Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pincel Atômico - 21/07/2023 11:21:38 1/5 PEDRO JOSÉ DA SILVA Avaliação Online (SALA EAD) Atividade finalizada em 05/04/2023 11:31:07 (790064 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA E A PRODUÇÃO DE TEXTOS [539026] - Avaliação com 10 questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - Todos] Turma: Graduação: Teologia - Grupo: JANEIRO/2023 - TEOLO/JAN23 [77530] Aluno(a): 91389748 - PEDRO JOSÉ DA SILVA - Respondeu 9 questões corretas, obtendo um total de 45,00 pontos como nota [358460_1126 81] Questão 001 (ENEM) Leia o texto abaixo Cabeludi Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço. Minha avó entendia dregências verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposição deslocada podia fazer de uma informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho.Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, não me escreve / que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro. BARROS, M. Memórias inventadas: a infância. São Paulo: Planeta, 2003. No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e sobre os sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”, “disilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca: a importância de certos fenômenos gramaticais para o conhecimento da língua portuguesa. X a valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais da linguagem. os desvios linguísticos cometidos pelos personagens do texto. a distinção clara entre a norma culta e as outras variedades linguísticas. o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante as suas férias. Pincel Atômico - 21/07/2023 11:21:38 2/5 [358460_1127 79] Questão 002 (ENEM- 2019- Adaptada) A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma,narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas, de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. A vida ao redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto – e raro – de crítica e público. Fonte: Disponível em https://bit.ly/2PERCJN. Acesso em: 22 mar. 2021 Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse fragmento é um: X resenha, pois apresenta uma produção intelectual deforma crítica. instrução, pois ensina algo por meio de explicações A reportagem, pois busca convencer o interlocutor da tese defendida ao longo do texto. resumo, pois promove o contato rápido do leitor com uma informação desconhecida. Uma noticia, pois objetiva relatar um fato atual. [358460_1127 09] Questão 003 (ENEM 2020) Leia o texto abaixo para responder a questão. Vou-me embora p'ra Pasárgada foi o poema de mais longa gestação em toda a minha obra. Vi pela primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas” ou “tesouro dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um pais de delícias, como o de L'invitation au Voyage, de Baudelaire. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda sensação de tudo o que eu não tinha feito em minha vida por motivo da doença, saltou-me de súbito do subconsciente este grito estapafúrdio: “Vou-me embora p'ra Pasárgada!” Senti na redondilha a primeira célula de um poema, e tentei realizá-lo, mas fracassei. Alguns anos depois, em idênticas circunstâncias de desalento e tédio, me ocorreu o mesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez o poema saiu sem esforço como se já estivesse pronto dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em escorço, toda a minha vida; [...] Não sou arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas reconstruí e “não de uma forma imperfeita neste mundo de aparências”, uma cidade ilustre, que hoje não é mais a Pasárgada de Ciro, e sim a “minha” Pasárgada. BANDEIRA. Minerário de Pasárgada Rio de Janeiro Nova Fronteira, Brasília INL, 1984 Os processos de interação comunicativa preveem a presença ativa de múltiplos elementos da comunicação, entre os quais se destacam as funções da linguagem. Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é: apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores sobre sua dificuldade de compor um poema. poética, porque o texto aborda os elementos estéticos de um dos poemas mais conhecidos de Bandeira. emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de angústia que o levaram à Criação poética. Pincel Atômico - 21/07/2023 11:21:38 3/5 referencial, porque o texto informa sobre a origem do nome empregado em um famoso poema de Bandeira. X metalinguística, porque o poeta tece comentários sobre a gênese e o processo de escrita de um de seus poemas. [358461_1127 68] Questão 004 Leia o texto abaixo. Comunicar é agir Quando um enunciador comunica alguma coisa, tem em vista agir no mundo. Ao exercer seu fazer informativo, produz um sentido com a finalidade de influir sobre os outros. Deseja que o enunciatário creia no que ele lhe diz, faça alguma coisa, mude de comportamento ou de opinião etc. Ao comunicar, age no sentido de fazer-fazer. Entretanto, mesmo que não pretenda que o destinatário aja, ao fazê-lo saber alguma coisa, realiza uma ação, pois torna o outro detentor de um certo saber. Comunicar é também agir num sentido mais amplo. Quando um enunciador reproduz em seu discurso elementos da formação discursiva dominante, de certa forma, contribui para reforçar as estruturas de dominação. Se se vale de outras formações discursivas, ajuda a colocar em xeque as estruturas sociais. No entanto, pode-se estar em oposição às estrutu-ras econômico-sociais de uma maneira reacionária, em que se sonha fazer voltar um mundo que não mais existe, ou de uma maneira progressista, em que se deseja criar um mundo novo. Sem pretender que o discurso possa transformar o mundo, pode-se dizer que a linguagem pode ser instrumento de libertação ou de opressão, de mudança ou de conservação. José Luiz Fiorin O segundo parágrafo do texto, em relação ao primeiro, funciona como: concessão; X acréscimo; explicação. oposição; retificação; [358460_1127 70] Questão 005 “Comunicar é também agir num sentido mais amplo”; com esta frase inicial do segundo parágrafo, o autor do texto: Comunicar é também agir num sentido mais amplo. Quando um enunciador reproduz em seu discurso elementos da formação discursivadominante, de certa forma, contribui para reforçar as estruturas de dominação. Se se vale de outras formações discursivas, ajuda a colocar em xeque as estruturas sociais. No entanto, pode-se estar em oposição às estruturas econômico-sociais de uma maneira reacionária, em que se sonha fazer voltar um mundo que não mais existe, ou de uma maneira progressista, em que se deseja criar um mundo novo. Sem pretender que o discurso possa transformar o mundo, pode-se dizer que a linguagem pode ser instrumento de libertação ou de opressão, de mudança ou de conservação. X quer mostrar que “comunicar” e “agir” são ações equivalentes. reforça a mesma ideia de “ação” atribuída anteriormente ao ato de comunicar; corrige o emprego do verbo “agir”, utilizado no primeiro parágrafo; amplia o significado do verbo “agir”, empregado no parágrafo anterior; mostra certa ironia diante da ação humana de comunicar algo. Pincel Atômico - 21/07/2023 11:21:38 4/5 [358461_1102 07] Questão 006 (Simulado INEP) Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo. O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países. O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32. O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa perspectiva, conclui-se que a palavra “gás”, na linha 5, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, na linha 2, reforçando a ideia de catástrofe. X as expressões: “consequências calamitosas”, na linha 2, e “efeitos incalculáveis”, na linha 7, reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa. o uso da palavra “cientistas”, na linha 4, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma vez que se fala em “estudo” no título do texto. a palavra “embora”, na linha 5, introduz uma explicação que não encontra complemento no restante do texto. a palavra “mas”, na linha 3 contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 a 3. [358461_1101 88] Questão 007 (ENEM 2012) Desabafo Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segundafeira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. X a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. [358461_1101 89] Questão 008 (ENEM-2016) Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista. (LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993) Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto apresentar o ponto de vista da autora. Pincel Atômico - 21/07/2023 11:21:38 5/5 propor leituras diferentes das previsíveis. focar a participação do leitor. X discorrer sobre o ato da leitura. ressaltar a importância da intertextualidade. [358462_1102 08] Questão 009 (ENEM – 2010) Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase. expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto. quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase. X assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso. contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor. [358460_1101 84] Questão 010 (Enem 2010) Leia o texto. S.O.S Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº- 231, abr. 2010 (fragmento adaptado). O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas próprias do uso X técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos. coloquial, por meio do registro de informalidade. regional, pela presença do léxico de determinada região do Brasil. literário, pela conformidade com as normas da gramática. oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.
Compartilhar