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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA

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Questões resolvidas

Desconcentração: Mera técnica administrativa de distribuição interna de competências mediante criação de órgãos públicos. Pressupõe a existência de apenas uma pessoa, pois os órgãos não possuem personalidade jurídica própria. Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa política ou uma entidade da administração indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura afim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa jurídica.

Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista: Como vimos no primeiro tópico, quando tratamos da organização administrativa enfocamos preponderantemente os órgãos e as entidades. Administração Direta é o conjunto de órgãos integrados na estrutura administrativa da União. Administração Indireta é o conjunto de entres que, vinculados (não subordinados) a um Ministério, prestam serviço público ou de interesse público. Possuem autonomia administrativa, operacional e financeira. É formada pessoas jurídicas criadas por lei específica e com personalidade jurídica e patrimônio próprio: Autarquia, Fundação Pública, Empresa Pública.

Desenvolve atividade atípica de Estado. Deve utilizar instrumentos de contratação como a licitação e o concurso público, sendo que o pessoal sujeitar-se ao regime celetista. É julgada pela Justiça Federal. Possui patrimônio próprio, porém são considerados bens públicos, e portanto, impenhoráveis e imprescritíveis. Está sujeita ao controle estatal. Exemplos: ECT - Empresa de Correios e Telégrafos, SERPRO, CEF- Caixa Econômica Federal

Sociedade de Economia Mista
a) Pessoa jurídica de Direito Privado. Autorizada por lei específica. Constituída sob a forma de sociedade anônima (sociedade por ações). Sob o controle majoritário da União ou de outra entidade da Administração indireta. Seu objetivo é a exploração de atividade econômica, independentemente das circunstâncias que justificam a criação da empresa pública. Recursos compostos por capital público e privado. Atividade atípica de Estado. Deve utilizar instrumentos de contratação como a licitação e o concurso público, sendo que o pessoal sujeitar-se ao regime celetista. Não há privilégios tributários. Está sujeita ao controle estatal. Julgada pela Justiça Estadual. Exemplos: Banco do Brasil, BASA - Banco da Amazônia, Petrobrás
b) Pessoa jurídica de Direito Público. Devem ter atividades essencialmente sociais. Natureza sem fim lucrativo. Os recursos são oriundos de contribuições parafiscais e/ou do Poder Público. Prestam contas para o Tribunal de Contas. Não gozam de privilégios administrativos nem processuais
c) O pessoal deve ter regime celetista. Não precisam fazer licitações. Exemplos: SESI, SESC, SENAI, SENAC

Qual é o objetivo principal da supervisão ministerial na área de competência do Ministro de Estado?

I - Assegurar a observância da legislação federal.
II - Promover a execução dos programas do Governo.
III - Fazer observar os princípios fundamentais enunciados no Título II.
IV - Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e harmonizar sua atuação com a dos demais Ministérios.
V - Avaliar o comportamento administrativo dos órgãos supervisionados e diligenciar no sentido de que estejam confiados a dirigentes capacitados.
VI - Proteger a administração dos órgãos supervisionados contra interferências e pressões ilegítimas.
VII - Fortalecer o sistema do mérito.
VIII - Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valores e bens públicos.
IX - Acompanhar os custos globais dos programas setoriais do Governo, a fim de alcançar uma prestação econômica de serviços.
X - Fornecer ao órgão próprio do Ministério da Fazenda os elementos necessários à prestação de contas do exercício financeiro.
XI - Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização deste, informes relativos à administração financeira.

No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar, essencialmente:
I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.
II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade.
III - A eficiência administrativa.
IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.
A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de outras estabelecidas em regulamento:
a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se fôr o caso, eleição dos dirigentes da entidade, conforme sua natureza jurídica;
b) designação, pelo Ministro dos representantes do Govêrno Federal nas Assembléias Gerais e órgãos de administração ou contrôle da entidade;
c) recebimento sistemático de relatórios, boletins, balancetes, balanços e informações que permitam ao Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execução do orçamento-programa e da programação financeira aprovados pelo Govêrno;
d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e da programação financeira da entidade, no caso de autarquia;
e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente ou através dos representantes ministeriais nas Assembléias e órgãos de administração ou contrôle;
f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de operação econômica, das despesas de pessoal e de administração;
g) fixação de critérios para gastos de publicidade, divulgação e relações públicas;
h) realização de auditoria e avaliação periódica de rendimento e produtividade;
i) intervenção, por motivo de interêsse público.

A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato ao Presidente da República:
I - o Conselho de Segurança Nacional;
II - o Conselho de Desenvolvimento Econômico;
III - o Conselho de Desenvolvimento Social;
IV - a Secretaria de Planejamento;
V - o Serviço Nacional de Informações;
VI - o Estado-Maior das Forças Armadas;
VII - o Departamento Administrativo do Serviço Público;
VIII - a Consultoria-Geral da República;
IX - o Alto Comando das Forças Armadas;
X - o Conselho Nacional de Informática e Automação.

Qual é a função do Conselho de Segurança Nacional na formulação e execução da Política de Segurança Nacional?

a) Estabelecer o Conceito Estratégico Nacional e apreciar problemas propostos no quadro da conjuntura nacional ou internacional.
b) Convocar e presidir reuniões para discutir assuntos de segurança nacional.
c) Definir a estrutura organizacional das Forças Armadas e coordenar a atuação dos Ministérios.

O Conselho dispõe de uma Secretaria-Geral, como órgão de estudo, planejamento e coordenação no campo da segurança nacional e poderá contar com a colaboração de órgãos complementares, necessários ao cumprimento de sua finalidade constitucional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.093, de 1970) CAPÍTULO II DO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES Art. 44. O Serviço Nacional de Informações tem por finalidade superintender e coordenar, em todo o território nacional, as atividades de informação e contra-informação, em particular as que interessem à segurança nacional. TÍTULO IX DAS FÔRÇAS ARMADAS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ações e atribuições. Parágrafo único. Caberá, também, ao Poder Executivo, nos limites fixados em lei, dispor sôbre as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, como fôrças auxiliares, reserva do Exército. CAPÍTULO II DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO DIRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA SEÇÃO I Do Alto Comando das Fôrças Armadas Art. 47. O Alto Comando das Fôrças Armadas é um órgão de assessoramento do Presidente da República, nas decisões relativas à política militar e à coordenação de assuntos pertinentes às Fôrças Armadas. Art. 48. Integram o Alto Comando das Fôrças Armadas os Ministros Militares, o Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os Chefes dos Estados-Maiores de cada uma das Fôrças singulares. Art. 49. O Alto Comando das Fôrças Armadas reúne-se quando convocado pelo Presidente da República e é secretariado pelo Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República. SEÇÃO II Do Estado-Maior das Fôrças Armadas Art. 50. O Estado-Maior das Fôrças Armadas, órgãos de assessoramento do Presidente da República tem por atribuições: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) I - Proceder aos estudos para a fixação da Política, da Estratégia e da Doutrina Militares, bem como elaborar e coordenar os planos e programas decorrentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) II - Estabelecer os planos para emprêgo das Fôrças Combinadas ou Conjuntas e de fôrças singulares destacadas para participar de operações militares no exterior, levando em consideração os estudos e as sugestões dos Ministros Militares competentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Coordenar as informações estratégicas no Campo Militar; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Coordenar, no que transcenda os objetivos específicos e as disponibilidades previstas no Orçamento dos Ministérios Militares, os planos de pesquisas, de desenvolvimento e de mobilização das Fôrças Armadas e os programas de aplicação de recursos decorrentes. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) no País e no exterior; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) VI - Proceder aos estudos e preparar as decisões sôbre assuntos que lhe forem submetidos pelo Presidente da República. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. . (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art. 51. A Chefia do Estado-Maior das Fôrças Amadas é exercida por um oficial-general do mais alto pôsto nomeado pelo Presidente da República, obedecido, em princípio, o critério de rodízio entre as Fôrças Armadas.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 52. As funções de Estado-Maior e Serviços no Estado-Maior das Fôrças Armadas são exercidas por oficiais das três Fôrças singulares. Art. 53. O Conselho de Chefes de Estado-Maior, constituído do Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e dos Chefes do Estado-Maior das Fôrças singulares, reúne-se periòdicamente, sob a presidência do primeiro, para apreciação de assuntos específicos do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os de interêsse comum a mais de uma das Fôrças singulares. CAPÍTULO III DOS MINISTÉRIOS MILITARES SEÇÃO I Do Ministério da Marinha Art. 54. O Ministério da Marinha administra os negócios da Marinha de Guerra e tem como atribuição principal a preparação desta para o cumprimento de sua destinação constitucional. § 1º Cabe ao Ministério da Marinha; I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e adestramento das Fôrças Navais e Aeronavais e do Corpo de Fuzileiros Navais, inclusive para integrarem Fôrças Combinadas ou Conjuntas. II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Marinha, obedecido o previsto no item V do art. 50 da presente Lei. III - Estudar e propor diretrizes para a política marítima nacional. § 2º Ao Ministério da Marinha competem ainda as seguintes atribuições subsidiárias; I - Orientar e controlar a Marinha Mercante Nacional e demais atividades correlatas no que interessa à segurança nacional e prover a segurança da navegação, seja ela marítima, fluvial ou lacustre. II - Exercer a polícia naval. Art. 55. O Ministro da Marinha exerce a direção geral do Ministério da Marinha e é o Comandante Superior da Marinha de Guerra. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 56. A Marinha de Guerra compreende suas organizações próprias, pessoal em serviço ativo e sua reserva, inclusive as formações auxiliares conforme fixado em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 57. O Ministério da Marinha é constituído de: I - Órgãos de Direção Geral. - Almirantado (Alto Comando da Marinha de Guerra). - Estado Maior da Armada. II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24). III - Órgãos de Assessoramento. - Gabinete do Ministro. - Consultoria Jurídica. - Conselho de Almirantes. - Outros Conselhos e Comissões. IV - Órgãos de Apoio. - Diretorias e outros órgãos.

Porque a desconcentração ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, surge relação de hierarquia, de subordinação, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das entidades desconcentradas temos controle hierárquico, o qual compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, solução de conflitos de competência, delegação e avocação.

Qual é a atribuição do Gabinete Civil em relação ao Presidente da República?

I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, em especial, nos assuntos referentes à administração civil.
II - Promover a divulgação de atos e atividades governamentais.
III - Acompanhar a tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional e coordenar a colaboração dos Ministérios e demais órgãos da administração, no que respeita aos projetos de lei submetidos à sanção presidencial.

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Questões resolvidas

Desconcentração: Mera técnica administrativa de distribuição interna de competências mediante criação de órgãos públicos. Pressupõe a existência de apenas uma pessoa, pois os órgãos não possuem personalidade jurídica própria. Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa política ou uma entidade da administração indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura afim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa jurídica.

Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista: Como vimos no primeiro tópico, quando tratamos da organização administrativa enfocamos preponderantemente os órgãos e as entidades. Administração Direta é o conjunto de órgãos integrados na estrutura administrativa da União. Administração Indireta é o conjunto de entres que, vinculados (não subordinados) a um Ministério, prestam serviço público ou de interesse público. Possuem autonomia administrativa, operacional e financeira. É formada pessoas jurídicas criadas por lei específica e com personalidade jurídica e patrimônio próprio: Autarquia, Fundação Pública, Empresa Pública.

Desenvolve atividade atípica de Estado. Deve utilizar instrumentos de contratação como a licitação e o concurso público, sendo que o pessoal sujeitar-se ao regime celetista. É julgada pela Justiça Federal. Possui patrimônio próprio, porém são considerados bens públicos, e portanto, impenhoráveis e imprescritíveis. Está sujeita ao controle estatal. Exemplos: ECT - Empresa de Correios e Telégrafos, SERPRO, CEF- Caixa Econômica Federal

Sociedade de Economia Mista
a) Pessoa jurídica de Direito Privado. Autorizada por lei específica. Constituída sob a forma de sociedade anônima (sociedade por ações). Sob o controle majoritário da União ou de outra entidade da Administração indireta. Seu objetivo é a exploração de atividade econômica, independentemente das circunstâncias que justificam a criação da empresa pública. Recursos compostos por capital público e privado. Atividade atípica de Estado. Deve utilizar instrumentos de contratação como a licitação e o concurso público, sendo que o pessoal sujeitar-se ao regime celetista. Não há privilégios tributários. Está sujeita ao controle estatal. Julgada pela Justiça Estadual. Exemplos: Banco do Brasil, BASA - Banco da Amazônia, Petrobrás
b) Pessoa jurídica de Direito Público. Devem ter atividades essencialmente sociais. Natureza sem fim lucrativo. Os recursos são oriundos de contribuições parafiscais e/ou do Poder Público. Prestam contas para o Tribunal de Contas. Não gozam de privilégios administrativos nem processuais
c) O pessoal deve ter regime celetista. Não precisam fazer licitações. Exemplos: SESI, SESC, SENAI, SENAC

Qual é o objetivo principal da supervisão ministerial na área de competência do Ministro de Estado?

I - Assegurar a observância da legislação federal.
II - Promover a execução dos programas do Governo.
III - Fazer observar os princípios fundamentais enunciados no Título II.
IV - Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e harmonizar sua atuação com a dos demais Ministérios.
V - Avaliar o comportamento administrativo dos órgãos supervisionados e diligenciar no sentido de que estejam confiados a dirigentes capacitados.
VI - Proteger a administração dos órgãos supervisionados contra interferências e pressões ilegítimas.
VII - Fortalecer o sistema do mérito.
VIII - Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valores e bens públicos.
IX - Acompanhar os custos globais dos programas setoriais do Governo, a fim de alcançar uma prestação econômica de serviços.
X - Fornecer ao órgão próprio do Ministério da Fazenda os elementos necessários à prestação de contas do exercício financeiro.
XI - Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização deste, informes relativos à administração financeira.

No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar, essencialmente:
I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.
II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade.
III - A eficiência administrativa.
IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.
A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de outras estabelecidas em regulamento:
a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se fôr o caso, eleição dos dirigentes da entidade, conforme sua natureza jurídica;
b) designação, pelo Ministro dos representantes do Govêrno Federal nas Assembléias Gerais e órgãos de administração ou contrôle da entidade;
c) recebimento sistemático de relatórios, boletins, balancetes, balanços e informações que permitam ao Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execução do orçamento-programa e da programação financeira aprovados pelo Govêrno;
d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e da programação financeira da entidade, no caso de autarquia;
e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente ou através dos representantes ministeriais nas Assembléias e órgãos de administração ou contrôle;
f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de operação econômica, das despesas de pessoal e de administração;
g) fixação de critérios para gastos de publicidade, divulgação e relações públicas;
h) realização de auditoria e avaliação periódica de rendimento e produtividade;
i) intervenção, por motivo de interêsse público.

A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato ao Presidente da República:
I - o Conselho de Segurança Nacional;
II - o Conselho de Desenvolvimento Econômico;
III - o Conselho de Desenvolvimento Social;
IV - a Secretaria de Planejamento;
V - o Serviço Nacional de Informações;
VI - o Estado-Maior das Forças Armadas;
VII - o Departamento Administrativo do Serviço Público;
VIII - a Consultoria-Geral da República;
IX - o Alto Comando das Forças Armadas;
X - o Conselho Nacional de Informática e Automação.

Qual é a função do Conselho de Segurança Nacional na formulação e execução da Política de Segurança Nacional?

a) Estabelecer o Conceito Estratégico Nacional e apreciar problemas propostos no quadro da conjuntura nacional ou internacional.
b) Convocar e presidir reuniões para discutir assuntos de segurança nacional.
c) Definir a estrutura organizacional das Forças Armadas e coordenar a atuação dos Ministérios.

O Conselho dispõe de uma Secretaria-Geral, como órgão de estudo, planejamento e coordenação no campo da segurança nacional e poderá contar com a colaboração de órgãos complementares, necessários ao cumprimento de sua finalidade constitucional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.093, de 1970) CAPÍTULO II DO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES Art. 44. O Serviço Nacional de Informações tem por finalidade superintender e coordenar, em todo o território nacional, as atividades de informação e contra-informação, em particular as que interessem à segurança nacional. TÍTULO IX DAS FÔRÇAS ARMADAS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ações e atribuições. Parágrafo único. Caberá, também, ao Poder Executivo, nos limites fixados em lei, dispor sôbre as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, como fôrças auxiliares, reserva do Exército. CAPÍTULO II DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO DIRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA SEÇÃO I Do Alto Comando das Fôrças Armadas Art. 47. O Alto Comando das Fôrças Armadas é um órgão de assessoramento do Presidente da República, nas decisões relativas à política militar e à coordenação de assuntos pertinentes às Fôrças Armadas. Art. 48. Integram o Alto Comando das Fôrças Armadas os Ministros Militares, o Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os Chefes dos Estados-Maiores de cada uma das Fôrças singulares. Art. 49. O Alto Comando das Fôrças Armadas reúne-se quando convocado pelo Presidente da República e é secretariado pelo Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República. SEÇÃO II Do Estado-Maior das Fôrças Armadas Art. 50. O Estado-Maior das Fôrças Armadas, órgãos de assessoramento do Presidente da República tem por atribuições: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) I - Proceder aos estudos para a fixação da Política, da Estratégia e da Doutrina Militares, bem como elaborar e coordenar os planos e programas decorrentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) II - Estabelecer os planos para emprêgo das Fôrças Combinadas ou Conjuntas e de fôrças singulares destacadas para participar de operações militares no exterior, levando em consideração os estudos e as sugestões dos Ministros Militares competentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Coordenar as informações estratégicas no Campo Militar; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Coordenar, no que transcenda os objetivos específicos e as disponibilidades previstas no Orçamento dos Ministérios Militares, os planos de pesquisas, de desenvolvimento e de mobilização das Fôrças Armadas e os programas de aplicação de recursos decorrentes. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) no País e no exterior; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) VI - Proceder aos estudos e preparar as decisões sôbre assuntos que lhe forem submetidos pelo Presidente da República. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. . (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968) Art. 51. A Chefia do Estado-Maior das Fôrças Amadas é exercida por um oficial-general do mais alto pôsto nomeado pelo Presidente da República, obedecido, em princípio, o critério de rodízio entre as Fôrças Armadas.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 52. As funções de Estado-Maior e Serviços no Estado-Maior das Fôrças Armadas são exercidas por oficiais das três Fôrças singulares. Art. 53. O Conselho de Chefes de Estado-Maior, constituído do Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e dos Chefes do Estado-Maior das Fôrças singulares, reúne-se periòdicamente, sob a presidência do primeiro, para apreciação de assuntos específicos do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os de interêsse comum a mais de uma das Fôrças singulares. CAPÍTULO III DOS MINISTÉRIOS MILITARES SEÇÃO I Do Ministério da Marinha Art. 54. O Ministério da Marinha administra os negócios da Marinha de Guerra e tem como atribuição principal a preparação desta para o cumprimento de sua destinação constitucional. § 1º Cabe ao Ministério da Marinha; I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e adestramento das Fôrças Navais e Aeronavais e do Corpo de Fuzileiros Navais, inclusive para integrarem Fôrças Combinadas ou Conjuntas. II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Marinha, obedecido o previsto no item V do art. 50 da presente Lei. III - Estudar e propor diretrizes para a política marítima nacional. § 2º Ao Ministério da Marinha competem ainda as seguintes atribuições subsidiárias; I - Orientar e controlar a Marinha Mercante Nacional e demais atividades correlatas no que interessa à segurança nacional e prover a segurança da navegação, seja ela marítima, fluvial ou lacustre. II - Exercer a polícia naval. Art. 55. O Ministro da Marinha exerce a direção geral do Ministério da Marinha e é o Comandante Superior da Marinha de Guerra. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 56. A Marinha de Guerra compreende suas organizações próprias, pessoal em serviço ativo e sua reserva, inclusive as formações auxiliares conforme fixado em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 57. O Ministério da Marinha é constituído de: I - Órgãos de Direção Geral. - Almirantado (Alto Comando da Marinha de Guerra). - Estado Maior da Armada. II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24). III - Órgãos de Assessoramento. - Gabinete do Ministro. - Consultoria Jurídica. - Conselho de Almirantes. - Outros Conselhos e Comissões. IV - Órgãos de Apoio. - Diretorias e outros órgãos.

Porque a desconcentração ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, surge relação de hierarquia, de subordinação, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das entidades desconcentradas temos controle hierárquico, o qual compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, solução de conflitos de competência, delegação e avocação.

Qual é a atribuição do Gabinete Civil em relação ao Presidente da República?

I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, em especial, nos assuntos referentes à administração civil.
II - Promover a divulgação de atos e atividades governamentais.
III - Acompanhar a tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional e coordenar a colaboração dos Ministérios e demais órgãos da administração, no que respeita aos projetos de lei submetidos à sanção presidencial.

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Apostilas Aprendizado Urbano 1 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA
1. Conceito de Administração Pública. 2. Princípios da Administração Pública. 3. Hierarquia. Poder 
Hierárquico e suas Manifestações. 4. Poderes do Estado. 5. Formação e Organização da Administração 
Pública Brasileira. Concentração. Desconcentração e Descentralização. 6. Decreto-Lei nº 200/1967. 7. O 
Brasil e sua Administração Pública: Da República velha aos dias atuais. Nascimento e Afirmação da 
República Brasileira. Aspectos Fundamentais na Formação do Estado Brasileiro. Teorias das Formas e dos 
Sistemas de Governo. 8. Análise Crítica aos Modelos de Gestão Pública: patrimonialista, burocrático e 
gerencial. 9. Controle Interno e Externo da Administração Pública. Lei nº 8.443/92. 10. Medidas 
Organizacionais para o Aprimoramento da Administração Pública Federal. Manual de Orientação para 
Arranjo Institucional de Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal. 11. Manual Técnico de 
Orçamento- MTO-2014. 12. Processo Administrativo em Âmbito Federal. 
Apostilas Aprendizado Urbano 2 
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sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
Apostilas Aprendizado Urbano 3 
 Conceito de Administração Pública
A administração pública no Brasil é definida como órgãos e entidades que desempenham a atividade 
administrativa do estado. 
 Hely Lopes Meirelles conceitua: "Em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para a consecução 
dos objetivos do Governo; em sentido material é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos 
em geral" 
A Constituição Federal, no caput do art. 37, estabelece cinco princípios da Administração Pública (direta e 
indireta): legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Exatamente por estarem 
textualmente previstos no texto constitucional, esses princípios são chamados de princípios expressos, em 
oposição a outros princípios que, por não estarem elencados de forma expressa na Constituição (embora por 
ela acolhidos), são chamados de princípios reconhecidos ou princípios implícitos.
Portanto, os princípios jurídicos são as ideias centrais do sistema, que norteiam toda a interpretação 
jurídica, conferindo a ele um sentido lógico e harmonioso. Os princípios estabelecem o alcance e sentido 
amplo das regras existentes no ordenamento jurídico.
Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade encontra fundamento constitucional no artigo 5º, II, prescrevendo que “ninguém 
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Esclarece o mestre Helly Lopes Meirelles que “a legalidade, como princípio de administração significa que o 
administrador público está, em toda sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei, e as exigências 
do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a 
responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso”.
Em decorrência do princípio da legalidade, é costumeira a afirmação de que a Administração Pública não 
pode agir contra a lei ou além da lei, só podendo agir nos estritos limites da lei.
Princípio da Impessoalidade
Podemos analisar o princípio da impessoalidade, como desdobramento do princípio da igualdade (CF, artigo 
5º, I), no qual se estabelece que o administrador público deve objetivar o interesse público, sendo, em 
consequência, inadmitido tratamento privilegiado aos amigos e/ou inimigos, não devendo imperar na 
Administração Pública a vigência do dito popular de que aos inimigos ofertaremos a lei e aos amigos as 
benesses da lei.
Segundo Antonio Bandeira de Mello, a impessoalidade funda-se no postulado da isonomia e tem 
desdobramentos explícitos em variados dispositivos constitucionais como o artigo 37, II, que exige concurso 
público para ingresso em cargo ou emprego público, ou no artigo 37, XXI, que exige que as licitações 
públicas assegurem igualdade de condições a todos os concorrentes.
Apostilas Aprendizado Urbano 4 
Portanto, a impessoalidade estabelece que a Administração Pública não deve conter a marca pessoal do 
administrador, ou seja, os atos públicos não são praticados pelo servidor, e sim pela Administração a que ele 
pertence.
Princípio da Moralidade
A moralidade administrativa como princípio segundo Helly Lopes Meirelles, “constitui hoje pressuposto de 
validade de todo ato da Administração Pública”. Conforme doutrina não se trata da moral comum, mas sim 
de uma moral jurídica, entendida como “o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da 
Administração”.
Assim, o administrador, ao agir, deverá decidir não só entre o legal e o ilegal, o conveniente e o 
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto.
 A doutrina enfatiza que a noção de moral administrativa não está vinculada as convicções íntimas do 
agente público, mas sim a noção de atuação adequada e ética existente no grupo social.
Princípio da Publicidade
Tal princípio prega que a publicação em órgão oficial é requisito de eficácia dos atos administrativos que 
devam produzir efeitos externos ou que impliquem oneração do patrimônio público. Ou seja, enquanto não 
for publicado, levado a conhecimento de todos, o ato administrativo não produzirá efeitos.
Princípio da Eficiência
Entende-se como as normas da boa administração no sentido de que a Administração Pública, em todos os 
seus setores, deve concretizar suas atividades com vistas a extrair o maior número possível de efeitos 
positivos ao administrado, sopesando a relação custo benefício, buscando a excelência de recursos, enfim, 
dotando de maior eficácia possível as ações do Estado.
Implícitos
Princípio do Controle Judicial: também conhecido como principio da inafastabilidade da tutela 
jurisdicional, ou seja todos os atos administrativos estão sujeitos ao crivo judicial.
Princípio da Razoabilidad: a Administração Pública tem um fim social e por isso os poderes dados a ela deve 
ser exercidos nos limites ao atendimento do fim da coletividade. As opções imorais e ilegítimas não podem 
ser cogitadas. 
Princípio da Igualdade, ou seja isonomia, todos são iguais perante a lei e também perante a Administração 
Pública. Vale frisar que tal princípio não esta inserido no rol dos princípios administrativos. 
ApostilasAprendizado Urbano 5 
Princípio da Supremacia do Interesse Público versa sobre a soberania do interesse da coletividade e é uma 
dos objetivos fundamentais da república brasileira. O interesse da sociedade, então prevalece sobre o 
individual, tendo em vista que, ao se constituírem o Estado, abrem mão de interesse próprio, em favor do 
bem em comum. Porém, não se pode esquecer a vontade da minoria, pois vivemos em um Estado 
Democrático de Direito. 
Princípio da Especialidade, este referente as entidades( autarquias, fundações públicas, empresas públicas, 
entre outras) que integram a Administração Pública, este será usado para limitação das entidades, para que 
elas não se afastem de sua verdadeira finalidade.
Principio do poder-dever, é o poder-dever que a Administração tem de agir dentro de sua competência 
legal. 
Princípio da Continuidade do Serviço Público: o serviço público vem com a proposta de atender os fins 
sociais. Não se pode integrar contra a Administração a Exceção do Contrato Não Cumprido. 
Princípio da Proporcionalidade, esse age em conjunto com o da Razoabilidade, pois os dois visam adotar 
medidas que atingem , aos fins almejados, a sociedade. Este é utilizado mais na força policial, em que o 
Estado impõe restrições aos administradores.
Principio da autotutela dá o poder que a Administração tem de anular seus próprios atos, pois eles devem 
zelar pela legalidade e eficiência dos mesmos.
Princípio da Indisponibilidade diz que, todos os bens e interesses gerenciados pela Administração Pública e 
seus agentes pertencem ao povo. Isso quer dizer que, nenhum agente público pode por em prática qualquer 
ato que implique em renúncia de direitos ou prejuízos para a sociedade. 
Princípio da Segurança Jurídica, quando o cidadão sente a sua segurança ameaçada, poderá invocar este 
princípio que oferece aos seus administradores a garantia de uma estabilidade nas relações jurídicas. 
A organização da administração pública do Brasil divide-se em direta e indireta. A direta é composta por 
serviços integrados a Presidência da República e ministérios, governos estaduais,prefeituras, câmaras 
legislativas em geral e ao Judiciário federal e estadual. A indireta é composta por entidades de personalidade 
jurídica própria criadas ou autorizadas por lei: autarquias,fundações públicas, empresas 
públicas e sociedades de economia mista. 
Vamos aos conceitos:
Apostilas Aprendizado Urbano 6 
Centralização
Ocorre quando a entidade política presta os serviços por meio de seus órgãos; equivale a administração 
direta.
Descentralização
Ocorre quando a entidade política transfere para outra pessoa parte de suas atribuições; pressupõe a 
existência de duas pessoas distintas: o ente descentralizador e a pessoa que recebeu a atribuição; entre elas 
não há subordinação, mas apenas vinculação, existindo o chamado controle finalístico (de desempenho). A 
descentralização pode ser implementada de duas formas distintas:
a) Outorga – ocorre quando a transferência é feita para uma entidade administrativa por meio de lei e por 
prazo indeterminado (titularidade e execução).
b) Delegação – ocorre quando a transferência é feita a um particular, por ato ou contrato e por prazo 
determinado (apenas a execução).
Obs.: Nem toda descentralização faz surgir a administração indireta a não ser quando for implementada por 
outorga.
Apostilas Aprendizado Urbano 7 
• Não existe subordinação (hierarquia- Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, 2010), 
apenas VINCULAÇÃO,
•Sofre apenas controle finalístico ou tutela administrativa ou supervisão. (para ver se esta sendo 
cumprido o que foi combinado)
Formas de Descentralização
Formas de Delegação
•CONCESSÃO (contrato)
•PERMISSÃO (contrato)
•AUTORIZAÇÃO (ato)
Desconcentração (Criar órgãos)
Mera técnica administrativa de distribuição interna de competências mediante criação de órgãos públicos. 
Pressupõe a existência de apenas uma pessoa, pois os órgãos não possuem personalidade jurídica própria.
Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa política ou uma entidade da administração 
indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura afim de tornar mais ágil e eficiente a 
prestação dos serviços. Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa jurídica. (Vicente Paulo 
e Marcelo Alexandrino, 2010)
Porque a desconcentração ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, surge relação de hierarquia, de 
subordinação, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das entidades desconcentradas temos controle 
hierárquico, o qual compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, solução de conflitos 
de competência, delegação e avocação. (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, 2010)
Apostilas Aprendizado Urbano 8 
Concentração (extinguir órgãos)
Técnica administrativa que promove a extinção de órgãos públicos.
Pessoa jurídica integrante da administração pública extingue órgãos antes existentes em sua estrutura, 
reunindo em um número menor de unidade as respectivas competências. Imagine-se, como exemplo, que a 
secretaria da fazenda de um município tivesse em sua estrutura superintendências, delegacias, agências e 
postos de atendimento, cada um desses órgãos incumbidos de desempenhar específicas competências da 
referida secretaria. Caso a administração pública municipal decidisse, em face de restrições orçamentárias, 
extinguir os postos de atendimento, atribuindo às agências as competências que aqueles exerciam, teria 
ocorrido concentração administrativa. (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, 2010)
Apostilas Aprendizado Urbano 9 
Obs.: Tanto a concentração quanto a desconcentração podem ser utilizadas na administração direta e 
indireta.
Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista 
Como vimos no primeiro tópico, quando tratamos da organização administrativa enfocamos 
preponderantemente os órgãos e as entidades.
Administração Direta é o conjunto de órgãos integrados na estrutura administrativa da União.
Administração Indireta é o conjunto de entres que, vinculados (não subordinados) a um Ministério, prestam 
serviço público ou de interesse público. Possuem autonomia administrativa, operacional e financeira. É 
formada pessoas jurídicas criadas por lei específica e com personalidade jurídica e patrimônio próprio:
Autarquia
 * Pessoa jurídica de Direito Público
 * Criada por lei específica
 * Realiza serviços típicos da Administração Pública, mas são indicadas especificamente para aqueles que 
requeiram maior especialização ou imposição estatal e exijam organização adequada, autonomia de gestão e 
pessoal especializado, liberto da burocracia comum das repartições centralizadas
 * Capacidade de auto-administração sob controle estatal (autonomia administrativa)* Possui imunidade tributária (de patrimônio, renda e serviços a fim)
 * Possui prazos processuais dobrados e prescrição quinquenal de dívidas
 * Não há hierarquia entre a autarquia e o ministério ao qual é vinculada, mas há controle finalístico, ou 
também chamado supervisão ministerial
 * Desempenha atribuições públicas típicas
 * Deve utilizar instrumentos de contratação como a licitação e o concurso público
 * Nasce com a lei que a institui, independentemente de registro, e a sua organização de opera por decreto, 
que aprova o regulamento ou o estatuto da entidade
 * Age por direito próprio com autoridade pública
 * É julgada pela Justiça Federal
 * Pode ser criada por qualquer entidade estatal – União, Estado ou Município
 * Não é entidade estatal, é simplesmente desmembramento administrativo do Poder Público
 * Possui patrimônio próprio, porém são considerados bens públicos, e portanto, impenhoráveis e 
imprescritíveis
 * Exemplos: INSS, INCRA, CVM, IBAMA 
· Autarquia de regime especial:
· É toda aquele a que a lei instituidora conferir privilégios específicos e aumentar sua autonomia 
Apostilas Aprendizado Urbano 10 
comparativamente com as autarquias comuns
· Ex.: Banco Central do Brasil, CENEN-Comissão Nacional de Energia Nuclear, USP- Universidade de São 
Paulo
· Agência Reguladora:
· Agência especialmente destinada a regulamentação, controle e fiscalização dos serviços que estão sendo 
privatizados
· Foram instituídas como autarquias sob regime especial
· Possuem independência administrativa, autonomia financeira e poder normativo
· As relações de trabalho são regidas pela CLT e legislação trabalhista correlata, em regime de emprego 
público
· Ex.: ANATEL, ANEEL, ANP, ANVS, ANS, ANA
Fundação Pública
 * Pode ser pessoa jurídica de Direito Público ou Privado
 * Autorizadas por lei específica e lei (não necessariamente específica) que defina a área social de atuação
 * Realiza apenas atividades de interesse público
 * É instituída, mantida e subvencionada pelo Poder Público
 * Capacidade de auto-administração sob controle estatal (autonomia administrativa)
 * Possui imunidade tributária (de patrimônio, renda e serviços a fim)
 * Possui prazos processuais dobrados e prescrição quinquenal de dívidas
 * Não há hierarquia entre a autarquia e o ministério ao qual é vinculada, mas há controle finalistico, ou 
também chamado supervisão ministerial
 * Deve utilizar instrumentos de contratação como a licitação e o concurso público, sendo que o pessoal 
pode sujeitar-se ao regime estatutário ou celetista
 * É julgada pela Justiça Federal
 * Possui patrimônio próprio, porém são considerados bens públicos, e portanto, impenhoráveis e 
imprescritíveis
 * Exemplos: IBGE, FUNAI, Fundação Nacional de Saúde , FIOCRUZ 
Empresa Pública
 * Pessoa jurídica de Direito Privada
 * Tem por finalidade a exploração de atividade econômica por força de contingência ou de conveniência 
Apostilas Aprendizado Urbano 11 
administrativa. Pode exercer também atividades relacionadas a serviço público
 * Podem ter qualquer tipo de organização empresarial
 * Não há privilégios tributários
 * Desenvolve atividade atípica de Estado
 * Deve utilizar instrumentos de contratação como a licitação e o concurso público, sendo que o pessoal 
sujeitar-se ao regime celetista
 * É julgada pela Justiça Federal
 * Possui patrimônio próprio, porém são considerados bens públicos, e portanto, impenhoráveis e 
imprescritíveis
 * Está sujeita ao controle estatal
 * Exemplos: ECT - Empresa de Correios e Telégrafos, SERPRO, CEF- Caixa Econômica Federal 
Sociedade de Economia Mista
 * Pessoa jurídica de Direito Privado
 * Autorizada por lei específica
 * Constituída sob a forma de sociedade anônima (sociedade por ações)
 * Sob o controle majoritário da União ou de outra entidade da Administração indireta
 * Seu objetivo é a exploração de atividade econômica, independentemente das circunstâncias que 
justificam a criação da empresa pública
 * Recursos compostos por capital público e privado
 * Atividade atípica de Estado
 * Deve utilizar instrumentos de contratação como a licitação e o concurso público, sendo que o pessoal 
sujeitar-se ao regime celetista
 * Não há privilégios tributários
 * Está sujeita ao controle estatal
 * Julgada pela Justiça Estadual
 * Exemplos: Banco do Brasil, BASA - Banco da Amazônia, Petrobrás
As entidades paraestatais integram o chamado terceiro setor, que pode ser definido como aquele composto 
por entidades privadas da sociedade civil, que prestam atividade de interesse social, por iniciativa privada, 
sem fins lucrativos. O terceiro setor coexiste com o primeiro setor, que é o próprio Estado, e com o segundo 
setor, que é o mercado. 
Terceiro Setor
Serviço Social Autônomo:
 * São criados por lei
 * Devem ter atividades essencialmente sociais
 * Natureza sem fim lucrativo
 * Os recursos são oriundos de contribuições parafiscais e/ou do Poder Público
 * Prestam contas para o Tribunal de Contas
 * Não gozam de privilégios administrativos nem processuais
Apostilas Aprendizado Urbano 12 
 * O pessoal deve ter regime celetista
 * Não precisam fazer licitações
 * Exemplos: SESI, SESC, SENAI, SENAC
Organizações Sociais:
 * Pessoa Jurídica de direito Público
 * Devem ter atividades essencialmente sociais
 * Instituídos por particulares
 * Natureza sem fim lucrativo
 * Possuem incentivo (bens e recursos públicos) e fiscalização do Poder Público
 * Têm Contrato de Gestão
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Coletivo:
 * Pessoa Jurídica de direito Privado
 * Devem ter atividades de assistência social, cultural ou de educação
 * Instituídos por particulares,
 * Controle feito pelo Poder Público
 * Têm Termo de Parceria
Tabela simplificada
ENTIDADE
Função & 
Características
PJ Direito
Criação p/
Administração
Gestão
Funcionários Exemplos
ENTIDADE 
ESTATAL
- Integra a estrutura 
constitucional do 
Estado, com Poder 
Político e 
Administrativo;
- tem autonomia 
política, financeira e 
administrativa;
- apenas a UNIÃO tem 
SOBERANIA;
PJ D Público
Constituição
Adm. Direta
Centralizada
Estatutários
União, Estados, 
DF e 
Municípios
AUTARQUIA
- atividades típicas da 
Administração;
- imunidade de 
PJ D Público
Lei 
Adm. Indireta
Descentralizada
Estatutários
(podem ser 
Banco Central, 
DER, INSS, 
Imprensa 
Apostilas Aprendizado Urbano 13 
impostos;
- sem subordinação 
hierárquica;
- orçamento, 
patrimônio e receitas 
próprios;
- submetem-se à 
supervisão do 
Ministério competente 
– controle finalístico;
Específica CLT)
Oficial do 
Estado, SEMAE, 
etc
FUNDAÇÕES 
PÚBLICAS
- atividades atípicas da 
Administração
- executa serviços sem 
fins lucrativos;
- sem subordinação 
hierárquica;
- imunidade de 
impostos;
- orçamento, 
patrimônio e receitas 
próprios;
- submetem-se à 
supervisão do 
Ministério competente– controle finalístico;
PJ D Público
Autorização
Adm. Indireta 
Descentralizada
Estatutários
(podem ser 
CLT)
FEBEM, USP, 
UNB
EMPRESA 
PÚBLICA
- prestação de serviços 
industriais ou 
atividades econômicas 
de interesse do Estado, 
ou consideradas como 
convenientes à 
coletividade;
- vinculadas e não 
subordinadas aos 
respectivos 
Ministérios;
- sem privilégios 
administrativos ou 
processuais;
- pagam tributos
PJ D Privado
Autorização
Adm. Indireta 
Descentralizada
Sempre CLT
Nunca
estatutários
Correios CEF
SOCIEDADE 
ECONOMIA 
MISTA
- exploração de 
atividade econômica 
na forma de S/A 
(sempre);
PJ D Privado
Autorização
Adm. Indireta 
Descentralizada
Sempre CLT
Nunca
estatutários
Banco do Brasil
Apostilas Aprendizado Urbano 14 
- destinadas a 
atividades de utilidade 
pública, mas de 
natureza técnica, 
industrial ou 
econômica;
- Capital Estatal (50%
+ 1 das ações) 
- vinculadas e não 
subordinadas aos 
respectivos 
Ministérios;
- pagam tributos
SERVIÇOS 
SOCIAIS 
AUTÔNOMOS
- criadas para prestar 
serviços de interesse 
social ou de utilidade 
pública;
- vinculadas e não 
subordinadas aos 
respectivos 
Ministérios;
- geridos conforme 
seus estatutos;
- podem arrecadar 
contribuições 
parafiscais (através do 
INSS);
- utilizam-se de verbas 
públicas;
PJ D Privado
Autorização
Adm. Indireta 
Descentralizada
SESC, SENAI, 
SESI, SENAC, 
SEST
Poderes
Poderes administrativos são conjunto de prerrogativas que tem administração pública para alcançar os fins 
almejados pelo Estado. E o fim principal é o interesse público.
Os Poderes Administrativos
Vinculado: Quando a lei confere à Administração Pública poder para a prática de determinado ato, 
estipulando todos os requisitos e elementos necessários à sua validade.
Discricionário: Quando o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, poder para 
prática de determinado ato com liberdade de escolha de sua conveniência e oportunidade. Existe uma 
gradação.
Apostilas Aprendizado Urbano 15 
Normativo: Embora a atividade normativa caiba predominantemente ao Legislativo, nele não se exaure, 
cabendo ao Executivo expedir regulamentos e outros atos normativos de caráter geral e de efeitos externos. 
É inerente ao Poder Executivo.
Publicidade:
Hierárquico: É o meio de que dispõe a Administração Pública para distribuir e escalonar as funções dos 
órgãos públicos; estabelecer a relação de subordinação entre seus agentes; e ordenar e rever a atuação de 
seus agentes.
Disciplinar: É conferido à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades funcionais a seus 
agentes e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, como é o caso das que por ela são contratados;
Poder de Polícia: É a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direitos, 
interesses ou liberdades individuais, regula a prática do ato ou abstenção de fato, em razão do interesse 
público. É aplicado aos particulares.
Segmentos do Poder de Polícia:
Policia Administrativa: incide sobre bens, direitos, atividades e é regida pelo Direito Administrativo
Policia Judiciária: incide sobre as pessoas e destina-se à responsabilização penal
Limitações do Poder de Polícia:
• Necessidade: o Poder de policia só deve ser adotado para evitar ameaças reais ou prováveis de pertubações 
ao interesse público;
• Proporcionalidade: é a exigência de uma relação entre a limitação ao direito individual e o prejuízo a ser 
evitado;
• Eficácia: a medida deve ser adequada para impedir o dano ao interesse público.
Atributos do Poder e Polícia:
• Discricionariedade: Consiste na livre escolha, pela Administração Pública, dos meios adequados para 
exercer o poder de policia, bem como, na opção quanto ao conteúdo, das normas que cuidam de tal poder.
• Auto-Executoriedade: Possibilidade efetiva que a Administração tem de proceder ao exercício imediato de 
seus atos, sem necessidade de recorrer, previamente, ao Poder Judiciário.
• Coercibilidade: É a imposição imperativa do ato de policia a seu destinatário, admitindo-se até o emprego 
da força pública para seu normal cumprimento, quando houver resistência por parte do administrado.
Apostilas Aprendizado Urbano 16 
• Atividade Negativa: Tendo em vista o fato de não pretender uma atuação dos particulares e sim sua 
abstenção, são lhes impostas obrigações de não fazer
Decreto-Lei nº 200/1967. 
TÍTULO I
DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL
 Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado.
 Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado exercem as atribuições de sua competência 
constitucional, legal e regulamentar com o auxílio dos órgãos que compõem a Administração Federal.
 Art. 3º Respeitada a competência constitucional do Poder Legislativo estabelecida no artigo 46, inciso 
II e IV, da Constituição, o Poder Executivo regulará a estruturação, as atribuições e funcionamento do 
órgãos da Administração Federal. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 4° A Administração Federal compreende:
 I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da 
Presidência da República e dos Ministérios.
 II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de 
personalidade jurídica própria:
 a) Autarquias;
 b) Emprêsas Públicas;
 c) Sociedades de Economia Mista.
 d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
 Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em 
cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado do § 1º pela Lei nº 7.596, 
de 1987)
 § 2 º (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987)
 § 3 º (Revogado pela Lei nº 7.596, de 1987)
 Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
 I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
 II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio 
próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o 
Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo 
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
Apostilas Aprendizado Urbano 17 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art46iv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art46ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art46ii
criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com 
direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada 
pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins 
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não 
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio 
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de 
outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
 § 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida a regime de monopólio estatal, a maioria 
acionária caberá apenas à União, em caráter permanente.
 § 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias 
constantes dêste artigo.
 § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição 
da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as 
demais disposições do Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
 Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:
 I - Planejamento.
 II - Coordenação.
 III - Descentralização.
 IV - Delegação de Competência.
 V - Contrôle.
CAPÍTULO I
DO PLANEJAMENTO
 Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o desenvolvimento 
econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados, na 
forma do Título III, e compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos básicos:
 a) plano geral de govêrno;
 b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;
 c) orçamento-programa anual;
 d) programação financeira de desembôlso.
CAPÍTULO II
DA COORDENAÇÃO
 Art . 8º As atividades da Administração Federal e, especialmente, a execução dos planos e programas de 
govêrno, serão objeto de permanente coordenação.
 § 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da administração, mediante a atuação das chefias 
Apostilas Aprendizado Urbano 18 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art5iii
individuais, a realização sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição 
e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo.
 § 2º No nível superior da Administração Federal, a coordenação será assegurada através de reuniões do 
Ministério, reuniões de Ministros de Estado responsáveis por áreas afins, atribuição de incumbência 
coordenadora a um dos Ministros de Estado (art. 36), funcionamento das Secretarias Gerais (art. 23, § 1º) e 
coordenação central dos sistemas de atividades auxiliares (art. 31).
 § 3º Quando submetidos ao Presidente da República, os assuntos deverão ter sido prèviamente 
coordenados com todos os setores nêles interessados, inclusive no que respeita aos aspectos administrativos 
pertinentes, através de consultas e entendimentos, de modo a sempre compreenderem soluções integradas e 
que se harmonizem com a política geral e setorial do Govêrno. Idêntico procedimento será adotado nos 
demais níveis da Administração Federal, antes da submissão dos assuntos à decisão da autoridade 
competente.
 Art. 9º Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão submetidos à coordenação com o 
objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos serviços federais.
 Parágrafo único. Quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio (alínea b do § 1º 
do art. 10) com os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades idênticas, os órgãos federais 
buscarão com êles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma área 
geográfica.
 10) com os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades idênticas, os órgãos federais buscarão 
com êles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica.
CAPÍTULO III
DA DESCENTRALIZAÇÃO
 Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada.
 § 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
 a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de 
execução;
 b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e 
mediante convênio;
 c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
 § 2° Em cada órgão da Administração Federal, os serviços que compõem a estrutura central de direção 
devem permanecer liberados das rotinas de execução e das tarefas de mera formalização de atos 
administrativos, para que possam concentrar-se nas atividades de planejamento, supervisão, coordenação e 
contrôle.
 § 3º A Administração casuística, assim entendida a decisão de casos individuais, compete, em princípio, 
ao nível de execução, especialmente aos serviços de natureza local, que estão em contato com os fatos e com 
o público.
 § 4º Compete à estrutura central de direção o estabelecimento das normas, critérios, programas e 
princípios, que os serviços responsáveis pela execução são obrigados a respeitar na solução dos casos 
individuais e no desempenho de suas atribuições.
Apostilas Aprendizado Urbano 19 
 § 5º Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconveniência, a execução de programas 
federais de caráter nitidamente local deverá ser delegada, no todo ou em parte, mediante convênio, aos 
órgãos estaduais ou municipais incumbidos de serviços correspondentes.
 § 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa e exercerão 
contrôle e fiscalização indispensáveis sôbre a execução local, condicionando-se a liberação dos recursos ao 
fiel cumprimento dos programas e convênios.
 § 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e contrôle e 
com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração 
procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à 
execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente 
desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução.
 § 8º A aplicação desse critério está condicionada, em qualquer caso, aos ditames do interesse público e 
às conveniências da segurança nacional.
CAPÍTULO IV
DA DELEGAÇÃODE COMPETÊNCIA
(Vide Decreto nº 83.937, de 1979)
 Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização 
administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na 
proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
 Art . 12 . É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades da 
Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme se dispuser em 
regulamento.
 Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade 
delegada e as atribuições objeto de delegação.
CAPÍTULO V
DO CONTRÔLE
 Art. 13 O contrôle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em 
todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
 a) o contrôle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que 
governam a atividade específica do órgão controlado;
 b) o contrôle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam o 
exercício das atividades auxiliares;
 c) o contrôle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos próprios 
do sistema de contabilidade e auditoria.
 Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de processos e supressão 
de contrôles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao 
risco.
TÍTULO III
DO PLANEJAMENTO, DO ORÇAMENTO-PROGRAMA E DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
Apostilas Aprendizado Urbano 20 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D83937.htm
 Art. 15. A ação administrativa do Poder Executivo obedecerá a programas gerais, setoriais e regionais 
de duração plurianual, elaborados através dos órgãos de planejamento, sob a orientação e a coordenação 
superiores do Presidente da República.
 § 1º Cabe a cada Ministro de Estado orientar e dirigir a elaboração do programa setorial e regional 
correspondente a seu Ministério e ao Ministro de Estado, Chefe da Secretaria de Planejamento, auxiliar 
diretamente o Presidente da República na coordenação, revisão e consolidação dos programas setoriais e 
regionais e na elaboração da programação geral do Governo. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 § 2º Com relação à Administração Militar, observar-se-á a finalidade precípua que deve regê-la, tendo 
em vista a destinação constitucional das Fôrças Armadas, sob a responsabilidade dos respectivos Ministros, 
que são os seus Comandantes Superiores. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 § 3º A aprovação dos planos e programas gerais, setoriais e regionais é da competência do Presidente da 
República.
 Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a etapa do 
programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução coordenada do 
programa anual.
 Parágrafo único. Na elaboração do orçamento-programa serão considerados, além dos recursos 
consignados no Orçamento da União, os recursos extra-orçamentários vinculados à execução do programa 
do Govêrno.
 Art. 17. Para ajustar o ritmo de execução do orçamento-programa ao fluxo provável de recursos, o 
Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério da Fazenda elaborarão, em conjunto, a 
programação financeira de desembôlso, de modo a assegurar a liberação automática e oportuna dos recursos 
necessários à execução dos programas anuais de trabalho.
 Art. 18. Tôda atividade deverá ajustar-se à programação governamental e ao orçamento-programa e os 
compromissos financeiros só poderão ser assumidos em consonância com a programação financeira de 
desembôlso.
TÍTULO IV
DA SUPERVISÃO MINISTERIAL 
(Vide Lei nº 6.036, de 1974)
 Art . 19. Todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou indireta, está sujeito à supervisão 
do Ministro de Estado competente, excetuados unicamente os órgãos mencionados no art. 32, que estão 
submetidos à supervisão direta do Presidente da República.
 Art. 20. O Ministro de Estado é responsável, perante o Presidente da República, pela supervisão dos 
órgãos da Administração Federal enquadrados em sua área de competência.
 Parágrafo único. A supervisão ministerial exercer-se-á através da orientação, coordenação e contrôle 
das atividades dos órgãos subordinados ou vinculados ao Ministério, nos têrmos desta lei.
 Art. 21. O Ministro de Estado exercerá a supervisão de que trata êste título com apoio nos Órgãos 
Centrais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Parágrafo único. No caso dos Ministros Militares a supervisão ministerial terá, também, como objetivo, 
colocar a administração, dentro dos princípios gerais estabelecidos nesta lei, em coerência com a destinação 
Apostilas Aprendizado Urbano 21 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art21
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art15%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art5
constitucional precípua das Fôrças Armadas, que constitui a atividade afim dos respectivos 
Ministérios. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 22. Haverá na estrutura de cada Ministério Civil os seguintes Órgãos Centrais: (Vide Lei nº 6.228, 
de 1975)
 I - Órgãos Centrais de planejamento, coordenação e controle financeiro.
 II - Órgãos Centrais de direção superior.
 Art. 23. Os órgãos a que se refere o item I do art. 22, têm a incumbência de assessorar diretamente o 
Ministro de Estado e, por fôrça de suas atribuições, em nome e sob a direção do Ministro, realizar estudos 
para formulação de diretrizes e desempenhar funções de planejamento, orçamento, orientação, 
coordenação, inspeção e contrôle financeiro, desdobrando-se em: (Vide Decreto nº 64.135, de 
25.12.1969) (Vide Lei nº 6.228, de 1975)
 I - Uma Secretaria Geral.
 II - Uma Inspetoria Geral de Finanças.
 § 1º A Secretaria Geral atua como órgão setorial de planejamento e orçamento, na forma do Título III, 
e será dirigida por um Secretário-Geral, o qual poderá exercer funções delegadas pelo Ministro de Estado.
 § 2º A Inspetoria Geral de Finanças, que será dirigida por um Inspetor-Geral, integra, como órgão 
setorial, os sistemas de administração financeiro, contabilidade e auditoria, superintendendo o exercício 
dessas funções no âmbito do Ministério e cooperação com a Secretaria Geral no acompanhamento da 
execução do programa e do orçamento.
 § 3º Além das funções previstas neste título, a Secretaria-Geral do Ministério do Planejamento e 
Coordenação Geral exercerá as atribuições de Órgão Central dos sistemas de planejamento e orçamento, e a 
Inspetoria-Geral de Finanças do Ministério da Fazenda, as de Órgãos Central do sistema de administração 
financeira, contabilidade e auditoria. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 24. Os Órgãos Centrais de direção superior (art. 22, item II) executam funções de administração 
das atividades específicas e auxiliares do Ministério e serão, preferentemente, organizados em base 
departamental, observados os princípios estabelecidos nesta lei. (Vide Lei nº 6.228, de 1975)
 Art . 25. A supervisão ministerial tem por principalobjetivo, na área de competência do Ministro de 
Estado:
 I - Assegurar a observância da legislação federal.
 II - Promover a execução dos programas do Govêrno.
 III - Fazer observar os princípios fundamentais enunciados no Título II.
 IV - Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e harmonizar sua atuação com a dos demais 
Ministérios.
 V - Avaliar o comportamento administrativo dos órgãos supervisionados e diligenciar no sentido de 
que estejam confiados a dirigentes capacitados.
 VI - Proteger a administração dos órgãos supervisionados contra interferências e pressões ilegítimas.
 VII - Fortalecer o sistema do mérito.
Apostilas Aprendizado Urbano 22 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art23%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D64135.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D64135.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art21
 VIII - Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valôres e bens públicos.
 IX - Acompanhar os custos globais dos programas setoriais do Govêrno, a fim de alcançar uma 
prestação econômica de serviços.
 X - Fornecer ao órgão próprio do Ministério da Fazenda os elementos necessários à prestação de contas 
do exercício financeiro.
 XI - Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização deste, informes relativos à 
administração financeira e patrimonial dos órgãos do Ministério.
 Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar, 
essencialmente:
 I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade.
 II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade.
 III - A eficiência administrativa.
 IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.
 Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de outras 
estabelecidas em regulamento:
 a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se fôr o caso, eleição dos dirigentes da entidade, conforme 
sua natureza jurídica;
 b) designação, pelo Ministro dos representantes do Govêrno Federal nas Assembléias Gerais e órgãos 
de administração ou contrôle da entidade;
 c) recebimento sistemático de relatórios, boletins, balancetes, balanços e informações que permitam ao 
Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execução do orçamento-programa e da programação 
financeira aprovados pelo Govêrno;
 d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e da programação financeira da entidade, no 
caso de autarquia;
 e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente ou através dos representantes ministeriais 
nas Assembléias e órgãos de administração ou contrôle;
 f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de operação econômica, das despesas de pessoal e de 
administração;
 g) fixação de critérios para gastos de publicidade, divulgação e relações públicas;
 h) realização de auditoria e avaliação periódica de rendimento e produtividade;
 i) intervenção, por motivo de interêsse público.
 Art. 27. Assegurada a supervisão ministerial, o Poder Executivo outorgará aos órgãos da Administração 
Federal a autoridade executiva necessária ao eficiente desempenho de sua responsabilidade legal ou 
regulamentar.
 Parágrafo único. Assegurar-se-á às emprêsas públicas e às sociedades de economia mista condições de 
funcionamento idênticas às do setor privado cabendo a essas entidades, sob a supervisão ministerial, ajustar-
se ao plano geral do Govêrno.
Apostilas Aprendizado Urbano 23 
 Art. 28. A entidade da Administração Indireta deverá estar habilitada a:
 I - Prestar contas da sua gestão, pela forma e nos prazos estipulados em cada caso.
 II - Prestar a qualquer momento, por intermédio do Ministro de Estado, as informações solicitadas pelo 
Congresso Nacional.
 III - Evidenciar os resultados positivos ou negativos de seus trabalhos, indicando suas causas e 
justificando as medidas postas em prática ou cuja adoção se impuser, no interêsse do Serviço Público.
 Art. 29. Em cada Ministério Civil, além dos órgãos Centrais de que trata o art. 22, o Ministro de Estado 
disporá da assistência direta e imediata de:
 I - Gabinete.
 II - Consultor Jurídico, exceto no Ministério da Fazenda.
 III - Divisão de Segurança e Informações.
 § 1º O Gabinete assiste o Ministro de Estado em sua representação política e social, e incumbe-se das 
relações públicas, encarregando-se do preparo e despacho do expediente pessoal do Ministro.
 § 2º O Consultor Jurídico incumbe-se do assessoramento jurídico do Ministro de Estado.
 § 3º A Divisão de Segurança e Informações colabora com a Secretaria Geral do Conselho de Segurança 
Nacional e com o Serviço Nacional de Informações.
 § 4º No Ministério da Fazenda, o serviço de consulta jurídica continua afeto à Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional e aos seus órgãos integrantes, cabendo a função de Consultor Jurídico do Ministro de 
Estado ao Procurador-Geral, nomeado em comissão, pelo critério de confiança e livre escolha, entre 
bacharéis em Direito.
TÍTULO V
DOS SISTEMAS DE ATIVIDADES AUXILIARES
 Art. 30. Serão organizadas sob a forma de sistema as atividades de pessoal, orçamento, estatística, 
administração financeira, contabilidade e auditoria, e serviços gerais, além de outras atividades auxiliares 
comuns a todos os órgãos da Administração que, a critério do Poder Executivo, necessitem de coordenação 
central. (Vide Decreto nº 64.777, de 1969)
 § 1º Os serviços incumbidos do exercício das atividades de que trata êste artigo consideram-se 
integrados no sistema respectivo e ficam, conseqüentemente, sujeitos à orientação normativa, à supervisão 
técnica e à fiscalização específica do órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em 
cuja estrutura administrativa estiverem integrados.
 § 2º O chefe do órgão central do sistema é responsável pelo fiel cumprimento das leis e regulamentos 
pertinentes e pelo funcionamento eficiente e coordenado do sistema.
 § 3º É dever dos responsáveis pelos diversos órgãos competentes dos sistemas atuar de modo a imprimir 
o máximo rendimento e a reduzir os custos operacionais da Administração.
 § 4° Junto ao órgão central de cada sistema poderá funcionar uma Comissão de Coordenação, cujas 
atribuições e composição serão definidas em decreto.
 Art. 31. Aestruturação dos sistemas de que trata o artigo 30 e a subordinação dos respectivos Órgãos 
Centrais serão estabelecidas em decreto. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
Apostilas Aprendizado Urbano 24 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art31
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D64777.htmParágrafo único. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
TÍTULO VI
DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
 Art. 32. A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo Gabinete 
Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato ao Presidente da 
República: (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) Vide: Lei nº 7.739, de 20.3.1989, Decreto nº 99.180, de 
1990, Lei nº 8.490, de 1992, Lei nº 9.649, de 1998, Lei nº 10.683, de 28.5.2003
 I - o Conselho de Segurança Nacional; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 II - o Conselho de Desenvolvimento Econômico; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 III - o Conselho de Desenvolvimento Social; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 IV - a Secretaria de Planejamento; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 V - o Serviço Nacional de Informações; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 VI - o Estado-Maior das Forças Armadas; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 VII - o Departamento Administrativo do Serviço Público; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 VIII - a Consultoria-Geral da República; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 IX - o Alto Comando das Forças Armadas; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 X - o Conselho Nacional de Informática e Automação. (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Civil, o Chefe do Gabinete Militar, o Chefe da Secretaria de 
Planejamento, o Chefe do Serviço Nacional de Informações e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas 
são Ministros de Estado titulares dos respectivos órgãos. (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)
 Art. 33. Ao Gabinete Civil incumbe:
 I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, 
em especial, nos assuntos referentes à administração civil.
 II - Promover a divulgação de atos e atividades governamentais.
 III - Acompanhar a tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional e coordenar a colaboração dos 
Ministérios e demais órgãos da administração, no que respeita aos projetos de lei submetidos à sanção 
presidencial. (Vide Lei nº 8.028, de 1990) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003)
 Art. 34. Ao Gabinete Militar incumbe:
 I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, 
em especial, nos assuntos referentes à Segurança Nacional e à Administração Militar.
 II - Zelar pela segurança do Presidente da República e dos Palácios Presidenciais. 
 Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Militar exerce as funções de Secretário-Geral do Conselho de 
Segurança Nacional.
TÍTULO VII
DOS MINISTÉRIOS E RESPECTIVAS ÁREAS DE COMPETÊNCIA
 Art. 35 - Os Ministérios são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Vide: Lei nº 7.739, 
Apostilas Aprendizado Urbano 25 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7739.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8028.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9649cons.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8490.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99180.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99180.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7739.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7232.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
de 20.3.1989, Lei nº 7.927, de 1989, Lei nº 8.422, de 1992, Lei nº 8.490, de 1992, Lei nº 9.649, de 1998, Lei 
nº 10.683, de 28.5.2003
 Ministério da Justiça (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério das Relações Exteriores (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério da Fazenda (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério dos Transportes (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério da Agricultura (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério da Indústria e do Comércio (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério das Minas e Energia (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério do Interior (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1º.5.1974)
 Ministério da Educação e Cultura (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério do Trabalho (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério da Previdência e Assistência Social (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério da Saúde (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério das Comunicações (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério da Marinha (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério do Exército (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Ministério da Aeronáutica (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)
 Parágrafo único. Os titulares dos Ministérios são Ministros de Estado (Art. 20). (Incluído pela Lei nº 
6.036, de 1974)
 Art. 36. Para auxiliá-lo na coordenação de assuntos afins ou interdependentes, que interessem a mais 
de um Ministério, o Presidente da República poderá incumbir de missão coordenadora um dos Ministros de 
Estado, cabendo essa missão, na ausência de designação específica ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria 
de Planejamento. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003)
 § 1º O Ministro Coordenador, sem prejuízo das atribuições da Pasta ou órgão de que for titular atuará 
em harmonia com as instruções emanadas do Presidente da República, buscando os elementos necessários 
ao cumprimento de sua missão mediante cooperação dos Ministros de Estado em cuja área de competência 
estejam compreendidos os assuntos objeto de coordenação. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 
1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003)
 § 2º O Ministro Coordenador formulará soluções para a decisão final do Presidente da 
República. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003)
 Art. 37. O Presidente da República poderá prover até 4 (quatro) cargos de Ministro Extraordinário para 
o desempenho de encargos temporários de natureza relevante. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 
1969) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003)
 Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
 Art . 38. O Ministro Extraordinário e o Ministro Coordenador disporão de assistência técnica e 
Apostilas Aprendizado Urbano 26 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art37http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art36
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art36
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art36
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art36
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art1art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9649cons.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8490.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8422.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1989_1994/L7927.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7739.htm#art2
administrativa essencial para o desempenho das missões de que forem incumbidos pelo Presidente da 
República na forma por que se dispuser em decreto. (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003)
 Art. 39 Os assuntos que constituem a área de competência de cada Ministério são, a seguir, 
especificados: Vide Leis: Lei nº 7.739, de 20.3.1989, Lei nº 10.683, de 28.5.2003
 (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969)
 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
 I - Ordem jurídica, nacionalidade, cidadania, direitos políticos, garantias constitucionais.
 II - Segurança interna. Polícia Federal.
 III - Administração penitenciária.
 IV - Ministério Público.
 V - Documentação, publicação e arquivo dos atos oficiais.
 MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
 I - Política Internacional.
 II - Relações diplomáticas; serviços consulares.
 III - Participação nas negociações comerciais, econômicas, financeiras, técnicas e culturais com países e 
entidades estrangeiras.
 IV - Programas de cooperação internacional.
 (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969)
 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL
 I - Plano geral do Govêrno, sua coordenação. Integração dos planos regionais.
 II - Estudos e pesquisas sócio-econômicos, inclusive setoriais e regionais.
 III - Programação orçamentária; proposta orçamentária anual.
 IV - Coordenação da assistência técnica internacional.
 V - Sistemas estatístico e cartográfico nacionais.
 VI - Organização administrativa.
 (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969)
 MINISTÉRIO DA FAZENDA
 I - Assuntos monetários, creditícios, financeiros e fiscais; poupança popular.
 II - Administração tributária.
 III - Arrecadação.
 IV - Administração financeira.
 V - Contabilidade e auditoria.
 VI - Administração patrimonial. (Redação dada pela Lei nº 6.228, de 1975)
Apostilas Aprendizado Urbano 27 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7739.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.683.htm
 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
 I - Coordenação dos transportes.
 II - Transportes ferroviários e rodoviários.
 III - Transportes aquaviários. Marinha mercante; portos e vias navegáveis.
 IV - Participação na coordenação dos transportes aeroviários, na forma estabelecida no art. 162.
 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
 I - Agricultura; pecuária; caça; pesca.
 II - Recursos naturais renováveis: flora, fauna e solo.
 III - Organização da vida rural; reforma agrária.
 IV - Estímulos financeiros e creditícios.
 V - Meteorologia; climatologia.
 VI - Pesquisa e experimentação.
 VII - Vigilância e defesa sanitária animal e vegetal.
 VIII - Padronização e inspeção de produtos vegetais e animais ou do consumo nas atividades 
agropecuárias.
 MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO
 I - Desenvolvimento industrial e comercial.
 II - Comércio exterior.
 III - Seguros privados e capitalização.
 IV - Propriedade industrial; registro do comércio; legislação metrológica.
 V - Turismo.
 VI - Pesquisa e experimentação tecnológica.
 MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA
 I - Geologia, recursos minerais e energéticos.
 II - Regime hidrológico e fontes de energia hidráulica.
 III - Mineração.
 IV - Indústria do petróleo.
 V - Indústria de energia elétrica, inclusive de natureza nuclear.
 MINISTÉRIO DO INTERIOR
 I - Desenvolvimento regional.
 II - Radicação de populações, ocupação do território. Migrações internas.
 III - Territórios federais.
 IV - Saneamento básico.
Apostilas Aprendizado Urbano 28 
 V - Beneficiamento de áreas e obras de proteção contra sêcas e inundações. Irrigação.
 VI - Assistência às populações atingidas pelas calamidades públicas.
 VII - Assistência ao índio.
 VIII - Assistência aos Municípios.
 IX - Programa nacional de habitação.
 (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969)
 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
 I - Educação; ensino (exceto o militar); magistério.
 II - Cultura - letras e artes.
 III - Patrimônio histórico, arqueológico, científico, cultural e artístico.
 IV - Desportos.
 MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (Vide Lei nº 6.036, de 1974)
 I - Trabalho; organização profissional e sindical; fiscalização.
 II - Mercado de trabalho; política de emprêgo.
 III - Política salarial.
 IV - Previdência e assistência social.
 V - Política de imigração.
 VI - Colaboração com o Ministério Público junto à Justiça do Trabalho.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE
 I - Política nacional de saúde.
 II - Atividades médicas e para-médicas.
 III - Ação preventiva em geral; vigilância sanitária de fronteiras e de portos marítimos, fluviais e 
aéreos.
 IV - Contrôle de drogas, medicamentos e alimentos.
 V - Pesquisasmédico-sanitárias.
 MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES
 I - Telecomunicações.
 II - Serviços postais.
 (Suprimido pelo Decreto-Lei 900, de 1969)
 MINISTÉRIO DA MARINHA
 (Art. 54)
 MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
 (Art. 59)
Apostilas Aprendizado Urbano 29 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
 MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
 (Art. 63)
TÍTULO VIII
DA SEGURANÇA NACIONAL
CAPÍTULO I
DO CONSELHO DE SEGURANÇA NACIONAL
 Art. 40. O Conselho de Segurança Nacional é o órgão de mais alto nível no assessoramento direto do 
Presidente da República, na formulação e na execução da Política de Segurança Nacional. (Redação dada 
pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 § 1º A formulação da Política de Segurança Nacional far-se-á, bàsicamente, mediante o 
estabelecimento do Conceito Estratégico Nacional.
 § 2º No que se refere a execução da Política de Segurança Nacional, o Conselho apreciará os problemas 
que lhe forem propostos no quadro da conjuntura nacional ou internacional. (Redação dada pelo Decreto-
Lei nº 900, de 1969)
 Art. 41. Caberá, ainda, ao Conselho o cumprimento de outras tarefas específicas previstas na 
Constituição.
 Art. 42. O Conselho de Segurança Nacional é convocado e presidido pelo Presidente da República, dêle 
participando, no caráter de membros natos, o Vice-Presidente da República, todos os Ministros de Estado, 
inclusive os Extraordinários, os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar da Presidência da República, o Chefe 
do Serviço Nacional de Informações, o Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os Chefes dos Estados-
Maiores da Armada, do Exército e da Aeronáutica.
 § 1º O Presidente da República poderá designar membros eventuais, conforme a matéria a ser 
apreciada.
 § 2° O Presidente da República pode ouvir o Conselho de Segurança Nacional, mediante consulta a 
cada um dos seus membros em expediente remetido por intermédio da Secretaria-Geral.
 Art. 43. O Conselho dispõe de uma Secretaria-Geral, como órgão de estudo, planejamento e 
coordenação no campo da segurança nacional e poderá contar com a colaboração de órgãos 
complementares, necessários ao cumprimento de sua finalidade constitucional. (Redação dada pelo 
Decreto-Lei nº 1.093, de 1970)
CAPÍTULO II
DO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES
 Art. 44. O Serviço Nacional de Informações tem por finalidade superintender e coordenar, em todo o 
território nacional, as atividades de informação e contra-informação, em particular as que interessem à 
segurança nacional.
TÍTULO IX
DAS FÔRÇAS ARMADAS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Apostilas Aprendizado Urbano 30 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1093.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1093.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art40%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art40%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art40
 Art. 45. As Fôrças Armadas, constituídas pela Marinha de Guerra, pelo Exército e pela Aeronáutica 
Militar, são instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na 
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei. As Fôrças 
Armadas, essenciais à execução da Política de Segurança Nacional, destinam-se à defesa da Pátria e à 
garantia dos Podêres constituídos, da Lei e da Ordem. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Parágrafo único. As Fôrças Armadas, nos casos de calamidade pública, colaborarão com os Ministérios 
Civis, sempre que solicitadas, na assistência às populações atingidas e no restabelecimento da 
normalidade. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 46. O Poder Executivo fixará a organização pormenorizada das Fôrças Armadas singulares - Fôrças 
Navais, Fôrças Terrestres e Fôrça Aérea Brasileira - e das Fôrças Combinadas ou Conjuntas, bem como dos 
demais órgãos integrantes dos Ministérios Militares, suas denominações, localizações e atribuições.
 Parágrafo único. Caberá, também, ao Poder Executivo, nos limites fixados em lei, dispor sôbre as 
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, como fôrças auxiliares, reserva do Exército.
CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO DIRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
SEÇÃO I
Do Alto Comando das Fôrças Armadas
 Art. 47. O Alto Comando das Fôrças Armadas é um órgão de assessoramento do Presidente da 
República, nas decisões relativas à política militar e à coordenação de assuntos pertinentes às Fôrças 
Armadas.
 Art. 48. Integram o Alto Comando das Fôrças Armadas os Ministros Militares, o Chefe do Estado-
Maior das Fôrças Armadas e os Chefes dos Estados-Maiores de cada uma das Fôrças singulares.
 Art. 49. O Alto Comando das Fôrças Armadas reúne-se quando convocado pelo Presidente da 
República e é secretariado pelo Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República.
SEÇÃO II
Do Estado-Maior das Fôrças Armadas
 Art. 50. O Estado-Maior das Fôrças Armadas, órgãos de assessoramento do Presidente da República 
tem por atribuições: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 I - Proceder aos estudos para a fixação da Política, da Estratégia e da Doutrina Militares, bem como 
elaborar e coordenar os planos e programas decorrentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 II - Estabelecer os planos para emprêgo das Fôrças Combinadas ou Conjuntas e de fôrças singulares 
destacadas para participar de operações militares no exterior, levando em consideração os estudos e as 
sugestões dos Ministros Militares competentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 III - Coordenar as informações estratégicas no Campo Militar; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, 
de 1969)
 IV - Coordenar, no que transcenda os objetivos específicos e as disponibilidades previstas no 
Orçamento dos Ministérios Militares, os planos de pesquisas, de desenvolvimento e de mobilização das 
Fôrças Armadas e os programas de aplicação de recursos decorrentes. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 
900, de 1969)
Apostilas Aprendizado Urbano 31 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art45
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art45
 V - Coordenar as representações das Fôrças Armadas no País e no exterior; (Redação dada pelo 
Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 VI - Proceder aos estudos e preparar as decisões sôbre assuntosque lhe forem submetidos pelo 
Presidente da República. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Parágrafo único. . (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
 Art. 51. A Chefia do Estado-Maior das Fôrças Amadas é exercida por um oficial-general do mais alto 
pôsto nomeado pelo Presidente da República, obedecido, em princípio, o critério de rodízio entre as Fôrças 
Armadas.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 52. As funções de Estado-Maior e Serviços no Estado-Maior das Fôrças Armadas são exercidas por 
oficiais das três Fôrças singulares.
 Art. 53. O Conselho de Chefes de Estado-Maior, constituído do Chefe do Estado-Maior das Fôrças 
Armadas e dos Chefes do Estado-Maior das Fôrças singulares, reúne-se periòdicamente, sob a presidência 
do primeiro, para apreciação de assuntos específicos do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os de interêsse 
comum a mais de uma das Fôrças singulares.
CAPÍTULO III
DOS MINISTÉRIOS MILITARES
SEÇÃO I
Do Ministério da Marinha
 Art. 54. O Ministério da Marinha administra os negócios da Marinha de Guerra e tem como atribuição 
principal a preparação desta para o cumprimento de sua destinação constitucional.
 § 1º Cabe ao Ministério da Marinha;
 I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e adestramento das Fôrças Navais e 
Aeronavais e do Corpo de Fuzileiros Navais, inclusive para integrarem Fôrças Combinadas ou Conjuntas.
 II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Marinha, obedecido o previsto no 
item V do art. 50 da presente Lei.
 III - Estudar e propor diretrizes para a política marítima nacional.
 § 2º Ao Ministério da Marinha competem ainda as seguintes atribuições subsidiárias;
 I - Orientar e controlar a Marinha Mercante Nacional e demais atividades correlatas no que interessa à 
segurança nacional e prover a segurança da navegação, seja ela marítima, fluvial ou lacustre.
 II - Exercer a polícia naval.
 Art. 55. O Ministro da Marinha exerce a direção geral do Ministério da Marinha e é o Comandante 
Superior da Marinha de Guerra. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 56. A Marinha de Guerra compreende suas organizações próprias, pessoal em serviço ativo e sua 
reserva, inclusive as formações auxiliares conforme fixado em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, 
de 1969)
 Art. 57. O Ministério da Marinha é constituído de:
 I - Órgãos de Direção Geral.
Apostilas Aprendizado Urbano 32 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art56
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art56
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art55
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art51
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art50
 - Almirantado (Alto Comando da Marinha de Guerra).
 - Estado Maior da Armada.
 II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24).
 III - Órgãos de Assessoramento.
 - Gabinete do Ministro.
 - Consultoria Jurídica.
 - Conselho de Almirantes.
 - Outros Conselhos e Comissões.
 IV - Órgãos de Apoio.
 - Diretorias e outros órgãos.
 V - Fôrças Navais e Aeronavais (elementos próprios - navios e helicópteros - e elementos destacados da 
Fôrça Aérea Brasileira).
 - Corpo de Fuzileiros Navais.
 - Distritos Navais.
 - Comando do Contrôle Naval do Tráfego Marítimo. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 58. (Revogado pela Lei nº 6.059, de 1974)
SEÇÃO II
Do Ministério do Exército
 Art. 59. O Ministério do Exército administra os negócios do Exército e tem, como atribuição principal 
a preparação do Exército para o cumprimento da sua destinação constitucional.
 § 1º Cabe ao Ministério do Exército:
 I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e o adestramento das Fôrças Terrestres, 
inclusive para integrarem Fôrças Combinadas ou Conjuntas.
 II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interesse do Exército, obedecido o previsto no 
item V do art. 50 da presente lei.
 § 2º Ao Ministério do Exército compete ainda propor as medidas para a efetivação do disposto no 
Parágrafo único do art. 46 da presente lei.
 Art. 60. O Ministro do Exército exerce a direção geral das atividades do Ministério e é o Comandante 
Superior do Exército.
 Art. 61. O Exército é constituído do Exército ativo e sua Reserva.
 § 1° O Exército ativo é a parte do Exército organizada e aparelhada para o cumprimento de sua 
destinação constitucional e em pleno exercício de suas atividades.
 § 2° Constitui a Reserva do Exército todo o pessoal sujeito à incorporação no Exército ativo, mediante 
mobilização ou convocação, e as fôrças e organizações auxiliares, conforme fixado em lei.
 Art. 62. O Ministério do Exército compreende:
Apostilas Aprendizado Urbano 33 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6059.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art57v
 I - Órgãos de Direção Geral
 - Alto Comando do Exército.
 - Estado-Maior do Exército.
 - Conselho Superior de Economia e Finanças.
 II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24)
 III - Órgãos de Assessoramento
 - Gabinete do Ministro.
 - Consultoria Jurídica.
 - Secretaria Geral.
 - Outros Conselhos e Comissões.
 IV - Órgãos de Apoio
 - Diretorias e outros órgãos.
 V - Fôrças Terrestres
 - Órgãos Territoriais.
SEÇÃO III
Do Ministério da Aeronáutica
 Art. 63. O Ministério da Aeronáutica administra os negócios da Aeronáutica e tem como atribuições 
principais a preparação da Aeronáutica para o cumprimento de sua destinação constitucional e a orientação, 
a coordenação e o contrôle das atividades da Aviação Civil. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 
1969)
 Parágrafo único. Cabe ao Ministério da Aeronáutica: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 I - Estudar e propor diretrizes para a Política Aeroespacial Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei 
nº 991, de 1969)
 II - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e o adestramento da Fôrça Aérea Brasileira, 
inclusive de elementos para integrar as Fôrças Combinadas ou Conjuntas. (Redação dada pelo Decreto-Lei 
nº 991, de 1969)
 III - Orientar, coordenar e controlar as atividades da Aviação Civil, tanto comerciais como privadas e 
desportivas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 IV - Estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante autorização ou concessão, a infra-
estrutura aeronáutica, inclusive os serviços de apoio necessárias à navegação aérea. (Redação dada pelo 
Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 V - Orientar, incentivar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Aeronáutica, 
obedecido, quanto às de interêsse militar, ao prescrito no item IV do art. 50 da presente lei. (Redação dada 
pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 VI - Operar o Correio Aéreo Nacional. (Redação dada peloDecreto-Lei nº 991, de 1969)
 Art. 64. O Ministro da Aeronáutica exerce a direção geral das atividades do Ministério e é o 
Apostilas Aprendizado Urbano 34 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art1
Comandante-em-Chefe da Fôrça Aérea Brasileira. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 Art. 65. A Fôrça Aérea Brasileira é a parte da Aeronáutica organizada e aparelhada para o 
cumprimento de sua destinação constitucional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 Parágrafo único. Constituí a reserva da Aeronáutica todo o pessoal sujeito à incorporação na Fôrça 
Aérea Brasileira, mediante mobilização ou convocação, e as organizações auxiliares, conforme fixado em 
lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 Art. 66. O Ministério da Aeronáutica compreende: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 I - Órgãos de Direção Geral: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Alto Comando da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Estado-Maior da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Inspetoria Geral da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24): (Redação dada pelo 
Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Departamento de Aviação Civil (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)v
 - Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 III - Órgãos de Assessoramento: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Gabinete do Ministro (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Consultoria Jurídica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Conselhos e Comissões (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 IV - Órgãos de Apoio: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Comandos, Diretorias, Institutos, Serviços e outros órgãos (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 
1969)
 V - Fôrça Aérea Brasileira: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
 - Comandos Aéreos (inclusive elementos para integrar Fôrças Combinadas ou Conjuntas) - Comandos 
Territoriais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÃO GERAL
 Art. 67. O Almirantado (Alto Comando da Marinha de Guerra), o Alto Comando do Exército e o Alto 
Comando da Aeronáutica, a que se referem os arts 57, 62 e 66 são órgãos integrantes da Direção Geral do 
Ministério da Marinha, do Exército e da Aeronáutica cabendo-lhes assessorar os respectivos Ministros, 
principalmente:
 a) nos assuntos relativos à política militar peculiar à Fôrça singular;
 b) nas matérias de relevância - em particular, de organização, administração e logística - dependentes 
de decisão ministerial;
 c) na seleção do quadro de Oficiais Generais.
Apostilas Aprendizado Urbano 35 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art66
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art66
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art66
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art66
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art66
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art66
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0991.htm#art66
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TÍTULO X
DAS NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E DE CONTABILIDADE
 Art. 68. O Presidente da República prestará anualmente ao Congresso Nacional as contas relativas ao 
exercício anterior, sôbre as quais dará parecer prévio o Tribunal de Contas.
 Art. 69. Os órgãos da Administração Direta observarão um plano de contas único e as normas gerais de 
contabilidade e da auditoria que forem aprovados pelo Govêrno.
 Art . 70. Publicados a lei orçamentária ou os decretos de abertura de créditos adicionais, as unidades 
orçamentárias, os órgãos administrativos, os de contabilização e os de fiscalização financeira ficam, desde 
logo, habilitados a tomar as providências cabíveis para o desempenho das suas tarefas.
 Art. 71. A discriminação das dotações orçamentárias globais de despesas será feita:
 I - No Poder Legislativo e órgãos auxiliares, pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal 
e pelo Presidente do Tribunal de Contas.
 II - No Poder Judiciário, pelos Presidentes dos Tribunais e demais órgãos competentes.
 III - No Poder Executivo, pelos Ministros de Estado ou dirigentes de órgãos da Presidência da 
República.
 Art. 72. Com base na lei orçamentária, créditos adicionais e seus atos complementares, o órgão central 
da programação financeira fixará as cotas e prazos de utilização de recursos pelos órgãos da Presidência da 
República, pelos Ministérios e pelas autoridades dos Podêres Legislativo e Judiciário para atender à 
movimentação dos créditos orçamentários ou adicionais.
 § 1º Os Ministros de Estado e os dirigentes de Órgãos da Presidência da República aprovarão a 
programação financeira setorial e autorizarão às unidades administrativas a movimentar os respectivos 
créditos, dando ciência ao Tribunal de Contas.
 § 2º O Ministro de Estado, por proposta do Inspetor Geral de Finanças, decidirá quanto aos limites de 
descentralização da administração dos créditos, tendo em conta as atividades peculiares de cada órgão.
 Art. 73. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem a existência de crédito que a comporte ou quando 
imputada a dotação imprópria, vedada expressamente qualquer atribuição de fornecimento ou prestação de 
serviços cujo custo exceda aos limites prèviamente fixados em lei.Parágrafo único. Mediante representação do órgão contábil serão impugnados quaisquer atos referentes 
a despesas que incidam na proibição do presente artigo.
 Art. 74. Na realização da receita e da despesa pública será utilizada a via bancária, de acôrdo com as 
normas estabelecidas em regulamento.
 § 1º Nos casos em que se torne indispensável a arrecadação de receita diretamente pelas unidades 
administrativas, o recolhimento à conta bancária far-se-á no prazo regulamentar.
 § 2º O pagamento de despesa, obedecidas as normas que regem a execução orçamentária (lei nº 4.320, 
de 17 de março de 1964), far-se-á mediante ordem bancária ou cheque nominativo, contabilizado pelo 
órgão competente e obrigatòriamente assinado pelo ordenador da despesa e pelo encarregado do setor 
financeiro.
 § 3º Em casos excepcionais, quando houver despesa não atendível pela via bancária, as autoridades 
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ordenadoras poderão autorizar suprimentos de fundos, de preferência a agentes afiançados, fazendo-se os 
lançamentos contábeis necessários e fixando-se prazo para comprovação dos gastos.
 Art. 75. Os órgãos da Administração Federal prestarão ao Tribunal de Contas, ou suas delegações, os 
informes relativos à administração dos créditos orçamentários e facilitarão a realização das inspeções de 
contrôle externo dos órgãos de administração financeira, contabilidade e auditorias. (Redação dada pelo 
Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Parágrafo único. As informações previstas neste artigo são as imprescindíveis ao exercício da auditoria 
financeira e orçamentária, realizada com base nos documentos enumerados nos itens I e II do artigo 36 do 
Decreto-lei número 199, de 25 de fevereiro de 1967, vedada a requisição sistemática de documentos ou 
comprovantes arquivados nos órgãos da administração federal, cujo exame se possa realizar através das 
inspeções de contrôle externo.(Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 76. Caberá ao Inspetor Geral de Finanças ou autoridade delegada autorizar a inscrição de despesas 
na conta "Restos a Pagar" (Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964), obedecendo-se na liquidação respectiva as 
mesmas formalidades fixadas para a administração dos créditos orçamentários.
 Parágrafo Único. As despesas inscritas na conta de "Restos a Pagar" serão liquidadas quando do 
recebimento do material, da execução da obra ou da prestação do serviço, ainda que ocorram depois do 
encerramento do exercício financeiro.
 Art. 77. Todo ato de gestão financeira deve ser realizado por fôrça do documento que comprove a 
operação e registrado na contabilidade, mediante classificação em conta adequada.
 Art. 78. O acompanhamento da execução orçamentária será feito pelos órgãos de contabilização.
 § 1° Em cada unidade responsável pela administração de créditos proceder-se-á sempre à 
contabilização dêstes.
 § 2° A contabilidade sintética ministerial caberá à Inspetoria Geral de Finanças.
 § 3 ° A contabilidade geral caberá à Inspetoria Geral de Finanças do Ministério da Fazenda.
 § 4º Atendidas as conveniências do serviço, um único órgão de contabilidade analítica poderá 
encarregar-se da contabilização para várias unidades operacionais do mesmo ou de vários Ministérios.
 § 5° Os documentos relativos à escrituração dos atos da receita e despesa ficarão arquivados no órgão de 
contabilidade analítica e à disposição das autoridades responsáveis pelo acompanhamento administrativo e 
fiscalização financeira e, bem assim, dos agentes incumbidos do contrôle externo, de competência do 
Tribunal de Contas.
 Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da 
gestão.
 Art. 80. Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o ordenador da despesa, o qual 
só poderá ser exonerado de sua responsabilidade após julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de 
Contas.
 § 1° Ordenador de despesas é tôda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão de empenho, 
autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos da União ou pela qual esta responda.
 § 2º O ordenador de despesa, salvo conivência, não é responsável por prejuízos causados à Fazenda 
Nacional decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas.
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 § 3º As despesas feitas por meio de suprimentos, desde que não impugnadas pelo ordenador, serão 
escrituradas e incluídas na sua tomada de contas, na forma prescrita; quando impugnadas, deverá o 
ordenador determinar imediatas providências administrativas para a apuração das responsabilidades e 
imposição das penalidades cabíveis, sem prejuízo do julgamento da regularidade das contas pelo Tribunal de 
Contas.
 Art. 81. Todo ordenador de despesa ficará sujeito a tomada de contas realizada pelo órgão de 
contabilidade e verificada pelo órgão de auditoria interna, antes de ser encaminhada ao Tribunal de Contas 
(artigo 82 ).
 Parágrafo único. O funcionário que receber suprimento de fundos, na forma do disposto no art. 74, § 
3º, é obrigado a prestar contas de sua aplicação procedendo-se, automàticamente, a tomada de contas se não 
o fizer no prazo assinalado.
 Art. 82. As tomadas de contas serão objeto de pronunciamento expresso do Ministro de Estado, dos 
dirigentes de órgãos da Presidência da República ou de autoridade a quem estes delegarem competência, 
antes de seu encaminhamento ao Tribunal de Contas para os fins constitucionais e legais. (Vide Decreto nº 
99.626, de 1990)
 § 1º A tomada de contas dos ordenadores, agentes recebedores, tesoureiros ou pagadores será feita no 
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias do encerramento do exercício financeiro pelos órgãos 
encarregados da contabilidade analítica e, antes de ser submetida a pronunciamento do Ministro de Estado, 
dos dirigentes de órgãos da Presidência da República ou da autoridade a quem êstes delegarem 
competência, terá sua regularidade certificada pelo órgão de auditoria.
 § 2º Sem prejuízo do encaminhamento ao Tribunal de Contas, a autoridade a que se refere o parágrafo 
anterior no caso de irregularidade, determinará as providências que, a seu critério, se tornarem 
indispensáveis para resguardar o interêsse público e a probidade na aplicação dos dinheiros públicos, dos 
quais dará ciência oportunamente ao Tribunal de Contas.
 § 3° Sempre que possível, desde que não retardem nem dificultem as tomadas de contas, estas poderão 
abranger conjuntamente a dos ordenadores e tesoureiros ou pagadores.
 Art. 83. Cabe aos detentoresde suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu 
poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade pela 
sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa.
 Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro 
seguinte.
 Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, desvio 
de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades 
administrativas, sob pena de co-responsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares, deverão 
tomar imediatas providência para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a tomada de contas, 
fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas.
 Art. 85. A Inspetoria Geral de Finanças, em cada Ministério, manterá atualizada relação de 
responsáveis por dinheiros, valôres e bens públicos, cujo rol deverá ser transmitido anualmente ao Tribunal 
de Contas, comunicando-se trimestralmente as alterações.
 Art. 86. A movimentação dos créditos destinados à realização de despesas reservadas ou confidenciais 
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será feita sigilosamente e nesse caráter serão tomadas as contas dos responsáveis.
 Art. 87. Os bens móveis, materiais e equipamentos em uso ficarão sob a responsabilidade dos chefes de 
serviço, procedendo-se periòdicamente a verificações pelos competentes órgãos de contrôle.
 Art. 88. Os estoques serão obrigatòriamente contabilizados, fazendo-se a tomada anual das contas dos 
responsáveis.
 Art. 89. Todo aquêle que, a qualquer título, tenha a seu cargo serviço de contabilidade da União é 
pessoalmente responsável pela exatidão das contas e oportuna apresentação dos balancetes, balanços e 
demonstrações contábeis dos atos relativos à administração financeira e patrimonial do setor sob sua 
jurisdição.
 Art. 90. Responderão pelos prejuízos que causarem à Fazenda Pública o ordenador de despesas e o 
responsável pela guarda de dinheiros, valôres e bens.
 Art. 91.Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação 
global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria 
econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais. (Redação dada pelo 
Decreto-Lei nº 1.763, de 1980)
 Art. 92. Com o objetivo de obter maior economia operacional e racionalizar a execução da 
programação financeira de desembôlso, o Ministério da Fazenda promoverá a unificação de recursos 
movimentados pelo Tesouro Nacional através de sua Caixa junto ao agente financeiro da União. (Vide 
Decreto nº 4.529, de .2002)
 Parágrafo único. Os saques contra a Caixa do Tesouro só poderão ser efetuados dentro dos limites 
autorizados pelo Ministro da Fazenda ou autoridade delegada.
 Art. 93. Quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular emprêgo na 
conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades administrativas competentes.
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES REFERENTES AO PESSOAL CIVIL
CAPÍTULO I
DAS NORMAS GERAIS
 Art. 94. O Poder Executivo promoverá a revisão da legislação e das normas regulamentares relativas ao 
pessoal do Serviço Público Civil, com o objetivo de ajustá-las aos seguintes princípios:
 I - Valorização e dignificação da função pública e ao servidor público.
 II - Aumento da produtividade.
 III - Profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público; fortalecimento do Sistema do Mérito 
para ingresso na função pública, acesso a função superior e escolha do ocupante de funções de direção e 
assessoramento.
 IV - Conduta funcional pautada por normas éticas cuja infração incompatibilize o servidor para a 
função.
 V - Constituição de quadros dirigentes, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores 
capacitados a garantir a qualidade, produtividade e continuidade da ação governamental, em consonância 
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com critérios éticos especialmente estabelecidos.
 VI - Retribuição baseada na classificação das funções a desempenhar, levando-se em conta o nível 
educacional exigido pelos deveres e responsabilidade do cargo, a experiência que o exercício dêste requer, a 
satisfação de outros requisitos que se reputarem essenciais ao seu desempenho e às condições do mercado de 
trabalho.
 VII - Organização dos quadros funcionais, levando-se em conta os interêsses de recrutamento nacional 
para certas funções e a necessidade de relacionar ao mercado de trabalho local ou regional o recrutamento, 
a seleção e a remuneração das demais funções.
 VIII - Concessão de maior autonomia aos dirigentes e chefes na administração de pessoal, visando a 
fortalecer a autoridade do comando, em seus diferentes graus, e a dar-lhes efetiva responsabilidade pela 
supervisão e rendimento dos serviços sob sua jurisdição.
 IX - Fixação da quantidade de servidores, de acôrdo com as reais necessidades de funcionamento de 
cada órgão, efetivamente comprovadas e avaliadas na oportunidade da elaboração do orçamento-programa, 
e estreita observância dos quantitativos que forem considerados adequados pelo Poder Executivo no que se 
refere aos dispêndios de pessoal. Aprovação das lotações segundo critérios objetivos que relacionam a 
quantidade de servidores às atribuições e ao volume de trabalho do órgão.
 X - Eliminação ou reabsorção do pessoal ocioso, mediante aproveitamento dos servidores excedentes, 
ou reaproveitamento aos desajustados em funções compatíveis com as suas comprovadas qualificações e 
aptidões vocacionais, impedindo-se novas admissões, enquanto houver servidores disponíveis para a função.
 XI - Instituição, pelo Poder Executivo, de reconhecimento do mérito aos servidores que contribuam 
com sugestões, planos e projetos não elaborados em decorrência do exercício de suas funções e dos quais 
possam resultar aumento de produtividade e redução dos custos operacionais da administração.
 XII - Estabelecimento de mecanismos adequados à apresentação por parte dos servidores, nos vários 
níveis organizacionais, de suas reclamações e reivindicações, bem como à rápida apreciação, pelos órgãos 
administrativos competentes, dos assuntos nelas contidos.
 XIII - Estímulo ao associativismo dos servidores para fins sociais e culturais.
 Parágrafo único. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional mensagens que 
consubstanciem a revisão de que trata êste artigo.
 Art. 95. O Poder Executivo promoverá as medidas necessárias à verificação da produtividade do pessoal 
a ser empregado em quaisquer atividades da Administração Direta ou de autarquia, visando a colocá-lo em 
níveis de competição com a atividade privada ou a evitar custos injustificáveis de operação, podendo, por 
via de decreto executivo ou medidas administrativas, adotar as soluções adequadas, inclusivea eliminação 
de exigências de pessoal superiores às indicadas pelos critérios de produtividade e rentabilidade. Vide 
Decreto nº 67.326, de 05.10.1970
 Art . 96. Nos têrmos da legislação trabalhista, poderão ser contratados especialistas para atender às 
exigências de trabalho técnico em institutos, órgãos de pesquisa e outras entidades especializadas da 
Administração Direta ou autarquia, segundo critérios que, para êsse fim, serão estabelecidos em 
regulamento.
 Art . 97. Os Ministros de Estado, mediante prévia e específica autorização do Presidente da República, 
poderão contratar os serviços de consultores técnicos e especialistas por determinado período, nos têrmos 
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da legislação trabalhista. (Expressão substituída pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS DE APLICAÇÃO IMEDIATA
 Art. 98. Cada unidade administrativa terá, no mais breve prazo, revista sua lotação, a fim de que passe a 
corresponder a suas estritas necessidades de pessoal e seja ajustada às dotações previstas no orçamento (art. 
94 inciso IX).
 Art. 99. O Poder Executivo adotará providências para a permanente verificação da existência de 
pessoal ocioso na Administração Federal, diligenciando para sua eliminação ou redistribuição imediata.
 § 1º Sem prejuízo da iniciativa do órgão de pessoal da repartição, todo responsável por setor de 
trabalho em que houver pessoal ocioso deverá apresentá-lo aos centros de redistribuição e aproveitamento 
de pessoal que deverão ser criados, em caráter temporário, sendo obrigatório o aproveitamento dos 
concursados.
 § 2º A redistribuição de pessoal ocorrerá sempre no interêsse do Serviço Público, tanto na 
Administração Direta como em autarquia, assim como de uma para outra, respeitado o regime jurídico 
pessoal do servidor.
 § 3º O pessoal ocioso deverá ser aproveitado em outro setor, continuando o servidor a receber pela 
verba da repartição ou entidade de onde tiver sido deslocado, até que se tomem as providências necessárias 
à regularização da movimentação.
 § 4° Com relação ao pessoal ocioso que não puder ser utilizado na forma dêste artigo, será observado o 
seguinte procedimento:
 a) extinção dos cargos considerados desnecessários, ficando os seus ocupantes exonerados ou em 
disponibilidade, conforme gozem ou não de estabilidade, quando se tratar de pessoal regido pela legislação 
dos funcionários públicos;
 b) dispensa, com a conseqüente indenização legal, dos empregados sujeitos ao regime da legislação 
trabalhista.
 § 5º Não se preencherá vaga nem se abrirá concurso na Administração Direta ou em autarquia, sem 
que se verifique, prèviamente, no competente centro de redistribuição de pessoal, a inexistência de servidor 
a aproveitar, possuidor da necessária qualificação.
 § 6º Não se exonerará, por fôrça do disposto neste artigo, funcionário nomeado em virtude de 
concurso.
 Art. 100. Instaurar-se-á processo administrativo para a demissão ou dispensa de servidor efetivo ou 
estável, comprovadamente ineficiente no desempenho dos encargos que lhe competem ou desidioso no 
cumprimento de seus deveres.
 Art. 101. O provimento em cargos em comissão e funções gratificadas obedecerá a critérios a serem 
fixados por ato do Poder Executivo que: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 a) definirá os cargos em comissão de livre escolha do Presidente da República; (Incluído pelo Decreto-
Lei nº 900, de 1969)
 b) estabelecerá os processos de recrutamento com base no Sistema do Mérito; e (Incluído pelo Decreto-
Lei nº 900, de 1969)
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 c) fixará as demais condições necessárias ao seu exercício. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 102. É proibida a nomeação em caráter interino por incompatível com a exigência de prévia 
habilitação em concurso para provimento dos cargos públicos, revogadas tôdas as disposições em contrário.
 Art. 103. Todo servidor que estiver percebendo vencimento, salário ou provento superior ao fixado 
para o cargo nos planos de classificação e remuneração, terá a diferença caracterizada como vantagem 
pessoal, nominalmente identificável, a qual em nenhuma hipótese será aumentada, sendo absorvida 
progressivamente pelos aumentos que vierem a ser realizados no vencimento, salário ou provento fixado 
para o cargo nos mencionados planos.
 Art. 104. No que concerne ao regime de participação na arrecadação, inclusive cobrança da Dívida 
Ativa da União, fica estabelecido o seguinte:
 I - Ressalvados os direitos dos denunciantes, a adjudicação de cota-parte de multas será feita 
exclusivamente aos Agentes Fiscais de Rendas Internas, Agentes Fiscais do Impôsto de Renda, Agentes 
Fiscais do Impôsto Aduaneiro, Fiscais Auxiliares de Impostos Internos e Guardas Aduaneiros e sòmente 
quando tenham os mesmos exercido ação direta, imediata e pessoal na obtenção de elementos destinados à 
instauração de autos de infração ou início de processos para cobrança dos débitos respectivos.
 II - O regime de remuneração, previsto na Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, continuará a ser 
aplicado exclusivamente aos Agentes Fiscais de Rendas Internas, Agentes Fiscais do Impôsto de Renda, 
Agentes Fiscais do Impôsto Aduaneiro, Fiscais Auxiliares de Impostos Internos e Guardas Aduaneiros.
 III - A partir da data da presente lei, fica extinto o regime de remuneração instituído a favor dos 
Exatores Federais, Auxiliares de Exatorias e Fiéis do Tesouro.
 IV - (Revogado pela Lei nº 5.421, de 1968)
 V - A participação, através do Fundo de Estímulo, e bem assim as percentagens a que se referem o art. 
64 da Lei n° 3.244, de 14 de agôsto de 1957, o Art. 109 da Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958, 
os artigos 8º, § 2ºe 9º da Lei nº 3.756, de 20 de abril de 1960, e o § 6º do art. 32 do Decreto-lei nº 147, de 3 
de fevereiro de 1967, ficam também extintas. 
 Parágrafo único. Comprovada a adjudicação da cota-parte de multas com desobediência ao que dispõe 
o inciso I dêste artigo, serão passíveis de demissão, tanto o responsável pela prática dêsse ato, quanto os 
servidores que se beneficiarem com as vantagens dêle decorrentes.
 Art . 105. Aos servidores que, na data da presente lei estiverem no gôzo das vantagens previstas nos 
incisos III, IV e V do artigo anterior fica assegurado o direito de percebê-las, como diferença mensal, desde 
que esta não ultrapasse a média mensal que, àquele título, receberam durante o ano de 1966, e até que, por 
fôrça dos reajustamentos de vencimentos do funcionalismo, o nível de vencimentos dos cargos que 
ocuparem alcance importâncias correspondente à soma do vencimento básico e da diferença de 
vencimento. (Vide Lei nº 5.421, de 1968)
 Art. 106. Fica extinta a Comissão de Classificação de Cargos transferindo-se ao DASP, seu acervo, 
documentação,recursos orçamentários e atribuições.
 Art. 107. A fim de permitir a revisão da legislação e das normas regulamentares relativas ao pessoal do 
Serviço Público Civil, nos têrmos do disposto no art. 94, da presente lei, suspendem-se nesta data as 
readaptações de funcionários que ficam incluídas na competência do DASP.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5421.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0147.htm#art32
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L3756.htm#art9
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3470.htm#art109
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3244.htm#art64
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 Art. 108. O funcionário, em regime de tempo integral e dedicação exclusiva, prestará serviços em dois 
turnos de trabalho, quando sujeito a expediente diário.
 Parágrafo único. Incorrerá em falta grave, punível com demissão, o funcionário que perceber a 
vantagem de que trata êste artigo e não prestar serviços correspondentes e bem assim o chefe que atestar a 
prestação irregular dos serviços.
 Art. 109. Fica revogada a legislação que permite a agregação de funcionários em cargos em comissão e 
em funções gratificadas, mantidos os direitos daqueles que, na data desta lei, hajam completado as condições 
estipuladas em lei para a agregação, e não manifestem, expressamente, o desejo de retornarem aos cargos de 
origem.
 Parágrafo único. Todo agregado é obrigado a prestar serviços, sob pena de suspensão dos seus 
vencimentos.
 Art. 110. Proceder-se-á à revisão dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Administração 
Direta e das autarquias, para supressão daqueles que não corresponderem às estritas necessidades dos 
serviços, em razão de sua estrutura e funcionamento.
 Art. 111. A colaboração de natureza eventual à Administração Pública Federal sob a forma de 
prestação de serviços, retribuída mediante recibo, não caracteriza, em hipótese alguma, vínculo 
empregatício com o Serviço Público Civil, e sòmente poderá ser atendida por dotação não classificada na 
rubrica "PESSOAL", e nos limites estabelecidos nos respectivos programas de trabalho. (Vide Decreto nº 
66.715, de 1970)
 Art. 112. O funcionário que houver atingido a idade máxima (setenta anos) prevista para aposentadoria 
compulsória não poderá exercer cargo em comissão ou função gratificada, nos quadros dos Ministérios, do 
DASP e das autarquias.
 Art. 113. Revogam-se na data da publicação da presente lei, os Arts. 62 e 63 da Lei n° 1.711, de 28 de 
outubro de 1952, e demais disposições legais e regulamentares que regulam as readmissões no serviço 
público federal.
 Art. 114. O funcionário público ou autárquico que, por fôrça de dispositivo legal, puder manifestar 
opção para integrar quadro de pessoal de qualquer outra entidade e por esta aceita, terá seu tempo de 
serviço anterior, devidamente comprovado, averbado na instituição de previdência, transferindo-se para o 
INPS as contribuições pagas ao IPASE.
CAPÍTULO III
DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL
 Art. 115. O Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) é o órgão central do sistema de 
pessoal, responsável pelo estudo, formulação de diretrizes, orientação, coordenação, supervisão e contrôle 
dos assuntos concernentes à administração do Pessoal Civil da União. (Vide Lei nº 6.228, de 1975)
 Parágrafo único. Haverá em cada Ministério um órgão de pessoal integrante do sistema de pessoal.
 Art. 116. Ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) incumbe: (Vide Lei nº 6.228, de 
1975)
 I - Cuidar dos assuntos referentes ao pessoal civil da União, adotando medidas visando ao seu 
aprimoramento e maior eficiência.
Apostilas Aprendizado Urbano 43 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L1711.htm#art62
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L1711.htm#art62
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D66715.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D66715.htm
 II - Submeter ao Presidente da República os projetos de regulamentos indispensáveis à execução das 
leis que dispõem sôbre a função pública e os servidores civis da União.
 III - Zelar pela observância dessas leis e regulamentos, orientando, coordenando e fiscalizando sua 
execução, e expedir normas gerais obrigatórias para todos os órgãos.
 IV - Estudar e propor sistema de classificação e de retribuição para o serviço civil administrando sua 
aplicação.
 V - Recrutar e selecionar candidatos para os órgãos da Administração Direta e autarquias, podendo 
delegar, sob sua orientação, fiscalização e contrôle a realização das provas o mais próximo possível das áreas 
de recrutamento.
 VI - Manter estatísticas atualizadas sôbre os servidores civis, inclusive os da Administração Indireta.
 VII - Zelar pela criteriosa aplicação dos princípios de administração de pessoal com vistas ao 
tratamento justo dos servidores civis, onde quer que se encontrem.
 VIII - Promover medidas visando ao bem-estar social dos servidores civis da União e ao 
aprimoramento das relações humanas no trabalho.
 IX - Manter articulação com as entidades nacionais e estrangeiras que se dedicam a estudos de 
administração de pessoal.
 X - Orientar, coordenar e superintender as medidas de aplicação imediata (Capítulo II, dêste Título).
 Art. 117. O Departamento Administrativo do Pessoal Civil prestará às Comissões Técnicas do Poder 
Legislativo tôda cooperação que fôr solicitada.
 Parágrafo único. O Departamento deverá colaborar com o Ministério Público Federal nas causas que 
envolvam a aplicação da legislação do pessoal.
 Art. 118. Junto ao Departamento haverá o Conselho Federal de Administração de Pessoal, que 
funcionará como órgão de consulta e colaboração no concernente à política de pessoal do Govêrno e 
opinará na esfera administrativa, quando solicitado pelo Presidente da República ou pelo Diretor-Geral do 
DASP nos assuntos relativos à administração de pessoal civil, inclusive quando couber recurso de decisão 
dos Ministérios, na forma estabelecida em regulamento.
 Art. 119. O Conselho Federal de Administração de Pessoal será presidido pelo Diretor-Geral do 
Departamento Administrativo do Pessoal Civil e constituído de quatro membros, com mandato de três 
anos, nomeados pelo Presidente da República, sendo: dois funcionários, um da Administração Direta e 
outro da Indireta, ambos com mais de vinte anos de Serviço Público da União, com experiência em 
administração e relevante fôlha de serviços; um especialista em direito administrativo; e um elemento de 
reconhecida experiência no setor de atividade privada.
 § 1° O Conselho reunir-se-á ordinàriamente duas vêzes por mês e, extraordinàriamente, por 
convocação de seu presidente.
 § 2° O Conselho contará com o apoio doDepartamento, ao qual ficarão afetos os estudos indispensáveis 
ao seu funcionamento e, bem assim, o desenvolvimento e a realização dos trabalhos compreendidos em sua 
área de competência.
 § 3º Ao Presidente e aos Membros do Conselho é vedada qualquer atividade político-partidária, sob 
pena de exoneração ou perda de mandato.
Apostilas Aprendizado Urbano 44 
 Art. 120. O Departamento prestará tôda cooperação solicitada pelo Ministro responsável pela Reforma 
Administrativa.
 Art. 121. As medidas relacionadas com o recrutamento, seleção, aperfeiçoamento e administração do 
assessoramento superior da Administração Civil, de aperfeiçoamento de pessoal para o desempenho dos 
cargos em comissão e funções gratificadas a que se referem o art. 101 e seu inciso II (Título XI, Capítulo II) 
e de outras funções de supervisão ou especializadas, constituirão encargo de um Centro de 
Aperfeiçoamento, órgão autônomo vinculado ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil. (Vide Lei 
nº 6.228, de 1975)
 Parágrafo único. O Centro de Aperfeiçoamento promoverá direta ou indiretamente mediante 
convênio, acôrdo ou contrato, a execução das medidas de sua atribuição.
CAPÍTULO IV
DO ASSESSORAMENTO SUPERIOR DA ADMINISTRAÇÃO CIVIL
 Art. 122. O Assessoramento Superior da Administração Civil compreenderá determinadas funções de 
assessoramento aos Ministros de Estado, definidas por decreto e fixadas em número limitado para cada 
Ministério civil, observadas as respectivas peculiariedades de organização e funcionamento. (Redação dada 
pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) (Vide Lei nº 7.419, de 1985) (Vide Decreto-lei nº 2.310, de 1986) 
 (Vide Decreto nº 2.365, de 1987) (Vide Decreto-lei nº 2.367, de 1987) (Vide Lei nº 7.995, de 1990)
 § 1º As funções a que se refere êste artigo, caracterizadas pelo alto nível de especificidade, 
complexidade e responsabilidade, serão objeto de rigorosa individualização e a designação para o seu 
exercício sómente poderá recair em pessoas de comprovada idoneidade, cujas qualificações, capacidade e 
experiência específicas sejam examinadas, aferidas e certificadas por órgão próprio, na forma definida em 
regulamento. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 § 2º O exercício das atividades de que trata êste artigo revestirá a forma de locação de serviços regulada 
mediante contrato individual, em que se exigirá tempo integral e dedicação exclusiva, não se lhe aplicando 
o disposto no artigo 35 do Decreto-lei número 81, de 21 de dezembro de 1966, na redação dada pelo artigo 
1º do Decreto-Iei número 177, de 16 de fevereiro de 1967. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 § 3º A prestação dos serviços a que alude êste artigo será retribuída segundo critério fixado em 
regulamento, tendo em vista a avaliação de cada função em face das respectivas especificações, e as 
condições vigentes no mercado de trabalho. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 123. O servidor público designado para as funções de que trata o artigo anterior ficará afastado do 
respectivo cargo ou emprêgo enquanto perdurar a prestação de serviços, deixando de receber o vencimento 
ou salário correspondente ao cargo ou emprego público. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 
1969) (Vide Lei nº 7.419, de 1985) (Vide Decreto-lei nº 2.310, de 1986) (Vide Decreto-lei nº 2.367, 
de 1987) 
 Parágrafo único. Poderá a designação para o exercício das funções referidas no artigo anterior recair 
em ocupante de função de confiança ou cargo em comissão diretamente subordinados ao Ministro de 
Estado, caso em que deixará de receber, durante o período de prestação das funções de assessoramento 
superior, o vencimento ou gratificação do cargo em comissão ou função de confiança. (Redação dada pelo 
Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 124. O disposto no presente Capítulo poderá ser estendido, por decreto, a funções da mesma 
natureza vinculadas aos Ministérios Militares e órgãos integrantes da Presidência da República. (Redação 
Apostilas Aprendizado Urbano 45 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6720.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art123
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art123
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2367.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2367.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2310.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7419.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art123
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art123
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art122
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art122
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art122
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7995.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2367.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2365.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2310.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7419.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art122
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art122
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art7
dada pela Lei nº 6.720, de 1979) (Vide Lei nº 7.419, de 1985) (Vide Decreto-lei nº 2.310, de 1986) 
 (Vide Decreto nº 2.365, de 1987)
TÍTULO XII 
(Vide Decreto nº 73.140, de 1973)
(Vide Decreto nº 86.025, de 1981)
(Vide Decreto nº 87.770, de 1982)
(Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 125. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 126. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art . 127. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 128. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 129. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 130. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 131. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 132. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 133. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art . 134. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art . 135. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 136. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 137. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 138. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 139. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 140. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 141. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 142. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 143. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
 Art. 144. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 2.300, de 1986)
TÍTULO XIII
DA REFORMA ADMINISTRATIVA
 Art. 145. A Administração Federal será objeto de uma reforma de profundidade para ajustá-la às 
disposições da presente lei e, especialmente, às diretrizes e princípios fundamentais enunciados no Título II, 
tendo-se como revogadas, por fôrça desta lei, e à medida que sejam expedidos os atos a que se refere o art. 
146, parágrafoúnico, alínea b , as disposições legais que forem com ela colidentes ou incompatíveis.
 Parágrafo único. A aplicação da presente lei deverá objetivar, prioritàriamente, a execução ordenada 
dos serviços da Administração Federal, segundo os princípios nela enunciados e com apoio na 
Apostilas Aprendizado Urbano 46 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2300-86.htm#art90
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/viwTodos/0EBB5E29CF3B4BCA032569FA0066D4AE?OpenDocument&HIGHLIGHT=1,
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/viwTodos/74A2EDF5CBC7C375032569FA00652602?OpenDocument&HIGHLIGHT=1,
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/viwTodos/7A6C1AC0BF2244CF032569FA0059BAFC?OpenDocument&HIGHLIGHT=1,
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2365.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del2310.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7419.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6720.htm#art1
instrumentação básica adotada, não devendo haver solução de continuidade.
 Art. 146. A Reforma Administrativa, iniciada com esta lei, será realizada por etapas, à medida que se 
forem ultimando as providências necessárias à sua execução.
 Parágrafo único. Para os fins dêste artigo, o Poder Executivo: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, 
de 1969)
 a) promoverá o levantamento das leis, decretos e atos regulamentares que disponham sôbre a 
estruturação, funcionamento e competência dos órgãos da Administração Federal, com o propósito de 
ajustá-los às disposições desta Lei;
 b) obedecidas as diretrizes, princípios fundamentais e demais disposições da presente lei expedirá 
progressivamente os atos de reorganização, reestruturação lotação, definição de competência, revisão de 
funcionamento e outros necessários a efetiva implantação da reforma. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 
900, de 1969)
 c) (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
 Art . 147. A orientação, coordenação e supervisão das providências de que trata êste Título ficarão a 
cargo do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, podendo, entretanto, ser atribuídas a um 
Ministro Extraordinário para a Reforma Administrativa, caso em que a êste caberão os assuntos de 
organização administrativa.
 Art. 148. Para atender às despesas decorrentes de execução da Reforma Administrativa, fica autorizada 
a abertura pelo Ministério da Fazenda do crédito especial de NCr$20.000.000,00 (vinte milhões de cruzeiros 
novos), com vigência nos exercícios de 1967 a 1968. (Vide Decreto nº 61.383, de 1967)
 § 1º Os recursos do crédito aberto neste artigo incorporar-se-ão ao "Fundo de Reforma 
Administrativa", que poderá receber doações e contribuições destinadas ao aprimoramento da 
Administração Federal.
 § 2° O Fundo de Reforma Administrativa, cuja utilização será disciplinada em regulamento, será 
administrado por um órgão temporário de implantação da Reforma Administrativa, que funcionará junto ao 
Ministro responsável pela Reforma Administrativa.
 Art. 149. Na implantação da reforma programada, inicialmente, a organização dos novos Ministérios e 
bem assim, prioritàriamente, a instalação dos Órgãos Centrais, a começar pelos de planejamento, 
coordenação e de contrôle financeiro (art. 22, item I) e pelos órgãos centrais dos sistemas (art. 31).
 Art. 150. Até que os quadros de funcionários sejam ajustados à Reforma Administrativa, o pessoal que 
os integra, sem prejuízo de sua situação funcional para os efeitos legais, continuará a servir nos órgãos em 
que estiver lotado, podendo passar a ter exercício, mediante requisição, nos órgãos resultantes de 
desdobramento ou criados em virtude da presente lei.
 Art. 151. (Revogado pela Lei nº 5.843, de 1972)
 Art. 152. A finalidade e as atribuições dos órgãos da Administração Direta regularão o estabelecimento 
das respectivas estruturas e lotações de pessoal.
 Art. 153. Para implantação da Reforma Administrativa poderão ser ajustados estudos e trabalhos 
técnicos a serem realizados por pessoas físicas ou jurídicas, nos têrmos das normas que se estabelecerem em 
decreto. (Vide Decreto nº 61.383, de 1967)
Apostilas Aprendizado Urbano 47 
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/viwTodos/735FDFB745F3708A032569FA005837FD?OpenDocument&HIGHLIGHT=1,
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5843.htm#art14
https://legislacao.planalto.gov.br/LEGISLA/Legislacao.nsf/viwTodos/735FDFB745F3708A032569FA005837FD?OpenDocument&HIGHLIGHT=1,
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art146pb
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art146pb
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art146p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art146p
 Art . 154. Os decretos e regulamentos expedidos para execução da presente lei disporão sôbre a 
subordinação e vinculação de órgãos e entidades aos diversos Ministérios, em harmonia com a área de 
competência dêstes, disciplinando a transferência de repartições e órgãos.
TÍTULO XIV
DAS MEDIDAS ESPECIAIS DE COORDENAÇÃO
CAPÍTULO I
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
 Art. 155. As iniciativas e providências que contribuem para o estímulo e intensificação das atividades 
de ciência e tecnologia, serão objeto de coordenação com o propósito de acelerar o desenvolvimento 
nacional através da crescente participação do País no progresso científico e tecnológico. (Redação dada pelo 
Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 § 1° (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 § 2° (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
 Art . 156. A formulação e Coordenação da política nacional de saúde, em âmbito nacional e regional, 
caberá ao Ministério da Saúde.
 § 1º Com o objetivo de melhor aproveitar recursos e meios disponíveis e de obter maior produtividade, 
visandoa proporcionar efetiva assistência médico-social à comunidade, promoverá o Ministério da Saúde a 
coordenação, no âmbito regional das atividades de assistência médico-social, de modo a entrosar as 
desempenhadas por órgãos federais, estaduais, municipais, do Distrito Federal, dos Territórios e das 
entidades do setor privado.
 § 2º Na prestação da assistência médica dar-se-á preferência à celebração de convênios com entidades 
públicas e privadas, existentes na comunidade.
 § 3º (Revogado pela Lei nº 6.118, de 1974)
CAPÍTULO III
DO ABASTECIMENTO NACIONAL
 Art. 157. As medidas relacionadas com a formulação e execução da política nacional do abastecimento 
serão objeto de coordenação na forma estabelecida em decreto. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 
1969)
 Art. 158. Se não considerar oportunas as medidas consubstanciadas no artigo anterior, o Govêrno 
poderá atribuir a formulação e coordenação da política nacional do abastecimento a uma Comissão Nacional 
de Abastecimento, órgão interministerial, cuja composição, atribuições e funcionamento serão fixados por 
decreto e que contará com o apoio da Superintendência Nacional do Abastecimento.
 Art. 159. Fica extinto o Conselho Deliberativo da Superintendência Nacional do Abastecimento, de 
que trata a Lei Delegada n° 5, de 26 de setembro de 1962.
 Art. 160. A Superintendência Nacional do Abastecimento ultimará, no mais breve prazo, a assinatura 
de convênios com os Estados, Prefeitura do Distrito Federal e Territórios com o objetivo de transferir-lhes 
os encargos de fiscalização atribuídos àquela Superintendência.
Apostilas Aprendizado Urbano 48 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art157
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6118.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art155
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art155
CAPÍTULO IV
DA INTEGRAÇÃO DOS TRANSPORTES
 Art. 161. Ficam extintos os Conselhos Setoriais de Transportes que atualmente funcionam junto às 
autarquias do Ministério da Viação e Obras Públicas, sendo as respectivas funções absorvidas pelo Conselho 
Nacional de Transportes, cujas atribuições, organização e funcionamento serão regulados em 
decreto. (Expressão substituída pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 Art. 162. Tendo em vista a integração em geral dos transportes, a coordenação entre os Ministérios da 
Aeronáutica e dos Transportes será assegurada pelo Conselho Nacional de Transportes que se pronunciará 
obrigatòriamente quanto aos assuntos econômico-financeiros da aviação comercial e, em particular, sôbre:
 a) concessão de linhas, tanto nacionais como no exterior;
 b) tarifas;
 c) subvenções;
 d) salários (de acôrdo com a política salarial do Govêrno).
 Art. 163. O Conselho será presidido pelo Ministro de Estado dos Transportes e dêle participará, como 
representante do Ministério da Aeronáutica, o chefe do órgão encarregado dos assuntos da aeronáutica 
civil.
 Art. 164. O Poder Executivo, se julgar conveniente, poderá formular a integração no Ministério dos 
Transportes, das atividades concernentes à aviação comercial, compreendendo linhas aéreas regulares, 
subvenções e tarifas, permanecendo sob a competência da Aeronáutica Militar as demais atribuições 
constantes do item IV e as do item V do Parágrafo único do art. 63 e as relativas ao contrôle de pessoal e das 
aeronaves.
 § 1° A integração poderá operar-se gradualmente, celebrando-se, quando necessário, convênios entre 
os dois Ministérios.
 § 2° Promover-se-á, em conseqüência, o ajuste das atribuições cometidas ao Conselho Nacional de 
Transportes nesse particular.
CAPÍTULO V
DAS COMUNICAÇÕES
 Art. 165. O Conselho Nacional de Telecomunicações, cujas atribuições, organização e funcionamento 
serão objeto de regulamentação pelo Poder Executivo, passará a integrar, como órgão normativo, de 
consulta, orientação e elaboração da política nacional de telecomunicações, a estrutura do Ministério das 
Comunicações, logo que êste se instale, e terá a seguinte composição:
 I - Presidente, o Secretário-Geral do Ministério das Comunicações;
 II - Representante do maior partido de oposição no CONGRESSO NACIONAL; (Redação dada pela Lei 
nº 5.396, de 1968)
 III - Representante do Ministério da Educação e Cultura.
 IV - Representante do Ministério da Justiça.
 V - Representante do maior partido que apóia o Govêrno no CONGRESSO NACIONAL; (Redação 
dada pela Lei nº 5.396, de 1968)
Apostilas Aprendizado Urbano 49 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5396.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5396.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5396.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5396.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art7ii
 VI - Representante do Ministério da Indústria e Comércio.
 VII - Representante dos Correios e Telégrafos.
 VIII - Representante do Departamento Nacional de Telecomunicações.
 IX - Representante da Emprêsa Brasileira de Telecomunicações.
 X - Representante das Emprêsas Concessionárias de Serviços de Telecomunicações.
 XI - Representante do Ministério da Marinha; (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968)
 XII - Representante do Ministério do Exército; (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968)
 XIII - Representante do Ministério da Aeronáutica. (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968)
 Parágrafo único. O Departamento Nacional de Telecomunicações passa a integrar, como Órgão Central 
(art. 22, inciso II), o Ministério das Comunicações.
 Art. 166. A exploração dos troncos interurbanos, a cargo da Emprêsa Brasileira de Telecomunicações, 
poderá, conforme as conveniências econômicas e técnicas do serviço, ser feita diretamente ou mediante 
contrato, delegação ou convênio.
 Parágrafo único. A Empresa Brasileira de Telecomunicações poderá ser acionista de qualquer das 
emprêsas com que tiver tráfego-mútuo.
 Art. 167. Fica o Poder Executivo autorizado a transformar o Departamento dos Correios e Telégrafos 
em entidade de Administração Indireta, vinculada ao Ministério das Comunicações. (Vide Decreto-Lei nº 
509, de 20.3.1969)
CAPÍTULO VI
DA INTEGRAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS
 Art. 168. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
 Art. 169. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
TÍTULO XV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
 Art. 170. O Presidente da República, por motivo relevante de interêsse público, poderá avocar e 
decidir qualquer assunto na esfera da Administração Federal.
 Art. 171. A Administração dos Territórios Federais, vinculados ao Ministério do Interior, exercer-se-á 
através de programas plurianuais, concordantes em objetivos e etapas com os planos gerais do Govêrno 
Federal.
 Art. 172. O Poder Executivo assegurará autonomia administrativa e financeira, no grau conveniente 
aos serviços, institutos e estabelecimentos incumbidos da execução de atividades de pesquisa ou ensino ou 
de caráter industrial, comercial ou agrícola, que por suas peculiaridades de organização e funcionamento,exijam tratamento diverso do aplicável aos demais órgãos da administração direta, observada sempre a 
supervisão ministerial.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 § 1º Os órgãos a que se refere êste artigo terão a denominação genérica de Órgãos 
Apostilas Aprendizado Urbano 50 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0509.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0509.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5396.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5396.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5396.htm#art1
Autônomos. (Renumerado do Parágrafo Único pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)
 § 2º Nos casos de concessão de autonomia financeira, fica o Poder Executivo autorizado a instituir 
fundos especiais de natureza contábil, a cujo crédito se levarão todos os recursos vinculados às atividades do 
órgão autônomo, orçamentários e extra-orçamentários, inclusive a receita própria. (Incluído pelo Decreto-
Lei nº 900, de 1969)
 Art. 173. Os atos de provimento de cargos públicos ou que determinarem sua vacância assim como os 
referentes a pensões, aposentadorias e reformas, serão assinados pelo Presidente da República ou, mediante 
delegação dêste, pelos Ministros de Estado, conforme se dispuser em regulamento.
 Art. 174. Os atos expedidos pelo Presidente da República ou Ministros de Estado, quando se referirem 
a assuntos da mesma natureza, poderão ser objeto de um só instrumento, e o órgão administrativo 
competente expedirá os atos complementares ou apostilas.
 Art . 175. Para cada órgão da Administração Federal, haverá prazo fixado em regulamento para as 
autoridades administrativas exigirem das partes o que se fizer necessário à instrução de seus pedidos.
 § 1º As partes serão obrigatòriamente notificadas das exigências, por via postal, sob registro, ou por 
outra forma de comunicação direta.
 § 2º Satisfeitas as exigências, a autoridade administrativa decidirá o assunto no prazo fixado pelo 
regulamento, sob pena de responsabilização funcional.
 Art. 176. Ressalvados os assuntos de caráter sigiloso, os órgãos do Serviço Público estão obrigados a 
responder às consultas feitas por qualquer cidadão, desde que relacionadas com seus legítimos interêsses e 
pertinentes a assuntos específicos da repartição.
 Parágrafo único. Os chefes de serviço e os servidores serão solidàriamente responsáveis pela efetivação 
de respostas em tempo oportuno.
 Art . 177. Os conselhos, comissões e outros órgãos colegiados que contarem com a representação de 
grupos ou classes econômicas diretamente interessados nos assuntos de sua competência, terão funções 
exclusivamente de consulta, coordenação e assessoramento, sempre que àquela representação corresponda 
um número de votos superior a um têrço do total.
 Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo os órgãos incumbidos do julgamento de litígios 
fiscais e os legalmente competentes para exercer atribuições normativas e decisórias relacionadas com os 
impostos de importação e exportação, e medidas cambiais correlatas.
 Art. 178. As autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da 
Administração Federal Indireta, bem assim as fundações criadas pela União ou mantidas com recursos 
federais, sob supervisão ministerial, e as demais sociedades sob o controle direto ou indireto da União, que 
acusem a ocorrência de prejuízos, estejam inativas, desenvolvam atividades já atendidas satisfatoriamente 
pela iniciativa privada ou não previstas no objeto social, poderão ser dissolvidas ou incorporadas a outras 
entidades, a critério e por ato do Poder Executivo, resguardados os direitos assegurados, aos eventuais 
acionistas minoritários, nas leis e atos constitutivos de cada entidade.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 
2.299, de 1986)
 Art . 179. Observado o disposto no art. 13 da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964, o Ministério do 
Planejamento e Coordenação Geral atualizará, sempre que se fizer necessário, o esquema de discriminação 
ou especificação dos elementos da despesa orçamentária.
Apostilas Aprendizado Urbano 51 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4320.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2299.htm#art178
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2299.htm#art178
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art172
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art172
 Art . 180. As atribuições previstas nos arts. 111 a 113, da Lei número 4.320, de 17 de março de 1964, 
passam para a competência do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral.
 Art . 181. Para os fins do Título XIII desta Lei, poderá o Poder Executivo:
 I - Alterar a denominação de cargos em comissão.
 II - Reclassificar cargos em comissão, respeitada a tabela de símbolos em vigor.
 III - Transformar funções gratificadas em cargos em comissão, na forma da lei.
 IV - Declarar extintos os cargos em comissão que não tiverem sido mantidos, alterados ou 
reclassificados até 31 de dezembro de 1968.
 Art . 182. Nos casos dos incisos II e III do art. 5º e no do inciso I do mesmo artigo, quando se tratar de 
serviços industriais, o regime de pessoal será o da Consolidação das Leis do Trabalho; nos demais casos, o 
regime jurídico do pessoal será fixado pelo Poder Executivo.
 Art . 183. As entidades e organizações em geral, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, 
que recebem contribuições para fiscais e prestam serviços de interêsse público ou social, estão sujeitas à 
fiscalização do Estado nos têrmos e condições estabelecidas na legislação pertinente a cada uma.
 Art. 184. Não haverá, tanto em virtude da presente lei como em sua decorrência, aumento de pessoal 
nos quadros de funcionários civis e nos das Fôrças Armadas.
 Art. 185. Incluem-se na responsabilidade do Ministério da Indústria e do Comércio a supervisão dos 
assuntos concernentes à indústria siderúrgica, à indústria petroquímica, à indústria automobilística, à 
indústria naval e à indústria aeronáutica.
 Art. 186. A Taxa de Marinha Mercante, destinada a proporcionar à, frota mercante brasileira melhores 
condições de operação e expansão, será administrada pelo Órgão do Ministério dos Transportes, responsável 
pela navegação marítima e interior.
 Art. 187. A Coordenação do Desenvolvimento de Brasília (CODEBRÁS) passa a vincular-se ao Ministro 
responsável pela Reforma Administrativa.
 Art. 188. Tôda pessoa natural ou jurídica - em particular, o detentor de qualquer cargo público - é 
responsável pela Segurança Nacional, nos limites definidos em lei. Em virtude de sua natureza ou da pessoa 
do detentor, não há cargo, civil ou militar, específico de segurança nacional, com exceção dos previstos em 
órgãos próprios do Conselho de Segurança Nacional.
 § 1º Na Administração Federal, os cargos públicos civis, de provimento em comissão ou em caráter 
efetivo, as funções de pessoal temporário, de obras e os demais empregos sujeitos à legislação trabalhista, 
podem ser exercidos por qualquer pessoaque satisfaça os requisitos legais.
 § 2º Cargo militar é aquêle que, de conformidade com as disposições legais ou quadros de efetivos das 
Fôrças Armadas, só pode ser exercida por militar em serviço ativo.
CAPÍTULO II
DOS BANCOS OFICIAIS DE CRÉDITO
 Art. 189. Sem prejuízo de sua subordinação técnica à autoridade monetária nacional, os 
estabelecimentos oficiais de crédito manterão a seguinte vinculação:
 I - Ministério da Fazenda
Apostilas Aprendizado Urbano 52 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4320.htm#art111
 - Banco Central da República (Vide Decreto-Lei nº 278, de 28.2.1967)
 - Banco do Brasil
 - Caixas Econômicas Federais
 II - Ministério da Agricultura
 - Banco Nacional do Crédito Cooperativo (Vide Decreto nº 99.192, de 1990)
 III - Ministério do Interior
 - Banco de Crédito da Amazônia
 - Banco do Nordeste do Brasil
 - Banco Nacional da Habitação (Vide Del 2.291, de 21.11.1986)
 IV - Ministério do Planejamento e Coordenação Geral
 - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico.
CAPÍTULO III
DA PESQUISA ECONÔMICO-SOCIAL APLICADA E DO FINANCIAMENTO DE PROJETOS
 Art. 190. É o Poder Executivo autorizado a instituir, sob a forma de fundação, o Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada (Ipea), com a finalidade de auxiliar o Ministro de Estado da Economia, Fazenda e 
Planejamento na elaboração e no acompanhamento da política econômica e promover atividade de pesquisa 
econômica aplicada nas áreas fiscal, financeira, externa e de desenvolvimento setorial. (Redação dada pela 
Lei nº 8.029, de 1990)
 Parágrafo único. O instituto vincular-se-á ao Ministério da Economia, Fazenda e 
Planejamento. (Redação dada pela Lei nº 8.029, de 1990)
 Art. 191. Fica o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral autorizado, se o Govêrno julgar 
conveniente, a incorporar as funções de financiamento de estudo e elaboração de projetos e de programas 
do desenvolvimento econômico, presentemente afetos ao Fundo de Financiamento de Estudos e Projetos 
(FINEP), criado pelo Decreto nº 55.820, de 8 de março de 1965, constituindo para êsse fim uma emprêsa 
pública, cujos estatutos serão aprovados por decreto, e que exercerá tôdas as atividades correlatadas de 
financiamento de projetos e programas e de prestação de assistência técnica essenciais ao planejamento 
econômico e social, podendo receber doações e contribuições e contrair empréstimos de fontes internas e 
externas. (Vide Decreto nº 61.056, de 1967)
CAPÍTULO IV
DOS SERVIÇOS GERAIS
 Art. 192. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
 Art. 193. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
 Art . 194. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
 Art. 195. (Revogado pela Lei nº 9.636, de 1998)
 Art. 196. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
 Art. 197. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 900, de 1968)
Apostilas Aprendizado Urbano 53 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9636.htm#art53
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0900.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D61056.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D55820.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8029cons.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8029cons.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8029cons.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2291.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99192.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0278.htm#art1
CAPÍTULO V
DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
 Art. 198. Levando em conta as peculiaridades do Ministério das Relações Exteriores, o Poder Executivo 
adotará a estrutura orgânica e funcional estabelecida pela presente Lei, e, no que couber, o disposto no seu 
Título XI.
CAPÍTULO VI
DOS NOVOS MINISTÉRIOS E DOS CARGOS
 Art. 199. Ficam criados:
 I - (Revogado pela Lei nº 6.036, de 1974)
 II - O Ministério do Interior, com absorção dos órgãos subordinados ao Ministro Extraordinário para 
Coordenação dos Organismos Regionais.
 III - O Ministério das Comunicações, que absorverá o Conselho Nacional de Telecomunicações, o 
Departamento Nacional de Telecomunicações e o Departamento dos Correios e Telégrafos. (Vide Decreto-
Lei nº 509, de 20.3.1969)
 Art. 200. O Ministério da Justiça e Negócios Interiores passa a denominar-se Ministério da Justiça.
 Art. 201. O Ministério da Viação e Obras Públicas passa a denominar-se Ministério dos Transportes.
 Art. 202. O Ministério da Guerra passa a denominar-se Ministério do Exército.
 Art. 203. O Poder Executivo expedirá os atos necessários à efetivação do disposto no Artigo 199, 
observadas as normas da presente Lei.
 Art. 204. Fica alterada a denominação dos cargos de Ministro de Estado da Justiça e Negócios 
Interiores, Ministro de Estado da Viação e Obras Públicas e Ministro de Estado da Guerra, para, 
respectivamente, Ministro de Estado da Justiça, Ministro de Estado dos Transportes e Ministro de Estado do 
Exército.
 Art. 205. Ficam criados os seguintes cargos:
 I - Ministros de Estado do Interior, das Comunicações e do Planejamento e Coordenação Geral.
 II - Em comissão:
 a) Em cada Ministério Civil, Secretário-Geral, e Inspetor-Geral de Finanças.
 b) Consultor Jurídico, em cada um dos Ministérios seguintes: Interior, Comunicações, Minas e Energia, 
e Planejamento e Coordenação Geral.
 c) Diretor do Centro de Aperfeiçoamento, no Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP).
 d) Diretor-Geral do Departamento dos Serviços Gerais, no Ministério da Fazenda.
 Parágrafo único. À medida que se forem vagando, os cargos de Consultor Jurídico atualmente providos 
em caráter efetivo passarão a sê-lo em comissão.
 Art. 206. Ficam fixados da seguinte forma os vencimentos dos cargos criados no Art. 205:
 I - Ministro de Estado: igual aos dos Ministros de Estado existentes.
 II - Secretário-Geral e Inspetor-Geral de Finanças: Símbolo 1-C.
Apostilas Aprendizado Urbano 54 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0509.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0509.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6036.htm#art9
 III - Consultor Jurídico: igual ao dos Consultores Jurídicos dos Ministérios existentes.
 IV - Diretor do Centro de Aperfeiçoamento: Símbolo 2-C.
 V - Diretor -Geral do Departamento de Serviços Gerais: Símbolo 1-C.
 Parágrafo único. O cargo de Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Serviço Público 
(DASP), Símbolo 1-C, passa a denominar-se Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Pessoal 
Civil (DASP), Símbolo 1-C.
 Art. 207. Os Ministros de Estado Extraordinários instituídos no Artigo 37 desta Lei terão o mesmo 
vencimento,vantagens e prerrogativas dos demais Ministros de Estado.
 Art . 208. Os Ministros de Estado, os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar da Presidência da República 
e o Chefe do Serviço Nacional de Informações perceberão uma representação mensal correspondente a 50% 
(cinqüenta por cento) dos vencimentos.
 Parágrafo único. Os Secretários-Gerais perceberão idêntica representação mensal correspondente a 
30% (trinta por cento) dos seus vencimentos.
TÍTULO XVI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
 Art. 209. Enquanto não forem expedidos os respectivos regulamentos e estruturados seus serviços, o 
Ministério do Interior, o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério das 
Comunicações ficarão sujeitos ao regime de trabalho pertinente aos Ministérios Extraordinários que 
antecederam os dois primeiros daqueles Ministérios no que concerne ao pessoal, à execução de serviços e à 
movimentação de recursos financeiros.
 Parágrafo único. O Poder Executivo expedirá decreto para consolidar as disposições regulamentares 
que em caráter transitório, deverão prevalecer.
 Art. 210. O atual Departamento Federal de Segurança Pública passa a denominar-se Departamento de 
Polícia Federal, considerando-se automàticamente substituída por esta denominação a menção à anterior 
constante de quaisquer leis ou regulamentos.
 Art. 211. O Poder Executivo introduzirá, nas normas que disciplinam a estruturação e funcionamento 
das entidades da Administração Indireta, as alterações que se fizerem necessárias à efetivação do disposto na 
presente Lei, considerando-se revogadas tôdas as disposições legais colidentes com as diretrizes nela 
expressamente consignadas.
 Art. 212. O atual Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) é transformado em 
Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP), com as atribuições que, em matéria de 
administração de pessoal, são atribuídas pela presente Lei ao nôvo órgão. (Vide Lei nº 6.228, de 15.7.1975)
 Art. 213. Fica o Poder Executivo autorizado, dentro dos limites dos respectivos créditos, a expedir 
decretos relativos às transferências que se fizerem necessárias de dotações do orçamento ou de créditos 
adicionais requeridos pela execução da presente Lei.
TÍTULO XVII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
 Art. 214. Esta Lei entrará em vigor em 15 de março de 1967, observado o disposto nos parágrafos do 
presente artigo e ressalvadas as disposições cuja vigência, na data da publicação, seja por ela expressamente 
Apostilas Aprendizado Urbano 55 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6228.htm#art1
determinada.
 § 1º Até a instalação dos órgãos centrais incumbidos da administração financeira, contabilidade e 
auditoria, em cada Ministério (art. 22), serão enviados ao Tribunal de Contas, para o exercício da auditoria 
financeira:
 a) pela Comissão de Programação Financeira do Ministério da Fazenda, os atos relativos à programação 
financeira de desembôlso;
 b) pela Contadoria Geral da República e pelas Contadorias Seccionais, os balancetes de receita e 
despesa;
 c) pelas repartições competentes, o rol de responsáveis pela guarda de bens, dinheiros e valôres 
públicos e as respectivas tomadas de conta, nos termos da legislação anterior à presente lei.
 § 2º Nos Ministérios Militares, cabe aos órgãos que forem discriminados em decreto as atribuições 
indicadas neste artigo.
 Art . 215 Revogam-se as disposições em contrário.
 Brasília, em 25 de fevereiro de 1967; 146º da Independência e 79º da República.
H. CASTELLO BRANCO
O Brasil e sua Administração Pública: Da República velha aos dias atuais. Nascimento e Afirmação da 
República Brasileira. Aspectos Fundamentais na Formação do Estado Brasileiro. Teorias das Formas e dos 
Sistemas de Governo. Análise Crítica aos Modelos de Gestão Pública: patrimonialista, burocrático e 
gerencial. 
Até o governo de Getúlio Vargas a administração pública era dominada pelo patrimonialismo e pelo 
clientelismo, com a política do país controlada por grupos oligárquicos, principalmente de Minas Gerais e 
São Paulo. Com a tomada do governo após o golpe revolucionário de 1930, outra classe se apoderou do 
governo federal, sendo dominantes alguns setores das forças armadas.
O cenário era de grande crise econômica, pois o "carro chefe" da economia brasileira no momento era a 
cultura do Café e o mercado para o produto tinha despencado após a crise da Bolsa de Nova York no ano 
anterior. Sem as divisas do Café a economia brasileira não tinha como pagar as importações de produtos que 
a sociedade demandava.
O governo Getúlio então procurou fechar a economia e buscar alternativas econômicas, voltando-se então 
para o mercado interno através de incentivos à industrialização e a modernização da máquina estatal. Os 
empresários brasileiros passaram a ter um grande incentivo para investir, pois o mercado interno passava a 
ser protegido da concorrência internacional e os consumidores não tinham mais acesso aos produtos 
estrangeiros. 
Apostilas Aprendizado Urbano 56 
Com a aceleração da industrialização começa também a ocorrer um crescimento da massa urbana de 
trabalhadores, introduzindo outros "atores" no processo político.
Vargas inicia seu governo retirando poder dos governos estaduais, centralizando o poder na União. O 
governo federal inicia também uma maior intervenção econômica, saindo de um papel mais passivo para 
outro mais ativo na promoção do desenvolvimento econômico. Portanto as saídas foram o protecionismo e 
o intervencionismo econômico. Principalmente para exercer a segunda, teve de se estruturar. O velho 
modelo patrimonialista da administração pública não era mais adequado a uma economia industrial!
É nesse contexto que é criado o Conselho Federal do Serviço Público Civil em 1936, depois transformado 
em 1938 no Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP. 
De acordo com Lustosa:
"O Dasp foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de definir e executar a política para o pessoal 
civil, inclusive a admissão mediante concurso público e a capacitação técnica do funcionalismo, promover a 
racionalização de métodos no serviço público e elaborar o orçamento da União."
 
Foi uma reforma ambiciosa, que tinha como modelo a Burocracia profissional de Weber. Segundo Lustosa 
foi a primeira tentativa sistemática de superar o modelo patrimonialista que tivemos na administração 
pública brasileira:
"A reforma administrativa do Estado Novo foi, portanto, o primeiro esforço sistemático de superação do 
patrimonialismo. Foi uma ação deliberada e ambiciosa no sentido da burocratização do Estado brasileiro, 
que buscava introduzir no aparelho administrativo do país a centralização, a impessoalidade, a hierarquia, o 
sistema de mérito, a separação entre o público e o privado. Visava constituir uma administração pública 
mais racional e eficiente, que pudesse assumir seu papel na condução do processo de desenvolvimento..."
 
Os principais objetivos do DASP eram: A racionalização de métodos, processos e procedimentos; A 
definição da política de recursos humanos, de compra de materiais e finanças e a centralização e 
reorganização da administração pública federal. 
Os princípios da Administração Científica, de Frederick Taylor, foram utilizados para "nortear" a 
padronização e divisão do trabalho, bem como a profissionalização dos servidores. 
A reforma administrativa que foi implantada no Brasil nos anos 30 não foi inovadora,pois o modelo 
racional-legal (ou Burocrático) já havia sido implantado nos países desenvolvidos décadas antes. Ao 
contrário do que está expresso na questão, a reforma esteve sim alinhada aos princípios da administração 
científica. A frase está errada.
A Atuação do DASP ocorreu em três dimensões diferentes:
Apostilas Aprendizado Urbano 57 
Ø Criação de órgãos formuladores de políticas públicas, como os conselhos, que seriam responsáveis por 
formar consensos dentro da sociedade sobre diversos temas;
Ø Expansão de órgãos da administração direta, como ministérios e agências de fiscalização (neste 
governo foram criados diversos ministérios, como o do Trabalho);
Ø Expansão das atividades empresariais do Estado, com a criação de empresas estatais, fundações 
públicas, sociedades de economia mista e autarquias (a Companhia Vale do Rio Doce e a CSN - Companhia 
Siderúrgica Nacional foram criadas nesta época!).
O DASP foi então o órgão que formulou e executou as mudanças na administração pública no período. 
Porém as mudanças não alcançaram toda a administração pública. Para certas carreiras foram introduzidos 
os concursos públicos, promoção por mérito e salários adequados. Outras carreiras de nível mais baixo 
continuaram sob as práticas patrimonialistas e clientelistas, com nomeações políticas, salários defasados e 
promoções somente por tempo de serviço. A Burocracia convivia com o patrimonialismo!
Foi também introduzida a noção de planejamento no orçamento público, ao invés deste ser somente uma 
relação detalhada de despesas e receitas previstas. O Estado se preparava então para atuar de forma mais 
ativa no desenvolvimento econômico.
 O DASP perdeu muito de sua força modernizadora com a saída de Vargas do poder em 1945. Após esse 
momento o departamento perdeu muitas de suas funções e passou a fazer um trabalho mais rotineiro. A 
reforma não se completou, mas tampouco foi revertida.
A REFORMA MILITAR (DEC. LEI 200/67) 
 Durante a ditadura militar, a administração pública passa por novas transformações. 
Três aspectos podem ser ressaltados nessa época: a ampliação da função econômica do Estado com a criação 
de várias empresas estatais, a facilidade de implantação de políticas – em decorrência da natureza 
autoritária do regime –, e o aprofundamento da divisão da administração pública, mais especificamente 
através do Decreto-Lei 200/67, que distinguiu claramente a Administração Direta (exercida por órgãos 
diretamente subordinados aos ministérios) da indireta (formada por autarquias, fundações, empresas 
públicas e sociedades de economia mista). 
A reforma do período militar – que atingiu bons índices de modernização – também teve como pontos 
importantes a padronização e normatização nas áreas de pessoal, compras e execução orçamentária, 
estabelecendo ainda cinco princípios estruturais da administração pública: planejamento, coordenação, 
descentralização, delegação de competências e controle.
NOVA CONSTITUIÇÃO
A nova Constituição da República Federativa do Brasil voltou a fortalecer a Administração Direta 
Apostilas Aprendizado Urbano 58 
instituindo regras iguais as que deveriam ser seguidas pela 
administração pública indireta, principalmente em relação à obrigatoriedade de concursos públicos para 
investidura na carreira (o que diminuiu a política clientelista) e aos procedimentos de compras públicas. 
O GOVERNO COLLOR
Essa etapa da administração pública brasileira é marcada pelo desmonte da máquina administrativa pelo 
governo Collor – sem nenhum planejamento –, sob o argumento de que os servidores públicos eram 
verdadeiros “marajás”. 
Pouco tempo depois da posse, o governo promoveu a extinção de milhares de cargos de confiança, a 
reestruturação e a extinção de vários órgãos, a demissão de outras dezenas de milhares de servidores sem 
estabilidade e tantos outros foram colocados em disponibilidade. 
Segundo estimativas, foram retirados do serviço público, num curto período e sem qualquer planejamento, 
cerca de 100 mil servidores. Tais fatos resultaram numa avalanche de processos judiciais que perduram até 
hoje, tendo a maior parte dos servidores conseguido retornar ao serviço público.
ERA FHC 
A reforma administrativa foi o ícone do governo FHC em relação à administração pública brasileira. 
Inserida no contexto da reforma do Estado e capitaneada por Luis Carlos Bresser-Pereira à frente do recém-
criado Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado (MARE), a chamada reforma gerencial 
teve como instrumento básico o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), que visava à 
reestruturação do aparelho do Estado para combater, principalmente, a cultura burocrática.
A NOVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (NEW PUBLIC MANAGEMENT) 
O movimento “reinventando o governo” difundido por Osborne e Gaebler nos EUA e a reforma 
administrativa de 95 – importada principalmente da Inglaterra, EUA e Nova Zelândia – introduziram no 
Brasil a cultura do management, trazendo técnicas do setor privado para o setor público e tendo como 
características básicas: 
● O foco no cliente 
● A reengenharia 
● Governo empreendedor 
● Administração da qualidade total 
 
Controle Interno e Externo da Administração Pública.
Controle “é a faculdade de vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce 
sobre a conduta funcional de outro”. 
Apostilas Aprendizado Urbano 59 
Controle interno
O controle interno é aquele que é exercido pela entidade ou órgão que é o responsável pela atividade 
controlada, no âmbito de sua própria estrutura. O controle que as chefias exercem nos atos de seus 
subordinados dentro de um órgão público é considerado um controle interno. Segundo Marinela, todo 
superior hierárquico poderá exercer controle administrativo nos atos de seus subalternos, sendo, por isso, 
responsável por todos os atos praticados em seu setor por servidores sob seu comando.
 Sempre será interno o controle exercido no Legislativo ou no Judiciário por seus órgãos de administração, 
sobre seus servidores e os atos administrativos praticados por estes.
 A Constituição Federal, em seu artigo 74, determina que deverá ser mantido pelos Poderes sistemas de 
controle interno, estabelecendo alguns itens mínimos que este controle deverá ter como objeto, conforme 
exposto abaixo:
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle 
interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e 
dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, 
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de 
recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da 
União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.”
Em seu parágrafo primeiro, fica estabelecido que “Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem 
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da 
União, sob pena deresponsabilidade solidária”. Ou seja, se torna obrigatório a denúncia de qualquer 
irregularidade encontrada para o TCU.
Controle externo
O controle externo ocorre quando outro Poder exerce controle sobre os atos administrativos praticados por 
outro Poder. Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, “é o que se realiza por órgão estranho à Administração 
responsável pelo ato controlado”. Este mesmo autor utiliza como exemplo a apreciação das contas do 
Executivo e do Judiciário pelo Legislativo; a auditoria do Tribunal de Contas sobre a efetivação de 
determinada despesa do Executivo; a anulação de um ato do Executivo por decisão do Judiciário; a sustação 
de ato normativo do Executivo pelo Legislativo.
Controle externo popular
Já que a administração sempre atua visando o interesse público, é necessário a existência de mecanismos 
que possibilitem a verificação da regularidade da atuação da administração por parte dos administrados, 
Apostilas Aprendizado Urbano 60 
impedindo a prática de atos ilegítimos, lesivos tanto ao indivíduo como à coletividade, e que também seja 
possível a reparação de danos caso estes atos de fato se consumem.
O exemplo mais comum de controle externo popular é o previsto no artigo 31, §3º, da Constituição Federal, 
que determina que as contas dos Municípios fiquem, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de 
qualquer contribuinte para o exame e apreciação, podendo questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei. 
Não existindo lei específica sobre o assunto, o controle poderá ser feito através dos meios processuais 
comuns, como, por exemplo, o mandado de segurança e a ação popular.
 Lei nº 8.443/92. 
TÍTULO I
NATUREZA, COMPETÊNCIA E JURISDIÇÃO
Capítulo I
Natureza e Competência
 Art. 1° Ao Tribunal de Contas da União, órgão de controle externo, compete, nos termos da 
Constituição Federal e na forma estabelecida nesta Lei:
 I - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos 
das unidades dos poderes da União e das entidades da administração indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao Erário;
 II - proceder, por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional, de suas Casas ou das 
respectivas comissões, à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das 
unidades dos poderes da União e das demais entidades referidas no inciso anterior;
 III - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, nos termos do art. 36 desta 
Lei;
 IV - acompanhar a arrecadação da receita a cargo da União e das entidades referidas no inciso I deste 
artigo, mediante inspeções e auditorias, ou por meio de demonstrativos próprios, na forma estabelecida no 
Regimento Interno;
 V - apreciar, para fins de registro, na forma estabelecida no Regimento Interno, a legalidade dos atos 
de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público federal, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em 
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias 
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
 VI - efetuar, observada a legislação pertinente, o cálculo das quotas referentes aos fundos de 
participação a que alude o parágrafo único do art. 161 da Constituição Federal, fiscalizando a entrega dos 
respectivos recursos;
 VII - emitir, nos termos do § 2º do art. 33 da Constituição Federal, parecer prévio sobre as contas do 
Apostilas Aprendizado Urbano 61 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art33%C2%A72
Governo de Território Federal, no prazo de sessenta dias, a contar de seu recebimento, na forma 
estabelecida no Regimento Interno;
 VIII - representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, indicando o ato 
inquinado e definindo responsabilidades, inclusive as de Ministro de Estado ou autoridade de nível 
hierárquico equivalente;
 IX - aplicar aos responsáveis as sanções previstas nos arts. 57 a 61 desta Lei;
 X - elaborar e alterar seu Regimento Interno;
 XI - eleger seu Presidente e seu Vice-Presidente, e dar-lhes posse;
 XII - conceder licença, férias e outros afastamentos aos ministros, auditores e membros do Ministério 
Público junto ao Tribunal, dependendo de inspeção por junta médica a licença para tratamento de saúde 
por prazo superior a seis meses;
 XIII - propor ao Congresso Nacional a fixação de vencimentos dos ministros, auditores e membros do 
Ministério Público junto ao Tribunal;
 XIV - organizar sua Secretaria, na forma estabelecida no Regimento Interno, e prover-lhe os cargos e 
empregos, observada a legislação pertinente;
 XV - propor ao Congresso Nacional a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
de quadro de pessoal de sua secretaria, bem como a fixação da respectiva remuneração;
 XVI - decidir sobre denúncia que lhe seja encaminhada por qualquer cidadão, partido político, 
associação ou sindicato, na forma prevista nos arts. 53 a 55 desta Lei;
 XVII - decidir sobre consulta que lhe seja formulada por autoridade competente, a respeito de dúvida 
suscitada na aplicação de dispositivos legais e regulamentares concernentes a matéria de sua competência, 
na forma estabelecida no Regimento Interno.
 § 1° No julgamento de contas e na fiscalização que lhe compete, o Tribunal decidirá sobre a legalidade, 
de legitimidade e a economicidade dos atos de gestão e das despesas deles decorrentes, bem como sobre a 
aplicação de subvenções e a renúncia de receitas.
 § 2° A resposta à consulta a que se refere o inciso XVII deste artigo tem caráter normativo e constitui 
prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto.
 § 3° Será parte essencial das decisões do Tribunal ou de suas Câmaras:
 I - o relatório do Ministro-Relator, de que constarão as conclusões da instrução (do relatório da equipe 
de auditoria ou do técnico responsável pela análise do processo, bem como do parecer das chefias imediatas, 
da unidade técnica), e do Ministério Público junto ao Tribunal;
 II - fundamentação com que o Ministro-Relator analisará as questões de fato e de direito;
 III - dispositivo com que o Ministro-Relator decidirá sobre o mérito do processo.
 Art. 2° Para desempenho de sua competência o Tribunal receberá, em cada exercício, o rol de 
responsáveis e suas alterações, e outros documentos ou informações que considerar necessários, na forma 
estabelecida no Regimento Interno.
 Parágrafo único. O Tribunal poderá solicitar ao Ministro de Estado supervisor da área, ou à autoridade 
de nível hierárquico equivalente outros elementos indispensáveis ao exercício de sua competência.
Apostilas Aprendizado Urbano 62 
 Art. 3° Ao Tribunal de Contas da União, no âmbito de sua competência e jurisdição, assiste o poder 
regulamentar, podendo, em conseqüência, expediratos e instruções normativas sobre matéria de suas 
atribuições e sobre a organização dos processos que lhe devam ser submetidos, obrigando ao seu 
cumprimento, sob pena de responsabilidade.
Capítulo II
Jurisdição
 Art. 4° O Tribunal de Contas da União tem jurisdição própria e privativa, em todo o território nacional, 
sobre as pessoas e matérias sujeitas à sua competência.
 Art. 5° A jurisdição do Tribunal abrange:
 I - qualquer pessoa física, órgão ou entidade a que se refere o inciso I do art. 1° desta Lei, que utilize, 
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União 
responda, ou que, em nome desta assuma obrigações de natureza pecuniária;
 II - aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao Erário;
 III - os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob intervenção ou que de qualquer 
modo venham a integrar, provisória ou permanentemente, o patrimônio da União ou de outra entidade 
pública federal;
 IV - os responsáveis pelas contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União 
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo.
 V - os responsáveis por entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado que recebam 
contribuições parafiscais e prestem serviço de interesse público ou social;
 VI - todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos à sua fiscalização por 
expressa disposição de Lei;
 VII - os responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, 
acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
 VIII - os sucessores dos administradores e responsáveis a que se refere este artigo, até o limite do valor 
do patrimônio transferido, nos termos do inciso XLV do art. 5° da Constituição Federal; 
 IX - os representantes da União ou do Poder Público na assembléia geral das empresas estatais e 
sociedades anônimas de cujo capital a União ou o Poder Público participem, solidariamente, com os 
membros dos conselhos fiscal e de administração, pela prática de atos de gestão ruinosa ou liberalidade à 
custa das respectivas sociedades.
TÍTULO II
JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO
Capítulo I
Julgamento de Contas
Seção I
 Tomada e Prestação de Contas
 Art. 6° Estão sujeitas à tomada de contas e, ressalvado o disposto no inciso XXXV do art. 5° da 
Apostilas Aprendizado Urbano 63 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xxxv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xlv
Constituição Federal, só por decisão do Tribunal de Contas da União podem ser liberadas dessa 
responsabilidade as pessoas indicadas nos incisos I a VI do art. 5° desta Lei.
 Art. 7° As contas dos administradores e responsáveis a que se refere o artigo anterior serão anualmente 
submetidas a julgamento do Tribunal, sob forma de tomada ou prestação de contas, organizadas de acordo 
com normas estabelecidas em instrução normativa.
 Parágrafo único. Nas tomadas ou prestações de contas a que alude este artigo devem ser incluídos 
todos os recursos, orçamentários e extra-orçamentários, geridos ou não pela unidade ou entidade.
 Art. 8° Diante da omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação dos recursos 
repassados pela União, na forma prevista no inciso VII do art. 5° desta Lei, da ocorrência de desfalque ou 
desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou 
antieconômico de que resulte dano ao Erário, a autoridade administrativa competente, sob pena de 
responsabilidade solidária, deverá imediatamente adotar providências com vistas à instauração da tomada 
de contas especial para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano.
 § 1° Não atendido o disposto no caput deste artigo, o Tribunal determinará a instauração da tomada de 
contas especial, fixando prazo para cumprimento dessa decisão.
 § 2° A tomada de contas especial prevista no caput deste artigo e em seu § 1° será, desde logo, 
encaminhada ao Tribunal de Contas da União para julgamento, se o dano causado ao Erário for de valor 
igual ou superior à quantia para esse efeito fixada pelo Tribunal em cada ano civil, na forma estabelecida no 
seu Regimento Interno.
 § 3° Se o dano for de valor inferior à quantia referida no parágrafo anterior, a tomada de contas 
especial será anexada ao processo da respectiva tomada ou prestação de contas anual do administrador ou 
ordenador de despesa, para julgamento em conjunto.
 Art. 9° Integrarão a tomada ou prestação de contas, inclusive a tomada de contas especial, dentre 
outros elementos estabelecidos no Regimento Interno, os seguintes:
 I - relatório de gestão;
 II - relatório do tomador de contas, quando couber;
 III - relatório e certificado de auditoria, com o parecer do dirigente do órgão de controle interno, que 
consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada, indicando as medidas adotadas para corrigir 
as faltas encontradas;
 IV - pronunciamento do Ministro de Estado supervisor da área ou da autoridade de nível hierárquico 
equivalente, na forma do art. 52 desta Lei.
Seção II
Decisões em Processo de Tomada ou Prestação de Contas
 Art. 10. A decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser preliminar, definitiva ou 
terminativa.
 § 1° Preliminar é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao mérito 
das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citação ou a audiência dos responsáveis ou, ainda, 
determinar outras diligências necessárias ao saneamento do processo.
Apostilas Aprendizado Urbano 64 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xxxv
 § 2° Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva, ou 
irregulares.
 § 3° Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que forem 
consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 20 e 21 desta Lei.
 Art. 11. O Relator presidirá a instrução do processo, determinando, mediante despacho singular, de 
ofício ou por provocação do órgão de instrução ou do Ministério Público junto ao Tribunal, o 
sobrestamento do julgamento, a citação ou a audiência dos responsáveis, ou outras providências 
consideradas necessárias ao saneamento dos autos, fixando prazo, na forma estabelecida no Regimento 
Interno, para o atendimento das diligências, após o que submeterá o feito ao Plenário ou à Câmara 
respectiva para decisão de mérito.
 Art. 12. Verificada irregularidade nas contas, o Relator ou o Tribunal:
 I - definirá a responsabilidade individual ou solidária pelo ato de gestão inquinado;
 II - se houver débito, ordenará a citação do responsável para, no prazo estabelecido no Regimento 
Interno, apresentar defesa ou recolher a quantia devida,
 III - se não houver débito, determinará a audiência do responsável para, no prazo estabelecido no 
Regimento Interno, apresentar razões de justificativa; não resulte dano ao Erário;
 IV - adotará outras medidas cabíveis.
 § 1° O responsável cuja defesa for rejeitada pelo Tribunal será cientificado para,em novo e 
improrrogável prazo estabelecido no Regimento Interno, recolher a importância devida.
 § 2° Reconhecida pelo Tribunal a boa-fé, a liquidação tempestiva do débito atualizado monetariamente 
sanará o processo, se não houver sido observada outra irregularidade nas contas.
 § 3° O responsável que não atender à citação ou à audiência será considerado revel pelo Tribunal, para 
todos os efeitos, dando-se prosseguimento ao processo.
 Art. 13. A decisão preliminar a que se refere ao art. 11 desta Lei poderá, a critério do Relator, ser 
publicada no Diário Oficial da União.
 Art. 14. O Tribunal julgará as tomadas ou prestações de contas até o término do exercício seguinte 
àquele em que estas lhes tiverem sido apresentadas.
 Art. 15. Ao julgar as contas, o Tribunal decidirá se estas são regulares, regulares com ressalva, ou 
irregulares.
 Art. 16. As contas serão julgadas:
 I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos contábeis, a 
legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do responsável;
 II - regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta de natureza 
formal de que não resulte dano ao Erário;
 III - irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:
 a) omissão no dever de prestar contas;
 b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou regulamentar 
Apostilas Aprendizado Urbano 65 
de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial;
 c) dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico;
 d) desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos.
 § 1° O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de 
determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de tomada ou prestarão de contas.
 § 2° Nas hipóteses do inciso III, alíneas c e d deste artigo, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, 
fixará a responsabilidade solidária:
 a) do agente público que praticou o ato irregular, e
 b) do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do mesmo ato, de qualquer modo 
haja concorrido para o cometimento do dano apurado.
 § 3° Verificada a ocorrência prevista no parágrafo anterior deste artigo, o Tribunal providenciará a 
imediata remessa de cópia da documentação pertinente ao Ministério Público da União, para ajuizamento 
das ações civis e penais cabíveis.
Subseção I
Contas Regulares
 Art. 17. Quando julgar as contas regulares, o Tribunal dará quitação plena ao responsável.
Subseção II
Contas Regulares com Ressalva
 Art. 18. Quando julgar as contas regulares com ressalva, o Tribunal dará quitação ao responsável e lhe 
determinará, ou a quem lhe haja sucedido, a adoção de medidas necessárias à correção das impropriedades 
ou faltas identificadas, de modo a prevenir a ocorrência de outras semelhantes.
Subseção III
Contas Irregulares
 Art. 19. Quando julgar as contas irregulares, havendo débito, o Tribunal condenará o responsável ao 
pagamento da dívida atualizada monetariamente, acrescida dos juros de mora devidos, podendo, ainda, 
aplicar-lhe a multa prevista no art. 57 desta Lei, sendo o instrumento da decisão considerado título 
executivo para fundamentar a respectiva ação de execução.
 Parágrafo único. Não havendo débito, mas comprovada qualquer das ocorrências previstas nas alíneas 
a, b e c do inciso III, do art. 16, o Tribunal aplicará ao responsável a multa prevista no inciso I do art. 58, 
desta Lei.
Subseção IV
Contas Iliquidáveis
 Art. 20. As contas serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou de força maior, 
comprovadamente alheio à vontade do responsável, tornar materialmente impossível o julgamento de 
mérito a que se refere o art. 16 desta Lei.
 Art. 21. O Tribunal ordenará o trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis e o 
Apostilas Aprendizado Urbano 66 
conseqüente arquivamento do processo.
 § 1° Dentro do prazo de cinco anos contados da publicação da decisão terminativa no Diário Oficial da 
União, o Tribunal poderá, à vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o 
desarquivamento do processo e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestação de contas.
 § 2º Transcorrido o prazo referido no parágrafo anterior sem que tenha havido nova decisão, as contas 
serão consideradas encerradas, com baixa na responsabilidade do administrador.
Seção III
Execução das Decisões
 Art. 22. A citação, a audiência, a comunicação de diligência ou a notificação far-se-á:
 I - mediante ciência do responsável ou do interessado, na forma estabelecida no Regimento Interno;
 II - pelo correio, mediante carta registrada, com aviso de recebimento;
 III - por edital publicado no Diário Oficial da União quando o seu destinatário não for localizado.
 Parágrafo único. A comunicação de rejeição dos fundamentos da defesa ou das razões de justificativas 
será transmitida ao responsável ou interessado, na forma prevista neste artigo.
 Art. 23. A decisão definitiva será formalizada nos termos estabelecidos no Regimento Interno, por 
acórdão, cuja publicação no Diário Oficial da União constituirá:
 I - no caso de contas regulares, certificado de quitação plena do responsável para com o Erário;
 II - no caso de contas regulares com ressalva, certificado de quitação com determinação, nos termos do 
art. 18 desta Lei;
 III - no caso de contas irregulares:
 a) obrigação de o responsável, no prazo estabelecido no Regimento Interno, comprovar perante o 
Tribunal que recolheu aos cofres públicos a quantia correspondente ao débito que lhe tiver sido imputado 
ou da multa cominada, na forma prevista nos arts. 19 e 57 desta Lei;
 b) título executivo bastante para cobrança judicial da dívida decorrente do débito ou da multa, se não 
recolhida no prazo pelo responsável;
 c) fundamento para que a autoridade competente proceda à efetivação das sanções previstas nos arts. 
60 e 61 desta Lei.
 Art. 24. A decisão do Tribunal, de que resulte imputação de débito ou cominação de multa, torna a 
dívida líquida e certa e tem eficácia de título executivo, nos termos da alínea b do inciso III do art. 23 desta 
Lei.
 Art. 25. O responsável será notificado para, no prazo estabelecido no Regimento Interno, efetuar e 
comprovar o recolhimento da dívida a que se refere o art. 19 e seu parágrafo único desta Lei.
 Parágrafo único. A notificação será feita na forma prevista no art. 22 desta Lei.
 Art. 26. Em qualquer fase do processo, o Tribunal poderá autorizar o recolhimento parcelado da 
importância devida, na forma estabelecida no Regimento Interno, incidindo sobre cada parcela os 
correspondentes acréscimos legais.
Apostilas Aprendizado Urbano 67 
 Parágrafo único. A falta de recolhimento de qualquer parcela importará no vencimento antecipado do 
saldo devedor.
 Art. 27. Comprovado o recolhimento integral, o Tribunalexpedirá quitação do débito ou da multa.
 Art. 28. Expirado o prazo a que se refere o caput do art. 25 desta Lei, sem manifestação do responsável, 
o Tribunal poderá:
 I - determinar o desconto integral ou parcelado da dívida nos vencimentos, salários ou proventos do 
responsável, observados os limites previstos na legislação pertinente; ou
 II - autorizar a cobrança judicial da dívida por intermédio do Ministério Público junto ao Tribunal, na 
forma prevista no inciso III do art. 81 desta Lei.
 Art. 29. A decisão terminativa, acompanhada de seus fundamentos, será publicada no Diário Oficial da 
União.
 Art. 30. Os prazos referidos nesta Lei contam-se da data:
 I - do recebimento pelo responsável ou interessado:
 a) da citação ou da comunicação de audiência;
 b) da comunicação de rejeição dos fundamentos da defesa ou das razões de justificativa;
 c) da comunicação de diligência;
 d) da notificação;
 II - da publicação de edital no Diário Oficial da União, quando, nos casos indicados no inciso anterior, 
o responsável ou interessado não for localizado;
 III - nos demais casos, salvo disposição legal expressa em contrário, da publicação da decisão ou do 
acórdão no Diário Oficial da União.
Seção IV
Recursos
 Art. 31. Em todas as etapas do processo de julgamento de contas será assegurado ao responsável ou 
interessado ampla defesa.
 Art. 32. De decisão proferida em processo de tomada ou prestação de contas cabem recursos de:
 I - reconsideração;
 II - embargos de declaração;
 III - revisão.
 Parágrafo único. Não se conhecerá de recurso interposto fora do prazo, salvo em razão da 
superveniência de fatos novos na forma prevista no Regimento Interno.
 Art. 33. O recurso de reconsideração, que terá efeito suspensivo, será apreciado por quem houver 
proferido a decisão recorrida, na forma estabelecida no Regimento Interno, e poderá ser formulado por 
escrito uma só vez, pelo responsável ou interessado, ou pelo Ministério Público junto ao Tribunal, dentro 
do prazo de quinze dias, contados na forma prevista no art. 30 desta Lei.
 Art. 34. Cabem embargos de declaração para corrigir obscuridade, omissão ou contradição da decisão 
Apostilas Aprendizado Urbano 68 
recorrida.
 § 1° Os embargos de declaração podem ser opostos por escrito pelo responsável ou interessado, ou pelo 
Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de dez dias, contados na forma prevista no art. 30 
desta Lei.
 § 2° Os embargos de declaração suspendem os prazos para cumprimento da decisão embargada e para 
interposição dos recursos previstos nos incisos I e III do art. 32 desta Lei.
 Art. 35. De decisão definitiva caberá recurso de revisão ao Plenário, sem efeito suspensivo, interposto 
por escrito, uma só vez, pelo responsável, seus sucessores, ou pelo Ministério Público junto ao Tribunal, 
dentro do prazo de cinco anos, contados na forma prevista no inciso III do art. 30 desta Lei, e fundar-se-á:
 I - em erro de cálculo nas contas;
 II - em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado a decisão recorrida;
 III - na superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova produzida.
 Parágrafo único. A decisão que der provimento a recurso de revisão ensejará a correção de todo e 
qualquer erro ou engano apurado.
Capítulo II
Fiscalização a Cargo do Tribunal
Seção I
Contas do Presidente da República
 Art. 36. Ao Tribunal de Contas da União compete, na forma estabelecida no Regimento Interno, 
apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio a ser 
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.
 Parágrafo único. As contas consistirão nos balanços gerais da União e no relatório do órgão central do 
sistema de controle interno do Poder Executivo sobre a execução dos orçamentos de que trata o § 5° do art. 
165 da Constituição Federal.
Seção II
Fiscalização exercida por iniciativa do Congresso Nacional
 Art. 37. (Vetado)
 Parágrafo único. (Vetado)
 Art. 38. Compete, ainda, ao Tribunal:
 I - realizar por iniciativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de 
inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e nas entidades da 
administração indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público 
federal;
 II - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por suas 
comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre 
resultados de inspeções e auditorias realizadas;
Apostilas Aprendizado Urbano 69 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art165%C2%A75
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art165%C2%A75
 III - emitir, no prazo de trinta dias contados do recebimento da solicitação, pronunciamento 
conclusivo sobre matéria que seja submetida a sua apreciação pela comissão mista permanente de Senadores 
e Deputados, nos termos dos §§ 1° e 2° do art. 72 da Constituição Federal.
 IV - auditar, por solicitação da comissão a que se refere o art. 166, § 1°, da Constituição Federal, ou 
comissão técnica de qualquer das Casas do Congresso Nacional, projetos e programas autorizados na Lei 
orçamentária anual, avaliando os seus resultados quanto à eficácia, eficiência e economicidade.
Seção III
Atos Sujeitos a Registro
 Art. 39. De conformidade com o preceituado nos arts. 5°, inciso XXIV, 71, incisos II e III, 73 in 
fine, 74, § 2°, 96, inciso I, alínea a, 97, 39, §§ 1° e 2° e 40, § 4°, da Constituição Federal, o Tribunal apreciará, 
para fins de registro ou reexame, os atos de:
 I - admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, executadas as nomeações para cargo de provimento em comissão;
 II - concessão inicial de aposentadoria, reformas e pensões, bem como de melhorias posteriores que 
tenham alterado o fundamento legal do respectivo concessório inicial.
 Parágrafo único. Os atos a que se refere este artigo serão apreciados pelo Tribunal na forma 
estabelecida no Regimento Interno.
 Art. 40. O Relator presidirá a instrução do processo, determinando, mediante despacho singular, por 
sua ação própria e direta, ou por provocação do órgão de instrução ou do Ministério Público junto ao 
Tribunal, a adoção das providências consideradas necessárias ao saneamento dos autos, fixando prazo, na 
forma estabelecida no Regimento Interno, para o atendimento das diligências, após o que submeterá o feito 
ao Plenário ou à Câmara respectiva para decisão de mérito.
Seção IV
Fiscalização de Atos e Contratos
 Art. 41. Para assegurar a eficácia do controle e para instruir o julgamento das contas, o Tribunal 
efetuará a fiscalização dos atos de que resulte receita ou despesa, praticados pelos responsáveis sujeitos à sua 
jurisdição, competindo-lhe,para tanto, em especial:
 I - acompanhar, pela publicação no Diário Oficial da União, ou por outro meio estabelecido no 
Regimento Interno:
 a) a lei relativa ao plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias, a lei orçamentária anual e a 
abertura de créditos adicionais;
 b) os editais de licitação, os contratos, inclusive administrativos, e os convênios, acordos, ajustes ou 
outros instrumentos congêneres, bem como os atos referidos no art. 38 desta Lei;
 II - realizar, por iniciativa própria, na forma estabelecida no Regimento Interno, inspeções e auditorias 
de mesma natureza que as previstas no inciso I do art. 38 desta Lei;
 III - fiscalizar, na forma estabelecida no Regimento Interno, as contas nacionais das empresas 
supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado 
constitutivo;
Apostilas Aprendizado Urbano 70 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art39%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art97
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art96ia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art74%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art71ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xxiv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art166%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art72%C2%A71
 IV - fiscalizar, na forma estabelecida no Regimento Interno, a aplicação de quaisquer recursos 
repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao 
Distrito Federal ou a Município.
 § 1° As inspeções e auditorias de que trata esta seção serão regulamentadas no Regimento Interno e 
realizadas por servidores da Secretaria do Tribunal.
 § 2° O Tribunal comunicará às autoridades competentes dos poderes da União o resultado das 
inspeções e auditorias que realizar, para as medidas saneadoras das impropriedades e faltas identificadas.
 Art. 42. Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado ao Tribunal em suas 
inspeções ou auditorias, sob qualquer pretexto.
 § 1° No caso de sonegação, o Tribunal assinará prazo para apresentação dos documentos, informações e 
esclarecimentos julgados necessários, comunicando o fato ao Ministro de Estado supervisor da área ou à 
autoridade de nível hierárquico equivalente, para as medidas cabíveis.
 § 2° Vencido o prazo e não cumprida a exigência, o Tribunal aplicará as sanções previstas no inciso IV 
do art. 58 desta Lei.
 Art. 43. Ao proceder à fiscalização de que trata este capítulo, o Relator ou o Tribunal:
 I - determinará as providências estabelecidas no Regimento Interno, quando não apurada transgressão 
a norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, 
ou for constatada, tão-somente, falta ou impropriedade de caráter formal;
 II - se verificar a ocorrência de irregularidade quanto à legitimidade ou economicidade, determinará a 
audiência do responsável para, no prazo estabelecido no Regimento Interno, apresentar razões de 
justificativa.
 Parágrafo único. Não elidido o fundamento da impugnação, o Tribunal aplicará ao responsável a multa 
prevista no inciso III do art. 58 desta Lei.
 Art. 44. No início ou no curso de qualquer apuração, o Tribunal, de ofício ou a requerimento do 
Ministério Público, determinará, cautelarmente, o afastamento temporário do responsável, se existirem 
indícios suficientes de que, prosseguindo no exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a 
realização de auditoria ou inspeção, causar novos danos ao Erário ou inviabilizar o seu ressarcimento.
 § 1° Estará solidariamente responsável a autoridade superior competente que, no prazo determinado 
pelo Tribunal, deixar de atender à determinação prevista no caput deste artigo.
 § 2° Nas mesmas circunstâncias do caput deste artigo e do parágrafo anterior, poderá o Tribunal, sem 
prejuízo das medidas previstas nos arts. 60 e 61 desta Lei, decretar, por prazo não superior a um ano, a 
indisponibilidade de bens do responsável, tantos quantos considerados bastantes para garantir o 
ressarcimento dos danos em apuração.
 Art. 45. Verificada a ilegalidade de ato ou contrato, o Tribunal, na forma estabelecida no Regimento 
Interno, assinará prazo para que o responsável adote as providências necessárias ao exato cumprimento da 
lei, fazendo indicação expressa dos dispositivos a serem observados.
 § 1° No caso de ato administrativo, o Tribunal, se não atendido:
 I - sustará a execução do ato impugnado;
Apostilas Aprendizado Urbano 71 
 II - comunicará a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
 III - aplicará ao responsável a multa prevista no inciso II do art. 58 desta Lei.
 § 2° No caso de contrato, o Tribunal, se não atendido, comunicará o fato ao Congresso Nacional, a 
quem compete adotar o ato de sustação e solicitar, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.
 § 3° Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas 
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito da sustação do contrato.
 Art. 46. Verificada a ocorrência de fraude comprovada à licitação, o Tribunal declarará a inidoneidade 
do licitante fraudador para participar, por até cinco anos, de licitação na Administração Pública Federal.
 Art. 47. Ao exercer a fiscalização, se configurada a ocorrência de desfalque, desvio de bens ou outra 
irregularidade de que resulte dano ao Erário, o Tribunal ordenará, desde logo, a conversão do processo em 
tomada de contas especial, salvo a hipótese prevista no art. 93 desta Lei.
 Parágrafo único. O processo de tomada de contas especial a que se refere este artigo tramitará em 
separado das respectivas contas anuais.
Seção V
Pedido de Reexame
 Art. 48. De decisão proferida em processos concernentes às matérias de que tratam as Seções III e IV 
deste capítulo caberá pedido de reexame, que terá efeito suspensivo.
 Parágrafo único. O pedido de reexame reger-se-á pelo disposto no parágrafo único do art. 32 e no art. 
33 desta Lei.
Capítulo III
Controle Interno
 Art. 49. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de 
controle interno, com a finalidade de:
 I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de 
governo e dos orçamentos da União;
 II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e à eficiência da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da 
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
 III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da 
União;
 IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional .
 Art. 50. No apoio ao controle externo, os órgãos integrantes do sistema de controle interno deverão 
exercer, dentreoutras, as seguintes atividades:
 I - (Vetado)
 II - realizar auditorias nas contas dos responsáveis sob seu controle, emitindo relatório, certificado de 
auditoria e parecer;
Apostilas Aprendizado Urbano 72 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
 III - alertar formalmente a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas 
especial, sempre que tiver conhecimento de qualquer das ocorrências referidas no caput do art. 8° desta Lei.
 Art. 51. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade 
ou ilegalidade, dela darão ciência de imediato ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade 
solidária.
 § 1° Na comunicação ao Tribunal, o dirigente do órgão competente indicará as providências adotadas 
para evitar ocorrências semelhantes.
 § 2º Verificada em inspeção ou auditoria, ou no julgamento de contas, irregularidade ou ilegalidade 
que não tenha sido comunicada tempestivamente ao Tribunal, e provada a omissão, o dirigente do órgão de 
controle interno, na qualidade de responsável solidário, ficará sujeito às sanções previstas para a espécie 
nesta Lei.
 Art. 52. O Ministro de Estado supervisor da área ou a autoridade de nível hierárquico equivalente 
emitirá, sobre as contas e o parecer do controle interno, expresso e indelegável pronunciamento, no qual 
atestará haver tomado conhecimento das conclusões nele contidas.
Capítulo IV
Denúncia
 Art. 53. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar 
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
 § 1° (Vetado)
 § 2° (Vetado)
 § 3º A denúncia será apurada em caráter sigiloso, até que se comprove a sua procedência, e somente 
poderá ser arquivada após efetuadas as diligências pertinentes, mediante despacho fundamentado do 
responsável.
 § 4º Reunidas as provas que indiquem a existência de irregularidade ou ilegalidade, serão públicos os 
demais atos do processo, assegurando-se aos acusados a oportunidade de ampla defesa.
 Art. 54. O denunciante poderá requerer ao Tribunal de Contas da União certidão dos despachos e dos 
fatos apurados, a qual deverá ser fornecida no prazo máximo de quinze dias, a contar do recebimento do 
pedido, desde que o respectivo processo de apuração tenha sido concluído ou arquivado.
 Parágrafo único. Decorrido o prazo de noventa dias, a contar do recebimento da denúncia, será 
obrigatoriamente fornecida a certidão de que trata este artigo, ainda que não estejam concluídas as 
investigações.
 Art. 55. No resguardo dos direitos e garantias individuais, o Tribunal dará tratamento sigiloso às 
denúncias formuladas, até decisão definitiva sobre a matéria.
 § 1° Ao decidir, caberá ao Tribunal manter ou não o sigilo quanto ao objeto e à autoria da 
denúncia. (Expressão suspensa pela Resolução SF nº 16, de 2006)
 § 2° O denunciante não se sujeitará a qualquer sanção administrativa, cível ou penal, em decorrência 
da denúncia, salvo em caso de comprovada má-fé.
Capítulo V
Apostilas Aprendizado Urbano 73 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Congresso/ResSF16-06.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
Sanções
Seção I
Disposição Geral
 Art. 56. O Tribunal de Contas da União poderá aplicar aos administradores ou responsáveis, na forma 
prevista nesta Lei e no seu Regimento Interno, as sanções previstas neste capítulo.
Seção II
Multas
 Art. 57. Quando o responsável for julgado em débito, poderá ainda o Tribunal aplicar-lhe multa de até 
cem por cento do valor atualizado do dano causado ao Erário.
 Art. 58. O Tribunal poderá aplicar multa de Cr$ 42.000.000,00 (quarenta e dois milhões de cruzeiros), 
ou valor equivalente em outra moeda que venha a ser adotada como moeda nacional, aos responsáveis por:
 I - contas julgadas irregulares de que não resulte débito, nos termos do parágrafo único do art. 19 desta 
Lei;
 II - ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial;
 III - ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao Erário;
 IV - não atendimento, no prazo fixado, sem causa justificada, a diligência do Relator ou a decisão do 
Tribunal;
 V - obstrução ao livre exercício das inspeções e auditorias determinadas;
 VI - sonegação de processo, documento ou informação, em inspeções ou auditorias realizadas pelo 
Tribunal;
 VII - reincidência no descumprimento de determinação do Tribunal.
 § 1° Ficará sujeito à multa prevista no caput deste artigo aquele que deixar de dar cumprimento à 
decisão do Tribunal, salvo motivo justificado.
 § 2° O valor estabelecido no caput deste artigo será atualizado, periodicamente, por portaria da 
Presidência do Tribunal, com base na variação acumulada, no período, pelo índice utilizado para 
atualização dos créditos tributários da União.
 § 3° O Regimento Interno disporá sobre a gradação da multa prevista no caput deste artigo, em função 
da gravidade da infração.
 Art. 59. O débito decorrente de multa aplicada pelo Tribunal de Contas da União nos do art. 57 desta 
Lei, quando pago após o seu vencimento, será atualizado monetariamente na data do efetivo pagamento.
 Art. 60. Sem prejuízo das sanções previstas na seção anterior e das penalidades administrativas, 
aplicáveis pelas autoridades competentes, por irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União, 
sempre que este, por maioria absoluta de seus membros, considerar grave a infração cometida, o responsável 
ficará inabilitado, por um período que variará de cinco a oito anos, para o exercício de cargo em comissão 
ou função de confiança no âmbito da Administração Pública.
 Art. 61. O Tribunal poderá, por intermédio do Ministério Público, solicitar à Advocacia-Geral da 
Apostilas Aprendizado Urbano 74 
União ou, conforme o caso, aos dirigentes das entidades que lhe sejam jurisdicionadas, as medidas 
necessárias ao arresto dos bens dos responsáveis julgados em débito, devendo ser ouvido quanto à liberação 
dos bens arrestados e sua restituição.
TÍTULO III
ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL
Capítulo I
Sede e Composição
 Art. 62. O Tribunal de Contas da União tem sede no Distrito Federal e compõe-se de nove ministros.
 Art. 63. Os ministros, em suas ausências e impedimentos por motivo de licença, férias ou outro 
afastamento legal, serão substituídos, mediante convocação do Presidente do Tribunal, pelos auditores, 
observada a ordem de antigüidade no cargo, ou a maior idade, no caso de idêntica antigüidade.
 § 1° Os auditores serão também convocados para substituir ministros, para efeito de quorum, sempre 
que os titulares comunicarem, ao Presidente do Tribunal ou da Câmara respectiva, a impossibilidade de 
comparecimento à sessão.
 § 2° Em caso de vacância de cargode ministro, o Presidente do Tribunal convocará auditor para 
exercer as funções inerentes ao cargo vago, até novo provimento, observado o critério estabelecido no caput 
deste artigo.
 Art. 64. Funciona junto ao Tribunal de Contas da União o Ministério Público, na forma estabelecida 
nos arts. 80 a 84 desta Lei.
 Art. 65. O Tribunal de Contas da União disporá de secretaria para atender às atividades de apoio 
técnico e administrativo necessárias ao exercício de sua competência.
Capítulo II
Plenário e Câmaras
 Art. 66. O Plenário do Tribunal de Contas da União, dirigido por seu Presidente, terá a competência e 
o funcionamento regulados nesta Lei e no seu Regimento Interno.
 Art. 67. O Tribunal de Contas da União poderá dividir-se em Câmaras, mediante deliberação da 
maioria absoluta de seus ministros titulares.
 § 1° Não será objeto de deliberação das Câmaras matéria da competência privativa do Plenário, a ser 
definida no Regimento Interno.
 § 2° A competência, o número, a composição, a presidência e o funcionamento das Câmaras serão 
regulados no Regimento Interno.
 Art. 68. O Tribunal fixará, no Regimento Interno, os períodos de funcionamento das sessões do 
Plenário e das Câmaras e o recesso que entender conveniente, sem ocasionar a interrupção de seus 
trabalhos.
Capítulo III
Presidente e Vice-Presidente
 Art. 69. Os ministros elegerão o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal para mandato 
Apostilas Aprendizado Urbano 75 
correspondente a um ano civil, permitida a reeleição apenas por um período de igual duração.
 § 1° A eleição realizar-se-á em escrutínio secreto, na última sessão ordinária do mês de dezembro, ou, 
em caso de vaga eventual, na primeira sessão ordinária após sua ocorrência, exigida a presença de, pelo 
menos, cinco ministros titulares, inclusive o que presidir o ato.
 § 2° O Vice-Presidente substituirá o Presidente em suas ausências ou impedimentos e exercerá as 
funções de corregedor, cujas atribuições serão as estabelecidas no Regimento Interno.
 § 3° Na ausência ou impedimento do Vice-Presidente, o Presidente será substituído pelo ministro mais 
antigo em exercício no cargo.
 § 4° O eleito para a vaga que ocorrer antes do término do mandato exercerá o cargo no período 
restante.
 § 5° Não se procederá a nova eleição se a vaga ocorrer dentro dos sessenta dias anteriores ao término do 
mandato.
 § 6° A eleição do Presidente precederá à do Vice-Presidente .
 § 7° Considerar-se-á eleito o ministro que obtiver a maioria dos votos. Não alcançada esta, proceder-se-
á a novo escrutínio entre os dois mais votados, decidindo-se afinal, entre esses, pela antigüidade no cargo de 
ministro do Tribunal, caso nenhum consiga a maioria dos votos.
 § 8° Somente os ministros titulares, ainda que em gozo de licença, férias, ou ausentes com causa 
justificada, poderão tomar parte nas eleições, na forma estabelecida no Regimento Interno.
 Art. 70. Compete ao Presidente, dentre outras atribuições estabelecidas no Regimento Interno:
 I - dirigir o Tribunal;
 II - dar posse aos ministros, auditores, membros do Ministério Público junto ao Tribunal e dirigentes 
das unidades da secretaria, na forma estabelecida no Regimento Interno;
 III - expedir atos de nomeação, admissão, exoneração, remoção, dispensa, aposentadoria e outros atos 
relativos aos servidores do quadro de pessoal da secretaria, os quais serão publicados no Diário Oficial da 
União e no Boletim do Tribunal;
 IV - diretamente ou por delegação, movimentar as dotações e os créditos orçamentários próprios e 
praticar os atos de administração financeira, orçamentária e patrimonial necessários ao funcionamento do 
Tribunal.
Capítulo IV
Ministros
 Art. 71. Os ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam 
os seguintes requisitos:
 I - ter mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
 II - idoneidade moral e reputação ilibada;
 III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração 
pública;
 IV - contar mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os 
Apostilas Aprendizado Urbano 76 
conhecimentos mencionados no inciso anterior.
 Art. 72. Os ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
 I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois 
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista 
tríplice pelo Plenário, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;
 II - dois terços pelo Congresso Nacional.
 Art. 73. Os ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, 
impedimentos, vencimentos e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça e somente poderão 
aposentar-se com as vantagens do cargo quando o tiverem exercido efetivamente por mais de cinco anos.
 Parágrafo único. Os ministros do Tribunal gozarão das seguintes garantias e prerrogativas:
 I - vitaliciedade, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
 II - inamovibilidade;
 III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o disposto nos arts. 37, 
XI, 150, II, 153, III e 153, § 2°, I, da Constituição Federal;
 IV - aposentadoria, com proventos integrais, compulsoriamente aos setenta anos de idade ou por 
invalidez comprovada, e facultativa após trinta anos de serviço, contados na forma da lei, observada a 
ressalva prevista no caput, in fine, deste artigo.
 Art. 74. É vedado ao ministro do Tribunal de Contas da União:
 I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
 II - exercer cargo técnico ou de direção de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer 
natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, sem remuneração;
 III - exercer comissão remunerada ou não, inclusive em órgãos de controle da administração direta ou 
indireta, ou em concessionárias de serviço público;
 IV - exercer profissão liberal, emprego particular, comércio, ou participar de sociedade comercial, 
exceto como acionista ou cotista sem ingerência;
 V - celebrar contrato com pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia 
mista, fundação, sociedade instituída e mantida pelo poder público ou empresa concessionária de serviço 
público, salvo quando o contrato obedecer a normas uniformes para todo e qualquer contratante;
 VI - dedicar-se à atividade político-partidária.
 Art. 75. (Vetado)
 Parágrafo único. (Vetado)
 Art. 76. Não podem ocupar, simultaneamente, cargos de ministro parentes consangüíneos ou afins, na 
linha reta ou na colateral, até o segundo grau.
 Parágrafo único. A incompatibilidade decorrente da restrição imposta no caput deste artigo resolve-se:
 I - antes da posse, contra o último nomeado ou contra o mais moço, se nomeados na mesma data;
 II - depois da posse, contra o que lhe deu causa;
Apostilas Aprendizado Urbano77 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art153%C2%A72i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art150iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art150ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art37xi.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art37xi.
 III - se a ambos imputável, contra o que tiver menos tempo de exercício no Tribunal.
Capítulo V
Auditores
 Art. 77. Os auditores, em número de três, serão nomeados pelo Presidente da República, dentre os 
cidadãos que satisfaçam os requisitos exigidos para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União, 
mediante concurso público de provas e títulos, observada a ordem de classificação.
 Parágrafo único. A comprovação do efetivo exercício por mais de dez anos de cargo da carreira de 
controle externo do quadro de pessoal da secretaria do Tribunal constitui título computável para efeito do 
concurso a que se refere o caput deste artigo .
 Art. 78. (Vetado)
 Parágrafo único. O auditor, quando não convocado para substituir ministro, presidirá à instrução dos 
processos que lhe forem distribuídos, relatando-os com proposta de decisão a ser votada pelos integrantes 
do Plenário ou da Câmara para a qual estiver designado.
 Art. 79. O auditor, depois de empossado, só perderá o cargo por sentença judicial transitada em 
julgado.
 Parágrafo único. Aplicam-se ao auditor as vedações e restrições previstas nos arts. 74 e 76 desta Lei.
Capítulo VI
Ministério Público Junto ao Tribunal
 Art. 80. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, ao qual se aplicam os princípios 
institucionais da unidade, da indivisibilidade e da independência funcional, compõe-se de um procurador-
geral, três subprocuradores-gerais e quatro procuradores, nomeados pelo Presidente da República, dentre 
brasileiros, bacharéis em direito.
 § 1° (Vetado)
 § 2° A carreira do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União é constituída pelos cargos 
de subprocurador-geral e procurador, este inicial e aquele representando o último nível da carreira, não 
excedendo a dez por cento a diferença de vencimentos de uma classe para outra, respeitada igual diferença 
entre os cargos de subprocurador-geral e procurador-geral.
 § 3° O ingresso na carreira far-se-á no cargo de procurador, mediante concurso público de provas e 
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização e observada, nas 
nomeações, a ordem de classificação, enquanto a promoção ao cargo de subprocurador-geral far-se-á, 
alternadamente, por antigüidade e merecimento.
 Art. 81. Competem ao procurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União, em sua missão de 
guarda da lei e fiscal de sua execução, além de outras estabelecidas no Regimento Interno, as seguintes 
atribuições:
 I - promover a defesa da ordem jurídica, requerendo, perante o Tribunal de Contas da União as 
medidas de interesse da justiça, da administração e do Erário;
 II - comparecer às sessões do Tribunal e dizer de direito, verbalmente ou por escrito, em todos os 
assuntos sujeitos à decisão do Tribunal, sendo obrigatória sua audiência nos processos de tomada ou 
Apostilas Aprendizado Urbano 78 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
prestação de contas e nos concernentes aos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, 
reformas e pensões;
 III - promover junto à Advocacia-Geral da União ou, conforme o caso, perante os dirigentes das 
entidades jurisdicionadas do Tribunal de Contas da União, as medidas previstas no inciso II do art. 28 e no 
art. 61 desta Lei, remetendo-lhes a documentação e instruções necessárias;
 IV - interpor os recursos permitidos em lei.
 Art. 82. Aos subprocuradores-gerais e procuradores compete, por delegação do procurador-geral, 
exercer as funções previstas no artigo anterior.
 Parágrafo único. Em caso de vacância e em suas ausências e impedimentos por motivo de licença, férias 
ou outro afastamento legal, o procurador-geral será substituído pelos subprocuradores-gerais e, na ausência 
destes, pelos procuradores, observada, em ambos os casos, a ordem de antigüidade no cargo, ou a maior 
idade, no caso de idêntica antigüidade, fazendo jus, nessas substituições, aos vencimentos do cargo exercido.
 Art. 83. O Ministério Público contará com o apoio administrativo e de pessoal da secretaria do 
Tribunal, conforme organização estabelecida no Regimento Interno.
 Art. 84. Aos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União aplicam-se, 
subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei orgânica do Ministério Público da União, pertinentes 
a direitos, garantias, prerrogativas, vedações, regime disciplinar e forma de investidura no cargo inicial da 
carreira.
Capítulo VII
Secretaria do Tribunal
Seção I
Objetivo e Estrutura
 Art. 85. A secretaria incumbe a prestação de apoio técnico e a execução dos serviços administrativos do 
Tribunal de Contas da União.
 § 1° A organização, atribuições e normas de funcionamento da secretaria são as estabelecidas no 
Regimento Interno.
 § 2º O Tribunal poderá manter unidades integrantes de sua secretaria nos estados federados.
 Art. 86. São obrigações do servidor que exerce funções específicas de controle externo no Tribunal de 
Contas da União:
 I - manter, no desempenho de suas tarefas, atitude de independência, serenidade e imparcialidade;
 II - representar à chefia imediata contra os responsáveis pelos órgãos e entidades sob sua fiscalização, 
em casos de falhas e/ou irregularidades;
 III - propor a aplicação de multas, nos casos previstos no Regimento Interno;
 IV - guardar sigilo sobre dados e informações obtidos em decorrência do exercício de suas funções e 
pertinentes aos assuntos sob sua fiscalização, utilizando-os, exclusivamente, para a elaboração de pareceres 
e relatórios destinados à chefia imediata.
 Art. 87. Ao servidor a que se refere o artigo anterior, quando credenciado pelo Presidente do Tribunal 
Apostilas Aprendizado Urbano 79 
ou, por delegação deste, pelos dirigentes das unidades técnicas da secretaria do Tribunal, para desempenhar 
funções de auditoria, de inspeções e diligências expressamente determinadas pelo Tribunal ou por sua 
Presidência, são asseguradas as seguintes prerrogativas:
 I - livre ingresso em órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do Tribunal de Contas da União;
 II - acesso a todos os documentos e informações necessários à realização de seu trabalho;
 III - competência para requerer, nos termos do Regimento Interno, aos responsáveis pelos órgãos e 
entidades objeto de inspeções, auditorias e diligências, as informações e documentos necessários para 
instrução de processos e relatórios de cujo exame esteja expressamente encarregado por sua chefia imediata.
 Art. 88. Fica criado, na secretaria, diretamente subordinado à Presidência, um instituto que terá a seucargo:
 I - a realização periódica de concursos públicos de provas ou de provas e títulos, para seleção dos 
candidatos a matrícula nos cursos de formação requeridos para ingresso nas carreiras do quadro de pessoal 
do Tribunal;
 II - a organização e a administração de cursos de níveis superior e médio, para formação e aprovação 
final dos candidatos selecionados nos concursos referidos no inciso anterior;
 III - a organização e a administração de cursos de treinamento e de aperfeiçoamento para os servidores 
do quadro de pessoal;
 IV - a promoção e a organização de simpósios, seminários, trabalhos e pesquisas sobre questões 
relacionadas com as técnicas de controle da administração pública;
 V - a organização e administração de biblioteca e de centro de documentação, nacional e internacional, 
sobre doutrina, técnicas e legislação pertinentes ao controle e questões correlatas.
 Parágrafo único. O Tribunal regulamentará em resolução a organização, as atribuições e as normas de 
funcionamento do instituto referido neste artigo.
Seção II
Orçamentos
 Art. 89. (Vetado)
 § 1° (Vetado)
 § 2º (Vetado)
 § 3° (Vetado)
TÍTULO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
 Art. 90. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Tribunal de 
Contas da União será exercida pelo Congresso Nacional, na forma definida no seu regimento comum.
 § 1° O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas 
atividades.
 § 2° No relatório anual, o Tribunal apresentará análise da evolução dos custos de controle e de sua 
Apostilas Aprendizado Urbano 80 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep275-L8443-92.pdf
eficiência, eficácia e economicidade.
 Art. 91 . Para a finalidade prevista no art. 1°, inciso I, alínea g e no art. 3°, ambos da Lei Complementar 
n° 64, de 18 de maio de 1990, o Tribunal enviará ao Ministério Público Eleitoral, em tempo hábil, o nome 
dos responsáveis cujas contas houverem sido julgadas irregulares nos cinco anos imediatamente anteriores à 
realização de cada eleição.
 Art. 92. Os atos relativos a despesa de natureza reservada serão, com esse caráter, examinados pelo 
Tribunal, que poderá, à vista das demonstrações recebidas, ordenar a verificação in loco dos 
correspondentes comprobatórios, na forma estabelecida no Regimento Interno.
 Art. 93. A título de racionalização administrativa e economia processual, e com o objetivo de evitar 
que o custo da cobrança seja superior ao valor do ressarcimento, o Tribunal poderá determinar, desde logo, 
o arquivamento do processo, sem cancelamento do débito, a cujo pagamento continuará obrigado o 
devedor, para que lhe possa ser dada quitação.
 Art. 94. É vedado a ministro, auditor e membro do Ministério Público junto ao Tribunal intervir em 
processo de interesse próprio, de cônjuge ou de parente consangüíneo ou afim, na linha reta ou na colateral, 
até o segundo grau.
 Art. 95. Os ministros, auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal têm prazo de 
trinta dias, a partir da publicação do ato de nomeação no Diário Oficial da União, prorrogável por mais 
sessenta dias, no máximo, mediante solicitação escrita, para posse e exercício no cargo.
 Art. 96. As atas das sessões do Tribunal serão publicadas, na íntegra, sem ônus, no Diário Oficial da 
União.
 Art. 97. As publicações editadas pelo Tribunal são as definidas no Regimento Interno.
 Art. 98. O Boletim do Tribunal de Contas da União é considerado órgão oficial.
 Art. 99. O Regimento Interno do Tribunal somente poderá ser aprovado e alterado pela maioria 
absoluta de seus ministros titulares.
 Art. 100. O Tribunal de Contas da União poderá firmar acordo de cooperação com os Tribunais de 
Contas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios, na forma estabelecida pelo Regimento Interno.
 Art. 101. O Tribunal de Contas da União, para o exercício de sua competência institucional, poderá 
requisitar aos órgãos e entidades federais, sem quaisquer ônus, a prestação de serviços técnicos 
especializados, a serem executados em prazo previamente estabelecido, sob pena de aplicação da sanção 
prevista no art. 58 desta Lei.
 Art. 102. A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou entidade congênere fará 
publicar no Diário Oficial da União, até o dia 31 de agosto de cada ano, e para os fins previstos no inciso VI 
do art. 1° desta Lei, a relação das populações por Estados e Municípios.
 § 1° Os interessados, dentro do prazo de vinte dias da publicação, poderão apresentar reclamações 
fundamentadas à Fundação IBGE, que decidirá conclusivamente.
 § 2° Até o dia 31 de outubro de cada ano, a Fundação IBGE encaminhará ao Tribunal de Contas da 
União a relação referida neste artigo.
 Art. 102. Entidade competente do Poder Executivo federal fará publicar no Diário Oficial da União, 
para os fins previstos no inciso VI do art. 1o desta Lei, a relação das populações: (Redação dada pela Lei 
Apostilas Aprendizado Urbano 81 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp64.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp64.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp64.htm#art1ig
Complementar nº 143, de 2013) (Produção de efeito)
I - até 31 de dezembro de cada ano, no caso dos Estados e do Distrito Federal; (Incluído pela Lei 
Complementar nº 143, de 2013) (Produção de efeito)
II - até 31 de agosto de cada ano, no caso dos Municípios. (Incluído pela Lei Complementar nº 
143, de 2013) (Produção de efeito)
§ 1o (Revogado) (Redação dada pela Lei Complementar nº 143, de 2013) (Produção de efeito)
§ 2o (Revogado) (Redação dada pela Lei Complementar nº 143, de 2013) (Produção de efeito)
§ 3o Far-se-á nova comunicação sempre que houver, transcorrido o prazo fixado nos incisos I e II 
do caput, a criação de novo Estado ou Município a ser implantado no exercício subsequente. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 143, de 2013) (Produção de efeito)
 Art. 103. O Tribunal de Contas da União prestará auxílio à comissão mista do Congresso Nacional 
incumbida do exame do endividamento externo brasileiro, nos termos do art. 26 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias.
 Art. 104. Os ordenadores de despesas dos órgãos da administração direta, bem assim os dirigentes das 
entidades da administração indireta e fundações e quaisquer servidores responsáveis por atos de que resulte 
despesa pública, remeterão ao Tribunal de Contas da União por solicitação do Plenário ou de suas Câmaras, 
cópia das suas declarações de rendimentos e de bens.
 § 1° O descumprimento da obrigação estabelecida neste artigo ensejará a aplicação da multa 
estabelecida no art. 58 desta Lei, pelo Tribunal, que manterá em sigilo o conteúdo das declarações 
apresentadas e poderá solicitar os esclarecimentos que entender convenientes sobre a variaçãopatrimonial 
dos declarantes.
 § 2° O sigilo assegurado no parágrafo anterior poderá ser quebrado por decisão do Plenário, em 
processo no qual fique comprovado enriquecimento ilícito por exercício irregular da função pública.
 § 3° A quebra de sigilo sem autorização do Plenário constitui infração funcional punível na forma 
do art. 132, inciso IX da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
 § 4° O disposto neste artigo aplica-se à autoridade a que se refere o art. 52 desta Lei.
 Art. 105. O processo de escolha de ministro do Tribunal de Contas da União, em caso de vaga ocorrida 
ou que venha a ocorrer após a promulgação da Constituição de 1988, obedecerá ao seguinte critério:
 I - na primeira, quarta e sétima vagas, a escolha caberá ao Presidente da República, devendo recair as 
duas últimas, respectivamente, em auditor e membro do Ministério Público junto ao Tribunal.
 II - na segunda, terceira, quinta, sexta, oitava e nona vagas, a escolha será da competência do 
Apostilas Aprendizado Urbano 82 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm#art132ix
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art26dct
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art26dct
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp143.htm#art4
Congresso Nacional;
 III - a partir da décima vaga, reinicia-se o processo previsto nos incisos anteriores, observada a 
alternância quanto à escolha de auditor e membro do Ministério Público junto ao Tribunal, nos termos 
do inciso I do § 2° do art. 73 da Constituição Federal.
 Art. 106. Aos ministros do Tribunal de Contas da União que, na data da promulgação da Constituição 
Federal de 1988, preenchiam os requisitos necessários à aposentadoria com as vantagens do cargo, não se 
aplica a ressalva prevista no art. 73, caput, in fine, desta Lei.
 Art. 107. - A distribuição dos processos observará os princípios da publicidade, da alternatividade e do 
sorteio.
 Art. 108. Serão públicas as sessões ordinárias do Tribunal de Contas da União.
 § 1° O Tribunal poderá realizar sessões extraordinárias de caráter reservado, para tratar de assuntos de 
natureza administrativa interna ou quando a preservação de direitos individuais e o interesse público o 
exigirem.
 § 2° Na hipótese do parágrafo anterior, os atos processuais terão o concurso das partes envolvidas, se 
assim desejarem seus advogados, podendo consultar os autos e pedir cópia de peças e certidões dos mesmos.
 § 3° Nenhuma sessão extraordinária de caráter reservado poderá ser realizada sem a presença 
obrigatória de representante do Ministério Público.
 Art. 109. O Tribunal de Contas da União ajustará o exame dos processos em curso às disposições desta 
Lei.
 Art. 110. No prazo de noventa dias a contar da entrada em vigor desta Lei, o Tribunal encaminhará ao 
Congresso Nacional projeto de lei dispondo sobre o quadro próprio de pessoal de sua secretaria, com 
observância dos princípios constitucionais pertinentes e, especialmente, das seguintes diretrizes:
 I - regime jurídico único;
 II - previsão das respectivas estrutura orgânica e atribuições;
 III - condicionamento, como indispensável a investidura em cargo ou emprego, à prévia aprovação em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, bem como em cursos organizados na forma preconizada 
no inciso II do art. 88 desta Lei;
 IV - provimento dos cargos em comissão e funções de confiança por servidores do quadro próprio de 
pessoal;
 IV - provimento dos cargos em comissão e funções de confiança por servidores do quadro de pessoal, 
exceto quanto aos Gabinetes de Ministro, do Procurador-Geral e de Auditor em relação a um Oficial de 
Gabinete e a um Assistente, que serão de livre escolha da autoridade, obedecidos os requisitos legais e 
regimentais; (Redação dada pela Lei nº 9.165, de 1995)
 V - competência do Tribunal, para em relação aos cargos em comissão e funções de confiança:
 a ) estabelecer-lhes o escalonamento, segundo a legislação pertinente;
 b) transformá-los e reclassificá-los em consonância com os parâmetros previstos na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias;
 VI -fixação da respectiva remuneração, observados os limites orçamentários, fixados, os níveis de 
Apostilas Aprendizado Urbano 83 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9165.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art73%C2%A72i
remuneração adotados para os servidores do Poder Legislativo e, no que couber, os princípios reguladores 
do sistema de pessoal da União.
 Parágrafo único. É vedada a nomeação, para cargos em comissão, e a designação, para funções de 
confiança, de cônjuge, companheiro ou parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, de ministro, auditor ou membro do Ministério Público junto ao Tribunal, em atividade ou 
aposentados há menos de cinco anos, exceto se admitidos no quadro próprio de pessoal mediante concurso 
público. (Incluído pela Lei nº 9.165, de 1995)
 Art. 111. Os atuais cargos de subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União integrarão 
quadro em extinção, assegurados os direitos e observadas as vedações aplicáveis a seus titulares.
 Art. 112. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 Art. 113. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto-Lei n° 199, de 25 de fevereiro 
de 1967.
 Brasília, 16 de julho de 1992; 171° da Independência e 104° da República.
FERNANDO COLLOR
Medidas Organizacionais para o Aprimoramento da Administração Pública Federal. 
Manual de Orientação para Arranjo Institucional de Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal. 
Manual Técnico de Orçamento- MTO-2014. 
Os documentos oficias encontram-se em anexo na pasta ANEXOS da apostila.
Processo Administrativo em Âmbito Federal. 
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
 Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração 
Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração.
 § 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa.
 § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:
Apostilas Aprendizado Urbano84 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%20199-1967?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEL%20199-1967?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9165.htm#art1
 I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta;
 II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
 III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
 Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, 
interesse público e eficiência.
 Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
 I - atuação conforme a lei e o Direito;
 II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou 
competências, salvo autorização em lei;
 III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou 
autoridades;
 IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
 V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na 
Constituição;
 VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
 VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;
 VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;
 IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e 
respeito aos direitos dos administrados;
 X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à 
interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
 XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;
 XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
 XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim 
público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
 Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que 
lhe sejam assegurados:
 I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus 
direitos e o cumprimento de suas obrigações;
 II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter 
vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;
Apostilas Aprendizado Urbano 85 
 III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de 
consideração pelo órgão competente;
 IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por 
força de lei.
CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
 Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato 
normativo:
 I - expor os fatos conforme a verdade;
 II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
 III - não agir de modo temerário;
 IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
 Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.
 Art. 6o O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser 
formulado por escrito e conter os seguintes dados:
 I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
 II - identificação do interessado ou de quem o represente;
 III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
 IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
 V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
 Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, 
devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
 Art. 7o Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados 
para assuntos que importem pretensões equivalentes.
 Art. 8o Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos 
idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.
CAPÍTULO V
DOS INTERESSADOS
 Art. 9o São legitimados como interessados no processo administrativo:
 I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no 
exercício do direito de representação;
 II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela 
decisão a ser adotada;
Apostilas Aprendizado Urbano 86 
 III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;
 IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.
 Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada 
previsão especial em ato normativo próprio.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
 Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída 
como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
 Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte 
da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente 
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, 
jurídica ou territorial.
 Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos 
colegiados aos respectivos presidentes.
 Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
 I - a edição de atos de caráter normativo;
 II - a decisão de recursos administrativos;
 III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
 Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
 § 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do 
delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da 
atribuição delegada.
 § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
 § 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-
se-ão editadas pelo delegado.
 Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a 
avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
 Art. 16. Os órgãos e entidadesadministrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes 
e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial.
 Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante 
a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
CAPÍTULO VII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
 Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
 I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
 II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais 
Apostilas Aprendizado Urbano 87 
situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
 III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou 
companheiro.
 Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade 
competente, abstendo-se de atuar.
 Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos 
disciplinares.
 Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade 
notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o 
terceiro grau.
 Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.
CAPÍTULO VIII
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO
 Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei 
expressamente a exigir.
 § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua 
realização e a assinatura da autoridade responsável.
 § 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de 
autenticidade.
 § 3o A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.
 § 4o O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas.
 Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da 
repartição na qual tramitar o processo.
 Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento 
prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração.
 Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e 
dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força 
maior.
 Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada 
justificação.
 Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o 
interessado se outro for o local de realização.
CAPÍTULO IX
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
 Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação 
do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.
Apostilas Aprendizado Urbano 88 
 § 1o A intimação deverá conter:
 I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;
 II - finalidade da intimação;
 III - data, hora e local em que deve comparecer;
 IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;
 V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento;
 VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.
 § 2o A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento.
 § 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, 
por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.
 § 4o No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação 
deve ser efetuada por meio de publicação oficial.
 § 5o As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o 
comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.
 Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a 
renúncia a direito pelo administrado.
 Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa ao interessado.
 Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em 
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra 
natureza, de seu interesse.
CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO
 Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada 
de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do 
direito dos interessados de propor atuações probatórias.
 § 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão do 
processo.
 § 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos 
oneroso para estes.
 Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.
 Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá, 
mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da 
decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.
 § 1o A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas 
físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.
Apostilas Aprendizado Urbano 89 
 § 2o O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado do processo, 
mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as 
alegações substancialmente iguais.
 Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser 
realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo.
 Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer outros meios 
de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente 
reconhecidas.
 Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de 
administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.
 Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades 
administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou representantes 
dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos.
 Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao 
órgão competentepara a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.
 Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes 
na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente 
para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias.
 Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e 
pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do 
processo.
 § 1o Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão.
 § 2o Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos 
interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
 Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos 
interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e 
condições de atendimento.
 Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante a 
matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão.
 Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à 
apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva 
apresentação implicará arquivamento do processo.
 Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de 
três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.
 Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido 
no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.
 § 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá 
seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.
Apostilas Aprendizado Urbano 90 
 § 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo 
poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se 
omitiu no atendimento.
 Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de 
órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela 
instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica 
equivalentes.
 Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez 
dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.
 Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar 
providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.
 Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos 
dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo 
ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.
 Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório 
indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, 
objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente.
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR
 Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e 
sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.
 Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta 
dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.
CAPÍTULO XII
DA MOTIVAÇÃO
 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos 
jurídicos, quando:
 I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
 II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
 III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
 IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
 V - decidam recursos administrativos;
 VI - decorram de reexame de ofício;
 VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, 
propostas e relatórios oficiais;
 VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
 § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de 
Apostilas Aprendizado Urbano 91 
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste 
caso, serão parte integrante do ato.
 § 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que 
reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
 § 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da 
respectiva ata ou de termo escrito.
CAPÍTULO XIII
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
 Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido 
formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
 § 1o Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado.
 § 2o A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do 
processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige.
 Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o 
objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
 Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode 
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
 Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo 
comprovada má-fé.
 § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do 
primeiro pagamento.
 § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que 
importe impugnação à validade do ato.
 Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a 
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
CAPÍTULO XV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
 Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.
 § 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo 
de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
 § 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.
 § 3o Se o recorrentealegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, 
caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar 
Apostilas Aprendizado Urbano 92 
o recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o 
caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).
 Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo 
disposição legal diversa.
 Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
 I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
 II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida;
 III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;
 IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.
 Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso 
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
 § 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo 
máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.
 § 2o O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, ante 
justificativa explícita.
 Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os 
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.
 Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
 Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da 
execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito 
suspensivo ao recurso.
 Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais 
interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.
 Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto:
 I - fora do prazo;
 II - perante órgão incompetente;
 III - por quem não seja legitimado;
 IV - após exaurida a esfera administrativa.
 § 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe 
devolvido o prazo para recurso.
 § 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde 
que não ocorrida preclusão administrativa.
 Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, 
total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.
 Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do 
Apostilas Aprendizado Urbano 93 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art8
recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão.
 Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente 
para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o 
caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).
 Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de enunciado 
da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do 
recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de 
responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).
 Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a 
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada.
 Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.
CAPÍTULO XVI
DOS PRAZOS
 Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem 
o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
 § 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em 
que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
 § 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
 § 3o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não 
houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
 Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se 
suspendem.
CAPÍTULO XVII
DAS SANÇÕES
 Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou 
consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.
CAPÍTULO XVIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
 Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-
lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.
 Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos 
administrativos em que figure como parte ou interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
 I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
 II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
 III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
 IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia 
Apostilas Aprendizado Urbano 94 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm#art9
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, 
nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), 
contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em 
conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do 
processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
 § 1o A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo 
à autoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem cumpridas. (Incluído pela 
Lei nº 12.008, de 2009).
 § 2o Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própriaque evidencie o regime de 
tramitação prioritária. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
 § 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
 § 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
 Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 Brasília 29 de janeiro de 1999; 178o da Independência e 111o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-609-09.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12008.htm#art4
	Centralização
	Descentralização
	Formas de Descentralização
	Formas de Delegação
	Tabela simplificada

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