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ERGONOMIA I PROFª: M. Regina Sessão pipoca INTRODUÇÃO AULA 01 ERGONOMIA BREVE HISTÓRICO PROFª: M. Regina ERGONOMIA PROFª: M.Regina Origem: COMO SURGIU? Homem das Cavernas De que forma? Com a necessidade de proteção e sobrevivência,. Quando descobriu-se que uma pedra poderia ser afiada até ficar pontiaguda e transformar-se numa lança ou num machado. Quando posicionavam-se galhos ou troncos de árvores sob rochas ou outros obstáculos, como alavancas. BREVE HISTÓRICO ERGONOMIA O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polonês W. Jastrzebowski, que publicou um artigo intitulado: “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”. ORIGEM E EVOLUÇÃO PROFª: M. Regina ERGONOMIA Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic Research Society”. Posteriormente, A ergonomia desenvolveu-se em numerosos países industrializados, como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e países escandinavos. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”. Oficialmente, a Ergonomia nasceu em 1949, derivada da época da 2ª Guerra Mundial Em 1959 foi fundada a “International Ergonomics Association”. PROFª: M. Regina ERGONOMIA PROFª: M. Regina FASES DA ERGONOMIA PRIMEIRA FASE DA ERGONOMIA Referente às dimensões de objetos, ferramentas, painéis de controle dos postos de trabalho usados por operários. O objetivo dos cientistas, nesta fase, concentrava-se mais ao redimensionamento dos postos de trabalho, possibilitando um melhor alcance motor e visual aos trabalhadores. ERGONOMIA PROFª: M. Regina FASES DA ERGONOMIA SEGUNDA FASE DA ERGONOMIA O Ergonomista passa a projetar postos de trabalho que isolam os trabalhadores do ambiente industrial agressivo, Seja por agentes físicos ( calor, frio, ruído, etc.), Seja pela intoxicação por agentes químicos (vapores, gases,particulado sólido), etc.). ERGONOMIA Terceira Fase da Ergonomia: Década de 80: A Ergonomia passa a atuar em outro ramo científico: O processo COGNITIVO do ser humano, ou seja, estudando e elaborando sistemas de transmissão de informações mais adequadas às capacidades mentais do homem: PROFª: M. Regina ERGONOMIA Nos tempos atuais pesquisas mais recentes estão se desenvolvendo em relação à PSICOPATOLOGIA DO TRABALHO e na ANÁLISE COLETIVA DO TRABALHO. PROFª: M. Regina ERGONOMIA As exigências tecnológicas: As exigências econômicas: As exigências sociais: As exigências organizacionais: DESENVOLVIMENTO ATUAL Pode ser caracterizado segundo quatro níveis de exigências: PROFª: M. Regina ERGONOMIA POR QUE USAR A ERGONOMIA : Novas tecnologias, competitividade de mercado, produtividade x qualidade Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com: Eficácia Segurança Qualidade PROFª: M. Regina ERGONOMIA PROFª: M. Regina Sessão pipoca A saúde das pessoas, a eficiência dos serviços e a segurança das instalações estarão, a partir daí, sendo efetivamente incorporadas à vida das organizações. ERGONOMIA PROFª M.Regina Com o processo de globalização que estamos vivenciando, a empresa para sobreviver precisa: Tornar-se competitiva, (modernização de seus recursos técnicos :máquinas, equipamentos, ferramentas métodos e processos de produção), Qualificar e capacitar seus recursos humanos (funcionários / colaboradores) e Proporcionar boas condições de trabalho aos mesmos. CONSIDERAÇÕES GERAIS ERGONOMIA PROFª M.Regina CONSIDERAÇÕES GERAIS Tendo em vista: O processo de desenvolvimento pelo qual passa os setores industriais e de serviços em nosso país com o processo de automação e informatização, as adequações ergonômicas dos postos de trabalho e do sistema de produção são necessidades imediatas. ERGONOMIA PROFª: M. Regina A produtividade e a qualidade do produto ou do serviço está diretamente ligada: ao posto de trabalho e ao sistema produtivo, e estes, deverão estar ergonomicamente adequados: aos funcionários / colaboradores, para que estes possam realizar suas tarefas com conforto, eficiência e eficácia, sem causar danos a saúde física, psicológica e cognitiva. ERGONOMIA PROFª: M. Regina Os profissionais da Segurança e Medicina do Trabalho, são os responsáveis pela gestão da qualidade de vida dos funcionários / colaboradores de uma empresa, e devem interagir e integrar com os profissionais da gestão da produção e da gestão administrativa, para juntos vencerem os desafios do presente e planejar o futuro das organizações. ERGONOMIA PROFª: M. Regina A ERGONOMIA TEM UMA VISÃO BASTANTE AMPLA : Abrangendo atividades de planejamento e projeto, que ocorrem ANTES do trabalho ser realizado e, aqueles de controle e avaliação , que ocorrem DURANTE E APÓS esse trabalho. Isto é necessário para que o trabalho possa alcançar os resultados esperados ERGONOMIA PROFª: M.Regina Origem: Homem das Cavernas De que forma? Com a necessidade de proteção e sobrevivência,. Quando descobriu-se que uma pedra poderia ser afiada até ficar pontiaguda e transformar-se numa lança ou num machado. Quando posicionavam-se galhos ou troncos de árvores sob rochas ou outros obstáculos, como alavancas. BREVE HISTÓRICO ERGONOMIA PROFª: M. Regina A partir do final do século XIX surge nos Estados Unidos um movimento de administração científica, que ficou conhecido como Taylorismo. Em 1913, Max Ruber cria um centro dedicado aos estudos de fisiologia do trabalho desenvolvendo pesquisa sobre gastos enérgicos. Durante a I Guerra Mundial (1914-1917),na Inglaterra foi criada por psicólogos e fisiologistas e após esse período foi criada o Instituto da Fadiga para estudos nas minas de carvão e nas industrias. Durante II Guerra Mundial (1939-1945) os conhecimentos científicos e tecnológicos foram utilizados para construção de instrumentos bélicos ERGONOMIA O termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polonês W. Jastrzebowski, que publicou um artigo intitulado: “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”. ORIGENS E EVOLUÇÃO PROFª: M. Regina ERGONOMIA Quase cem anos mais tarde, em 12 de julho de 1949,(Inglaterra) Um grupo de cientista se reuniu pela primeira vez interessados em discutir e formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar. Segunda reunião do mesmo grupo: 16 de fevereiro de 1950 Foi proposto o neologismo ergonomia Termo grego: ERGON = trabalho NOMOS = regras (Murrel, 1965) PROFª: M. Regina Trabalho (português), travail (francês) origem do latim: tripallium Instrumento de tortura destinado a domesticar seres humanos para o trabalho. ERGONOMIA Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”. Oficialmente, a Ergonomia nasceu em 1949, derivada da época da 2ª Guerra Mundial Em 1950 foi fundada a “ Ergonomics Research Society”. Início da década status de uma disciplina PROFª: M. Regina ERGONOMIA Durante a guerra, centenas de aviões, tanques, submarinos e armas foram rapidamente desenvolvidas, bem como sistemas de comunicação mais avançados e radares. Muitos destes equipamentos não estavam adaptados às características perceptivas daqueles que os operavam, provocando erros, acidentes e mortes. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Como cada soldado ou piloto morto representava para as Forças Armadas, Uma grande perda seja moral como financeira e social Estudos e pesquisas foram iniciados por Engenheiros, Médicos e Cientistas, com a finalidade de modificar comandos (alavancas, botões, pedais, etc.) e painéis, além do campo visual das máquinas de guerra Iniciava-se, assim, a adaptação de tais equipamentos aos soldados que tinham que utilizá-losem condições críticas, ou seja, em combate. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Após a guerra, diversos profissionais envolvidos em tais projetos reuniram-se na Inglaterra, para trocar idéias sobre o assunto. Na mesma época, a Marinha e a Força Aérea dos Estados Unidos montam laboratórios de pesquisa de Ergonomia (lá conhecida por Human Factors, ou Fatores Humanos), com os mesmos objetivos. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Posteriormente, com o Programa de Corrida Espacial e a Guerra Fria entre URSS e os EUA, a Ergonomia ganha impressionante avanço junto à NASA. Com o enorme desenvolvimento tecnológico a Ergonomia rapidamente se disseminou pelas indústrias de toda a América do Norte e Europa. PROFª: M. Regina ERGONOMIA PROFª: M. Regina Em nossa evolução, tivemos milhares de anos para nos desenvolvermos e, gradativamente, nos adaptarmos às mudanças necessárias à nossa sobrevivência. Mas neste último século, as mudanças foram e continuam sendo muito rápidas, o que as vezes impede a adaptação do nosso corpo às novas exigências. Ao passo que aumentam estas exigências, temos nos tornado cada vez mais sedentários, fator de risco para diversas doenças. ERGONOMIA Primeira Fase da Ergonomia: referente às dimensões de objetos, ferramentas, painéis de controle dos postos de trabalho usados por operários. . PROFª: M. Regina ERGONOMIA O objetivo dos cientistas na primeira fase, Redimensionamento dos postos de trabalho, possibilitando um melhor alcance motor e visual aos trabalhadores. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Segunda Fase, a Ergonomia: passa a ampliar sua área de atuação, confundindo-se com outras ciências. O Ergonomista passa a projetar postos de trabalho que isolam os trabalhadores do ambiente industrial agressivo, seja por agentes físicos ( calor, frio, ruído, etc.), seja pela intoxicação por agentes químicos (vapores, gases, particulado sólido, etc.). PROFª: M. Regina ERGONOMIA Objetivos da Segunda Fase A abrangência maior do Ergonomista nesta fase, adequando o ambiente e as dimensões do trabalho ao homem. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Terceira Fase da Ergonomia: Década de 80: a Ergonomia passa a atuar em outro ramo científico: o processo COGNITIVO do ser humano, ou seja, estudando e elaborando sistemas de transmissão de informações mais adequadas às capacidades mentais do homem: PROFª: M. Regina ERGONOMIA Objetivos da Terceira Fase da Ergonomia: As ciências se tornando interdisciplinares: Caminhando junto à informática e ao controle automático de processos industriais, através de SDCD’s (Sistema Digital de Controle de Dados) . Inicialmente na Europa, disseminando-se a seguir pelo resto do mundo. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Nos tempos atuais pesquisas mais recentes estão se desenvolvendo em relação à PSICOPATOLOGIA DO TRABALHO e na ANÁLISE COLETIVA DO TRABALHO. PROFª: M. Regina ERGONOMIA As exigências tecnológicas: técnicas de produção As exigências econômicas: qualidade e custo de produção As exigências sociais: melhoria das condições de trabalho As exigências organizacionais: gestão participativa DESENVOLVIMENTO ATUAL Pode ser caracterizado segundo quatro níveis de exigências: PROFª: M. Regina ERGONOMIA POR QUE USAR A ERGONOMIA : Novas tecnologias, competitividade de mercado, produtividade x qualidade Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com: Eficácia Segurança Qualidade PROFª: M. Regina ERGONOMIA ABORDAGEM Aborda questões relativas ao trabalho : alto índice de acidentes de trabalho; problemas associados a doenças do trabalho; questões relacionadas à redução da produtividade no local de trabalho, alto índice de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de motivação, etc; Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando mais do que um posto de trabalho melhor, mas também uma vida melhor no trabalho. PROFª: M. Regina ERGONOMIA CUSTO E BENEFÍCIO DA ERGONOMIA A ergonomia, assim como qualquer outra atividade relacionada com o setor produtivo, só será aceita se for capaz de comprovar que é economicamente viável, ou seja: se apresentar custo benefício viável( favorável). Qual seria um custo benefício viável( favorável)? PROFª: M. Regina ERGONOMIA CUSTO E BENEFÍCIO DA ERGONOMIA Custo: O investimento necessário para implementar um projeto ou uma recomendação ergonômica. aquisição de máquinas, materiais e equipamentos, treinamento de pessoal e queda de produtividade durante o período de implantação. Benefícios: Economia de material, mão de obra e energia, redução de acidentes e absenteísmos, aumento da qualidade e produtividade. CUSTO BENEFÌCIO PROFª: M. Regina A ERGONOMIA PROFª: M. Regina FATORES QUE INFLUENCIAM NO SISTEMA PRODUTIVO Posto de trabalho Organização do Trabalho Ambiente físico Tarefas Má qui nas Consequências do Trabalho: Fadiga; Estresse, Erros; Acidentes Entradas: Matéria Prima Energia gasta Informações Subprodutos Sucatas, lixos e rejeitos Saídas: Produtos Energia (gerada) Conhecimentos ERGONOMIA A Ergonomia visa a adaptação das tarefas ao homem. ENTÃO O QUE É ERGONOMIA? É a ciência de “conceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a adaptar-se à tarefa”. Também é chamada de Engenharia dos Fatores Humanos, tem sido recentemente considerada como a solução para os problemas relativos à saúde e segurança no trabalho. PROFª: M. Regina ERGONOMIA A Ergonomia Física: Ocupa-se das características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionados com a atividade física. Os tópicos relevantes incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios musculos esqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho, segurança e saúde do trabalhador Os Ergonomistas trabalham em domínios especializados, abordando certas características específicas do Sistema, tais como: PROFª: M. Regina ERGONOMIA Os ergonomistas ..........do Sistema, tais como: PROFª: M. Regina A Ergonomia Cognitiva: Ocupa-se dos processos mentais, como a percepção,memória, raciocínio e resposta motora,relacionados com as interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem a carga mental, tomada de decisões, interação homem- computador, estresse e treinamento ERGONOMIA Os ergonomistas ..........do Sistema, tais como: PROFª: M. Regina A Ergonomia Organizacional: Ocupa-se da otimização dos sistemas sócio-técnicos, abrangendo as estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, Projeto de trabalho, Programação de trabalho em grupo, Projeto participativo, Trabalho cooperativo, Cultura organizacional, Organizações em rede, Teletrabalho e gestão da qualidade ERGONOMIA escolar ergonomia industrial APLICAÇÕES Pode ser aplicada em vários setores de atividade: hospitalar vida diária PROFª: M. Regina transportes sistemas informatizados 10/08/11 ERGONOMIA No desenho de equipamentos e sistemas computadorizados, de modo a que sejam mais fáceis de utilizar e que haja menor probabilidade de ocorrência de erros durante a sua operação, particularmente importante nas salas de controle, onde existe uma elevada carga de estresse. ÁREAS DE ATUAÇÃO Atua em todas as frentes de qualquer situação de trabalho ou lazer. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Na definição de tarefas de modo a que sejam eficientes e tenham em conta as necessidades humanas, tais como: pausas para descanso e turnos de trabalho sensíveis, bem como outros fatores, tais como recompensas intrínsecas do trabalho em si. PROFª: M. Regina ERGONOMIA No desenho de equipamentos e organização do trabalho de modo a melhorar a postura e aliviar a carga de trabalho no corpo, reduzindo assim as Lesões Músculo-Esqueléticasdo Membro Superior e as Lesões Resultantes de Trabalho Repetitivo. PROFª: M. Regina ERGONOMIA ÁREAS DE ATUAÇÃO •Na arquitetura da informação, de modo a que a interpretação e uso de guias, sinais e telas seja mais fácil e sem ocorrência de erros. •Na criação de ações de formação para que todos os aspectos do trabalho sejam compreendidos pelos trabalhadores. •No desenho de equipamento militar e espacial - casos extremos de resistência do corpo humano. PROFª: M. Regina ERGONOMIA MULTIDISCIPLINARIDADE É uma ciência multidisciplinar que usa conhecimentos de várias ciências, tais como: • anatomia, • antropometria, • biomecânica • fisiologia, • psicologia, etc.. Para que o profissional que desenvolve projetos Ergonômicos obtenha os conhecimentos necessários e suficientes e resolva uma série de problemas identificados num ambiente de trabalho, ou no modo como o trabalho é organizado e executado. PROFª: M. Regina ERGONOMIA ÁREAS DE ATUAÇÃO - Nos países em desenvolvimento, a aceitação e eficiência do uso de tecnologia básica podem ser melhoradas significativamente. Na concepção de ambientes de trabalho: a iluminação e a temperatura ambiente, de modo a satisfazer as necessidades dos utilizadores e das tarefas executadas. Onde seja necessário, na concepção de equipamentos de proteção individual para o trabalho em ambientes hostis. PROFª: M. Regina ERGONOMIA CORRENTES Há duas grandes correntes na ergonomia: •Ergonomia Centrada no homem – Human Factor •Ergonomia Centrada na atividade PROFª: M. Regina ERGONOMIA CORRENTES Ergonomia Centrada no homem – Human Factor Se define como ergonomia centrada no componente humano dos sistemas Homem- Máquina (SHM). Esta ergonomia é praticada principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra PROFª: M. Regina ERGONOMIA CORRENTES Ergonomia Centrada no homem – Human Factor -Posturas e movimentos, incluindo as bases biomecânicas, fisiológicas e as antropométricas. Assentos, postura em pé e sentado, trocas de postura. Os movimentos de deslocamentos de cargas no plano horizontal e no plano vertical. -Informações e operações informações visuais, informações através de outros órgãos de visão, comandos, teclados, relações entre informações e as operações, diálogo homem – máquina. -Fatores do meio ambiente: ruído,vibração, iluminação, clima,substâncias químicas ERGONOMIA CORRENTES Ergonomia Centrada na Atividade Para esta corrente, as situações de trabalho e não apenas os postos de trabalho, os dispositivos técnicos tais como máquinas, ferramentas, softwares, devem ser considerados. Diferente da corrente anterior, que estudava o usuário dos dispositivos, esta corrente visa estudar a utilização por parte do operador. Aparece nos países francófonos, tais como França, Bélgica, parte francesa do Canadá, PROFª: M. Regina ERGONOMIA O TAYLORISMO E A ERGONOMIA O termo deriva do sobrenome de um Engenheiro norte americano que iniciou no fim do século XIX, o movimento de “administração científica” do trabalho e se notabilizou pela sua obra publicada em 1912. Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que, para cada tarefa ,fosse estabelecido o método correto de executá-la,com um tempo determinado, usando as ferramentas adequadas. Haveria uma divisão de responsabilidade entre os trabalhadores e a gerencia da Fabrica, cabendo a esta determinar os métodos e os tempos, de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execução da atividade produtiva PROFª: M. Regina ERGONOMIA O TAYLORISMO E A ERGONOMIA Outro conceito taylorista cada vez mais questionado é do “homem econômico” , Segundo ele,o homem seria motivado a produzir simplesmente para ganhar dinheiro Então cada trabalhador deveria ser pago de acordo com a sua produção individual. Hoje já se sabe que nem sempre isso é verdadeiro. Nem todo trabalhador se satisfaz com a remuneração, havendo outros fatores mais relevantes Atualmente há um respeito maior às individualidades, necessidades do trabalhador e normas do grupo. Na medida do possível, procura-se envolver o próprio trabalhador nas decisões sobre o seu trabalho. PROFª: M. Regina ERGONOMIA TRABALHO PRÁTICO 1- QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ERGONOMIA? PROFª: M. Regina 2- QUE ASPÉCTOS CARACTERIZAM OS ESTUDOS PRECURSORES DA ERGONOMIA ATÉ A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL? 3- TRACE UM PERFIL DOS CONCEITOS TAYLORISTAS E OS CONFLITOS DOS TRABALHADORES 4- PORQUE SE DIZ QUE O BENEFÍCIO É MAIOR QUE O CUSTO? ERGONOMIA 2ªAULA ERGONOMIA Ergonomia Centrada na Atividade A atividade, dentro desta linha de pesquisa, é considerada a partir de seus comportamentos exteriores e interiores. Como comportamento exteriores, podemos citar os gestos, as palavras, a direção do olhar do operador durante a realização de sua tarefa Como comportamento interiores podemos citar os raciocínios. PROFª: M. Regina ERGONOMIA PROFª: MRegina DIVERGÊNCIAS Apesar das divergências conceituais, alguns aspectos são comuns as várias definições existentes: -a aplicação dos estudos ergonômicos; -a natureza multidisciplinar, o uso de conhecimentos de várias disciplinas -o fundamento nas ciências; -o objeto: a concepção do trabalho CORRENTES ERGONOMIA OBJETIVOS A Ergonomia tem como objetivo principal, o estudo das capacidades e limitações do homem ao trabalho, determinando-se os materiais, os equipamentos, as ferramentas, os métodos e os locais mais apropriados ao desempenho de suas atividades produtivas. Em síntese os objetivos práticos da ergonomia são a segurança, satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos. A eficiência virá como resultado. ERGONOMIA Esta eficiência se dá através de: Projetos de máquinas e ambientes adequados ao homem Redução da fadiga e do desconforto. Redução do absenteísmo por doenças e acidentes. Aumento de produtividade. Redução dos custos de produção. EFICIÊNCIA PROFª: M. Regina ERGONOMIA ERGONOMIA: Qualidade, Produtividade e Competitividade INTERFACE Qualidade e Produtividade ERGONOMIA TRABALHOTRABALHADOR Melhores Condições de Trabalho Qualidade de Vida Eficiência e Eficácia COMPETITIVIDADE PROFª: M. Regina ERGONOMIA SAÚDE A saúde do trabalhador é mantida quando as exigências do trabalho e do ambiente não ultrapassam as suas limitações energéticas e cognitivas, de modo a evitar as situações de estresse, riscos de acidentes e doenças ocupacionais. PROFª: M. Regina ERGONOMIA SEGURANÇA A segurança é conseguida com : os projetos de postos de trabalho, ambiente e organização do trabalho, que estejam dentro das capacidades e limitações do trabalhador, de modo a reduzir erros, acidentes, estresse e fadiga. PROFª: M. Regina ERGONOMIA SATISFAÇÃO Satisfação é o resultado do atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador. Contudo, há muitas diferenças individuais e culturais. Uma mesma situação pode ser considerada satisfatória para uns e insatisfatória para outros, dependendo das necessidades e expectativas de cada um. Os trabalhadores satisfeitos tendem a adotar comportamentos mais seguros e são mais produtivos que aqueles insatisfeitos. PROFª: M. Regina ERGONOMIA EFICIÊNCIA É a conseqüência de um bom planejamento e organização do trabalho, que proporcione saúde, segurança e satisfação ao trabalhador. Ela deve ser colocada dentro de certos limites, pois o aumento indiscriminado da eficiência pode implicar em prejuízo á saúde e segurança. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Por exemplo, quando se aumenta a velocidade de uma máquina, aumenta-se a eficiência, mas também há uma probabilidade maior de acidentes. Na produção industrial, há casos em que se conseguem aumentar a eficiência sem comprometer a segurança, mas isso exige investimentos em tecnologia, organização do trabalho e treinamento dos trabalhadores, para eliminaros fatores de risco. PROFª: M. Regina ERGONOMIA PARA REALIZAR O SEU OBJETIVO A ERGONOMIA ESTUDA: O homem: Anatomia(estrutura do corpo humano), Fisiologia( funcionamento do corpo humano), Psicologia(comportamento do ser humano),influência do sexo, idade, treinamento e motivação. Máquina: entende-se por máquina todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho, englobando os equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações. PROFª: M. Regina ERGONOMIA Ambiente: estuda as características do ambiente físico que envolve o homem durante o trabalho, como temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases e outros. Informações: refere-se às comunicações existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões. Organização: é a conjugação dos elementos acima citados no sistema produtivo, estudando aspectos como horários, turnos de trabalho e formação de equipes. Para ..............objetivo a ergonomia ...cont.: PROFª: M. Regina ERGONOMIA • Conseqüências do trabalho: aqui entram mais as questões de controles como tarefa de inspeções, estudos dos erros e acidentes, além dos estudos sobre gastos energéticos, fadiga e “estresses”. Para .......seu objetivo a ergonomia .....cont: PROFª: M. Regina ERGONOMIA O QUE A ERGONOMIA PODE FAZER POR NÓS? - Prevenir acidentes - Melhorar as condições de trabalho - Evitar o erro humano - Promover a integridade física e psicológica - Melhorar a integração - Aumentar a produtividade ERGONOMIA ABORDAGEM ERGONÔMICA Considera as capacidades humanas e seus limites: As contribuições da ergonomia para introduzir melhorias em situações de trabalho dentro de empresas podem variar, conforme a etapa em que elas ocorrem e também conforme a abrangência com que é realizada. ERGONOMIA ABORDAGEM ERGÔNOMICA A abrangência é classificada em: - análises de sistemas. - análise dos postos de trabalho. ERGONOMIA ABRANGÊNCIA A Análise de Sistemas preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho usando uma ou mais máquinas, partindo de aspectos mais gerais, como a distribuição de tarefas entre o homem e a máquina e assim por diante. A análise pode se aprofundar gradativamente, até chegar o nível de cada um dos postos de trabalho que os compõe. ERGONOMIA ABRANGÊNCIA A análise dos postos de trabalho é o estudo de uma parte do sistema onde atua um trabalhador. Faz a análise da tarefa, da postura e dos movimentos do trabalhador e de suas exigências físicas e psicológicas. ERGONOMIA OCASIÃO DA ABORDAGEM EM ERGONOMIA As contribuições da ergonomia para introduzir melhorias em situações de trabalho dentro de empresas podem variar, conforme a etapa em que elas ocorrem e também conforme a abrangência com que é realizada. PROFª: M. Regina ERGONOMIA OCASIÃO DA ABORDAGEM EM ERGONOMIA Analisa as exigências das tarefas e os diferentes fatores que influenciam as relações homem x trabalho, as características materiais do trabalho: •peso dos instrumentos •forças a exercer •disposição dos comandos •dimensões dos diferentes elementos constituintes do posto e do sistema PROFª: M. Regina ERGONOMIA OCASIÃO DA ABORDAGEM EM ERGONOMIA Sinais de Alarme Existem vários tipos de sinais de alarme ou indicadores para um estudo ergonômico: Fisiológicos •aceleração dos batimentos cardíacos •quantidade de ar respirado •atividade elétrica cerebral •temperatura corporal PROFª: M. Regina ERGONOMIA OCASIÃO DA ABORDAGEM EM ERGONOMIA Em nível do trabalho • repetitividade de erros cometidos em uma tarefa • as baixas na produtividade e na qualidade da performance do operador • aumento do índice de retrabalhos • incidentes de trabalho • acidentes de trabalho (importância vital) PROFª: M. Regina ERGONOMIA OCASIÃO DA ABORDAGEM EM ERGONOMIA Subjetivos: -queixas eventuais dos trabalhadores (contraste entre a percepção objetiva e a subjetiva) Mudanças de comportamento: - ansiedade e irritação PROFª: M. Regina ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM •Quanto a abrangência •Quanto à contribuição • Quanto a interdisciplinaridade PROFª: M. Regina ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM A abrangência é classificada em análises de sistemas e análise dos postos de trabalho. A Análise de Sistemas preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho usando uma ou mais máquinas, partindo de aspectos mais gerais, como a distribuição de tarefas entre o homem e a máquina e assim por diante. A análise pode se aprofundar gradativamente, até chegar o nível de cada um dos postos de trabalho que os compõe. Quanto a abrangência PROFª: M. Regina ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM -Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonômica. -Ergonomia de sistemas de produção: abordagem macroergonômica. PROFª: M. Regina ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM Quanto à contribuição: Ergonomia de correção: Concentra-se na modificação ou replanejamento de situações concretas de trabalho que apresentam problemas ou disfunções, mostrando-se nocivas, inadequadas, perigosas. Normalmente, surge de uma demanda gerada por problemas tais como fadiga, absenteísmo, baixa produção, acidentes, rotatividade alta, doenças ocupacionais, entre outras. Ex: modificações de situações existentes. Atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como: ruído,temperatura,dimensões,iluminação,etc... PROFª: M. Regina ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM Quanto à contribuição: Ergonomia de concepção ou preventiva Visa a elaboração de propostas e recomendações fundamentadas em estudos e pesquisas, para o estabelecimento de especificações e exigências ergonômicas a serem utilizadas no planejamento de máquinas, instrumentos e sistemas produtivos. Ex: normas e especificações de projeto. ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM Quanto à contribuição: Ergonomia de produção Refere-se aos estudos e pesquisas para otimização de máquinas e instrumentos ou tarefas a fim de que ofereçam o mínimo de risco, esforço e o máximo de eficiência para o operador. Concentra-se, portanto, nas condições e características do trabalho. ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM Quanto à contribuição: Ergonomia de produto A partir do usuário conhecido ou potencial também refere-se a estudos e pesquisas para otimização de máquinas ou utensílios, tendo em vista as características do produto. ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM Quanto à contribuição: Ergonomia de postos de trabalho Centra-se em estudos e pesquisas tanto para correção quanto para concepção de um posto de trabalho ou Sistema Homem-Tarefa-Máquina isolado dos demais, a fim de melhor adaptá-lo ao homem. Envolve a análise dos comportamentos operatórios e dos mecanismos e processos subjacentes, ou seja, adaptação da máquina ao homem através do estudo de reações humanas, sem esquecer que o posto está circundado e é influenciado pelo ambiente mais geral. ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM Quanto à contribuição: Ergonomia de conscientização Pode-se dizer que o sistema e os postos de trabalho assemelham-se a organismos vivos em constante transformação e adaptação. Portanto é importante conscientizar o operador, através de cursos de treinamentos e freqüentes reciclagens, ensinando-o a trabalhar de forma segura, reconhecendo os fatores de risco que podem surgir, a qualquer momento, no ambiente de trabalho. Neste caso ele deve saber qual a providencia a ser tomada. Ex: capacitação de pessoas ERGONOMIA TIPOS DE ABORDAGEM Quanto à interdisciplinaridade A ergonomia se utiliza dos seguintes conhecimentos: Estatística - Levantamento de dados. Higiene do trabalho - Controle dos riscos ambientais como: temperatura,ruídos, vibrações, iluminação, agentes químicos, etc. Medicina do trabalho – Controle da saúde do trabalhador. Segurança do trabalho- Prevenção dos acidentes corrigindo instalações, máquinas e equipamentos que apresentam riscos e lesões. Relações humanas - Cuida do bem estar do operatório no lar, com seus familiares e na fábrica com seus colegas e chefias. ERGONOMIA CAMPOS DE ESPECIALIZAÇÃO DA ERGONOMIA A International Ergonomics Association(2000) publicou uma conceituação que promove uma divisão da ergonomia em três campos de atuação e conhecimento. • Ergonomia Física • Ergonomia Cognitiva • Ergonomia Organizacional Divisões ERGONOMIA CAMPOS DE ESPECIALIZAÇÃO DA ERGONOMIA Divisões Ergonomia Física: Está relacionada com às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo- esqueléticos relacionados com o trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde do trabalhador. ERGONOMIA CAMPOS DE ESPECIALIZAÇÃO DA ERGONOMIA Divisões Ergonomia Cognitiva: Refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, stress e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres humanos e sistemas. ERGONOMIA CAMPOS DE ESPECIALIZAÇÃO DA ERGONOMIA Divisões Ergonomia Organizacional: Está relacionada com a otimização dos sistemas sócio-técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, planos e processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, recursos da equipe de gerência ,projeto de trabalho, projeto de escalas de trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade. ERGONOMIA CAMPOS DE ESPECIALIZAÇÃO DA ERGONOMIA ERGONOMIA Caracterização de trabalho O trabalho desempenha papel central na vida das pessoas apesar de vários significados ou conceitos que as pessoas atribuam a ele ainda é considerado muito importante. Determina a essência da vida humana. O trabalho passou por diversas mudanças e tempos, se alterou ao longo de civilizações, deu origem a pensamentos diferentes, sofreu impacto de novas tecnologias, novas atividades. O homem, desde o início de sua existência, em todo momento se empenhou para chegar ao aperfeiçoamento com o mínimo de esforço em seu trabalho, para obter os melhores resultados possíveis. Basta compararmos o trabalho artesanal antigo com o atual, com os sistemas informatizados. ERGONOMIA Caracterização de trabalho O trabalho, nosso objeto de análise em ergonomia, pode ser entendido de várias maneiras e deve estar bem definido.Guerin (2001) aponta que a palavra trabalho abrange várias realidades, podendo ser utilizada para designar as condições de trabalho: - trabalho pesado,penoso; - o resultado do trabalho - um trabalho mal feito; - a própria atividade do trabalho - fazer seu trabalho, estar sobrecarregado de trabalho. ERGONOMIA Caracterização de trabalho O trabalho seria então a reunião destas três concepções diferentes •Condições de trabalho •Atividade de trabalho •Resultados de trabalho ERGONOMIA Caracterização de trabalho Remy (2001) aponta que o “trabalho é um fator de produção: é portanto um determinante da eficiência. É também a expressão da atividade humana. Sendo assim, o trabalho põe em jogo as capacidades físicas, cognitivas, psicológicas, os reflexos, as competências e a experiência”. Desta forma, o trabalho está no centro da relação entre o ser humano e a empresa. Se fomos pensar em profissionais diversos, compreenderemos que cada um deles tem uma visão específica do trabalho, relacionada com sua formação de origem. Por exemplo, o trabalho não evoca as mesmas representações para psicólogos, sociólogos ou economistas. Para os psicólogos, está ligado a atividade. Para o sociólogo, evocará uma relação com a qualificação e para os economistas será utilizado com a significação de emprego. ERGONOMIA Caracterização de trabalho HISTÓRIA DO TRABALHO Uma breve análise mostra que o trabalho sofreu diversas mudanças de significado desde os primórdios da história, quando era visto como algo penoso, até o momento atual, quando mede o valor social do indivíduo na sociedade. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL As primeiras fábricas surgidas não tinham nenhuma semelhança com a fábrica moderna. Eram sujas, barulhentas, perigosas e escuras, e as jornadas de trabalho chegavam a 16 horas diárias, sem férias, em regime de semi-escravidão, imposto por empresários autoritários. ERGONOMIA Caracterização de trabalho A generalização do pensamento racionalista que acompanha essa industrialização determina a atitude em relação à técnica e ao saber. Entre vários estudos realizados sobre o assunto, um dos que teve maior repercussão no meio industrial foi o engenheiro norte- americano Taylor (1879). HISTÓRIA DO TRABALHO Estudos mais sistemáticos do trabalho começaram a ser realizados a partir do final do século passado. Nessa época surge, nos estados Unidos, o movimento da administração científica, que ficou conhecido como taylorismo. Taylor considerava que o trabalho deveria ser investigado cientificamente observado de modo que, para tarefa, fosse estabelecido o método correto para executá-la, como um tempo determinado, usando ferramentas corretas. ERGONOMIA Haveria uma divisão de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerência da fábrica, cabendo a esta determinar os métodos e os tempos, de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execução da atividade produtiva. Os trabalhadores deveriam ser controlados, medindo-se a produtividade de cada um pagando-se incentivos salariais áqueles mais produtivos. Para cada tipo de tarefa deveria ser desenvolvido o melhor método de realizar o trabalho, de modo que nada fosse deixado ao livre arbítrio do operário. Esse método era implantado como padrão, a ser seguido por todos. Para cada tarefa era determinado o seu respectivo tempo padrão. As atividades eram cronometradas e os trabalhadores recebiam incentivos salariais, proporcionais ás produtividades de cada um. ERGONOMIA Os princípios básicos instituídos por Taylor eram: Análise racional do trabalho e instituição da técnica correta; autoridade técnica do engenheiro industrial para fazer análise do trabalho (engenheiro de tempos e métodos); adaptação do homem ao trabalho; pagamento diferenciado de produção. Esses conceitos resultaram significativa melhoria de produtividade, nos primeiros anos do século XX, as técnicas de análise de movimentos e tempos ganharam grande expressão para época. Henry Ford e o modelo de organização do trabalho do século XX – O mais expressivo aumento de produtividade desta Época foi consequência de aplicação dos princípios de Henry Ford: Organização do trabalho em linha de montagem; ritmo de trabalho determinado pela velocidade da esteira; trabalhador fixo em determinada posição; produção de grandes volumes. ERGONOMIA HISTÓRIA DO TRABALHO Não há duvidas que a aplicação dos princípios de Taylor, de Tempos e Métodos e de Ford deram um enorme impulso à atividade industrial, com ganhos significativos de produtividade, reduzindo o preço final do produto do consumidor e criando, inclusive, a possibilidade de inserção do trabalhador como cidadão (enquanto consumidor) no cenário produtivo do mundo. Os grandes problemas causados pelos princípios de Taylor, Ford e Tempos e Métodos, os problemas percebidos foram: •Impossibilidade de se conseguir um único e correto método para execução do trabalho – pois o ser humano é diferente e complexo. •Alienação do trabalhador do processo decisório. •Trabalho exaustivoaté a fadiga •Seleção física e psicológica exaustiva. ERGONOMIA •Isolamento do trabalhador em uma mesma posição ao longo dos anos e mesmo décadas. •Desencadeamento de distúrbios osteo-musculares por sobrecargas funcionais. •Redução das possibilidades profissionais do trabalhador. •Deve-se destacar que os grandes problemas dessa época foram a má aplicação do ferramental administrativo proposto por Taylor e Ford pelos precursores de Tempos e Métodos. •Aumento da velocidade da esteira diante da necessidade de produzir mais, gerando, no trabalhador, fadiga e acentuação das lesões. •Colocação de pessoa mais hábil n a primeira posição da linha de montagem, ocasionando correria e sobrecarga tensional para os demais trabalhadores. •Pagamento de adicional de produtividade sem uma análise da condição de execução do trabalho, ocasionando sobrecarga e fadiga. ERGONOMIA Caracterização de trabalho HISTÓRIA DO TRABALHO Os dados de referência apresentados, levados em consideração por Taylor como base para a organização científica do trabalho, eram totalmente discutível e deram origem as várias manifestações de rejeição por parte dos trabalhadores em todo mundo, traduzindo-se em sabotagens, greves,, absenteísmo, etc. No sentido de minimizar essas manifestações, várias outras teorias organizacionais procuraram reformar a concepção taylorista do trabalho, inserindo outras preocupações de ordem psicossocial. ERGONOMIA Caracterização de trabalho HISTÓRIA DO TRABALHO Somente a partir da Segunda metade deste século, com o advento da Teoria dos Sistemas, elaborada pelo biólogo alemão, Ludwig Von Bertalanffy, é que os princípios da organização taylorista começaram a ser questionados cientificamente. De fato, a teoria dos sistemas permitiu o surgimento de novas disciplinas como a pesquisa operacional, a cibernética e a ergonomia, que permitiram evidenciar o caráter não científico da organização taylorista do trabalho. A organização passou a ser estudada como um sistema aberto, em interação constante com o meio ambiente no qual ela está inserida, constituído por subsistemas que, por sua vez, interagem interna e externamente. ERGONOMIA Caracterização de trabalho HISTÓRIA DO TRABALHO Hoje há um respeito maior às necessidades do trabalhador e as normas de grupo e, na medida do possível, procura-se envolver os próprios trabalhadores nas decisões sobre o seu trabalho. Uma das conseqüências dessa nova postura gerencial foi a gradativa eliminação das linhas de montagem, onde cada trabalhador deveria realizar tarefas simples e altamente repetitivas, definidas pela gerência. ERGONOMIA Caracterização de trabalho HISTÓRIA DO TRABALHO Essas linhas, consideradas, até tempo atrás, como supra- sumo do taylorismo, parece que estão condenadas a serem substituídas por equipes menores, mais flexíveis, chamadas de células de produção. Cada célula se encarrega de fazer um produto completo e a distribuição de tarefas de cada trabalhador é feita pelos próprios elementos da equipe. Portanto, há mais liberdade para cada um escolher as suas tarefas, podendo haver rodízios periódicos dentro da equipe, não sendo mais imposta de “cima para baixo”, pela regulagem da velocidade mecânica de uma esteira transportadora. ERGONOMIA Caracterização de trabalho Características do trabalho moderno Modernamente, poucos trabalhadores dependem da força física, mas principalmente dos aspectos cognitivos. A melhor imagem que se faz de um moderno trabalhador é aquele que está sentado diante de um computador ou painel de controle, onde se requer pouca força física, mas muita atenção, concentração mental e tomada de decisões. ERGONOMIA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO ( AET) A análise ergonômica do trabalho (AET) visa ampliar os conhecimentos da ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho. Ela foi desenvolvida por pesquisadores franceses e se constitui em um exemplo de ergonomia de correção. O método AET desdobra-se em cinco etapas: análise da demanda, análise da tarefa, análise da atividade, diagnóstico e recomendações ( Guérin 2001). As três primeiras constituem a fase da análise e permitem realizar o diagnóstico para formular as recomendações ergonômicas. ERGONOMIA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO ( AET) - Análise da demanda é a definição do problema, a partir de uma negociação com diversos fatores sociais envolvidos; - Análise da tarefa é o que o trabalhador deve realizar e as condições ambientais, técnicas e organizacionais desta realização; - Análise da atividade é o que o trabalhador, efetivamente, realiza para executar a tarefa. É a análise do comportamento do homem no trabalho. ERGONOMIA Tópicos comumente pesquisados na análise da tarefa – Identificação geral do cargo ou função, da Organização e do trabalhador (sexo, idade, escolaridade, especialização). – Análise da Organização envolvendo: organograma, posicionamento do cargo ou função, formas de comunicação existentes, processo de progressão e promoção funcional adotados, sistema de remuneração e demais benefícios. – Descrição sucinta da função e tentativa de compatibilização das atividades com os objetivos dos subsistemas organizacionais. – Descrição e análise detalhada da função compreendendo: tarefas, operações, atividades ou comportamentos realizados, processos decisórios envolvidos (grau de complexidade e autonomia), natureza, freqüência e ciclo das tarefas ou operações. ERGONOMIA Tópicos comumente pesquisados na análise da tarefa – Levantamento ou análise das tarefas críticas (a partir de critérios de freqüência, importância, dificuldade), tipos de interação e comunicação necessários. – Levantamento e avaliação da natureza e incidência de riscos (identificação dos fatores predisponentes, acidentes e problemas ocupacionais, bem como dos agentes causadores). – Levantamento e avaliação de condições físicas do trabalhador e das condições ambientais. Levantamento e avaliação dos processos e métodos de trabalho incluindo também dos materiais, instrumentos e equipamentos normalmente detectadas. – Levantamento e avaliação das causas de afastamentos, taxas de rotatividade quaisquer outros problemas relacionados à adaptação à função. ERGONOMIA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO ( AET) A- Preparação da análise da tarefa: iniciativas e procedimentos que viabilizarão o planejamento geral das atividades e a obtenção da cooperação de todas as pessoas envolvidas: Fases da análise da tarefa •Compreensão da natureza do problema através de avaliação de falhas, repetição e criticidade; •Conhecimento das distintas percepções e contradições de julgamentos em diferentes níveis (trabalhadores, supervisores, administração, clientes); •Definição dos problemas através da elaboração de hipóteses e discussão com os interessados; ERGONOMIA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO ( AET) Fases da análise da tarefa •Estudo e explicitação de critérios de avaliação (qualidade, quantidade, precisão, ausência de defeitos em produtos); •Operacionalização das sistemáticas de análise de trabalho através da escolha técnica de coleta de dados (observação, entrevista, experiência pessoal, simuladores, filmes); •Explicitação e definição de proposta de intervenção consensual entre as partes interessadas. ERGONOMIA Fases da análise da tarefa B – Análise dos fatores do macrossistema: possibilita uma avaliação do contexto organizacional e do meio fundamentais para a avaliação da cultura organizacional, limites de posssibilidade de atuação e intervenção do problema. •Econômicos - política salarial; situação no mercado de trabalho e variáveis intervenientes (região, sexo, idade); possibilidade de investimentos; percepção dos indivíduos sobre estas variáveis; •Organizacionais – compreende, basicamente, a caracterização da Organização a nível estrutural. Inclui as políticas da empresa de segurança e saúde, ergonomia e meio ambiente;desenvolvimento; gestão (tipo de administração, crescimento); acidentes, demissões, rotatividade, licenças, benefícios. ERGONOMIA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO ( AET) Fases da análise da tarefa •Sociais – identifica os processos de interação interpessoal e grupal. Envolve possibilidade de contato, formas de comunicação, tipos de supervisão, sistema de incentivos. •Técnicos – busca a identificação do grau de investimento e desenvolvimento dos aspectos técnicos e tecnológicos como: nível de modernização, processos de produção, sistema de manutenção, relação do posto com os demais do sistema e sua importância para a Organização. ERGONOMIA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO ( AET) Formulação do diagnóstico Procura descobrir as causas que provocam o problema descrito na demanda. Refere-se aos diversos fatores, relacionados ao trabalho e á empresa, que influem na atividade de trabalho. Exs:absenteísmos,rotatividade(treinamento insuficiente),acidentes ( pisos escorregadios, sinalizações mal interpretadas , etc) Recomendações ergonômicas As recomendações referem-se as providências que deverão ser tomadas para resolver o problema diagnosticado. ERGONOMIA Referências bibliográficas sobre o homem em atividades de trabalho Síntese Ergonômica do Trabalho Análise da demanda: definição do problema Dados Hipóteses Análise da tarefa: análise das condições de trabalho Dados Hipóteses Análise das atividades: análise dos comportamentos do homem no trabalho Dados Hipóteses Caderno de encargos de recomendações ergonômicas Diagnóstico: modelo operativo da situação de trabalho ANÁLISE ERGONÔMICA DOS POSTOS DE TRABALHO Análise Ergonômica do Trabalho Situação de Trabalho ERGONOMIA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO ( AET) Em síntese a AET se divide em: •análise da demanda •análise da tarefa - exame das condições técnicas, econômicas e sociais •análise das atividades - elemento central de estudo •o diagnóstico •as recomendações ERGONOMIA TAREFA Tarefa é o que é prescrito pela empresa ao operador.Tem como objetivo atingir um fim proposto, com os meios materiais (ferramenta, máquinas, etc) e humanos. Consiste em: o que fazer, por quem, com quê, como e em que condições. Tarefa Prescrita: É a tarefa programada, pré-determinada. Tarefa Real : É a tarefa concluída. A tarefa real pode estar muito distante da tarefa concluída, uma vez que pode ser executada por pessoas diferentes. ERGONOMIA ATIVIDADE É a forma de realizar a tarefa, pondo em prática os meios materiais e humanos. A atividade se caracteriza pela forma ou maneira com que o trabalhador utiliza seus próprios meios físicos, sensoriais e mentais, que se relacionam com sua própria condição (idade, sexo, formação, capacidade) e que determinam uma forma de atuação influenciada por ritmos, cadências, espaços, etc,... de trabalho. ERGONOMIA ATIVIDADE Compreende-se a atividade por 3 elementos •Atividade Física – é o conjunto de funções fisiológicas, pelas quais se pode realizar um trabalho. •Atividade Sensorial – corresponde ao estímulo dos órgãos dos sentidos, que após captar estímulos externos, os transmite ao Sistema Nervoso Central, para interpretação, assimilação e possível resposta. •Atividade Mental – é o resultado da informação, racionalização e resolução dos problemas que se representam em cada momento da atividade. ERGONOMIA ATIVIDADE PERCEPÇÃO IMPULSO MÚSCULO INFORMAÇÃO DECISÃO AÇÃO ( Visão, Audição, Tato) (Analisa e seleciona informação) (Opera, dá ordens, instruções) Estas três formas de atividade atuam sempre em conjunto, formando a ATIVIDADE HUMANA. Dois pontos podem influir no resultado final da atividade . São os FATORES INTERNOS, próprios de cada trabalhador ( idade, sexo, estado físico, aptidão, etc.) e os FATORES EXTERNOS, que representam as condições de trabalho ( espaço físico, ferramenta, etc.) ERGONOMIA O homem pode superar a máquina nos seguintes casos: a) Perceber quantidade de luz ou som. ( Sensibilidade ótica e auditiva) b) Criar, improvisar e desenvolver métodos e processos flexíveis ( criatividade) c) Acumular e guardar informações por longo período e relembrar-se das mais importantes no momento apropriado.( memória e associação de idéias). d) Raciocinar por indução. (análise indutiva) e) Analisar e julgar fatos. ( discernimento e julgamento) f) Selecionar e escolher alternativas. ( opção) g) Continuar trabalhando, mesmo quando sobrecarregado ( capacidade de sobrecarga). ERGONOMIA A máquina pode superar o homem nos seguintes casos a) Reagir prontamente os sinais de controle. ( reação instantânea) b) Aplicar grande esforço suave e precisamente ( força) c) Realizar, incansavelmente, tarefas repetitivas. ( rotina cíclica) d) Guardar informações por breves ou longos períodos ou cancelá-las parcial ou totalmente. ( memória inesgotável). e) Computar simultaneamente e rapidamente. ( velocidade de cálculo). f) Sensibilizar-se a estímulos fora da percepção humana. ( ultra sensibilidade) g) Operar em ambientes hostis ao homem. ( resistência a meio agressivo) ERGONOMIA Foto 1 Foto 2 Análise das fotos ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Características humanas que influem no desempenho do trabalho. O estudo a adaptação humana ao trabalho abrange as transformações que ocorrem quando o organismo passa do estado de repouso para a atividade e também aquelas transformações de caráter mais duradouro, devido ao treinamento. A monotonia, fadiga e motivação são três aspectos muito importantes, que devem interessar a todos aqueles que realizam análise e projeto do trabalho humano. A monotonia e fadiga estão presentes em todos os trabalhos e não podem ser totalmente eliminados, mas controlados e substituídos por ambientes mais interessantes e motivadores. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Finalmente, as questões de idade, sexo e deficiências físicas no trabalho são assuntos da atualidade e estão atraindo, cada vez mais, atenção dos pesquisadores. Até agora, o homem adulto de 20 a 30 anos tem sido usado, quase sempre, como paradigma do trabalhador, mas isso tem está sendo cada vez menos real, á medida que outros segmentos da sociedade estão participando, cada vez mais, das atividades produtivas. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Fatores Fisiológicos: Ritmo circadiano O organismo humano apresenta oscilações em quase todas as funções fisiológicas com um ciclo de 24 horas. Daí o nome em de circadiano, derivado do latim, circa dies significando cerca de um dia. O ritmo circadiano, bem como os demais indicadores fisiológicos, são comandados pela presença da luz solar. Assim, mesmo no caso de trabalhadores que trabalham á noite e dormem durante o dia, esse ritmo mantém-se quase inalterado, havendo apenas adaptações, que demoram cerca de 2 semanas para ocorrer. ERGONOMIA Quanto a adaptação ao trabalho, o organismo está mais “disposto” para o trabalho em certas horas do dia, isto implica em redimentos e riscos nestes períodos .Existem ciclos naturais e existem adaptações criadas pelo homem. Os estudos sobre os ritmos circadianos demonstram que há duas variações individuais e que é possível distinguir pelo menos dois tipos: os matutinos e vespertinos. Os matutinos são aqueles que acordam de manhã com mais facilidade, apresentam melhor disposição na parte da manhã e costumam dormir cedo. Os vespertinos são mais ativos á tarde e no ínicio da noite. Demonstram menor disposição na parte da manhã, mas em compensação, são mais adaptáveis ao trabalho noturno. Diferenças individuais: - pessoas matutinas: ritmo máximo ás 12 horas. - pessoas vespertinas: ritmo máximo ás 18 horas. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Existem resultados comprovados da influência do ritmo circadiano no nível de alerta e desempenho no trabalho. Experimentos realizados em tarefas de inspeção, demonstram que os matutinos são mais eficientesna parte da manhã, para detectar falhas, enquanto os vespertinos são superiores na parte da tarde, com diferenças estatisticamente significativas entre esses dois grupos. O ritmo influencia a nível de alerta e desempenho, e portanto, a frequência de acidentes. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Trabalho noturno É influenciado por: - diferenças individuais - tipo de atividade - ciclo circadiano E influencia: - desempenho - saúde - trabalho e lazer - atividade social Consequências: - duração do sono - qualidade do sono - desempenho ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Início da atividade - Aquecimento humano São as transformações fisiológicas que ocorrem durante a fase inicial de uma atividade física(principalmente atividade pesada) relacionadas ao metabolismo muscular, funcionamento de órgãos, geração de calor, etc. O corpo humano passa por diversas transformações fisiológicas no início da atividade. Isso ocorre, sobretudo quando se exigem esforços físicos pesados. Esse processo assemelha- se ás máquinas térmicas, que precisam ser pré- aquecidas para entrar em regime normal de funcionamento. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Início da atividade - Aquecimento humano Em algumas empresas adota-se a prática da ginástica de aquecimento, antes da jornada de trabalho, assim como os atletas fazem aquecimento muscular antes das competições. A adaptação se dá aproximadamente de 2 a 3 minutos. Quando uma atividade física pesada começa repentinamente, os músculos trabalham em desvantagem, com um débito de oxigênio. Portanto para um trabalho físico pesado é aconselhável fazer um pré-aquecimento de 2 a 3 minutos, ou iniciar a atividade com menor intensidade, dando uma oportunidade para o organismo adaptar-se, de modo que não haja um grande desbalanceamento entre a oferta e a demanda de oxigênio. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Monotonia É a reação do organismo a um ambiente uniforme e pobre em estímulos. Os sintomas mais indicativos da monotonia são: Reação sensação de fadiga, sonolência, morosidade e diminuição da atenção. Causas: - atividades prolongadas - atividades repetitivas - curta duração do ciclo de trabalho - restrição de movimentos corporais - local mal iluminados, ruidosos, quentes e isolados socialmente ( pouca possibilidade de contato com colegas de trabalho). Consequências: - diminuição da atenção - aumento do tempo de reação ERGONOMIA Psicologia da Monotonia FATORES HUMANOS NO TRABALHO - Preferência por trabalhos “ interessantes” - pessoas com outros interesses têm menos monotonia no trabalho. Dever de trabalhar x Querer parar de trabalhar Existe, no comportamento humano, algo que faz uma pessoa perseguir uma determinada meta ou objetivo, durante um certo tempo, que pode ser a curto ou longo. Esse “ algo” mais é conhecido como determinação, impulso, ânimo, garra, objetivo,vontade necessidade ou mais genericamente como motivo, e o processo, pelo qual ele é ativado e o mantém em funcionamento, chama-se motivação. ERGONOMIA Tarefas motivadoras Uma tarefa monótona e rotineira pode ser transformada em outra, mais interessante e motivadora, tomando-se algumas providências, tais como: - estabelecer metas; - desafiar; - Informar; - recompensar (mais ganhos,abonos, promoções, prêmios, etc...) FATORES HUMANOS NO TRABALHO ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Fadiga Efeito do trabalho continuado, que provoca uma redução reversível da capacidade do organismo e uma degradação qualitativa desse trabalho. A fadiga é causada por um conjunto complexo de fatores, cujos efeitos são cumulativos. Em primeiro lugar estão os fatores fisiológicos, relacionados com a intensidade e duração do trabalho físico e mental. Depois, há uma série de fatores psicológicos, como a monotonia, a falta de motivação, e por fim os fatores ambientais e sociais, como a iluminação, ruídos e temperaturas e o relacionamento social com a chefia e os colegas de trabalho. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Fadiga Causas Fisiológicas: Esgotamento das reservas de energia. Causas Psicológicas: - estresse - monotonia, desmotivação, relacionamento social, etc - emocional Uma pessoa fatigada tende a aceitar menores padrões de precisão e segurança. Ela começa a fazer uma simplificação da sua tarefa , eliminando tudo o que não for essencial. A força, velocidade e precisão dos movimentos tendem a diminuir. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Fadiga Consequências: Trabalhador aceita menores padrões de precisão e segurança. - aumento de erros - piora nas estratégias de resolução de problemas complexos Como reduzir a Fadiga? - eliminar cargas musculares - eliminar ruidos, temperatura e baixos níveis de luz - melhorar as relações sociais - planejar os turnos ( pausas, limites de tempo) - prover acompanhamento médico-psicológico. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Influências da idade ,do sexo e deficiências físicas. No mundo atual ainda existem, infelizmente, muitas discriminações e preconceitos ao trabalho de mulheres, pessoas idosas e aquelas portadoras de deficiências. Em muitos países do mundo houve avanços na legislação . A ergonomia tem mostrado um crescente interesse pelo estudo dos mesmos, pois tudo indica que a participação deles na força de trabalho será cada vez maior. ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Idade O aumento da idade média profissional, exige adaptações do trabalho, nas áreas: - Antropometria - Psicomotricidade - Visão e audição - Memória - Senilidade ERGONOMIA FATORES HUMANOS NO TRABALHO Sexo Aumento da participação das mulheres no mercado exige adaptações do trabalho, nas áreas: - Antropometria - Capacidade física - Capacidade intelectual ERGONOMIA Influências das deficiências físicas Deficientes físicos são aqueles que não podem exercer plenamente as suas aptidões físicas, em conseqüência de doenças, acidentes ou causas congênitas. Cada deficiente apresenta um quadro próprio de deficiência. Representam de 5 a 10% da população segundo as categorias: - Em cadeiras de rodas - Com pernas mecânicas, muletas - Cegos ( parciais ou totais) - Surdos ( parciais ou totais) - Com lesões no sistema nervoso central - As diversas deficiências provocadas pela idade avançada. FATORES HUMANOS NO TRABALHO ERGONOMIA ANTROPOMETRIA É a ciência da qual faz uso a Ergonomia, relacionada às dimensões do corpo humano e a relação que existe entre os diversos segmentos corporais. As dimensões antropométricas estão diretamente envolvidas aos ALCANCES MOTORES de um indivíduo e às POSTURAS pelo mesmo adotadas. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA •Estudo das medidas e características físicas das pessoas. •Permite a adaptação do ambiente de trabalho para as medidas individuais das pessoas. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Quando menciona-se que a ANTROPOMETRIA estuda as dimensões do corpo humano, tais como: dimensões lineares, área, volume, peso, etc.É preciso considerar que tais dimensões são obtidas em duas situações bastante distintas: DIMENSÕES ESTÁTICAS e DIMENSÕES DINÂMICAS. Tais medidas serão levadas em conta para estudo de “layouts” de local de trabalho para melhor localização de equipamentos, circulação, visando ao conforto e a liberdade de movimentos. Para este estudo,consideramos o corpo parado ou em movimento, isto é, em repouso ou em atividade. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA ANTROPOMETRIA ESTÁTICA, são consideradas as dimensões do corpo quando o mesmo encontra- se em uma postura considerada NEUTRA, sem que uma atividade motora esteja sendo desenvolvida. Seria uma obtenção de dados BÁSICOS em relação às nossas dimensões, sem grande profundidade. Consiste em medir as diferentes partes do corpo humano. Tem como aplicação, projetos, como: cadeiras, mesas, ferramentas, equipamentos e vestimentas. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA ANTROPOMETRIA DINÂMICA, são consideradas as dimensões dos diversos segmentoscorporais quando se encontram em MOVIMENTO, ou seja, encarrega-se das das medidas relativas á execução de atividades, tais como: trajetórias, ângulos, velocidade, força, etc. Neste caso, vale- se da BIOMECÂNICA, que se ocupa da estrutura óssea e das articulações, considerando o corpo em movimento. Visa ao conforto, ao melhor desempenho e à segurança da pessoa na realização de qualquer tarefa. Complementa a Antropometria Estática tendo como aplicação o projeto de ferramentas, aparelhos domésticos, equipamentos industriais, veículos, etc. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA OBJETIVOS Estudar as dimensões do corpo humano e as diferenças dimensionais apresentadas por uma população de trabalhadores, a fim de projetar POSTOS DE TRABALHO que atendam às necessidades posturais de, pelo menos 90% da população estudada. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Podemos concluir que os POSTOS, para que atendam às necessidades posturais TANTO dos HOMENS, QUANTO das MULHERES, precisam de FLEXIBILIDADE em seus componentes. Esta característica é que atenderá cada necessidade postural do indivíduo, segundo suas dimensões corporais. Mas será que apenas esta diferença influencia o arranjo dimensional dos postos de trabalho? Não, pois há outros fatores a serem considerados: ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Fatores - a idade do trabalhador. Com o passar do tempo nossa morfologia se altera, inclusive a altura. Quanto mais idoso, menos mobilidade terá o corpo do indivíduo, pela própria degeneração que se verifica nos tecidos, articulações e na própria coluna vertebral; - a região onde nasceu o trabalhador. Compare um homem nascido no Sul do país com aquele que nasceu no Nordeste e as diferenças antropométricas ficarão bastante acentuadas; ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Fatores - o poder aquisitivo do trabalhador. Quanto mais pobre, pior a alimentação e, por conseqüência da subnutrição, alterações nas dimensões corporais são verificadas; - a roupa usada no desenvolver dos trabalhos e os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual). Um capacete altera a estatura do trabalhador. Uma luva dificulta os movimentos de precisão, pois diminui o tato, sem falar que o diâmetro do dedo aumenta. -o sexo do trabalhador.Mulheres tendem a sofrer alterações devido às variações hormonais, gravidez,etc ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Biotipos Existem Três Biotipos Básicos (Willian Sheldon, 1940) Endomorfo: corresponde àquele indivíduo gordo, isto é, curtos e flácidos, abdômen protuso e cheio, ombros e cabeça redondo, e tórax com aparência pequena; ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Biotipos Mesomorfo: indivíduos com tipo atlético, ou seja, ombro e peitos largos, braços e pernas musculosos e abdômen pequeno. Apresenta pouco tecido gorduroso subcutâneo; ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Biotipos Ectomorfo: indivíduo longelíneo o qual possui face magra (testa alta), pescoço fino e comprido, ombros caídos e largos, tórax e abdômen com espessura e largura diminuídos ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Biotipos Apesar dessa classificação, a maior parte dos indivíduos não se encaixam em todas as características desses biotipos. Outros fatores que influenciam nas medidas antropométricas são raça, idade, sexo, época (hábitos alimentares, de prática esportiva, etc ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Planos espaciais de estudo do corpo humano FIGURA 1 ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Planos espaciais de estudo do corpo humano Em relação á posição dos eixos do corpo humano, os eixos ortogonais podem definir três planos necessários ao posicionamento e direcionamento para descrição do corpo humano: a) plano cardinal mediano, é um plano imaginário do topo da cabeça até a base do corpo entre os pés, que divide o corpo em direita e esquerda;( Z) b) plano coronal ou frontal: é um plano vertical a partir do topo da cabeça até a sola do pé, que intercepta o plano mediano em ângulo reto e divide o corpo em duas partes: ventral e dorsal ;(X) c) plano horizontal ou transverso, conforme pode ser visto na Figura 1: é um plano que divide o corpo em duas partes: superior e anterior; é perpendicular ao plano mediano e coronal;( Y) ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Medidas Antropométricas As medidas antropométricas são dados de bases essenciais para concepção de um posto que satisfaça ergonomicamente os(as) trabalhadores(as), pois só a partir das dimensões dos indivíduos é que se pode definir, de forma racional, o dimensionamento adequado, tanto da máquina de trabalho como da atividade envolvida visando, basicamente, à segurança, à eficiência e ao conforto do trabalhador. As medidas antropométricas são estabelecidas em várias faixas, entre o mínimo e o máximo. O uso desses critérios depende do tipo de projeto, das aplicações e da finalidade das medidas. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA ERGONOMIA ANTROPOMETRIA ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Análise dos dados A análise estatística dos dados foi feita mediante o uso de percentis, que é uma separatriz que divide a distribuição em 100 partes iguais, a partir do menor para o maior, em relação a algum tipo específico de dimensão corporal. Os percentis utilizados nos valores indicados para as variáveis estudadas foram 5, 50 e 95%. Uma medida do 5 percentil quer dizer que, apenas 5% das pessoas que foram medidas no levantamento antropométrico têm dimensões inferiores a este padrão ou, ainda, que 95% das pessoas desse mesmo levantamento têm dimensões superiores. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Significado dos percentis ERGONOMIA ANTROPOMETRIA 1,63 1,50 1,70 1,85 ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Sexo Média Desvio Padrão Percentil 5% Percentil 95% Peso Feminino 61,1 13,8 46,2 89,9 Masculino 74,0 12,6 56,2 97,1 Altura Feminino 1,61 6,6 1,50 1,71 Masculino 1,74 6,9 1,62 1,84 ERGONOMIA ANTROPOMETRIA HOMENS Percentil Medidas ( cm) 95 50 5 1- Alcance à frente 88 83 76 2 – Altura do cotovelo 122 113 103 3- Altura da mão 83 78 72 4- Altura do ombro 155 145 135 5- Altura do olho 175 165 154 6- Altura do pé 187 176 164 7- Alcance da mão acima 225 212 198 ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Mulheres Percentil Medidas ( cm) 95 50 5 1- Alcance à frente 79 71 64 2 – Altura do cotovelo 111 104 96 3- Altura da mão 78 73 67 4- Altura do ombro 145 135 124 5- Altura do olho 160 151 141 6- Altura do pé 174 163 152 7- Alcance da mão acima 207 196 184 ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Percentil Medidas (em centímetros) 95 50 5 8. Diâmetro da Coxa 18 15 14 9. Altura Olho 84 79 73 10. Altura Sentado 97 91 84 11. Cotovelo até ponta dedos 51 48 44 12. Altura Joelhos 62 57 52 13. Altura do Assento 51 47 42 14. Largura do Assento 55 50 44 15. Comprimento Coxa 64 59 54 16. Alcance mão acima 142 129 115 17. Altura Cotovelo 30 24 19 18. Altura Ombro 66 59 53 HOMENS ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Percentil Medidas (em centímetros) 95 50 5 8. Diâmetro da Coxa 18 14 11 9. Altura Olho 79 73 67 10. Altura Sentado 90 85 79 11. Cotovelo até ponta dedos 46 42 39 12. Altura Joelhos 57 52 48 13. Altura do Assento 47 43 38 14. Largura do Assento 54 48 43 15. Comprimento Coxa 63 57 52 16. Alcance mão acima 131 120 109 17. Altura Cotovelo 28 23 18 18. Altura Ombro 62 56 49 MULHERES ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Movimentos no Espaço Rotação de pescoço Extensão e Flexão de pescoço Inclinação lateral de pescoço ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Movimentos no Espaço Adução e abdução horizontal Rotação lateral e medial de ombro Flexão e extensão de ombro ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Movimentos no Espaço Flexão e extensão de cotovelo Pronação e supinação de antebraço Desvio radial e ulnar /punho ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Movimentos no Espaço Flexão e extensão do punho Flexão da coxa Adução e abdução da coxa ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Movimentos no Espaço Flexão do joelho Flexão e extensão do pé ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Uso dos dados antropométricosPara aplicação dos dados antropométricos, há três princípios fundamentais relativos aos tipos de indivíduos : 1º) Do tipo médio “ Os indivíduos classificados na faixa média antropométrica de uma coletividade, devem ser atendidos pela maior parte dos projetos de ergonomia”. Exs: A altura de uma mesa deve satisfazer ao conforto da média dos usuários. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Uso dos dados antropométricos 2º) Do tipo extremo “As pessoas situadas aquém e além da faixa média antropométrica de uma coletividade, devem ser consideradas em certos projetos de ergonomia”. Ex: Altura e largura de portas de emergência. 3º) Do tipo específico “Excepcionalmente, pode-se projetar um equipamento ou artigo para uso individual específico”. Ex: Aparelhos ortopédicos, calçados feitos sob encomenda,etc. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Uso dos dados antropométricos OBSERVAÇÕES: 1ª) Para usar os dados antropométricos, é preciso escolher um dos princípios fundamentais, visando ao projeto de equipamentos ou artigos. 2ª) Nos casos de operadores que pouco se movimentam, bastam os dados da Antropometria Estática. Ao contrário, se o projeto prevê condições frequentes deslocamentos, aplica-se a Antropometria Dinâmica. 3ª) Quando se projetam equipamentos em meio agressivo, os dados antropométricos não são suficientes e exigem adaptações. Exs: vestimentas de mergulho(escafandro), de combate a incêndio (bombeiro), de astronaútica, etc. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Espaços de trabalho Chama-se Espaço de Trabalho ao volume imaginário e envolvente de um operador, capaz de lhe permitir liberdade de movimento em todas as direções. Na indústria, a maioria dos operários trabalha de pé e principalmente com as mãos. Entretanto, é necessário considerar os casos em que, mesmo trabalhando com as mãos, o operário deve flexionar o tronco e as pernas.Ao projetar um espaço de trabalho, é necessário então identificar a atividade, verificando as posturas ideais do operador. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Espaços de trabalho Certos trabalhos exigem muitos deslocamentos do corpo, andando, correndo ou subindo escadas, mas a maioria das ocupações da vida moderna é desempenhada em espaços relativamente pequenos, com o trabalhador em pé ou sentado, realizando movimentos só com os membros enquanto o resto do corpo permanece relativamente estático.Incluem-se, aí, os trabalhadores sedentários, que passam a maior parte do tempo sentados. Contudo, o espaço pessoal não se restringe apenas à área física ocupada pelo volume do corpo e movimentos necessários à realização do trabalho. Em áreas densamente ocupadas, o espaço deve proporcionar também conforto psicológico. ERGONOMIA PROFª: LUCIA MENDES ANTROPOMETRIA Espaços de trabalho Examinaremos, a seguir, os fatores que devem ser considerados no dimensionamento do espaço de trabalho Postura O fator mais importante no dimensionamento do espaço de trabalho é a postura. Existem três posturas básicas para o corpo:deitada, sentada e em pé. ERGONOMIA PROFª: LUCIA MENDES ANTROPOMETRIA Espaços de trabalho Operador sentado – É a posição mais cômoda. Reduz a fadiga e aumenta o equilíbrio do corpo, permitindo ainda a utilização simultânea de pés e mãos nos controles em geral. Operador em pé – É a posição mais flexível. Amplia á área visual e de alcance manual, além de permitir o emprego de maior força(manobra de alavancas ou volantes). No entanto conduz mais rapidamente á fadiga. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Espaços de trabalho Tipo de atividade manual A natureza da atividade manual a ser executada influi nos limites do espaço de trabalho. Os trabalhos que exigem ações de agarramento com o centro das mãos, como no caso das alavancas ou registros, devem ficar pelo menos de 5 a 6 cm mais próximos do operador dos que as tarefas que exigem a atuação apenas das pontas dos dedos, como pressionar um botão. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Superfícies Horizontais As superfícies horizontais de trabalho têm especial interesse em ergonomia, pois é sobre elas que se realiza grande parte dos trabalhos de montagens, inspeções, serviços de escritório e outros. Dimensões da mesa Existem duas variáveis importantes no dimensionamento da mesa: a altura e a superfície de trabalho.A altura deve ser regulada pela posição do cotovelo e deve ser determinada após o ajuste da altura da cadeira. Em geral, recomenda-se que esteja 3 a 4cm acima do nível do cotovelo, na posição sentada. Se a mesa tiver uma altura fixa, a cadeira deve ter altura regulável. Se a cadeira for fixa deve-se providenciar apoio para os pés. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Em geral, a altura da mesa pode oscilar entre 54 cm( altura máxima, para 5% das mulheres) a 74 cm ( altura máxima, para 95% dos homens). Uma mesa muito baixa causa inclinação do tronco e cifose lombar, aumentando a carga sobre o dorso e o pescoço , provocando dores. Uma mesa muito alta causa abdução e elevação dos ombros, além de uma postura forçada do pescoço, provocando fadiga dos músculos dos ombros e pescoço.É importante ressaltar que, nem sempre o trabalhado é realizado na superfície da mesa. Dimensões da mesa ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Por exemplo, no caso da digitação, a superfície de trabalho é o nível do teclado. Nesse caso, a mesa deve estar 3 a 5 cm abaixo dessa superfície.A altura inferior da superfície de trabalho é importante para acomodar as pernas e permitir a sua mobilidade. O vão livre, entre o assento e a mesa deve ter pelo menos 20 cm. Baseando-se nessas medidas, e partindo do princípio que é mais fácil ajustar a altura da cadeira e manter a altura da mesa fixa. Dimensões da mesa ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Dimensões típicas da mesa e cadeira ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Alcances sobre a mesa : A superfície da mesa deve ser dimensionada de acordo com o tamanho da peça a ser trabalhada, os movimentos necessários á tarefa e o arranjo do posto de trabalho. A área de alcance ótimo sobre a mesa pode ser traçada, girando-se os antebraços em torno dos cotovelos com os braços caídos normalmente ao lado do tronco. Estes descreverão um arco com raio de 35 a 45 cm. A parte central, situada em frente ao corpo , fazendo inserção com os dois arcos, será a área ótima para se usar as duas mãos( ver fig.). A área de alcance máximo será obtida girando-se os braços estendidos em torno do ombro. Estes descrevem arcos de 55 a 65 cm de raio. ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Alcances sobre a mesa : As tarefas mais importantes de maior frequência ou com maiores exigências de precisão, devem ser executadas dentro da área ótima. A faixa situada entre a área ótima e aquela de alcance máximo deve ser usada para colocação das peças a serem usadas na montagem, ou tarefas menos frequentes e que exijam menos precisão. As tarefas que exigem acompanhamento visual constante devem colocar-se entre 20 a 40 cm de distância focal. Para leitura ou inspeções visuais em grandes superfícies, pode-se providenciar um tampo de mesa com 45° de inclinação, afim de manter essa distância focal com poucas alterações. ERGONOMIA PROFª: LUCIA MENDESERGONOMIA PROFª: LUCIA MENDESERGONOMIA Sessão pipoca (GRANDJEAN, (GRANDJEAN, -- 1983)1983) ALCANCE ALCANCE ÓÓTIMOTIMO ÁÁREA REA ÓÓTIMA PARA TRABALHO COM AS DUAS TIMA PARA TRABALHO COM AS DUAS MÃOSMÃOS ALCANCE MALCANCE M ÁÁXIMOXIMO 50 cm50 cm 5555--656535 35--4545 2525 100100 160160 ÁREA DE ALCANCES ÓTIMO E MÁXIMO NA BANCADA DE TRABALHO- MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DINÂMICAS 30 cm ERGONOMIA ANTROPOMETRIA Bancada para trabalho em pé: A altura ideal da bancada para trabalho em pé depende da altura do cotovelo e do tipo de trabalho que se executa. Em geral, a superfície da bancada deve ficar 5 a 10 cm abaixo da altura dos cotovelos. Para trabalhos de precisão, é conveniente uma superfície ligeiramente mais alta ( até 5 cm acima do cotovelo) e aquela para trabalhos mais grosseiros e que exijam pressão para baixo, superfícies mais baixas(até
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