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PAM ERGONOMIA 01 – Principais Conceitos de Ergonomia. 1. Os conceitos e as classificações da ergonomia já consagrados e compartilhados entre a International Ergonomics Association (IEA) e a Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo) revelam que se trata de uma ciência multidisciplinar. Como ela é classificada quanto aos seus domínios de especialização? R: Ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional. 2. A corrente anglo-saxônica ou clássica, foi impulsionada pelo movimento denominado administração científica, o qual surgiu a partir da observação dos operários nas suas atividades laborais e estabeleceu métodos baseados na divisão do tempo e das tarefas em série de acordo com determinada linha de produção. Qual é o principal representante dessa corrente teórica da ergonomia? R: O engenheiro Frederick Winslow Taylor. 3. Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa se empenhou em reconstruir numerosas e amplas áreas industriais e residenciais, o que constituiu uma grande demanda para a atuação da ergonomia. Na França, de modo geral, o direcionamento não foi influenciado diretamente pela indústria bélica, como se sucedeu nos Estados Unidos. Com base em quais aspectos a ergonomia francesa do pós-guerra fundou-se? R: A ergonomia francesa do pós-guerra fundou-se sobre o estudo e a observação das situações reais. 4. Na ergonomia contemporânea, são observadas e respeitadas as individualidades do trabalhador e as normas do grupo com vistas a um maior envolvimento dos usuários nas decisões relativas às suas tarefas. Os denominados grupos autônomos, recomendados no sistema produtivo atual, podem ser caracterizados como: R: pequenas equipes de trabalho que substituem as linhas de produção em série nas fábricas. 5. As áreas de atuação estabelecidas na NR n.º 17 do Ministério do Trabalho configuram um amplo panorama de atuação para os ergonomistas. Uma dessas áreas de atuação engloba os estudos espaciais ou arquiteturais, que se referem a: R: aeração, insolação e isolamento acústico e térmico, áreas de circulação e leiaute de instalações das estações de trabalho, e ambiência gráfica e cores. 02 - Área de Conhecimento Relacionada a Ergonomia 1. Aprendemos que a ergonomia está presente na história da humanidade desde a pré-história, quando o homem adaptava as suas ferramentas com o objetivo de tornar o desempenho das suas tarefas mais eficiente. Contudo, a disciplina científica denominada foi oficializada somente depois por uma associação de pesquisadores. A quem é atribuída a adoção da palavra ergonomia e qual é a data de formalização dessa disciplina? R: A palavra ergonomia foi proposta e adotada pela Ergonomic Research Society a partir de 1950. 2. A ergonomia tem aplicações e atuações em campos multidisciplinares, de modo a envolver várias áreas do conhecimento. O seu objetivo primordial é o compartilhado de forma consensual por todas as associações da área, sejam elas nacionais ou internacionais. Em síntese, qual é esse objetivo? R: Adaptar o trabalho ao ser humano, de forma a respeitar as características físicas e psíquicas do indivíduo. 3. A ergonomia é uma disciplina útil, prática e com aplicações em diversos setores da vida. Os conhecimentos obtidos por meio dos estudos e das pesquisas na área viabilizam a sua aplicação prática no mundo do trabalho e na esfera cotidiana que abarca todos nós. Considerando uma situação ideal, como deve ocorrer a sua aplicação? R: Em uma situação ideal, a ergonomia deve ser aplicada desde as etapas iniciais do projeto de qualquer máquina, sistema, ambiente ou local de trabalho. 4. Um importante setor da economia brasileira envolve um grande contingente de mão de obra e apresenta sérios problemas à aplicação de um sistema ergonômico eficiente e igualitário, o qual pode ser consideravelmente aperfeiçoado com a aplicação da ergonomia. Esse setor concentra a maior parte dos trabalhos mais árduos e perigosos, máquinas — em sua maioria pesadas e rudimentares —, além de inúmeros acidentes de trabalho. Que setor é esse? R: Setor de construção civil. 5. Uma das aplicações da ergonomia extrapola os limites restritos do trabalho formal e está presente no cotidiano de todos nós: a ergonomia doméstica. Inúmeras tarefas envolvem o cotidiano dos usuários, como cozinhar, limpar, transportar e utilizar mobiliários diversos, de modo que o número de acidentes é significativo e quase sempre se relaciona à inadequação dos equipamentos ou do espaço físico. Com relação à aplicação da ergonomia no espaço físico residencial, podemos destacar os seguintes cuidados: R: conforto ambiental (iluminação, ventilação, acústica), desníveis, degraus desnecessários e materiais antiderrapantes. 03 – Relação entre as Dimensões do Homem, Mobiliário e Equipamentos 1. A funcionalidade e a percepção humana de um determinado ambiente são intermediadas pelo tamanho e pela proporção deste espaço. As relações de escala física definem diferentes comportamentos humanos, transmitindo sensações diferentes em espaços restritos e em espaços amplos. No contexto do ambiente físico, como podem ser classificadas as escalas? R: Em relação ao ambiente físico, as escalas podem ser definidas em quatro níveis: Nível 1 – Microambiente Nível 2 – Mesoambiente Nível 3 – Macroambiente Nível 4 – Ambiente global 2. A NBR 15.575 (Edificações habitacionais – desempenho), publicada em 2013, define níveis mínimos de desempenho para qualquer edificação de uso habitacional. Em sua parte 1, "requisitos gerais", a norma apresenta uma lista de requisitos do usuário. Qual destes requisitos define os parâmetros dimensionais e quais são esses parâmetros? R: O requisito "habitabilidade", no item "funcionalidade e acessibilidade", estabelece os parâmetros dimensionais. São eles: altura mínima de pé-direito, disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação, adequação para pessoas com deficiência física ou pessoas com mobilidade reduzida e possibilidade de ampliação da unidade habitacional. 3. A NBR 15.575 apresenta como condição mínima a necessidade de considerar a dimensão mobiliário/equipamento e ainda o seu espaço de uso. No anexo “Dimensões mínimas e organização funcional dos espaços”, qual é o mobiliário mínimo exigido para o dormitório de casal e quais são as suas dimensões mínimas? R: A NBR 15.575 determina que o mobiliário mínimo para o dormitório de casal seja: uma cama de casal (1,40 x 1,90 m), dois criados-mudos (0,50 x 0,50 m) e um guarda- roupa (1,60 x 0,50). 4. Aspectos ergonômicos para o bom desempenho de tarefas na cozinha dizem respeito também ao posicionamento dos equipamentos. A triangulação é fortemente recomendada para garantir ergonomia aos usuários. Quais são os três equipamentos envolvidos nesse triângulo de trabalho? R: As três zonas de trabalho envolvidas na triangulação são: geladeira, pia e fogão. 5. Os espaços mínimos definidos pelas legislações municipais (Código de obras e edificações), aliados às dimensões mínimas de mobiliário e circulação estabelecidas na NBR 15.575, comprometem a usabilidade dos dormitórios. Nas avaliações de qualidade do dimensionamento dos espaços da habitação, qual afirmação corresponde às demandas dos usuários em relação à dimensão dos dormitórios? R: Nos espaços reduzidos dos dormitórios, as avaliações constatam falta de espaço para a movimentação necessária para as tarefas de arrumação e limpeza, comportar mobiliário e equipamentos para leitura, estudos e TV, colocação de poltronas para receber outras pessoas, acessar os armários e vestir-se/despir-se com conforto. 04 – Padrão de Medidas do Homem 1. Conforme você estudou, pode-se definir a antropologia como: “[...] o estudo do homem, buscando um enfoque totalizador que integre os aspectos culturais e biológicos, no presente e no passado, focalizando as relações entre o homeme o meio, entre o homem e a cultura e entre o homem com o homem” (SIQUEIRA, 2007). A antropologia se divide em dois grandes campos de estudo. Quais são esses campos e a qual deles pertence o domínio de conhecimentos da antropometria? R: Os campos de estudo da antropologia são a antropologia física ou biológica e a antropologia cultural. A antropometria é um domínio de conhecimento da antropologia física ou biológica. 2. Importante referência para arquitetos e estudantes de arquitetura, Ernest Neufert é o autor do clássico livro A arte de projetar em Arquitetura, de 1936. No capítulo introdutório, Neufert defende um princípio basilar para a antropometria e sua importância para a arquitetura. Qual é o teor desse princípio? R: A essência da obra de Neufert é a máxima do ‘ser humano como unidade de medida’. Devemos compreender as relações dimensionais do corpo humano e qual espaço ele necessita para se movimentar em várias posições. 3. Sabe-se que a gama de diversidade humana impõe um grande desafio à definição de um padrão antropométrico. As medidas antropométricas apresentam variações considerando vários aspectos; não há dois indivíduos idênticos. Em 1940, um arquiteto americano desenvolveu um criterioso estudo, a partir do qual definiu três tipos físicos básicos: o ectomorfo (tipo físico de formas alongadas, o mesomorfo (tipo físico musculoso, de formas angulosas) e o endomorfo (tipo físico de formas arredondadas e macias, com grandes depósitos de gordura). Como podem ser classificadas essas diferenças? R: Os três tipos físicos definidos dizem respeito às diferenças interindividuais. 4.Um clássico da bibliografia referencial em antropometria voltada à arquitetura é o livro Dimensionamento humano para espaços interiores, dos autores Julius Panero e Martin Zelnik. Com a amplitude de dimensões humanas contempladas pela antropometria, os autores destacam as dez dimensões mais importantes para conhecimento dos arquitetos e designers de interiores. Quais são elas? R: Altura, peso, altura quando sentado, comprimento nádegas-joelho e nádegas-sulco poplíteo, largura entre os cotovelos e entre os quadris em posição sentada, altura do sulco poplíteo, dos joelhos e espaço livre para as coxas. 5. As metodologias de cálculo antropométrico utilizam termos técnicos bem específicos, cabendo ao arquiteto interpretar os dados e aplicá-los nos projetos. Há uma terminologia importante que está presente em todas as tabelas e gráficos, denomina-se percentil. A expressão se relaciona à estatística descritiva, em que os percentis são as medidas da amostra ordenada em 100 partes, cada qual com uma porcentagem de dados aproximadamente igual. Os cálculos antropométricos optaram por excluir um percentual da população situada na extremidade inferior e outro percentual da extremidade superior dos gráficos. No caso específico da arquitetura, orienta-se trabalhar com a amplitude de 90% da população, que equivale aos dados: R: Limite inferior, refere-se ao valor do 5.º percentil; limite médio, refere-se ao valor do 50.º percentil; e limite superior, refere-se ao valor do 95.º percentil. 05 – Normas para Mobiliário 1. A expressão mobiliário relaciona-se a um conjunto de móveis ou mobília. Em geral, se associa à expressão a ideia de algo que pode ser transportado ou movido; a concepção oposta seria a de imóvel. Quanto à função a que se destina, como é possível identificar o conjunto de mobiliários? R: É possível classificar o conjunto de mobiliários em três âmbitos: residencial (destinado aos interiores domésticos), corporativo ou comercial (presente nos postos de trabalho, empresas e serviços) e urbano (equipamentos instalados em espaços públicos). 2) A maioria dos móveis consiste em peças unitárias ou individuais que permitem flexibilidade de arranjo, como: mesas, cadeiras, armários, aparadores, sofás, etc. Sabendo que há diferentes formas de produção de móveis, qual classificação pode ser atribuída a estes quanto aos aspectos produtivos? R: Quanto ao sistema de produção, os móveis podem ser classificados em: móveis isolados, móveis sob medida e móveis planejados. 3. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) disponibiliza uma vasta quantidade de normas para móveis, que estabelecem alguns critérios a serem aplicados a mobiliários. Em geral, qual é o escopo dessas normas? R: O escopo das normas técnicas, em geral, especifica as características físicas e dimensionais, classifica o referido mobiliário, estabelece os requisitos de segurança ergonômicos e define os métodos de ensaio para atendimento desses requisitos. 4) Em relação às cadeiras polivalentes (ou multiuso), Ching (2003) fornece as seguintes recomendações: “a altura do assento deve permitir que os pés possam repousar no piso; a profundidade do assento deve ser levemente menor do que o comprimento da coxa”. Qual é a dimensão padrão, considerada ideal para as cadeiras polivalentes? R: A dimensão ideal é: 41 cm de altura e 45 cm de profundidade. 5) Um importante aspecto a se respeitar no sistema mesa-assento, para efeito de projeto, é o espaçamento entre a superfície da bancada e o assento. A movimentação das pernas abaixo do tampo deve ser confortável em qualquer situação. Qual alternativa corresponde à dimensão adequada desse espaçamento? R: Aproximadamente 30 cm entre a altura do assento e da bancada.
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