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Custos - Conceitos Iniciais

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Contabilidade e Análise de Custos 
 
 
 
Prof. Msc. Jean Seidler 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMESTRE: 2022/1 
 
 
1. INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE DE CUSTOS 
1.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS, A CONTABILIDADE FINANCEIRA E A CONTABILIDADE GERENCIAL 
Contabilidade Financeira é uma expressão técnica que sintetiza a aplicação da matéria contábil que representa 
uma vertente da Contabilidade que a direciona para a gestão financeira do capital aplicado da entidade e cuida 
da elaboração das demonstrações financeiras. 
A contabilidade brasileira procurou incorporar inicialmente via legislação (lei 6.404/76), elementos tanto da 
escola financeira quanto da patrimonialista. Vide por exemplo o artigo 178, caput da citada legislação, que diz 
o seguinte: "No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e 
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise financeira da companhia". 
É característico da Contabilidade Financeira: 
• Elaboração das demonstrações financeiras 
• Observância dos princípios contábeis 
• Apuração do custo das mercadorias vendidas. 
• Uso da Contabilidade de Custos para apuração. 
• Avaliação do passado 
• Confiabilidade 
• Padrão 
• Ênfase na Análise financeira em detrimento da Análise contábil, uma vez que não há a preocupação da 
qualificação científica do patrimônio. 
A contabilidade gerencial (tradução corrente em português do Brasil para a expressão em inglês Management 
Accounting) é uma ferramenta indispensável para a gestão de negócios. De longa data, contadores, 
administradores e responsáveis pela gestão de empresas se convenceram que amplitude das informações 
contábeis vai além do simples cálculo de impostos e atendimento de legislações comerciais, previdenciárias e 
legais. 
Os gestores de empresas precisam aproveitar as informações geradas pela escrituração contábil, pois 
obviamente este será um fator de competitividade com seus concorrentes: a tomada de decisões com base em 
fatos reais e dentro de uma técnica comprovadamente eficaz – o uso da contabilidade. A gestão de entidades, 
sabidamente, é um processo complexo, inesgotável, mas pode ser facilitada quando se tem uma adequada 
contabilidade. 
Dentre as vantagens de utilizar-se de dados contábeis para gerenciamento, podemos listar: 
1. Apuração de custos 
2. Projeção de orçamentos empresariais 
3. Análise de desempenho (índices financeiros) 
4. Cálculo do ponto de equilíbrio 
5. Determinação de preços de vendas 
6. Planejamento tributário 
7. Controles orçamentários 
A Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos 
e/ou serviços. Ela tem a função de gerar informações precisas e rápidas para a administração, para a tomada 
de decisões. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Demonstra%C3%A7%C3%B5es_financeiras
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_financeira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Custo
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_financeira
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_cont%C3%A1bil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contadores
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administradores
http://pt.wikipedia.org/wiki/Impostos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Custo
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lculo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento_tribut%C3%A1rio
A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para diversos níveis 
gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, e de planejamento e 
controle das operações e de tomada de decisões, bem como tornar possível a alocação mais criteriosamente 
possível dos custos de produção aos produtos. 
A contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, 
denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados 
coletados podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais: unidade 
produzidas, horas trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre outros. 
A contabilidade de custos requer a existência de métodos de custeio para que, ao final do processo, seja 
possível obter-se o valor a ser atribuído ao objeto de estudo. 
1.2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAL 
O valor do estoque dos produtos existentes na empresa, fabricados por ela, deveria então corresponder ao 
montante que seria o equivalente ao valor de “Compras” na empresa comercial. Portanto, passaram a compor 
o custo do produto os valores dos fatores de produção utilizados para sua obtenção, deixando-se de atribuir 
aqueles outros que na empresa comercial já eram considerados como despesas no período de sua incorrência: 
despesas administrativas, de vendas e financeiras. 
Essa forma de avaliação continua em vigor por duas razões: 
Primeira: Com o desenvolvimento do Mercado de Capitais nos EUA e em alguns países europeus, fazendo com 
que milhões de pessoas se tornassem acionistas de grandes empresas, interessadas agora na análise de seus 
balanços e resultados, e também com o aumento da complexidade do sistema bancário e distanciamento do 
banqueiro com relação à pessoa do proprietário ou administrador da companhia necessitada do crédito, surgiu 
a figura da Auditoria Independente. E essa, acabou por firmar e às vezes criar princípios básicos de 
Contabilidade, de modo que houvesse critérios homogêneos para comparar as demonstrações contábeis de 
empresas diferentes. Ao deparar a Auditoria Independente (ou Externa) com essa forma de avaliação de 
estoques, em que o valor de compra é substituído pelo valor de fabricação, acabou por consagrá-la, já que 
atendia a diversos outros princípios mais genéricos como: Custo como Base de Valor, Conservadorismo (ou 
Prudência), Realização etc. 
Essa consagração por parte dos Auditores Externos foi a responsável, então, pela manutenção dos princípios 
básicos da Contabilidade de Custos até hoje, no que diz respeito a sua finalidade de avaliação de estoques. 
Segunda: Com o advento do Imposto de Renda, provavelmente em função da influência dos próprios princípios 
de Contabilidade já então disseminados, houve a adoção do mesmo critério fundamental para a medida do 
lucro tributável; no cálculo do resultado de cada período, os estoques industrializados deveriam ser avaliados 
sob aquelas regras. 
1.3 NATUREZA, IMPORTÂNCIA E FINALIDADE 
A Contabilidade de Custos faz parte da Contabilidade Gerencial. A tarefa dos registros dos fatos está ligada à 
Contabilidade Geral ou Financeira. O controle das operações e dos custos e a solução de problemas específicos 
estão ligados à Contabilidade Gerencial, que é um ponto de apoio fundamental para o administrador da 
empresa. 
Por fazer parte da Contabilidade Gerencial, a Contabilidade de Custos não está presa aos requisitos legais ou 
fiscais, nem a convenções padronizadas. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Final
http://pt.wikipedia.org/wiki/Objeto
A primeira preocupação dos Contadores, Auditores e Fiscais foi a de fazer da Contabilidade de Custos uma 
forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado, não a de fazer dela 
um instrumento de administração. 
Com o crescimento das empresas, e o aumento da distância entre administrador, ativos e pessoas 
administradas, a Contabilidade de Custos passou a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio no 
desempenho dessa nova missão gerencial. 
Nesse seu novo campo, a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle e a ajuda 
às tomadas de decisões. No que diz respeitoao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o 
estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, 
acompanhar o efetivamente acontecido para a comparação com os valores anteriores definidos. 
No que tange à Decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de 
informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre 
medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou 
produção etc. 
O conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável; ou, se é possível reduzi-
los (os custos). 
Assim, a Contabilidade mais moderna vem criando sistemas de informações que permitam melhor 
gerenciamento de Custos, com base nesse enfoque. 
Obviamente, estas suas novas missões não compreendem o todo da Contabilidade Gerencial; esta é mais 
ampla, porém suas bases são esse aspecto comentado da Contabilidade de Custos. 
1.4 A CONTABILIDADE DE CUSTOS EM EMPRESAS NÃO INDUSTRIAIS 
Com o advento de nova forma de se usar Contabilidade de Custos, ocorreu seu maior aproveitamento em 
outros campos que não o industrial. No caso de instituição não tipicamente daquela natureza, tais como 
instituições financeiras, empresas comerciais, firmas de prestação de serviços etc., onde seu uso para efeito de 
Balanço era quase irrelevante (pela ausência de estoques), passou-se a explorar seu potencial para o controle e 
até para as tomadas de decisões. Mesmo nas empresas prestadoras de serviços que faziam uso de Custos para 
avaliação dos “Estoques de Serviços em Andamentos”, ou seja, para a avaliação dos custos incorridos em 
projetos ainda não acabados, seu campo alargou-se de maneira formidável. Passando então a explorar o 
potencial da Contabilidade de Custos para o controle e até para as tomadas de decisões. 
É hoje relativamente comum encontrarmos Bancos, Financeiras, Lojas Comerciais, Escritórios de Planejamento, 
de Auditoria, de Consultoria etc., a explorar o potencial da Contabilidade de Custos para o controle e até para 
as tomadas de decisões. 
RESUMO 
A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na 
indústria, tarefa essa que era fácil na empresa típica da era do mercantilismo. Seus princípios derivam dessa 
finalidade primeira e, por isso, nem sempre conseguem atender completamente a suas outras duas mais 
recentes e provavelmente mais importantes tarefas: controle e decisão. Esses novos campos deram nova vida a 
essa área que, por sua vez, apesar de já ter criado técnicas e métodos específicos para tal missão, não 
conseguiu ainda explorar todo o seu potencial; não conseguiu, talvez, sequer mostrar a seus profissionais e 
usuários que possui três facetas distintas que precisam ser trabalhadas diferentemente, apesar de não serem 
incompatíveis entre si. 
2. TERMINOLOGIA CONTÁBIL BÁSICA 
2.1 TERMINOLOGIA EM CUSTOS INDUSTRIAIS 
“Despesas com Matéria-prima” ou “Custos de Matéria-prima”? 
“Gastos” ou “Despesas de Fabricação”? 
“Gastos” ou “Custos de Materiais Diretos”? 
“Despesas” ou “Gastos com Imobilização”? 
“Custos” ou “Despesas de Depreciação”? 
Gastos, Custos e Despesas são palavras sinônimas? Desembolso confunde-se com elas? E Investimento? E 
Perda pode se confundir com algum desses grupos? No meio de tantos nomes e ideias, passamos a utilizar a 
seguinte nomenclatura: 
Gasto – Compra de um produto ou serviço qualquer que gera sacrifício financeiro para a entidade 
(desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente 
dinheiro). 
Conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços adquiridos; assim, temos Gastos com 
a compra de matérias-primas, Gastos com mão-de-obra, tanto na produção como na distribuição, Gastos com 
honorários da diretoria, Gastos na compra de um imobilizado etc. Só existe gasto no ato da passagem para a 
propriedade da empresa do bem ou serviço, ou seja, no momento em que existe o reconhecimento contábil da 
dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento. 
Não estão aqui incluídos todos os sacrifícios com que a entidade acaba por arcar, já que não são incluídos o 
custo de oportunidade ou os juros sobre o capital próprio, uma vez que estes não implicam a entrega de ativos. 
Note que o gasto implica desembolso, mas são conceitos distintos. 
Gasto é termo genérico que pode representar tanto um custo como uma despesa! 
Desembolso – Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a 
entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto. 
É a saída financeira da empresa, entrega de ativos. Ex.: Pagamento de uma fatura. 
Investimento – Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). 
Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são “estocados” nos Ativos da 
empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua 
desvalorização são especificamente chamados investimentos. 
É todo o gasto para aquisição de ativo, com finalidade de obtenção de benefícios a curto, médio ou a longo 
prazo. Podemos concluir que todo custo é um investimento, mas nem todo o investimento é um custo. 
Ex.: matéria-prima, máquina para a fábrica, ações de outras empresas. 
Custo – Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. O custo é também 
um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção 
(bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplo: a matéria-prima foi 
um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua 
Estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-prima como 
parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado até sua 
venda. 
A energia elétrica é um gasto, no ato da aquisição, que passa imediatamente para custo (por sua utilização) 
sem transitar pela fase de investimento. A máquina provocou um gasto em sua entrada, tornado investimento 
(ativo) e parceladamente transformado em custo, via Depreciação, à medida que é utilizada no processo de 
produção de utilidades. 
Despesa – bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas, ou seja, gasto 
relativo a bem ou serviço consumido na empresa mas não relacionado com o processo de produção. 
A comissão de um vendedor, por exemplo, é um gasto que se torna imediatamente uma despesa. As despesas 
são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no 
processo de obtenção de receitas. 
Todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam despesas. Costumamos chamá-lo 
Custo do Produto Vendido. Na mercadoria adquirida a despesa é reconhecida no momento da receita trazida 
pela venda, sem passar pela fase de custo. Logo o nome Custo das Mercadorias Vendidas. 
Logo, todas as despesas são ou foram gastas. Porém, alguns gastos muitas vezes não se transformam em 
despesas (ex: terrenos, que não são depreciados) ou só se transformam quando de sua venda. 
Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços 
a que se referem. Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas, outros passam primeiro 
pela fase de custos e outros ainda fazem a via-sacra completa, passando por investimento, custo e despesa. 
Perda – Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Ex: perdas com incêndios, obsoletismo 
de estoques, gasto com mão-de-obra durante um período de greve etc. 
São itens que vão diretamente para a conta de resultados,assim como as despesas. Cabe ressaltar que 
inúmeras perdas de pequeníssimo valor são, na prática, comumente consideradas dentro dos custos ou das 
despesas, sem sua separação; e isso é permitido devido à irrelevância do valor envolvido. No caso de 
montantes apreciáveis, esse tratamento não é correto. 
O gasto com mão-de-obra durante um período de greve, por exemplo, é uma perda, não um custo de 
produção. O material deteriorado por um defeito anormal e raro de um equipamento provoca uma perda, e 
não um custo; aliás, não haveria mesmo lógica em apropriar-se como custo essas anormalidades e, portanto, 
acabar por ativar um valor dessa natureza. 
Cabe aqui ressaltar que inúmeras perdas de pequeníssimo valor são, na prática, comumente consideradas 
dentro dos custos ou das despesas, sem sua separação; e isso é permitido devido à irrelevância do valor 
envolvido. No caso de montantes apreciáveis, esse tratamento não é correto. 
Subprodutos - É aquele produto que nasce de forma natural durante o processo produtivo da empresa. Ele 
Possui mercado de venda e preço definido, porem sua participação é ínfima no faturamento total da empresa. 
Sucatas - São produtos que surgem da produção com defeitos ou estragados. Suas vendas são esporádicas e 
realizadas por valor não previsível na data em que surgem na fabricação. Não recebem custos e também não 
servem para a redução de custos de produção. Na data da venda elas são contabilizadas como outras receitas 
operacionais. 
Ex.: Cadeira faltando uma perna (três pernas), azulejos com defeito. 
 
Rateio: Representa a alocação de custos indiretos aos produtos em fabricação, seguindo critérios racionais. 
Exemplo: depreciação de máquinas rateada segundo o tempo de utilização (HM) por produto etc. Contudo, 
dada a dificuldade de fixação de critérios de rateio, tais alocações carregam consigo certo grau de 
arbitrariedade 
A importância do critério de rateio está intimamente ligada à manutenção ou uniformidade em sua aplicação. 
Devemos lembrar que a simples mudança de um critério de rateio afeta o custo de produção e, 
consequentemente, afetará o resultado da empresa. 
IMPORTANTE!!! 
Diferença entre Custo e Despesa 
a) Custo: é o gasto com a fabricação do produto (processo produtivo). O custo só afetará o resultado a 
parcela do gasto que corresponde aos produtos vendidos. 
 
b) Despesa: é o gasto que não esta relacionado ao processo produtivo. São todos os demais fatores 
identificáveis a administração, financeiras e relativas as vendas, que reduzem a receita. A despesa afetará 
diretamente o resultado do exercício. 
 
2.2 A TERMINOLOGIA EM ENTIDADES NÃO INDUSTRIAIS 
As empresas de serviços têm utilizado os princípios e as técnicas de maneira apropriada em função da absoluta 
similaridade de situação, principalmente nas entidades em que se trabalha por projeto (empresas de 
engenharia, escritórios de auditoria, de planejamento etc.). Nessas empresas os custos são imediatamente 
transformados em despesas, sem que haja a fase de Estocagem, como no caso da indústria de bens. 
A palavra custo também significa o preço original de aquisição de qualquer bem ou serviço, inclusive 
leigamente; daí se falar em “custo de uma obra”, “custo de um automóvel adquirido” etc. 
Contudo, quando se fala em “Contabilidade de Custos”, estamos nos referindo apenas aos bens ou serviços 
utilizados na produção de outros bens e serviços. 
2.3 A TERMINOLOGIA INDUSTRIAL 
Usaremos a palavra Custo para o gasto relativo a consumo na produção. Gastos que se destinam às fases de 
administração, esforço de vendas e financiamento serão chamados de Despesas. 
Caso haja alguma mudança na modificação da terminologia utilizada, esta estará devidamente alertada. 
RESUMO 
Custo e Despesa não são sinônimos; têm sentido próprio, assim como Investimento, Gasto e Perda. A utilização 
de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento e a comunicação. Neste curso, Custo só se refere a 
sacrifício na produção, salvo quando expressamente alertada a modificação da terminologia utilizada. Logo, 
temos Custos de Produção e Despesas de Administração, de Vendas e Financeiras. 
 
 
 
3. CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS 
Existem vários tipos de custos, tantos quantas forem as necessidades gerenciais, e pode-se afirmar 
que custos podem ser computados de diferentes modos, para finalidades diferentes, por pessoas 
diferentes. 
3.1 COM RELAÇÃO À IDENTIFICAÇÃO COM O PRODUTO 
Com relação aos produtos, os custos podem ser diretos ou indiretos. 
Custos Diretos: São os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir 
uma medida de consumo (quilos, horas de mão-de-obra ou de máquina, quantidade de força consumida, etc.). 
De maneira geral, associam-se a produtos e variam proporcionalmente à quantidade produzida. 
Exemplo: matéria-prima e Mão-de-obra direta. 
Custos Indiretos: São os que, para serem incorporados aos produtos, necessitam da utilização de algum critério 
de rateio. Exemplos: aluguel, iluminação, depreciação, salário de supervisores, etc. 
Na prática, a separação de custos em diretos e indiretos, além de sua natureza, leva em conta a relevância e o 
grau de dificuldade de medição. Por exemplo, o gasto com energia elétrica é, por sua natureza, um custo 
direto, porém, devido às dificuldades de medição do consumo por produto e ao fato de que o valor obtido por 
meio de rateio, em geral, pouco difere que seria obtido com uma medição rigorosa, quase sempre é 
considerado como custo indireto de fabricação. 
Exemplo: mão-de-obra indireta e aluguel da fábrica. 
3.2 COM RELAÇÃO AO VOLUME DE PRODUÇÃO 
Com relação ao volume de produção do período, os custos podem ser fixos ou variáveis. 
Custos Fixos: Custos fixos são aqueles cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido. Por 
exemplo: Aluguel, seguro de fábrica etc. Um aspecto importante a ressaltar é que os custos são fixos dentro de 
determinada faixa de produção e, em geral, não são sempre fixos, podendo variar em função de grandes 
oscilações no volume de produção. 
Exemplo: Aluguel da fábrica Custo Total $ 6.000,00 
 
Podemos então afirmar que os custos fixos são fixos no seu total, porém variáveis na sua unidade. 
Custos Variáveis: São os que variam proporcionalmente ao volume produzido. Exemplo matéria-prima, 
embalagem. 
Os custos variáveis são aqueles que variam em função do volume de produção, ou seja, da variação 
da quantidade produzida no período. Quanto maior o volume de produção no período, maior será o 
custo variável e, consequentemente, quanto menor o volume de produção no período, menor será o 
custo variável. 
 
Os custos variáveis têm relação direta com os custos diretos de fabricação. Exemplo: Matéria-prima 
Custo Unitário $ 26,00 
 
 
Podemos então afirmar que os custos variáveis são fixos na sua Unidade, porém variáveis no seu 
total. 
3.3 COM RELAÇÃO AOS CUSTOS DE PRODUÇÃO 
Custo de Transformação - Representam o esforço empregado pela empresa no processo de fabricação de 
determinado item (mão-de-obra direta e indireta, energia, hora de máquina etc.). Não incluem matéria-prima 
nem outros produtos adquiridos prontos para consumo. 
Custos Primários - São a soma simples de matéria-prima e mão-de-obra direta. Não são a mesma coisa que 
custo direto, que é mais amplo, incluindo, por exemplo: materiais auxiliares, energia elétrica, etc. 
Materiais Diretos - São os materiais que se incorporam (se identificam) diretamente aos produtos. Exemplo: 
matéria-prima, embalagem, materiais auxiliares, tais como cola, tinta, parafuso, prego, etc. 
Mão-de-Obra Direta - Representa custos relacionados com pessoal que trabalha diretamente na elaboração 
dos produtos, por exemplo, o empregado que opera um torno mecânico. A mão-de-obra direta não deve ser 
confundida com a de um operário que supervisiona um grupo de torneiros mecânicos. 
Como regra prática, podemos adotar o seguinte critério: sempre quefor possível medir a quantidade de mão-
de-obra aplicada a determinado produto, é mão-de-obra direta; caso contrário, havendo necessidade de 
rateio, é mão-de-obra indireta. 
Há que se lembrar, ainda, que o cálculo do custo da hora de mão-de-obra (quer direta, quer indireta) deve 
levar em conta todos os tributos e encargos sociais, como INSS, FGTS, 13º Salário, etc.., e também dever ser 
feito um ajuste para considerar as horas efetivamente trabalhadas e o tempo improdutivo decorrente de 
férias, fim de semana remunerado, feriados, etc. 
 
 
 
 
 
 
4. CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS 
Despesas Comerciais - Gastos para manter uma estrutura comercial necessária para a obtenção das 
receitas (Comissões de Vendedores, Salários de Vendedores, Publicidade e Propaganda, Viagens e 
Estadas, Despesas com o Escritório Comercial, Fretes para entrega ao cliente, etc.). 
 
Despesas Administrativas - Gastos necessários para manter a estrutura administrativa que controla 
as diversas atividades desenvolvidas pela empresa visando à obtenção de receitas (Honorários de 
Diretoria, Salários do Pessoal Administrativo, Despesas gerais com a Administração, etc.). 
 
Despesas Financeiras - São gastos necessários para a manutenção do capital de giro da empresa 
(Juros, Taxas Bancárias, etc.). 
 
4.1 COM RELAÇÃO À IDENTIFICAÇÃO COM O PRODUTO 
Despesas Diretas – São aquelas que se identificam com um determinado produto, mercadoria ou 
serviço vendidos, podendo ser apropriados diretamente aos mesmos. 
 
Por exemplo: despesa com comissão de vendedores e despesa com impostos sobre venda. É 
perfeitamente possível identificar sobre quais produtos ou venda incidiu determinada despesa com 
comissões de vendedores e impostos. 
 
Despesas Indiretas – São aquelas que não tem relação direta com o produto, mercadoria ou serviço 
vendido. 
 
Por exemplo: despesa com salários do pessoal que trabalha no setor de vendas, despesa com 
telefone, material de expediente e outros. 
 
4.2 COM RELAÇÃO AO VOLUME 
Despesas Variáveis: Diretamente proporcionais ao volume de vendas (Quanto maior o volume de 
vendas maior as despesas); 
 
Permanecem constantes em termos unitários. Por exemplo: Comissão de vendedores. 
 
Despesas Fixas (ou despesas estruturais): Independem do nível de atividade. Permanecem 
constantes independentemente do volume de vendas. 
 
Por exemplo: Honorário do contador, salário e encargos do pessoal do administrativo do setor de 
vendas. 
 
 
 
 
 
 
5. SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS 
A separação entre custos e despesas é fácil: os gastos relativos ao processo de produção são custos e os 
relativos à administração, às vendas e aos financiamentos são despesas. Entretanto na prática aparece uma 
série de problemas pelo fato de não ser possível a separação de forma clara e objetiva. Para facilitar o 
entendimento, suponhamos que os gastos abaixo de determinado período sejam da empresa XXXXX S/A: 
Gastos R$ 
Matéria – Prima Consumida 30.000,00 
Comissões s/vendas 1.000,00 
Salários e Encargos da Fábrica 8.000,00 
Seguros da Fábrica 12.000,00 
Material de Consumo – Escritório 2.500,00 
Salários da Administração 4.500,00 
Água, Luz e Telefone da Fábrica 6.500,00 
Depreciação na Fábrica 10.000,00 
Total dos gastos do mês 74.500,00 
 
Primeiramente, deve-se realizar a separação dos custos de produção. Teremos então a seguinte distribuição 
dos gastos: 
 
Custos de Produção R$ 
Matéria – Prima Consumida 30.000,00 
Seguros da Fábrica 12.000,00 
Salários e Ordenados da Fábrica 8.000,00 
Depreciação na Fábrica 10.000,00 
Água, Luz e Telefone da Fábrica 6.500,00 
Total dos Custos 66.500,00 
 
Despesas Administrativas R$ 
Material de Consumo – Escritório 2.500,00 
Salários da Administração 4.500,00 
Total das despesas administrativas 7.000,00 
 
Despesas com vendas R$ 
Comissões s/vendas 1.000,00 
Total das despesas com vendas 1.000,00 
 
As despesas que não entraram no custo de produção, as quais totalizam R$ 8.000,00, vão ser reconhecidas 
diretamente no resultado do período, sem serem alocadas aos produtos.

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