Buscar

PODER EXECUTIVO - PARLAMENTARISMO

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS (DCH, campus I)
COLEGIADO DO CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRACÃO
ALICE SANTANA
DANILO AGUSTIN
LEONARDO MAGALHÃES
LUIZA ARAUJO
MATHEUS LEAL
NAIR DIAS
VANESSA REIS
WILLIAM BASTOS
PARLAMENTARISMO
SALVADOR
2018
 ALICE SANTANA
DANILO AGUSTIN
LEONARDO MAGALHÃES
LUIZA ARAUJO
MATHEUS LEAL
NAIR DIAS
VANESSA REIS
WILLIAM BASTOS
PARLAMENTARISMO
Trabalho apresentado ao Departamento de Ciências Humanas (DCH), Campus I, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), para fins de avaliação da disciplina de Instituições de Direito Público e Privado. 
Orientador: Prof. Vladimir Miranda Morgado
SALVADOR
2018
Sumário
1	INTRODUÇÃO	03
2	DO PODER EXECUTIVO	04
3	PRESIDENSIALISMO	06
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS	23
	REFERÊNCIAS	24
1 INTRODUÇÃO
	Este trabalho tem como base a apresentação dos aspectos que originam, caracterizam e definem o Poder Executivo, tal como, seu processo histórico, a sua estrutura, suas funções e os atos que dele ocorrem, como a importância deste estudo no âmbito científico do Direito e da administração. As informações aqui apresentadas são oriundas do método de pesquisa exploratória, que visa o levantamento de dados básicos por meio de materiais bibliográficos ou qualquer outra fonte de terceiros, e que, segundo Mattar (2001), os métodos utilizados são amplos e versáteis, empregando e compreendendo: levantamentos em fontes secundárias, levantamentos de experiências e estudos de casos.
	Como objetivo principal da pesquisa, serão apresentadas informações que ajudam a compreender a distinção entre as funções de um Presidente e um Vice-Presidente dentro da sociedade, trazendo as principais abordagens sobre o assunto, para gerar uma nova percepção sobre este. Além de deixar mais claro o que é o Poder Executivo, como ele está dividido, como ele funciona, quais são as suas funções, mostrar quais são os crimes que este Poder pode cometer, e como puni-los.
2 DO PODER EXECUTIVO
	Na divisão das funções estatais, ao Poder Executivo foram atribuídas as funções de chefia de Estado, chefia de Governo e chefia de Administração. O modo com que essas funções são exercidas quer no âmbito interno do próprio Poder Executivo quer diante do Poder Legislativo, depende fundamentalmente do sistema do governo adotado.
	Porém um dado é certo o poder executivo é um dos órgãos políticos do Estado, que tem por competência institucional a condução das atividades de Estado, Governo e Administração Pública e quanto o órgão que exerce a chefia de Estado representa internacionalmente a soberania estatal; enquanto órgão de chefia de Governo, dirige a vida política nacional, executando as políticas públicas adotadas pela Constituição e pelas leis; e enquanto órgão de chefia de Administração presta os serviços públicos necessários para atender as necessidades coletivas.
	Segundo Maurice Duverger, são formas de Executivo: a) Monocrático , que é o exercido por um só homem (exemplo :Rei; Imperador; Ditador; Presidente);b) Colegial, que é o exercido por dois homens com poderes iguais, como os cônsules romanos; c) Diretorial, que é exercido por grupo de homens, em comitês (exemplo: URSS e Suíça); e d) Dual, que é próprio do parlamentarismo, havendo um chefe de Estado e um Conselho de Ministros (chefia o governo).
 2.1 SISTEMAS DE GOVERNO
	Os sistemas de governo são fórmulas concebidas para identificar o grau de independência ou dependência no relacionamento entre os Poderes Executivo e Legislativo no exercício das funções governamentais. Isto é, consistem os sistemas de governo em mecanismos que revelam as relações entre os Poderes Executivo e Legislativo. Num regime de total independência política entre os aludidos poderes, há o sistema presidencial; porém, num regime de relativa dependência ou vinculação política, há o sistema parlamentar.
2.2 PARLAMENTARISMO
	O parlamentarismo teve origem na Inglaterra, no século XVII, em razão do sucesso da Revolução Gloriosa que consagrou a monarquia constitucional naquele país, com a supremacia do Parlamento e a limitação do poder do Rei. Nesse sistema de governo destaca-se a figura do Parlamento como força de dominação política, a ao qual o próprio Governo passa politicamente a depender.
Conquanto originado após a revolução gloriosa do século XVII, o parlamentarismo resultou de uma longa experiência histórica que se iniciou no século XIII, com o surgimento do Parlamento. Com o tempo, outros elementos típicos do parlamentarismo foram surgindo, como: a confiança e responsabilidade política do Governo perante o Parlamento; a necessidade de aprovação, gerando, assim, o seguinte encadeamento de responsabilidades: a responsabilidade do Governo perante o Parlamento e a deste perante o povo.
O núcleo fundamental do sistema parlamentarista reside exatamente na distinção, no âmbito do Poder Executivo, entre as funções de chefia de Estado e chefia de Governo, e na dependência do Governo (Executivo) ao Parlamento (Legislativo). E também na formação do Governo por membros do Parlamento; e na possibilidade da destituição do Governo mediante voto de desconfiança aprovado pelo Parlamento.
Desse modo, é essencial haver uma harmonia entre o Governo (Executivo) e a maioria do Parlamento (Legislativo), garantida pela ampla participação dos líderes dos partidos vitoriosos na Câmara no Governo. Ou seja, a maioria do Parlamento passa a compor o substituído por um novo Governo formado por uma nova maioria parlamentar.
Do ponto de vista histórico, é um sistema típico das Monarquias constitucionais. E combina muito bem com a República, sendo adotado na maioria das Repúblicas europeias. Nesse sistema, o Poder Executivo está dividido entre um chefe de Estado (o Monarca, nas Monarquias) e Presidente (nas Repúblicas). O Governo é exercido pelo Conselho de Ministros, cujo chefe, o Primeiro Ministro, é indicado (ou nomeado) pelo Presidente da República ou Monarca, a partir da maioria parlamentar. A investidura do chefe de Governo, bem como a sua permanência no cargo, dependem da confiança do Parlamento. A aprovação do Primeiro-Ministro e do Gabinete se dá pela aprovação de um plano de governo, com o que a Câmara acaba assumindo responsabilidade de governo. O Governo é responsável perante o Parlamento (Câmara dos comuns), o que significa que o Governo depende do seu apoio e confiança para governar. O Parlamento é responsável perante os eleitores, de sorte que a responsabilidade política se realiza do Governo para com o Parlamento e deste para com o povo. Se o Parlamento desaprova o Governo, este cai, porque não tem mandato, nem investidura a tempo certo, mas investidura de confiança. Todavia, é possível que aconteça no contrário, pois em vez da queda do Governo que perdeu a confiança do Parlamento, pode-se apurar a confiança do povo relativamente ao Parlamento, e então se utiliza o mecanismo de dissolução da Câmara (Parlamento), convocando-os.
O parlamentarismo, não é um sistema de governo invariável. Ele pode assumir peculiaridades, razão por que muitos teóricos distinguem entre o parlamentarismo clássico ou puro (tal como adotado na Inglaterra), e parlamentarismo híbrido (o que, por sua vez também assume distintas formas). Podemos citar, por exemplo, os distintos sistemas parlamentaristas adotados na França e na Itália. Na França, como a atual Constituição de 1958, após a reforma de 1962, o Presidente da República é eleito diretamente pelo povo. Enquanto na Itália, em face de sua atual Constituição de 1947, o Presidente é escolhido pelo Parlamento.
3 PRESIDENCIALISMO:
O presidencialismo se originou nos EUA, com a Constituição de 1787, motivado pela ideia da consagração de um Executivo independente do Legislativo. Assim, ficaria superada a dualidade entre chefia de Estado e chefia de Governo, tal como era adotada no parlamentarismo britânico colonizador. As duas chefias passariam a ser exercidas pelo Presidente da República, consolidando-se um Executivo monocrático, cujas funções seriamexercidas por um cidadão eleito, e não por um monarca hereditário.
Esse sistema é comumente adotado nas Repúblicas, onde o Presidente da República exerce o Poder Executivo em sua totalidade, concentrando as funções próprias do Executivo, quais sejam as de chefia de Estado, chefia de Governo e chefia da Administração Pública. O Presidente passa a ter mandado por tempo fixo, razão por que não há necessidade de depender da confiança do Poder Legislativo, nem para a sua investidura, nem para o exercício do governo, nem para a permanência no poder.
O Poder Legislativo não se confunde com o parlamento e seus membros são eleitos para um mandato fixo, ficando a salvo de tentativa de dissolução. Também é importe ressaltar que o presidencialismo pode assumir diferentes formas, o que leva os autores a classificar entre um presidencialismo puro (como nós EUA) e um presidencialismo híbrido (onde há a possibilidade de o legislativo participar, de alguma forma, do governo).
3.1 O Poder Executivo no Brasil e o Presidente da República:
O sistema presidencialista é de nossa tradição republicana, adotado desde a instauração da República em 1889. No entanto, houve uma rápida experiência parlamentarista no Brasil, tanto no Império como no período Republicano. No Império, muito embora não tivesse a carta de 1824 adotando formalmente o parlamentarismo, o sistema de governo acabou sendo posto em prática por razões políticas.
O parlamentarismo no Brasil provém da época da regência de Feijó (1835-1837), que caiu em razão da grande oposição que lhe foi feita pelo Deputado Bernardo de Vasconcelos. Com a queda de Feijó, assumiu a regência Araújo Lima, que adotou a técnica de convidar o chefe de Governo entre aqueles políticos que lideravam o partido majoritário na Câmara dos Deputados. Tal situação se consolidou com a criação, em 1847, do cargo de primeiro-ministro, por Decreto de 20 de julho. Porém a experiência parlamentarista no Império se encerra em 1889, com a proclamação da República.
Em face da constituição de 1988, o Poder Executivo no Brasil é exercido na sua plenitude pelo Presidente da República, que concentra todas as suas funções, abrangentes da chefia de Estado, de Governo e de Administração. Consagrou-se entre nós, um Executivo monocrático, na medida em que todas as suas funções são exercidas por uma só pessoa, que não depende da confirmação do Congresso Nacional para ser investido no cargo nem para nele permanecer, pois é eleito para um mandato fixo de 4 (quatro) anos.
No exercício do Poder Executivo, o Presidente é apenas auxiliado pelos Ministros de Estado, que são pessoas de sua confiança e a ele subordinados, que pode nomeá-los e exonerá-los livremente. Em razão da forma federativa de Estado, O Poder Executivo nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios é exercido, respectivamente e na linha do sistema presidencialista de governo, pelos Governadores e Prefeitos, que também concentram as funções atinentes a esse poder no âmbito de seus domínios e competências.
3.2 Eleição do Presidente da República
O Presidente e o Vice-Presidente da República são eleitos pelo sistema eleitoral majoritário, pelo qual se sagra vencedor aquele candidato que obtiver maior quantidade de votos, segundo o procedimento fixado na Constituição Federal. A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado, vale dizer que o eleitor ao votar para Presidente, estará na realidade votando na dupla de candidatos (que não precisam pertencer ao mesmo partido).
O Presidente da República é eleito simultaneamente com um Vice-Presidente, por meio de sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, em eleição realizada no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver necessidade desde, do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente (art.78), para mandato de quatro anos, permitida a reeleição para o único período subsequente (art. 14 , parágrafo 5).
Não há um limite de vezes para que o mesmo cidadão seja eleito Presidente da República. O que a Constituição veda, em respeito ao princípio da temporalidade do mandato, marca da forma republicana de governo, é a possibilidade de mais de uma reeleição para períodos sequenciais (é possível uma reeleição para período sequencial, não duas). Assim, nada impede que um mesmo cidadão exerça a Presidência da República por três, quatro, ou mais vezes, desde que não exerça três mandados consecutivos.
São requisitos para a candidatura aos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República:
a) - Ser brasileiro nato;
b) - Estar no pleno gozo dos direitos políticos;
c) - Possuir alistamento eleitoral;
d) - Possuir filiação partidária;
e) - Possuir idade mínima de trinta e cinco anos;
f) - Não ser inelegível (inalistável, analfabeto, mais de uma reeleição para período subsequente e inelegibilidade por parentesco, na forma do artigo 14 parágrafos 4, 5 e 7).
Esses requisitos de elegibilidade para o Presidente da República aplicam-se, igualmente, ao Vice-Presidente, porquanto a eleição desde depende da eleição daquele. Dentre esses requisitos, destacamos a exigência de que os candidatos tenham filiação partidária, significando que no Brasil não se admite a figura da candidatura avulsa ou autônoma, desvinculada de partido político.
Será considerado eleito Presidente o candidato que registrado por partido político que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. Se nenhum candidato obtiver a maioria absoluta na primeira votação, realizada no primeiro domingo de outubro, far-se-á nova eleição, no último domingo desse mês, na qual concorrerão os dois candidatos mais votados, hipótese em que será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos (essa maioria obtida no segundo turno representa, automaticamente, a maioria dos votos válidos).
Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á entre os remanescentes, o de maior votação. Em qualquer caso, se houver empatar entre os candidatos que figurarem em segundo lugar na disputa, qualificar-se- á o mais idoso. Situação distinta ocorre quando o candidato eleito para o cargo de Presidente morre após a sua eleição, mas antes da expedição do respectivo diploma. Nesse caso, o Vice-Presidente será eleito, com direito subjetivo ao exercício de todo o mandato de chefe do executivo, haja vista que no escrutínio ocorre, na realidade, a eleição simultânea dos dois candidatos. 
A posse do Presidente e do Vice-Presidente da república ocorre no dia 1 de Janeiro, em sessão conjunta do Congresso Nacional, na qual devem prestar o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil (art. 78).
Porém, se decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente não tiver assumido o cargo, será declarado vago, salvo por motivo de força maior que justifique a ausência (art. 78, parágrafo único). Nota-se que, nessa situação de ausência impeditiva da posse expirada o prazo de dez dias, o cargo só será declarado vago se não comparecem, sem motivo de força maior, os dois candidatos. Se apenas o candidato à vice-presidente não comparecer, sem motivo de força maior, o candidato a presidente tomará posse e exercerá integralmente o mandato sem vice- presidente. Caso o candidato a Presidente não compareça, sem motivo de força maior, o candidato eleito como vice assumirá a presidência e exercerá integralmente o mandato também sem vice-presidente. Se, por motivo de força maior, o candidato à vice não comparecer, o candidato a presidente tomará posse e governará sem vice, até que cessem os motivos excepcionais e o vice seja empossado. Na hipótese de por motivo de força maior, o candidato à presidência não comparecer o candidato a vice assumirá a presidência, mas temporariamente , até que ocorraa cessação dos motivos excepcionais e o candidato a presidente possa ser empossado. Por fim, se houver motivo de força maior que impeça a posse de ambos, está terá que ser adiada para além dos dez Dias da data inicialmente fixada para a posse, até que pelo menos um dos dois tenha a possibilidade de ser empossado. O mandato presidencial é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição (art.82), sendo permitida uma única reeleição para o período subsequente (art.14 parágrafo).
3.3 Atribuições do Presidente da República
	A Constituição estabele, no art 84, em rol não taxativo, as principais atribuições privativas do Presidente da República, envolvendo tanto aquelas concernentes á chefia de Estado, como á chefia de Governo e chefia da Administração Pública. São atribuições privativas do Presidente da República atinentes á chefia de Estado as seguintes;
· Manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
· Celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
· Convocar e presidir o Conselho de Defesa Nacional;
· Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores;
· Nomear, observado o disposto no art.73, os Ministro do Tribunal de Contas da União;
· Nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição;
· Declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e nas mesmas condições, decretar total ou parcialmente, a mobilização nacional;
· Celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
· Conferir condecorações e distinções honoríficas;
· Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
	São atribuições privativas do Presidente da República relacionadas á chefia de Governo as seguintes:
· Nomear e exonerar os Ministros de Estado;
· Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
· Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
· Vetar projetos de lei, total ou parcialmente:
· Decretar e executar a intervenção federal;
· Remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;
· Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
· Exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
· Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Governadores de Territórios , o Procurador- Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
· Nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, Vll;
· Convocar e presidir o Conselho da República;
· Enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nestas Constituição;
· Prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
· Editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art.62
· Nomear o Advogado – Geral da União;
	São atribuições privativas do Presidente da República referentes á chefia de Administração Pública as seguintes:
· Exercer com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da Administração federal;
· Dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
· Prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.
3.4 Responsabilidade do Presidente da República
Como tivemos a oportunidade de acentuar no item próprio, o Poder Legislativo desempenha duas importantes funções: a legislativa e a de fiscalização (controle e investigação). Dentre as funções de controle, destaca-se a de processar e julgar o Presidente da República por crime de reponsabilidade, por meio de um processo político-constitucional, que pode levar ao seu impeachment, que o grande Ruy Barbosa denominou de “julgamento político”.
O impeachment, na verdade, é uma medida de cunho essencialmente política destinada a impedir que determinadas autoridades permaneçam nos seus respectivos cargos públicos, onde a sua ação prejudicaria os interesses do País. Surgiu, assim, como uma necessidade de impedir que os representantes do Poder Executivo ultrapassem o âmbito regular de suas atividades. É uma criação inglesa, nascida em 1376 com Eduardo III. Através dessa instituição, a Câmara dos Comuns acusava os Ministros do Rei por crime ou mau procedimento no exercício de suas funções, perante a Câmara dos Lords, que os julgava. No sistema político inglês, o impeachment podia incidir sobre qualquer súdito, admitindo penas políticas, civis e criminais. Entre os casos de impeachment registrados na história da Inglaterra, destacam-se os de Latmer e Neville, em 1376; o de Pole, em 1386; e os e Bacon e Mompesson em 1621. O mais notável, entretanto foi à tentativa de impeachment contra o Duque de Buckingham, poderoso ministro de Carlos I. Outros casos registrados são os de Conde de Strafford em 1640; e dos ministros reais Warren Hastings, em 1787 e Lorde Melville em 1805. Daí por diante, o impeachment foi lentamente caindo em desuso e, com o desenvolvimento do sistema parlamentar, foi sendo substituído pela moção de responsabilidade.
Os EUA herdaram da Inglaterra essa instituição. Constituições de Estados e a própria Constituição Federal o consagraram, embora restringindo o processo aos funcionários civis, admitindo apenas penas administrativas (perda do cargo e inabilitação para exercer outro) sem prejuízo das penas civis e criminais. No Brasil, o impeachment foi previsto em todas as Constituições, encontrando-se, atualmente, bem delineado no art. 52, I e II, e parágrafo único; e nos artigos 85 e 86 da Constituição de 1988.
No sistema presidencial de governo, a responsabilidade do Presidente da República é a regra. Seguindo esse passo, a Constituição Federal de 1988 prevê dois tipos de responsabilidade do Presidente da República: uma responsabilidade política e uma responsabilidade penal. A responsabilidade política abrange os crimes de responsabilidade, que são infrações de natureza político-administrativa, que podem levar ao impeachment do Presidente da República, com a perda do cargo e a inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, como já ocorreu entre nós no caso Fernando Collor e Dilma Russef.
Já a responsabilidade penal compreende as infrações penais comuns (crimes comuns ou contravenções penais) previstas no Código Penal e na lei penal especial, que podem acarretar na aplicação de penas privativas de liberdade, restritivas de direitos ou de multa. A Constituição considera como crimes e responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: (I) a existência da União; (II) o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; (III) o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; (IV) a segurança interna do País; (V) a probidade na administração; (VI) a lei orçamentária; (VII) o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Esses crimes de responsabilidade devem ser definidos em lei especial, de competência da União, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. E a Lei 1.079/50, que foi recepcionada em grande parte pela Constituição de 1988, dispõe dessescrimes.
Nos crimes de responsabilidade, o Presidente da República será processado e julgado pelo Senado Federal, depois de admitida a acusação contra ele, por dois terços da Câmara dos Deputados. A Câmara dos Deputados desempenha um papel relevante na arquitetura do processo por crime de responsabilidade do Presidente da República, uma vez que é a casa legislativa que recepciona a acusação contra o Presidente e decide acerca de sua admissibilidade ou não, autorizando ou não o Senado à instauração do processo de impeachment. Desse modo, compete a Câmara autorizar ou não a instauração do processo (condição de procedibilidade). Não tem a Câmara, portanto, competência para formular nenhum juízo de valor sobre a procedência ou não da acusação. Pode a Câmara autorizar a abertura do processo, mas quem condenação ou absolve, emitindo juízo de procedência ou não da acusação, é o Senado.
Conforme a Lei nº 1.079/50, qualquer cidadão pode acusar o Presidente da República, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. Para tanto, basta que a formalize em petição por escrito, assinada pelo próprio denunciante com a firma reconhecida, acompanhada dos documentos necessários à comprovação dos crimes, ou da declaração de impossibilidade de apresenta-los, com a indicação do local com possam ser encontrados. Recebida a acusação pelo Presidente da Câmara, será ela lida no expediente da sessão seguinte, ocasião em que será constituída uma comissão especial eleita, composta por Deputados, e observada à representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa, para que a acusação se manifestar mediante parecer. É importante ressaltar que o STF (Supremo Tribunal Federal), no julgamento da ADPF 378 (sessão plenária de 14.12.2015.), firmou o entendimento de que, na formação dessa comissão especial, cabe aos líderes dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Câmara, a indicação de seus representantes, não se admitindo candidaturas avulsas (a partir da criação de chapas paralelas e a em oposição à formada por indicação dos líderes) nem eleição pelo plenário da Câmara. 
Para o STF, a indicação dos representantes partidários ou dos blocos parlamentares compete aos líderes. Não há votação do plenário da Casa para escolha dos membros das comissões. Assim, não cabe ao plenário da Câmara escolher os representantes dos partidos ou blocos parlamentares, de modo que os nomes dos partidos não podem ser escolhidos de fora pra dentro, pois isso ofenderia a autonomia partidária. O que pode haver, naturalmente, é disputa dentro do próprio partido, com eleições internas. Porém, não pode o Plenário escolher os nomes do partido. O que seria possível, sem destoar da interpretação dada pela Corte, é que casa líder indique os representantes de seu partido ou bloco para, em seguida, essa chapa única ser aprovada pelo Plenário da Câmara, em votação aberta e meramente simbólica, limitada, portanto, a apenas confirmar ou não as indicações feitas pelos líderes dos partidos ou blocos, sem possibilitar a abertura para candidaturas ou chapas avulsas.
Constituída a comissão especial, deve ser assegurado ao Presidente da República o direito de defesa, para ser exercido no prazo de dez sessões (RI/CD, art. 218 § 4º), tal como ocorreu no caso Collor (MS 21.564, Rel. para o acórdão Min. Carlos Velloso). Assim, à luz da Constituição de 1988, os papeis da Câmara dos deputados e do Senado Federal, no processo de impeachment do Presidente da República, estão bem definidos. Compete à Câmara autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente” (CF, art. 51, I). E ao Senado, processar e julgar o Presidente da República (CF, art. 52, I).
	Questiona-se se, autorizada a instauração do processo de impeachment pela Câmara, o Sendo estaria obrigado a instaurar o processo. A esse respeito, decidiu o Supremo Tribunal Federal, o julgamento da ADPF 378 (sessão plenária de 17.12.2015), que ainda que admitida a acusação contra o Presidente pela Câmara dos Deputados e autorizada à instauração do processo, o Senado não está obrigado a instaurar o processo de impeachment contra o Presidente da República. Segundo o Supremo, que julgou parcialmente procedente a ADPF 378 – que discutia a validade de dispositivos da Lei 1.079/1950 que regulamentam o processo de impeachment de presidente de República -, a deliberação da Câmara dos Deputados, que admite a acusação contra o Presidente por dois terços de seus membros, não vincula o Senado a processar o Presidente, cumprindo a esta casa legislativa decidir, por maioria simples, pela não instauração do Processo de impeachment.
	Já nas infrações penais comuns, o Presidente da República será processado e julgado pelo Supremo Tribunal Federal, também depois de admitida a acusação contra o ele, por dois terços da Câmara dos Deputados. Entretanto, mesmo que admitida pela Câmara a acusação contra o Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal não está obrigado a receber a ação penal contra ele proposta, tendo em vista que a Corte agirá como Tribunal Judicial e não político, ficando vinculado, não à deliberação positiva da Câmara, mas à ordem jurídica que delimita o poder acusatório do Estado pela prática de infração penal comum.
	De acordo com a Constituição, o Presidente ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias:
I – nas infrações penais comuns, se recebida à denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; e
II – nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
	Todavia, se decorrido o prazo de centro e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente que retornará ao cargo, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. No processo e julgamento do Presidente da República por crime de responsabilidade, o Senado Federal será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. Se absolvido, o processo será arquivado.
	O processo e julgamento perante o STF seguirão os termos da legislação penal e processual penal, podendo o Presidente ser condenado ou absolvido. Se absolvido, arquiva-se o processo. Se condenando, além de sua sujeição à pena imposta (privativa de liberdade; restritiva de direito ou multa), pode perder o cargo por determinação da própria sentença (efeito específico da condenação, conforme o código penal, art. 92, I) ou pela suspensão de direitos políticos (CF, art. 15, III). De qualquer forma, devem ser asseguradas ao Presidente da República as garantias constitucionais, em especial o contraditório e a ampla defesa.
3.5 Prerrogativas do Presidente da República
	O Presidente da República goza de importantes prerrogativas funcionais, decorrentes de sua condição como chefe de Estado. Por essa razão, tais prerrogativas não se estendem aos governadores dos Estados, que, institucionalmente, não a possuem. A primeira prerrogativa consiste na imunidade à prisão cautelar. Assim, não pode o Presidente da República ser preso enquanto não sobrevier sentença penal condenatória, nas infrações comuns (art. 86, § 3º). Cuida-se de uma importante prerrogativa funcional conferida pela Constituição Federal exclusivamente ao Presidente da República que será imune a qualquer prisão (flagrante, preventiva ou temporária) enquanto não for condenado por infração penal comum.
	A segunda prerrogativa consiste na imunidade temporária à persecução penal, de modo que, na vigência de seu mandato, o Presidente da República não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções (art. 86, § 4º). Essa prerrogativa, todavia, não é absoluta, pois está limitada à responsabilidade penal e aos crimes estranhos ao exercício da função. Por conseguinte, o Presidentesó pode ser processado e julgado no STF por infração penal relacionada ao exercício de suas funções, não pode o Presidente ser processado enquanto estiver no mandato, só depois de cessado o mandado. Interessante, a propósito, a seguinte decisão do STF:
“O que o art. 86, §4º, confere ao Presidente da República não é imunidade penal, mas imunidade temporária à persecução penal: nele não se prescreve que o Presidente é irresponsável por crimes não funcionais praticados no curso do mandato, mas apena que, por tais crimes, não poderá ser responsabilizado, enquanto não cesse a investidura na presidência. Da impossibilidade, segundo o art. 86, § 4º, de que, enquanto dure o mandato, tenha curso ou se instaure processo penal contra o Presidente da República por crimes não funcionais, decorre que, se o fato é anterior à sua investidura, o Supremo Tribunal não será originariamente competente para a ação penal, nem consequentemente para o habeas corpus por falta de justa causa para o curso futuro do processo. Na questão similar do impedimento temporário à persecução penal do Congressista, quando não concedida a licença para o processo, o STF já extraíra, antes que a Constituição o tornasse expresso, a suspensão do curso da prescrição, até a extinção do mandato parlamentar: deixa-se, no entanto, de dar força de decisão à aplicabilidade, no caso da mesma solução, à falta de competência do Tribunal para, neste momento, decidir a respeito” (HC 83.154, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Julgamento em 11-9-03, DJ de 21-11-03).
3.6 Auxiliares do Presidente da República
	No sistema parlamentarista de governo, os Ministros de Estado são responsáveis pela direção superior da vida política nacional, governando o país com a colaboração do parlamento (Poder Legislativo). Desse modo, no parlamentarismo, os Ministro de Estado são os próprios governantes, exercendo o Poder Executivo a partir de um Conselho de Ministros, ou Gabinete, que integram, liderados pelo Premier ou Primeiro Ministro. Nesse sistema de governo, o Presidente da República exerce tão somente a função de chefia de Estado.
	Todavia, no sistema presidencialista de governo, os Ministros de Estado são meros auxiliares do Presidente da República no exercício das funções do Poder Executivo. Confirma o art. 76 da Constituição brasileira, ao afirmar que o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Portanto, no presidencialismo adotado na Constituição de 1988, quem governa o País é o Presidente da República, que concentra todas as funções do Poder Executivo (Chefia de Estado, Governo e Administração). Os Ministros são apenas colaboradores do Presidente, a quem auxiliam na direção do governo federal.
	Em face da Constituição de 1988, os Ministros de Estado são livremente nomeados e exonerados pelo Presidente da República, não dependendo a sua investidura de qualquer autorização parlamentar. A Constituição fez a opção de não submeter à nomeação dos Ministros de Estado à prévia aprovação do Congresso Nacional, ao contrário de outros países. No EUA, por exemplo, a nomeação dos Ministros de Estado depende da prévia aprovação do Congresso. Mas essa dependência do Congresso não retira do Presidente da República o poder de dirigir a Nação, tampouco atribui aos Ministros de Estado o poder de governas o país. É histórico o episódio que envolve o Presidente Lincoln, que reuniu todos os seus Secretários de Estado (são os Ministros) que se manifestaram contra a sua opinião. Ele concluiu o debate com as seguintes palavras: “sete não e um sim; o sim prevalece”.
	Os Ministros de Estado escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Contudo, tratando-se de Ministro de Estado da Defesa, é necessário que seja brasileiro nato, por força do art. 12, § 3º, VII, da Constituição. Além de outras atribuições estabelecidas na Constituição e na lei compete aos Ministros de Estado, sempre subordinados funcionalmente ao Presidente da República, exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República; expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; e praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
	Entretanto, a competência do Ministro para referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República, apesar de gerar uma corresponsabilidade político-administrativa dos Ministros de Estado, não se qualifica com requisito indispensável de validade dos atos e decretos presidenciais. Somente a lei pode dispor sobre a criação e extinção de Ministérios de Estado e demais órgãos da administração pública. Cada Ministério será criado com as atribuições concernentes à sua área de atuação (Educação, Saúde, Defesa, Planejamento, Minas e Energia, Meio Ambiente, etc.), que devem ser fixadas por lei. Porém, pode o Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos (CF/88, art. 84, VI).
3.7 Órgãos de Consulta do Presidente da República
	A constituição de 1988 criou os chamados órgãos de consulta do Presidente da República para determinados assuntos considerados relevantes. Entre esses órgãos figuram o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, previstos, respectivamente, nos artigos 89 e 91.
3.7.1 Conselho da República
	O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República e a ele compete pronunciar-se sobre: (I) intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio, e (II) as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. Comete ao Presidente da República convocar o Conselho diante dos assuntos que lhe cabem manifestação. Porém, enquanto seja obrigatório o pronunciamento do Conselho nos temas que a Constituição indica sua manifestação não é vinculante para o Presidente da República, que pode, inclusive, adotar providência diversa daquela sugerida.
	Participam do Conselho da República: (I) o Vice-Presidente da República; (II) Presidente da Câmara dos Deputados; (III) o Presidente do Senado Federal; (IV) os líderes da maioria e minoria na Câmara dos Deputados; (V) os líderes da maioria e minoria do Senado Federal; (VI) o Ministro da Justiça; (VII) cidadãos brasileiros nato, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
	Todavia, o Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério. A Lei federal nº 8.041/90 disciplinou a organização e o funcionamento do Conselho da República.
3.7.2 Conselho de Defesa Nacional
	O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático. Embora este órgão disponha de competência para aconselhar o Presidente da República em assuntos internos, relacionado à defesa do Estado Democrático e à preservação das instituições democráticas, a sua maior tarefa é orientar o Presidente em assuntos externos, relacionados à defesa da pátria. Aliás, essa é a maior razão da participação no referido Conselho dos Ministros de Estado da Defesa e das Relações Exteriores, e dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
	Há pontos comuns entre o Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República, em relação à competência. Isto porque, ambos os órgãos de consulta manifestam-se no aconselhamento do Presidente da República sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervençãofederal. Entretanto, cumpre apenas ao Conselho de Defesa Nacional opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz; propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre o seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; e estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
	Compete ao Presidente da República convocar o Conselho diante dos assuntos que lhe cabem manifestação. Porém, conquanto seja obrigatório o pronunciamento do Conselho nos temas que a Constituição indica, sua manifestação não é vinculante para o Presidente da República, que pode, inclusive, adotar providência diversa daquela sugerida.
	Participam do Conselho de Defesa Nacional, como membros natos: o Vice-Presidente da República; o Presidente da Câmara dos Deputados; o Presidente do Senado Federal; o Ministro da Justiça; o Ministro de Estado da Defesa; o Ministro das Relações Exteriores; o Ministro do Planejamento; e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. A Lei federal nº 8.193/91 disciplinou a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ante todo o exposto, pode-se concluir que o presente trabalho tratou da apresentação e análise no que se refere ao Poder Executivo brasileiro levando em consideração aquilo que em está em seu domínio, bem como as sua competência e atribuições legais.
Nesse contexto, é importante ressaltar que nossa Constituição, expressamente adotou o presidencialismo, proclamando a junção das funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, a serem realizadas pelo Presidente da Republica, prevendo-as no art. 84° da Constituição Federal. Chefe de Estado, o presidente representa, pois nas suas relações internacionais (art. 84 VII e VIII, XIX), bem como corporifica a unidade interna do Estado. Chefe de Governo, a função presidencial corresponde a representação interna, na gerencia dos negócios internos, tanto os de natureza política (participação no processo legislativo), como nos de natureza eminentemente administrativo (art. 84 I,II,III, IV, V, VI, IX, XXVII).  Assim, o Chefe de Governo exercera a liderança da política nacional, pela orientação das decisões gerais e pela direção da maquina administrativa.
Em suma, o presente artigo amparado nos artigos 78°, 84° e 86° da doutrina constitucionalista, fez uma breve exposição do que contempla o Poder Executivo.
Referencias
https://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/humanas/direito/o-poder-executivo/

Continue navegando