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ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DAS DESORDENS PANCREÁTICAS NO MUNICÍPIO DE RECIFE (PE): ANÁLISE DA FAIXA ETÁRIA E SEXO DOS ÚLTIMOS 10 ANOS A pancreatite aguda é uma doença que pode levar a necroses, falência múltipla de órgãos e morte. Entre 2016 e 2017, o DATASUS registrou 30.032 internações e 1.551 óbitos por pancreatite, custando R$ 26 milhões aos cofres públicos brasileiros. A avaliação epidemiológica possui o propósito de gerar informação auxiliando na prevenção, moderação e tratamento das doenças, objetivando diminuir a quantidade de pacientes acometidos. Objetivo: Estudar o perfil epidemiológico das desordens pancreáticas no município de Recife (PE), relacionando a prevalência de casos de acordo com a faixa etária e sexo no período de 2010 a 2020. Metodologia: Os dados do perfil epidemiológico das desordens pancreáticas foram obtidos por meio de consulta à base de dados SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), disponibilizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no endereço eletrônico http://www.tabnet.datasus.gov.br. Os dados foram expressos como média ± E.P.M (Erro Padrão da Média). Os critérios de inclusão abrangeram todos os casos confirmados de desordens pancreáticas, registrados no SINAN, no período de 2010 a 2020 em Recife (PE), os quais foram analisados de acordo com as variáveis “faixa etária” e “sexo”. A análise estatística foi realizada empregando o teste t student, sendo as diferenças consideradas estatisticamente significativas quando P<0,05. Resultados: A presente pesquisa expõe dados expressivos de desordens pancreáticas no município de Recife (PE), no qual nos últimos 10 anos houve o acometimento de 954.359 homens e 924.033 mulheres. Nossos dados demonstram que a prevalência de pancreatite em Recife apresenta variações de acordo com a faixa etária, havendo menor quantidade de casos em crianças até 14 anos de idade (meninos: 11.902; meninas: 38.414), seguido de aumento do número de casos em indivíduos adultos, com faixa etária entre 20 a 59 anos (homens: 747.491; mulheres: 622.431), e redução progressiva da prevalência ao avançar da idade, a partir dos 60 anos (homens: 189.678; mulheres: 244.192). Os resultados deste estudo mostram que não houve diferença estatística significativa entre os sexos, em nenhuma faixa etária analisada. Conclusão: Conclui-se que há uma significativa prevalência de casos de pancreatite em Recife (PE), a qual não apresenta distinção de acometimento entre os sexos. A faixa etária mais prevalente (20 a 59 anos) possivelmente relaciona-se aos maus hábitos da vida adulta, tais como tabagismo, má alimentação rica em triglicerídeos e ingestão excessiva de bebida alcoólica, os quais são diretamente relacionados como os principais fatores predisponentes às desordens pancreáticas.
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