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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA A capacidade de um material se deformar plasticamente está relacionado com a habilidade das discordâncias se movimentarem. Na deformação plástica os materiais podem ser solicitados por tensões de compressão, tração ou de cisalhamento. Como a maioria dos metais são menos resistentes ao cisalhamento que à tração e compressão e como estes últimos podem ser decompostos em componentes de cisalhamento, pode-se dizer que os metais se deformam pelo cisalhamento plástico ou pelo escorregamento de um plano cristalino em relação ao outro. O escorregamento de planos atômicos envolve o movimento de discordâncias. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DISCORDÂNCIA OU DESLOCAÇÃO POR TIPO DE MATERIAL • Metais: Movimento das discordãncias é fácil. coesão não direcional escorregamento nas direções compactas. Nuvem de eletrons ion + + + + +++++++ + + + + + + +++++++ • Cerâmicas (ligações covalentes) (Si, diamante): Movimentação dificil. coesão (angular) direcional. • Cerâmicas (NaCl) (ligação iônica): Movimentação dificil. + + + + +++ + + + + - - - ---- - - - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Em uma escala microscópica a deformação plástica é o resultado do movimento dos átomos devido à tensão aplicada. Durante este processo ligações são quebradas e outras refeitas. Nos sólidos cristalinos a deformação plástica geralmente envolve o escorregamento de planos atômicos, o movimento de discordâncias e a formação de maclas. Então, a formação e movimento das discordâncias têm papel fundamental para o aumento da resistência mecânica em muitos materiais. A resistência Mecânica pode ser aumentada restringindo-se o movimento das discordâncias PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS E A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Para metais do sistema cristalino cúbico e hexagonal a deformação plástica ocorre pelo movimento das discordâncias no plano de escorregamento (plano cristalográfico ao longo do qual a linha de discordância passa). Sem a movimentação das discordâncias a deformação não ocorre. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS E A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Representação entre os movimentos de uma largata e de uma discordância. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS E A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA As discordância move ao longo do plano de escorregamento na direção de escorregamento que é perperndicular a linha de discordância. A direção de escorregamento é a mesma do vetor de Burgers. Discordância em linha ou aresta Discordância em hélice ou espiral PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DENSIDADES DE DISCORDÂNCIAS TÍPICAS O número total de discordâncias ou densidade de discordâncias em um material é expresso como o comprimento total de discordância por unidade de volume. Materiais solidificados lentamente = 103 discord./mm2 Materiais deformados= 109 -1010 discord./ mm2 Materiais deformados e tratados termicamente= 105 -106 discord./mm2 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICAS DAS DISCORDÂNCIAS Quando os metais são deformados plasticamente cerca de 5% da energia é retida internamente, o restante é dissipado na forma de calor. A maior parte desta energia armazenada está associada com as tensões associadas às discordâncias. A presença de discordâncias promove uma distorção da rede cristalina de modo que certas regiões sofrem tensões compressivas e outras tensões de tração. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS Duas discordâncias em arestas de mesmo sinal sobre o mesmo plano de escorregamento exercem uma força de repulsão uma sobre a outra. REPULSÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS Duas discordâncias em arestas com sinais opostos e sobre o mesmo plano de escorregamento exercem uma força de atração uma sobre a outra. Ao se encontrarem, elas se aniquilam mutualmente , deixando uma região de cristal perfeito. ATRAÇÃO ANIQUILAÇÃO DA DISCORDÂNCIA CRISTAL PREFEITO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA MECANISMO DE DEFORMAÇÃO Durante a deformação plástica o número de discordâncias aumenta drasticamente. As discordâncias movem-se mais facilmente nos planos de maior densidade atômica (chamados planos de escorregamento). Neste caso, a energia necessária para mover uma discordância é mínima. Então, o número de planos nos quais pode ocorrer o escorregamento depende da estrutura cristalina Escorregamento em um monocristal. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA SISTEMA DE ESCORREGAMENTO Sistema de escorregamento é a combinação de plano de escorregamento e direção de escorregamento. Plano de escorregamento onde existem direções específicas ao longo das quais ocorre o movimento das discordância, e direção de escorregamento é a direção onde ocorre o movimento. (a)Sistema de escorregamento {111} plano compacto e direção compacta <110> no interior de uma célula unitária CFC. (b) o Plano (111) em (a) e as três direções de escorregamento <110> PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA SISTEMA DE ESCORREGAMENTO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS Para deformação podem ser aplicadas tensões puramente de tração ou de compressão, apesar disso existem componentes de cisalhamento em todas as direções exceção daquelas paralelas e perpendiculares à direção da tensão. Estas componentes são chamadas TENSÕES DE CISALHAMENTO REBATIDAS e as sua magnitude não depende apenas da tensão aplicada mas também da orientação tanto do plano de escorregamento quanto da direção dentro daquele plano. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ESCORREGAMENTOEM MONOCRISTAIS Aplicação de tensão de tração: = F/As F A F slip plane normal, ns Tensão de cisalhamento rebatida: tR =Fs/As AS tR tR FS Relação entre s e tR tR =FS /AS Fcos A /cos F FS nS AS A st coscosR PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ESCORREGAMENTO EM MONOCRISTAIS Condição para que a discordância se mova. A orientação do cristal pode tornar facil ou dificil o movimento das discordâncias. tR = 0 =90° s tR = s/2 =45° =45° s tR = 0 =90° s t maximo = = 45º da a tensão mínima necessária para causar o escorregamento sobre um monocristal. st coscosR PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DEFORMAÇÃO EM MONOCRISTAIS Um mono cristal esta sujeito a aplicação de uma tensão de tração conforme o indicado na figura abaixo. Para que a deformação ocorra a relação deve ser satisfeita. CRSS ttR EXERCÍCIO N° 1 =60° =35° s = 6500 psi Tensão de cisalhamento rebatida critica Tensão de cisalhamento rebatida tcrss = 3000 psiSe a) O monocristal vai escoar? b) Se não qual deve ser a tensão de tração? PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DEFORMAÇÃO EM MONOCRISTAIS EXERCÍCIO N° 1 =60° =35° s = 6500 psi a) O monocristal vai escoar? t s cos cos s 6500 psi t (6500 psi) (cos35 )(cos60 ) (6500 psi) (0.41) t 2662 psi tcrss 3000 psi Com a aplicação de uma tensão de tração de s = 6500 psi não ocorre o escoamento PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DEFORMAÇÃO EM MONOCRISTAIS EXERCÍCIO N° 1 =60° =35° Para que a deformação ocorra a tensão de tração tem que ser maior que: b) Qual deve ser a tensão de tração? )41.0(cos cos psi 3000crss yy sst psi 7325 41.0 psi 3000 coscos crss t s y psi 7325ss y PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM MATERIAIS POLICRISTALINOS s 300 mm Mais complexa do que nos monocristais. Devido as orientações cristalográficas aleatórias os planos e as direções de escorregamento variam de um cristal para outro. Como pode ser visto na figura para cada grão o movimento das discordâncias ocorre ao longo do sistema de escorregamento que póssui uma orientação mais favorável. ΤR varia de um cristal para outro. Cristal com um alto valor de ΤR escoam primeiro. A integridade mecânica e a coesão dos contronos de grão são mantidas, não sendo estes rompidos ou abertos. Como conseqüência disso, cada grão individual esta restrito, em algum grau, a forma que ele assumir por causa dos seus vizinhos. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM MATERIAIS POLICRISTALINOS - Após a Laminação -A laminação afeta a forma e orientação dos grãos. Anisotropia Direção de laminação - Antes da laminação - Grãos arredondados, eqüiaxiais, com mesma orientação em todas as direções. Isotropia. Devido as restrições geométricas impostas sobre os grãos os materiais policristalinos são mais resistentes a deformação que os seus equivalentes monocristalinos. São exigidas maiores tensões para iniciar o escorregamento e o conseqüente escoamento. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DEFORMAÇÃO POR MACLAÇÃO Diagrama esquemático mostrando como a maclação resulta da aplicação de uma tensão de cisalhamento. Círculos abertos átomos que não mudaram de posição os tracejados e os cheios representam as posições original e final respectivamente. Discordâncias não é o único defeito cristalino responsável pela deformação plástica, maclas também contribuem. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA DEFORMAÇÃO POR ESCORREGAMENTO E POR MACLAÇÃO Monocristal submetido a uma tensão de cisalhamento. (a) deformação por escorregamento (b) deformação por maclação (deformação homogênea). Deformação por escorregamento a orientação cristalográfica acima e abaixo do plano de escorregamento é a mesma antes e depois, e o escorregamento ocorre em múltiplos e distintos espaçamento atômico. Deformação por macla existe uma reorientação cristalográfica a partir do plano da macla, e o deslocamento atômico para a maclação é menor do que a separação interatômica. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA DOS METAIS O aumento da resistência é relação entre o movimento das discordâncias e o comportamento mecânico dos metais. A habilidade de um metal se deformar plasticamente depende da habilidade de as discordâncias se moverem. Aumento da resistência por adição de elemento de liga (formação de solução sólida ou precipitação de fases). Aumento da resistência por redução do tamanho de grão. Aumento da resistência por encruamento. Aumento da resistência por tratamento térmico (transformação de fase): será visto posteriormente. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA AUMENTO DA RESISTÊNCIA POR ADIÇÃO DE ELEMENTO DE LIGA Variação (a) do limite de resistência a tração, (b) do limite de escoamento e (c) da ductilidade (%AL) em função do teor de níquel para ligas cobre-níquel, mostrando o aumento de resistência. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA AUMENTO DA RESISTÊNCIA POR ADIÇÃO DE ELEMENTO DE LIGA Átomo substitucional pequeno A impureza provoca uma deformação local em A e B dificultando o movimento da discordância para a direita. A B Átomo substitucional grande A impureza provoca uma deformação local em C e D dificultando o movimento da discordância para a direita. C D Os átomos de soluto podem causar tanto tração (átomos menores) como compressão (átomos maiores) na rede cristalina. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA AUMENTO DA RESISTÊNCIA POR ADIÇÃO DE ELEMENTO DE LIGA Os átomos de soluto se alojam na rede próximo às discordâncias de forma a minimizar a energia total do sistema. Quando um átomo de uma impureza esta presente, o movimento da discordância fica restringido, ou seja, deve-se fornecer energia adicional para que continue havendo escorregamento. Por isso soluções sólidas de metais são sempre mais resistentes que seus metais puros constituintes Átomo substitucional pequeno Átomo substitucional grande PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA O contorno degrão interfere no movimento das discordâncias. Devido as diferentes orientações cristalinas presentes, resultantes do grande número de grãos, as direções de escorregamento das discordâncias variam de grão para grão. Esta falta de ordenação atômica em uma região do contorno de grão irá causar uma descontinuidade de planos de escorregamento. O efeito disso é um acúmulo de discordâncias no contorno de grão que induz a concentração de tensões, e pode gerar novas discordâncias nos grãos adjacentes. AUMENTO DA RESISTÊNCIA POR DIMINUIÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA AUMENTO DA RESISTÊNCIA POR DIMINUIÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO Influência do tamanho de grão sobre o limite de escoamento de latão 70 Cu-30Zn. O aumento do grão no gráfico apresentado aumenta da direita pra esquerda e não é linear. Hall-Petch Equation: Limite de escoamento, variando com o tamanho de grão. 2/1 dykol ss escoamento de imite lls os yke Const. Depende do material d = diâmetro médio do grão PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO É o fenômeno no qual um material endurece devido à deformação plástica (realizado pelo trabalho à frio). Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de discordâncias e imperfeições promovidas pela deformação, que impedem o escorregamento dos planos atômicos. A medida que se aumenta o encruamento maior é a força necessária para produzir uma maior deformação. O encruamento pode ser removido por tratamento térmico (recristalização). PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO ENCRUAMENTO E MICROESTRUTURA Antes da deformação Depois da deformação PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS EM FUNÇÃO DO ENCRUAMENTO Variação (a) do limite de escoamento, (b) do limite de resistência a tração e (c) da ductilidade (%AL) em função da porcentagem de trabalho a frio, para o aço 1040, latão e cobre. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO TRABALHO A FRIO Adapted from Fig. 11.8, Callister 7e. -Forging Ao Ad force die blank force Laminação roll Ao Ad roll Trefilação tensile force Ao Addie die -Extrusão ram billet container container force die holder die Ao Adextrusion 100 x %TF oA dAoA GRAU DE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM TERMOS DE TRABALHO À FRIO (TF) Forjamento PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO TRABALHO A FRIO EXERCÍCIO N° 2 100 x 2 22 F% or d ror T Do =15.2mm Cold Work Dd =12.2mm Copper 100 x %TF oA dAoA Determine o limite de escoamento, o limite de resistência à tração e a ductilidade para a barra de cobre apresentada na figura. Utilizar a Figura 7.19 do livro texto. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO TRABALHO A FRIO EXERCÍCIO N° 2 Do =15.2mm Cold Work Dd =12.2mm Copper %6.35100 x 2 22 %TF or d ror PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO TRABALHO A FRIO EXERCÍCIO N° 2 % Cold Work 100 300 500 700 Cu 200 40 60L im it e d e e s c o a m e n to ( M P a ) % Cold Work R e s is tê n c ia a t ra ç ã o ( M P a ) 200 Cu 0 400 600 800 20 40 60 d u c ti lid a d e ( % E L ) % Cold Work 20 40 60 20 40 600 0 Cu Adapted from Fig. 7.19, Callister 7e. (Fig. 7.19 is adapted from Metals Handbook: Properties and Selection: Iron and Steels, Vol. 1, 9th ed., B. Bardes (Ed.), American Society for Metals, 1978, p. 226; and Metals Handbook: Properties and Selection: Nonferrous Alloys and Pure Metals, Vol. 2, 9th ed., H. Baker (Managing Ed.), American Society for Metals, 1979, p. 276 and 327.) Utilizando a adaptação da Figura 7.19 do livro texto. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS EM FUNÇÃO DO ENCRUAMENTO A influência do trabalho a frio sobre o comportamento tensão x deformação de um aço com baixo teor de carbono; estão mostradas as curvas para 0% TF, 4%TF e 24%TF. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO TRABALHO A FRIO 0.9 mm Liga de Ti após o trabalho a frio. Observa-se o encontro das discordâncias tornando a movimentação mais dificil. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA RECUPERAÇÃO, RECRISTALIZAÇÃO E CRESCIMENTO DE GRÃO EFEITO DO AQUECIMENTO APÓS O TRABALHO A FRIO L im it e d e r e s is tê n c ia a t ra ç ã o ( M P a ) d u c ti lid a d e ( % E L ) Limite de resistência a tração ductilidade 600 300 400 500 60 50 40 30 20 Temperatura de recozimento (ºC) 200100 300 400 500 600 700 Se os metais deformados plasticamente forem submetidos ao um aquecimento controlado, este aquecimento fará com que haja um rearranjo dos cristais deformados plasticamente, diminuindo a dureza dos mesmos PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA RECUPERAÇÃO, RECRISTALIZAÇÃO E CRESCIMENTO DE GRÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA RECUPERAÇÃO Há um alívio das tensões internas armazenadas durante a deformação devido ao movimento das discordâncias resultante da difusão atômica. Nesta etapa há uma redução do número de discordâncias e um rearranjo das mesmas. Propriedades físicas como condutividade térmica e elétrica voltam ao seu estado original (correspondente ao material não- deformado). PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA RECUPERAÇÃO Discordâncias aniquiladas e forma plano atômicoperfeito Plano extra de átomos Plano extra de átomos 4. Discodância encontra uma opostas e é aniquilada 2. átomos movendo pela difusão de lacunas permite que a disc. “suba” tR 1. discordância bloqueada; Não pode se mover para a direita Obstáculo discordância 3. “no alto” disc. pode agora mover no novo plano de escorregamento • cenário 1 Resultado do aumento da difusão atômica em temperaturas elevadas • cenário 2 átomos difunde para a região tensionada PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA RECRISTALIZAÇÃO Depois da recuperação, os grãos ainda estão tencionados. Na recristalização os grão se tornam novamente equiaxiais (dimensões iguais em todas as direções). O número de discordâncias reduz mais ainda. As propriedades mecânicas voltam ao seu estado original. Forma-se um novo conjunto de grãos que são equiaxiais PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA RECRISTALIZAÇÃO Latão c/ 33% de Trabalho a frio Nucleação de novos grão após 3 sec. a 580C. 0.6 mm 0.6 mm Adapted from Fig. 7.21 (a),(b), Callister 7e. (Fig. 7.21 (a),(b) are courtesy of J.E. Burke, General Electric Company.) • Novos grãos são formados: -- apresenta pequena densidade de discordâncias -- são pequenos -- consomem os grãos originais do trabalho a frio. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA RECRISTALIZAÇÃO Após 4 segundos Após 8 segundos 0.6 mm0.6 mm Adapted from Fig. 7.21 (a),(b), Callister 7e. (Fig. 7.21 (a),(b) are courtesy of J.E. Burke, General Electric Company.) • todos os grãos originais do trabalho a frio são consumidos e a recristalização se completa. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA CRESCIMENTO DO GRÃO Depois da recristalização se o material permanecer por mais tempo em temperaturas elevadas o grão continuará à crescer. Em geral, quanto maior o tamanho de grão mais mole é o material e menor é sua resistência. Após 8 s, a 580ºC Após 15 min, a 580ºC 0.6 mm 0.6 mm Adapted from Fig. 7.21 (d),(e), Callister 7e. (Fig. 7.21 (d),(e) are courtesy of J.E. Burke, General Electric Company.) PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA CRESCIMENTO DO GRÃO • Relação empirica da variação do diâmetro em função do tempo para policristal. Ktdd no n tempo coeficiente depende do material e T. diâm. do grão c/ o tempo t. expoente. ~ 2 Ostwald Ripening Representação esquemática do crescimento dos grãos devido à difusão atômica. O movimento dos contornos consiste na difusão de curto alcance dos átomos de um lado do contorno de grão para o outro lado. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA CRESCIMENTO DO GRÃO Dependência do tamanho de grão em relação ao tempo e a temperatura de aquecimento PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO CALCULO DO TRABALHO A FRIO EXERCÍCIO N° 3 100 x %TF oA dAoA Uma barra cilindrica de latão originalmente com 0.40 in (10.2 mm) de diâmetro passa por processo de trefilação a frio. A seção circular da barra de latão deve ser mantida após o processo de deformação. Deseja-se que após a deformação a barra apresente os seguintes valores: o limite de resistência a tração não deve exceder 55,000 psi (380 MPa), e a dutilidade menor que 15 %AL. O diâmetro final após a deformação deve ser de 0.30 in (7.6 mm). Determine como este processamento pode ser realizado. Do = 0.40 in LATÃO TRABALHO A FRIO Df = 0.30 in PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO CALCULO DO TRABALHO A FRIO EXERCÍCIO N° 3 Do = 0.40 in LATÃO TRABALHO A FRIO Df = 0.30 in %8.43100 x 2 40.0 30.0 1100 x 42 42 1 100 1100 x F% oD f D x oA fA oA fAoA T PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO EXERCÍCIO N° 3 540420 6 Para %TF = 43.8% sy = 420 MPa TS = 540 MPa > 380 MPa %AL = 6 < 15 O critério não é satisfeito…… Como nos podemos atender a condição? PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO EXERCÍCIO N° 3 380 12 15 27 Para %AL < 15 Para TS > 380 MPa > 12 %TF < 27 %TF O trabalho a frio para safisfazer a condição deve estar na faixa de %TF = 12-27 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAÇÃO A temperatura de recristalização é dependente do tempo. A temperatura de recristalização está entre 1/3 e ½ da temperatura de fusão. Chumbo - 4C Estanho - 4C Zinco 10C Alumínio de alta pureza 80C Cobre de alta pureza 120C Latão 60-40 475C Níquel 370C Ferro 450C Tungstênio 1200C PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO DEFORMAÇÃO À QUENTE E DEFORMAÇÃO À FRIO Deformação à quente: quando a deformação ou trabalho mecânico é realizado acima da temperatura de recristalização do material. Deformação à frio: quando a deformação ou trabalho mecânico é realizado abaixo da temperatura de recristalização do material. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO DEFORMAÇÃO À QUENTE VANTAGENS Permite o emprego de menor esforço mecânico para a mesma deformação (necessita-se então de máquinas de menor capacidade se comparado com o trabalho a frio). Promove o refinamento da estrutura do material, melhorando a tenacidade. Elimina porosidades. Deforma profundamente devido a recristalização. DESVANTAGENS: Exige ferramental de boa resistência ao calor, o que implica em custo O material sofre maior oxidação, formando casca de óxidos Não permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS PROFESSOR LUCIANO ANDRADE CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA DEFORMAÇÃO À FRIO DEFORMAÇÃO À FRIO Aumenta a dureza e a resistência dos materiais, mas a ductilidade diminui. Permitea obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas. Produz melhor acabamento superficial. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIÊNCIA E SELEÇÃO DOS MATERIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 01 – CALLISTER, William D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2008. ISBN: 9788521615958. 02 – REED-HILL, Robert E. Princípios de Metalurgia Física. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois S.A., 1982. 03 – NOTAS DE AULAS Professora Eliani Maria da Costa DEM/PUCRS. CAPÍTULO 8 – DISCORDÂNCIA E MECANISMOS DE AUMENTO DA RESISTÊNCIA http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Cubic-body-centered.png http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Cubic-body-centered.png
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