdo, políticos; 
hemeroteca - jornais, revistas; 
legião - anjos, soldados, demônios; 
malta - desordeiros; 
matula - desordeiros, vagabundos; 
miríade - estrelas, insetos; 
nuvem - gafanhotos, pó; 
panapaná - borboletas migratórias; 
penca - bananas, chaves; 
récua - cavalgaduras (bestas de carga); 
renque - árvores, pessoas ou coisas 
enfileiradas; 
réstia - alho, cebola; 
ror - grande quantidade de coisas; 
súcia - pessoas desonestas, patifes; 
talha -lenha; 
tertúlia - amigos, intelectuais; 
tropilha - cavalos; 
vara - porcos. 
 
Substantivos compostos: 
Os substantivos compostos formam o plural da seguinte 
maneira: 
sem hífen formam o plural como os simples 
(pontapé/pontapés); 
caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade 
das palavras que compõem o substantivo para pluralizá-
los. São palavras variáveis: substantivo, adjetivo, 
numeral, pronomes, particípio. São palavras invariáveis: 
verbo, preposição, advérbio, prefixo; 
em elementos repetidos, muito parecidos ou 
onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-
ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues); 
com elementos ligados por preposição, apenas o 
primeiro se flexiona (pés-de-moleque); 
são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-
duques, grã-cruzes, bel-prazeres); 
só variará o primeiro elemento nos compostos formados 
por dois substantivos, onde o segundo limita o primeiro 
elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade 
deste (sambas-enredo, bananas-maçã) 
nenhum dos elementos vai para o plural se formado por 
verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os 
leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-
abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-
me-diz); 
compostos cujo segundo elemento já está no plural não 
variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os espirra-
canivetes); 
palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por 
ser substantivo. Caso represente o verbo guardar, não 
pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas). 
 
Questões de concursos comentadas 
 
1. (UFV-MG) Assinale a alternativa em que a palavra 
destacada pertence à classe dos substantivos. 
a) O médico louco disse que no hospício não havia 
telefone. 
b) De médico e de louco, todo mundo tem um pouco. 
c) “Sou louco por ti, América!” 
d) Ele parecia completamente louco. 
e) A cidade julgava o prefeito louco. 
 
 Comentário: 
 
Na alternativa B,“De médico e de louco, todo mundo 
tem um pouco”, a palavra “louco” nomeia o ser, sendo, 
portanto, um substantivo. 
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Nas demais frases, a palavra “louco” pertence à 
classe dos adjetivos. 
Gabarito: B 
 
2. (FESP-SP) Assinale a alternativa que 
contenha 
substantivos, respectivamente, abstrato, 
concreto e 
concreto. 
a) fada, fé, menino. 
b) fé, fada, beijo. 
c) beijo, fada, menino. 
d) amor, pulo, menino. 
e) menino, amor, pulo. 
 
 
 Comentário: 
 
a) Errado: fada (concreto), fé (abstrato) e 
menino (concreto). 
b) Errado: fé (abstrato), fada (concreto) e beijo 
(abstrato). 
c) Correto: beijo (abstrato), fada (concreto) e 
menino (concreto). 
d) Errado: amor (abstrato), pulo (abstrato) e 
menino (concreto). 
e) Errado: menino (concreto), amor (abstrato) e 
pulo (abstrato). 
Gabarito: C 
 
Questão de concurso comentada 
1. (TRT-RJ) Escolha a alternativa cujos gêneros, 
pela ordem, correspondem aos seguintes 
vocábulos: alface, grama (peso), dó e 
telefonema. 
 
a) masculino - feminino - masculino - feminino. 
b) feminino - feminino - masculino - feminino. 
c) masculino - feminino - masculino - masculino. 
d) feminino - masculino - masculino - masculino. 
e) feminino - feminino - masculino - masculino. 
 
 Comentário: 
 
Apenas o substantivo alface é feminino. Grama 
(unidade da massa), dó (sentimento de pena, 
nota musical) e telefonema são substantivos 
masculinos. 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É a palavra variável que restringe a significação 
do substantivo, indicando qualidades e características 
deste. Mantém com o substantivo que determina relação 
de concordância de gênero e número. 
adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem 
geográfica, normalmente são formados pelo acréscimo 
de um sufixo ao substantivo de que se originam 
(Alagoas por alagoano). Podem ser simples ou 
compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades 
ou regiões; nestes últimos casos assumem sua forma 
reduzida e erudita, com exceção do último elemento 
(franco-ítalo-brasileiro). 
locuções adjetivas: expressões formadas por 
preposição e substantivo e com significado equivalente a 
adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de cima 
= andar superior / estar com fome = estar faminto). 
São adjetivos eruditos: 
açúcar - sacarino; 
águia - aquilino; 
anel - anular; 
astro - sideral; 
bexiga - vesical; 
bispo - episcopal; 
cabeça - cefálico; 
chumbo - plúmbeo; 
chuva - pluvial; 
cinza - cinéreo; 
cobra - colubrino, ofídico; 
dinheiro - pecuniário; 
estômago - gástrico; 
fábrica - fabril; 
fígado - hepático; 
fogo - ígneo; 
guerra - bélico; 
homem - viril; 
inverno - hibernal; 
lago - lacustre; 
lebre - leporino; 
lobo - lupino; 
marfim - ebúrneo, ebóreo; 
memória - mnemônico; 
moeda - monetário, numismático; 
neve - níveo; 
ADJETIVO 
 
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 Página 19 
pedra - pétreo; 
prata - argênteo, argentino, argírico; 
raposa - vulpino; 
rio - fluvial, potâmico; 
rocha - rupestre; 
sonho - onírico; 
sul - meridional, austral; 
tarde - vespertino; 
velho, velhice - senil; 
vidro - vítreo, hialino. 
Quanto à variação dos adjetivos, eles 
apresentam as seguintes características: 
O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X 
honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que 
um adjetivo é masculino ou feminino, e sim que 
tem terminação masculina ou feminina. 
No tocante a número, os adjetivos simples 
formam o plural segundo os mesmos princípios 
dos substantivos simples, em função de sua 
terminação (agradável X agradáveis). Já os 
substantivos utilizados como adjetivos ficam 
invariáveis (blusas cinza). 
Os adjetivos terminados em -OSO, além do 
acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do 
primeiro -o, num processo de metafonia. 
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas 
formas: comparativo e superlativo. 
O grau comparativo refere-se a uma mesma 
qualidade entre dois ou mais seres, duas ou 
mais qualidades de um mesmo ser. Pode ser de 
igualdade: tão alto quanto (como / quão); de 
superioridade: mais alto (do) que (analítico) / 
maior (do) que (sintético) e de inferioridade: 
menos alto (do) que. 
O grau superlativo exprime qualidade em grau 
muito elevado ou intenso. 
O superlativo pode ser classificado como 
absoluto, quando a qualidade não se refere à de 
outros elementos. Pode ser analítico (acréscimo 
de advérbio de intensidade) ou sintético (-
íssimo, -érrimo, -ílimo). (muito alto X altíssimo) 
O superlativo pode ser também relativo, 
qualidade relacionada, favorável ou 
desfavoravelmente, à de outros elementos. 
Pode ser de superioridade analítico (o mais alto 
de/dentre), de superioridade sintético (o maior 
de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto 
de/dentre). 
São superlativos absolutos sintéticos 
eruditos da língua portuguesa: 
acre - acérrimo; 
alto - supremo, sumo; 
amável - amabilíssimo; 
amigo - amicíssimo; 
baixo - ínfimo; 
cruel - crudelíssimo; 
doce - dulcíssimo; 
dócil - docílimo; 
fiel - fidelíssimo; 
frio - frigidíssimo; 
humilde - humílimo; 
livre - libérrimo; 
magro - macérrimo; 
mísero - misérrimo; 
negro - nigérrimo; 
pobre - paupérrimo; 
sábio - sapientíssimo; 
sagrado - sacratíssimo; 
são - saníssimo; 
veloz - velocíssimo. 
Os adjetivos compostos formam o plural da seguinte 
forma: 
têm como regra geral, flexionar o último elemento em 
gênero e número (lentes côncavo-convexas, problemas 
sócio-econômicos); são invariáveis cores em que o 
segundo elemento é um substantivo (blusas azul-
turquesa, bolsas branco-gelo); não variam as locuções 
adjetivas formadas pela expressão cor-de-... (vestidos 
cor-de-rosa); as cores: azul-celeste e azul-marinho são 
invariáveis; em surdo-mudo flexionam-se os dois 
elementos. 
 
Adjetivos - Exercícios com Gabarito 
 
1. Assinale a alternativa em que o adjetivo que 
qualifica o substantivo seja explicativo: 
 
a) dia chuvoso; 
b) água morna; 
c) moça bonita; 
d) fogo quente; 
e) lua cheia. 
 
 
2. Assinale a alternativa que contém o grupo de 
adjetivos gentílicos, relativos a “Japão”, “Três Corações” 
e “Moscou”: 
 
a) Oriental, Tricardíaco, Moscovita; 
b) Nipônico,Tricordiano, Soviético; 
c) Japonês, Trêscoraçoense, Moscovita; 
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d) Nipônico, Tricordiano, Moscovita; 
e) Oriental, Tricardíaco, Soviético. 
 
 
3. Ainda sobre os adjetivos gentílicos, diz-se que 
quem nasce em “Lima”, “Buenos Aires” e 
“Jerusalém” é: 
 
a) Limalho-Portenho-Jerusalense; 
b) Limenho-Bonaerense-Hierosolimita; 
c) Límio-Portenho-Jerusalita; 
d) Limenho-Bonaerense-Jerusalita; 
e) Limeiro-Bonaerense-Judeu; 
 
 
4.No trecho “os jovens estão mais ágeis que 
seus pais”, temos: 
 
a) um superlativo relativo de superioridade; 
b) um comparativo de superioridade; 
c) um superlativo absoluto; 
d) um comparativo de igualdade. 
e) um superlativo analítico de ágil. 
 
 
5. Relacione a 1ª coluna à 2ª: 
 
1 - água de chuva ( ) Fluvial 
2 - olho de gato ( ) Angelical 
3 - água de rio ( ) Felino 
4 - Cara-de-anjo ( ) Pluvial 
 
 
Assim temos: 
 
a) 1 – 4 – 2 – 3; 
b) 3 – 2 – 1 – 4; 
c) 3 – 1 – 2 – 4; 
d) 3 – 4 – 2 – 1; 
e) 4 – 3 – 1 – 2. 
 
 
6. Nas orações “Esse livro é melhor que aquele” 
e “Este livro é mais lindo que aquele”, Há os 
graus comparativos: 
 
a) de superioridade, respectivamente sintético e 
analítico; 
b) de superioridade, ambos analíticos; 
c) de superioridade, ambos sintéticos; 
d) relativos; 
e) superlativos. 
 
 
7. Selecione a alternativa que completa 
corretamente as lacunas da frase apresentada: 
“Os acidentados foram encaminhados a 
diferentes clínicas ____________________” . 
 
a) médicas-cirúrgicas; 
b) médica-cirúrgicas; 
c) médico-cirúrgicas; 
d) médicos-cirúrgicas; 
e) médica-cirúrgicos. 
 
 
8.Sabe-se que a posição do adjetivo, em relação ao 
substantivo, pode ou não mudar o sentido do enunciado. 
Assim, nas frases “Ele é um homem pobre” e “Ele é um 
pobre homem”. 
 
a) 1ª fala de um sem recursos materiais; a 2ª fala de um 
homem infeliz; 
b) a 1ª fala de um homem infeliz; a 2ª fala de um homem 
sem recursos materiais; 
c) em ambos os casos, o homem é apenas infeliz, sem 
fazer referência a questões materiais; 
d) em ambos os casos o homem é apenas desprovido 
de recursos; 
e) o homem é infeliz e desprovido de recursos materiais, 
em ambas. 
 
 
9.O item em que a locução adjetiva não corresponde ao 
adjetivo dado é: 
 
a) hibernal - de inverno; 
b) filatélico - de folhas; 
c) discente - de alunos; 
d) docente - de professor; 
e) onírico - de sonho. 
 
 
10. Assinale a alternativa em que todos os adjetivos têm 
uma só forma para os dois gêneros: 
 
a) andaluz, hindu, comum; 
b) europeu, cortês, feliz; 
c) fofo, incolor, cru; 
d) superior, agrícola, namorador; 
e) exemplar, fácil, simples. 
 
 
GABARITO 
 
1. D 
2. D 
3. B 
4. B 
5. D 
6. A 
7. C 
8. A 
9. B 
10. E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Página 21 
 
 
 
É palavra variável em gênero, número e 
pessoa que substitui ou acompanha um 
substantivo, indicando-o como pessoa do 
discurso. 
 
A diferença entre pronome substantivo e 
pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer 
tipo de pronome, podendo variar em função do 
contexto frasal. Assim, o pronome substantivo é 
aquele que substitui um substantivo, 
representando-o. (Ele prestou socorro). Já o 
pronome adjetivo é aquele que acompanha um 
substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é 
belo). Os pronomes pessoais são sempre 
substantivos. 
 
Quanto às pessoas do discurso, a língua 
portuguesa apresenta três pessoas: 
1ª pessoa - aquele que fala, emissor; 
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor; 
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, 
referente. 
 
Pronome pessoal: 
 
Indicam uma das três pessoas do 
discurso, substituindo um substantivo. Podem 
também representar, quando na 3ª pessoa, uma 
forma nominal anteriormente expressa (A moça 
era a melhor secretária, ela mesma agendava os 
compromissos do chefe). 
A seguir um quadro com todas as formas do 
pronome pessoal: 
 
 
Pronomes pessoais 
Número Pessoa 
Pronomes 
retos 
Pronomes 
oblíquos 
Átonos Tônicos 
singular 
primeira 
segunda 
terceira 
eu 
tu 
ele, ela 
me 
te 
o, a, 
lhe, se 
mim, 
comigo 
ti, 
contigo 
ele, ela, 
si, 
consigo 
plural 
primeira 
segunda 
terceira 
nós 
vós 
eles, elas 
nos 
vos 
os, as, 
lhes, 
se 
nós, 
conosco 
vós, 
convosc
o 
eles, 
elas, si, 
consigo 
Os pronomes pessoais apresentam variações de 
forma dependendo da função sintática que exercem na 
frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, 
normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, 
geralmente, de complemento. 
 
Os pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos 
de preposição. Em comigo, contigo, conosco e 
convosco, a preposição com já é parte integrante do 
pronome. 
 
Os pronomes de tratamento estão enquadrados 
nos pronomes pessoais. São empregados como 
referência à pessoa com quem se fala (2ª pessoa), 
entretanto, a concordância é feita com a 3ª pessoa. 
Também são considerados pronomes de tratamento as 
formas você, vocês (provenientes da redução de Vossa 
Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita. 
 
Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a, os, 
as completam verbos que não vêm regidos de 
preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das 
preposições a ou para (não expressas). 
 
Apesar de serem usadas pouco, as formas mo, 
to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão de dois 
objetos, representados por pronomes oblíquos (Ninguém 
mo disse = ninguém o disse a mim). 
 
Os pronomes átonos o, a, os e as viram lo(a/s), 
quando associados a verbos terminados em r, s ou z e 
viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo 
nasal. 
 
Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos 
desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo 
no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir 
e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as 
chorando). 
 
A forma você, atualmente, é usada no lugar da 
2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular quanto no plural, 
levando o verbo para a 3ª pessoa. 
 
Já as formas de tratamento serão precedidas de 
Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à pessoa e de 
Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na 
abreviatura o V. pelo S. 
 
Quando precedidos de preposição, os pronomes 
retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como 
oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos de 
preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um 
verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para mim 
fazer). 
 
PRONOME 
 
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 Página 22 
Os pronomes acompanhados de só ou 
todos, ou seguido de numeral, assumem forma 
reta e podem funcionar como objeto direto 
(Estava só ele no banco / Encontramos todos 
eles). 
Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter 
valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem 
ter valor reflexivo e recíproco. 
 
As formas si e consigo têm valor 
exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª 
pessoa. Já conosco e convosco devem aparecer 
na sua forma analítica (com nós e com vós) 
quando vierem com modificadores (todos, 
outros, mesmos, próprios, numeral ou oração 
adjetiva). 
 
Os pronomes pessoais retos podem 
desempenhar função de sujeito, predicativo do 
sujeito ou vocativo, este último com tu e vós 
(Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / 
Ó, tu, Senhor Jesus). 
 
Quanto ao uso das preposições junto 
aos pronomes, deve-se saber que não se pode 
contrair as preposições de e em com pronomes 
que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, 
desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui). 
 
Os pronomes átonos podem assumir 
valor possessivo (Levaram-me o dinheiro / 
Pesavam-lhe os olhos), enquanto alguns átonos 
são partes integrantes de verbos como suicidar-
se, apiedar-se, condoer-se, ufanar-se, queixar-
se, vangloriar-se. 
 
Já os pronomes oblíquos podem ser usados 
como expressão expletiva (Não me venha com 
essa). 
 
Pronome possessivo: 
 
Fazem referência às pessoas do discurso, 
apresentando-as como possuidoras de algo. 
Concordam em gênero e número com a coisa 
possuída. 
 
São pronomes possessivos da língua 
portuguesa as formas: 
1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s); 
2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s); 
3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s). 
 
Quanto ao emprego, normalmente, vem 
antes do nome a que se refere; podendo, 
também, vir depois do substantivo que 
determina. Neste último caso, pode até alterar o 
sentido da frase. 
 
O uso do possessivo seu (a/s) pode 
causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se 
preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria 
estava trancada em sua casa - casa de quem?); pode 
também indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 
40 anos). 
 
Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem 
valor de posse por ser uma alteração fonética de 
Senhor. 
 
Pronome demonstrativo: 
Indicam posição de algo em relação às pessoas do 
discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço. São: este 
(a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso 
e aquilo são invariáveis e se empregam exclusivamente 
como substitutos de substantivos. 
As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) 
podem desempenhar papel de pronome demonstrativo. 
Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos 
apresentam-se da seguinte maneira: 
uso dêitico, indicando localização no espaço - este 
(aqui), esse (aí) e aquele (lá); 
uso dêitico, indicando localização temporal - este 
(presente), esse (passado próximo) e aquele (passado 
remoto ou bastante vago); 
uso anafórico, em referência ao que já foi ou será dito - 
este (novo enunciado) e esse (retoma informação);o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a 
aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence); 
tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse (a), 
este (a) ou aquele (a) e semelhante, quando anteposto 
ao substantivo a que se refere e equivalente a "aquele", 
"idêntico" (O problema ainda não foi resolvido, tal 
demora atrapalhou as negociações / Não brigue por 
semelhante causa); 
mesmo e próprio são demonstrativos, se precedidos de 
artigo, quando significarem "idêntico", "igual" ou "exato". 
Concordam com o nome a que se referem (Separaram 
crianças de mesmas séries); 
como referência a termos já citados, os pronomes 
aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e 
segunda ocorrências, respectivamente, em apostos 
distributivos (O médico e a enfermeira estavam calados: 
aquele amedrontado e esta calma / ou: esta calma e 
aquele amedrontado); 
pode ocorrer a contração das preposições a, de, em 
com os pronomes demonstrativos (Não acreditei no que 
estava vendo / Fui àquela região de montanhas / Fez 
alusão à pessoa de azul e à de branco); 
podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, 
dependendo do contexto frasal (Ele estava com aquela 
paciência / Aquilo é um marido de enfeite); 
nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados com 
valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso, ela entrou 
triunfante - nisso = advérbio). 
 
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Pronome relativo: 
Retoma um termo expresso anteriormente 
(antecedente) e introduz uma oração 
dependente, adjetiva. 
Os pronome nomes demonstrativos apresentam-
se da seguinte maneira: mento, armamentomes 
relativos são: que, quem e onde - invariáveis; 
além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s). 
Os relativos são chamados relativos indefinidos 
quando são empregados sem antecedente 
expresso (Quem espera sempre alcança / Fez 
quanto pôde). 
Quanto ao emprego, observa-se que os relativos 
são usados quando: 
o antecedente do relativo pode ser 
demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os 
que lêem ou não); 
como relativo, quanto refere-se ao antecedente 
tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava) 
quem será precedido de preposição se estiver 
relacionado a pessoas ou seres personificados 
expressos; 
quem = relativo indefinido quando é empregado 
sem antecedente claro, não vindo precedido de 
preposição; 
cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de 
posse e não concorda com o antecedente e sim 
com seu conseqüente. Ele tem sempre valor 
adjetivo e não pode ser acompanhado de artigo. 
Pronome indefinido: 
Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando 
considerada de modo vago, impreciso ou 
genérico, representando pessoas, coisas e 
lugares. Alguns também podem dar idéia de 
conjunto ou quantidade indeterminada. Em 
função da quantidade de pronomes indefinidos, 
merece atenção sua identificação. 
São pronomes indefinidos de: 
pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem; 
lugares: onde, algures, alhures, nenhures; 
pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo, 
tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), 
nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), 
pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), 
cada. 
Sobre o emprego dos indefinidos devemos 
atentar para: 
algum, após o substantivo a que se refere, 
assume valor negativo (= nenhum) (Computador 
algum resolverá o problema); 
cada deve ser sempre seguido de um 
substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas 
cada uma); 
alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome 
a que estiverem se referindo, passam a ser adjetivos. 
(Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos / 
Comprei várias balas de sabores vários) 
bastante pode vir como adjetivo também, se estiver 
determinando algum substantivo, unindo-se a ele por 
verbo de ligação (Isso é bastante para mim); 
o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa"; 
o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, 
pode equivaler a advérbio (Ele não está nada contente 
hoje); 
o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, 
pode equivaler a advérbio (Ele não está nada contente 
hoje); 
existem algumas locuções pronominais indefinidas - 
quem quer que, o que quer, seja quem for, cada um etc. 
todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem 
artigo (Toda cidade parou para ver a banda ≠ Toda a 
cidade parou para ver a banda). 
Pronome interrogativo: 
São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto 
usados na formulação de uma pergunta direta ou 
indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso. (Quantos 
livros você tem? / Não sei quem lhe contou). 
Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando 
voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi tudo?). 
 
 
Pronomes: Exercícios com GABARITO 
 
 
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta o emprego 
correto do pronome, de acordo com a norma culta: 
a) O diretor mandou eu entrar na sala. 
b) Preciso falar consigo o mais rápido possível. 
c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei. 
d) Ele só sabe elogiar a si mesmo. 
e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles. 
 
 
2. (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no 
emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto 
da língua: 
a) Ele entregou um texto para mim corrigir. 
b) Para mim, a leitura está fácil. 
c) Isto é para eu fazer agora. 
d) Não saia sem mim. 
e) Entre mim e ele há uma grande diferença. 
 
 
3. (U-UBERLÂNDIA) Assinale o tratamento dado ao 
reitor de uma Universidade: 
a) Vossa Senhoria 
b) Vossa Santidade 
c) Vossa Excelência 
d) Vossa Magnificência 
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e) Vossa Paternidade 
 
 
4. (BB) Colocação incorreta: 
a) Preciso que venhas ver-me. 
b) Procure não desapontá-lo. 
c) O certo é fazê-los sair. 
d) Sempre negaram-me tudo. 
e) As espécies se atraem. 
 
5. (EPCAR) Imagine o pronome entre 
parênteses no lugar devido e aponte onde não 
deve haver próclise: 
 
 
a) Não entristeças. (te) 
b) Deus favoreça. (o) 
c) Espero que faças justiça. (se) 
d) Meus amigos, apresentem em posição de 
sentido. (se) 
e) Ninguém faça de rogado. (se) 
 
 
6. (TTN) Assinale a frase em que a colocação do 
pronome pessoal oblíquo não obedece às 
normas do português padrão: 
 
 
a. Essas vitórias pouco importam; alcançaram-
nas os que tinham mais dinheiro. 
b. Entregaram-me a encomenda ontem, resta 
agora a vocês oferecerem-na ao chefe. 
c. Ele me evitava constantemente!... Ter-lhe-iam 
falado a meu respeito? 
d. Estamos nos sentido desolados: temos 
prevenido-o várias vezes e ele não nos escuta. 
e. O Presidente cumprimentou o Vice dizendo: - 
Fostes incumbido de difícil missão, mas 
cumpriste-la com denodo e eficiência. 
 
 
7. (FTU) A frase em que a colocação do 
pronome átono está em desacordo com as 
normas vigentes no português padrão do Brasil 
é: 
 
 
a) A ferrovia integrar-se-á nos demais sistemas 
viários. 
b) A ferrovia deveria-se integrar nos demais 
sistemas viários. 
c) A ferrovia não tem se integrado nos demais 
sistemas viários. 
d) A ferrovia estaria integrando-se nos demais 
sistemas viários. 
e) A ferrovia não consegue integrar-se nos 
demais sistemas viários. 
 
 
8. (FFCL-SANTO ANDRÉ) Assinale a alternativa 
correta: 
 
 
a) A solução agradou-lhe. 
b) Eles diriam-se injuriados. 
c) Ninguém conhece-me bem. 
d) Darei-te o que quiseres. 
e) Quem contou-te isso? 
 
 
9. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal que 
contraria a norma culta: 
 
 
a) Ter-me-ão elogiado. 
b) Tinha-se lembrado. 
c) Teria-me lembrado. 
d) Temo-nos esquecido. 
e) Tenho-me alegrado. 
 
 
10. (MACK) A colocação do pronome oblíquo está 
incorreta em: 
 
 
a) Para não aborrecê-lo, tive de sair. 
b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda. 
c) Não me submeterei aos seus caprichos. 
d) Ele me olhou algum tempo comovido. 
e) Não a vi quando entrou. 
 
 
GABARITO: 
1. D 
2. A 
3. D 
4. D 
5. D 
6. D7. B 
8. A 
9. C 
10. B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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É a palavra variável que exprime um 
acontecimento representado no tempo, seja 
ação, estado ou fenômeno da natureza. 
Os verbos apresentam três conjugações. 
Em função da vogal temática, podem-se criar 
três paradigmas verbais. De acordo com a 
relação dos verbos com esses paradigmas, 
obtém-se a seguinte classificação: 
regulares: seguem o paradigma verbal de sua 
conjugação; 
irregulares: não seguem o paradigma verbal da 
conjugação a que pertencem. As irregularidades 
podem aparecer no radical ou nas desinências 
(ouvir - ouço/ouve, estar - estou/estão); 
Entre os verbos irregulares, destacam-se os 
anômalos que apresentam profundas 
irregularidades. São classificados como 
anômalos em todas as gramáticas os verbos ser 
e ir. 
defectivos: não são conjugados em 
determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - 
no presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 
2ª pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se 
em três grupos: impessoais, unipessoais (vozes 
ou ruídos de animais, só conjugados nas 3ª 
pessoas) por eufonia ou possibilidade de 
confusão com outros verbos; 
abundantes - apresentam mais de uma forma 
para uma mesma flexão. Mais freqüente no 
particípio, devendo-se usar o particípio regular 
com ter e haver; já o irregular com ser e estar 
(aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei 
aceitado ≠ é/está aceito); 
auxiliares: juntam-se ao verbo principal 
ampliando sua significação. Presentes nos 
tempos compostos e locuções verbais; 
certos verbos possuem pronomes pessoais 
átonos que se tornam partes integrantes deles. 
Nesses casos, o pronome não tem função 
sintática (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se 
etc.); 
formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu 
canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do 
radical - nós cantaríamos). 
Quanto à flexão verbal, temos: 
número: singular ou plural; 
pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª; 
tempo: referência ao momento em que se fala 
(pretérito, presente ou futuro). O modo 
imperativo só tem um tempo, o presente; 
voz: ativa, passiva e reflexiva; 
modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), 
subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um 
fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa 
ordem, advertência ou pedido). 
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e 
particípio) não possuem função exclusivamente verbal. 
Infinitivo é antes substantivo, o particípio tem valor e 
forma de adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao 
adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime. 
Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes 
valores: 
presente do indicativo: indica um fato real situado no 
momento ou época em que se fala; 
presente do subjuntivo: indica um fato provável, 
duvidoso ou hipotético situado no momento ou época 
em que se fala; 
pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real 
cuja ação foi iniciada e concluída no passado; 
pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real 
cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída 
ou era uma ação costumeira no passado; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato 
provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada 
mas não concluída no passado; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um 
fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada; 
futuro do presente do indicativo: indica um fato real 
situado em momento ou época vindoura; 
futuro do pretérito do indicativo: indica um fato 
possível, hipotético, situado num momento futuro, mas 
ligado a um momento passado; 
futuro do subjuntivo: indica um fato provável, 
duvidoso, hipotético, situado num momento ou época 
futura; 
Quanto à formação dos tempos, os chamados tempos 
simples podem ser primitivos (presente e pretérito 
perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal) e 
derivados: 
São derivados do presente do indicativo: 
pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do presente 
+ VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) + Desinência número 
pessoal (DNP); 
presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa singular do 
presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) + DNP; 
Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de "ei" na 1ª 
pessoa do plural (passeio, mas passeemos). 
imperativo negativo (todo derivado do presente do 
subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª pessoas vêm 
do presente do indicativo sem S, as demais também 
vêm do presente do subjuntivo). 
 
VERBO 
 
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São derivados do pretérito perfeito do 
indicativo: 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: TEMA 
do perfeito + RA + DNP; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: TEMA do 
perfeito + SSE + DNP; 
futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + 
DNP. 
São derivados do infinitivo impessoal: 
futuro do presente do indicativo: TEMA do 
infinitivo + RA + DNP; 
futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA + 
DNP; 
infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (-
ES - 2ª pessoa, -MOS, -DES, -EM) 
gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO; 
particípio regular: infinitivo impessoal sem 
vogal temática (VT) e R + ADO (1ª conjugação) 
ou IDO (2ª e 3ª conjugação). 
Quanto à formação, os tempos compostos da 
voz ativa constituem-se dos verbos auxiliares 
TER ou HAVER + particípio do verbo que se 
quer conjugar, dito principal. 
No modo Indicativo, os tempos compostos 
são formados da seguinte maneira: 
pretérito perfeito: presente do indicativo do 
auxiliar + particípio do verbo principal (VP) 
[Tenho falado]; 
pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito 
do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Tinha 
falado); 
futuro do presente: futuro do presente do 
indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei 
falado); 
futuro do pretérito: futuro do pretérito indicativo 
do auxiliar + particípio do VP (Teria falado). 
No modo Subjuntivo a formação se dá da 
seguinte maneira: 
pretérito perfeito: presente do subjuntivo do 
auxiliar + particípio do VP (Tenha falado); 
pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do 
subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse 
falado); 
futuro composto: futuro do subjuntivo do 
auxiliar + particípio do VP (Tiver falado). 
Quanto às formas nominais, elas são 
formadas da seguinte maneira: 
infinitivo composto: infinitivo pessoal ou 
impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter 
falado / Teres falado); 
gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + particípio do 
VP (Tendo falado). 
O modo subjuntivo apresenta três pretéritos, sendo o 
imperfeito na forma simples e o perfeito e o mais-que-
perfeito nas formas compostas. Não há presente 
composto nem pretérito imperfeito composto 
Quanto às vozes, os verbos apresentam a voz: 
ativa: sujeito é agente da ação verbal; 
passiva: sujeito é paciente da ação verbal; 
A voz passiva pode ser analítica ou sintética: 
analítica: - verbo auxiliar + particípio do verbo principal; 
sintética: na 3ª pessoa do singular ou plural + SE 
(partícula apassivadora); 
reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação verbal. 
Também pode ser recíproca ao mesmo tempo 
(acréscimo de SE = pronome reflexivo, variável em 
função da pessoa do verbo); 
Na transformação da voz ativa na passiva, a variação 
temporal é indicada pelo auxiliar (ser na maioria das 
vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o 
trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pretérito 
perfeito do indicativo) / O vento ia levando as folhas - As 
folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o 
gerúndio do verbo principal). 
Alguns verbos da língua portuguesa apresentam 
problemas de conjugação. A seguir temos uma lista, 
seguida de comentários sobre essas dificuldades de 
conjugação. 
Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do singular 
do presente do indicativo, por isso não possui presentedo subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, 
colorir, delinqüir, demolir, descomedir-se, emergir, 
exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir) 
Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo 
- acudo, acodes... e pretérito perfeito do indicativo - com 
u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar 
(defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no 
presente do indicativo 
Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - 
adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, 
divergir, ferir, sugerir) 
Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo - 
ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, 
restringir, transigir, urgir) 
Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo 
- agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem (= 
prevenir, progredir, regredir, transgredir) / Aguar 
(regular) - presente do indicativo - águo, águas..., - 
pretérito perfeito do indicativo - agüei, aguaste, aguou, 
aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, 
minguar) 
Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo, 
aprazes, apraz... / pretérito perfeito do indicativo - 
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aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, 
aprouvestes, aprouveram 
Argüir (irregular com alternância vocálica o/u) - 
presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi, 
argüimos, argüis, argúem - pretérito perfeito - 
argüi, argüiste... (com trema) 
Atrair (irregular) - presente do indicativo - atraio, 
atrais... / pretérito perfeito - atraí, atraíste... (= 
abstrair, cair, distrair, sair, subtrair) 
Atribuir (irregular) - presente do indicativo - 
atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, 
atribuem - pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, 
atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, excluir, 
instruir, possuir, usufruir) 
Averiguar (alternância vocálica o/u) - presente 
do indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú), 
averigua (ú), averiguamos, averiguais, 
averiguam (ú) - pretérito perfeito - averigüei, 
averiguaste... - presente do subjuntivo - 
averigúe, averigúes, averigúe... (= apaziguar) 
Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, 
ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito 
perfeito indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, 
ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: 
falsear, passear... - alguns apresentam 
pronúncia aberta: estréio, estréia...) 
Coar (irregular) - presente do indicativo - côo, 
côas, côa, coamos, coais, coam - pretérito 
perfeito - coei, coaste, coou... (= abençoar, 
magoar, perdoar) / Comerciar (regular) - 
presente do indicativo - comercio, comercias... - 
pretérito perfeito - comerciei... (= verbos em -iar , 
exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, 
remediar, incendiar, odiar) 
Compelir (alternância vocálica e/i) - presente do 
indicativo - compilo, compeles... - pretérito 
perfeito indicativo - compeli, compeliste... 
Compilar (regular) - presente do indicativo - 
compilo, compilas, compila... - pretérito perfeito 
indicativo - compilei, compilaste... 
Construir (irregular e abundante) - presente do 
indicativo - construo, constróis (ou construis), 
constrói (ou construi), construímos, construís, 
constroem (ou construem) - pretérito perfeito 
indicativo - construí, construíste... 
Crer (irregular) - presente do indicativo - creio, 
crês, crê, cremos, credes, crêem - pretérito 
perfeito indicativo - cri, creste, creu, cremos, 
crestes, creram - imperfeito indicativo - cria, 
crias, cria, críamos, críeis, criam 
Falir (defectivo) - presente do indicativo - 
falimos, falis - pretérito perfeito indicativo - fali, 
faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, 
renhir) 
Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância 
vocálica e/i) - presente do indicativo - frijo, 
freges, frege, frigimos, frigis, fregem - pretérito perfeito 
indicativo - frigi, frigiste... 
Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais, vai, 
vamos, ides, vão - pretérito perfeito indicativo - fui, 
foste... - presente subjuntivo - vá, vás, vá, vamos, vades, 
vão 
Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo, jazes... - 
pretérito perfeito indicativo - jazi, jazeste, jazeu... 
Mobiliar (irregular) - presente do indicativo - mobílio, 
mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam - 
pretérito perfeito indicativo - mobiliei, mobiliaste... / 
Obstar (regular) - presente do indicativo - obsto, 
obstas... - pretérito perfeito indicativo - obstei, obstaste... 
Pedir (irregular) - presente do indicativo - peço, pedes, 
pede, pedimos, pedis, pedem - pretérito perfeito 
indicativo - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir) / 
Polir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - 
pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pretérito 
perfeito indicativo - poli, poliste... 
Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do 
indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos - pretérito 
perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te... / Prover 
(irregular) - presente do indicativo - provejo, provês, 
provê, provemos, provedes, provêem - pretérito perfeito 
indicativo - provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) 
- presente do indicativo - reavemos, reaveis - pretérito 
perfeito indicativo - reouve, reouveste, reouve... (verbo 
derivado do haver, mas só é conjugado nas formas 
verbais com a letra v) 
Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, 
remis - pretérito perfeito indicativo - remi, remiste... 
Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, 
requeres... - pretérito perfeito indicativo - requeri, 
requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo 
dele na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo 
e no pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo 
regular) 
Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, ri, rimos, 
rides, riem - pretérito perfeito indicativo - ri, riste... (= 
sorrir) 
Saudar (alternância vocálica) - presente do indicativo - 
saúdo, saúdas... - pretérito perfeito indicativo - saudei, 
saudaste... 
Suar (regular) - presente do indicativo - suo, suas, sua... 
- pretérito perfeito indicativo - suei, suaste, sou... (= 
atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar) 
Valer (irregular) - presente do indicativo - valho, vales, 
vale... - pretérito perfeito indicativo - vali, valeste, valeu... 
Também merecem atenção os seguintes verbos 
irregulares: 
Pronominais: Apiedar-se, dignar-se, persignar-se, 
precaver-se 
 
 
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Caber 
presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, 
cabemos, cabeis, cabem; 
presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, 
caibamos, caibais, caibam; 
pretérito perfeito do indicativo: coube, 
coubeste, coube, coubemos, coubestes, 
couberam; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
coubera, couberas, coubera, coubéramos, 
coubéreis, couberam; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse, 
coubesses, coubesse, coubéssemos, 
coubésseis, coubessem; 
futuro do subjuntivo: couber, couberes, 
couber, coubermos, couberdes, couberem. 
Dar 
presente do indicativo: dou, dás, dá, damos, 
dais, dão; 
presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, 
deis, dêem; 
pretérito perfeito do indicativo: dei, deste, 
deu, demos, destes, deram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
dera, deras, dera, déramos, déreis, deram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, 
desses, desse, déssemos, désseis, dessem; 
futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, 
derdes, derem. 
Dizer 
presente do indicativo: digo, dizes, diz, 
dizemos, dizeis, dizem; 
presente do subjuntivo: diga, digas, diga, 
digamos, digais, digam; 
pretérito perfeito do indicativo: disse, 
disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, 
disseram; 
futuro do presente:direi, dirás, dirá, etc.; 
futuro do pretérito: diria, dirias, diria, etc.; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: dissesse, 
dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, 
dissessem; 
futuro do subjuntivo: disser, disseres, disser, 
dissermos, disserdes, disserem; 
Seguem esse modelo os derivados bendizer, 
condizer, contradizer, desdizer, maldizer, 
predizer. 
Os particípios desse verbo e seus derivados são 
irregulares: dito, bendito, contradito, etc. 
Estar 
presente do indicativo: estou, estás, está, estamos, 
estais, estão; 
presente do subjuntivo: esteja, estejas, esteja, 
estejamos, estejais, estejam; 
pretérito perfeito do indicativo: estive, estiveste, 
esteve, estivemos, estivestes, estiveram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: estivera, 
estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis, estiveram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: estivesse, 
estivesses, estivesse, estivéssemos, estivésseis, 
estivessem; 
futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, estiver, 
estivermos, estiverdes, estiverem; 
Fazer 
presente do indicativo: faço, fazes, faz, fazemos, 
fazeis, fazem; 
presente do subjuntivo: faça, faças, faça, façamos, 
façais, façam; 
pretérito perfeito do indicativo: fiz, fizeste, fez, 
fizemos, fizestes, fizeram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fizera, 
fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse, fizesses, 
fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem; 
futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos, 
fizerdes, fizerem. 
Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e satisfazer. 
Os particípios desse verbo e seus derivados são 
irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc. 
Haver 
presente do indicativo: hei, hás, há, havemos, haveis, 
hão; 
presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, 
hajais, hajam; 
pretérito perfeito do indicativo: houve, houveste, 
houve, houvemos, houvestes, houveram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: houvera, 
houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, houveram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: houvesse, 
houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, 
houvessem; 
futuro do subjuntivo: houver, houveres, houver, 
houvermos, houverdes, houverem. 
Ir 
presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, 
vão; 
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presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, 
vades, vão; 
pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia, 
íamos, íeis, iam; 
pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, 
fomos, fostes, foram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, 
fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem; 
futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, 
fordes, forem. 
Poder 
presente do indicativo: posso, podes, pode, 
podemos, podeis, podem; 
presente do subjuntivo: possa, possas, possa, 
possamos, possais, possam; 
pretérito perfeito do indicativo: pude, pudeste, 
pôde, pudemos, pudestes, puderam; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, 
puderam; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse, 
pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, 
pudessem; 
futuro do subjuntivo: puder, puderes, puder, 
pudermos, puderdes, puderem. 
Pôr 
presente do indicativo: ponho, pões, põe, 
pomos, pondes, põem; 
presente do subjuntivo: ponha, ponhas, 
ponha, ponhamos, ponhais, ponham; 
pretérito imperfeito do indicativo: punha, 
punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham; 
pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste, 
pôs, pusemos, pusestes, puseram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, 
puseram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse, 
pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, 
pusessem; 
futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser, 
pusermos, puserdes, puserem. 
Todos os derivados do verbo pôr seguem 
exatamente esse modelo: antepor, compor, 
contrapor, decompor, depor, descompor, dispor, 
expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, 
predispor, pressupor, propor, recompor, repor, 
sobrepor, supor, transpor são alguns deles. 
Querer 
presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, 
quereis, querem; 
presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, 
queiramos, queirais, queiram; 
pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, 
quisemos, quisestes, quiseram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, 
quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, 
quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, 
quisessem; 
futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, 
quisermos, quiserdes, quiserem; 
Saber 
presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, 
sabeis, sabem; 
presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, 
saibamos, saibais, saibam; 
pretérito perfeito do indicativo: soube, soubeste, 
soube, soubemos, soubestes, souberam; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: soubera, 
souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: soubesse, 
soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, 
soubessem; 
futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber, 
soubermos, souberdes, souberem. 
Ser 
presente do indicativo: sou, és, é, somos, sois, são; 
presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, sejamos, 
sejais, sejam; 
pretérito imperfeito do indicativo: era, eras, era, 
éramos, éreis, eram; 
pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, 
fostes, foram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, 
fora, fôramos, fôreis, foram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, 
fosse, fôssemos, fôsseis, fossem; 
futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, 
forem. 
As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê 
(tu) e sede (vós). 
Ter 
presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos, 
tendes, têm; 
presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha, 
tenhamos, tenhais, tenham; 
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pretérito imperfeito do indicativo: tinha, 
tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham; 
pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste, 
teve, tivemos, tivestes, tiveram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: tivesse, 
tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, 
tivessem; 
futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, 
tivermos, tiverdes, tiverem. 
Seguem esse modelo os verbos ater, conter, 
deter, entreter, manter, reter. 
Trazer 
presente do indicativo: trago, trazes, traz, 
trazemos, trazeis, trazem; 
presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, 
tragamos, tragais, tragam; 
pretérito perfeito do indicativo: trouxe, 
trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, 
trouxeram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, 
trouxéreis, trouxeram; 
futuro do presente: trarei, trarás, trará, etc.; 
futuro do pretérito: traria, trarias, traria, etc.; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, 
trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, 
trouxésseis, trouxessem; 
futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, 
trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem. 
Ver 
presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, 
vedes, vêem; 
presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, 
vejamos, vejais, vejam; 
pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, 
vimos, vistes, viram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira, 
viras, vira, víramos, víreis, viram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, 
visses, visse, víssemos, vísseis, vissem; 
futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, 
virdes, virem. 
Seguem esse modelo os derivados antever, 
entrever, prever, rever. Prover segue o modelo 
acima apenas no presente do indicativo e seustempos derivados; nos demais tempos, 
comporta-se como um verbo regular da segunda 
conjugação. 
Vir 
presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, 
vindes, vêm; 
presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, 
venhamos, venhais, venham; 
pretérito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas, vinha, 
vínhamos, vínheis, vinham; 
pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, 
viemos, viestes, vieram; 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: viera, 
vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram; 
pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, 
viesse, viéssemos, viésseis, viessem; 
futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, 
vierdes, vierem; 
particípio e gerúndio: vindo. 
Seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-
se, intervir, provir, sobrevir. 
O emprego do infinitivo não obedece a regras bem 
definidas. 
O impessoal é usado em sentido genérico ou indefinido, 
não relacionado a nenhuma pessoa, o pessoal refere-se 
às pessoas do discurso, dependendo do contexto. 
Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for 
necessário dar à frase maior clareza e ênfase. 
Usa-se o impessoal: 
sem referência a nenhum sujeito: É proibido fumar na 
sala; 
nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua situação; 
quando o infinitivo exerce função de complemento de 
adjetivos: É um problema fácil de solucionar; 
quando o infinitivo possui valor de imperativo - Ele 
respondeu: "Marchar!" 
Usa-se o pessoal: 
quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da 
oração principal: Eu não te culpo por saíres daqui; 
quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar 
a pessoa do sujeito: Foi um erro responderes dessa 
maneira; 
quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª 
pessoa do plural): - Escutei baterem à porta. 
 
Verbos: Exercícios com GABARITO 
 
1. Há verbos chamados abundantes, porque têm mais 
de uma forma, especialmente para o particípio, como 
expulso e expulsado. Assinale o par em que os dois 
verbos não têm os dois particípios no uso corrente da 
língua: 
 
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a) aceitar – acender; 
b) fazer – ver; 
c) emitir – incorrer; 
d) soltar – romper; 
e) prender – extinguir. 
 
 
2. Os períodos que possuem verbos auxiliares: 
 
 
I - É mister trabalharmos mais. 
II - Já vem raiando a madrugada. 
III. Ela ficava filosofando, ao contemplar as 
estrelas. 
 
 
a) I e II; 
b) II e III; 
c) I e III; 
d) I, II e III; 
e) nenhum possui verbo auxiliar. 
 
 
3. Em “ _____ como se tivéssemos vivido 
sempre juntos”, a forma verbal está no: 
 
 
a) imperfeito do subjuntivo; 
b) futuro do presente composto; 
c) mais-que-perfeito composto do indicativo; 
d) mais-que-perfeito composto do subjuntivo; 
e) futuro composto do subjuntivo. 
 
 
4. Assinale a alternativa correta quanto ao uso 
de verbos abundantes: 
 
a) foi elegido pelas mulheres, apesar de haver 
eleito a maioria dos homens; 
b) por haver aceitado as condições do acordo, 
seus documentos foram entregues ao escrivão; 
c) antes de chover, ele tinha cobrido o carro; 
d) tem fazido muito calor ultimamente; 
e) por ter morto um animal indefeso, o caçador 
foi matado pelos índios. 
 
 
5. “Acredito que Maria tenha feito a lição”, 
passando-se a oração sublinhada para a voz 
passiva, o verbo ficará assim: 
 
 
a) foi feita; 
b) tenha sido feita; 
c) esteja sendo feita; 
d) tenha estado feita; 
e) seja feita. 
 
 
6. Transportando para a voz passiva a frase “eu 
estava revendo, naquele momento, as provas 
tipográficas do livro”, obtém-se a forma verbal . . . 
 
 
a) ia revendo; 
b) estava sendo revisto; 
c) seriam revistas; 
d) comecei a rever; 
e) estavam sendo revistas. 
 
 
7. Assinale a alternativa que contém voz passiva: 
a) tínhamos apresentado diversas opções; 
b) dorme-se bem naquele hotel; 
c) precisa-se de gerentes de vendas; 
d) difundia-se o boato de que haveria racionamento; 
e) N. R. A 
 
 
8. Transportando para a voz ativa a oração “os sócios 
foram convocados para uma reunião”. Obtém-se 
a forma verbal: 
a) convocaram-se; 
b) convocaram; 
c) convocar-se-ia; 
d) haviam sido convocados; 
e) haverão de ser convocados. 
 
 
9. Transpondo para a voz ativa a frase “O processo deve 
ser revisto pelos dois funcionários”, obtém-se a forma 
verbal: 
 
 
a) deve-se rever; 
b) devem rever; 
c) será revisto; 
d) reverão; 
e) rever-se-á. 
 
 
10. Complete as frases abaixo com o presente do 
subjuntivo dos verbos indicados entre parênteses: 
 
 
A) Como os preços baixaram, é necessário que nós 
________ o orçamentos (refaz); 
B) É importante que nossa tentativa _______ o esforço 
(valer); 
C) Convém que ele ______ um novo acordo (propor); 
D) Para que não nomeemos é necessário que nós 
_________ o que elas pensam (saber); 
E) Espero que todos os responsáveis _________ a 
culpa (assumir). 
a) refaçamos - valha - proponha - saibamos - assumam; 
b) refazemos - valha - proponham - sabemos - 
assumam; 
c) refaçamos - valham - proponha - soubemos - 
assumem; 
d) refazemos - valha - proponha - saibamos - assumam; 
e) N.D.A. 
 
 
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11. Assinale a alternativa em que todas as 
formas verbais pedidas estejam certas: 
 
Haver (presente subjuntivo, 1ª pessoa do 
singular); 
Crer (presente indicativo, 3ª pessoa do plural); 
Passear (presente subjuntivo, 2ª pessoa do 
plural). 
 
a) haja – crêem – passeeis; 
b) haje – crêm – passeieis; 
c) haje – creem – passeais; 
d) hajai – creim – passeiais; 
e) haja – creiem – passeies. 
 
 
12. “As linhas ______ para um ponto e depois 
se ______ no infinito”. 
 
a) convergem – esvão; 
b) convirgem – esvaem; 
c) convergem – esvaiem; 
d) convergem – esvaem; 
e) convirgem – esvão. 
 
 
13. Assinale a alternativa que completa 
corretamente os espaços em branco: 
“É preciso que _______ novidades 
interessantes que _____ e ______ ao mesmo 
tempo”. 
 
a) surjam – divertem – instruam; 
b) surjam – divirtam – instruam; 
c) surjam – divirtam – instruem; 
d) surgem – divertem – instruem; 
e) surgem – divirtam – instruam. 
 
 
14. Considere as frases: 
 
1) “Eles querem que nós (fazer) o trabalho”. 
2) “Fazemos esforços para que todos (caber) na 
sala”. 
 
 
Flexionando corretamente os verbos indicados, 
teremos: 
 
a) façamos – cabem; 
b) fazemos – caibam; 
c) fazemos – coubessem; 
d) façamos – caberem; 
e) façamos – caibam. 
 
 
15. Assinale a frase em que há erro de 
conjugação verbal: 
 
a) os esportes entretêm a quem os pratica; 
b) ele antevira o desastre; 
c) só ficarei tranqüilo quando vir o resultado; 
d) eles se desavinham freqüentemente; 
e) ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes. 
 
 
16. Das frases que seguem, uma traz errado emprego 
da forma verbal. Assinale-a: 
 
a) cumpre teus deveres, e terás a consciência tranquila; 
c) nada do que se possui com gosto se perde sem 
desconsolação; 
d) não voltes atrás, pois é fraqueza desistir-se da coisa 
começada; 
e) dizia Rui Barbosa: “Fazeis o que vos manda a 
consciência, e não fazeis o que convém ao apetites. 
 
 
17. Assinale o item que contém as formas verbais 
corretas: 
 
a) reouve – intervi; 
b) reouve – intervim; 
c) rehouve – intervim; 
d) reavi – intervi; 
e) rehavi – intervim. 
 
 
18. Que alternativa contém as palavras adequadas para 
o preenchimento das lacunas? 
 
“Do lugar de onde eles ________, _______ diversas 
romarias”. 
 
a) provém – afluem; 
b) provém – aflue; 
c) provém – aflui; 
d) provêem – afluem; 
e) provêm – afluem. 
 
 
19. A frase “Procure compreender seus pais” está na 3ª 
pessoa do singular. Passando-a à 2ª pessoa do singular, 
teremos: 
 
a) procuras compreender vossos pais; 
b) procurai compreender teus pais; 
c) procura compreender seus pais; 
d) procura compreender teus pais; 
e) N.R.A. 
 
 
20. Assinale a alternativa que completa corretamente a 
frase abaixo. Observe que na primeira lacuna a forma 
verbal é do imperativo afirmativo e, na segunda,a forma 
verbal é do imperativo negativo. Além disso, note que é 
a forma verbal “Vencerás” que determina a pessoa 
gramatical a ser usada nas duas formas do imperativo. 
 
 
“ ________, não _________ e vencerás” 
 
 
a) lute – desista; 
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b) lutai – desisti; 
c) luta – desistas; 
d) lutas – desiste; 
e) lutai – desista. 
 
 
21. A relação dos verbos que completam, 
convenientemente e em correspondência com 
as frases, as respectivas com lacunas: 
 
 
1 - “eles ______ melhor, sentados aqui” 
2 - “todos ainda ______ nisso” 
3 - “este produto ______ os mesmos fatores” 
 
 
a) vêm – creêm – contém; 
b) vêem – crêm – contém; 
c) vêem – crêem – contém; 
d) vêm – crêem – contém; 
e) vêem – crêem – contêm. 
 
 
22. “Se você _________ e o seu amigo 
________ talvez você __________ os seus 
bens”. 
 
a) requisesse – intervisse – reavesse; 
b) requeresse – intervisse – reavessse; 
c) requeresse – interviesse – reouvesse; 
d) requeresse – interviesse – reavesse; 
e) requisesse – intervisse – reouvesse. 
 
 
23. “No desempenho de tuas funções, ________ 
atencioso com todos, _________ ser útil sempre 
e não _________ as tuas responsabilidades”. 
 
 
a) sê – procure – negue; 
b) seja – procura – negue; 
c) seja – procure – negues; 
d) sê – procura – negues; 
e) seja – procura – negues. 
 
 
24. “Caso __________ realmente interessado, 
ele não ___________ de falar”. 
 
a) estiver – haja; 
b) esteja – houvesse; 
c) estivesse – haveria; 
d) estivesse – havia; 
e) estiver – houver. 
 
 
25. Assinale a alternativa que completa 
corretamente a seguinte frase: “Quando 
_________ mais aperfeiçoado, o computador 
certamente ___________ um eficiente meio de 
controle de toda a vida social”. 
 
a) estivesse – será; 
b) estiver – seria; 
c) esteja – era; 
d) estivesse – era; 
e) estiver – será. 
 
 
26.O modo verbal que expressa uma atitude duvidosa, 
incerta é o: 
 
a) indicativo; 
b) imperativo; 
c) subjuntivo; 
d) imperativo e subjuntivo; 
e) N. D. A. 
 
 
27. Aponte a alternativa, em que a segunda forma está 
incorreta como plural da primeira: 
 
a) tu ris – vós rides; 
b) ele lê – eles lêem; 
c) ele tem – eles têm; 
d) ele vem – eles vêem; 
e) eu ceio – nós ceamos. 
 
 
28. Assinale a alternativa que completa adequadamente 
a frase: “__________ em ti, mas nem sempre 
___________ dos outros”. 
 
 
a) creias - duvides; 
b) crê - duvidas; 
c) creais - duvidas; 
d) creia - duvide; 
e) crê - duvides. 
 
 
29. Se ele ________ (ver) o nosso trabalho 
__________(fazer) um elogio 
 
a) ver – fará; 
b) visse – fará; 
c) ver – fazerá; 
d) vir – fará; 
e) vir – faria. 
 
 
30. É importante que vocês ____________ se eles não 
se ______________ durante o depoimento”. 
 
a) averiguem – contradisseram; 
b) averiguem – contradizeram; 
c) averigúem – contradisseram; 
d) averíguem – contradisseram; 
e) averigúem – contradizeram, 
 
 
31. “Não me tragam estéticas !” – As formas da 2ª 
pessoa do imperativo negativo e afirmativo de trazer 
são: 
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b) não traga, não tragai-traga – trazei; 
c) não tragas, não tragais – traze-trazei; 
d) não tragas, não tragais – traga-tragai; 
e) não traze, não trazei – traga – tragais. 
 
 
32. Observando a correlação temporal entre a 
forma verbal destacada na frase e a forma 
verbal que você iria colocar no espaço, complete 
as frases abaixo: 
 
 
A - teremos amigos quando nós _______ ricos 
(ficar) 
B - teríamos amigos, se nós __________ ricos 
(ficar) 
C - tínhamos amigos quando nós ________ 
ricos (ser) 
D - tivemos amigos quando nós _________ 
ricos (ser) 
E - temos amigos enquanto __________ ricos 
(ser) 
 
 
a) ficamos – ficássemos – seremos – seremos – 
somos; 
b) ficamos – ficarmos – fomos – somos – fomos; 
c) fiquemos – ficássemos – éramos – somos – 
somos; 
d) ficarmos – ficamos – somos – fumos – samos; 
e) ficarmos – ficássemos – éramos – fomos – 
samos. 
 
 
33. Observando a correlação temporal, assinale 
a alternativa que completa a frase: “Era provável 
que eles ______ hoje”. 
 
a) virão; 
b) venham; 
c) viessem; 
d) vêem; 
e) vinham. 
 
 
34. Assinale a frase em que está correta a 
correlação verbal: 
 
a) se você interferisse, ele faria o trabalho 
sozinho; 
b) se você não interferir, ele fazia o trabalho 
sozinho; 
c) se você não interferir, ele faria o trabalho 
sozinho; 
d) se você não interfere, ele fazia o trabalho 
sozinho; 
e) se você não interferisse ele faz o trabalho 
sozinho. 
 
 
35. Diz a regra: “exprimindo embora o resultado 
de uma ação acabada, o particípio não indica por si 
próprio se a ação em causa é presente, passada ou 
futura. Só o contexto a que pertence pode precisar sua 
relação temporal”. Nos exemplos seguintes: 
 
 
I - desenterrada a batata, só nos restava assá-la. 
II - desenterrada a batata, só nos resta assá-la. 
III - desenterrada á batata, só nos restará assá-la. 
 
 
A mesma forma expressa ação passada, presente e 
futura, respectivamente em: 
a) I, II, III; 
b) II, III, I; 
c) III, II, I; 
d) I, III, II; 
e) II, I, III. 
 
GABARITO 
 
1. C 
2. B 
3. D 
4. B 
5. B 
6. E 
7. D 
8. B 
9. B 
10. A 
11. A 
12. D 
13. B 
14. E 
15. E 
16. E 
17. B 
18. E 
19. D 
20. C 
21. C 
22. C 
23. D 
24. C 
25. E 
26. C 
27. D 
28. E 
29. D 
30. C 
31. C 
32. E 
33. C 
34. A 
35. A 
 
 
 
 
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Português 
 
 Página 35 
 
 
 
Precede o substantivo para determiná-
lo, mantendo com ele relação de concordância. 
Assim, qualquer expressão ou frase fica 
substantivada se for determinada por artigo (O 
'conhece-te a ti mesmo' é conselho sábio). Em 
certos casos, serve para assinalar gênero e 
número (o/a colega, o/os ônibus). 
Os artigos podem ser classificado em: 
definido - o, a, os, as - um ser claramente 
determinado entre outros da mesma espécie; 
indefinido - um, uma, uns, umas - um ser 
qualquer entre outros de mesma espécie; 
Podem aparecer combinados com preposições 
(numa, do, à, entre outros). 
Quanto ao emprego do artigo: 
não é obrigatório seu uso diante da maioria dos 
substantivos, podendo ser substituído por outra 
palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ 
este rapaz / Lera numa revista que mulher fica 
mais gripada que homem). Nesse sentido, 
convém omitir o uso do artigo em provérbios e 
máximas para manter o sentido generalizante 
(Tempo é dinheiro / Dedico esse poema a 
homem ou a mulher?); 
não se deve usar artigo depois de cujo e suas 
flexões; 
outro, em sentido determinado, é precedido de 
artigo; caso contrário, dispensa-o (Fiquem dois 
aqui; os outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; 
outros conversavam); 
não se usa artigo diante de expressões de 
tratamento iniciadas por possessivos, além das 
formas abreviadas frei, dom, são, expressões de 
origem estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sóror 
ou sóror; 
é obrigatório o uso do artigo definido entre o 
numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo 
a que se refere (ambos os cônjuges); 
diante do possessivo (função de adjetivo) o uso 
é facultativo; mas se o pronome for substantivo, 
torna-se obrigatório (os [seus] planos foram 
descobertos, mas os meus ainda estão em 
segredo); 
omite-se o artigo definido antes de nomes de 
parentesco precedidos de possessivo (A moça 
deixou a casa a sua tia); 
antes de nomes próprios personativos, não se 
deve utilizar artigo. O seu uso denota 
familiaridade, por isso é geralmente usado antes 
de apelidos. Os antropônimos são determinados 
pelo artigo se usados no plural (os Maias, Os Homeros); 
geralmente dispensado depois de cheirar a, saber a (= 
ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim / isto sabe a 
vinho); 
não se usa artigo diante das palavras casa (= lar, 
moradia), terra (= chão firme) e palácio a menos que 
essas palavras sejam especificadas (venho de casa / 
venho da casa paterna);na expressão uma hora, significando a primeira hora, o 
emprego é facultativo (era perto de / da uma hora). Se 
for indicar hora exata, à uma hora (como qualquer 
expressão adverbial feminina); 
diante de alguns nomes de cidade não se usa artigo, a 
não ser que venham modificados por adjetivo, locução 
adjetiva ou oração adjetiva (Aracaju, Sergipe, Curitiba, 
Roma, Atenas); 
usa-se artigo definido antes dos nomes de estados 
brasileiros. Como não se usa artigo nas denominações 
geográficas formadas por nomes ou adjetivos, 
excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE, SC, SP e SE; 
expressões com palavras repetidas repelem artigo (gota 
a gota / face a face); 
não se combina com preposição o artigo que faz parte 
de nomes de jornais, revistas e obras literárias, bem 
como se o artigo introduzir sujeito (li em Os Lusíadas / 
Está na hora de a onça beber água); 
depois de todo, emprega-se o artigo para conferir idéia 
de totalidade (Toda a sociedade poderá participar / toda 
a cidade ≠ toda cidade). "Todos" exige artigo a não ser 
que seja substituído por outro determinante (todos os 
familiares / todos estes familiares); 
repete-se artigo: a) nas oposições entre pessoas e 
coisas (o rico e o pobre) / b) na qualificação antonímica 
do mesmo substantivo (o bom e o mau ladrão) / c) na 
distinção de gênero e número (o patrão e os operários / 
o genro e a nora); 
não se repete artigo: a) quando há sinonímia indicada 
pela explicativa ou (a botânica ou fitologia) / b) quando 
adjetivos qualificam o mesmo substantivo (a clara, 
persuasiva e discreta exposição dos fatos nos abalou). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTIGO 
 
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Numeral é a palavra que indica 
quantidade, número de ordem, múltiplo ou 
fração. Classifica-se como cardinal (1, 2, 3), 
ordinal (primeiro, segundo, terceiro), 
multiplicativo (dobro, duplo, triplo), fracionário 
(meio, metade, terço). Além desses, ainda há os 
numerais coletivos (dúzia, par). 
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar 
valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem 
acompanhando e modificando um substantivo, 
terão valor adjetivo. Já se estiverem substituindo 
um substantivo e designando seres, terão valor 
substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar. 
(valor adjetivo) / Ele será o primeiro desta vez. 
(valor substantivo)]. 
Quanto ao emprego: 
os ordinais como último, penúltimo, 
antepenúltimo, respectivos... não possuem 
cardinais correspondentes. 
os fracionários têm como forma própria meio, 
metade e terço, todas as outras representações 
de divisão correspondem aos ordinais ou aos 
cardinais seguidos da palavra avos (quarto, 
décimo, milésimo, quinze avos); 
designando séculos, reis, papas e capítulos, 
utiliza-se na leitura ordinal até décimo; a partir 
daí usam-se os cardinais. (Luís XIV - quatorze, 
Papa Paulo II - segundo); 
Se o numeral vier antes do substantivo, será 
obrigatório o ordinal (XX Bienal - vigésima, IV 
Semana de Cultura - quarta); 
zero e ambos(as) também são numerais 
cardinais. 14 apresenta duas formas por extenso 
catorze e quatorze; 
a forma milhar é masculina, portanto não existe 
"algumas milhares de pessoas" e sim alguns 
milhares de pessoas; 
alguns numerais coletivos: grosa (doze dúzias), 
lustro (período de cinco anos), sesquicentenário 
(150 anos); 
um: numeral ou artigo? Nestes casos, a 
distinção é feita pelo contexto. 
Numeral indicando quantidade e artigo quando 
se opõe ao substantivo indicando-o de forma 
indefinida. 
Quanto à flexão, varia em gênero e número: 
variam em gênero: 
Cardinais: um, dois e os duzentos a 
novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos 
e fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva em 
relação ao substantivo. 
variam em número: 
Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os 
multiplicativos, quando têm função adjetiva; os 
fracionários, dependendo do cardinal que os antecede. 
Os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se 
terminarem por som vocálico (Tirei dois dez e três 
quatros). 
 
 
 
 
 
É a palavra que modifica o sentido do verbo 
(maioria), do adjetivo e do próprio advérbio (intensidade 
para essas duas classes). Denota em si mesma uma 
circunstância que determina sua classificação: 
lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures; 
tempo: breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, 
ainda; 
modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos 
adv. com sufixo -mente; 
negação: não, qual nada, tampouco, absolutamente; 
dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura, 
possivelmente; 
intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, 
demais, tão; 
afirmação: sim, certamente, deveras, com efeito, 
realmente, efetivamente. 
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque 
(de causa), quanto (classificação variável) e quando (de 
tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou 
indiretas, são classificadas como advérbios 
interrogativos (queria saber onde todos dormirão / 
quando se realizou o concurso). 
Onde, quando, como, se empregados com antecedente 
em orações adjetivas são advérbios relativos (estava 
naquela rua onde passavam os ônibus / ele chegou na 
hora quando ela ia falar / não sei o modo como ele foi 
tratado aqui). 
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de 
preposição + substantivo - à direita, à frente, à vontade, 
de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira 
alguma, de manhã, de repente, de vez em quando, em 
breve, em mão (em vez de "em mãos") etc. São 
classificadas, também, em função da circunstância que 
expressam. 
Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria das 
palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar 
variações de grau comparativo ou superlativo. 
NUMERAL 
 
ADVÉRBIO 
 
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 Página 37 
Comparativo: 
igualdade - tão + advérbio + quanto 
superioridade - mais + advérbio + (do) que 
inferioridade - menos + advérbio + (do) que 
Superlativo: 
sintético - advérbio + sufixo (-íssimo) 
analítico - muito + advérbio. 
Bem e mal admitem grau comparativo de 
superioridade sintético: melhor e pior. As formas 
mais bem e mais mal são usadas diante de 
particípios adjetivados. (Ele está mais bem 
informado do que eu). Melhor e pior podem 
corresponder a mais bem / mal (adv.) ou a mais 
bom / mau (adjetivo). 
 
Quanto ao emprego: 
três advérbios pronominais indefinidos de lugar 
vão caindo em desuso: algures, alhures e 
nenhures, substituídos por em algum, em outro 
e em nenhum lugar; 
na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo 
diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume 
valor superlativo absoluto sintético (cedinho / 
pertinho). A repetição de um mesmo advérbio 
também assume valor superlativo (saiu cedo, 
cedo); 
quando os advérbios terminados em -mente 
estiverem coordenados, é comum o uso do 
sufixo só no último (Falou rápida e 
pausadamente); 
muito e bastante podem aparecer como 
advérbio (invariável) ou pronome indefinido 
(variável - determina substantivo); 
otimamente e pessimamente são superlativos 
absolutos sintéticos de bem e mal, 
respectivamente; 
adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis 
(terminaram rápido o trabalho / ele falou claro). 
As palavras denotativas são séries de palavras 
que se assemelham ao advérbio. A Norma 
Gramatical Brasileira considera-as apenas como 
palavras denotativas, não pertencendo a 
nenhuma das 10 classes gramaticais. 
Classificam-se em função da idéia que 
expressam: 
adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e 
ainda queria mais); 
afastamento: embora (Foi embora daqui); 
afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente 
(Ainda bem que passei de ano); 
aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca 
de, por volta de etc. (É quase 1h a pé); 
designação: eis (Eis nosso carro novo); 
exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, 
exclusive,exceto, senão, sequer, apenas etc. (Todos 
saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real); 
explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários 
livros, a saber, os clássicos); 
inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc. 
(Eu também vou / Falta tudo, até água); 
limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. 
(Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa); 
realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá 
sabe essa questão?); 
retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. 
(Somos três, ou melhor, quatro); 
situação: então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, 
quem perguntaria a ele?). 
 
 
 
 
É a palavra invariável que liga dois termos entre 
si, estabelecendo relação de subordinação entre o termo 
regente e o regido. São antepostos aos dependentes 
(objeto indireto, complemento nominal, adjuntos e 
orações subordinadas). Divide-se em: 
essenciais (maioria das vezes são preposições): a, 
ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, 
per, perante, por, sem, sob, sobre, trás; 
acidentais (palavras de outras classes que podem 
exercer função de preposição): afora, conforme (= de 
acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, 
segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa 
de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os 
heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante 
meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu 
durante a viagem). 
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos 
tônicos; enquanto preposições acidentais regem as 
formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre 
ti/Todos, exceto eu, vieram). 
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de 
advérbio (ou locução adverbial) + preposição - abaixo 
de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, 
apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto 
de, perto de, até a, a par de, devido a. 
Observa-se que a última palavra da locução prepositiva 
é sempre uma preposição, enquanto a última palavra de 
uma locução adverbial nunca é preposição. 
Quanto ao emprego, as preposições podem ser 
usadas em: 
combinação: preposição + outra palavra sem perda 
fonética (ao/aos); 
PREPOSIÇÃO 
 
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 Página 38 
contração: preposição + outra palavra com 
perda fonética (na/àquela); 
não se deve contrair de se o termo seguinte for 
sujeito (Está na hora de ele falar); 
a preposição após, pode funcionar como 
advérbio (= atrás) (Terminada a festa, saíram 
logo após.); 
trás, atualmente, só se usa em locuções 
adverbiais e prepositivas (por trás, para trás por 
trás de). 
Quanto à diferença entre pronome pessoal 
oblíquo, preposição e artigo, deve-se observar 
que a preposição liga dois termos, sendo 
invariável, enquanto o pronome oblíquo substitui 
um substantivo. Já o artigo antecede o 
substantivo, determinando-o. 
As preposições podem estabelecer as seguintes 
relações: isoladamente, as preposições são 
palavras vazias de sentido, se bem que algumas 
contenham uma vaga noção de tempo e lugar. 
Nas frases, exprimem diversas relações: 
autoria - música de Caetano 
lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa 
tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em uma 
hora, viajei durante as férias 
modo ou conformidade - chegar aos gritos, 
votar em branco 
causa - tremer de frio, preso por vadiagem 
assunto - falar sobre política 
fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar 
instrumento - escrever a lápis, ferir-se com a 
faca 
companhia - sair com amigos / meio - voltar a 
cavalo, viajar de ônibus 
matéria - anel de prata, pão com farinha 
posse - carro de João 
oposição - Flamengo contra Fluminense 
conteúdo - copo de (com) vinho 
preço - vender a (por) R$ 300, 00 
origem - descender de família humilde 
especialidade - formou-se em Medicina 
destino ou direção - ir a Roma, olhe para 
frente. 
 
INTERJEIÇÃO: 
 
São palavras que expressam estados 
emocionais do falante, variando de acordo com 
o contexto emocional. Podem expressar: 
alegria - ah!, oh!, oba! 
advertência - cuidado!, atenção 
afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô! 
alívio - ufa!, arre! 
animação - coragem!, avante!, eia! 
aplauso - bravo!, bis!, mais um! 
chamamento - alô!, olá!, psit! 
desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui! 
espanto - puxa!, oh!, chi!, ué! 
impaciência - hum!, hem! 
silêncio - silêncio!, psiu!, quieto! 
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que 
horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo! 
 
 
 
 
É a palavra que liga orações basicamente, 
estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação 
ou coordenação). As conjunções classificam-se em: 
Coordenativas, aquelas que ligam duas orações 
independentes (coordenadas), ou dois termos que 
exercem a mesma função sintática dentro da oração. 
Apresentam cinco tipos: 
aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, 
bem como, mas ainda; 
adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, 
todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não obstante, 
apesar disso; 
alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... 
ou, ora ... ora, quer ... quer; 
conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do 
verbo), por conseguinte, por isso; 
explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), 
porque, que, porquanto. 
Subordinativas - ligam duas orações dependentes, 
subordinando uma à outra. Apresentam dez tipos: 
causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, 
desde que; 
Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo 
entre elas alguma relação (subordinação ou 
coordenação). As conjunções classificam-se em: 
comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) 
quanto, (mais ou menos +) que; 
condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo 
se, sem que (= se não), a menos que; 
CONJUNÇÃO 
 
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consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): 
que (precedido de tal, tanto, tão etc. - 
indicadores de intensidade), de modo que, de 
maneira que, de sorte que, de maneira que, sem 
que; 
conformativas (conformidade, adequação): 
conforme, segundo, consoante, como; 
concessiva: embora, conquanto, posto que, por 
muito que, se bem que, ainda que, mesmo que; 
temporais: quando, enquanto, logo que, desde 
que, assim que, mal (= logo que), até que; 
finais - a fim de que, para que, que; 
proporcionais: à medida que, à proporção que, 
ao passo que, quanto mais (+ tanto menos); 
integrantes - que, se. 
As conjunções integrantes introduzem as 
orações subordinadas substantivas, enquanto as 
demais iniciam orações subordinadas 
adverbiais. Muitas vezes a função de interligar 
orações é desempenhada por locuções 
conjuntivas, advérbios ou pronomes. 
 
Exercícios 
 
1. A alternativa que apresenta classes de 
palavras cujos sentidos podem ser modificados 
pelo advérbio são: 
a) adjetivo – advérbio – verbo. 
b) verbo – interjeição – conjunção. 
c) conjunção – numeral – adjetivo. 
d) adjetivo – verbo – interjeição. 
e) interjeição – advérbio – verbo. 
2. Das palavras abaixo, faz plural como 
“assombrações” 
a) perdão. 
b) bênção. 
c) alemão. 
d) cristão. 
e) capitão. 
3. Na oração “Ninguém está perdido se der 
amor…”, a palavra grifada pode ser classificada 
como: 
a) advérbio de modo. 
b) conjunção adversativa. 
c) advérbio de condição. 
d) conjunção condicional. 
e) preposição essencial. 
4. Marque a frase em que o termo destacado 
expressa circunstância de causa: 
a) Quase morri de vergonha. 
b) Agi com calma. 
c) Os mudos falam com as mãos. 
d) Apesar do fracasso, ele insistiu. 
e) Aquela rua é demasiado estreita. 
5. “Enquanto punha o motor em movimento.” O verbo 
destacado encontra-se no: 
a) Presente do subjuntivo. 
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo. 
c) Presente do indicativo. 
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo. 
e) Pretérito imperfeito do indicativo.6. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido: 
a) O soldado amarelo falava muito bem. 
b) Havia muito bichinho ruim. 
c) Fabiano era muito desconfiado. 
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão. 
e) Muito eficiente era o soldado amarelo. 
7 . A flexão do número incorreta é: 
a) tabelião – tabeliães. 
b) melão – melões 
c) ermitão – ermitões. 
d) chão – chãos. 
e) catalão – catalões. 
8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o: 
a) pôr. 
b) adequar. 
c) copiar. 
d) reaver. 
e) brigar. 
9. A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal 
no presente do indicativo é: 
a) reavejo (reaver). 
b) precavo (precaver). 
c) coloro (colorir). 
d) frijo (frigir). 
e) fedo (feder). 
10. A classe de palavras que é empregada para exprimir 
estados emotivos: 
a) adjetivo. 
b) interjeição. 
c) preposição. 
d) conjunção. 
e) advérbio. 
11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho 
menor que o normal, exceto: 
a) saquitel. 
b) grânulo. 
c) radícula. 
d) marmita. 
e) óvulo. 
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 Página 40 
12. Em “Tem bocas que murmuram preces…”, a 
seqüência morfológica é: 
a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-
substantivo. 
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-
verbo-substantivo. 
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-
verbo-adjetivo. 
d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-
substantivo. 
e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-
substantivo. 
13. A alternativa que possui todos os 
substantivos corretamente colocados no plural é: 
a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas. 
b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro. 
c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-
roupas. 
d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas. 
e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor. 
14. “…os cipós que se emaranhavam…” . A 
palavra sublinhada é: 
a) conjunção explicativa. 
b) conjunção integrante. 
c) pronome relativo. 
d) advérbio interrogativo. 
e) preposição acidental. 
15. Indique a frase em que o verbo se encontra 
na 2ª pessoa do singular do imperativo 
afirmativo: 
a) Faça o trabalho. 
b) Acabe a lição. 
c) Mande a carta. 
d) Dize a verdade. 
e) Beba água filtrada. 
16. Em “Escrever é alguma coisa extremamente 
forte, mas que pode me trair e me abandonar.”, 
as palavras grifadas podem ser classificadas 
como, respectivamente: 
a) pronome adjetivo – conjunção aditiva. 
b) pronome interrogativo – conjunção aditiva. 
c) pronome substantivo – conjunção alternativa. 
d) pronome adjetivo – conjunção adversativa. 
e) pronome interrogativo – conjunção alternativa. 
17. Marque o item em que a análise morfológica 
da palavra sublinhada não está correta: 
a) Ele dirige perigosamente – (advérbio). 
b) Nada foi feito para resolver a questão – 
(pronome indefinido). 
c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs – 
(verbo). 
d) A metade da classe já chegou – (numeral). 
e) Os jovens gostam de cantar música moderna – 
(verbo). 
18. Quanto à flexão de grau, o substantivo que difere 
dos demais é: 
a) viela. 
b) vilarejo. 
c) ratazana. 
d) ruela. 
e) sineta. 
19. Está errada a flexão verbal em: 
a) Eu intervim no caso. 
b) Requeri a pensão alimentícia. 
c) Quando eu ver a nova casa, aviso você 
d) Anseio por sua felicidade. 
e) Não pudeste falar. 
20. Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são: 
a) interjeição – advérbio – pronome possessivo. 
b) numeral – substantivo – conjunção. 
c) artigo – pronome demonstrativo – substantivo. 
d) adjetivo – preposição – advérbio. 
e) conjunção – interjeição – preposição. 
21. Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto: 
a) abolir. 
b) colorir. 
c) extorquir. 
d) falir. 
e) exprimir. 
22. O substantivo composto que está indevidamente 
escrito no plural é: 
a) mulas-sem-cabeça. 
b) cavalos-vapor. 
c) abaixos-assinados. 
d) quebra-mares. 
e) pães-de-ló. 
23. A alternativa que apresenta um substantivo 
invariável e um variável, respectivamente, é: 
a) vírus – revés. 
b) fênix – ourives. 
c) ananás – gás. 
d) oásis – alferes. 
e) faquir – álcool. 
24. “Paula mirou-se no espelho das águas”: Esta oração 
contém um verbo na voz: 
a) ativa. 
b) passiva analítica. 
c) passiva pronominal. 
d) reflexiva recíproca. 
e) reflexiva. 
25. O único substantivo que não é sobrecomum é: 
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a) verdugo. 
b) manequim. 
c) pianista. 
d) criança. 
e) indivíduo. 
26. A alternativa que apresenta um verbo 
indevidamente flexionado no presente do 
subjuntivo é: 
a) vade. 
b) valham. 
c) meçais. 
d) pulais. 
e) caibamos. 
27. A alternativa que apresenta uma flexão 
incorreta do verbo no imperativo é: 
a) dize. 
b) faz. 
c) crede. 
d) traze. 
e) acudi. 
28. A única forma que não corresponde a um 
particípio é: 
a) roto. 
b) nato. 
c) incluso. 
d) sepulto. 
e) impoluto. 
29. Na frase: “Apieda-te qualquer sandeu”, a 
palavra sandeu (idiota, imbecil) é um 
substantivo: 
a) comum, concreto e sobrecomum 
b) concreto, simples e comum de dois gêneros. 
c) simples, abstrato e feminino. 
d) comum, simples e masculino 
e) simples, abstrato e masculino. 
30. A alternativa em que não há erro de flexão 
do verbo é: 
a) Nós hemos de vencer. 
b) Deixa que eu coloro este desenho. 
c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu carro. 
d) Eu reavi o meu caderno que estava perdido. 
e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito tempo! 
31. Em “Imaginou-o, assim caído…” a palavra 
destacada, morfologicamente e sintaticamente, 
é: 
a) artigo e adjunto adnominal. 
b) artigo e objeto direto. 
c) pronome oblíquo e objeto direto. 
d) pronome oblíquo e adjunto adnominal. 
e) pronome oblíquo e objeto indireto. 
32. O item em que temos um adjetivo em grau 
superlativo absoluto é: 
a) Está chovendo bastante. 
b) Ele é um bom funcionário. 
c) João Brandão é mais dedicado que o vigia. 
d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição. 
e) João Brandão foi tremendamente inocente. 
33. A alternativa em que o verbo abolir está 
incorretamente flexionado é: 
a) Tu abolirás. 
b) Nós aboliremos. 
c) Aboli vós. 
d) Eu abolo. 
e) Eles aboliram. 
34. A alternativa em que o verbo “precaver” está 
corretamente flexionado é: 
a) Eu precavejo. 
b) Precavê tu. 
c) Que ele precavenha. 
d) Eles precavêm. 
e) Ela precaveu. 
35. A única alternativa em que as palavras são, 
respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo biforme e 
preposição acidental é: 
a) beijo-alegre-durante 
b) remédio-inteligente-perante 
c) feiúra-lúdico-segundo 
d) ar-parco-por 
e) dor-veloz-consoante 
 
GABARITO 
1 A / 2 A / 3 D / 4 A / 5 E / 6 B / 7 E / 8 E / 9 D / 10 B / 11 
D / 12 A / 13 B / 14 C / 15 D / 16 D / 17 C / 18 C / 19 C / 
20 E / 21 E / 22 C / 23 A / 24 E / 25 C / 26 D / 27 B / 28 
D / 29 D / 30 E / 31 C / 32 E / 33 D / 34 E / 35 C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A língua nos possibilita usufruir de seus 
inúmeros recursos para formalizar nossas ideias 
e, consequentemente, proferirmos nosso 
discurso enquanto membros de uma 
comunidade social. Recursos estes apreendidos 
ao longo de nossa experiência e, sobretudo, a 
partir do momento em que estabelecemos 
familiaridade com a linguagem, vista sob o 
padrão formal que a norteia – mais 
precisamente no que concerne aos postulados 
atribuídos pela gramática. 
 
De modo mais esclarecedor, subsidiaremo-nos 
em uma situação comunicativa pautada no 
seguinte discurso: 
 
Marcela era a melhor aluna do colégio. 
 
Notamos que o enunciado linguístico, composto 
de determinados vocábulos, dispostos de 
maneira sequencial, foi perfeitamente 
compreendido pelo interlocutor. Mediante tal 
ocorrência, o emissor tão somente fez uso das 
classes gramaticais para compor seu discurso, 
isto é, aquelas representadas pelos 
substantivos, adjetivos, advérbios, preposições, 
conjunções,dentre outras, explicitamente 
confirmadas em: 
 
Marcela – substantivo próprio 
aluna – substantivo comum, etc. 
 
A referida assertiva foi somente para 
compreendermos acerca do assunto em pauta, 
visto que se trata de determinadas expressões 
que mesmo sendo bastante usuais, não pertencem a 
estas classes gramaticais. Estas, durante algum tempo, 
foram concebidas como advérbios, entretanto, a 
Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), passou a 
classificá-las de acordo com o sentido que expressam, 
denominadas de locuções denotativas. Diante disso, 
vejamo-las, levando em consideração a ideia que 
retratam: 
 
* Adição – ainda, além disso, dentre outras. 
 
Ex: Tive que lhe emprestar o carro e ainda o dinheiro 
para abastecê-lo. 
 
* Afastamento – embora. 
 
O ideal é que você vá embora daqui. 
 
* Afetividade – ainda bem, felizmente, infelizmente. 
 
Ainda bem que irei conhecê-lo em breve. 
 
* Aproximação – cerca de, quase, volta de, etc. 
 
Chegarei por volta de uns trinta minutos. 
 
* Designação – eis. 
 
Eis que seguem anexos os documentos solicitados. 
 
* Exclusão – apesar, apenas, senão, sequer, 
somente, etc. 
 
Marcos sequer se mostrou interessado em voltar. 
 
* Explicação – isto é, por exemplo, a saber, etc. 
 
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O relatório precisa ser retificado, isto é, verificar 
se contém as informações necessárias. 
 
* Inclusão – inclusive, também, até, ainda. 
 
A viagem está marcada para breve, inclusive 
preciso confirmar se você irá conosco. 
 
* Limitação – apenas, somente, unicamente, 
só, etc. 
 
Dentre todos os presentes, apenas ele se 
manifestou. 
 
* Realce – cá, lá, é que, é porque, etc. 
 
Acredito que, cá para nós, não existe solução 
para este caso. 
 
* Retificação – aliás, ou melhor, ou antes, isto 
é, etc. 
 
Você, ou melhor, vocês, poderão acompanhar-
me. 
 
* Situação – afinal, então, se, agora, etc. 
 
Afinal, os turistas gostaram ou não do passeio? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Frase, oração e período: 
 
Frase é a expressão de um pensamento 
completo. Pode ter verbo ou não. 
 
Se a frase tiver verbo, será oração ou período. 
 
Exemplos: 
Frase sem verbo: Socorro! 
Frase com verbo: Há muito tempo que não 
chove. 
Enquanto na língua falada a frase é 
caracterizada pela entonação; na língua escrita, 
a entonação é reduzida a sinais de pontuação. 
 
Quanto aos tipos de frase, além da classificação 
em verbais e nominais, feita a partir de seus 
elementos constituintes, elas podem ser 
classificadas a partir de seu sentido global: 
 
 frases interrogativas: o emissor da 
mensagem formula uma pergunta. 
Que queres fazer? 
 
 frases imperativas: o emissor da 
mensagem dá uma ordem ou faz um 
pedido. 
Dê-me uma mãozinha! — Faça-o sair! 
 
 frases exclamativas: o emissor 
exterioriza um estado afetivo. 
Que dia difícil! 
 
 frases declarativas: o emissor constata 
um fato. 
Ele já chegou. 
 
 
Quanto à estrutura, as frases que 
contêm verbos são formadas por uma ou mais 
orações. A oração tem como elementos 
essenciais: sujeito e predicado. 
 
A oração, às vezes, é sinônimo de frase e de 
período simples. Isso ocorre quando encerra um 
pensamento completo e vem limitada por ponto-
final, ponto de interrogação, ponto de 
exclamação e por reticências. 
 
Um vulto cresce na escuridão. 
Clarissa se encolhe. 
É Vasco! 
 
Acima, temos três orações que encerram ideias 
completas, portanto correspondem a três períodos 
simples e, simultaneamente, a três frases. 
 
Obs.: frase e período têm sentido completo; oração 
pode não ter sentido completo. 
 
Observe que em “Convém / que te apresses.” há duas 
orações, mas uma só frase, pois somente o conjunto 
das duas é que traduz um pensamento completo. 
 
Outra definição para oração é “a frase ou parte da frase 
que se organiza ao redor de um verbo”. A oração possui 
sempre um verbo (ou locução verbal), que implica na 
existência de um predicado, que pode ou não estar 
ligado a um sujeito. 
 
Assim, a oração é caracterizada pela presença de um 
verbo. Dessa forma: 
 
“Rua!” é uma frase, mas não é uma oração. 
 
Já em “Quero/ a rosa mais linda que houver/, para 
enfeitar a noite do meu bem.” (“A noite do meu bem” – 
Milton Nascimento), temos uma frase e três orações. 
 
Cada uma dessas três orações não são frases, pois, em 
si mesmas, não satisfazem um propósito comunicativo; 
são, portanto, partes da frase, ou três orações de um 
período composto. 
 
Quanto ao período, é uma frase constituída por uma ou 
mais orações, formando um todo, com sentido completo. 
O período pode ser simples ou composto. 
 
 Período simples é aquele constituído por 
apenas uma oração, que recebe o nome de 
oração absoluta. 
Chove. 
A existência é frágil. 
Os homens sensíveis pedem amor sincero às 
mulheres de opinião. 
Quero uma linda rosa. 
 
 Período composto é aquele constituído por 
duas ou mais orações. 
 
“Quando você foi embora/, fez-se noite em meu viver.” 
(“Travessia” – Milton Nascimento) 
Cantei/, dancei/ e depois dormi. 
 
2. Sintaxe do período simples 
 
Os termos da oração 
 
Os termos que estruturam uma oração podem ser 
essenciais, integrantes e acessórios. Todos eles, 
mesmo os acessórios, concorrem para a estrutura 
semântica da unidade de comunicação. 
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Termos essenciais: sujeito e predicado. 
 
Termos integrantes: complementos verbais, 
complemento nominal e agente da passiva. 
 
Termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto 
adverbial e aposto. 
 
 
 
 
 
- Classificação do sujeito. 
- Classificação do predicado. 
- Transitividade verbal. 
 
 
 
 
Termos essenciais da oração: 
 
Sujeito – é o termo de que se faz uma 
declaração contida no predicado; 
• é o termo da oração com o qual o verbo 
concorda em número e pessoa; 
• é o ser de quem se declara algo; 
• é “o ponto de partida da enunciação linguística 
constituída pela oração”. 
 
Classificações do sujeito: 
 
Determinado, indeterminado e oração sem 
sujeito. Sujeito determinado – o sujeito será 
determinado quando for possível identificar que 
elemento da oração funciona como sujeito. 
Encontra-se o sujeito perguntando “quem faz o 
que o verbo diz?” 
Roberto aprendeu a nadar. (quem aprendeu?) 
Alguém bateu à porta. (quem bateu?) 
(eu) Aprendi as notas musicais. (quem 
aprendeu?) 
Adultos e crianças participaram do evento. 
(quem participou?) 
 
O sujeito determinado pode ser: 
 
1. Simples – contém apenas um núcleo. 
Um robô viajará para a Estação Espacial. 
Todos concordaram com a ementa da palestra. 
 
2. Composto – contém dois ou mais núcleos. 
Pai e filho eram duas faces da mesma moeda. 
Cartazes, filmes, fotografias também são 
meios de comunicação. 
 
3. Implícito (ou oculto) – não está expresso na 
oração, mas é reconhecido pela desinência (terminação) 
verbal. 
 
(nós) Concordamos com suas ideias. 
(eu) Não entendi a questão. 
 
Sujeito indeterminado – o sujeito da oração será 
indeterminado quando não estiver expresso, e nenhum 
outro termo fornecer elementos para o seu 
reconhecimento. Note que, embora não seja conhecido, 
existe quem pratique a ação verbal. 
 
Pode-se construir o sujeito indeterminado de duas 
maneiras: 
a) colocando-se o verbo na 3ª pessoa do singular, 
acompanhado do pronome se, que receberá a 
denominação de índice de indeterminação do sujeito. 
 
Precisa-se de carpinteiros. 
Dorme-se bem melhor no inverno. 
b) Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural. 
Dizem que pintar é uma boa distração. 
Consertaram a placa de sinalização. 
Oração sem sujeito – apesar de o sujeitoser um termo 
essencial, há orações constituídas apenas de predicado, 
pois não existe quem pratique a ação verbal. 
 
São as orações formadas com os seguintes verbos: 
a) haver, significando “existir”, “acontecer”, 
“realizar-se” e “fazer”. 
Há muitos sonegadores ainda impunes. (existem) 
Houve algum problema com você? (aconteceu) 
Houve uma grande festa no feriado. (realizou-se) 
Há muitos anos que não a vejo. (faz) 
b) fazer, ser e estar indicando “tempo transcorrido” 
ou “tempo relativo a fenômeno da natureza”. 
Faz dias que o carteiro não aparece. 
Era cedo quando ele chegou. 
Estava um dia chuvoso. 
 
c) verbos que exprimem fenômeno da natureza: 
gear, nevar, chover, ventar, trovejar, 
relampejar, anoitecer, etc. 
Choveu muito ontem. 
Anoitecia lentamente. 
Geou na serra gaúcha. 
Os verbos das orações sem sujeito chamam-se 
impessoais. Eles são usados na 3ª pessoa do singular 
e, se acompanhados de verbos auxiliares, transmitem a 
eles a sua impessoalidade. 
Faz cinco anos que me formei. 
Vai fazer cinco anos que me formei. 
 
Obs.: Os verbos que exprimem fenômeno da natureza, 
quando usados em sentido figurado, deixam de ser 
impessoais e a oração deixa de ser sem sujeito. 
Já amanheci cansado. (sujeito simples: eu) 
Chovem denúncias sobre gente importante. (sujeito 
simples: denúncias) 
 
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Predicado – é a parte da oração que contém a 
informação nova para o ouvinte; 
– é o termo da oração que contém o verbo e que 
exprime aquilo que se declara a respeito do 
sujeito; 
– é a declaração que se faz sobre o sujeito. 
 
Obs.: Há casos (com verbos impessoais) em 
que a oração não possui sujeito. No entanto, 
como a oração é 
estruturada em torno de um verbo (expresso ou 
elíptico) e ele está contido no predicado, é 
impossível existir uma oração sem predicado. 
Ex.: Os retirantes fogem da seca. 
 sujeito predicado 
 
Choveu muito no sul do país. 
sem sujeito predicado 
 
Classificações do predicado: 
 
Verbal, nominal e verbo-nominal. 
 
Predicado verbal – o núcleo da declaração está 
num verbo significativo, ou seja, um verbo que 
transmite uma 
ideia ao interlocutor, pois tem um conteúdo 
semântico próprio: correr, pular, sorrir, estudar, 
comprar, gostar, amar, vender, abrir, acender, 
apagar, ferir, etc. 
 
Os homens sensíveis pedem amor sincero às 
mulheres de opinião. 
 
Predicado nominal – o núcleo da declaração 
está no nome que é ligado ao sujeito por meio 
de um verbo de ligação. Esse núcleo semântico, 
que complementa o verbo de ligação, chama-se 
predicativo do sujeito. 
Ex.: A existência é frágil. 
 
Sujeito: a existência 
Predicado nominal: é frágil 
Verbo de ligação: é 
Predicativo do sujeito: frágil 
Predicado verbo-nominal – a declaração 
apresenta dois núcleos (duas informações 
importantes): uma expressa pelo verbo 
significativo; outra, pelo nome (que pode referir-
se ao sujeito – predicativo do sujeito – ou ao 
objeto – predicativo do objeto) 
 
Exemplos: 
O professor chegou + O professor estava 
nervoso = O professor chegou nervoso. 
 
Sujeito: O professor 
Predicado verbo-nominal: chegou nervoso 
Núcleo verbal: chegou 
Núcleo nominal: nervoso (predicativo do 
sujeito) 
O diretor achou o candidato + O candidato era fraco =O 
diretor achou o candidato fraco. 
 
Sujeito: O diretor 
Predicado verbo-nominal: achou o candidato fraco 
Verbo transitivo: achou 
Objeto: o candidato 
Predicativo do objeto: fraco 
Note que o predicativo completa um verbo de ligação 
(expresso ou subentendido). O verbo de ligação, por si 
mesmo, nada informa a respeito do sujeito; ele apenas 
liga o sujeito ao predicativo. 
 
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, andar, 
ficar, parecer, comparecer, continuar, etc., quando 
expressam estado. 
 
Note: Ele anda nervoso. – verbo de ligação 
Ele anda de bicicleta. – verbo significativo 
 
 
Transitividade verbal. 
 
 
Termos integrantes da oração: 
 
São os termos que se juntam a determinadas estruturas 
(verbos ou nomes) para torná-las completas. 
Classificam-se em: objeto direto, objeto indireto, 
complemento nominal e agente da passiva. 
 
Em uma oração, o verbo significativo pode ser: 
Intransitivo – exprime, por si só, uma ideia completa e, 
por isso, não requer outro termo que lhe complete o 
sentido. 
 
O velho leão morreu. 
 
Transitivo – por não ter sentido completo, requer um 
objeto, palavra ou expressão que complete o seu 
sentido. 
 
Se o objeto não é iniciado por preposição, o verbo é 
transitivo direto e é completado pelo objeto direto. 
 
As palavras da atriz emocionaram a plateia. 
 
VTD objeto direto 
 
Se o objeto é iniciado por preposição, o verbo é 
transitivo indireto e é completado pelo objeto indireto. 
 
Você não crê em fantasmas? 
VTI objeto indireto 
 
Se o verbo exigir dois objetos, um sem preposição e 
outro com preposição, para o completar, então será 
verbo transitivo direto e indireto e terá dois 
complementos: objeto direto e objeto indireto. 
 
O carteiro entregou a carta para o rapaz. 
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VTDI objeto direto objeto indireto 
 
Complemento nominal – É o termo que 
completa o sentido de um nome de natureza 
transitiva, cujo sentido 
só se completa em expressões que se ligam a 
eles por 
meio de uma preposição. 
 
O ser humano tem necessidade de atenção. 
subst. abstrato complem. nominal 
 
Todos reagiram favoravelmente ao acordo. 
advérbio complem. nominal 
 
Para identificar o complemento nominal, deve-se 
observar o seguinte: 
– o nome a que o complemento nominal se 
associa pode ser um substantivo abstrato, um 
adjetivo ou um 
advérbio; 
– o complemento nominal é sempre iniciado por 
uma 
preposição; 
– esse complemento é necessário, não pode 
ser retirado, para que se entenda a sentença; 
 
 
Agente da passiva – é o complemento de um 
verbo na voz passiva. Representa o ser que 
pratica a ação expressa pelo verbo passivo. 
 
O verbo é passivo quando o sujeito é paciente, 
isto é, o sujeito sofre a ação expressa pelo 
verbo. 
Vem, normalmente, regido pela preposição por 
(ou, menos frequente, de) 
 
Alfredo é estimado pelos colegas. 
 
Sujeito paciente: Alfredo 
Verbo na voz passiva: é estimado 
Agente da passiva: pelos colegas 
O agente da passiva corresponde ao sujeito 
da oração na voz ativa. 
 
Voz ativa: O exército cercou a cidade. (o sujeito 
age) 
Voz passiva: A cidade foi cercada pelo exército. 
(o sujeito é paciente – sofre a ação) 
 
 
Termos acessórios da oração: 
 
São os termos que acrescentam uma 
ideia secundária a um substantivo, a um adjetivo 
ou a um advérbio. São adjunto adnominal, 
adjunto adverbial e aposto. Adjunto 
adnominal – é o termo que acrescenta uma 
ideia secundária (dispensável) a um substantivo. 
(ad = junto; nominal = nome). 
 
Podem ser representados por: artigos, numerais, 
adjetivos, locuções adjetivas e pronomes adjetivos. 
 
Discursos longos são cansativos. 
Passou as duas mãos sobre a testa. 
Diferença entre adjunto adnominal e complemento 
nominal: 
• adjunto adnominal acompanha um substantivo 
concreto e pode ser retirado sem prejuízo do 
entendimento da frase; 
• complemento nominal completa a ideia de um 
substantivo abstrato e não pode ser suprimido. 
Adjunto adverbial – é o termo que atribui circunstância 
ao verbo ou intensifica um adjetivo ou advérbio. É a 
função sintática exercida por advérbios e locuções 
adverbiais. 
 
Assim como os advérbios, podem ser de afirmação, de 
negação, de lugar, de intensidade, de tempo, de 
modo, etc. 
A sessão foi encerrada à meia-noite. (adjunto adverbial 
de tempo), Não quero ficar nervoso. (adjunto adverbial 
de negação) 
 
 
Aposto – é o termo que acrescenta uma ideia 
secundária ao substantivo. É um elemento dispensável 
que serve para explicar, esclarecer, desenvolver ou 
resumir outro termo da oração; por isso aparece entre 
vírgulas. 
 
Em poucotempo, dez ou doze minutos, estaremos aí. 
Vicente, presidente do sindicato, não compareceu à 
reunião. 
 
Vocativo – A palavra vocativo vem do latim vocare, que 
significa “chamar”. Então, é o termo com que chamamos 
o ser a quem nos dirigimos. Deve aparecer sempre 
isolado por vírgula. 
 
Exemplos: Crianças, entrem que já está escurecendo. 
Entrem, crianças, que já está escurecendo. 
 
Entrem que já está escurecendo, crianças. 
 
 
Formação do período composto: 
 
Processos de coordenação e de subordinação 
 
No período composto sintaticamente 
estruturado, as orações se relacionam por meio de dois 
processos básicos: coordenação e subordinação. 
 
A ordem normal das orações que formam o 
período composto é que a oração subordinada venha 
após a principal, pois, como a própria nomenclatura já 
diz, aquela tem condição de entendimento subordinada 
a esta. Quando a ordem das orações é invertida, usa-se 
a vírgula para marcar essa antecipação da oração 
subordinada (consulte as regras para emprego da 
vírgula). 
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Imagine um trem. A relação dos vagões com o 
maquinário pode ser comparada à relação das 
orações em um período frasal: as orações 
coordenadas são como o motor do trem e os 
vagões são como as orações subordinadas. 
 
Ora, pois, os vagões não podem ser deslocados 
sem a 
ação coordenada do motor do trem, assim como 
as orações subordinadas só serão 
compreendidas se ligadas à oração principal. 
 
Nas frases em que não há dependência sintática 
entre as orações, ou seja, nos períodos 
formados por orações 
coordenadas, o que vai determinar a ordem da 
frase são 
as relações lógicas e/ou cronológicas que há 
entre os elementos dessas frases. 
 
Orações coordenadas 
 
As orações coordenadas tem como principal 
característica sua independência na frase, pois 
não dependem de outra oração para serem 
compreendidas. 
Quanto à sua classificação, temos dois tipos: 
 
Coordenadas assindéticas e coordenadas 
sindéticas. 
 
Orações coordenadas assindéticas: são 
orações coordenadas entre si e que não são 
ligadas por meio de nenhum conectivo. Estão 
apenas justapostas. 
 
a = significa "não" - negação; 
síndeto = palavra de origem grega que significa 
"conjunção" ou "conectivo". 
 
Orações Coordenadas Sindéticas: ao 
contrário da anterior, são orações coordenadas 
entre si, mas que são ligadas por uma 
conjunção coordenativa que vai trazer para esse 
tipo de oração uma classificação. 
 
As orações coordenadas sindéticas são 
classificadas em cinco tipos: aditivas, 
adversativas, alternativas, conclusivas e 
explicativas. 
 
a) Oração coordenada sindética aditiva: 
exprime ideia de soma, adição. Principais 
conjunções: e, nem, mas também. 
 
O médico não veio, nem telefonou. 
A funcionária chegou e começou a trabalhar. 
 
b) Oração coordenada sindética adversativa: 
expressa uma ideia contrária em relação à 
anterior. Principais conjunções: mas, porém, todavia, 
contudo, entretanto, no entanto. 
 
Tomou o remédio, mas não melhorou. 
Vou ao banco, porém voltarei logo. 
 
c) Oração coordenada sindética alternativa: expressa 
ideia de alternância, escolha ou de exclusão. Principais 
conjunções: ou, ou…ou, ora…ora, quer…quer, já…já, 
seja…seja. 
 
Ou esse time vence, ou será desclassificado. 
Ora eu trabalho, ora eu estudo. 
 
d) Oração coordenada sindética conclusiva: como o 
nome já diz, indica uma conclusão da ideia. Principais 
conjunções: logo, portanto, então, pois (quando 
posicionado após o verbo). 
 
Estou ouvindo barulho, portanto há alguém em casa. 
Ela também é filha de meu pai. É, pois, minha 
irmã. 
 
e) Oração coordenada sindética explicativa: 
justificam ou explicam a oração anterior. Principais 
conjunções: que, porque, pois (quando posicionado 
antes do verbo). 
 
 
Deve ter chovido, pois o chão está molhado. 
Dei-lhe um presente, porque era seu aniversário. 
 
Orações subordinadas 
 
O período composto por subordinação é formado por 
uma oração principal e uma ou mais orações 
subordinadas. 
 
Você entenderá que a vida é feita de sonhos e muito 
trabalho. - A oração “que a vida é feita de sonhos e 
muito trabalho”, exercendo a função de objeto direto, 
transforma-se em oração subordinada. 
 
Anote: 
- Quando o período contém oração subordinada, aquela 
que, aparentemente é uma oração coordenada, passa a 
ser classificada como oração principal. 
- Oração absoluta é uma única oração, ou seja, não 
existe outra oração unida a ela, dependente/subordinada 
a ela para formação do período, chamado, então, de 
período simples. 
- Lembre-se de que, para que haja uma oração, deve 
haver um verbo. Em um período, para cada verbo, há 
uma oração correspondente. Se não houver verbo, não 
será oração, e sim uma frase. 
 
A oração subordinada tem três apresentações: 
 
a) desenvolvida: apresenta conjunção; os verbos 
aparecem flexionados no tempo simples e compostos do 
modo indicativo e do subjuntivo, ou ainda em locuções 
verbais (Observo que a manhã se inicia.) 
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b) justaposta: não apresenta conectivo; os 
verbos aparecem flexionados em tempos 
simples e compostos do modo indicativo, ou 
ainda em locuções verbais (Observo: a manhã 
se inicia). 
 
c) reduzida: não apresenta conjunção, os 
verbos aparecem nas formas nominais do 
infinitivo, gerúndio e particípio (Observo a 
manhã iniciar-se). 
Quanto às classificações, as orações 
subordinadas 
 
classificam-se em substantivas, adjetivas e 
adverbiais, de acordo com a função sintática 
que exercem em relação à oração principal, 
expressa pela conjunção que a introduz. 
 
Orações subordinadas substantivas 
 
São aquelas que desempenham a função 
sintática tal 
como um substantivo. 
 
a) Oração subordinada substantiva subjetiva: 
desempenha a função de sujeito do verbo da 
oração 
principal. Principais conjunções: que, se, como, 
etc. 
Parece que a situação melhorou. 
Não se sabia se ele vinha. 
Ignora-se como se deu o acidente. 
 
b) Oração subordinada substantiva objetiva 
direta: 
desempenha a função de objeto direto da 
oração principal. 
Juliana esperou que o amigo a esperasse. 
Não sabemos onde ela está. 
Isabela ignora quem é o rapaz. 
 
c) Oração subordinada substantiva objetiva 
indireta: desempenha a função sintática de 
objeto indireto do verbo da oração principal. 
 
Não me oponho a que você viaje. 
Lembra-se de quem passou no concurso. 
Daremos o prêmio a quem o merecer. 
 
d) Oração subordinada substantiva 
completiva nominal: desempenha a função 
sintática de complemento nominal de um 
vocábulo (substantivo, adjetivo ou advérbio) da 
oração principal. 
 
A menina tem necessidade de saber o 
resultado. 
Ele estava ansioso por que voltasses. 
Sou grato a quem ensina 
 
e) Oração subordinada substantiva predicativa: 
desempenha a função de predicativo. 
 
Meu desejo é que me deixem em paz. 
Lucas foi quem trabalhou mais. 
A esperança era que ele voltasse para mim. 
 
f) Oração subordinada substantiva apositiva: 
desempenha a função sintática de aposto em relação a 
algum termo da oração principal. 
 
Só lhe peço isto: honre seu nome. 
Só desejo uma coisa: que você volte para mim. 
 
g) Oração subordinada substantiva agente da 
passiva: desempenha a função sintática de agente da 
passiva da oração principal. 
 
A aluna foi elogiada pelos que a amam. 
A obra foi apreciada pelos que a viram. 
O candidato estava rodeado de quem não deseja a sua 
eleição. 
 
 
Orações subordinadas adjetivas 
 
Desempenham, na oração, a função sintática tal como 
um adjetivo: 
A menina bonita comprou o livro (bonita é o adjetivo 
referente à menina). 
 
A menina que é bonita comprou o livro (que é bonita é 
uma oração adjetiva referente à menina). 
 
As orações adjetivas são precedidas de preposição 
sempre que houver necessidade pela regência do verbo: 
O livro que comprei é bom. 
O livro a que merefiro é bom. 
 
a) Oração subordinada adjetiva explicativa: expressa 
uma explicação acerca da oração principal e deve vir 
sempre isolada por vírgulas, a fim de preservar o sentido 
correto da frase. 
 
Os rapazes, que são altos, saíram da sala. 
Que são altos é uma oração adjetiva explicativa sobre o 
sujeito da oração principal – rapazes. Significado da 
oração: todos os rapazes são altos e todos saíram. 
 
b) Oração subordinada adjetiva restritiva: restringe o 
significado a respeito daquilo que é declarado na frase. 
Por isso mesmo, não deve vir isolada por vírgulas. 
 
Os rapazes que são altos saíram da sala. 
 
Que são altos é uma oração adjetiva restritiva, pois 
restringe o significado da frase somente àqueles 
rapazes altos. Subentende-se que há, na sala, rapazes 
altos e baixos e que somente os altos saíram. 
 
 
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Orações subordinadas adverbiais 
 
São as orações que desempenham a função 
sintática de 
adjunto adverbial. As orações adverbiais 
classificam-se 
em: 
a) Oração subordinada adverbial causal: 
expressa, 
como o próprio nome já diz, a causa daquilo que 
se 
afirma na oração principal. 
Joel se julga muito importante porque é rico. 
Visto que a vida é uma curta viagem, 
procuremos 
fazê-la bem. 
Como hoje é seu aniversário, faremos uma 
festa. 
 
Observação: a conjunção porque pode, por 
vezes, confundir o candidato, já que também é 
usada para expressar explicação. Nesse caso, 
ela introduz uma oração coordenada explicativa. 
Para testar se ela indica 
explicação, empregue em seu lugar a conjunção 
explicativa pois. Para testar se ela indica causa, 
você pode substituí-la pela conjunção causal 
como. 
 
A aula foi interrompida porque faltou giz 
(causa) 
Como faltou giz, a aula foi interrompida. 
Provavelmente alguém o agrediu, porque seu 
nariz 
sangra muito. (explicação) 
 
Provavelmente alguém o agrediu, pois seu 
nariz 
sangra muito. 
Como seu nariz sangra muito, provavelmente 
alguém 
o agrediu. (inadequado) 
 
b) Oração subordinada adverbial 
consecutiva: expressa uma consequência 
acerca daquilo que se expressa na oração 
principal. 
 
Estou tão cansado que não sairei à noite. 
Essa mulher fala tanto que me cansa os 
ouvidos. 
Choveu tanto que inundou as ruas. 
 
c) Oração subordinada adverbial 
comparativa: 
expressa a ideia de comparação em relação à 
oração principal. 
Você é bonita como uma flor. 
Nada tem tanto valor quanto a honestidade. 
(perceba que, nessa oração, o verbo está 
subentendido: Nada tem tanto valor quanto a 
honestidade [tem]). 
 
d) Oração subordinada adverbial concessiva: 
exprime um fato contrário à oração principal, mas não 
suficiente para anular a sua ideia. 
Embora não tenha estudado, entendeu tudo. 
Apesar de ter saído tarde, chegou a tempo. 
 
e) Oração subordinada adverbial condicional: 
expressa uma condição ou hipótese para que se realize 
a ideia da oração principal. 
Se você estudar muito, entenderá o conteúdo. 
Ele o amará, se você continuar agindo assim. 
 
f) Oração subordinada adverbial conformativa: 
expressa uma conformidade em relação à ideia da 
oração principal. 
 
Cada um colhe conforme semeia. 
Segundo o autor, tudo é simples. 
Devemos crescer consoante prescreve a vida. 
 
g) Oração subordinada adverbial temporal: expressa 
ideia de tempo em relação à oração principal. 
 
Quando reencontrar você, quero lhe dar um grande 
abraço. 
A gente vive somente enquanto ama. 
 
h) Oração subordinada adverbial final: expressa a 
finalidade da oração principal. 
 
Levantei cedo a fim de cumprir todas as minhas 
tarefas. 
Estudei para passar de ano. 
 
i) Oração subordinada adverbial proporcional: 
exprime um fato simultâneo e proporcional ao da oração 
principal. 
 
Quanto mais caminho, mais cansado fico. 
À medida que estudo o assunto, mais me interesso 
por ele. 
 
Exercícios 
 
 
1.Na oração: “Foram chamados às pressas todos os 
vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do sujeito é: 
 
 
a) todos; 
b) fazenda; 
c) vizinha; 
d) vaqueiros; 
e) pressas. 
 
2. Assinale a alternativa em que o sujeito está 
incorretamente classificado: 
 
a) chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito 
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composto); 
b) fala-se muito neste assunto (sujeito 
indeterminado); 
c) vai fazer frio à noite (sujeito inexistente); 
d) haverá oportunidade para todos (sujeito 
inexistente); 
e) não existem flores no vaso (sujeito 
inexistente). 
 
3.Em “Éramos três velhos amigos, na praia 
quase deserta”, o sujeito desta oração é: 
a) subentendido; 
b) claro, composto e determinado; 
c) indeterminado; 
d) inexistente; 
e) claro, simples e determinado. 
 
4.Marque a oração em que o termo destacado é 
sujeito: 
a) houve muitas brigas no jogo; 
b) Ia haver mortes, se a polícia não interviesse; 
c) faz dois anos que há bons espetáculos; 
d) existem muitas pessoas desonestas; 
e) há muitas pessoas desonestas. 
 
5. Indique a única frase que não tem verbo de 
ligação: 
a) o sol estava muito quente; 
b) nossa amizade continua firme; 
c) suas palavras pareciam sinceras; 
d) ele andava triste; 
e) ele andava rapidamente. 
 
6. Considere a frase: “Ele andava triste porque 
não encontrava a companheira”, os verbos 
grifados são respectivamente: 
 
a) transitivo direto - de ligação; 
b) de ligação - intransitivo; 
c) de ligação - transitivo - indireto; 
d) transitivo direto - transitivo indireto; 
e) de ligação - transitivo direto. 
 
7.Na praça deserta um homem caminhava - o 
sujeito é: 
a) indeterminado; 
b) inexistente; 
c) simples; 
d) oculto por elipse; 
e) composto. 
 
8.Na oração:”Anunciaram grandes novidades” - 
o sujeito é: 
a) simples; 
b) composto; 
c) indeterminado; 
d) elíptico; 
e) inexistente. 
 
9. “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da 
cidade pelo vento”. O termo grifado é: 
a) sujeito; 
b) objeto direto; 
c) objeto indireto; 
d) complemento nominal; 
e) agente da passiva. 
 
10.“Eu andava satisfeito com o mundo e comigo 
mesmo”, o período é: 
a) simples; 
b) composto por coordenação; 
c) composto por subordinação; 
d) composto por coordenação e subordinação; 
e) composto de duas orações. 
 
11. Na oração “Mestre Reginaldo, o impoluto, é uma 
sumidade no campo das ciências” - o termo grifado é: 
a) adjunto adnominal; 
b) vocativo; 
c) predicativo; 
d) aposto; 
e) sujeito simples. 
 
12.Na expressão: “por todos era apedrejado o 
Luizinho”, o termo grifado é: 
a) objeto direto; 
b) objeto indireto; 
c) sujeito; 
d) complemento nominal; 
e) agente da passiva. 
 
13. Dentre as orações abaixo, uma contém 
complemento nominal. Qual? 
a) Meu pensamento é subordinado ao seu. 
b) Você não deve faltar ao encontro. 
c) Irei à sua casa amanhã. 
d) Venho da cidade às três horas. 
e) Voltaremos pela rua escura ... 
 
14. Assinale a alternativa em que o termo grifado é 
adjunto adnominal: 
a) Sua falta aos encontros sufocava o nosso amor. 
b) Ela é uma fera maluca. 
c) Ela é maluca por lambada nacional. 
d) Não tenho medo da louca. 
e) O amor de Deus é o primeiro mandamento. 
 
15.Em “a linguagem do amor está nos olhos” – os 
termos grifados são respectivamente: 
a) complemento nominal e predicativo do sujeito; 
b) adjunto adnominal e predicativo do sujeito; 
c) adjunto adnominal e objeto direto; 
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d) complemento nominal e adjunto adverbial; 
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial. 
 
16. “Diga ao povo que fico” é um período: 
a) simples; 
b) composto por coordenação; 
c) composto por subordinação; 
d) composto por coordenação e subordinação; 
e) composto de três orações. 
 
17. “Saúde e felicidade são as minhas 
aspirações na vida” – nessa expressão o sujeito 
é: 
a) simples; 
b) composto; 
c) indeterminado; 
d) oculto; 
e) oração sem sujeito. 
 
18.Na expressão:“Ordem e progresso, esse é o 
nosso lema” – o sujeito é: 
a) simples; 
b) composto; 
c) indeterminado; 
d) oculto; 
e) inexistente. 
 
19. Já na expressão “O prefeito Odorico nomeou 
Dirceu Borboleta ajudante de ordens” – as 
palavras grifadas funcionam como: 
a) objeto direto; 
b) objeto indireto; 
c) predicativo do sujeito; 
d) aposto; 
e) predicativo do objeto 
 
20.O verbo de “confio este carro à distinção dos 
senhores passageiros” é: 
a) transitivo direto; 
b) transitivo indireto; 
c) transitivo direto e indireto; 
d) intransitivo; 
e) de ligação. 
 
21. Em: “Era inverno e fazia frio” – há duas 
orações cujos sujeitos são respectivamente: 
a) inexistente e indeterminado; 
b) indeterminado e inexistente; 
c) inexistente e inexistente; 
d) indeterminado e indeterminado; 
e) N. R. A. porque ambos são compostos. 
 
22. Qual o período simples? 
 
a) Encontrará, talvez, no caminho da vida, 
asperezas, ingratidões, grosserias, injustiças, 
brutalidades. . .; 
b) Quem sabe se não encontrará inimigos cruéis e 
“amigos” pérfidos; 
c) Dorme, dorme meu anjinho, que a “Mamã” vela por ti . 
. .; 
d) Ela defende-o e protege-o; 
e) Faz cinco anos que o procuro. 
 
23.Confiamos no futuro Desconhecemos as coisas do 
futuro. Temos confiança no futuro 
- Nas expressões acima, os termos grifados funcionam 
respectivamente, como: 
 
a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento 
nominal; 
b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto; 
c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal; 
d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto; 
e) objeto direto; sujeito; complemento nominal. 
 
24. Em: “faz anos que não chove no sertão” – há duas 
orações com sujeito: 
a) simples; 
b) composto; 
c) indeterminado; 
d) inexistente; 
e) elíptico. 
 
25.Em: “pediram-me papai e mamãe que eu fosse mais 
audacioso”: 
a) o sujeito da primeira oração é simples e o da segunda 
é inexistente; 
b) o sujeito da primeira oração é composto e o da 
segunda, é simples; 
c) o sujeito da primeira oração é indeterminado e o da 
segunda, inexistente; 
d) o sujeito da primeira oração é inexistente e o da 
segunda indeterminado; 
e) o sujeito da primeira oração é composto e o da 
segunda inexistente. 
 
26. Em: “À boca da noite a cata-piolhos rezava baixinho 
. . .” , o sujeito é: 
a) simples; 
b) composto; 
c) indeterminado; 
d) inexistente; 
e) oculto. 
 
27.Em qual das alternativas o verbo grifado é de 
ligação? 
a) Quando você pára, eu continuo. 
b) Amélia continua mulher de verdade. 
c) Esta “droga” de relógio não anda. 
d) Andei dois quilômetros a pé. 
e) Nos primeiros dias aprendi as notas musicais. 
 
28.O predicado é nominal em: 
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I - Você acha Cristina bonita, mamãe? 
II - O mundo podia ser tranqüilo. 
III - “Zé Mané” não estava embriagado. 
IV - O guarda noturno permanece atento a todos 
os perigos. 
V - Os transeuntes ficaram assustados. 
 
a) I - II - III; 
b) II - III; 
c) II - IV; 
d) III - IV - V - II; 
e) I - II - IV. 
 
29. Dentre as orações abaixo, uma tem sujeito 
indeterminado. Qual? 
a) A nossa casa parecia uma arca de Noé. 
b) Não iria além de um vice-campeonato. 
c) As águas trafegam furiosas. 
d) Atropelaram um boi lá na gentil. 
e) No lugar só ficou a surpresa. 
 
30.Na oração: “Diziam que ele era igualzinho a 
meu pai”, o sujeito da primeira oração é: 
a) simples; 
b) composto; 
c) indeterminado; 
d) inexistente; 
e) oculto. 
 
31.Dê a função sintática do elemento grifado: 
“Mestre Cupijó, ouviu-se há dias a sua grande 
obra”. 
a) adjunto adnominal; 
b) sujeito; 
c) vocativo; 
d) aposto; 
e) objeto direto. 
 
32. Em: “o homem não gosta de reconhecer a 
inevitabilidade de uma morte natural . . .”, a 
expressão grifada é: 
 
a) adjunto adnominal; 
b) adjunto adverbial; 
c) complemento nominal; 
d) agente da passiva; 
e) sujeito. 
 
33. “Ué, gente: vocês ainda não foram pra sala? 
!” – o sujeito: 
a) simples; 
b) composto; 
c) indeterminado; 
d) inexistente; 
e) oculto. 
 
34. Em: “Bebe que é doce, papai” – a palavra grifada 
funciona como: 
 
a) sujeito; 
b) aposto; 
c) vocativo; 
d) adjunto adverbial; 
e) adjunto adnominal. 
 
 
GABARITO 
 
1. D 
2. E 
3. A 
4. D 
5. E 
6. E 
7. C 
8. C 
9. E 
10. A 
11. D 
12. E 
13. A 
14. C 
15. E 
16. C 
17. B 
18. B 
19. E 
20. C 
21. C 
22. A 
23. A 
24. D 
25. B 
26. A 
27. B 
28. D 
29. D 
30. C 
31. C 
32. C 
33. A 
34. C 
 
 
 
 
 
 
 
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Vozes do Verbo 
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo 
verbo para indicar se o sujeito gramatical é 
agente ou paciente da ação. São três as vozes 
verbais: 
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, 
pratica a ação expressa pelo verbo. 
Por exemplo: 
Ele fez o trabalho. 
sujeito agente ação objeto (paciente) 
b) Passiva: quando o sujeito é paciente, 
recebendo a ação expressa pelo verbo. 
Por exemplo: 
O trabalho foi feito por ele. 
sujeito paciente ação agente da passiva 
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo 
tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe 
a ação. 
Por exemplo: 
O menino feriu-se. 
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do 
verbo com a noção de reciprocidade. 
Por exemplo: 
Os lutadores feriram-se. (um ao outro) 
Formação da Voz Passiva 
A voz passiva pode ser formada por dois 
processos: analítico e sintético. 
 
1- Voz Passiva Analítica 
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + 
particípio do verbo principal. 
Por exemplo: 
A escola será pintada. 
O trabalho é feito por ele. 
Obs. : o agente da passiva geralmente é 
acompanhado da preposição por, mas pode 
ocorrer a construção com a preposição de. 
Por exemplo: 
A casa ficou cercada de soldados. 
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva 
não esteja explícito na frase. 
Por exemplo: 
A exposição será aberta amanhã. 
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar 
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a 
transformação das frases seguintes: 
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) 
 
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do 
indicativo) 
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) 
 
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) 
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) 
 
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) 
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume 
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. 
Observe a transformação da frase seguinte: 
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) 
As folhas iam sendo levadas pelo vento. 
(gerúndio) 
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva 
analítica com outros verbos que podem eventualmente 
funcionar como auxiliares. 
Por exemplo: 
A moça ficou marcada pela doença. 
2- Voz Passiva Sintética 
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o 
verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador 
SE. 
Por exemplo: 
Abriram-se as inscrições para o concurso. 
Destruiu-se o velho prédio da escola. 
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva 
sintética. 
Curiosidade 
A palavra passivo possui a mesma raiz latina 
de paixão (latim passio, passionis) e ambas 
se relacionam com o significado sofrimento, 
padecimento. Daí vem o significado de voz 
passiva como sendo a voz que expressa a 
ação sofrida pelo sujeito. 
Na voz passiva temos dois elementos que 
nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE 
e AGENTE DA PASSIVA. 
 
 
 
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Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva 
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem 
alterar substancialmente o sentido da frase. 
Por exemplo: 
Gutenberg inventou a imprensa 
(Voz 
Ativa) 
Sujeito da 
Ativa 
Objeto 
Direto 
A imprensa 
foi 
inventada 
por 
Gutenberg 
(Voz 
Passiva)Sujeito da 
Passiva 
Agente da 
Passiva 
 
Observe que o objeto direto será o sujeito da 
passiva, o sujeito da ativa passará a agente 
da passiva e o verbo ativo assumirá a forma 
passiva, conservando o mesmo tempo. 
Observe mais exemplos: 
- Os mestres têm constantemente 
aconselhado os alunos. 
Os alunos têm sido constantemente 
aconselhados pelos mestres. 
- Eu o acompanharei. 
Ele será acompanhado por mim. 
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for 
indeterminado, não haverá complemento agente 
na passiva. 
Por exemplo: 
- Prejudicaram-me. 
Fui prejudicado. 
Saiba que: 
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos 
ou reflexivos, são chamados neutros. 
Por exemplo: 
O vinho é bom. 
Aqui chove muito. 
2) Há formas passivas com sentido ativo: 
Por exemplo: 
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) 
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda 
não tinha nascido.) 
És um homem lido e viajado. (= que leu 
e viajou) 
3) Inversamente, usamos formas ativas com 
sentido passivo: 
Por exemplo: 
Há coisas difíceis de entender. (= serem 
entendidas) 
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no 
sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados 
passivos, logo o sujeito é paciente. 
 
Por exemplo: 
Chamo-me Luís. 
Batizei-me na Igreja do Carmo. 
Operou-se de hérnia. 
Vacinaram-se contra a gripe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
Classificação das Orações Subordinadas 
As orações subordinadas dividem-se em três 
grupos, de acordo com a função sintática que 
desempenham e a classe de palavras a que 
equivalem. Podem ser substantivas, adjetivas 
ou adverbiais. Para notar as diferenças que 
existem entre esses três tipos de orações, tome 
como base a análise do período abaixo: 
Só depois disso percebi a profundidade das 
palavras dele. 
Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na 
terminação verbal da palavra "percebi". "A 
profundidade das palavras dele" é objeto 
direto da forma verbal "percebi". O núcleo do 
objeto direto é "profundidade". Subordinam-se 
ao núcleo desse objeto os adjuntos adnominais 
"a" e "das palavras dele ". No adjunto 
adnominal "das palavras dele", o núcleo é o 
substantivo "palavras", ao qual se prendem os 
adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só depois 
disso" é adjunto adverbial de tempo. 
 É possível transformar a expressão "a 
profundidade das palavras dele", objeto 
direto, em oração. Observe: 
Só depois disso percebi que as palavras dele 
eram profundas. 
Nesse período composto, o complemento da 
forma verbal "percebi" é a oração "que as 
palavras dele eram profundas". Ocorre aqui 
um período composto por subordinação, em 
que uma oração desempenha a função de 
objeto direto do verbo da outra oração. O objeto 
direto é uma função substantiva da oração, ou 
seja, é função desempenhada por substantivos 
e palavras de valor substantivo. É por isso que a 
oração subordinada que desempenha esse 
papel é chamada de oração subordinada 
substantiva. 
Pode-se também modificar o período simples 
original transformando em oração o adjunto 
adnominal do núcleo do objeto direto, 
"profundidade". Observe: 
Só depois disso percebi a "profundidade" que as 
palavras dele continham. 
Nesse período, o adjunto adnominal de 
"profundidade" passa a ser a oração "que as 
palavras dele continham". O adjunto adnominal é uma 
função adjetiva da oração, ou seja, é função exercida 
por adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras de 
valor adjetivo. É por isso que são chamadas de 
subordinadas adjetivas as orações que, nos períodos 
compostos por subordinação, atuam como adjuntos 
adnominais de termos das orações principais. 
Outra modificação que podemos fazer no período 
simples original é a transformação do adjunto adverbial 
de tempo em uma oração. Observe: 
Só quando caí em mim, percebi a profundidade 
das palavras dele. 
Nesse período composto, "Só quando caí em mim" é 
uma oração que atua como adjunto adverbial de tempo 
do verbo da outra oração. O adjunto adverbial é uma 
função adverbial da oração, ou seja, é função exercida 
por advérbios e locuções adverbiais. Portanto, são 
chamadas de subordinadas adverbiais as orações 
que, num período composto por subordinação, atuam 
como adjuntos adverbiais do verbo da oração principal. 
 
Forma das Orações Subordinadas 
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: 
"Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto." 
Oração Principal Oração Subordinada 
Observe que na Oração Subordinada temos o verbo 
"existe", que está conjugado na terceira pessoa do 
singular do presente do indicativo. As orações 
subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos 
tempos finitos (tempos do modo do indicativo, subjuntivo 
e imperativo), são chamadas de orações 
desenvolvidas ou explícitas. 
Podemos modificar o período acima. 
Veja: 
Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto. 
Oração Principal Oração Subordinada 
Observe que a análise das orações continua sendo a 
mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo objeto 
direto é a oração subordinada "existir em meu gesto o 
teu gesto". Note que a oração subordinada apresenta 
agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção que, 
conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As 
orações subordinadas cujo verbo surge numa das 
formas nominais (infinitivo - flexionado ou não - , 
gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzidas 
ou implícitas. 
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por 
conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, 
eventualmente, introduzidas por preposição. 
 
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1) ORAÇÕES SUBORDINADAS 
SUBSTANTIVAS 
A oração subordinada substantiva tem valor de 
substantivo e vem introduzida, geralmente, por 
conjunção integrante (que, se). 
Por Exemplo: 
Suponho que você foi à biblioteca hoje. 
 
Oração Subordinada Substantiva 
 
Você sabe se o presidente já chegou? 
 
Oração Subordinada Substantiva 
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) 
também introduzem as orações subordinadas 
substantivas, bem como os advérbios 
interrogativos (por que, quando, onde, como). 
Veja os exemplos: 
O garoto 
perguntou 
qual era o telefone da moça. 
 
Oração Subordinada 
Substantiva 
 
Não 
sabemos 
por que a vizinha se mudou. 
 
Oração Subordinada 
Substantiva 
 
Classificação das Orações Subordinadas 
Substantivas 
De acordo com a função que exerce no período, 
a oração subordinada substantiva pode ser: 
a) Subjetiva 
É subjetiva quando exerce a função sintática 
de sujeito do verbo da oração principal. 
Observe: 
É 
fundamental 
o seu comparecimento à 
reunião. 
 Sujeito 
É 
fundamental 
que você compareça à 
reunião. 
Oração 
Principal 
Oração Subordinada 
Substantiva Subjetiva 
Atenção: 
Observe que a oração subordinada substantiva 
pode ser substituída pelo pronome " isso". 
Assim, temos um período simples: 
É fundamental isso ou Isso é fundamental. 
 
Dessa forma, a oração correspondente a "isso" 
exercerá a função de sujeito. 
 Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração 
principal: 
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do 
tipo: 
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - 
É claro - Está evidente - Está comprovado 
Por Exemplo: 
É bom que você compareça à minha festa. 
2- Expressões na voz passiva, como: 
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É 
sabido - Foi anunciado - Ficou provado 
Por Exemplo: 
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. 
3- Verbos como: 
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer 
- acontecer 
Por Exemplo: 
Convém que não se atrase na entrevista. 
Obs.: quando a oração subordinada substantivaé 
subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. 
pessoa do singular. 
 
b) Objetiva Direta 
A oração subordinada substantiva objetiva direta 
exerce função de objeto direto do verbo da oração 
principal. 
Por Exemplo: 
Todos querem sua aprovação no vestibular. 
 Objeto Direto 
 
 
 
Todos querem que você seja aprovado. (Todos 
querem isso) 
Oração Principal - Oração Subordinada 
Substantiva Objetiva Direta 
 
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas 
desenvolvidas são iniciadas por: 
1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e 
"se": 
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Por Exemplo: 
A professora verificou se todos alunos 
estavam presentes. 
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, 
quanto (às vezes regidos de preposição), nas 
interrogações indiretas: 
Por Exemplo: 
O pessoal queria saber quem era o 
dono do carro importado. 
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão 
(às vezes regidos de preposição), nas 
interrogações indiretas: 
Por Exemplo: 
Eu não sei por que ela fez isso. 
 
Orações Especiais 
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados 
auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, 
perceber (chamados auxiliares sensitivos) 
ocorre um tipo interessante de oração 
subordinada substantiva objetiva direta reduzida 
de infinitivo. Observe: 
Deixe-me repousar. 
Mandei-os sair. 
Ouvi-o gritar. 
 Nesses casos, as orações destacadas são 
todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, 
o que é mais interessante, os pronomes 
oblíquos atuam todos como sujeitos dos 
infinitivos verbais. Essa é a única situação da 
língua portuguesa em que um pronome oblíquo 
pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o 
que ocorre, convém transformar as orações 
reduzidas em orações desenvolvidas: 
Deixe que eu repouse. 
Mandei que eles saíssem. 
Ouvi que ele gritava. 
 Nas orações desenvolvidas, os pronomes 
oblíquos foram substituídos pelas formas retas 
correspondentes. É fácil compreender agora que 
se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas 
verbais das orações subordinadas. 
 
 
 
c) Objetiva Indireta 
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua 
como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem 
precedida de preposição. 
Por Exemplo: 
Meu pai insiste em meu estudo. 
 Objeto Indireto 
 
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 
nisso) 
 Oração Subordinada Substantiva Objetiva 
Indireta 
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica 
na oração. 
Por Exemplo: 
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. 
 Oração Subordinada Substantiva Objetiva 
Indireta 
d) Completiva Nominal 
A oração subordinada substantiva completiva nominal 
completa um nome que pertence à oração principal e 
também vem marcada por preposição. 
Por Exemplo: 
Sentimos orgulho de seu comportamento. 
 Complemento Nominal 
 
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos 
orgulho disso.) 
 Oração Subordinada Substantiva 
Completiva Nominal 
 
 
 
Lembre-se: 
 Observe que as orações subordinadas 
substantivas objetivas indiretas integram o 
sentido de um verbo, enquanto que orações 
subordinadas substantivas completivas nominais 
integram o sentido de um nome. Para distinguir 
uma da outra, é necessário levar em conta o 
termo complementado. Essa é, aliás, a diferença 
entre o objeto indireto e o complemento nominal: 
o primeiro complementa um verbo, o segundo, 
um nome. 
 
 
 
 
 
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e) Predicativa 
 A oração subordinada substantiva predicativa 
exerce papel de predicativo do sujeito do verbo 
da oração principal e vem sempre depois do 
verbo ser. 
Por Exemplo: 
Nosso desejo era sua desistência. 
 Predicativo do Sujeito 
 
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso 
desejo era isso.) 
 Oração Subordinada Substantiva 
Predicativa 
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição 
expletiva "de" para realce. Veja o exemplo: 
A impressão é de que não fui bem na prova. 
f) Apositiva 
A oração subordinada substantiva apositiva 
exerce função de aposto de algum termo da 
oração principal. 
Por Exemplo: 
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do 
dia de seu casamento. 
 
 Aposto 
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) 
 
 
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do 
seu casamento chegasse. 
 Oração Subordinada 
Substantiva Apositiva 
 
 
Saiba mais: 
 Apesar de a NGB não fazer referência, podem 
ser incluídas como orações subordinadas 
substantivas aquelas que funcionam como 
agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + 
pronome indefinido. Veja os exemplos: 
O presente será dado por quem o comprou. 
O espetáculo foi apreciado por quantos o 
assistiram . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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É o estudo da colocação dos pronomes 
oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, 
os, as, lhes) em relação ao verbo. 
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: 
antes do verbo (próclise), no meio do verbo 
(mesóclise) e depois do verbo (ênclise). 
Esses pronomes se unem aos verbos porque 
são “fracos” na pronúncia. 
PRÓCLISE 
Usamos a próclise nos seguintes casos: 
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, 
nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo 
algum. 
- Nada me perturba. 
- Ninguém se mexeu. 
- De modo algum me afastarei daqui. 
- Ela nem se importou com meus problemas. 
(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, 
porque, que, conforme, embora, logo, que. 
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”. 
- É necessário que a deixe na escola. 
- Fazia a lista de convidados, conforme me 
lembrava dos amigos sinceros. 
(3) Advérbios 
- Aqui se tem paz. 
- Sempre me dediquei aos estudos. 
- Talvez o veja na escola. 
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este 
(o advérbio) deixa de atrair o pronome. 
- Aqui, trabalha-se. 
(4) Pronomes relativos, demonstrativos e 
indefinidos. 
- Alguém me ligou? (indefinido) 
- A pessoa que me ligou era minha amiga. 
(relativo) 
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo) 
(5) Em frases interrogativas. 
- Quanto me cobrará pela tradução? 
(6) Em frases exclamativas ou optativas (que 
exprimem desejo). 
- Deus o abençoe! 
- Macacos me mordam! 
- Deus te abençoe, meu filho! 
(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição 
EM. 
- Em se plantando tudo dá. 
- Em se tratando de beleza, ele é campeão. 
(8) Com formas verbais proparoxítonas 
- Nós o censurávamos. 
MESÓCLISE 
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai 
acontecer – amarei, amarás, ...) ou no futuro do pretérito 
(ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, ...) 
- Convidar-me-ão para a festa. 
- Convidar-me-iam para a festa. 
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será 
obrigatória. 
- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa. 
ÊNCLISE 
Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre 
errada. 
- Tornarei-me....... (errada) 
- Tinha entregado-nos..........(errada) 
Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa. 
- Entregar-lhe (correta) 
- Não posso recebê-lo. (correta) 
Outros casos: 
- Com o verbo no início dafrase: Entregaram-me as 
camisas. 
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, 
comportem-se. 
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por 
instantes. 
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-
lhe tudo. 
OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de 
palavra atrativa, ocorrerá a próclise: 
- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense. 
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos. 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES 
VERBAIS 
Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + 
infinitivo, gerúndio ou particípio. 
AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do 
verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome 
deverá ficar antes do verbo auxiliar. 
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- Havia-lhe contado a verdade. 
- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a 
verdade. 
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não 
houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá 
depois do verbo auxiliar ou do verbo principal. 
Infinitivo 
- Quero-lhe dizer o que aconteceu. 
- Quero dizer-lhe o que aconteceu. 
Gerúndio 
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu. 
- Ia dizendo-lhe o que aconteceu. 
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo 
virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo 
principal. 
Infinitivo 
- Não lhe quero dizer o que aconteceu. 
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu. 
Gerúndio 
- Não lhe ia dizendo a verdade. 
- Não ia dizendo-lhe a verdade. 
 
 
 
 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Concordância nominal nada mais é que o 
ajuste que fazemos aos demais termos da 
oração para que concordem em gênero e 
número com o substantivo. 
Teremos que alterar, portanto, o artigo, o 
adjetivo, o numeral e o pronome. 
Além disso, temos também o verbo, que se 
flexionará à sua maneira, merecendo um estudo 
separado de concordância verbal. 
REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral 
e o pronome, concordam em gênero e número 
com o substantivo. 
- A pequena criança é uma gracinha. 
- O garoto que encontrei era muito gentil e 
simpático. 
CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem 
à regra geral, mostrada acima. 
a) Um adjetivo após vários substantivos 
1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o 
plural ou concorda com o substantivo mais próximo. 
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. 
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. 
2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural 
masculino ou concorda com o substantivo mais próximo. 
- Ela tem pai e mãe louros. 
- Ela tem pai e mãe loura. 
3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai 
obrigatoriamente para o plural. 
- O homem e o menino estavam perdidos. 
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. 
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos 
1 - Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o 
mais próximo. 
Comi delicioso almoço e sobremesa. 
Provei deliciosa fruta e suco. 
2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: 
concorda com o mais próximo ou vai para o plural. 
Estavam feridos o pai e os filhos. 
Estava ferido o pai e os filhos. 
c) Um substantivo e mais de um adjetivo 
1- antecede todos os adjetivos com um artigo. 
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. 
2- coloca o substantivo no plural. 
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. 
d) Pronomes de tratamento 
1 - sempre concordam com a 3ª pessoa. 
Vossa santidade esteve no Brasil. 
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado 
1 - Concordam com o substantivo a que se referem. 
As cartas estão anexas. 
A bebida está inclusa. 
Precisamos de nomes próprios. 
Obrigado, disse o rapaz. 
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) 
1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no 
singular e o adjetivo no plural. 
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Renato advogou um e outro caso fáceis. 
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. 
g) É bom, é necessário, é proibido 
1- Essas expressões não variam se o sujeito 
não vier precedido de artigo ou outro 
determinante. 
Canja é bom. / A canja é boa. 
É necessário sua presença. / É necessária a sua 
presença. 
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. 
/ A entrada é proibida. 
h) Muito, pouco, caro 
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. 
Comi muitas frutas durante a viagem. 
Pouco arroz é suficiente para mim. 
Os sapatos estavam caros. 
2- Como advérbios: são invariáveis. 
Comi muito durante a viagem. 
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. 
Comprei caro os sapatos. 
i) Mesmo, bastante 
1- Como advérbios: invariáveis 
Preciso mesmo da sua ajuda. 
Fiquei bastante contente com a proposta de 
emprego. 
2- Como pronomes: seguem a regra geral. 
Seus argumentos foram bastantes para me 
convencer. 
Os mesmos argumentos que eu usei, você 
copiou. 
j) Menos, alerta 
1- Em todas as ocasiões são invariáveis. 
Preciso de menos comida para perder peso. 
Estamos alerta para com suas chamadas. 
k) Tal Qual 
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” 
concorda com o conseqüente. 
As garotas são vaidosas tais qual a tia. 
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. 
l) Possível 
1- Quando vem acompanhado de “mais”, 
“menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo 
que precede as expressões. 
A mais possível das alternativas é a que você expôs. 
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da 
empresa. 
As piores situações possíveis são encontradas nas 
favelas da cidade. 
m) Meio 
1- Como advérbio: invariável. 
Estou meio insegura. 
2- Como numeral: segue a regra geral. 
Comi meia laranja pela manhã. 
n) Só 
1- apenas, somente (advérbio): invariável. 
Só consegui comprar uma passagem. 
2- sozinho (adjetivo): variável. 
Estiveram sós durante horas. 
 
 
Casos Particulares: 
 
É proibido - É necessário - É bom - É preciso 
- É permitido 
a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um 
adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se 
referem possuir sentido genérico (não vier precedido de 
artigo). 
Exemplos: 
É proibido entrada de crianças. 
Em certos momentos, é necessário atenção. 
No verão, melancia é bom. 
É preciso cidadania. 
Não é permitido saída pelas portas laterais. 
b) Quando o sujeito dessas expressões estiver 
determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o 
verbo como o adjetivo concordam com ele. 
Exemplos: 
É proibida a entrada de crianças. 
Esta salada é ótima. 
A educação é necessária. 
São precisas várias medidas na educação. 
 
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - 
Incluso - Quite 
Essas palavras adjetivas concordam em gênero e 
número com o substantivo ou pronome a que se 
referem. Observe: 
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Seguem anexas as documentações 
requeridas. 
A menina agradeceu: - Muito obrigada. 
Muito obrigadas, disseram as senhoras, 
nós mesmas faremos isso. 
Seguem inclusos os papéis solicitados. 
Já lhe paguei o que estava devendo: 
estamos quites. 
 
Bastante - Caro - Barato - Longe 
 
Essas palavras são invariáveis quando 
funcionam como advérbios. Concordam com o 
nome a que se referem quando funcionam como 
adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais. 
Exemplos: 
As jogadoras estavam bastante 
cansadas. (advérbio) 
Há bastantes pessoas insatisfeitas com 
o trabalho. (pronome adjetivo) 
Nunca pensei que o estudo fosse tão 
caro. (advérbio) 
As casas estão caras. (adjetivo) 
Achei barato este casaco.(advérbio) 
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 
"Vais ficando longe de mim como o 
sono, nas alvoradas." (Cecília Meireles) 
(advérbio) 
"Levai-me a esses longes verdes, 
cavalos de vento!" (Cecília Meireles). 
(adjetivo) 
 
Meio - Meia 
a) A palavra "meio", quando empregada como 
adjetivo, concorda normalmente com o nome a 
que se refere. 
Por Exemplo: 
Pedi meia cerveja e meia porção de 
polentas. 
b) Quando empregadacomo advérbio 
(modificando um adjetivo) permanece invariável. 
Por Exemplo: 
A noiva está meio nervosa. 
 
Alerta - Menos 
Essas palavras são advérbios, portanto, 
permanecem sempre invariáveis. 
Por Exemplo: 
Os escoteiros estão sempre alerta. 
Carolina tem menos bonecas que sua 
amiga. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar 
com o seu sujeito. 
Exemplos: 
 
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles 
gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser. 
 
Casos de concordância verbal: 
 
1) Sujeito simples 
 
Regra geral: 
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e 
pessoa. 
 
Ex.: Nós vamos ao cinema. 
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para 
concordar com o sujeito (nós). 
 
Casos especiais: 
 
a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular. 
 
Ex.: A multidão gritou pelo rádio. 
 
Atenção: 
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no 
singular ou ir para o plural. 
 
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram. 
 
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, 
maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o 
plural. 
 
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Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A 
maioria dos alunos foram à excursão. 
 
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o 
verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou 
do plural). 
 
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas 
Altezas pediram silêncio. 
 
d) O sujeito é o pronome relativo "que" – o 
verbo concorda com o antecedente do pronome. 
 
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que 
derramamos o café. 
 
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o 
verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou 
concordar com o antecedente do pronome. 
 
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem 
derramei o café. 
 
f) O sujeito é formado pelas expressões: 
alguns de nós, poucos de vós, quais de..., 
quantos de..., etc. - o verbo poderá concordar 
com o pronome interrogativo ou indefinido ou 
com o pronome pessoal (nós ou vós). 
 
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me 
punireis? 
 
Dicas: 
Com os pronomes interrogativos ou 
indefinidos no singular, o verbo concorda 
com eles em pessoa e número. 
 
Ex.: Qual de vós me punirá. 
 
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem 
no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o 
verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de 
artigo, o verbo concordará com o artigo. 
 
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os 
Estados Unidos são a maior potência mundial. 
 
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de 
um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo 
concorda com o numeral. 
 
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de 
cinco alunos não compareceram à aula. 
 
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a 
maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o verbo 
poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou 
no plural (concordância atrativa). 
 
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos 
candidatos desistiram. 
 
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido 
coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou 
plural, se este vier afastado do substantivo. 
 
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, 
permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a 
violência da rua, permanecem em casa. 
 
2) Sujeito composto 
 
Regra geral 
O verbo vai para o plural. 
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Ex.: João e Maria foram passear no bosque. 
 
Casos especiais: 
 
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de 
pessoas gramaticais diferentes - o verbo 
ficará no plural seguindo-se a ordem de 
prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. 
 
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos 
tornaremos (1ª pessoa plural) amigos. 
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem 
prioridade sob a 3ª. 
 
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos 
tornareis (2ª pessoa do plural) amigos. 
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem 
prioridade sob a 3ª. 
 
Atenção: 
No caso acima, também é comum a 
concordância do verbo com a terceira 
pessoa. 
 
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do 
plural) 
 
Se o sujeito estiver posposto, permite-se 
também a concordância por atração com o 
núcleo mais próximo do verbo. 
 
Ex.: Irei eu e minhas amigas. 
 
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados 
assindeticamente ou ligados por “e” - o verbo 
concordará com os dois núcleos. 
 
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. 
 
Atenção: 
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a 
concordância por atração com o núcleo mais 
próximo do verbo. 
 
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga. 
 
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e 
estão no singular - o verbo poderá ficar no plural 
(concordância lógica) ou no singular (concordância 
atrativa). 
 
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se 
concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se 
concentrar. 
 
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo 
pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou 
apenas com o núcleo mais próximo. 
 
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma 
palavra, um gesto, um olhar bastava. 
 
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, 
tudo, ninguém... - o verbo concordará com o aposto 
resumidor. 
 
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o 
comoveu. 
 
f) Quando o sujeito for constituído pelas 
expressões: um e outro, nem um nem outro... - o 
verbo poderá ficar no singular ou no plural. 
 
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram. 
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 Página 66 
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem 
ligados por ou - o verbo irá para o singular 
quando a ideia for de exclusão, e para o plural 
quando for de inclusão. 
Exemplos: 
 
Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão) 
A poluição sonora ou a poluição do ar são 
nocivas ao homem. (adição, inclusão) 
 
h) Quando os sujeitos estiverem ligados 
pelas séries correlativas (tanto... como/ 
assim... como/ não só... mas também, etc.) - o 
que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, 
embora o singular seja aceitável se os núcleos 
estiverem no singular. 
Exemplos: 
 
Tanto Erundina quanto Collor perderam as 
eleições municipais em São Paulo. 
 
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições 
municipais em São Paulo. 
 
Outros casos: 
 
1) Partícula “SE”: 
 
a - Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo 
direto) concordará com o sujeito passivo. 
 
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros. 
 
b- Índice de indeterminação do sujeito: o 
verbo (transitivo indireto) ficará, 
obrigatoriamente, no singular. 
Exemplos: 
 
Precisa-se de secretárias. 
Confia-se em pessoas honestas. 
 
2) Verbos impessoais 
 
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão 
sempre na 3ª pessoa do singular. 
Exemplos: 
 
Havia sérios problemas na cidade. 
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. 
Deve haver sérios problemas na cidade. 
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. 
 
Dicas: 
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os 
verbos principais. 
O verbo existir não é impessoal. Veja: 
 
Existem sérios problemas na cidade. 
Devem existir sérios problemas na cidade. 
 
3) Verbos dar, bater e soar 
 
Quando usados na indicação de horas, possuem sujeito 
(relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem 
concordar. 
Exemplos: 
 
O relógio deu duas horas. 
Deram duas horas no relógio da estação. 
Deu uma hora no relógio da estação. 
O sino da igreja bateu cinco badaladas. 
Bateram cinco badaladas no sino da igreja. 
Soaram dezbadaladas no relógio da escola. 
 
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 Página 67 
4) Sujeito oracional 
 
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o 
verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do 
singular. 
 
Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na 
pintura. 
 
5) Concordância com o infinitivo 
 
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na 
oração: 
 
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for 
representado por pronome pessoal oblíquo 
átono. 
 
Ex.: Esperei-as chegar. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito 
não for representado por pronome átono e se o 
verbo da oração determinada pelo infinitivo for 
causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo 
(ver, ouvir, sentir e sinônimos). 
Exemplos: 
 
Mandei sair os alunos. 
Mandei saírem os alunos. 
 
- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o 
sujeito for diferente de pronome átono e 
determinante de verbo não causativo nem 
sensitivo. 
 
Ex.: Esperei saírem todos. 
 
b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto 
 
- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição 
com valor de gerúndio. 
Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (comentando) 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for 
idêntico ao da oração principal. 
Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes de 
(tu) responderes, (tu) lerás o texto. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito 
diferente do sujeito da oração principal e está indicado 
por algum termo do contexto. 
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o 
direito de contestarmos. 
 
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito 
diferente do sujeito da oração principal e não está 
indicado por nenhum termo no contexto. 
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato. 
 
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução 
verbal 
 
- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal 
da locução verbal, quando em virtude da ordem dos 
termos da oração, sua ligação com o verbo auxiliar for 
nítida. 
 
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios. 
 
- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo 
principal da locução verbal, quando o verbo auxiliar 
estiver afastado ou oculto. 
Exemplos: 
 
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 Página 68 
Não devemos, depois de tantas provas de 
honestidade, duvidar e reclamar dela. 
Não devemos, depois de tantas provas de 
honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela. 
 
6) Concordância com o verbo ser: 
 
a - Quando, em predicados nominais, o 
sujeito for representado por um dos 
pronomes: tudo, nada, isto, isso, aquilo - o 
verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o 
predicativo. 
Exemplos: 
 
Tudo são flores. 
Aquilo parecem ilusões. 
 
Dicas: 
Poderá ser feita a concordância com o 
sujeito quando se quer enfatizá-lo. 
 
Ex.: Aquilo é sonhos vãos. 
 
b - O verbo ser concordará com o predicativo 
quando o sujeito for os pronomes 
interrogativos: que ou quem. 
Exemplos: 
 
Que são gametas? 
Quem foram os escolhidos? 
 
c - Em indicações de horas, datas, tempo, 
distância - a concordância será feita com a 
expressão numérica 
Exemplos: 
 
São nove horas. 
É uma hora. 
 
Dicas: 
Em indicações de datas, são aceitas as duas 
concordâncias, pois subentende-se a palavra dia. 
Exemplos: 
 
Hoje são 24 de outubro. 
Hoje é (dia) 24 de outubro. 
 
d - Quando o sujeito ou predicativo da oração for 
pronome pessoal, a concordância se dará com o 
pronome. 
 
Ex.: Aqui o presidente sou eu. 
 
Dicas: 
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem 
pronomes, a concordância será com o que aparece 
primeiro, considerando o sujeito da oração. 
 
Ex.: Eu não sou tu 
 
e - Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se 
fará com o predicativo. 
 
Ex.: O menino era as esperanças da família. 
 
f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é 
menos de, junto a especificações de preço, peso, 
quantidade, distância e etc., o verbo fica sempre no 
singular. 
Exemplos: 
 
Cento e cinquenta é pouco. 
Cem metros é muito. 
 
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 Página 69 
g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser 
necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo 
pode ficar invariável (verbo na 3ª pessoa do 
singular e adjetivo no masculino singular) ou 
concordar com o sujeito posposto. 
Exemplos: 
 
É necessário aqueles materiais. 
São necessários aqueles materiais. 
 
h - Na expressão: é que, usada como 
expletivo, se o sujeito da oração não 
aparecer entre o verbo “ser” e o “que”, ficará 
invariável. Se aparecer, o verbo concordará 
com o sujeito. 
Exemplos: 
 
Eles é que sempre chegam atrasados. 
São eles que sempre chegam atrasados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
 
O estudo da regência verbal nos ajuda a 
escrever melhor. 
Quanto à regência verbal, os verbos podem ser: 
- Transitivo direto 
- Transitivo indireto 
- Transitivo direto e indireto 
- Intransitivo 
ASPIRAR 
O verbo aspirar pode ser transitivo direto ou 
transitivo indireto. 
Transitivo direto: quando significa “sorver”, “tragar”, 
“inspirar” e exige complemento sem preposição. 
- Ela aspirou o aroma das flores. 
- Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo. 
Transitivo indireto: quando significa “pretender”, 
“desejar”, “almejar” e exige complemento com a 
preposição “a”. 
- O candidato aspirava a uma posição de destaque. 
- Ela sempre aspirou a esse emprego. 
Obs: Quando é transitivo indireto não admite a 
substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos substituir 
por “a ele(s)”, “a ela(s)”. 
- Aspiras a este cargo? 
- Sim, aspiro a ele. (e não “aspiro-lhe”). 
ASSISTIR 
O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo 
direto e intransitivo. 
Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presenciar”, 
“caber”, “pertencer” e exige complemento com a 
preposição “a”. 
- Assisti a um filme. (ver) 
- Ele assistiu ao jogo. 
- Este direito assiste aos alunos. (caber) 
Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e 
exige complemento sem preposição. 
- O médico assiste o ferido. (cuida) 
Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com 
a preposição “a”. 
- Assistir ao paciente. 
Intransitivo: quando significa “morar” exige a preposição 
“em”. 
- O papa assiste no Vaticano. (no: em + o) 
- Eu assisto no Rio de Janeiro. 
“No Vaticano” e “no Rio de Janeiro” são adjuntos 
adverbiais de lugar. 
CHAMAR 
O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo 
indireto. 
É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir” 
e exige complemento sem preposição. 
- O professor chamou o aluno. 
É transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado 
com a preposição “por”. 
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 Página 70 
- Ela chamava por Jesus. 
Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a 
preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou 
transitivo indireto. 
Admite as seguintes construções: 
- Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo) 
- Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo) 
- Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo) 
- Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo) 
VISAR 
Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou 
transitivo indireto (com preposição). 
Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo 
direto. 
- O funcionário já visou todos os cheques. (dar 
visto) 
- O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar) 
Quando significa “desejar”, “almejar”, 
“pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e 
exige a preposição “a”. 
- Muitos visavam ao cargo. 
- Ele visa ao poder. 
Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e 
deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou 
seja, não se diz:viso-lhe. 
Obs: Quando o verbo “visar” é seguido por um 
infinitivo, a preposição é geralmente omitida. 
- Ele visava atingir o posto de comando. 
ESQUECER – LEMBRAR 
- Lembrar algo – esquecer algo 
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo 
(pronominal) 
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou 
seja exigem complemento sem preposição. 
- Ele esqueceu o livro. 
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -
me, etc) e exigem complemento com a 
preposição “de”. São, portanto, transitivos 
indiretos. 
- Ele se esqueceu do caderno. 
- Eu me esqueci da chave. 
- Eles se esqueceram da prova. 
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu. 
Há uma construção em que a coisa esquecida 
ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o 
verbo sofre leve alteração de sentido. É uma 
construção muito rara na língua contemporânea 
, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto 
brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por 
exemplo, fez uso dessa construção várias vezes. 
- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento) 
- Lembrou-me a festa. (vir à lembrança) 
O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e 
indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de 
alguma coisa). 
PREFERIR 
É transitivo direto e indireto, ou seja, possui um objeto 
direto (complemento sem preposição) e um objeto 
indireto (complemento com preposição) 
- Prefiro cinema a teatro. 
- Prefiro passear a ver TV. 
Não é correto dizer: “Prefiro cinema do que teatro”. 
SIMPATIZAR 
Ambos são transitivos indiretos e exigem a preposição 
“com”. 
- Não simpatizei com os jurados. 
QUERER 
Pode ser transitivo direto (no sentido de “desejar”) ou 
transitivo indireto ( no sentido de “ter afeto”, “estimar”). 
- A criança quer sorvete. 
- Quero a meus pais. 
NAMORAR 
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição. 
- Maria namora João. 
Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”. 
OBEDECER 
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a 
preposição “a” (obedecer a). 
- Devemos obedecer aos pais. 
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode 
ser usado na voz passiva. 
- A fila não foi obedecida. 
VER 
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição. 
- Ele viu o filme. 
 
 
 
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REGÊNCIA NOMINAL 
A regência nominal determina se os seus 
complementos são acompanhados por 
preposição. 
Os nomes pedem complemento nominal; e os 
verbos, objetos diretos ou indiretos. 
Exemplo: 
- Ela tem necessidade de roupa. 
Quem tem necessidade, tem necessidade “de” 
alguma coisa. 
De roupa: complemento nominal. 
- Fiz uma referência a um escritor famoso. 
Quem faz referência faz referência “a” alguma 
coisa. 
A um escritor famoso: complemento nominal 
Na verdade, não existem regras. Cada palavra 
exige um complemento e rege uma preposição. 
Muitas regências nós aprendemos de tanto 
escutá-las, porém não significa que todas 
estejam corretas. 
“Prefiro mais cinema do que teatro.” 
Escutamos esta frase quase todos os dias. 
Preferir mais, não existe, pois ninguém prefere 
menos. É, portanto, uma redundância. 
Quem prefere prefere alguma coisa “a” outra. A 
frase ficaria correta desta forma: “Prefiro cinema 
a teatro”. 
O verbo preferir é transitivo direto e indireto e o 
objeto indireto deve vir com a preposição. “a”. 
“Prefiro isso do que aquilo.” 
Do que é uma regência popular e deve ser 
evitada em provas, redações e concursos. 
“Prefiro ir à praia a estudar.” (Preferir a + a praia: 
a + a: à - veja Crase). 
Acessível a 
Acostumado a ou com 
Alheio a 
Alusão a 
Ansioso por 
Atenção a ou para 
Atento a ou em 
Benéfico a 
Compatível com 
Cuidadoso com 
Desacostumado a ou com 
Desatento a 
Desfavorável a 
Desrespeito a 
Estranho a 
Favorável a 
Fiel a 
Grato a 
Hábil em 
Habituado a 
Inacessível a 
Indeciso em 
Invasão de 
Junto a ou de 
Leal a 
Maior de 
Morador em 
Natural de 
Necessário a 
Necessidade de 
Nocivo a 
Ódio a ou contra 
Odioso a ou para 
Posterior a 
Preferência a ou por 
Preferível a 
Prejudicial a 
Próprio de ou para 
Próximo a ou de 
Querido de ou por 
Residente em 
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 Página 72 
Respeito a ou por 
Sensível a 
Simpatia por 
Simpático a 
Útil a ou para 
Versado em 
Apresentamos a seguir vários nomes 
acompanhados da preposição ou preposições 
que os regem. Observe-os atentamente e 
procure, sempre que possível, associar esses 
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência 
você conhece. 
Substantivos 
Admiração 
a, por 
Devoção a, para, 
com, por 
Medo de 
Aversão a, 
para, por 
Doutor em Obediência a 
Atentado a, 
contra 
Dúvida acerca 
de, em, sobre 
Ojeriza a, por 
Bacharel 
em 
Horror a Proeminência 
sobre 
Capacidade 
de, para 
Impaciência com Respeito a, 
com, para 
com, por 
 
Adjetivos 
Acessível a Entendido em Necessário a 
Acostumado a, 
com 
Equivalente a Nocivo a 
Agradável a Escasso de Paralelo a 
Alheio a, de Essencial a, 
para 
Passível de 
Análogo a Fácil de Preferível a 
Ansioso de, 
para, por 
Fanático por Prejudicial a 
Apto a, para Favorável a Prestes a 
Ávido de Generoso com Propício a 
Benéfico a Grato a, por Próximo a 
Capaz de, para Hábil em Relacionado 
com 
Compatível 
com 
Habituado a Relativo a 
Contemporâneo 
a, de 
Idêntico a Satisfeito com, 
de, em, por 
Contíguo a Impróprio para Semelhante a 
Contrário a Indeciso em Sensível a 
Descontente 
com 
Insensível a Sito em 
Desejoso de Liberal com Suspeito de 
Diferente de Natural de Vazio de 
Advérbios 
Longe de 
Perto de 
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a 
seguir o regime dos adjetivos de que são formados: 
paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a. 
 
Exercícios 
01. Está correto o emprego da expressão sublinhada na 
frase: 
(A) Os exercícios com que o autor se refere são 
aqueles praticados sem muito controle. 
(B) As substâncias na qual a privação acarreta 
depressão são a dopamina e a endorfina. 
(C)) Quando o tempo de que dispomos é insuficiente 
para a ginástica, cresce a nossa ansiedade. 
(D) É um círculo vicioso, de cujo alguns não conseguem 
escapar. 
(E) As condições adversas em cujas muita gente faz 
ginástica ressaltam essa dependência. 
 
02. Todas as religiões têm rituais, e os fiéis que seguem 
esses rituais beneficiam-se não propriamente das 
práticas que constituem os rituais, mas da meditação 
implicada nesses rituais. 
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 Página 73 
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima 
substituindo-se os segmentos sublinhados, 
respectivamente, por: 
(A) lhes seguem - lhes constituem - neles 
implicada 
(B) os seguem - os constituem - neles implicada 
(C) os seguem - os constituem - lhes implicada 
(D) os seguem - lhes constituem - implicada nos 
mesmos 
(E) seguem-nos - constituem-nos - a eles 
implicada 
 
03. É mais do que suficiente o vocabulário 
_____ dispomos. 
O termo _______ o autor se refere é surfar. 
Tendo em vista a regência verbal, completam-se 
corretamente as frases com: 
(A) de que - a que. 
(B) com que - de que. 
(C) que - de que. 
(D) a que - que. 
(E) a que - com que. 
 
04. O conhecimento ___________ se referia o 
profissional, se faz presente nas pessoas 
___________ valores não são materiais. 
Assinale a opção que, segundo o registro culto e 
formal da língua, preenche as lacunas acima. 
(A) que – que (B) que – cujos os 
(C) a que – cujos (D) o qual – de 
cujos 
(E) o qual – para quem 
 
05. Indique a opção em que a expressão em 
destaque pode ser substituída por “lhe”, assim 
como em “...uma parte do mérito lhe cabe,” 
(A) O economistachamou o colega de benfeitor 
da natureza. 
(B) A Fundação convidou o professor para o 
cargo de diretor. 
(C) O projeto pertence ao renomado cientista. 
(D) O governo criou recentemente o Bolsa-
Floresta. 
(E) A diretora gosta muito de sua assistente. 
 
06. Observe as frases a seguir. 
O êxito ______ confiamos depende de esforço e 
dedicação. 
Os modelos de ídolos ______ todos aspiramos 
deveriam ser constituídos de valores éticos. 
A opção que preenche, respectivamente, as 
lacunas das frases acima, de acordo com a 
norma culta, é: 
(A) para que / de que. 
(B) de que / a que. 
(C) em que / com que. 
(D) em que/ a que. 
(E) a que / em que. 
 
07. Analise as frases. 
– Desejavam saber o preço __________ venderiam o 
camarão. 
– Com cenário iluminado, a pesca na lagoa foi a mais 
bonita __________ assistiu. 
– O barco __________ estavam os que se dirigiam ao 
porto passava distante dos pescadores. 
Tendo em vista a regência verbal, as frases acima se 
completam com 
(A) de que / em que / com que 
(B) de que / em que / do qual 
(C) pelo qual / a que / em que 
(D) pelo qual / que / de que 
(E) com o qual / com que / em que 
 
08. Assinale a opção cuja regência do verbo 
apresentado é a mesma do verbo destacado na 
passagem “Ser aceito implica mecanismos mais sutis e 
de maior alcance...” 
(A) Lembrar-se. 
(B) Obedecer. 
(C) Visar (no sentido de almejar). 
(D) Respeitar. 
(E) Chegar. 
 
09. Assinale a alternativa cuja seqüência completa 
corretamente as frases abaixo: 
A lei ____ se referiu jà foi revogada. 
Os problemas ____se lembraram eram muito grandes. 
O cargo _____aspiras é muito importante. 
O filme _____gostou foi premiado. 
O jogo _______ assistimos foi movimentado. 
A) que - que - que - que - que 
B) a que -de que-que-que - a que 
C) que - de que - que - de que - que 
D) a que - de que - a que - de que- a que 
E) a que - que - que - que - a que 
 
10. As liberdades _____ se refere o autor dizem 
respeito a direitos _____ se ocupa a nossa 
Constituição. 
Preenchem de modo correto as lacunas da frase acima, 
na ordem dada, as expressões: 
(A) a que - de que (D) à que - em que 
(B) de que - com que (E) em que - aos quais 
(C) a cujas - de cujos 
 
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 Página 74 
11. Assinale a opção cuja lacuna não pode ser 
preenchida pela preposição entre parênteses: 
A) uma companheira desta, _____ cuja figura 
os 
mais velhos se comoviam. (com) 
B) uma companheira desta, _____ cuja figura já 
nos referimos anteriormente. (a) 
C) uma companheira desta, _____ cuja figura 
havia um ar de grande dama decadente. (em) 
D) uma companheira desta, _____cuja figura 
andara todo o regimento apaixonado. (por) 
E) uma companheira desta, _____ cuja figura as 
crianças se assustavam. (de) 
 
PRÁTICA DE TEXTO 
 
TCE/RO 
É preciso voltar a gostar do Brasil 
 Muitos motivos se somaram, ao longo da 
nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar, 
mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro. Já 
independentes, continuamos a ser um animal 
muito estranho no zoológico das nações: 
sociedade recente, produto da expansão 
européia, concebida desde o início para servir 
ao mercado mundial, organizada em torno de 
um escravismo prolongado e tardio, única 
monarquia em um continente republicano, 
assentada em uma extensa base territorial 
situada nos trópicos, com um povo em processo 
de formação, sem um passado profundo onde 
pudesse ancorar sua identidade. Que futuro 
estaria reservado para uma nação assim? 
 Durante muito tempo, as tentativas feitas 
para compreender esse enigma e constituir uma 
teoria do Brasil foram, em larga medida, 
infrutíferas. Não sabíamos fazer outra coisa 
senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto o 
Brasil se olhou no espelho europeu só pôde 
construir uma imagem negativa e pessimista de 
si mesmo, ao constatar sua óbvia condição não-
européia. 
 Houve muitos esforços meritórios para 
superar esse impasse. Porém, só na década de 
1930, depois de mais de cem anos de vida 
independente, começamos a puxar 
consistentemente o fio da nossa própria meada. 
Devemos ao conservador Gilberto Freyre, em 
1934, com Casa-grande & Senzala, uma 
revolucionária releitura do Brasil, visto a partir do 
complexo do açúcar e à luz da moderna 
antropologia cultural, disciplina que então 
apenas engatinhava. (...) Freyre revirou tudo de 
ponta-cabeça, realizando um tremendo resgate 
do papel civilizatório de negros e índios dentro 
da formação social brasileira. (...) 
 A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do 
Estado ou das demais instituições formais, todas aqui 
muito fracas. Foi obra da família patriarcal, em torno da 
qual se constituiu um modo de vida completo e 
específico. (...) 
 Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do 
antropólogo: comidas, lendas, roupas, cores, odores, 
festas, canções, arquitetura, sexualidade, superstições, 
costumes, ferramentas e técnicas, palavras e 
expressões de linguagem. (...) Ela (a singularidade da 
experiência brasileira) não se encontrava na política 
nem na economia, muito menos nos feitos dos grandes 
homens. Encontrava-se na cultura, obra coletiva de 
gerações anônimas. (...) 
 Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos 
depois, com Raízes do Brasil, um instigante ensaio – 
“clássico de nascença”, nas palavras de Antônio 
Cândido – que tentava compreender como uma 
sociedade rural, de raízes ibéricas, experimentaria o 
inevitável trânsito para a modernidade urbana e 
“americana” do século 20. Ao contrário do 
pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio 
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que 
estava se desfazendo, mas tampouco acreditava na 
eficácia das vias autoritárias, em voga na década de 
1930, que prometiam acelerar a modernização pelo alto. 
Observa o tempo secular da história. Considera a 
modernização um processo. Também busca a 
singularidade do processo brasileiro, mas com olhar 
sociológico: somos uma sociedade transplantada, mas 
nacional, com características próprias. (...) 
 Anuncia que “a nossa revolução” está em marcha, 
com a dissolução do complexo ibérico de base rural e a 
emergência de um novo ator decisivo, as massas 
urbanas. Crescentemente numerosas, libertadas da 
tutela dos senhores locais, elas não mais seriam 
demandantes de favores, mas de direitos. No lugar da 
comunidade doméstica, patriarcal e privada, seríamos 
enfim levados a fundar a comunidade política, de modo 
a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em 
cidadão. 
 O esforço desses pensadores deixou pontos de 
partida muito valiosos, mesmo que tenham descrito um 
país que, em parte, deixou de existir. O Brasil de 
Gilberto Freyre girava em torno da família extensa da 
casa-grande, um espaço integrador dentro da 
monumental desigualdade; o de Sérgio Buarque apenas 
iniciava a aventura de uma urbanização que prometia 
associar-se a modernidade e cidadania. 
BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos. Ano X, no 
111. jun. 2006. (adaptado) 
1. Segundo o texto, o “...tremendo resgate do papel 
civilizatório de negros e índios dentro da formação social 
brasileira.” (l. 29-30) refere-se: 
(A) à influência das culturas indígena e negra na 
civilização ibérica. 
(B) à influência destas etnias na constituição da cultura 
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brasileira. 
(C) às interferências ibéricas na formação 
destas etnias. 
(D) às dificuldades que estes povos criaram para 
a formação social brasileira. 
(E) ao massacre sofrido por estes povos no 
processo colonizador. 
 
2. O autor enaltece as teorias de Freyre e 
Buarque “mesmo que tenham descrito um país 
que, em parte, deixou de existir.” (l. 69-70). 
Segundo o texto, o país, em parte, deixou de 
existir em virtude de: 
(A) diferentes colonizações na sua história. 
(B) erros na decifração do enigmabrasileiro. 
(C) inevitáveis mudanças ao longo da história. 
(D) equívocos na construção da cultura. 
(E) dificuldades encontradas pelos antropólogos. 
 
3. Para Sérgio Buarque, “as massas urbanas” (l. 
61) representam o(a): 
(A) sinal de liberdade dos senhores locais. 
(B) empecilho à decifração do enigma brasileiro. 
(C) resultado da colonização de raízes ibéricas. 
(D) produto de transformações feitas pela “nossa 
revolução”. 
(E) demonstração do autoritarismo em voga na 
década de 30. 
 
4. O termo destacado em “...um espaço 
integrador dentro da monumental 
desigualdade;” (l. 71-72) faz contraponto com 
o(a): 
(A) processo autoritário de modernização. 
(B) contraste econômico entre o campo e a 
cidade. 
(C) comunidade doméstica patriarcal. 
(D) estratificação social da casa-grande. 
(E) construção da cidadania decorrente da 
urbanização. 
 
5. O fragmento “somos uma sociedade 
transplantada, mas nacional, com características 
próprias.” (l. 56-58) sinaliza uma oposição. 
Assinale a opção em que os termos 
demonstram, respectivamente, esta oposição. 
(A) Independente / insubmissa. 
(B) Colonial / singular. 
(C) Única / igualitária. 
(D) Livre / original. 
(E) Peculiar / específica. 
 
6. A compreensão do Brasil foi retardada pela 
existência de: 
(A) uma família patriarcal que se opôs ao 
trabalho civilizatório das instituições formais. 
(B) uma sociedade que continuou mercantilista até a 
independência. 
(C) um enigma que só pôde ser decifrado com os ideais 
republicanos. 
(D) muitos dados que enredaram a nossa cultura. 
(E) aspectos que levaram à formação de uma identidade 
nacional contraditória. 
 
7. É CONTRÁRIA ao texto a seguinte afirmação: 
(A) Sérgio Buarque não considera a passagem para a 
modernidade um processo lesivo aos interesses 
nacionais. 
(B) Gilberto Freyre e Sérgio Buarque compartilham o 
sentimento pelo ocaso da sociedade agrária. 
(C) Gilberto Freyre, conservador, faz uma releitura do 
Brasil que não se restringe ao elemento europeu. 
(D) O dualismo vivência rural e vivência urbana é 
cotejado por Sérgio Buarque em sua obra. 
(E) O ponto de contato entre o pensamento dos dois 
autores consiste na investigação do que há de 
específico na brasilidade. 
 
8. O aspecto enigmático da sociedade brasileira 
consiste: 
(A) em se desvendar a razão de não se gostar muito do 
Brasil. 
(B) na fragilidade do olhar investigativo dos estudiosos. 
(C) na ineficácia dos esforços de se entender o Brasil 
em decorrência de sua situação geográfica. 
(D) na incapacidade brasileira de copiar os saberes 
europeus. 
(E) nas contradições existentes mesmo em etapas 
diferentes de sua constituição política. 
 
9. Em “seríamos enfim levados a fundar a comunidade 
política, de modo a transformar, ao nosso modo, o 
homem cordial em cidadão.” (l. 65-67), as partes 
destacadas podem ser substituídas, sem alteração de 
sentido, por: 
(A) de maneira que pudéssemos – do nosso jeito. 
(B) com o fim de – como se fosse nosso. 
(C) na forma de – da nossa sociedade. 
(D) tendo como objetivo – para nosso lucro. 
(E) sem fins de – do mesmo jeito. 
10. Assinale a opção em que o conjunto destacado NÃO 
atribui ao texto a idéia de FINALIDADE. 
(A) “Muitos motivos se somaram, (...) para dificultar a 
tarefa de decifrar, (...) o enigma ...”(l.1-3) 
(B) “concebida desde o início para servir ao mercado 
mundial,” (l.5-6) 
(C) “(...) as tentativas feitas para compreender esse 
enigma (...) foram, (...) infrutíferas.” (l.13-15) 
(D) “Houve muitos esforços meritórios para superar 
esse impasse.” (l. 20-21) 
(E) “experimentaria o inevitável trânsito para a 
modernidade urbana ...” (l. 47-48) 
 
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 Página 76 
11. Na construção de uma das opções abaixo foi 
empregada uma forma verbal que segue o 
mesmo tipo de uso do verbo haver em “Houve 
muitos esforços meritórios para superar esse 
impasse.” (l. 20-21). Indique-a. 
(A) O antropólogo já havia observado a atitude 
dos grupos sociais. 
(B) Na época da publicação choveram elogios 
aos livros. 
(C) Faz muito tempo da publicação de livros 
como estes. 
(D) No futuro, todos hão de reconhecer o seu 
valor. 
(E) Não se fazem mais brasileiros como 
antigamente. 
 
12. Assinale a opção em que há uso 
INADEQUADO da regência verbal, segundo a 
norma culta da língua. 
(A) É interessante a obra de Freyre com a qual a 
de Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral. 
(B) É necessário ler estes livros nos quais nos 
vemos caracterizados. 
(C) Chico Buarque, por quem os brasileiros têm 
grande admiração, é filho de Sérgio Buarque. 
(D) É tão bom escritor que não vejo alguém de 
quem ele possa se comparar. 
(E) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob 
cujas leis as pessoas traçam suas vidas. 
 
13. Em qual das palavras apresentadas a seguir 
as lacunas NÃO podem ser preenchidas com os 
mesmos sinais gráficos destacados no vocábulo 
expansão? 
(A) E __clu __ão. (D) E __ pan __ ivo. 
(B) E __po __ição. (E) E __ cur __ão. 
(C) E __ terili __ação. 
 
14. A ausência do sinal gráfico de acentuação 
cria outro sentido para a palavra: 
(A) trânsito. (B) características. 
(C) inevitável. (D) infrutíferas. 
(E) anônimas. 
 
GABARITO DOS EXERCÍCIOS 
 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
01. a) Aconteceram; b) Ficaram; c) Sobraram; d) 
devem existir; e) podem ocorrer. 
02. a) Anunciaram-se; b) se farão; c) Trata-se; d) 
se fala; e) Obtiveram-se 
03.E 04.A 05.C 06.A 07.B 08.D 09.E 
10.B 11.C 12.A 13.C 14.E 15.C 16.E 
 
 
 
PRÁTICA DE TEXTO: 
 
01.D 02.E 03.C 04.E 05.A 06.B 07.D 08.B 
09.D 10.E 11.A 12.E 13.C 14.A 15.C 16.B 
17.C 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
01.C 02.B 03.A 04.C 05.C 06.D 07.C 08.D 
09.D 10.A 11.E 
 
PRÁTICA DE TEXTO: 
01.B 02.C 03.D 04.E 05.B 06.D 07.B 08.E 
09.A 10.E 11.C 12.D 13.C 14.A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conceito: é a fusão de duas vogais da 
mesma natureza. No português 
assinalamos a crase com o acento grave 
(`). Observe: 
 Obedecemos ao regulamento. 
 ( a + o ) 
Não há crase, pois o encontro ocorreu 
entre duas vogais diferentes. Mas: 
 Obedecemos à norma. 
 ( a + a ) 
Há crase pois temos a união de duas 
vogais iguais ( a + a = à ) 
 
Regra Geral: 
Haverá crase sempre que: 
I. o termo antecedente exija a 
preposição a; 
II. o termo conseqüente aceite o 
artigo a. 
 
Fui à cidade. 
( a + a = preposição + artigo ) 
( substantivo feminino ) 
 
Conheço a cidade. 
( verbo transitivo direto – não exige 
preposição ) 
( artigo ) 
( substantivo feminino ) 
 
Vou a Brasília. 
( verbo que exige preposição a ) 
( preposição ) 
( palavra que não aceita artigo ) 
 
Observação: 
Para saber se uma palavra aceita ou não o 
artigo, basta usar o seguinte artifício: 
I. se pudermos empregar a 
combinação da antes da palavra, é 
sinal de que ela aceita o artigo 
II. se pudermos empregar apenas a 
preposição de, é sinal de que não aceita. 
 
Ex: Vim da Bahia. (aceita) 
 Vim de Brasília (não aceita) 
 Vim da Itália. (aceita) 
 Vim de Roma. (não aceita) 
 
Nunca ocorre crase: 
 
1) Antes de masculino. 
Caminhava a passo lento. 
 (preposição) 
 
2) Antes de verbo. 
Estou disposto a falar. 
 (preposição) 
 
3) Antes de pronomes em geral. 
Eu me referi a esta menina. 
(preposição e pronome demonstrativo) 
 
Eu falei a ela. 
(preposição e pronome pessoal) 
 
4) Antes de pronomes de tratamento. 
Dirijo-me a Vossa Senhoria. 
(preposição) 
 
Observações: 
 1. Há três pronomes de tratamento que aceitam 
o artigo e, obviamente, a crase: senhora, 
senhorita e dona. 
Dirijo-me à senhora. 
 
2. Haverá crase antes dos pronomes que 
aceitarem o artigo, tais como:mesma, 
própria... 
Eu me referi à mesma pessoa. 
 
5) Com as expressões formadas de palavras 
repetidas. 
Venceu de ponta a ponta. 
 (preposição) 
 
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Observação: 
É fácil demonstrar que entre expressões 
desse tipo ocorre apenas a preposição: 
Caminhavam passo a passo. 
 (preposição) 
 
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser 
o artigo o e teríamos o seguinte: 
Caminhavam passo aopasso – o que não 
ocorre. 
 
6) Antes dos nomes de cidade. 
Cheguei a Curitiba. 
 (preposição) 
 
Observação: 
Se o nome da cidade vier determinado por 
algum adjunto adnominal, ocorrerá a 
crase. 
Cheguei à Curitiba dos pinheirais. 
 (adjunto adnominal) 
 
7) Quando um a (sem o s de plural) 
vem antes de um nome plural. 
Falei a pessoas estranhas. 
 (preposição) 
 
Observação: 
Se o mesmo a vier seguido de s haverá 
crase. 
Falei às pessoas estranhas. 
(a + as = preposição + artigo) 
 
Sempre ocorre crase: 
 
1) Na indicação pontual do número de 
horas. 
Às duas horas chegamos. 
(a + as) 
 
Para comprovar que, nesse caso, ocorre 
preposição + artigo, basta confrontar com 
uma expressão masculina correlata. 
Ao meio-dia chegamos. 
(a + o) 
 
2) Com a expressão à moda de e à maneira 
de. 
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que 
parte da expressão (moda de) venha implícita. 
Escreve à (moda de) Alencar. 
 
3) Nas expressões adverbiais femininas. 
Expressões adverbiais femininas são aquelas que 
se referem a verbos, exprimindo circunstâncias 
de tempo, de lugar, de modo... 
Chegaram à noite. 
(expressão adverbial feminina de tempo) 
 
Caminhava às pressas. 
(expressão adverbial feminina de modo) 
 
Ando à procura de meus livros. 
(expressão adverbial feminina de fim) 
 
Observações: 
No caso das expressões adverbiais femininas, 
muitas vezes empregamos o acento indicatório de 
crase (`), sem que tenha havido a fusão de 
dois as. É que a tradição e o uso do idioma se 
impuseram de tal sorte que, ainda quando não 
haja razão suficiente, empregamos o acento de 
crase em tais ocasiões. 
 
4) Uso facultativo da crase 
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e 
antes de pronomes possessivos femininos, pode 
ou não ocorrer a crase. 
Ex: Falei à Maria. 
 (preposição + artigo) 
 
 Falei à sua classe. 
 (preposição + artigo) 
 
 Falei a Maria. 
 (preposição sem artigo) 
 
 Falei a sua classe. 
 (preposição sem artigo) 
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Note que os nomes próprios de pessoa 
femininos e os pronomes possessivos 
femininos aceitam ou não o artigo antes 
de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer 
a crase ou não. 
 
Casos especiais: 
 
1) Crase antes de casa. 
A palavra casa, no sentido de lar, 
residência própria da pessoa, se não vier 
determinada por um adjunto adnominal 
não aceita o artigo, portanto não ocorre a 
crase. 
Por outro lado, se vier determinada por 
um adjunto adnominal, aceita o artigo e 
ocorre a crase. Ex: 
Volte a casa cedo. 
(preposição sem artigo) 
 
Volte à casa dos seus pais. 
(preposição sem artigo) 
(adjunto adnominal) 
 
2) Crase antes de terra. 
A palavra terra, no sentido de chão firme, 
tomada em oposição a mar ou ar, se não 
vier determinada, não aceita o artigo e 
não ocorre a crase. Ex: 
Já chegaram a terra. 
(preposição sem artigo) 
 
Se, entretanto, vier determinada, aceita o 
artigo e ocorre a crase. Ex: 
Já chegaram à terra dos antepassados. 
(preposição + artigo) 
(adjunto adnominal) 
 
3) Crase antes dos pronomes 
relativos. 
Antes dos pronomes 
relativos quem e cujo não ocorre 
crase. Ex: 
Achei a pessoa a quem procuravas. 
Compreendo a situação a cuja gravidade você se 
referiu. 
 
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase 
se o masculino correspondente for ao qual, aos 
quais. Ex: 
Esta é a festa à qual me referi. 
Este é o filme ao qual me referi. 
Estas são as festas às quais me referi. 
Estes são os filmes aos quais me referi. 
 
4) Crase com os pronomes 
demonstrativos aquele (s), aquela (s), 
aquilo. 
Sempre que o termo antecedente exigir a 
preposição a e vier seguido dos pronomes 
demonstrativos:aquele, aqueles, aquela, 
aquelas, aquilo, haverá crase. Ex: 
Falei àquele amigo. 
Dirijo-me àquela cidade. 
Aspiro a isto e àquilo. 
Fez referência àquelas situações. 
 
5) Crase depois da preposição até. 
Se a preposição até vier seguida de um nome 
feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto 
porque essa preposição pode ser empregada 
sozinha (até) ou em locução com a preposição a 
(até a). Ex: 
Chegou até à muralha. 
(locução prepositiva = até a) 
(artigo = a) 
 
Chegou até a muralha. 
(preposição sozinha = até) 
(artigo = a) 
 
6) Crase antes do que. 
Em geral, não ocorre crase antes do que. 
Ex: Esta é a cena a que me referi. 
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma 
crase da preposição a com o pronome 
demonstrativo a(equivalente a aquela). 
Para empregar corretamente a crase antes 
do que convém pautar-se pelo seguinte artifício: 
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I. se, com antecedente 
masculino, ocorrer ao que / aos 
que, com o feminino ocorrerá 
crase; 
Ex: Houve um palpite anterior ao que 
você deu. 
 ( a + o ) 
 Houve uma sugestão anterior à que 
você deu. 
 ( a + a ) 
 
II. se, com antecedente 
masculino, ocorrer a que, no 
feminino não ocorrerá crase. 
Ex: Não gostei do filme a que você se 
referia. 
 (ocorreu a que, não tem artigo) 
 Não gostei da peça a que você se 
referia. 
 (ocorreu a que, não tem artigo) 
 
Observação: 
O mesmo fenômeno de crase 
(preposição a + pronome 
demonstrativo a) que ocorre antes 
do que,pode ocorrer antes do de. Ex: 
Meu palpite é igual ao de todos. 
(a + o = preposição + pronome 
demonstrativo) 
 
Minha opinião é igual à de todos. 
(a + a = preposição + pronome 
demonstrativo) 
 
7) há / a 
Nas expressões indicativas de tempo, é 
preciso não confundir a grafia 
do a (preposição) com a grafia 
do há (verbo haver). 
Para evitar enganos, basta lembrar que, 
nas referidas expressões: 
a (preposição) indica tempo futuro (a ser 
transcorrido); 
há (verbo haver) indica tempo passado (já 
transcorrido). Ex: 
Daqui a pouco terminaremos a aula. 
Há pouco recebi o seu recado. 
 
Usos do porquê 
 
Há quatro maneiras de se escrever o porquê: porquê, 
porque, por que e por quê. Vejamo-las: 
 
Porquê 
É um substantivo, por isso somente poderá ser utilizado, 
quando for precedido de artigo (o, os), pronome adjetivo 
(meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...) ou 
numeral (um, dois, três, quatro) 
Ex. 
• Ninguém entende o porquê de tanta confusão. 
• Este porquê é um substantivo. 
• Quantos porquês existem na Língua Portuguesa? 
• Existem quatro porquês. 
 
Por quê 
Sempre que a palavra que estiver em final de frase, 
deverá receber acento, não importando qual seja o 
elemento que surja antes dela. 
Ex. 
• Ela não me ligou e nem disse por quê. 
• Você está rindo de quê? 
• Você veio aqui para quê? 
 
Por que 
Usa-se por que, quando houver a junção da preposição 
por com o pronome interrogativo que ou com o pronome 
relativo que. Para facilitar, dizemos que se pode 
substituí- lo por por qual razão, pelo qual, pela qual, 
pelos quais, pelas quais, por qual. 
Ex. 
• Por que não me disse a verdade? = por qual razão 
• Gostaria de saber por que não me disse a verdade. = 
por qual razão 
• As causas por que discuti com ele são particulares. = 
pelas quais 
• Ester é a mulher por que vivo. = pela qual 
 
Porque 
É uma conjunção subordinativa causal ou conjunçãosubordinativa final ou conjunção coordenativa 
explicativa, portanto estará ligando duas orações, 
indicando causa, explicação ou finalidade. Para facilitar, 
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dizemos que se pode substituí-lo por já que, pois 
ou a fim de que. 
Ex. 
• Não saí de casa, porque estava doente. = já 
que 
• É uma conjunção, porque liga duas orações. = 
pois 
• Estudem, porque aprendam. = a fim de que 
 
EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Assinale como Falso (F) ou Verdadeiro (V): 
 
1. ( ) A assistência às aulas é indispensável. 
2. ( ) Esta novela nem se compara a que 
assistimos. 
3. ( ) Obedecerei àquilo que me for 
determinado 
4. ( ) O professor foi a Taguatinga comprar 
pinga. 
5. ( ) Chegou a casa e logo se jogou na cama. 
6. ( ) Os turistas foram à terra comprar flores. 
7. ( ) Via-se, a distância de cem metros, uma 
luz. 
8. ( ) Diga a Adriana que a estamos esperando. 
9. ( ) Ela fez alusões a sua classe e não a 
minha. 
10. ( ) O conselheiro jamais perdoou a Dona 
Margarida. 
11. ( ) Esta alameda vai até à chácara de meu 
pai. 
12. ( ) Os meninos cheiravam a cola. 
13. ( ) Eles andavam à toa, sempre à procura 
de dinheiro, vivendo e comendo à medida que 
podiam. 
Múltipla escolha 
 
14. Assinale a alternativa em que o acento 
indicativo da crase é obrigatório nas duas 
ocorrências. 
 
a) Uma lei sempre está ligada a alguma outra. 
As leis estão subordinadas a Lei-Mãe. 
b) Obedecer aqueles princípios é necessário. É 
direito que assiste a autora rever a emenda. 
c) Alguns parlamentares anuíram a proposta de 
emenda. Agiram contra a lei. 
d) Estamos sujeitos a muitas leis. São contrários 
a lei. 
e) O Presidente atendeu a reivindicação do 
ministro. Procurou-se assistir as populações 
atingidas pela seca. 
 
15. Não sei ________ quem devo dirigir-me: se 
______ funcionária desta seção, ou _____ da 
seção de protocolo. 
 
a) a-a-a; c) a-à-à; e) à-à-à. 
b) a-à-a; d) à-a-à; 
16. Assinale a alternativa em que a crase está indicada 
corretamente. 
a) Não se esqueça de chegar à casa cedo. 
b) Prefiro isto aquilo, já que ao se fazer o bem não se 
olha à quem. 
c) Já que pagaste àquelas dívidas, à que situação 
aspiras? 
d) Chegaram até à região marcada e daí avançaram até 
à praia. 
e) É um perigo andar a pé, sozinho, a uma hora da 
madrugada. 
 
17. Daqui _____ vinte quilômetros, o viajante 
encontrará, logo _____ entrada do grande bosque, uma 
estátua que _____ séculos foi erigida em homenagem 
deusa da mata. 
a) a-à-há-à; d) a-à-à-à; 
b) há -a-à-a; e) há -a-há-a. 
c) à-há-à-à; 
 
18. O progresso chegou inesperadamente _____ 
subúrbio. Daqui ________ poucos anos, nenhum dos 
seus moradores se lembrará mais das casinhas que, 
_______ tão pouco tempo, marcavam a paisagem 
familiar. 
a) aquele - a - a; d) àquele - a - há; 
b) àquele - à - há; e) aquele - à - há. 
c) àquele - à - à; 
 
19. O fenômeno _______ que aludi é visível _______ 
noite e olho nu. 
 
a) a-a-a; c) a-à-a; e) à-à-a. 
b) a-à-à; d) a-à-à; 
 
20. Já estavam _______ poucos metros da clareira 
_________ qual foram ter por um atalho aberto_______ 
facão. 
 
a) à-à-a; c) a-a-à; e) à-à-à. 
b) a-à-a; d) à-a-à; 
 
21. Assinale a opção incorreta no que se refere ao 
emprego do acento grave indicativo de crase. 
a) Há cinco anos vivendo em São Paulo, um cidadão 
inglês foi constrangido a abandonar a tradicional 
pontualidade britânica. Para ir à casa de seus alunos, 
ele enfrenta horas de trânsito congestionado. 
b) Assustado com os efeitos do trânsito sobre os índices 
de poluição, o secretário estadual de Meio 
Ambiente pregou a necessidade de restringir à 
circulação de carros na capital paulista. 
c) Em Salvador, a terceira cidade mais populosa do 
País, a prefeitura recorreu à parceria com a 
iniciativa privada para alargar as avenidas mais 
importantes. 
d) O motorista entregou a documentação a uma das 
funcionárias do Departamento e ficou à espera do 
resultado, a fim de que pudesse resolver o seu problema 
a curto prazo. 
e) Quanto àquele problema de falta de verbas para o 
Departamento, o diretor resolveu dirigir-se 
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diretamente a Sua Excelência, de modo a deixar 
os funcionários mais tranqüilos. 
 
22. "Hoje deve haver menos gente por lá, 
conjeturou; ótimo, porque assim trabalho à 
vontade." 
Assinale a alternativa em que também deve 
ocorrer o acento grave indicador da crase. 
a) O dia 28 de outubro é consagrado a todas as 
pessoas que trabalham no serviço público. 
b) O ponto era facultativo somente a 
funcionárias do ING. 
c) João Brandão foi a tarde ao ING. 
d) Ele galgava a parede quando o vigia o 
encontrou. 
 
23. Assinale a frase em que o acento indicador 
da crase foi usado incorretamente. 
a) A obsessão à qual sacrificou a juventude não 
o persegue mais. 
b) Sentavam-se nas pedras do caminho à 
espera da comitiva do peão. 
c) Na imaginação, porém, ele voltava àquele 
mundo de sonho e fantasia. 
d) Depois de refletir, dirigi-me, decididamente, à 
casa de meu amigo. 
e) Tenho certeza de que os documentos não 
fazem referência à nada do que dizes. 
 
24. Assinale o emprego incorreto de "a" e "à". 
a) "Os detritos cósmicos viajam a mais de 3.200 
km por hora, 2,6 vezes a velocidade do som. 
b) A essa velocidade, uma esfera de metal do 
tamanho de uma unha que se chocar contra um 
objeto 
maior ... 
c) ... libera energia equivalente a explosão de 
uma granada. O futuro desses objetos é um dia 
precipitarem-se sobre a Terra. 
d) Os menores devem desintegrar-se. Os 
maiores podem chegar à superfície quase 
intactos. 
e) Na prática, isso já vem ocorrendo em escala 
menor: em algumas de suas missões, também o 
ônibus espacial já retornou à Terra com avarias 
provocadas por colisões em órbita." 
(VEJA, 22/3/95 - adaptado) 
 
25. Indique a letra em que os termos preenchem 
corretamente, pela ordem, as lacunas do trecho 
dado. 
"Assustada _____ família com os versos em que 
o via sempre ocupado, foi reclamar ao grande 
mestre 
que não o via estudar em casa, ao que lhe foi 
respondido que _____ sua assiduidade e 
aplicação 
_____ aulas nada deixavam _____ desejar. Era 
o que bastava e daí por diante continuou 
tranqüilo a 
ler e fazer versos..." (Francisco Venâncio Filho) 
a) à-a-as-à; d) à-a-as-à; 
b) a-à-às-a; e) à-à-às-a. 
c) a-a-às-a; 
 
GABARITO: 
 
1. V 6. F 11. V 16. D 21. B 
2. F 7. F 12. V 17. A 22. C 
3. V 8. V 13. V 18. D 23. E 
4. V 9. F 14. B 19. C 24. C 
5. V 10. V 15. C 20. B 25. C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Para que servem os sinais de pontuação? No 
geral, para representar pausas na fala, nos 
casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; ou 
entonações, nos casos do ponto de exclamação 
e de interrogação, por exemplo. 
Além de pausa na fala e entonação da voz, os 
sinais de pontuação reproduzem, na escrita, 
nossas emoções, intenções e anseios. 
 
Vejamos aqui alguns empregos: 
1. Vírgula (,) 
É usada para: 
a) separar termos que possuem mesma função 
sintática na oração: 
O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, 
dormiu. 
Nessa oração, a vírgula separa os verbos. 
b) isolar o vocativo: 
Então, minha cara, não há mais o que se dizer! 
c) isolar o aposto: 
O João, ex-integrante da comissão, veio assistir 
à reunião. 
d) isolar termos antecipados, como 
complemento ou adjunto: 
1. Uma vontade indescritível de beber água, eu 
senti quando olhei para aquele copo suado! 
(antecipação de complemento verbal) 
2. Nada se fez, naquele momento, para que 
pudéssemos sair! (antecipação de adjunto 
adverbial) 
e) separar expressões explicativas, conjunções 
e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além 
disso, pois, porém, mas, no entanto, assim,etc. 
f) separar os nomes dos locais de datas: 
Brasília, 30 de janeiro de 2009. 
g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, 
que você indicou para mim, é muito mais do que 
esperava. 
 
 
A vírgula entre orações 
É utilizada nas seguintes situações: 
a) separar as orações subordinadas adjetivas 
explicativas. 
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, 
mora no Rio de Janeiro. 
b) separar as orações coordenadas sindéticas e 
assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção e ). Ex.: 
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o 
trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no 
exame. 
Há três casos em que se usa a vírgula antes da 
conjunção: 
1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos 
diferentes. 
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, 
cada vez mais pobres. 
2) quando a conjunção e vier repetida com a finalidade 
de dar ênfase (polissíndeto). Ex.: E chora, e ri, e grita, e 
pula de alegria. 
3) quando a conjunção e assumir valores distintos que 
não seja da adição (adversidade, conseqüência, por 
exemplo) Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim 
não foi aprovada. 
c) separar orações subordinadas adverbiais 
(desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se 
estiverem antepostas à oração principal. 
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se 
ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o 
gancho."( O selvagem - José de Alencar) 
d) separar as orações intercaladas. Ex.: "- Senhor, disse 
o velho, tenho grandes contentamentos em a estar 
plantando..." 
Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas 
por duplo travessão. Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho 
grandes contentamentos em a estar plantando..." 
e) separar as orações substantivas antepostas à 
principal. 
Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei. 
 
2. Pontos 
 
2.1 - Ponto-final (.) 
É usado ao final de frases para indicar uma pausa total: 
a) Não quero dizer nada. 
b) Eu amo minha família. 
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E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., 
adj., obs. 
 
 
2.2 - Ponto de Interrogação (?) 
 
O ponto de interrogação é usado para: 
 
a) Formular perguntas diretas: 
 
Você quer ir conosco ao cinema? 
Desejam participar da festa de 
confraternização? 
 
b) Para indicar surpresa, expressar indignação 
ou atitude de expectativa diante de uma 
determinada situação: 
 
O quê? não acredito que você tenha feito isso! 
(atitude de indignação) 
Não esperava que fosse receber tantos elogios! 
Será que mereço tudo isso? (surpresa) 
 Qual será a minha colocação no resultado do 
concurso? Será a mesma que imagino? 
(expectativa) 
 
2. 3 – Ponto de Exclamação (!) 
Esse sinal de pontuação é utilizado nas 
seguintes circunstâncias: 
 
a) Depois de frases que expressem sentimentos 
distintos, tais como: entusiasmo, surpresa, 
súplica, ordem, horror, espanto: 
 
Iremos viajar! (entusiasmo) 
Foi ele o vencedor! (surpresa) 
Por favor, não me deixe aqui! (súplica) 
Que horror! Não esperava tal atitude. (espanto) 
Seja rápido! (ordem) 
 
b) Depois de vocativos e algumas interjeições: 
 
Ui! que susto você me deu. (interjeição) 
Foi você mesmo, garoto! (vocativo) 
c) Nas frases que exprimem desejo: 
Oh, Deus, ajude-me! 
 
Observações dignas de nota: 
* Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo 
tempo, questionamento e admiração, o uso dos pontos 
de interrogação e exclamação é permitido. Observe: 
Que que eu posso fazer agora?! 
 
* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração 
ou qualquer outro sentimento, não há problema algum 
em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note: 
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em 
perigo. 
 
3. Ponto e vírgula (;) 
É usado para: 
a) separar itens enumerados: 
A Matemática se divide em: 
- geometria; 
- álgebra; 
- trigonometria; 
- financeira. 
b) separar um período que já se encontra dividido por 
vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, 
sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu 
cão. 
 
4. Dois-pontos (:) 
É usado quando: 
a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala: 
Ele respondeu: não, muito obrigado! 
b) se quer indicar uma enumeração: 
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com 
pessoas estranhas, não brigue com seus colegas e não 
responda à professora. 
5. Aspas (“”) 
São usadas para indicar: 
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de 
Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 
25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do 
Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09) 
b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada 
pode com a propaganda de “outdoor”. 
6. Reticências (...) 
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São usadas para indicar supressão de um 
trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade 
ao que se estava falando: 
a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa, 
O bem que neste mundo mais invejo? 
O brando ninho aonde o nosso beijo 
Será mais puro e doce que uma asa? (...) 
b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, 
felicidade... 
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal... 
7. Parênteses ( ) 
São usados quando se quer explicar melhor algo 
que foi dito ou para fazer simples indicações. 
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. 
(o e aparece repetido e, por isso, há o 
predomínio de vírgulas). 
8. Travessão (–) 
O travessão é indicado para: 
a) Indicar a mudança de interlocutor em um 
diálogo: 
- Quais ideias você tem para revelar? 
- Não sei se serão bem-vindas. 
- Não importa, o fato é que assim você estará 
contribuindo para a elaboração deste projeto. 
b) Separar orações intercaladas, 
desempenhando as funções da vírgula e dos 
parênteses: 
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno 
confiante – que tudo irá dar certo. 
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – 
pois pode ser arriscado. 
c) Colocar em evidência uma frase, expressão 
ou palavra: 
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da 
classe – uma pessoa bastante esforçada. 
Gostaria de parabenizar a pessoa que está 
discursando – meu melhor amigo. 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE PONTUAÇÃO 
 
01. Assinale a opção que substitui corretamente os 
números por vírgulas. 
 
Para concluir (1) já que estamos falando em futuro (2) 
importa ressaltar que (3) o futuro não acontece 
espontaneamente (4) nem é mero fruto da tecnologia. 
 
a) 1 – 2 – 3 - 4 
b) 1 – 2 – 3 
c) 1 – 2 – 4 
d) 2 – 4 
e) 3 – 4 
 
02. O segmento do texto que mostra um equívoco do 
editor do texto no emprego da vírgula é: 
 
a) “... a realidade do Judiciário e a necessidade de sua 
reforma foram, nos últimos meses, deformados...”; 
b) “...distribuição de Justiça em nosso Estado e vê-la 
reconhecida, senão por todos, ao menos pela maioria...”; 
c) “Recente pesquisa da OAB, mostrou que 55% da 
população mal conhece o Judiciário.”; 
d) “De resto, temos à disposição diversos mecanismos 
endógenos, eficazes, de controle...”; 
e) “...o pior de todos, com exceção dos outros...”. 
 
03. “Ao lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não cessava de 
atormentá-lo...”; as vírgulas que envolvem o segmento 
sublinhado: 
 
a) marcam um adjunto adverbial deslocado; 
b) indicam a presença de uma oração intercalada; 
c) mostram que há uma quebra da ordem direta da 
frase; 
d) estão usadas erradamente porque separam o sujeito 
do verbo; 
e) assinalam a presença de um aposto. 
 
04. “Vamos, por um momento que seja, cair na real...”; a 
regra abaixo que justifica o emprego das vírgulas nesse 
segmento do texto é: 
 
a) separar elementos que exercem a mesma função 
sintática; 
b) isolar o aposto; 
c) isolar o adjunto adnominal antecipado; 
d) indicar a supressão de uma palavra; 
e) marcar a intercalação de elementos. 
 
05. Ele não costuma esquentar a vitrine por muito 
tempo. 
Alterando a ordem do trechodestacado, a pontuação 
correta fica: 
a) Ele não costuma, por muito tempo, esquentar a 
vitrine. 
b) Ele não costuma, por muito tempo esquentar a vitrine. 
c) Ele não costuma por muito tempo, esquentar a vitrine. 
d) Ele não costuma por, muito tempo, esquentar a 
vitrine. 
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e) Ele não costuma por muito tempo esquentar a 
vitrine. 
 
06. Na frase – O apresentador disse: tem 
certeza de que a resposta é essa? – os dois 
pontos foram usados para: 
a) introduzir a fala do interlocutor. 
b) apresentar um ponto de vista. 
c) expressar uma opinião. 
d) suscitar uma afirmação. 
e) provocar uma intimidação. 
 
07. O segmento “A cada início de ano, é 
costume renovar esperanças e fortalecer 
confianças em relação ao futuro. Tempo de 
limpar gavetas, fazer faxinas e vestir cores que – 
acreditam muitos – ajudem a realizar antigos 
desejos e aspirações.” aparece entre travessões 
porque: 
a) marca urna opinião do autor do texto sobre o 
conteúdo veiculado; 
b) indica uma explicação de algum segmento 
anterior; 
c) assinala a necessidade de completar um 
pensamento suspenso; 
d) mostra a presença de um termo intercalado; 
e) dá destaque a uma expressão usada em 
sentido diverso do usual. 
 
08. “O recurso à palavra pomposa, o palavrão 
bonito da moda, é sintomático da velha doença 
brasileira da retórica”.. 
As vírgulas foram usadas no fragmento para: 
a) desfazer possível má interpretação. 
b) indicar a elipse de um verbo. 
c) intercalar o vocativo. 
d) separar o aposto do termo fundamental. 
e) assinalar o deslocamento de um termo. 
 
09. “Depois de muita briga, o tema era 
‘democraticamente imposto’.” 
No período acima, as aspas têm por função: 
a) indicar que a expressão foge ao nível de 
linguagem em que o texto foi elaborado. 
b) evidenciar a intransigência típica de algumas 
pessoas. 
c) destacar a relação irônica estabelecida entre 
termos semanticamente opostos. 
d) sugerir que, mesmo na democracia, ocorre 
autoritarismo. 
 
10. No período “Era fascinante, e ela sentia 
nojo”. O uso da vírgula: 
 
I. enfatiza semanticamente cada oração. 
II. decorre de uma relação de alternância entre 
as duas orações. 
III. justifica-se por separar orações coordenadas 
com sujeitos diferentes. 
 
A análise das assertivas nos permite afirmar 
corretamente que: 
a) apenas I é verdadeira. 
b) apenas II é verdadeira. 
c) I e II são verdadeiras. 
d) II e III são verdadeiras. 
e) I e III são verdadeiras. 
 
11. Considere os períodos I, II e III, pontuados de duas 
maneiras diferentes. 
 
I. Ouvi dizer de certa cantora que era um elefante que 
engolira um rouxinol / Ouvi dizer de certa cantora, que 
era um elefante, que engolira um rouxinol. 
II. A versão apresentada à imprensa é evidentemente 
falsa / A versão apresentada à imprensa é, 
evidentemente, falsa. 
III. Os freios do Buick guincham nas rodas e os 
pneumáticos deslizam rente à calçada / Os freios do 
Buick guincham nas rodas, e os pneumáticos deslizam 
rente à calçada. 
 
Com pontuação diferente ocorre alteração de sentido 
somente em: 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
12. "Diz um conhecido provérbio nos países orientais 
que para se caminhar mil milhas é preciso dar o primeiro 
passo." O texto está corretamente pontuado em: 
 
a) Diz um conhecido provérbio, nos países orientais, que 
para se caminhar mil milhas, é preciso dar o primeiro 
passo. 
b) Diz um conhecido provérbio nos países orientais, que, 
para se caminhar mil milhas é preciso, dar o primeiro 
passo. 
c) Diz um conhecido provérbio nos países orientais, que 
para se caminhar mil milhas, é preciso dar o primeiro 
passo. 
d) Diz um conhecido provérbio, nos países orientais, 
que, para se caminhar mil milhas, é preciso dar o 
primeiro passo. 
e) Diz, um conhecido provérbio nos países orientais, que 
para se caminhar mil milhas, é preciso dar o primeiro 
passo. 
 
13. Assinalar a alternativa cujo período dispensa o uso 
de vírgula: 
 
a) Nesse trabalho ficou patente a competência dos 
jovens frente à nova situação. 
b) O autor busca um meio capaz de gerar um conjunto 
potencialmente infinito de formas com suas 
propriedades típicas. 
c) Apreensivo ora se voltava para a janela ora 
examinava o documento. 
d) Suas palavras embora gentis continham um fundo de 
ironia. 
e) Tudo isto é muito válido mas tem seus 
inconvenientes. 
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14. Assinale O PAR de frases que apresenta 
falha(s), na pontuação. 
 
a) 1. As mulheres, dizem as feministas, 
aperfeiçoam os homens. 2. A voz de Gilka, está 
cheia de acentos nunca dantes escutados. 
b) 1. Nada, nos másculos versos de Francisca 
Júlia denuncia, a mulher. 2. Em TRÊS MARIAS, 
o esmagamento do personagem é mais 
contundente. 
c) 1. Em 1980, a autora, sai de cena, 
discretamente, como sempre viveu. 2. Agora, na 
residência deles, falou da viagem das irmãs. 
d) 1. A garota, sentia-se como única responsável 
pela caçula. 2. O olhar, iluminava sua face, com 
um sorriso doce. 
e) 1. Menina, venha cá. Vamos nadar? 2. 
Durante 10 anos, o governo holandês ocupou a 
ilha. 
 
15. Identifique a alternativa em que se corrige a 
má estruturação do texto a seguir: 
"Ele chegou cansado do trabalho. Parecendo 
mesmo desanimado. Assistindo à televisão a 
família não o notou." 
 
a) Uma vez chegado do trabalho, cansado, 
parecia até mesmo desanimado. A família não o 
notou enquanto assistia à televisão. 
b) Tendo chegado do trabalho cansado, parecia 
mesmo desanimado. A família assistia à 
televisão. Não o notaram. 
c) Desde que chegou cansado do trabalho, 
parecia mesmo desanimado. Como assistisse à 
televisão, a família não o notou. 
d) Chegou cansado do trabalho, parecendo 
mesmo desanimado. A família, que assistia à 
televisão, nem o notou. 
e) Parecia mesmo desanimado, porque chegava 
do trabalho cansado. Enquanto que a família 
nem o notara, assistindo à televisão. 
 
16. Em "ACORDEI PENSANDO EM RIOS – 
QUE DÃO SEMPRE UM TOQUE FEMININO A 
QUALQUER CIDADE – E ME DIZENDO QUE O 
ÚNICO POSSÍVEL DEFEITO DO RIO DE 
JANEIRO É NÃO TER UM RIO." o autor usou o 
travessão para: 
 
a) ligar grupos de palavras. 
b) iniciar diálogo. 
c) substituir parênteses. 
d) destacar um aposto. 
e) destacar um adjunto adnominal explicativo. 
 
17. Considere os períodos I, II e III, pontuados 
de duas maneiras diferentes. 
 
I. Pedro, o gerente do banco ligou e deixou um 
recado. 
 Pedro, o gerente do banco, ligou e deixou um recado. 
II. De repente perceberam que estavam brigando à toa. 
 De repente, perceberam que estavam brigando à toa. 
III. Os doces visivelmente deteriorados foram postos na 
lixeira. 
 Os doces, visivelmente deteriorados, foram postos 
na lixeira. 
Com a alteração da pontuação, houve mudança de 
sentido SOMENTE em 
 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
GABARITO 
 
1. C 2. C 3. E 4. E 5. A 
6. D 7. D 8. D 9. C 10. E 
11. D 12. D 13. B 14. D 15. D 
16. E 17. D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os sinônimos são palavras "da mesma categoria 
gramatical, com sentido parecido e com forma 
diferente, que podem intercambiar-se em 
determinados contextos com ou sem matizações 
de significado". 
O conhecimento e o uso dos sinônimos é 
importante para que se evitem repetições 
desnecessárias na construção de textos, 
evitando que se tornem enfadonhos. 
Sinônimos perfeitos e imperfeitos 
Sinônimos perfeitos 
São os vocábulos que têm significado idêntico. 
Exemplos: 
 bonito — belo 
 após — depois 
 língua — idioma 
 morrer — falecer 
 avaro — avarento 
 catorze — quatorze 
 léxico — vocabulário 
 escarradeira — cuspideira 
Sinônimos imperfeitos 
São os vocábulos cujos significados são 
próximos, porém não idênticos. Exemplos: 
cidade — município 
 córrego — riacho 
 belo — formoso 
 gordo — obeso 
 feliz — alegre 
 
 
 
 
 
 
Antónimo (português europeu) ou antônimo (português brasileiro) é o 
nome que se dá à palavra cujo significado seja contrário, 
oposto ou inverso ao de outra. 
O emprego de antónimos na construção de frases pode 
ser um recurso estilístico que confere ao trecho 
empregado uma forma mais erudita ou que chame 
atenção do leitor ou do ouvinte. 
1. Exemplos 
Palavra Antônimo 
alto baixo 
bem mal 
bom mau 
bonito feio 
mais menos 
pressa paciência 
amigo inimigo 
construção destruição 
publico privado 
honestidade corrupção 
Introvertido Extrovertido 
Salgado azedo 
doce amargo 
dentro fora 
gordo magro 
preto branco 
seco molhado 
grosso fino 
duro mole 
rir chorar 
grande pequeno 
soberba humildade 
louvar censurar 
bendizer maldizer 
ativo inativo 
simpático antipático 
progredir regredir 
rápido lento 
sair entrar 
sozinho acompanhado 
concórdia discórdia 
pesado leve 
quente frio 
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presente ausente 
escuro claro 
inveja admiração 
inadequada adequada 
amor ódio 
humilhação prestígio 
rico pobre 
forte fraco 
justo injusto 
certo errado 
 
 
Homônimos 
São palavras que possuem a mesma pronúncia 
(algumas vezes, a mesma grafia), mas 
significados diferentes. Veja alguns exemplos no 
quadro abaixo: 
acender (colocar fogo) ascender (subir) 
acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta) 
acerto (ato de acertar) asserto (afirmação) 
apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido) 
bucheiro (tripeiro) buxeiro (pequeno arbusto) 
bucho (estômago) buxo (arbusto) 
caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito) 
cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar) 
cela (pequeno quarto) 
sela (forma do verbo selar; 
arreio) 
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo) 
céptico (descrente) séptico (que causa infecção) 
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar) 
cerrar (fechar) serrar (cortar) 
cervo (veado) servo (criado) 
chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã) 
cheque (ordem de pagamento) xeque (lance no jogo de xadrez) 
círio (vela) sírio (natural da Síria) 
cito (forma do verbo citar) sito (situado) 
concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir) 
concerto (sessão musical) conserto (reparo) 
coser (costurar) cozer (cozinhar) 
esotérico (secreto) exotérico (que se expõe em 
público) 
espectador (aquele que assiste) 
expectador (aquele que tem 
esperança, que espera) 
esperto (perspicaz) experto (experiente, perito) 
espiar (observar) expiar (pagar pena) 
espirar (soprar, exalar) expirar (terminar) 
estático (imóvel) extático (admirado) 
esterno (osso do peito) externo (exterior) 
estrato (camada) extrato (o que se extrai de algo) 
estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar) 
incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido) 
incipiente (principiante) insipiente (ignorante) 
laço (nó) lasso (frouxo) 
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia) 
tacha (prego pequeno) taxa (imposto, tributo) 
tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa) 
Homônimos Perfeitos 
Possuem a mesma grafia e o mesmo som. 
Por Exemplo: 
Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo) 
Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de 
tempo) 
Atenção: 
Existem algumas palavras que possuem a mesma 
escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são 
sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de 
homógrafas e são uma subclasse dos homônimos. 
Observe os exemplos: 
almoço (substantivo, nome da refeição) 
almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa 
do sing. do tempo presente do modo indicativo) 
 
gosto (substantivo) 
gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do 
sing. do tempo presente do modo indicativo) 
 
 
 
 
 
 
 
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Os parônimos é a relação entre palavras que apresentam um sentido diferente e forma semelhante a outra, 
que provoca, com alguma frequência, confusão. Essas palavras apresentam grafia e pronúncia parecida, 
mas com significados diferentes. (no Brasil) ou parónimos (em Portugal) podem ser também palavras 
homófonas, ou seja, a pronúncia de palavras parônimas pode ser a mesma. 
Exemplos 
Veja alguns exemplos de palavras parônimas: 
 
Palavra 1 Significado/Função Palavra 2 Significado/Função Palavra 3 Significado/Função 
acender dar luz ascender subir 
acento inflexão tônica assento dispositivo para sentar-se 
bocal embocadura bucal relativo a boca 
cartola chapéu alto quartola coco grande 
comprimento extensão cumprimento saudação 
conselho opinião, dica concelho município (Portugal) 
conserto reparo concerto apresentação musical 
 
coro grupo de cantores couro pele de animal 
deferimento concessão diferimento adiamento 
delatar denunciar dilatar retardar, estender 
descrição representação discrição reserva 
descriminar inocentar discriminar distinguir 
despensa compartimento dispensa 
desobriga (verbo), demissão ou isenção 
(substantivo) 
destratar insultar distratar desfazer(contrato) 
emergir vir à tona imergir mergulhar 
eminência altura, excelência iminência proximidade de ocorrência 
emitir lançar fora de si imitir fazer entrar 
 
enfestar dobrar ao meio infestar assolar 
enformar meter em fôrma informar avisar 
entender compreender intender exercer vigilância 
incipiente que está no início insipiente ignorante, principiante 
lenimento suavizante linimento medicamento para fricções 
migrar 
mudar de um local para 
outro emigrar 
deixar um país para morar em outro imigrar 
entrar num país, 
vindo de outro 
peão que anda a pé pião espécie de brinquedo 
pleito discussão; eleição preito homenagem 
recrear divertir recriar criar de novo 
se 
pronome átono, 3ª 
conjugação si 
pronome tônico, 3ª conjugação 
 
suar transpirar soar emitir som 
vadear passar o vau vadiar passar vida ociosa 
venoso relativo a veias vinoso que produz vinho 
 
vez ocasião, momento vês verbo ver na 2ª pessoa do singular 
 
 
 
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Antes mesmo de nos “deleitarmos” mediante os 
recursos inimagináveis oferecidos pela 
linguagem, sugere-se como “entrada” uma 
reflexão acerca do discurso concernente aos 
enunciados linguísticos, assim elucidados: 
 
Nossas mãos requerem um cuidado maior 
durante esta estação, posto que o clima 
predominante é o seco. 
 
Que prato divino! Sua mãe tem mesmo mãos 
de fada para cozinhar. 
 
Precisamos dar cabo a todo este desânimo 
que nos assola. 
 
Como o pai de Gustavo é cabo do exército, 
ele também pretende seguir a carreira militar. 
 
Constatamos que se constituem de termos 
idênticos (mãos/cabo). Contudo, parte-se do 
pressuposto que tais termos estão 
condicionados a um dado contexto – condição 
elementar para que possamos analisar o sentido 
retratado por estes. Assim sendo, façamos uma 
análise no intuito de detectá-lo: 
 
O sentido do vocábulo “mãos” no primeiro 
exemplo refere-se a uma parte constitutiva do 
corpo humano, enquanto que no segundo se 
atém à noção de habilidade, aptidão para 
exercer atividades relacionadas à culinária. 
 
No terceiro enunciado, temos que “cabo” se 
encontra condicionado à ideia de desapego, ou 
seja, livrar-se de algo inconveniente, que 
importuna. De acordo com último, temos que o 
mesmo termo já se refere a uma posição 
hierárquica, em se tratando dos estágios 
condizentes ao campo profissional em questão.Servimo-nos destes pressupostos para mais uma vez 
constatarmos o dinamismo e a flexibilidade da qual se 
perfaz a língua, posto que uma mesma palavra pode 
revelar distintos sentidos, bastando para isso, somente 
estar inserida em uma circunstância linguística de forma 
específica – modalidade ora concebida como polissemia 
que, literalmente, a começar pelo radical “-poli”, já nos 
induz à presente significação: “diversidade”. Vejamos 
ainda outros casos representativos: 
 
Venha experimentar seu vestido, pois faltam 
somente as mangas para que ele fique pronto. 
 
Uma das frutas saudáveis, e que eu aprecio é a 
manga. 
 
Tenha cuidado ao recostar aí, pois o braço do sofá 
está solto. 
 
Como era previsível, Pedro quebrou o braço em uma 
de suas terríveis peraltices. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TESTES 
 
1) Devemos alterar, ou seja, ............... 
agora este projeto, porque, após, não serão 
permitias ................ 
a) ratificar - ratificações 
b) retificar - retificações 
c) ratificar - retificações 
d) retificar - ratificações 
 
2) ............. as minhas palavras iniciais, pois 
não sou homem de fazer modificações no que 
está feito. Acho que tenho o equilíbrio suficiente 
para não ............ certas normas. 
a) Ratifico - infringir 
b) Ratifico - infligir 
c) Retifico - infringir 
d) Retifico - infligir 
 
3) No .......... do violoncelista ......... havia muitas 
pessoas, pois era uma ......... beneficente. 
a) conserto - eminente - sessão 
b) concerto - iminente - seção 
c) conserto - iminente - seção 
d) concerto - eminente - sessão 
 
4) O submarino .............. do mar. 
a) holandês imergiu 
b) holandez imergiu 
c) holandês emergiu 
d) holandez emergiu 
 
5) .......... sem licença; teve a licença 
............ 
a) Caçava - caçada 
b) Caçava - cassada 
c) Cassava - caçada 
d) Cassava - cassada 
 
6) Dê o sinônimo da palavra "propensão": 
a) vontade 
b) tendência 
c) indiferença 
d) firmeza 
e) indisposição 
 
7) Aponte o antônimo do vocábulo 
"sucinto": 
a) conciso 
b) inerente 
c) ampliado 
d) breve 
e) eficaz 
 
8) Assinale o homônimo de "censo": 
a) senço 
b) cenço 
c) sensso 
d) cenzo 
e) senso 
 
 
 
RESPOSTAS: 
1-B 2-A 3-D 4-C 5-B 6-B 7-C 8-E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Compreensão e interpretação de textos é um 
tema que nos acompanha na vida escolar, nos 
vestibulares, no Enem e em todos os concursos 
públicos. Comumente encontrarmos pessoas 
que se queixam de que não sabem 
compreender e interpretar textos. Muitas 
pessoas se acham incapazes de resolver 
questões sobre compreensão e interpretação 
de textos. 
 
Nos concursos públicos, este tema está 
presente nas mais variadas formas. Nas provas, 
há sempre vários textos, alguns bem grandes, 
sobre os quais há muitas perguntas com o 
objetivo de testar a habilidade do concurseiro 
em leitura, compreensão e interpretação de 
textos. É preciso ler com muita atenção, reler, e 
na hora de examinar cada alternativa, voltar aos 
trechos citados para responder com muita 
confiança. 
 
Entender as técnicas de compreensão e 
interpretação de textos, além de ser 
importante para responder as questões 
específicas, é fundamental para que você 
compreenda o enunciado das questões de 
atualidades, de matemática, de direito e de 
raciocínio lógico, por exemplo. Muitos 
candidatos, embora tenham bastante 
conhecimentos das matérias que caem nas 
provas, erram nas questões, simplesmente 
porque não entendem o que a banca 
examinadora está pedindo. Já pensou, nadar, 
nadar, nadar... e morrer na praia? Então não 
deixe de estudar e preste atenção nas dicas que 
vamos dar neste blog."As questões de 
compreensão e interpretação de textos vêm 
ganhando espaço nos concursos públicos. 
Também é a partir de textos que as questões 
normalmente cobram a aplicação das regras 
gramaticais nos grandes concursos de hoje em 
dia. Por isso é cada vez mais importante 
observar os comandos das questões. 
Normalmente o candidato é convidado a: 
 
 
 identificar: Reconhecer elementos 
fundamentais apresentados no texto. 
 comparar: Descobrir as relações de 
semelhanças ou de diferenças entre situações 
apresentadas no texto. 
 comentar: Relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade, opinando a respeito. 
 resumir: Concentrar as ideias centrais em um 
só parágrafo. 
 parafrasear: Reescrever o texto com outras 
palavras. 
 continuar: Dar continuidade ao texto 
apresentado, mantendo a mesma linha temática. 
 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar 
no momento de responder as questões relacionadas a 
textos. 
 
TEXTO – é um conjunto de idéias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA 
(capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas 
frases. Em cada uma delas, há uma certa informação 
que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, 
criando condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de 
CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as 
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de 
seu contexto original e analisada separadamente, 
poderá ter um significado diferente daquele inicial. 
 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se 
INTERTEXTO. 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de 
uma interpretação de um texto é a identificação de sua 
idéia principal. A partir daí, localizam-se as idéias 
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou 
explicações, que levem ao esclarecimento das questões 
apresentadas na prova. 
 
 
CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR 
 
Fazem-se necessários: 
 
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros 
literários, estrutura do texto), leitura e prática; 
 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do 
texto) e semântico; 
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das 
palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, 
denotação e conotação, sinonímia e antonimia, 
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polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
 
c) Capacidade de observação e de síntese e 
 
d) Capacidade de raciocínio. 
 
INTERPRETAR x COMPREENDER 
INTERPRETAR 
SIGNIFICA 
 COMPREENDER SIGNIFICA 
- EXPLICAR, 
COMENTAR, JULGAR, 
TIRAR CONCLUSÕES, 
DEDUZIR. 
- TIPOS DE 
ENUNCIADOS 
• Através do texto, 
INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR 
que... 
• O autor permite 
CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO do 
autor ao afirmar que... 
- INTELECÇÃO, 
ENTENDIMENTO, ATENÇÃO 
AO QUE REALMENTE ESTÁ 
ESCRITO. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor 
que... 
• De acordo com o texto, é 
CORRETA ou ERRADA a 
afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a 
ocorrência de erros de interpretação. Os mais 
freqüentes são: 
 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado 
idéias que não estão no texto, quer por 
conhecimento prévio do tema quer pela 
imaginação. 
 
b) Redução 
 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção 
apenas a um aspecto, esquecendo que um texto 
é um conjunto de idéias, o que pode ser 
insuficiente para o total do entendimento do 
tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
 
Não raro, o texto apresenta idéias contrárias às 
do candidato, fazendo-o tirar conclusões 
equivocadas e, conseqüentemente, errando a 
questão. 
 
 
As questõesa seguir estão baseadas no 
seguinte texto: 
 
 Lá pela metade do século 21, já não 
 haverá superpopulação humana, como 
 hoje. Os governos de todo o mundo - 
 presumivelmente, todos democráticos - 
05 poderão incentivar as pessoas à reprodu- 
06 ção. E será melhor que o façam com as 
07 melhores pessoas. A eugenia humana - 
08 isto é, a escolha dos melhores exemplares 
09 para a reprodução, de modo a aprimorar a 
10 média da espécie, como já se fez com ca- 
11 valos - encontrará o período ideal para 
12 sair da prancheta dos cientistas para a vi- 
13 da real. Pessoas selecionadas por suas 
14 características genéticas serão emprega- 
15 das do estado. O funcionalismo público te- 
16 rá uma nova categoria: a dos reprodutores. 
17 Este exercício de futurologia foi apresen- 
18 tado seriamente pelo professor do Institu- 
19 to de Biociências da USP Osvaldo Frota- 
20 Pessoa, em palestra no colóquio Brasil-Ale- 
21 manha - Ética e Genética, quarta-feira à 
22 noite. [...] Nas conferências de segunda e 
23 terça, a eugenia foi citada como um perigo 
24 das novas tecnologias, uma idéia que não 
25 é cientificamente - e muito menos etica- 
26 mente - defensável. 
 
(TEIXEIRA, Jerônimo. Brasileiro apresenta a visão do 
horror. Zero Hora, 6.10.95, p. 5, 2º Caderno) 
 
 
 
Questão 07 (UFRGS/96-1) 
 
Considere as seguintes afirmações sobre a posição do 
autor com relação ao assunto de que trata o texto. 
 
I. O autor do texto é favorável à eugenia como solução 
para a futura queda no crescimento demográfico, como 
indica o primeiro parágrafo. 
II. O autor trata as idéias do professor Osvaldo Frota-
Pessoa com certa ironia, como demonstra o uso da 
palavra seriamente na linha 18. 
III. Ao relatar posições contraditórias por parte dos 
cientistas com relação à eugenia humana, o autor revela 
que esta é uma concepção controversa. 
Quais estão corretas? 
(A) Apenas I. 
(B) Apenas II. 
(C) Apenas III. 
(D) Apenas II e III. 
(E) I, II e III. 
 
 
Questão 08 (UFRGS/96-1) 
 
Assinale a alternativa que está de acordo com o texto. 
 
(A) Segundo lemos na primeira frase do texto, vivemos 
num mundo em que o número de pessoas é 
considerado excessivo. 
(B) Como se conclui da leitura do primeiro parágrafo, a 
escolha dos melhores seres humanos para a 
reprodução, através da eugenia, causará uma queda na 
população mundial. 
(C) A partir da leitura do segundo parágrafo do texto, 
concluímos que a especialidade do professor Frota-
Pessoa é a futurologia. 
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(D) De acordo com o significado global do último 
parágrafo, o maior perigo das novas tecnologias 
é a ética. 
(E) A eugenia humana, ao tornar os 
reprodutores candidatos a funcionários públicos, 
constituirá uma oportunidade de trabalho apenas 
para homens. 
 
 
 
Questão 09 (UFRGS/96-1) 
 
Considere as seguintes afirmações sobre a 
eugenia humana: 
 
I. O uso restritivo da palavra humana (linha 07), 
no texto, indica que a palavra eugenia (linha 07) 
não se refere apenas à reprodução humana, 
mas à reprodução de qualquer espécie. 
II. Pelos princípios expostos no texto, o vigor 
físico e a inteligência serão os critérios de 
eugenia a partir dos quais será feita a seleção 
dos melhores exemplares. 
III. Conforme o texto, a eugenia humana já 
existe na forma de projeto científico. 
Quais estão corretas? 
 
(A) Apenas I. 
(B) Apenas II. 
(C) Apenas I e III. 
(D) Apenas II e III. 
(E) I, II e III. 
 
 
Resolução da Questão 07 
 
Os últimos vestibulares da UFRGS solicitam do 
aluno este tipo de informação: saber de quem é 
a opinião. Muitas vezes, como é este o caso, o 
autor apenas expressa o ponto de vista de outra 
pessoa. A resposta correta é d. 
 
 
Resolução da Questão 08 
 
Resposta Correta: Hoje existe 
superpopulação. 
A causa da queda da população não foi 
revelada no texto. 
Esta conclusão é falsa. O tal professor fez 
apenas um exercício de futurologia. 
Novamente a banca tenta iludir e confundir o 
vestibulando. Cuidado! 
Aqui temos uma troca: o maior perigo das 
novas tecnologias não é a ética, mas sim a 
eugenia. 
Em absoluto o texto afirma que são os homens: 
aborda as pessoas em geral. Além disso, também 
não faz afirmações sobre o mercado de trabalho. 
 
Resolução da Questão 09 
 
O uso restritivo de humana diz exatamente isto: 
humana. Logo, não se estende a outras espécies. 
Resposta Correta: D 
 
 
O peso original volta depois das dietas 
 
01 O corpo humano, mesmo submetido 
02 ao sacrifício de uma dieta alimentar 
03 rígida, tem tendência a voltar ao peso 
04 inicial determinado por um equilíbrio 
05 interno, segundo recente estudo reali- 
06 zado por cientistas norte-americanos. 
07 Depois do aumento de alguns quilos 
08 supérfluos, o metabolismo buscará 
09 eliminar o peso excessivo. 
10 O corpo dispõe de um equilíbrio que 
11 tenta manter seu peso em um nível 
12 constante, que varia em função de 
13 cada indivíduo. O estudo sugere que 
14 conservar o peso do corpo é um fenô- 
15 meno biológico, não apenas uma ati- 
16 vidade voluntária. O corpo ajusta seu 
17 metabolismo em resposta a aumentos 
18 ou perdas de peso. Dessa forma, 
19 depois de cada dieta restrita, o metabo- 
20 lismo queimará menos calorias do que 
21 antes. Uma pessoa que perdeu recente- 
22 mente pouco peso vai consumir menos 
23 calorias que uma pessoa do mesmo 
24 peso que sempre foi magra. A pesquisa 
25 conclui que emagrecer não é impossí- 
26 vel, mas muito difícil e requer o consu- 
27 mo do número exato de calorias quei- 
28 madas. Ou seja, uma alimentação mo- 
29 derada e uma atividade física estável a 
30 longo prazo. 
(Zero Hora, encarte VIDA, 06/05/1995) 
 
 
Questão 10 (IPA/95-2) 
Segundo o texto, é correto afirmar: 
 
A) Uma dieta alimentar rígida determina o equilíbrio 
interno do peso corpóreo. 
 
B) O equilíbrio interno é um fenômeno biológico. 
 
C) Conservar o peso não depende somente da vontade 
individual. 
 
D) O ajuste de peso significa queima de calorias. 
 
E) O número exato de calorias queimadas vincula-se a 
uma dieta. 
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Questão 11 
Das opções abaixo, todas podem substituir, sem 
prejuízo ao texto, a palavra rígida (l. 03), menos 
 
A) rigorosa 
 
B) austera 
 
C) severa 
 
D) íntegra 
 
E) séria 
 
 
 
Resolução da Questão 10 
 
Antes de mais nada, observe que o texto é um 
editorial de um caderno de Zero Hora. Portanto, 
não há um autor em especial declarado. 
 
O texto busca exatamente mostrar o 
contrário. 
Conservar o peso é um fenômeno biológico. 
Temos, de novo, uma inversão com o 
objetivo de confundir o aluno. 
Resposta Correta: Existem outros 
fatores. 
Essa afirmação não está no texto. 
O número exato de calorias queimadas 
depende de outros fatores. 
 
 
Resolução da Questão 11 
 
Esse tipo de questão é muito comum: ele propõe 
a substituição de palavras. Em alguns 
vestibulares, em vez de uma, aparecem três 
palavras, tornando o exercício mais trabalhoso. 
A palavra rígida só não pode ser substituída 
por íntegra, que vem de integridade, 
honestidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Texto literário e não literário 
 
Tipos de textos 
Partindo do conceito de texto como sendo um 
conjunto de palavras que formam um sentido 
relacionado a um contexto, podemos dividir os 
textos em dois grandes grupos: os textos 
literários e os textos não literários. 
Por que fazemos essa distinção? Para estudar 
os tipos de textos existentes em nossa 
sociedade, é importante compreender como 
podemos usá-los a fim de tornar nossa 
comunicaçãomais clara e aproveitarmos melhor 
a variedade de textos que temos a nosso dispor. 
Para isso, foi feita a distribuição dos textos por 
esses dois grupos. Isso equivale a dizer que a 
maioria dos textos que existem podem ser 
colocados em um desses grupos. 
Os textos literários são aqueles que possuem 
função estética, destinam-se ao entretenimento, 
ao belo, à arte, à ficção. Já os não literários são 
os textos com função utilitária, pois servem para 
informar, convencer, explicar, ordenar. 
Observe os exemplos a seguir. 
Textos literários e textos não literários 
(Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira 
Diariamente, duas horas antes da chegada do 
caminhão da prefeitura, a gerência de uma das 
filiais do McDonald’s deposita na calçada 
dezenas de sacos plásticos recheados de 
papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso 
acaba propiciando um lamentável banquete de 
mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o 
material e acabam deixando os restos 
espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-
29/12/92) 
O primeiro texto – "Descuidar do lixo é sujeira" – 
se propõe a dar uma informação sobre o lixo 
despejado nas calçadas, bem como o que 
acontece com ele antes de o caminhão do lixo 
passar para recolhê-lo. É um texto informativo e, 
portanto, não literário. 
O texto não literário apresenta linguagem 
objetiva, clara, concisa, e pretende informar o 
leitor de determinado assunto. Para isso, quanto 
mais simples for o vocabulário e mais objetiva 
for a informação, mais fácil se dará a compreensão do 
conteúdo: foco do texto não literário. 
São exemplos de textos não literários: as notícias, os 
artigos jornalísticos, os textos didáticos, os verbetes de 
dicionários e enciclopédias, as propagandas 
publicitárias, os textos científicos, as receitas culinárias, 
os manuais, etc. 
(Texto 2) O bicho 
Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos. 
Quando achava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade. 
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato. 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de 
Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) 
O segundo texto – “O bicho” – é um poema. Sabemos 
disso principalmente por sua forma. O poema é 
construído em versos e estrofes e apresenta uma 
linguagem carregada de significados, ao que chamamos 
de plurissignificação. Cada palavra pode apresentar um 
sentido diferente daquele que lhe é comum. 
No texto literário, a expressividade é o mais importante. 
O conteúdo, nesse caso, fica em segundo plano. O 
vocabulário bem selecionado transmite sensibilidade ao 
leitor. O texto é rico de simbologia e de beleza artística. 
Podemos citar como exemplos de textos literários o 
conto, o poema, o romance, peças de teatro, novelas e 
crônicas. 
 
Análise dos textos 
Os dois textos apresentam temática semelhante: 
pessoas que reviram o lixo em busca de comida. No 
entanto, o primeiro texto procura ressaltar o transtorno 
que causam os mendigos por deixarem o lixo 
esparramado pelo chão. A notícia procura denunciar 
dois fatos: o restaurante que deixa seu lixo na calçada 
com antecedência de duas horas, e a sujeira espalhada 
nas calçadas pelos mendigos que reviram o lixo. 
A única palavra nesse texto que pode denotar algum tipo 
de sentimentalismo do autor é “lamentável”. No entanto, 
ela perde sua carga significativa ao acompanhar a 
palavra “banquete”, revelando que o autor da notícia, na 
verdade, não está preocupado com as pessoas que se 
alimentam do lixo, mas com a sujeira causada pelo tal 
banquete. 
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O título do texto também nos faz pensar: 
“Descuidar do lixo é sujeira”. Sujeira, no sentido 
de os mendigos deixarem tudo espalhado pela 
calçada, dificultando a limpeza das ruas; sujeira, 
no sentido de não ser uma atitude correta a falta 
de preocupação com o tempo que o lixo ficará 
na rua à espera do caminhão que irá recolhê-lo. 
De qualquer forma, o autor só demonstra 
preocupação com o lixo e a sujeira e não com a 
fome dos mendigos. 
Já o segundo texto apresenta preocupação com 
a forma: é um poema. A escolha das palavras e 
o suspense que causa no leitor levam a uma 
progressão de sentido que culmina com a 
revelação de que o bicho é um homem. O 
poema retrata a condição degradante a que um 
homem pode chegar quando atinge o ápice da 
miséria. 
O poeta mostra sua indignação com o fato de 
um homem se assemelhar a um bicho por 
buscar comida no lixo. Compara-o aos animais 
que têm por hábito revirar latas de lixo: cachorro, 
gato e rato. No último verso, declara sua 
inconformidade com o vocativo “meu Deus”, 
demonstrando sua emoção com a revelação de 
que o bicho era um homem, ou seja, o poeta 
não admite que um homem possa se comportar 
como um bicho. 
Ao lermos o poema, a carga emotiva das 
palavras escolhidas pelo poeta é transmitida 
para nós. Aí está a diferença fundamental entre 
um texto literário e um texto não literário: a 
expressividade. 
Exercício 
(UERJ – 2012) 
SOBRE A ORIGEM DA POESIA 
A origem da poesia se confunde com a origem 
da própria linguagem. 
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a 
linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou:qual 
a origem do discurso não poético, já que , 
restituindo laços mais íntimos entre os signos e 
as coisas por eles designadas, a poesia aponta 
para um uso muito primário da linguagem, que 
parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas 
conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, 
discussões, discursos, ensaios ou telefonemas 
[...] 
No seu estado de língua, no dicionário, as 
palavras intermedeiam nossa relação com as 
coisas, impedindo nosso contato direto com 
elas. A linguagem poética inverte essa relação, 
pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece 
uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o 
mundo [...] 
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena 
assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim 
como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a 
criação se dasapegou da vida. Mas temos esses 
pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto 
de referencialidade. 
ARNALDO ANTUNES 
No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da 
linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição 
que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à 
linguagem referencial. 
Pela descrição apresentada, a linguagem referencial 
teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental: 
a) O desgaste da intuição 
b) A dissolução da memória 
c) A fragmentação da experiência 
d) O enfraquecimento da percepção 
Resolução 
A opção c é correta uma vez que a linguagem literária 
afasta-se das praticidades cotidianas. Isso significa 
afastar-se do referente, da linguagem do cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O texto pode ser considerado uma 
manifestação da linguagem, ou seja, a 
linguagem é o meio pelo qual o texto se 
materializa. Sabendo disso, este artigo trata dos 
tipos de linguagem presentes nos textos 
 
De maneira simples e objetiva, trataremos do 
conteúdo teórico voltado ao texto e suas 
linguagens. Falar sobre o tema Língua & 
Linguagem é entrar em um campo vasto, 
repleto de conceitos e teorias. Portanto, 
entendemos aqui que linguagem é uma forma 
de expressão. 
Tipos de linguagem presentes em textos 
Verbal: oral ou escrita 
Não verbal: visual, sonora, corporal 
 
Interação pela linguagem 
O texto verbal é toda ocorrência 
sociocomunicativa que remete a uma unidade 
verbal concreta oral ou escrita, usada pelos 
falantes de uma língua, em uma situação 
discursiva, com sentido e função interativa. 
Sabendo que há textos verbais e texto não 
verbais, em qual das classificações o texto 
abaixo seencaixa? 
 
Texto 1 
 
 “A infelicidade é uma questão de prefixo.” 
(Guimarães Rosa) 
 
Acertou se disse texto verbal. É uma reflexão 
escrita do autor consagrado, Guimarães Rosa, 
sobre um sentimento humano e a gramática. O 
escritor declarou certa vez que suas frase 
"tinham de ser meditadas". O autor faz 
neologismos e brinca com as palavras, 
utilizando uma linguagem verbal complexa. 
 
Interagindo com o texto: possíveis 
interpretações 
Você provavelmente fará uma leitura desta frase 
de acordo com seus conhecimentos de mundo. 
Ora, para compreender o texto é fundamental 
saber o que é prefixo e o conteúdo gramatical a 
que pertence: formação de palavras. Adicionado 
à palavra felicidade, o prefixo in- incorpora um 
sentido negativo a ela: felicidade e não-
felicidade, ou, também, sentido contrário, de 
oposição. 
A questão é como Guimarães Rosa coloca de 
maneira simples e racional (recorrendo à 
gramática – formação das palavras), algo que é 
profundo para o ser humano? Torna a felicidade e a 
infelicidade sentimentos transitórios: ora estou feliz, ora 
estou “in-feliz” (bastando acrescentar ou tirar o prefixo 
in-). 
 Observe agora o texto abaixo. Seria verbal ou não 
verbal? 
 
Texto 2 
 
 
Fonte: www.chargesonline.com.br. Acesso em 
05/08/2013 
 
Acertou se disse texto não verbal. Por ser uma 
imagem, utiliza uma linguagem visual. 
 
Pergunta: É possível ler e interagir com este tipo de 
texto? 
 
É claro que sim! Colocando-se no lugar de um leitor 
competente, como vimos no artigo A leitura e os 
diferentes níveis de interpretação, que leitura pode ser 
feita a partir do texto? 
 
Algumas leituras possíveis: 
 
Os edifícios e outros grandes empreendimentos estão 
explorando os grandes centros urbanos. 
As residências, provavelmente, não farão mais parte do 
cenário das grandes metrópoles. 
É a verticalização dos grandes centros urbanos. 
 
É possível fazer uma série de inferências e interagir com 
o texto de maneira aprofundada mesmo não tendo a 
linguagem verbal, perceberam? 
 
O texto não verbal pode ser constituído de outras 
linguagens diferentes da verbal (escrita ou falada), como 
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a visual (vídeo, fotografia, desenho e pintura); a 
musical (música e sons); ou a corporal (dança, 
mímica). 
E o texto misto? 
O texto misto apresenta mais de uma 
linguagem, como as citadas acima. 
 
Um exemplo? Uma videoaula, pois apresenta as 
seguintes linguagens: 
Linguagem verbal: falada e escrita 
Linguagem visual: imagem 
Linguagem sonora: som da fala 
Linguagem corporal: movimentos corporais 
do professor, por exemplo 
Veja outro exemplo de texto misto nas 
questões abaixo do Enem 
Concluindo 
 
 Os tipos de texto estão ligados ao tipo de 
linguagem que é utilizada para a enunciação. 
Gráfico, filme, poema e melodia, são 
considerados textos. 
 
Será que até o silêncio pode ser considerado um 
texto? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intertextualidade acontece quando há uma referência 
explícita ou implícita de um texto em outro. Também 
pode ocorrer com outras formas além do texto, música, 
pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer 
alusão à outra ocorre a intertextualidade. 
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o 
objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, 
o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, 
a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o 
conhecimento de mundo, um saber prévio, para 
reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os 
textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as 
mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há 
duas formas: a Paráfrase e a Paródia. 
Paráfrase 
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a idéia 
do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre 
para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos 
do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi 
dito. Temos um exemplo citado por Affonso Romano 
Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 
23): 
Texto Original 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). 
Paráfrase 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos 
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. 
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que tem palmeiras 
Onde canta o sabiá! 
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e 
Bahia”). 
Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é 
muito utilizado como exemplo de paráfrase e de paródia, 
aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o 
texto primitivo conservando suas idéias, não há 
mudança do sentido principal do texto que é a saudade 
da terra natal. 
Paródia 
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar 
outros textos, há uma ruptura com as ideologias 
impostas e por isso é objeto de interesse para os 
estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, um 
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choque de interpretação, a voz do texto original 
é retomada para transformar seu sentido, leva o 
leitor a uma reflexão crítica de suas verdades 
incontestadas anteriormente, com esse 
processo há uma indagação sobre os dogmas 
estabelecidos e uma busca pela verdade real, 
concebida através do raciocínio e da crítica. Os 
programas humorísticos fazem uso contínuo 
dessa arte, freqüentemente os discursos de 
políticos são abordados de maneira cômica e 
contestadora, provocando risos e também 
reflexão a respeito da demagogia praticada pela 
classe dominante. Com o mesmo texto utilizado 
anteriormente, teremos, agora, uma paródia. 
Texto Original 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). 
Paródia 
Minha terra tem palmares 
onde gorjeia o mar 
os passarinhos daqui 
não cantam como os de lá. 
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à 
pátria”). 
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, 
substitui a palavra palmeiras, há um contexto 
histórico, social e racial neste texto, Palmares é 
o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 
1695, há uma inversão do sentido do texto 
primitivo que foi substituído pela crítica à 
escravidão existente no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O texto não se reduz à palavra, por isso é importante 
aprender a ler outras linguagens, não só a escrita. 
Antigamente, aprendia-se a ler somente textos literários, 
não havendo a preocupação de como os textos não 
literários seriam lidos. Atualmente, busca-se formar 
cidadãos, portanto, a leitura ganhou novo significado. 
Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, 
comparar, relacionar são passos que auxiliam nessa 
tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece 
destaque: a inferência. 
Segundo Houaiss, inferir é: concluir pelo raciocínio, a 
partir de fatos, indícios; deduzir. 
Entretanto, na prática, como isso pode ajudar na 
interpretação? Ao ler um texto, as informações podem 
estar explícitas ou implícitas. Inferir é conseguir chegar 
a conclusões a partir dessas informações. 
Para facilitar o entendimento, vamos ao exemplo. Leia a 
tirinha abaixo: 
 
Criada pelo cartunista Quino, Mafalda atravessa 
gerações com seus questionamentos 
Após uma leitura atenta de todos os quadrinhos, o que é 
possível concluir? Perceberam a profundidade da 
pergunta? O objetivo da interpretação não é 
simplesmente descrever os fatos, mas acrescentar 
sentido a eles. 
Muitos estudantes param na superfície do texto. Por 
exemplo, na tirinha acima, muitos diriam: “Mafalda 
estava em sua casa, quando seu amigo chegou. Ela 
pediu que ele não fizesse barulho, porque tinha alguém 
doente. O amigo pensou que fosse um familiar, mas 
deparou-se com o mundo.”Qual sentido tem essa 
descrição? Nenhum, não é verdade? 
Então, para encontrar a essência do texto, é preciso 
partir dos fatos e procurar o sentido que eles querem 
estabelecer. 
O fato apresentado na tira é que o mundo está doente, 
por isso precisa de cuidados. Isso é possível? 
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Literalmente, não. Entretanto, se usarmos a 
linguagem conotativa, é possível inferir, ou seja, 
interpretar, deduzir, que o objetivo da tira era 
chamar a atenção das pessoas para a “doença” 
do mundo. Em que aspectos? Os mais diversos: 
desigualdade social, fome, guerras, violência, 
poluição, preconceito, falta de amor etc. E 
agora, faz sentido? Então, só agora houve 
entendimento. 
É importante destacar que quando a área de 
atuação é a escola, falar de interpretação é falar 
de inferência, de conclusão, de dedução. Então, 
ao ler um texto, busque sempre sua essência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A COESÃO TEXTUAL 
O vocábulo “texto” tem origem do latim “textum”, que 
significa “tecido”. Fazendo-se uma analogia, podemos 
pensar que um tecido é resultado de uma união de 
pequenos fios que se costuram até um determinado 
limite de extensão. Já no caso de um texto, temos 
elementos que precisam, também, estar “costurados” 
para que formem um dado sentido. 
Um texto com coesão é um texto conectado, 
interligado. Além de uma sequência lógica (coerência), 
um texto precisa que suas ideias estejam encadeadas. 
 
Os elementos coesivos 
Podemos utilizar diversos mecanismos linguísticos 
para exercer a coesão em um texto. Conjunções, 
sinônimos, pronomes, numerais, advérbios são 
alguns exemplos. Observem o exemplo a seguir: 
 
Notem na frase: “Senhor, o índice de violência cresceu 
tanto, que já não há mais espaço no gráfico para 
apontá-lo”, a presença de dois mecanismos coesivos: o 
conectivo “que” estabelecendo uma relação de 
consequência entre as orações e a forma verbal junto ao 
pronome oblíquo “apontá-lo”, substituindo a expressão 
“índice de violência”. 
A coesão no período composto 
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Além de nos preocuparmos com os elementos 
coesivos, para que um texto tenha coesão, 
devemos estar atentos à construção de períodos 
compostos. Observe o exemplo a seguir: 
A sociedade que aguarda uma atitude do 
governo brasileiro que nada faz para amenizar o 
desemprego e a criminalidade no país. 
Analisando-o, temos as seguintes ideias 
subordinadas: 
1) A sociedade 
2) que aguarda uma atitude do governo 
brasileiro 
3) que nada faz 
4) para amenizar o desemprego e a 
criminalidade no país. 
Notem como o segundo trecho está subordinado 
ao primeiro, que seria a primeira oração, mas 
que está truncada; a terceira parte também 
acompanha essa relação de subordinação; a 
quarta tem o sentido de finalidade em relação à 
terceira. O grande problema do período está na 
primeira parte, que está incompleta. Houve 
uma sucessão de inserções e a ideia inicial não 
foi desenvolvida. Reescrevendo-se o período, 
poderíamos ter, por exemplo, a seguinte 
construção: 
A sociedade aguarda uma atitude do governo 
brasileiro que nada faz para amenizar o 
desemprego e a criminalidade no país. 
Reparem como, agora, há um sentido e uma 
conexão entre as orações: 
1) A sociedade aguarda uma atitude do governo 
brasileiro 
2) que nada faz 
3) para amenizar o desemprego e a 
criminalidade no país. 
A segunda oração, introduzida pelo pronome 
relativo “que”, está subordinada à primeira (que 
é a principal), adjetivando-a; já a terceira 
acrescenta uma noção de finalidade à segunda 
oração. Há, no período, uma relação de 
subordinação, ou seja, de dependência. A 
segunda oração e a terceira pressupõem a 
presença de uma principal. 
Bem, como vimos, para uma boa compreensão 
e progressão textual, é preciso que as ideias 
estejam bem conectadas, ou seja, que o 
período esteja coeso. Procurem se atentar a 
isso, principalmente quando forem escrever a 
redação! 
 
(de oposição, adição, conclusão, 
explicação, inclusão, exclusão, causa, 
consequência, condição, finalidade, tempo, 
espaço e modo). 
 
 
No campo da Semântica Argumentativa, os operadores 
ou marcadores argumentativos (também conhecidos 
como 'articuladores textuais' ou 'marcadores 
discursivos') são palavras responsáveis pela sinalização 
da argumentação. 
 
São certos elementos da língua, explícitos na própria 
estrutura gramatical da fase, cuja finalidade é a de 
indicar a argumentatividade dos enunciados. Eles 
introduzem variados tipos de argumentos. 
 
As palavras que funcionam como operadores 
argumentativos são os conectivos, os advérbios e outras 
palavras que, dependendo do contexto, não se 
enquadram em nenhuma das dez categorias 
gramaticais. 
O usuário da língua deve se conscientizar do valor 
argumentativo dessas marcas para que as perceba no 
discurso do outro e as utilize com eficácia no seu próprio 
discurso. 
 
Alguns tipos de operadores argumentativos 
 Operadores que introduzem argumentos que se 
somam a outro, tendo em vista a mesma 
conclusão: e, nem, também, não só... mas 
também, além disso, etc. 
 Operadores que introduzem enunciados que 
exprimem conclusão ao que foi expresso 
anteriormente: logo, portanto, então, 
consequentemente, etc. 
 Operadores que introduzem argumentos que se 
contrapõe a outro (mudança na direção 
argumentativa), visando a uma conclusão 
contrária: mas, porém, todavia, embora, ainda 
que, apesar de, etc. 
 Operadores que introduzem argumentos 
alternativos: ou... ou, quer... quer, seja... seja, 
etc. 
 Operadores que estabelecem relações de 
comparação: mais que, menos que, tão... 
quanto, tão... como, etc. 
 Operadores cuja função é introduzir enunciados 
pressupostos: agora, ainda, já, até, etc. 
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 Operadores cuja função é introduzir 
enunciados, que visa a esclarecer um 
enunciado anterior: isto é, ou seja, quer 
dizer, em outras palavras, etc. 
 Operadores cuja função é orientar a 
conclusão para uma afirmação ou 
negação: quase, apenas só, somente, 
etc. 
 
 
 
Outros aspectos discursivos 
 
Quando lemos artigos de jornais e revistas que 
defendem certas teses, estamos diante da 
formação de pontos de vista, visões de mundo 
que têm o objetivo de influenciar idéias opiniões, 
princípios das pessoas, de definir ou redefinir 
posições, de formar ou reformar atitudes. Em 
qualquer dos casos, busca-se efetivar o 
convencimento. 
 
Intencionalidade discursiva 
Percebemos que a escolha de palavras e 
expressões, o encadeamento e a 
interdependência de idéias, o domínio de 
conectivos são algumas das características da 
comunicação persuasiva que influenciam 
diretamente na argumentação de um texto, são, 
portanto, elementos que marcam a 
intencionalidade na persuasão. 
 
Força e orientação argumentativa 
De acordo com Koch (1992:30), aparecem 
vários “operadores argumentativos” em um 
texto, “para designar certos elementos da 
gramática de uma língua que têm por função 
indicar a força argumentativa dos enunciados, a 
direção (o sentido) para que apontam”. 
 
Esses conectores são responsáveis pela 
estruturação e orientação argumentativa dos 
enunciados no texto. Quando compreendemos 
uma sequencia relacionada por um conectivo 
não deciframos apenas o seu significado, mas 
aplicamos idéias, visão de mundo, bagagem 
cultural que temos, relacionadas ao uso do 
conectivo para reconstruir o sentido do texto. 
 
Outros operadores bastante empregados: 
 Estabelecem a hierarquia numa escala, 
assinalando ideia de inclusão de 
elementos. (inclusive, até, mesmo, até 
mesmo...) 
 Até o auxiliar participou da reunião com 
a diretoria da empresa. 
 Estabelecema hierarquia numa escala, 
assinalando o elemento mais fraco. (ao menos, 
pelo menos, no mínimo...) 
 Ele poderia ter-nos dado ao menos um 
telefonema para avisar que chegou 
bem. 
 Ligam elementos de duas ou mais escalas 
orientadas no mesmo sentido. (e, também, nem, 
tanto... como, não só... mas também, além de, 
além disso). 
 Ele não somente estuda, como também 
trabalha muito. 
 Introduzem um argumento decisivo. (além do 
mais, de uma vez por todas...) 
 Ele não tem um perfil adequado para 
função. Além do mais, é analfabeto! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Hiponímia É exatamente o contrário, o oposto da 
hiperonímia: É a palavra que indica cada parte 
ou cada item de um todo. Bem-te-vi, curió, 
patativa etc. constituiem um caso de hiponímia, 
visto que cada uma destas palavras é parte um 
todo. - neste caso o todo a ela correspondente 
será a palavra ave. 
 
 
 
 
HIPERONÍMIA : É a palavra que dá idéia de um 
todo, do qual se originam várias partes ou 
ramificações. A palavra religião é um todo, ao 
qual estão ligados todos os tipos de religião. 
Exemplo de hiponímia: "Ela abriu um livro, e 
pediu-lhe para ler o seguinte texto, em voz alta: " 
Verdes mares bravios de minha terra natal, onde 
canta a jandaia, na fronde da carnaúba". Era o 
começo ( inesquecível ) de Iracema , de José de 
Alencar". 
 
Exemplo de hiperonímia : Calçados; a ela estão 
ligados palavras como, sadálias, botas, sapatos, 
tênis etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Denotação e Conotação 
A significação das palavras não é fixa, nem 
estática. Por meio da imaginação criadora do 
homem, as palavras podem ter seu significado 
ampliado, deixando de representar apenas a 
ideia original (básica e objetiva). Assim, 
frequentemente remetem-nos a novos conceitos 
por meio de associações, dependendo de sua 
colocação numa determinada frase. Observe os 
seguintes exemplos: 
A menina está com a cara toda pintada. 
Aquele cara parece suspeito. 
No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a 
parte que antecede a cabeça, conforme consta nos 
dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra 
cara teve seu significado ampliado e, por uma série de 
associações, entendemos que nesse caso significa 
"pessoa", "sujeito", "indivíduo". 
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar 
duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja: 
Marcos quebrou a cara. 
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que 
Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, 
podemos entender a mesma frase num sentido figurado, 
como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma 
coisa e não conseguiu. 
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma 
palavra pode apresentar mais de um significado, 
ocorrendo, basicamente, duas possibilidades: 
a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido 
original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como 
aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido 
denotativo - ou denotação - do signo linguístico. 
b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro 
significado, passível de interpretações diferentes, 
dependendo do contexto em que for empregada. Nesse 
caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação 
do signo linguístico. 
Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido 
conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar 
ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana 
também é comum a exploração do sentido conotativo, 
como consequência da nossa forte carga de afetividade 
e expressividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O que são Figuras de Linguagem: 
As figuras de linguagem são recursos usados 
na fala ou na escrita para tornar mais 
expressiva a mensagem transmitida. 
É muito importante saber identificar as diversas 
figuras de linguagem, porque desta forma é 
possível compreender melhor diferentes textos. 
Compreender e saber usar figuras de estilo nos 
capacita a usar de forma mais eficaz a 
linguagem como fenômeno social e nos ajuda a 
vislumbrar o simbolismo de algumas conversas 
e obras escritas. 
As figuras de linguagem podem ser subdivididas 
em figuras de palavras, figuras de 
pensamento e figuras de construção. 
Figuras de Palavras 
Catacrese: emprego de uma palavra no sentido 
figurado por não haver um termo próprio. Ex.: a 
perna dos óculos. 
 
Metáfora: estabelece uma relação de 
semelhança ao usar um termo com significado 
diferente do habitual. Ex.: A menina é uma flor. 
 
Comparação: parecida com a metáfora, a 
comparação é uma figura de linguagem usada 
para qualificar 1 característica parecida entre 
dois ou mais elementos. No entanto, no caso da 
comparação, existe uma palavra de conexão 
(como, parecia, tal, qual, assim, etc). Ex: "O 
olhar dela é como a lua, brilha 
maravilhosamente.". 
 
Metonímia: substituição lógica de uma palavra 
por outra semelhante. Ex.: Beber um copo de 
vinho. 
 
Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: 
trrrimmmmm (telefone) 
 
Perífrase: uso de uma palavra ou expressão 
para designar algo ou alguém. Ex.: Cidade Luz 
(Paris) 
 
Sinestesia: mistura de diferentes impressões 
sensoriais. Ex.: o doce som da flauta 
Figuras de Pensamento 
Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau 
 
Paradoxo: referente a duas idéias contraditórias em 
uma só frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro 
daquele silêncio ensurdecedor." 
 
Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. 
Ex.: Foi para o céu (morreu) 
 
Hipérbole: exagero intencional. Ex.: morto de sono 
 
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: É 
um santo! (para alguém com mau comportamento) 
 
Prosopopeia ou Personificação: atribuição de 
predicativos próprios de seres animados a seres 
inanimados. Ex.: O sol está tímido. 
Figuras de Construção 
Aliteração: repetição de um determinado som nos 
versos ou frases. Ex: o rato roeu a roupa... 
 
Anacoluto: alteração da construção normal da frase. 
Ex.: O homem, não sei o que pretendia. 
 
Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou 
expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. 
Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite à 
procura, mesmo sem alvo.” (Carlos Drummond de 
Andrade) 
 
Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado 
facilmente. Ex.: no trânsito, carros e mais carros. (há) 
 
Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: 
subir para cima 
 
Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos 
da oração. Ex.: “nem o céu, nem o mar, nem o brilho das 
estrelas” 
 
Zeugma: omissão de um termo já expresso 
anteriormente. Ex: Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de 
Alemão. 
 
 
 
 
 
 
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Ao discutirmos acerca dos desvios 
linguísticos, devemos analisar alguns pontos 
que sobressaem nessa questão. Como seres 
eminentemente sociais, estamos inseridos a 
todo o momento nas diversas circunstâncias 
comunicativas, as quais nos conduzem a agir de 
formas diferentes, sobretudo no que tange ao 
nosso linguajar, por exemplo, quando 
participamos de uma conversa informal entre os 
amigos, de uma entrevista de emprego, de 
concursos e exames avaliativos... 
Tal fato nos remete tão somente à ideia de 
adequação. Pensando no nosso vestuário, cujo 
traje se adequa aos diferentes momentos do 
nosso cotidiano, o mesmo ocorre com nosso 
posicionamento enquanto interlocutores. Essa 
realidade se ajusta ao avanço dos estudos 
linguísticos, sobretudo da Sociolinguística, que 
prefere trabalhar não mais com a noção de erro, 
mas com a ideia referente a desvios em relação 
a uma variante – a chamada norma padrão. 
Esses desvios, quando desprovidos de certaintencionalidade, configuram a falta de domínio 
por parte do emissor ou muitas vezes em razão 
de um simples descuido. Mas, afinal, quando 
são intencionais o que ocorre? 
Tomamos, pois, como exemplos, duas 
ocorrências: uma relativa à música e outra 
relativa a uma criação poética, ambas expressas 
as seguir: 
Pronominais 
Dê-me um cigarro 
Diz a gramática 
Do professor e do aluno 
E do mulato sabido 
Mas o bom negro e o bom branco 
Da Nação Brasileira 
Dizem todos os dias 
Deixa disso camarada 
Me dá um cigarro 
 Oswald de Andrade 
Inútil 
A gente não sabemos 
Escolher presidente 
A gente não sabemos 
Tomar conta da gente 
A gente não sabemos 
Nem escovar os dente 
Tem gringo pensando 
Que nóis é indigente... 
[...] 
 Ultraje a rigor 
Constatamos dois evidentes desvios, um no que tange à 
concordância verbal (letra musical) e outro no que se 
refere ao uso do pronome oblíquo, demarcado no início 
do período (poema). Diante disso, resta-nos 
compreender que se trata da licença poética, concedida 
à classe artística de uma forma geral, no sentido de 
embelezar, conferir um caráter enfático à mensagem, 
bem como revelar pensamentos e posturas ideológicas 
por parte do autor. 
Pois bem, munidos dessas percepções, por vezes 
salutares, passaremos a conhecer a partir de agora 
alguns casos que ilustram ocorrências tidas como 
desvios: 
Pleonasmo vicioso 
Diferentemente do pleonasmo contido nas figuras de 
construção ou sintaxe, há o pleonasmo vicioso cuja 
característica se refere à repetição desnecessária de 
uma ideia antes expressa: 
Com o barulho estrondoso, imediatamente todos saíram 
para fora. 
Barbarismo 
Caracteriza-se pelo desvio à norma culta, manifestado 
nos seguintes níveis: 
1) Pronúncia 
a) Silabada – refere-se ao deslocamento do acento 
tônico de uma determinada palavra, como por exemplo: 
No documento constata apenas a rúbrica (em vez de 
rubrica) do comprador. 
b) Cacoépia – configura-se como um erro na pronúncia 
dos fonemas, tal como no exemplo: 
Esse é um probrema (em vez de problema) que temos 
de resolver. 
c) Cacografia – manifesta-se pelo desvio no que se 
refere à grafia ou flexão de uma dada palavra, veja: 
Se o delegado detesse (detivesse) todos os marginais, 
haveria mais segurança. 
Nós advinhamos (adivinhamos) que você viria. 
2) Morfologia: 
Se ele ir (fosse) conosco, gostaríamos bastante. 
3) Semântica 
Os comprimentos (cumprimentos) foram destinados ao 
vencedor do concurso. 
4) Estrangeirismos – refere-se ao emprego de palavras 
pertencentes a outros idiomas quando já existe um 
termo equivalente na língua portuguesa: 
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Português 
 
 Página 108 
Comemoraremos seu aniversário em um happy 
hour (final de tarde). 
Como foi seu weekend? (fim de semana) 
Solecismo 
Configura um desvio em relação às regras da 
sintaxe, podendo ser de três ordens: 
a) de concordância: 
Falta cinco minutos para partirmos. (faltam) 
b) de regência: 
Obedecemos todas as normas prescritas pela 
empresa. (obedecemos a...) 
c) de colocação: 
Farei-te uma homenagem. (far-te-ei...) 
Ambiguidade ou anfibologia 
Manifesta-se pela falta de clareza contida no 
discurso: 
O guarda conduziu a idosa para sua residência. 
(residência de quem? Dela ou do guarda?). 
Assim, de modo a evitar tal ocorrência, o 
discurso teria de ser reformulado: 
O guarda conduziu a idosa até a casa dela. 
Cacofonia 
Manifesta-se pelo encontro de sílabas de 
palavras diferentes, resultando numa terceira 
palavra cujo som é desagradável ou 
inconveniente: 
Eu vi ela no supermercado. (Eu a vi no 
supermercado) 
Beijou na boca dela. (Beijou-a na boca) 
Eco 
Caracteriza-se pela utilização de palavras com 
terminações iguais ou semelhantes na frase, 
provocando dissonância: 
Sua atuação causou comoção em toda a 
população. 
Colisão 
Ocorre quando há dissonância por parte da 
repetição de consoantes iguais ou semelhantes: 
O sabido sempre sabe. 
 
 
Hiato 
Manifesta-se pela sequência de palavras cujos fonemas 
vocálicos produzem efeito sonoro desagradável: 
Ou eu, ou ela ou outra. 
 
Por Vânia Duarte 
Graduada em Letras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório Trincheira
Português 
 
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O discurso é direto quando são as 
personagens que falam. O narrador, 
interrompendo a narrativa, as coloca em cena e 
cede-lhes a palavra. Exemplo: 
"- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, 
logo que apareceu à porta do jardim, em Santa 
Teresa. 
- Depois do almoço, que acabou às duas horas, 
estive arranjando uns papéis. Mas não é tão 
tarde assim, continuou Rubião, vendo o relógio; 
são quatro horas e meia. 
- Sempre é tarde para os amigos, replicou Sofia, 
em ar de censura." 
(Machado de Assis, Quincas Borba, cap. XXXIV) 
No discurso indireto não há 
diálogo, o narrador não põe as personagens a 
falar diretamente, mas faz-se o intérprete delas, 
transmitindo ao leitor o que disseram ou 
pensaram. Exemplo: 
"A certo ponto da conversação, Glória me disse 
que desejava muito conhecer Carlota e 
perguntou por que não a levei comigo." 
Para você ver como fica fácil vou passar o 
exemplo acima para o discurso direto: 
- Desejo muito conhecer Carlota - disse-me 
Glória, a certo ponto da conversação. Por que 
não a trouxe consigo? 
Veja mais: 
1.1 Tipos de Discurso 
As falas - ou discursos - podem ser estruturadas 
de duas formas básicas, dependendo de como o 
narrador as reproduz: o discurso direto e o 
discurso indireto. 
1.1.1 Discurso Direto 
O discurso direto caracteriza-se pela 
reprodução fiel da fala do personagem. 
 
COISA INCRÍVEIS NO CÉU E NA TERRA 
De uma feita, estava eu sentado sozinho num banco da 
Praça da Alfândega quando começaram a acontecer 
coisas incríveis no céu, lá para as bandas da Casa de 
Correção: havia uns tons de chá, que se foram 
avinhando e se transformaram nuns roxos de 
insuportável beleza. Insuportável, porque o sentimento 
de beleza tem de ser compartilhado. Quando me 
levantei, depois de findo o espetáculo, havia umas 
moças conhecidas, paradas à esquina da Rua da 
Ladeira. 
- Que crepúsculo fez hoje! - disse-lhes eu, ansioso de 
comunicação. 
- Não, não reparamos em nada - respondeu uma delas. - 
Nós estávamos aqui esperando Cezimbra. 
E depois ainda dizem que as mulheres não têm senso 
de abstração... 
Mário Quintana 
As falas do personagem-narrador e de uma das moças, 
reproduzidas integralmente e introduzidas por travessão, 
são exemplos do discurso direto. No discurso direto, 
a fala do personagem é, via de regra, acompanhada por 
um verbo de elocução, seguido de dois-pontos. Verbo 
de elocução é o verbo que indica a fala do personagem: 
dizer, falar, responder, indagar, perguntar, retrucar, 
afirmar, etc. 
No exemplo apresentado, o autor utiliza verbos de 
elocução ("disse-lhes eu", "respondeu uma delas), mas 
abre mão dos dois-pontos. 
Numa estrutura mais tradicional teríamos: 
"... havia umas moças conhecidas, paradas à esquina da 
Rua da Ladeira. Ansioso de comunicação, disse-lhes eu: 
- Que crepúsculo fez hoje! 
Respondeu-me uma delas: 
- Não, não reparamos em nada." 
1.1.2 Discurso Indireto 
O discurso indireto ocorre quando o narrador utiliza 
suas próprias palavras para reproduzir a fala de um 
personagem. 
No discurso indireto também temos a presença de 
verbo de elocução (núcleo do predicado da oração 
principal), seguido de oração subordinada (fala do 
personagem). É o que ocorre na seguinte passagem. 
"Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, 
acordou o marido e disse que havia sonhado que iria 
faltar feijão. Não era a primeira vez que esta cena 
ocorria. Dona Abigail consciente de seus afazeres de 
dona-de-casa vivia constantemente atormentada por 
pesadelos desse gênero. E deoutros gêneros, quase 
todos alimentícios. Ainda bêbado de sono o marido 
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esticou o braço e apanhou a carteira sobre a 
mesinha de cabeceira: 'Quanto é que você 
quer?'" 
NOVAES, Carlos Eduardo. O sonho do feijão. 
Nesse trecho, temos a fala (discurso) de dois 
personagens: a do marido ('Quanto é que você 
quer') e a de Dona Abigail que disse ao marido 
"que havia sonhado que iria faltar feijão". 
Ao contrário da fala do marido, em que o 
narrador reproduz fielmente as palavras do 
personagem, a fala de Dona Abigail não é 
reproduzida como as palavras que ela teria 
utilizado naquele momento. O narrador é quem 
reproduz com suas próprias palavras aquilo que 
Dona Abigail teria dito. Temos aí um exemplo de 
discurso indireto. 
Veja como ficaria o trecho acima se fosse 
utilizado o discurso direto: 
"Dona Abigail sentou-se na cama, 
sobressaltada, acordou o marido e disse-lhe: 
- Sonhei que vai faltar feijão." 
Verifique que, ao transformar o discurso 
indireto em discurso direto, o verbo de 
elocução (disse) se manteve, o conectivo (que) 
desapareceu e a fala da personagem passou a 
ser marcada por sinal de pontuação. 
Veja, ainda, que o verbo sonhar, que no 
discurso indireto se encontrava no pretérito 
mais-que-perfeito composto (havia sonhado), no 
discurso direto passa para o pretérito perfeito 
simples (sonhei), e o verbo ir, que no discurso 
indireto estava no pretérito (iria), no discurso 
direto aparece no presente do indicativo (vai). 
Repare que o tempo verbal, no discurso 
indireto, será sempre passado em relação ao 
tempo verbal do discurso direto. 
Reproduzimos, a seguir, um quadro com as 
respectivas relações: 
Verbo no presente 
do indicativo: 
- Não bebo dessa água - 
afirmou a menina. 
Verbo no pretérito 
imperfeito do 
indicativo: 
- A menina afirmou que não 
bebia daquela água. 
Verbo no pretérito 
perfeito: 
- Perdi meu guarda-chuva - 
disse ele. 
Verbo no pretérito 
mais-que-perfeito: 
Ele disse que tinha perdido 
seu guarda-chuva. 
Verbo no futuro do 
indicativo: 
- Irei ao jogo. 
Verbo no futuro do 
pretérito: 
Ele confessou que iria ao 
jogo. 
Verbo no 
imperativo: 
- Aplaudam! - ordenou o 
diretor. 
Verbo no pretérito 
imperfeito do 
subjuntivo: 
O diretor ordenou que 
aplaudíssemos. 
1.1.3 Discurso Indireto Livre 
Finalmente, há um caso misto de reprodução das falas 
dos personagens em que se fundem palavras do 
narrador e palavras dos personagens; trata-se do 
discurso direto livre. Observe a seguinte passagem do 
romance As meninas, de Lygia Fagundes Telles. 
"Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola 
de vidro a neve sobe tão leve. Rodopia flutuante e 
depois vai caindo no telhado, na cerca e na menininha 
de capuz vermelho. Então ela sacode de novo. 'Assim 
tenho neve o ano inteiro'. Mas por que neve o ano 
inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acha lindo a neve. 
Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes." 
Na forma do discurso direto, teríamos: 
"Então ela sacode de novo e diz: 
- Assim tenho neve o ano inteiro. 
Mas por que neve o ano inteiro?" 
Na forma do discurso indireto, teríamos: 
"Então ela sacode de novo e diz que assim tem neve o 
ano inteiro." 
Outro Exemplo 
1.1.3.1 Discurso Direto 
- Bom dia. Estou procurando um vestido para minha 
mulher. 
- O senhor sabe o número dela? 
- Ela é meio gordinha. 
- O maior tamanho que temos é 44. 
- Acho que é esse o número dela. Ou 44 ou 88. 
- Vou apanhar uns modelos para o senhor ver. 
1.1.3.2 Discuro Indireto (conta com o narrador) 
O homem entrou na loja, saudou o vendedor e lhe disse 
que estava procurando um vestido para sua mulher. O 
vendedor lhe perguntou o número e ele apenas disse 
que sua mulher era um pouco gorda, ao que o vendedor 
respondeu que o maior número que tinham na loja era o 
44. O homem afirmou que esse era o número dela, mas 
que também podia ser o 88. O vendedor saiu e foi 
buscar alguns modelos para que o homem pudesse vê-
los." 
Veja mais ainda: 
Aí vai tudo o que você precisa saber sobre o assunto, 
diretamente de um dos maiores gramáticos brasileiros: 
Celso Cunha: 
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 Página 111 
1.1.4 Discurso direto 
Examinando este passo do conto Guaxinim do 
banhado, de Mário de Andrade: 
"O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra 
outro. Eis que suspira lá na língua dele - 
"Chente! que vida dura esta de guaxinim do 
banhado!..." 
verificamos que o narrado, após introduzir o 
personagem, o guaxinim, deixou-o expressar-se 
"Lá na língua dele", reproduzindo-lhe a fala tal 
como ele a teria organizado e emitido. 
A essa forma de expressão, em que o 
personagem é chamado a apresentar as suas 
próprias palavras, denominamos discurso 
direto. 
Observação 
No exemplo anterior, distinguimos claramente o 
narrador, do locutor, o guaxinim. 
Mas o narrador e locutor podem confundir-se em 
casos como o das narrativas memorialistas 
feitas na primeira pessoa. Assim, na fala de 
Riobaldo, o personagem-narrador do romance 
de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães 
Rosa. 
"Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um 
rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda 
é num ponto muito mais embaixo, bem diverso 
do que em primeiro se pensou. Viver nem não é 
muito perigoso?" 
Ou, também, nestes versos de Augusto Meyer, 
em que o autor, liricamente identificado com a 
natureza de sua terra, ouve na voz do Minuano 
o convite que, na verdade, quem lhe faz é a sua 
própria alma: 
"Ouço o meu grito gritar na voz do vento: 
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!" 
1.1.5 Características do discurso direto 
1. No plano formal, um enunciado em discurso 
direto é marcado, geralmente, pela presença de 
verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar, sugerir, 
perguntar, indagar ou expressões sinônimas, 
que podem introduzi-lo, arrematá-lo ou nele se 
inserir: 
"E Alexandre abriu a torneira: 
- Meu pai, homem de boa família, possuía 
fortuna grossa, como não ignoram." (Graciliano 
Ramos) 
"Felizmente, ninguém tinha morrido - diziam em 
redor." (Cecília Meirelles) 
"Os que não têm filhos são órfãos às avessas", 
escreveu Machado de Assis, creio que no Memorial de 
Aires. (A.F. Schmidt) 
Quando falta um desses verbos dicendi, cabe ao 
contexto e a recursos gráficos - tais como os dois 
pontos, as aspas, o travessão e a mudança de linha - a 
função de indicar a fala do personagem. É o que 
observamos neste passo: 
"Ao aviso da criada, a família tinha chegado à janela. 
Não avistaram o menino: 
- Joãozinho! 
Nada. Será que ele voou mesmo?" 
2. No plano expressivo, a força da narração em 
discurso direto provém essencialmente de sua 
capacidade de atualizar o episódio, fazendo emergir da 
situação o personagem, tornando-o vivo para o ouvinte, 
à maneira de uma cena teatral, em que o narrador 
desempenha a mera função de indicador das falas. 
Daí ser esta forma de relatar preferencialmente adotada 
nos atos diários de comunicação e nos estilos literários 
narrativos em que os autores pretendem representar 
diante dos que os lêem "a comédia humana, com a 
maior naturalidade possível". (E. Zola) 
1.1.6 Discurso indireto 
1. Tomemos como exemplo esta frase de Machado de 
Assis: 
"Elisiário confessou que estava com sono." 
Ao contrário do que observamos nos enunciados em 
discurso direto, o narrador incorpora aqui, ao seu 
próprio falar, uma informação do personagem (Elisiário), 
contentando-se em transmitir ao leitor o seu conteúdo, 
sem nenhum respeito à forma linguística que teria sido 
realmente empregada. 
Este processo de reproduzir enunciados chama-se 
discurso indireto. 
2. Também, neste caso, narrador e personagem podem 
confundir-se num só: 
"Engrosso a voz e afirmo que sou estudante." 
(Graciliano Ramos) 
Características do discurso indireto 
1. No plano formal verifica-se que, introduzidas também 
porum verbo declarativo (dizer, afirmar, ponderar, 
confessar, responder, etc), as falas dos personagens 
se contêm, no entanto, numa oração subordinada 
substantiva, de regra desenvolvida: 
"O padre Lopes confessou que não imaginara a 
existência de tantos doudos no mundo e menos ainda o 
inexplicável de alguns casos." 
Nestas orações, como vimos, pode ocorrer a elipse da 
conjunção integrante: 
Português 
 
 Página 112 
"Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da 
cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois 
estava sem relógio e mesmo se o tivesse não 
poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, 
imaginava podiam ser onze horas." (Lima 
Barreto) 
A conjunção integrante falta, naturalmente, 
quando, numa construção em discurso indireto, 
a subordinada substantiva assume a forma 
reduzida.: 
"Um dos vizinhos disse-lhe serem as 
autoridades do Cachoeiro." (Graça Aranha) 
2. No plano expressivo assinala-se, em primeiro 
lugar, que o emprego do discurso indireto 
pressupõe um tipo de relato de caráter 
predominantemente informativo e intelectivo, 
sem a feição teatral e atualizadora do discurso 
direto. O narrador passa a subordinar a si o 
personagem, com retirar-lhe a forma própria da 
expressão. Mas não se conclua daí que o 
discurso indireto seja uma construção estilística 
pobre. É, na verdade, do emprego sabiamente 
dosado de um e de outro tipo de discurso que 
os bons escritores extraem da narrativa os mais 
variados efeitos artísticos, em consonância com 
intenções expressivas que só a análise em 
profundidade de uma dada obra pode revelar. 
1.1.7 Transposição do discurso direto para o 
indireto 
Do confronto destas duas frases: 
"- Guardo tudo o que meu neto escreve - dizia 
ela." (A.F. Schmidt) 
"Ela dizia que guardava tudo o que o seu neto 
escrevia." 
verifica-se que, ao passar-se de um tipo de 
relato para outro, certos elementos do 
enunciado se modificam, por acomodação ao 
novo molde sintático. 
a) Discurso direto enunciado 1ª ou 2ª pessoa. 
"-Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a 
pedir mais." (M. de Assis) 
Discurso indireto: enunciado em 3ª pessoa: 
"Ela disse que deveria bastar, que ela não se 
atrevia a pedir mais" 
b) Discurso direto: verbo enunciado no 
presente: 
"- O major é um filósofo, disse ele com malícia." 
(Lima Barreto) 
Discurso indireto: verbo enunciado no 
imperfeito: 
"Disse ele com malícia que o major era um filósofo." 
c) Discurso direto: verbo enunciado no pretérito 
perfeito: 
"- Caubi voltou, disse o guerreiro Tabajara."(José de 
Alencar) 
Discurso indireto: verbo enunciado no pretérito mais-
que-perfeito: 
"O guerreiro Tabajara disse que Caubi tinha voltado." 
d) Discurso direto: verbo enunciado no futuro do 
presente: 
"- Virão buscar V muito cedo? - perguntei."(A.F. 
Schmidt) 
Discurso indireto: verbo enunciado no futuro do 
pretérito: 
"Perguntei se viriam buscar V. muito cedo" 
e) Discurso direto: verbo no modo imperativo: 
"- Segue a dança! , gritaram em volta. (A. Azevedo) 
Discurso indireto: verbo no modo subjuntivo: 
"Gritaram em volta que seguisse a dança." 
f) Discurso direto: enunciado justaposto: 
"O dia vai ficar triste, disse Caubi." 
Discurso indireto: enunciado subordinado, geralmente 
introduzido pela integrante que: 
"Disse Caubi que o dia ia ficar triste." 
g) Discurso direto:: enunciado em forma interrogativa 
direta: 
"Pergunto - É verdade que a Aldinha do Juca está uma 
moça encantadora?" (Guimarães Rosa) 
Discurso indireto: enunciado em forma interrogativa 
indireta: 
"Pergunto se é verdade que a Aldinha do Juca está uma 
moça encantadora." 
h) Discurso direto: pronome demonstrativo de 1ª 
pessoa (este, esta, isto) ou de 2ª pessoa (esse, essa, 
isso). 
"Isto vai depressa, disse Lopo Alves."(Machado de 
Assis) 
Discurso indireto: pronome demonstrativo de 3ª 
pessoa (aquele, aquela, aquilo). 
"Lopo Alves disse que aquilo ia depressa." 
i) Discurso direto: advérbio de lugar aqui: 
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 Página 113 
"E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a 
de novo na gaveta, concluindo: 
- Aqui, não está o que procuro."(Afonso Arinos) 
Discurso indireto: advérbio de lugar ali: 
"E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a 
de novo na gaveta, concluindo que ali não 
estava o que procurava." 
1.1.8 Discurso indireto livre 
Na moderna literatura narrativa, tem sido 
amplamente utilizado um terceiro processo de 
reprodução de enunciados, resultante da 
conciliação dos dois anteriormente descritos. É o 
chamado discurso indireto livre, forma de 
expressão que, ao invés de apresentar o 
personagem em sua voz própria (discurso 
direto), ou de informar objetivamente o leitor 
sobre o que ele teria dito (discurso indireto), 
aproxima narrador e personagem, dando-nos a 
impressão de que passam a falar em uníssono. 
Comparem-se estes exemplos: 
"Que vontade de voar lhe veio agora! Correu 
outra vez com a respiração presa. Já nem podia 
mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um 
momento em que esteve quase... quase! 
Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham 
beleza. Entretanto, qualquer urubu... que raiva... 
" (Ana Maria Machado) 
"D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo 
temerário. Para que estar catando defeitos no 
próximo? Eram todos irmãos. Irmãos." 
(Graciliano Ramos) 
"O matuto sentiu uma frialdade mortuária 
percorrendo-o ao longo da espinha. 
Era uma urutu, a terrível urutu do sertão, para a 
qual a mezinha doméstica nem a dos campos 
possuíam salvação. 
Perdido... completamente perdido..." 
( H. de C. Ramos) 
1.1.9 Características do discurso indireto 
livre 
Do exame dos enunciados em itálico comprova-
se que o discurso indireto livre conserva toda a 
afetividade e a expressividade próprios do 
discurso direto, ao mesmo tempo que mantém 
as transposições de pronomes, verbos e 
advérbios típicos do discurso indireto. É, por 
conseguinte, um processo de reprodução de 
enunciados que combina as características dos 
dois anteriormente descritos. 
1. No plano formal, verifica-se que o emprego do 
discurso indireto livre "pressupõe duas 
condições: a absoluta liberdade sintática do 
escritor (fator gramatical) e a sua completa 
adesão à vida do personagem (fator estético) " (Nicola 
Vita In: Cultura Neolatina). 
Observe-se que essa absoluta liberdade sintática do 
escritor pode levar o leitor desatento a confundir as 
palavras ou manifestações dos locutores com a simples 
narração. Daí que, para a apreensão da fala do 
personagem nos trechos em discurso indireto livre, 
ganhe em importância o papel do contexto, pois que a 
passagem do que seja relato por parte do narrador a 
enunciado real do locutor é, muitas vezes, 
extremamente sutil, tal como nos mostra o seguinte 
passo de Machado de Assis: 
"Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se 
ofegante. Rubião acudiu, levando-lhe água e pedindo 
que se deitasse para descansar; mas o enfermo após 
alguns minutos, respondeu que não era nada. Perdera o 
costume de fazer discursos é o que era." 
2. No plano expressivo, devem ser realçados alguns 
valores desta construção híbrida: 
a) Evitando, por um lado, o acúmulo de quês, ocorrente 
no discurso indireto, e, por outro lado, os cortes das 
oposições dialogadas peculiares ao discurso direto, o 
discurso indireto livre permite uma narrativa mais 
fluente, de ritmo e tom mais artisticamente elaborados; 
b) O elo psíquico que se estabelece entre o narrador e 
personagem neste molde frásico torna-o o preferido dos 
escritores memorialistas, em suas páginas de monólogo 
interior; 
c) Finalmente, cumpre ressaltar que o discurso indireto 
livre nem sempre aparece isolado em meio da narração. 
Sua "riqueza expressiva aumenta quando ele se 
relaciona, dentro do mesmo parágrafo, com os discursos 
direto e indireto puro", pois o emprego conjunto faz que 
para o enunciado confluam, "numa soma total, ascaracterísticas de três estilos diferentes entre si". 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 MATEMÁTICA 
 
 Página 1 
 
FRAÇÕES EQUIVALENTES, NÚMEROS 
FRACIONÁRIOS, OPERAÇÕES COM 
FRAÇÕES. 
 
 
FRAÇÃO 
 
Fração é a representação da parte de um 
todo (de um ou mais inteiros), assim, podemos 
considerá-la como sendo mais uma 
representação de quantidade, ou seja, uma 
representação numérica, com ela podemos 
efetuar todas as operações como: adição, 
subtração, multiplicação, divisão, potenciação, 
radiciação. 
 
Dessa forma, toda fração pode ser representada 
em uma reta numerada, por exemplo, 1/2 (um 
meio) significa que de um inteiro foi considerada 
apenas a sua metade, portanto, podemos dizer 
que em uma reta numerada a fração 1/2 estará 
entre os números inteiros 0 e 1. 
 
Por ser uma forma diferente de representação 
numérica, a fração irá possui uma nomenclatura 
específica e poderá ser escrita em forma de 
porcentagem, números decimais (números com 
vírgula) e números mistos. 
 
Assim, podemos concluir que o surgimento do 
número fracionário veio da necessidade de 
representar quantidades menores que inteiros, 
por exemplo, 1 bolo é um inteiro, mas se 
comermos um pedaço, qual seria a representação 
numérica que esse pedaço e o resto do bolo 
representaria? Foi a necessidade de criar uma 
representação numérica para as partes de um 
inteiro que proporcionou o surgimento dos 
números fracionários que iremos estudar nesta 
seção. 
 
Adição e subtração de fração 
 As operações de adição e subtração com fração 
dependem unicamente do denominador, ou seja, 
dependem da quantidade de partes que um 
inteiro foi dividido. Podendo ser iguais ou 
diferentes, assim diferenciando a resolução. 
 
Quando os denominadores forem iguais devemos 
somar ou diminuir as partes consideradas do 
inteiro (numeradores) e conservar as partes que o 
inteiro foi dividido (denominadores). 
 
1/5 + 2/5 = 3/5, pois somamos os numeradores 1 
+ 2 e conservamos o denominador 5. 
 
3/4 + 2/4 = 5/4, pois somamos os numeradores 3 
+ 2 e conservamos o denominador 4. 
 
2/5 – 1/5 = 1/5, pois subtraímos os numeradores 
2 -1 e conservamos o denominador 5. 
 
Quando os denominadores forem diferentes é 
preciso torná-los iguais antes de resolver a 
operação de adição ou subtração, utilizando as 
técnicas que a redução de uma fração ao mesmo 
denominadoroferece. 
 
Para resolver 1/5 + 2/10 é preciso que 
encontremos o mmc de 5 e 10 (os 
denominadores diferentes das frações) que será 
o próprio 10. Encontrando assim as 
respectivas frações equivalentes 2/10 e 2/10. 
Com essas frações efetuamos a soma: 
 
2/10 + 2/10 = 4/10, portanto 1/5 + 2/10 = 4/10. 
 
Na operação de subtração o processo é o 
mesmo, só irá diferenciar-se ao operar. 
 Comparação de Fração 
 As frações possuem o objetivo de representar 
partes de um inteiro através de situações 
geométricas ou numéricas. Podemos comparar 
frações utilizando a representação numérica 
através de algumas técnicas e propriedades. 
Comparar significa analisar qual representa a 
maior ou menor quantidade ou se elas são 
iguais. 
 
1º situação 
Quando os denominadores são iguais, basta 
compararmos somente o valor dos numeradores. 
Observe a comparação entre as frações . 
Note que os denominadores são iguais, dessa 
forma, vamos comparar os numeradores: 
4 > 2 (quatro é maior que dois), então . 
 
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 Página 2 
Veja outra comparação envolvendo as 
frações . 
 
Os denominadores também são iguais, assim 
basta identificarmos qual dos numeradores é 
maior. Percebemos que 15 é maior que 7 (15 > 
7), portanto . 
 
2ª situação 
Quando os denominadores são diferentes, 
devemos realizar operações no intuito dos 
denominadores se tornarem iguais. Quando eles 
se tornam iguais aplicamos as definições da 1ª 
situação. O processo que irá transformar os 
denominadores em valores iguais é chamado de 
redução e consiste em descobrir um número pelo 
qual iremos multiplicar os membros de uma 
fração para que os denominadores assumam o 
mesmo valor. Observe: 
 
 
As frações dadas possuem denominador 6 e 3, 
respectivamente. Vamos multiplicar os membros 
da 1ª equação por 3 e multiplicar os membros da 
2ª equação por 6. Veja: 
 
Note que , portanto . 
 
Observe que multiplicamos os membros da 1ª 
equação pelo denominador da 2ª equação e os 
membros da 2ª equação pelo denominador da 1ª 
equação. 
 
Veja mais um exemplo: 
 
Vamos comparar as frações . 
 
 
Vamos aplicar as reduções nas frações utilizando 
a regra prática já enunciada. 
 
Observe que , dessa forma temos 
que . 
 
Divisão com frações 
A resolução da operação de divisão envolvendo 
frações depende de algumas informações 
importantes, como: 
 
• A divisão de dois números inteiros pode ter seu 
quociente (resultado da divisão) representado na 
forma de fração, desde que o divisor seja 
diferente de zero. Exemplo: a divisão dos 
números 10:13, pode ter seu quociente 
representado na forma de fração, assim: . 
 
• Ao efetuarmos a expressão: 45: (5x3) podemos 
resolvê-la da seguinte forma: 
 
45 : (5x3) = 45:5:3 
 
Resolvendo pela ordem das operações teremos: 
 
45:(5x3) = 45:5:3 = 9:3 = 3. 
 
Com base nessas duas informações veja como 
podemos chegar ao quociente de uma divisão de 
duas frações. 
 
Considere a divisão , observe cada passo 
tomado para a sua resolução. 
 
 
A fração pode ser representada pela operação 
da multiplicação da seguinte forma: 
 
 
3 = 1 x 3 
4 4 
 
Assim escrevemos: 
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 Página 3 
 
 
 
A divisão , pode ser resolvida da seguinte 
forma: 
 
Representamos em um mesmo inteiro as duas 
frações e percebemos que: 
 
 
A fração 1/4 cabe duas vezes na fração 1/2, 
portanto, podemos dizer que: 
 
 
 
Substituindo na expressão temos: 
 
 
 
 
Dessa forma, a divisão 
 
Como base nessa demonstração podemos 
concluir que: 
 
, que simplificado é igual a 2/3, dessa 
forma, podemos deduzir a seguinte 
definição para encontramos o quociente de uma 
divisão com fração: 
 
O quociente de duas frações é o produto da 
primeira pelo inverso da segunda. 
 
Fração e as Operações Matemáticas 
As frações pertencem ao conjunto dos números 
racionais e o uso delas está presente em diversas 
situações matemáticas. Em algumas sentenças 
envolvendo frações é preciso o conhecimento 
adequado de técnicas de resolução como 
adicionar, subtrair, multiplicar, dividir e cálculo de 
potências. Vamos demonstrar a resolução de 
algumas expressões seguida de comentários. 
 
Exemplo 1 
 
Reduzir os denominadores ao mesmo valor 
através do mmc e da proporcionalidade. 
 
 
Realizar as operações dentro de todos os 
parênteses 
 
 
 
 
Multiplicar os parênteses 
 
 
 
Realizar a simplificação 
 
Exemplo 2 
 
 
No 1º parênteses, igualar os denominadores e no 
2º, aplicar a potenciação 
 
 
 
Multiplicar os parênteses 
 
 
 
 
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 Página 4 
Exemplo 3 
 
1º passo: redução dos denominadores ao mesmo 
valor. 
2º passo: operação entre os numeradores de 
cada fração. 
3º passo: divisão de frações. 
4º passo: propriedade da divisão de frações → 
repete a 1ª fração e multiplica pelo inverso da 2ª. 
5º passo: simplificação de frações. 
Exemplo 4 
 
 
 Fração e PorcentagemAs frações são utilizadas para representar partes 
de um todo, de alguma coisa. A origem das 
frações está relacionada à necessidade de se 
representar, numericamente, valores não inteiros, 
menores que 1. Com as frações podemos realizar 
operações de adição, multiplicação, subtração e 
divisão. Toda fração é considerada um elemento 
do conjunto dos números racionais, que é 
representado pela letra Q. 
 
A palavra porcentagem apresenta ligações 
estreitas com a ideia de fração, uma vez que 
significa partes de 100. Ora, se é parte de um 
todo então é uma fração. Vamos compreender 
melhor a relação entre porcentagem e as frações. 
 
Definição de porcentagem: 
 
Se x é um número real, então x% representa a 
fração x/100. 
 
Isso significa que: 
 
Como a porcentagem pode ser escrita na forma 
de fração, podemos realizar facilmente cálculos 
que envolvam essas ideias. Veremos alguns 
exemplos de como isso pode ser feito. 
 
Exemplo 1. Sabe-se que 55% dos estudantes de 
uma sala são do sexo feminino. Como na classe 
há 40 estudantes, quantas meninas há nessa 
sala? 
 
Solução: Vamos fazer uma interpretação simples 
do problema. Foi dito que: 
55% dos alunos são do sexo feminino. Ou seja: 
 
Número de meninas = 55% de 40 
 
Nesse tipo de problema, a palavra “de” 
representa a operação de multiplicação. 
 
 
 
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 Página 5 
Assim, teremos: 
55% de 40=55% ∙40 
 
Dessa forma não é possível realizar o cálculo. 
Devemos, então, escrever a porcentagem na 
forma de fração. 
 
Assim, podemos afirmar que nessa sala há 22 
alunos do sexo feminino. 
 
Exemplo 2. Calcule: 
 
a) 36% de 125 
 
Solução: 
 
b) 42% de 80 
 
Solução: 
 
c) 70% de 200 
Solução: 
 
d) 99% de 52 
 
Solução: 
 
Para facilitar os cálculos, as frações que 
representam a porcentagem podem ser 
simplificadas. Veja: 
 
Além disso, podemos escrever a porcentagem na 
forma decimal, também a fim de facilitar os 
cálculos na resolução de problemas. 
 
 Fração Equivalente 
 
Dizemos que uma fração é uma parte de um 
inteiro que pode ser representada 
geometricamente ou numericamente. Podemos 
dividir o inteiro em diversas partes, as quais 
representarão quantidades diferentes e outras 
que representarão uma mesma quantidade. No 
caso de frações diferentes que representam a 
mesma quantidade, damos o nome de frações 
equivalentes. A única condição para que existam 
frações equivalentes é que elas pertençam ao 
mesmo inteiro. Observe o retângulo a seguir, ele 
representa o inteiro: 
 
 
Ao dividirmos ao meio, isto é, em duas partes, e 
destacarmos 1 parte, teremos a seguinte 
fração: . 
 
 
Dividindo o mesmo inteiro em 4 partes e 
destacando 2, teremos a seguinte fração: . 
 
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 Página 6 
 
 
 
Caso o inteiro seja dividido em 16 partes iguais e 
destacamos 8, a fração representará 
numericamente a seguinte parte geométrica: 
 
 
As frações apresentadas são equivalentes, todas 
possuem representação numérica diferente, mas 
expressam quantidades iguais. Nesse caso, elas 
estão representando sempre a metade do inteiro. 
Observe as frações na forma geométrica e 
numérica: 
 
Para indicarmos quando duas ou mais frações 
são equivalentes, utilizamos o símbolo ~ ou o 
símbolo da igualdade +. 
 
Para identificarmos se duas ou mais frações são 
equivalentes, basta aplicarmos os princípios de 
simplificação conhecidos, isto é, dividir o 
numerador e o denominador pelo mesmo número, 
reduzindo a fração à forma irredutível. Se as 
formas irredutíveis forem idênticas, dizemos que 
as frações são equivalentes. Veja exemplos: 
 
 
Verifique que as frações ao serem reduzidas à 
forma irredutível se tornaram idênticas, portanto, 
elas são equivalentes. 
 Multiplicação com Fração 
 A multiplicação é uma operação básica que 
surge para simplificar a soma de parcelas iguais. 
Por exemplo, a adição 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 + 
2 + 2, pode ser escrita através da multiplicação 2 
* 9, que corresponde a 18. A operação da 
multiplicação é aplicada a qualquer conjunto 
numérico, dos Naturais aos Reais. No caso dos 
racionais, principalmente os números fracionários, 
a multiplicação deve ser utilizada respeitando 
algumas regras básicas, como multiplicar 
numerador por numerador e denominador por 
denominador. 
 
Na multiplicação de números fracionários, é 
valido o jogo de sinal entre os fatores. Observe 
tabela de jogo de sinais: 
 
(+) * (+) = (+) 
(+) * (–) = (–) 
(–) * (+) = (–) 
(–) * (–) = (+) 
 
Os exemplos a seguir demonstrarão passo a 
passo o andamento de uma multiplicação 
envolvendo números racionais na forma 
fracionária. 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
Caso seja necessário, os produtos apresentados 
e que constituem frações, podem ser escritos de 
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 Página 7 
forma mais simples, isto é, na forma de fração 
irredutível. Para tal procedimento utilizamos a 
simplificação de frações, que é feita encontrando 
o maior divisor comum ao numerador e ao 
denominador. Veja exemplos de simplificação: 
 
 
 
Nomenclatura de fração 
As frações possuem dois tipos de representação, 
uma geométrica (desenho) e outra na forma de 
expressão matemática. É importante lembrar que 
fração é uma representação da parte de um todo. 
Para termos uma representação fracionária 
devemos primeiramente constituir todo o inteiro. 
A figura a seguir representa um inteiro. Podemos 
dividir a pizza em várias partes. 
 
A pizza foi dividida em oito partes iguais, cada 
parte irá representar uma fração de acordo com o 
inteiro. Se retirarmos um pedaço, ele 
corresponderá a um oitavo do inteiro. 
 
Toda fração na forma de expressão matemática é 
representada de acordo com uma regra geral, 
seus termos recebem nomes: numerador e 
denominador. O numerador tem o objetivo de 
representar determinada parte do inteiro. O 
denominador representa a quantidade de partes 
que o inteiro foi dividido. O numerador e o 
denominador são separados por uma barra, que 
também tem a finalidade de expressar a operação 
da divisão. 
 
Podemos representar as partes da pizza dividida 
da seguinte maneira: 
 
Sabendo que uma fração deve ser representada 
por um numerador e um denominador, fica fácil 
compreendermos a sua nomenclatura. A leitura 
de uma fração irá depender do seu denominador. 
 
A nomenclatura de uma fração pode ser dividida 
em dois grupos: 
- o primeiro compreende os denominadores iguais 
a 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 100, 1000. 
- o segundo compreende os denominadores que 
não pertencem ao primeiro grupo, como 12, 20, 
51. 
 
Para denominadores iguais a 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 
10, 100, 1000, a leitura das frações fica da 
seguinte forma: 
 
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 Página 8 
 Segundo grupo: considerando que o 
denominador seja qualquer outro número, 
acrescentamos na sua leitura a palavra “avos”. 
 
 
 
 
Número misto 
Toda fração imprópria pode ser escrita na forma 
de número misto. Esse tipo de número é formado 
por uma ou mais partes inteiras mais uma parte 
fracionária. 
 
Considere a seguinte fração imprópria . A sua 
representação em forma de desenho será: 
 
Vamos considerar como sendo um inteiro a 
seguinte circunferência: 
 
Para representarmos a fração será preciso 
dividir o inteiro (a circunferência) em 2 partes 
iguais e considerar 5 partes,como 2 < 5, termos 
que construir mais de um inteiro, veja: 
 
 
 
Assim, podemos dizer que . 
Portanto, o número é a representação mista 
da fração imprópria . 
 
Seguindo esse mesmo raciocínio podemos 
transformar um número misto em fração imprópria 
e fração imprópria em número misto. Veja 
algumas regras práticas que facilitam essas 
transformações: 
 
Primeiro apresentaremos a transformação de 
fração imprópria em número misto. 
 
Dada a fração imprópria , para representarmos 
em forma mista teremos que efetuar a seguinte 
divisão: 15 : 7 
 
 
 
 
Os elementos que compõem uma divisão são 
nomeados da seguinte forma: 
 
 
 
Assim, podemos dizer que na divisão de 15 : 7, o 
15 é o dividendo, 7 é o divisor, 1 é o resto e 2 é o 
quociente. 
 
Utilizando esses elementos da divisão, 
formaremos o número misto que representará a 
fração imprópria . O valor que representar o 
quociente será a parte inteira, o valor que 
representar o resto será o numerador e o valor 
que representar o divisor será o denominador, 
assim temos = . 
 
Agora veremos o inverso: como transformar 
número misto em fração imprópria. 
 
Dada o número misto , para transformá-lo 
em fração imprópria teremos que seguir a regra: 
repetir o denominador e multiplicar o 
denominador pela parte inteira e somar o produto 
com o numerador, veja: 
 
 
 
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 Página 9 
Assim, o número misto terá como fração 
imprópria . 
 
Potenciação de Frações Algébricas 
A potenciação de frações algébricas utiliza o 
mesmo processo das frações numéricas, o 
expoente precisa ser aplicado ao numerador e ao 
denominador, considerando o valor do 
denominador diferente de zero. Após o 
desenvolvimento da potenciação, se for o caso, 
simplifique a fração, pois dividindo seus 
elementos pelo mesmo número, isto é, pelo 
divisor comum ao numerador e ao divisor. 
Observe alguns exemplos: 
 
Frações Numéricas 
 
 
 
 
Frações Algébricas 
 
 
 
Nos casos em que o expoente possui sinal 
negativo, devemos inverter a base e trocar o sinal 
do expoente para positivo. Feito esse processo, 
basta aplicar o expoente ao numerador e ao 
denominador. Observe: 
 
Algumas situações exigem maior complexidade 
nos cálculos, utilizando as propriedades 
estudadas como soma de frações com 
denominadores diferentes, mmc de polinômios, 
expoente negativo, divisão de frações, 
multiplicação de frações, potenciação e 
simplificação de termos semelhantes. Veja: 
 
 
Problemas envolvendo números fracionários 
A maneira como resolvemos uma situação 
problema é sempre a mesma, o que pode ser 
diferente é a estratégia de resolução, pois cada 
uma delas envolve um conteúdo diferente. 
 
Levando em consideração os problemas 
matemáticos que envolvem números fracionários, 
podemos utilizar como estratégia na sua 
resolução a construção de figuras que 
representem os inteiros ou partes deles (fração). 
 
Veja o exemplo de situação problema envolvendo 
números fracionários. 
 
Uma piscina retangular ocupa 2/15 de uma 
área de lazer de 300 m2. A parte restante da 
área de lazer equivale a quantos metros 
quadrados? 
 
Resolução: 
 
Considere o retângulo abaixo como sendo a área 
de lazer completa. 
 
 
 
Para representarmos 2/15 (área ocupada pela 
piscina) na região retangular que está 
representando a área de lazer, basta dividir esse 
retângulo em 15 partes iguais e considerar 
apenas duas como sendo ocupadas pela piscina. 
 
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 Página 10 
 
 
Foi dito no enunciado que a área total é de 
300m², portanto, a área que a piscina ocupa será 
de: 
 
 2 de 300 = 300:15 x2 = 40m2. Dessa forma, cada 
1/15 do terreno corresponde a 20m². 
15 
 
Observando a figura acima percebemos que a 
fração que irá corresponder à parte restante da 
área de lazer é 13/15, dessa forma, para 
descobrirmos quanto isso representa em metros 
quadrados basta multiplicar 20 por 13 que será 
igual a 260m2 de área restante. 
 
Redução de fração ao mesmo denominador 
 Podemos transformar duas frações que 
representam quantidades diferentes de um 
mesmo inteiro, por exemplo, 1/2 e 2/5 em frações 
com denominadores iguais. Esse processo é 
conhecido como redução de fração ao mesmo 
denominador. 
 
Para reduzir as frações 1/2 e 2/5 ao mesmo 
denominador devemos encontrar as frações 
equivalentes a cada uma delas, ou seja, frações 
diferentes, mas que representam a mesma 
quantidade. 
 
1/2 é o mesmo que a metade de um inteiro, pois 
dividimos o inteiro em 2 partes iguais e 
consideramos 1, portanto é possível dividir esse 
mesmo inteiro em partes diferentes e continuar 
considerando a metade do inteiro, veja: 
 
 
 
Todas essas frações 2/4, 3/6, 4/8 e 5/10 são 
equivalentes a 1/2, pois representa a mesma 
quantidade. 
 
Se pegarmos esse mesmo inteiro utilizado acima 
e encontrarmos frações equivalentes a 2/5, 
teremos: 
 
 
 
Como as frações equivalentes a 1/2 e 2/5 foram 
encontradas levando em consideração o mesmo 
inteiro, podemos dizer que as frações 1/2 e 2/5 
transformadas em um mesmo denominador 
ficariam respectivamente iguais a 5/10 e 4/10. 
 
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Uma maneira mais prática de reduzir as frações 
ao mesmo denominador é encontrar o mínimo 
múltiplo comum (menor múltiplo comum) dos 
números que representam os denominadores, por 
exemplo: 
 
As frações 3/20 e 5/6 possuem os números 20 e 
6 como denominadores e o menor múltiplo 
comum (mmc) entre eles é 60. Assim, o 
denominador comum das frações 3/20 e 5/6 será 
60. 
 
Depois de encontrar o “novo denominador” temos 
que dividi-lo pelo “antigo” e multiplicar o resultado 
pelo numerador, devemos fazer sempre esse 
processo, pois se mudamos o denominador 
temos que encontrar um numerador proporcional. 
Veja como é feito: 
 
 
 
Simplificação de Fração 
 
Simplificar uma fração consiste em reduzir o 
numerador e o denominador através da divisão 
pelo máximo divisor comum aos dois números. 
Uma fração está totalmente simplificada quando 
verificamos que seus termos estão totalmente 
reduzidos a números que não possuem termos 
divisíveis entre si. Uma fração simplificada sofre 
alteração do numerador e do denominador, mas 
seu valor matemático não é alterado, pois a 
fração quando tem seus termos reduzidos se 
torna uma fração equivalente. 
 
A fração possui as seguintes frações 
equivalentes: . Elas são 
formadas por elementos diferentes, mas todas 
possuem o mesmo valor proporcional. Nesse 
exemplo, temos que a fração é a fração 
irredutível de . 
 
Simplificar uma fração consiste em dividir o 
numerador e o denominador pelo mesmo número. 
Você pode simplificar uma fração por partes, veja: 
 
 
 
Ou você pode simplificar a fração uma única vez. 
Para isso, você deve identificar o máximo divisor 
comum aos dois termos. Observe: 
O máximo divisor comum aos números 24 e 36 é 
o 12. Então, simplificamos da seguinte maneira: 
 
 
 
Observe mais alguns exemplos de simplificação. 
 
 
 
O MDC entre 32 e 40 é 8. 
 
 
O MDC entre 63 e 81 é 9. 
 
 
O MDC entre 90 e 120 é 30. 
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O MDC entre 36 e 66 é 6. 
 
 
Portanto, para que uma fração se torne 
irredutível, devemos dividir o numerador e o 
denominador pelo maior divisor comum ou 
realizar a simplificação por partes. Lembre-se deque toda fração irredutível possui inúmeras 
frações equivalentes. 
 
Tipo de fração 
 
Fração não é necessariamente a parte que 
tiramos deum inteiro, ela pode ser partes de um 
inteiro completo, dois inteiros completos, um 
inteiro mais uma parte, e assim sucessivamente. 
Levando em consideração todas as formas 
possíveis de encontrarmos uma fração podemos 
classificá-las em: próprias, impróprias ou 
aparentes. 
 
Fração própria 
 
Toda fração que for considerada própria 
deverá ser menor que um inteiro, ou seja, seu 
numerador é menor que seu denominador. 
 
Considerando o inteiro dividido em 8 parte 
iguais . Se colorirmos 5 
partes desse inteiro teremos: 
 
 
A fração que irá representar a parte colorida 
é e a fração que irá representar a parte que 
não foi colorida é . As duas frações são 
classificadas como próprias, pois são menores 
que um inteiro. 
 
Uma maneira prática de perceber se uma fração 
é ou não própria é observar o numerador e o 
denominador, portanto é própria, pois 5 
(numerador) < 8 (denominador). 
 
Fração imprópria 
 
As frações impróprias são maiores que um 
inteiro, ou seja, o seu numerador é maior que o 
denominador. 
 
A fração é uma fração imprópria, pois 5 
(numerador) > 3 (denominador), veja como 
representaríamos: 
significa que repartimos um inteiro em três 
partes e consideramos 5. Como 5 > 3, temos que 
construir mais um inteiro idêntico ao outro e 
completar a fração. 
 
 
 1 inteiro mais 2/3 é igual a 
 
 
Fração aparente 
 
Fração aparente é um tipo de fração imprópria, 
sendo que os numeradores são múltiplos dos 
denominadores, ou seja, ao dividirmos o 
numerador pelo denominador iremos obter valor 
inteiro como resposta. 
 
A fração representa dois inteiros completos, 
pois 6 : 3 = 2, assim considerada aparente. Veja a 
sua representação: 
 
 
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2 inteiros são iguais a . 
 
 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
01 – Com 12 litros de leite, quantas garrafas de 
2/3 de litros poderão ser cheias ? 
02 – Coriolano faz um cinto com 3/5 de um metro 
de couro. Quantos cintos poderão ser feitos com 
18 metros de couro ? 
03 – Qual é o número cujos 4/5 equivalem a 108 
? 
 04 – Distribuíram-se 3 1/2 quilogramas de 
bombons entre vários meninos. Cada um recebeu 
1/4 de quilograma. Quantos eram os meninos ? 
05 – Para ladrilhar 2/3 de um pátio empregaram-
se 5 456 ladrilhos. Para ladrilhar 5/8 do mesmo 
pátio, quantos ladrilhos seriam necessários ? 
06 – Dona Solange pagou R$ 5.960,00 por 4/7 de 
um terreno. Quanto pagaria por 4/5 desse 
terreno? 
07 – Luciano fez uma viagem de 1.210 km, sendo 
7/11 de aeroplano; 2/5 do resto, de trem, 3/8 do 
novo resto, de automóvel e os demais 
quilômetros, a cavalo. Calcular quantos 
quilômetros percorreu a cavalo ? 
08 – A terça parte de um número adicionado a 
seus 3/5 é igual a 28. Calcule a metade desse 
número ? 
09 – Carolina tinha R$ 175,00. Gastou 1/7 de 1/5 
dessa importância. Quanto sobrou ? 
10 – Que número é necessário somar a um e três 
quartos para se obter cinco e quatro sétimos ? 
11 – A soma de dois números é 850. Um vale 
12/5 do outro. Quais são eles ? 
12 – Se dos 2/3 de um número subtrairmos seus 
3/7, ficaremos com 45. Qual é o número? 
13 – A soma de três números é 30. O primeiro 
corresponde aos 2/3 do segundo e este, aos 3/5 
do terceiro. Calcular o produto destes três 
números. 
14 – Se 7/8 de um terreno valem R$ 21.000,00, 
qual é o valor de 5/48 do mesmo terreno? 
 15 – Qual é o número que se da metade 
subtrairmos 8 unidades ficaremos com 1/3 dele 
mesmo ? 
16 – Da terça parte de um número subtraindo-se 
12, fica-se com 1/6 do mesmo número. Que 
número é esse ? 
17 – Qual é o número que retirando 48 unidades 
de sua metade, encontramos a sua oitava parte ? 
18 – A diferença entre dois números é 90; um é 
3/13 do outro. Calcular os números. 
19 – A soma de dois números é 345; um é 12/11 
do outro. Calcule-os. 
20 – Seu Áureo tendo gasto 4/7 do dinheiro que 
possuía, ficou com 1/3 dessa quantia mais R$ 
164,00. Quanto tinha o velho Áureo? 
21 – Divida R$ 1590,00 em três partes de modo 
que a primeira seja 3/4 da segunda e esta 4/5 da 
terceira. 
 22 – Se eu tivesse apenas 1/5 do que tenho, 
mais R$ 25,00. teria R$ 58,00. Quanto tenho ? 
23 – A nona parte do que tenho aumentada de 
R$ 17,00 é igual a R$ 32,50. Quanto possuo ? 
24 – Zé Augusto despendeu o inverso de 8/3 de 
seu dinheiro e ficou com a metade mais R$ 4,30. 
Quanto possuía ? 
25 – Repartir 153 cards em três montes de forma 
que o primeiro contenha 2/3 do segundo o qual 
deverá ter 3/4 do terceiro. 
26 – Distribuir 3.717 tijolos por três depósitos de 
tal maneira que o primeiro tenha 3/4 do segundo 
e este 5/6 do terceiro. 
27 – O diretor de um colégio quer distribuir os 105 
alunos da 4ª série em três turmas de modo que a 
1ª comporte a terça parte do efetivo; a 2ª, 6/5 da 
1ª, menos 8 estudantes e a 3ª, 18/17 da 2ª. 
Quantos alunos haverá em cada turma ? 
28 – Dividiu-se uma certa quantia entre três 
pessoas. A primeira recebeu 3/5 da quantia, 
menos R$ 100,00; a segunda, 1/4 , mais R$ 
30,00 e a terceira, R$ 160,00. Qual era a quantia 
? 
29 – Um número é tal que, se de seus 2/3 
subtrairmos 1.036, ficaremos com 4/9 do mesmo. 
Que número é esse? 
30 – Das laranjas de uma caixa foram retirados 
4/9, depois 3/5 do resto, e ficaram 24 delas. 
Quantas eram as laranjas ? 
 
 
 
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Resolução dos exercícios de frações 
 01) 18 garrafas 
02) 30 cintos 
03) 135 
04) 14 meninos 
05) 5.115 
06) R$ 8.344,00 
07) 165 km 
08) 15 
09) R$ 170,00 
10) 
11) 600 e 250 
12) 189 
13) 810 
14) R$ 2.500,00 
15) 48 
16) 72 
17) 128 
18) 117 e 27 
19) 180 e 165 
20) R$ 1.722,00 
21) R$ 397,50 , R$ 530,00 e R$ 662,50 
22) R$ 165,00 
23) R$ 139,50 
24) R$ 34,40 
25) 34 , 51 e 68 
26) 945, 1260 e 1512 
27) 35 , 34 e 36 
28) R$ 600,00 
29) 4.662 
30) 108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NÚMEROS PRIMOS, MÁXIMO DIVISOR 
COMUM, MÍNIMO DIVISOR COMUM. 
 
 
DIVISIBILIDADE 
 
 
Para alguns números como o dois, o três, o cinco 
e outros, existem regras que permitem verificar a 
divisibilidade sem se efetuar a divisão. Essas 
regras são chamadas de critérios de 
divisibilidade. 
 Divisibilidade por 2 
Um número natural é divisível por 2 quando ele 
termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou seja, 
quando ele é par. 
Exemplos: 
1) 5040 é divisível por 2, pois termina em 0. 
2) 237 não é divisível por 2, pois não é um 
número par. 
 Divisibilidade por 3 
Um número é divisível por 3 quando a soma dos 
valores absolutos dos seus algarismos for 
divisível por 3. 
Exemplo: 
234 é divisível por 3, pois a soma de seus 
algarismos é igual a 2+3+4=9, e como 9 é 
divisível por 3, então 234 é divisível por 3. 
 
 Divisibilidade por 4 
Um número é divisível por 4 quando termina em 
00 ou quando o número formado pelos dois 
últimos algarismos da direita for divisível por 4. 
Exemplo: 
1800 é divisível por 4, pois termina em 00. 
4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4. 
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4. 
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 
00 e 50 não é divisível por 4. 
 Divisibilidade por 5 
Um número natural é divisível por 5 quandoele 
termina em 0 ou 5. 
Exemplos: 
1) 55 é divisível por 5, pois termina em 5. 
2) 90 é divisível por 5, pois termina em 0. 
3) 87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 
nem em 5. 
 Divisibilidade por 6 
Um número é divisível por 6 quando é divisível 
por 2 e por 3. 
Exemplos: 
1) 312 é divisível por 6, porque é divisível por 2 
(par) e por 3 (soma: 6). 
2) 5214 é divisível por 6, porque é divisível por 2 
(par) e por 3 (soma: 12). 
3) 716 não é divisível por 6, (é divisível por 2, mas 
não é divisível por 3). 
4) 3405 não é divisível por 6 (é divisível por 3, 
mas não é divisível por 2). 
 Divisibilidade por 8 
Um número é divisível por 8 quando termina em 
000, ou quando o número formado pelos três 
últimos algarismos da direita for divisível por 8. 
Exemplos: 
1) 7000 é divisível por 8, pois termina em 000. 
2) 56104 é divisível por 8, pois 104 é divisível por 
8. 
3) 61112 é divisível por 8, pois 112 é divisível por 
8. 
4) 78164 não é divisível por 8, pois 164 não é 
divisível por 8. 
 Divisibilidade por 9 
Um número é divisível por 9 quando a soma dos 
valores absolutos dos seus algarismos for 
divisível por 9. 
Exemplo: 
2871 é divisível por 9, pois a soma de seus 
algarismos é igual a 2+8+7+1=18, e como 18 é 
divisível por 9, então 2871 é divisível por 9. 
 Divisibilidade por 10 
Um número natural é divisível por 10 quando ele 
termina em 0. 
Exemplos: 
1) 4150 é divisível por 10, pois termina em 0. 
2) 2106 não é divisível por 10, pois não termina 
em 0. 
 Divisibilidade por 11 
Um número é divisível por 11 quando a diferença 
entre as somas dos valores absolutos dos 
algarismos de ordem ímpar e a dos de ordem par 
é divisível por 11. 
O algarismo das unidades é de 1ª ordem, o das 
dezenas de 2ª ordem, o das centenas de 3ª 
ordem, e assim sucessivamente. 
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 Página 16 
Exemplos: 
1) 87549 
 Si (soma das ordens ímpares) = 9+5+8 = 22 
 Sp (soma das ordens pares) = 4+7 = 11 
 Si-Sp = 22-11 = 11 
 Como 11 é divisível por 11, então o número 
87549 é divisível por 11. 
2) 439087 
 Si (soma das ordens ímpares) = 7+0+3 = 10 
 Sp (soma das ordens pares) = 8+9+4 = 21 
 Si-Sp = 10-21 
 Como a subtração não pode ser realizada, 
acrescenta-se o menor múltiplo de 11 (diferente 
de zero) ao minuendo, para que a subtração 
possa ser realizada: 10+11 = 21. Então temos a 
subtração 21-21 = 0. 
 Como zero é divisível por 11, o número 439087 
é divisível por 11. 
 Divisibilidade por 12 
Um número é divisível por 12 quando é divisível 
por 3 e por 4. 
Exemplos: 
1) 720 é divisível por 12, porque é divisível por 3 
(soma=9) e por 4 (dois últimos algarismos, 20). 
2) 870 não é divisível por 12 (é divisível por 3, 
mas não é divisível por 4). 
3) 340 não é divisível por 12 (é divisível por 4, 
mas não é divisível por 3). 
 Divisibilidade por 15 
Um número é divisível por 15 quando é divisível 
por 3 e por 5. 
Exemplos: 
1) 105 é divisível por 15, porque é divisível por 3 
(soma=6) e por 5 (termina em 5). 
2) 324 não é divisível por 15 (é divisível por 3, 
mas não é divisível por 5). 
3) 530 não é divisível por 15 (é divisível por 5, 
mas não é divisível por 3). 
 Divisibilidade por 25 
Um número é divisível por 25 quando os dois 
algarismos finais forem 00, 25, 50 ou 75. 
Exemplos: 
200, 525, 850 e 975 são divisíveis por 25. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Números Primos 
Números primos são os números naturais que 
têm apenas dois divisores diferentes: o 1 e ele 
mesmo. 
 Exemplos: 
 1) 2 tem apenas os divisores 1 e 2, 
portanto 2 é um número primo. 
 2) 17 tem apenas os divisores 1 e 17, 
portanto 17 é um número primo. 
 3) 10 tem os divisores 1, 2, 5 e 10, 
portanto 10 não é um número primo. 
 Observações: 
 => 1 não é um número primo, porque ele 
tem apenas um divisor que é ele mesmo. 
 => 2 é o único número primo que é par. 
 Os números que têm mais de dois divisores 
são chamados números compostos. 
 Exemplo: 15 tem mais de dois divisores => 
15 é um número composto. 
 Reconhecimento de um número primo 
 Para saber se um número é primo, 
dividimos esse número pelos números primos 2, 
3, 5, 7, 11 etc. até que tenhamos: 
 => ou uma divisão com resto zero e neste 
caso o número não é primo, 
 => ou uma divisão com quociente menor 
que o divisor e o resto diferente de zero. Neste 
caso o número é primo. 
Exemplos: 
1) O número 161: 
 não é par, portanto não é divisível por 2; 
 1+6+1 = 8, portanto não é divisível por 3; 
 não termina em 0 nem em 5, portanto não 
é divisível por 5; 
 por 7: 161 / 7 = 23, com resto zero, logo 
161 é divisível por 7, e portanto não é um 
número primo. 
2) O número 113: 
 não é par, portanto não é divisível por 2; 
 1+1+3 = 5, portanto não é divisível por 3; 
 não termina em 0 nem em 5, portanto não 
é divisível por 5; 
 por 7: 113 / 7 = 16, com resto 1. O 
quociente (16) ainda é maior que o divisor 
(7). 
 por 11: 113 / 11 = 10, com resto 3. O 
quociente (10) é menor que o divisor (11), 
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 Página 17 
e além disso o resto é diferente de zero 
(o resto vale 3), portanto 113 é um 
número primo. 
 
 
M.D.C. E M.M.C. 
 
 
Múltiplos e Divisores 
 
Máximo Divisor Comum (mdc) 
 
O máximo divisor comum entre dois ou mais 
números naturais não nulos (números diferentes 
de zero) é o maior número que é divisor ao 
mesmo tempo de todos eles. 
 
Não vamos aqui ensinar todos as formas de se 
calcular o mdc, vamos nos ater apenas a 
algumas delas. 
 
 
Regra das divisões sucessivas 
 
Esta regra é bem prática para o calculo do mdc, 
observe: 
Exemplo: 
Vamos calcular o mdc entre os números 160 e 
24. 
 
1º: Dividimos o número maior pelo 
menor. 
2º: Como não deu resto zero, 
dividimos o divisor pelo resto da 
divisão anterior. 
3º: Prosseguimos com as divisões 
sucessivas até obter resto zero. 
 
 
O mdc (64; 160) = 32 
 
Para calcular o mdc entre três ou mais números, 
devemos coloca-los em ordem decrescente e 
começamos a calcular o mdc dos dois primeiros. 
Depois, o mdc do resultado encontrado e o 
terceiro número dado. E assim por diante. 
Exemplo: 
Vamos calcular o mdc entre os números 18, 36 e 
63. 
 
Observe que primeiro calculamos o mdc entre os 
números 36 e 18, cujo mdc é 18, depois 
calculamos o mdc entre os números 63 e 18(mdc 
entre 36 e 18). 
O mdc (18; 36; 63) = 9. 
 
 
Regra da decomposição simultânea 
 
Escrevemos os números dados, separamos uns 
dos outros por vírgulas, e colocamos um traço 
vertical ao lado do último. No outro lado do traço 
colocamos o menor dos fatores primos que for 
divisor de todos os números de uma só vês. 
O mdc será a multiplicação dos fatores primos 
que serão usados. 
 
Propriedade: 
 
Observe o mdc (4, 12, 20), o mdc entre estes 
números é 4. Você deve notar que 4 é divisor de 
12, 20 e dele mesmo. 
Exemplo: 
mdc (9, 18, 27) = 9, note que 9 é divisor de 18 e 
27. 
mdc (12, 48, 144) = 12, note que 12 é divisor de 
48 e 144. 
 
Mínimo Múltiplo Comum (m.m.c) 
 
O mínimo múltiplo comum entre dois ou mais 
números 
naturais não nulos(números diferente de zero), é 
o menor número que múltiplo de todos eles. 
 
Devemos saber que existe outras formas de 
calcular o mmc, mas vamos nos ater apenas a 
decomposição simultânea. 
OBS: Esta regra difere da usada para o mdc, 
fique atento as diferenças. 
Exemplos: 
 
mmc (18, 25, 30) = 720 
1º: Escrevemos os números dados, separados 
por vírgulas, e colocamos um traço vertical a 
direita dos números dados. 2º: Abaixo de cada 
número divisível pelo fator primo colocamos o 
resultado da divisão. 
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 Página 18 
O números não divisíveis pelo fator primo são 
repetidos. 
3º: Continuamos a divisão até obtermos resto 1 
para todos os números. 
Observe o exemplo ao lado. 
 
 
 
 
 
 
Propriedade: 
 
Observe, o mmc (10, 20, 100) , note que o maior 
deles é múltiplo dos menores ao mesmo 
tempo, logo o mmc entre eles vai ser 100. 
Exemplo: 
mmc (150, 50 ) = 150, pois 150 é múltiplo de 50 e 
dele mesmo 
mmc (4, 12, 24) = 24, pois 24 é múltiplo de 4, 12 
e dele mesmo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(COM UMA VARIÁVEL E COM DUAS 
VARIÁVEIS). 
 
EQUAÇÃO DO 1º GRAU 
 Introdução 
 Equação é toda sentença matemática aberta que 
exprime uma relação de igualdade. A palavra 
equação tem o prefixo equa, que em latim quer 
dizer "igual". Exemplos: 
 2x + 8 = 0 
 5x - 4 = 6x + 8 
 3a - b - c = 0 
 
Não são equações: 
 
4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta) 
 x - 5 < 3 (Não é igualdade) 
 (não é sentença aberta, nem 
igualdade) 
 
A equação geral do primeiro grau: 
ax+b = 0 
onde a e b são números conhecidos e a diferente 
de 0, se resolve de maneira simples: subtraindo b 
dos dois lados, obtemos: 
ax = -b 
dividindo agora por a (dos dois lados), temos: 
 
 
 
 
 
 
 Considera a equação 2x - 8 = 3x -10 
 
 A letra é a incógnita da equação. A 
palavra incógnita significa " desconhecida". 
 
 Na equação acima a incógnita é x; tudo que 
antecede o sinal da igualdade denomina-se 
1º membro, e o que sucede, 2ºmembro. 
 
 
 
 Qualquer parcela, do 1º ou do 2º membro, é um 
termo da equação. 
 
 
Exercicios resolvidos 
Resolva as equações a seguir: 
a)18x - 43 = 65 
 18x = 65 + 43 
 18x = 108 
 x = 108/18 
 x = 6 
b) 23x - 16 = 14 - 17x 
 23x = 14 - 17x + 16 
 23x + 17x = 30 
 40x = 30 
 x = 30/40 = 3/4 
c) 10y - 5 (1 + y) = 3 (2y - 2) - 20 
 10y - 5 - 5y = 6y - 6 -20 
 5y - 6y = -26 + 5 
 -y = -21 
 y = 21 
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d) x(x + 4) + x(x + 2) = 2x2 + 12 
 x² + 4x + x² + 2x = 2x² + 12 
 2x² + 6x = 2x² + 12 
 Diminuindo 2x² em ambos os lados: 
 6x = 12 
 x = 12/6 = 2 
e) (x - 5)/10 + (1 - 2x)/5 = (3-x)/4 
 [2(x - 5) + 4(1 - 2x)] / 20 = 5 (3 - x) / 20 
 2x - 10 + 4 - 8x = 15 - 5x 
 -6x - 6 = 15 - 5x 
 -6x + 5x = 15 + 6 
 -x = 21 
 x = -21 
f) 4x (x + 6) - x2 = 5x2 
 4x² + 24x - x² = 5x² 
 4x² - x² - 5x² = -24x 
 -2x² = -24x 
 Dividindo por x em ambos os lados: 
 -2x = - 24 
 x = 24/2 = 12 
 
 EXERCICIOS 
 
1) Resolva as seguintes equações 
 
a) x + 5 = 8 ( R = 3) 
 
b) x - 4 = 3 (R = 7) 
 
c) x + 6 = 5 ( R = -1) 
 
d) x -3 = - 7 (R= -4) 
 
e) x + 9 = -1 (R=-10) 
 
f) x + 28 = 11 (R=-17) 
 
g) x - 109 = 5 (R= 114) 
 
h) x - 39 = -79 (R=-40) 
 
i) 10 = x + 9 (R=2) 
 
j) 15 = x + 20 (R= -5) 
 
l) 4 = x - 10 ( R= 14) 
 
m) 7 = x + 8 ( R= -1) 
 
n) 0 = x + 12 (R= -12) 
 
o) -3 = x + 10 (R= -13) 
 
2) Resolva as seguintes equações 
 
a) 3x = 15 (R=5) 
 
b) 2x = 14 ( R=7) 
 
c) 4x = -12 (R=-3) 
 
d) 7x = -21 (R=-3) 
 
e) 13x = 13 (R= 1) 
 
f) 9x = -9 (R=-1) 
 
g) 25x = 0 (R=0) 
 
h) 35x = -105 (R=-3) 
 
i) 4x = 1 (R=1/4) 
 
j) 21 = 3x (R=7) 
 
l) 84 = 6x (R=14) 
 
m) x/3 =7 (R=21) 
 
n) x/4 = -3 (R=-12) 
 
o) 2x/5 = 4 (R=10) 
 
p) 2x/3 = -10 (R=-15) 
 
q) 3x/4 = 30 (R=40) 
 
r) 2x/5 = -18 (R= -45) 
 
 
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EXERCÍCIOS EM SITUAÇAO PROBLEMA 
 
1) O dobro de um número aumentado de 15, é 
igual a 49. Qual é esse número? (R:17) 
 
2) A soma de um número com o seu triplo é igual 
a 48. Qual é esse número? (R:12) 
 
3) A idade de um pai é igual ao triplo da idade de 
seu filho. Calcule essas idades, sabendo que 
juntos têm 60 anos. (R:45 e 15) 
 
4) Somando 5 anos ao dobro da idade de Sônia, 
obtemos 35 anos. Qual é a idade de Sônia? 
(R:15) 
 
5) O dobro de um número, diminuído de 4, é igual 
a esse número aumentado de 1. Qual é esse 
número? (R:5) 
 
6) O triplo de um número, mais dois,é igual ao 
próprio número menos quatro. Qual é esse 
número? (R:-3) 
 
7) O quádruplo de um número, diminuído de 10, é 
igual ao dobro desse número, aumentado de 2. 
Qual é esse número? (R:6) 
 
8) O triplo de um número, menos 25, é igual ao 
próprio número mais 55. Qual é esse número? 
(R:40) 
 
9) Num estacionamento há carros e motos, 
totalizando 78. O número de carros é igual a 5 
vezes o de motos. Quantas motos há no 
estacionamento? (R:13) 
 
10) Um número somado com sua quarta parte é 
igual a 80. Qual é esse número? (R:64) 
 
11) Um número mais sua metade é igual a 15. 
Qual é esse número? (R:10) 
 
12) A diferença entre um número e sua quinta 
parte é igual a 32. Qual é esse número? (R:40) 
 
13) O triplo de um número é igual a sua metade 
mais 10. Qual é esse número? (R:4) 
 
14) O dobro de um número menos 10, é igual à 
sua metade, mais 50. Qual é esse número? 
(R:40) 
 
15) Subtraindo 5 da terça parte de um número, 
obtém-se o resultado 15. Qual é esse número? 
(R:60) 
 
16) A diferença entre o triplo de um número e a 
metade desse número é 35 . Qual é esse 
número? (R:14) 
 
17) A metade dos objetos de uma caixa mais a 
terça parte desses objetos é igual a 25. Quantos 
objetos há na caixa? (R:30) 
 
18) Em uma fábrica, um terço dos empregados 
são estrangeiros e 72 empregados são 
brasileiros. Quantos são so empregados da 
fábrica? (R:108) 
 
19) Flávia e Silvia têm juntas 21 anos. A idade de 
Sílvia é ¾ da idade de Flavia. Qual a idade de 
cada uma? (R:12 e 9) 
 
20) A soma das idades de Carlos e Mário é 40 
anos. A idade de Carlos é 3/5 da idade de Mário. 
Qual a idade de Mário? (R:25) 
 
21) A diferença entre um número e os seus 2/5 é 
igual a 36. Qual é esse número? (R:60) 
 
22) A diferença entre os 2/3 de um número e sua 
metade é igual a 6. Qual é esse número? (R:36) 
 
23) Os 3/5 de um número aumentado de 12 são 
iguais aos 5/7 desse número. Qual é esse 
número? (R:105) 
 
24) Dois quintos do meu salário são reservados 
para o aluguel e a metade é gasta com a 
alimentação, restando ainda R$ 45,00 para 
gastos diversos. Qual é o meu salário? (R:450) 
 
25) Lúcio comprou uma camisa que foi paga em 3 
prestações. Na 1ª prestação, ele pagou a metade 
do valor da camisa, na 2ª prestação , a terça 
parte e na ultima R$ 20,00. Quanto ele pagou 
pela camisa? (R:120) 
 
26) Achar um número, sabendo-se que a soma 
de seus quocientes por 2, por 3 e por 5 é 124. 
(R:120) 
 
27) Um número tem 6 unidades a mais que o 
outro. A soma deles é 76. Quais são esses 
números ? (R:35 e 41) 
 
28) Um número tem 4 unidades a mais que o 
outro. A soma deles é 150. Quais são esses 
números ? (R:73 e 77) 
 
29) Fábia tem 5 anos a mais que marcela. A 
soma da idade de ambas é igual a 39 anos. Qual 
é a idade de cada uma? (R:22 e 17) 
 
30) Marcos e Plínio têm juntos R$ 35.000,00. 
Marcos tem a mais que Plínio R$ 6.000,00. 
Quanto tem cada um? (R: 20500 e 14500) 
 
 
Curso Preparatório Trincheira
 MATEMÁTICA

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