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Provas de Jornalismo

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Nome: Bruna Cailene Santos Barreiros Cardoso
MAT:201408122243
Avaliação disciplina Prática de Entrevista
A entrevista é um recurso fundamental no jornalismo, como forma efetiva de busca de informações, tendo o propósito de destacar o entrevistado ou, ao menos, servir de base para a apuração realizada cotidianamente pelo repórter.
Como observa Mário Magalhães, autor do livro Marighela, entre outros, jornalista não é influenciador e o seu propósito deve sempre ser o de buscar a informação precisa, correta, visando assegurar o direito constitucional dos cidadãos se manterem bem-informados.
Diante do que vivemos, desde o surgimento da Covid, muitas vidas foram alteradas, seja em função da perda de familiares, amigos ou conhecidos, ou pelo medo da doença, ou ainda por questões sociais e econômicas decorrentes das restrições a que temos sido impostos. E esse será o gancho da entrevista: como as pessoas lidam com a Covid, mais de um ano depois de a pandemia ter surgido.
A ideia é que você busque histórias originais de quem quase morreu por ter contraído a forma mais grave da doença e ainda hoje luta para se recuperar das sequelas. Ou ainda perdeu familiares, amigos ou conhecidos na pandemia. O que mudou desde então, como é lidar com o medo da morte ou as limitações impostas pela doença ou a perda de pessoas próximas e queridas. 
Outra opção é você escolher quem teve que se reinventar por ter perdido o emprego ou ter visto o negócio fechar ou quase acabar. Milhares de pessoas tiveram que buscar novas formas de ganhar dinheiro, ao perderem seus empregos, assim como comerciantes que tiveram que fechar as portas e descobrir novas formas de sobreviver. Como tem sido esse recomeço, as dificuldades, incertezas e temores.
Há ainda um terceiro grupo, dos profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros que hoje vivem ainda sob os efeitos de toda a pressão que viveram (alguns ainda vivem) nos piores períodos da pandemia, trabalhando ininterruptamente. Como têm lidado com tanta pressão, mortes, cansaço e medo de contaminar familiares. Quem buscou ajuda profissional, quem recebeu apoio do local onde trabalha ou vem lidando sozinho com essa situação extrema.
Deverão ser realizadas duas entrevistas, cujo resultado poderá ser apresentado no estilo pingue-pongue, com mínimo de 6 perguntas cada (sem incluir a identificação dos entrevistados) ou texto com mínimo de 25 linhas e máximo de 30 linhas, em que os conteúdos obtidos nas entrevistas deverão ser apresentados na forma de declaração direta e indireta.
Importante que o aluno apresente os seus entrevistados, com nome completo, idade, profissão, local onde vive e o que o motivou a escolher para a realização da atividade e também o formato escolhido de apresentação das entrevistas (pingue-pongue ou texto, neste caso, informando para qual veículo).
Questões relativas à norma culta da língua portuguesa também devem ser observadas, assim como todas as etapas e processos de realização de uma boa entrevista que constam dos quatro temas da nossa disciplina.
O prazo de entrega do trabalho é o da AV, ficando o período de AVS destinado à realização de eventuais correções.
Entrevista 1 – Estilo Pingue-pongue
Enfermeira Stephanie Bandeira: “não aprendi na faculdade como lidar com esse tipo de situação”
Em quatro anos de profissão, a enfermeira nos conta em uma entrevista os desafios de um profissional de saúde em época de pandemia do novo Coronavírus.
O ano de 2020 foi um ano extremamente atípico em todo mundo e ninguém imaginaria que os próximos meses seriam tão conturbados: uso de máscaras, sem apertos ou abraços, hospitais com superlotação, demissões em massa, fechamento de empresas e até cemitérios com dificuldade para encontrar vagas para enterros para as vítimas do novo Coronavírus.
Em pleno 2021 ainda estamos enfrentando esse vírus, que teve queda em sua proliferação após o início das vacinações.
A área profissional bastante afetada foi a saúde. Profissionais não tinham horário de descanso, pois cada minuto do seu trabalho era valiosos para salvar mais uma vítima desse vírus e um desses profissionais é a Stephanie Bandeira dos Santos, de 29 anos, moradora de São João de Meriti, que trabalha como enfermeira há 4 anos no Hospital São Lucas de Copacabana e que concedeu uma entrevista para nosso site para falar um pouco sobre os desafios que enfrentou como enfermeira na pandemia. 
O que te motivou a escolher a área da saúde? Sempre quis trabalhar como enfermeira? Desde criança sempre quis trabalhar como enfermeira. Eu já sabia o que queria ser quando crescer. Eu gostava muito de brincar de ser médica e quando cresci descobri que essa era minha vocação. Eu nasci para isso e amo meu trabalho. 
Atuar em um hospital superlotado te fez refletir sobre a escolha da sua profissão? Muito! Se eu disser que não pensei em desistir seria mentira, pois somos humanos. Como eram horas ininterruptas de trabalho e dias sem ver minha filha, eu começava a me perguntar se era isso mesmo que eu deveria fazer. Porém, mesmo com todas as dificuldades eu sabia que o esforço seria recompensado lá na frente e eu pude aprender com isso. Hoje sou mais grata pela vida e pelo que tenho. 
Teve medo de contaminar sua família? Como fazia para se prevenir? Eu fazia questão de não visitar meus avós e minha filha ficava com minha mãe. Além de trabalhar fora eu que fazia as compras dos avós para não precisarem irem na rua. No hospital há uma área de desinfecção e nesse local eu já saia direto para casa, porém antes de entrar trocava de roupa para evitar a contaminação na minha casa. Nenhum morador da minha casa pegou o vírus.
Como foi lidar com a pressão de trabalhar em um hospital geral. Isso te afetou em algum momento? Não aprendi na faculdade como lidar com esse tipo de situação em que estamos vivendo, porém a prática é sempre diferente que o teórico. A pressão veio mais do meu interior, pois eu não aceitava dar menos do que eu podia dar. Cada vida ali era importante e eu não queria fazer de qualquer jeito. Estamos falando de vidas e não de papeis. Se eu tinha que dobrar de turno, então dobrava. 
Com a chegada do novo coronavírus muitos profissionais precisaram de ajuda de outros profissionais como psicólogo. Você também precisou de ajuda? Graças a Deus, não! Ele quem me ajudou e foi o meu médico. Mas muitos amigos precisaram de ajuda e isso foi primordial para que eles pudessem se manter de pé diante do cenário em que estávamos vivendo, pois hoje não temos tantas lotações nos hospitais. 
Acredita que o trabalho dos agentes de saúde foi primordial para o combate ao vírus? Não digo como primordial, mas como um dos mais importantes pois outros profissionais e até civis foram importantes no combate ao vírus. Digo isso, porque os profissionais da saúde estão nos hospitais apenas para atender, mas para prevenir e buscar soluções para acabar com o vírus outros profissionais entraram em combate. Então posso dizer que o trabalho em conjunto foi primordial.
Essa vivência te fez uma profissional melhor ou uma pessoa melhor? O que você dá mais valor agora? Ainda estamos enfrentando a pandemia e eu creio que em breve isso vai acabar. A lição que tirei disso é valorizar o que eu conquistei e viver o agora, pois o amanhã nunca se sabe como será e a pandemia nos mostrou isso na prática. 
Entrevista 1 – Estilo Texto
Trabalho em meio uma pandemia mundial: como profissionais se reinventaram em meio à crise
Com o aumento no número de desempregos, profissionais tiveram que se reinventar.
A pandemia do novo coronavírus marcou definitivamente o ano de 2020 como um período negativo e de dificuldades extremas. As perdas irreparáveis de vidas humanas se somaram à uma grave crise econômica, em que diversos trabalhadores ficaram sem emprego ou tiveram o salário reduzido. E nesse momento delicado, com a economia fechada, muito além do suporte do poder público, foi necessário se reencontrar profissionalmente para poder superar a crise.
A vendedora, Marina Soares da Silva de 25 anos, moradora do Catete,teve que se reinventar após a loja de roupas em que trabalhava, fechar as portas com a pandemia. Sem renda e sem perspectivas, decidiu investir na área da confeitaria para buscar um novo meio de adquirir uma renda. Ela dedicou tempo a si mesma e inaugurou o Viviane Galvão Cakes. “Foi nesse momento que eu decidi não trabalhar mais para ninguém e agarrei com unhas e dentes a oportunidade de fazer e vender bolos. Então eu decidi estudar ainda mais sobre o assunto fazendo parte de uma escola de confeitaria”, explicou a confeiteira.
Durante a pandemia, Marina encontrou diversas dificuldades e uma delas foi a entrega de seus produtos parta seus clientes. Com isso ela teve a ideia de criar um “take Away”, da sua janela os clientes buscavam seus produtos encomendados com a confeiteira e sem sair do veículo, eles conseguiam retirar o produto. Ela também investiu em delivery que acarretou a contratação de alguns funcionários para realizarem as entregas. “Em um momento tão crítico eu precisava me reinventar ou morrer de fome. Então tive a ideia de além de me ajudar, ajudar o próximo e com isso consegui realizar contratações de funcionários e ajudar a colocar sustento na mesa de outras famílias. Uma felicidade imensa em poder ajudar o próximo, disse a confeiteira”
A história de Marina se repete por todo o mundo, onde pessoas além de se reinventarem por causa da pandemia também se reencontraram na profissão. Uma história de motivação para aqueles que não veem esperança em meio ao caos chamado Pandemia Mundial.

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