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01 CONTEUDO - História - Identidade e Cultura Organizacional da PMAL

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CURSO DE FORMAÇÃO DE PRAÇAS (CFP) 
ÁREA TEMÁTICA III - Cultura, Cotidiano e Prática 
Reflexiva 
História, Identidade e Cultura Organizacional da PMAL 
Carga 
Horária 
29 h/a 
 
TITULO 01 
A FORMAÇÃO DAS POLÍCIAS MILITARES NO BRASIL FRENTE 
À FORMAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA BRASILEIRA E A ORIGEM 
E DESENVOLVIMENTO DA POLÍCIA MILITAR DE 
ALAGOAS: 
 
1- ORIGEM DAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL; 
 
FATO HISTÓRICO: No Brasil, as polícias militares estaduais tiveram sua 
origem no século XIX, com a chegada de D. João VI ao Brasil, em 1808. 
MOTIVAÇÃO SOCIAL: A segurança pública, na época, era executada pelos 
chamados "quadrilheiros", corpo tradicional existente desde a Idade 
Média, responsável pelo policiamento urbano das cidades e vilas de Portugal, 
e que fora estendido ao Brasil colonial. Eles eram responsáveis pelo 
policiamento das 75 ruas e alamedas da cidade do Rio de Janeiro. Com a 
chegada dessa "nova população", os quadrilheiros não eram mais suficientes 
para fazer a proteção da Corte, então com cerca de 60 000 pessoas, mais da 
metade composta por escravos. 
 
DIVISÃO MILITAR DA GUARDA REAL DE POLÍCIA DO RIO DE 
JANEIRO 
ATO INSTITUCIONAL: Em 13 de maio de 1809, dia do aniversário do Príncipe 
Regente D. João, este criou a Divisão Militar da Guarda Real da Polícia, sendo 
esta formada por 218 guardas com, organização, armas e trajes idênticos aos 
da Guarda Real da Polícia de Lisboa. Era composta por um estado-maior, 
três companhias de infantaria e uma companhia de cavalaria. 
PRIMEIRO COMANDANTE: foi José Maria Rebello de Andrade Vasconcellos e 
Souza, ex-capitão da Guarda de Portugal. 
SUBCOMANDANTE: Como seu auxiliar foi escolhido um brasileiro nato, o 
major de milícias Miguel Nunes Vidigal; 
A COMPANHIA DE CAVALARIA ficou a cargo de um oficial britânico, Alferes 
Jonh Thomas David que, juntamente com alguns outros, ficaram no Brasil para 
auxiliar na segurança da família real. 
OBJETIVO: O estabelecimento de uma força militar permanente na capital 
deu-se em função do crescimento populacional do Rio de Janeiro e da 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quadrilheiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vila
https://pt.wikipedia.org/wiki/13_de_maio
https://pt.wikipedia.org/wiki/1809
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guarda_Real_da_Pol%C3%ADcia_de_Lisboa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado-maior
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_(militar)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infantaria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cavalaria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Maria_Rebello_de_Andrade_Vasconcellos_e_Souza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Maria_Rebello_de_Andrade_Vasconcellos_e_Souza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tropas_Auxiliares_e_Mil%C3%ADcias_de_Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Nunes_Vidigal
necessidade de garantir a segurança da nobreza recém-chegada de 
Portugal. 
A Divisão Militar da Guarda Real de Polícia do Rio de Janeiro, adotava o 
mesmo modelo de organização da guarda portuguesa, utilizava os mesmos 
trajes e armas e já tinha estrutura militarizada, com companhias de infantaria e 
de cavalaria. 
 
 
 
2- EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CRONOLÓGICA DAS POLÍCIAS 
MILITARES. 
 
INCIDÊNCIA POPULACIONAL - O estabelecimento de uma força militar 
permanente na capital deu-se em função do crescimento populacional do Rio 
de Janeiro e da necessidade de garantir a segurança da nobreza recém-
chegada de Portugal. 
No início do século XIX, as cidades do interior também registravam aumento 
populacional considerável, evidenciando a necessidade de manutenção da 
ordem pública. Com isso, foram sendo criados corpos policiais nas províncias. 
Na história social do crime predomina uma profunda demarcação entre o 
período colonial e o período pós-independência (tendo talvez um espaço de 
contato no chamado período joanino, 1808-1822), que dificulta análises de 
continuidade. A historicidade da polícia no Brasil é marcada mais pelo 
momento 1808, a transmigração da família real portuguesa, do 
que por contatos com o século XVIII. 
 
CRONOLOGIA DAS POLÍCIAS MILITARES - Período Imperial 
(1822 a 1889) 
A Guarda Nacional foi instituída pela ação do ministro Diogo Antônio Feijó, em 
1831. Durante o período regencial, a ausência de um representante do poder real 
abriu caminho para uma série de revoltas e levantes que tentavam ir contra o 
governo. 
 
Fonte: Agência Senado 
3- FATOS HISTÓRICOS RELEVANTES 
 
1- As polícias militares, entretanto, têm origem no século 19, 
com a chegada de D. João VI, em 1808. 
2- Em 13 de maio de 1809, dia do aniversário do Príncipe 
Regente D. João, este criou a Divisão Militar da Guarda Real 
da Polícia. 
3- 1831 - Criação da Guarda Nacional e, concomitantemente, 
extinção das Ordenanças. E autorização aos Presidentes das 
Províncias para criação, na sede do Império e nas capitais 
provinciais, de Corpos de Guarda Municipais, também 
denominados de Guardas Municipais Permanentes. 
 
4- Em 1889, no Rio de Janeiro, até então capital do 
pais, Marechal Deodoro da Fonseca liderou uma ofensiva 
que derrubou a Monarquia, na época, sob o comando do 
Imperador Dom Pedro II. Na mesma noite, o Marechal 
assinou um manifesto que deu início à República 
Federativa e Presidencialista no Brasil. 
 
5- Após a proclamação da República, em 1889, foi 
acrescentada a designação “Militar” àquelas corporações, 
que passaram a ser conhecidos como Corpos Militares de 
Polícia. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/13_de_maio
https://pt.wikipedia.org/wiki/1809
https://pt.wikipedia.org/wiki/1831
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guarda_Nacional_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Brasil
 
6- FUNCIONALIDADE INSTIUCIONAL E SOCIAL DAS POLICIAIS 
A Polícia era um exército permanente travando guerra social contra adversários 
que ocupavam o espaço a seu redor. O contato com o inimigo advinha de 
ações guerrilheiras dos bandos de capoeira, de atos subversivos como 
fugir ao controle de seu dono e recusar-se a trabalhar, e de uma 
infinidade de pequenas violações individuais, que iam do pequeno furto 
ao atrevimento de ficar nas ruas depois do toque de recolher. [...] A meta 
era reprimir e subjugar, manter um nível aceitável de ordem e tranqüilidade que 
possibilitasse o funcionamento da cidade no interesse da classe que elaborou 
as regras e criou a polícia para fazê-las cumprir (HOLLOWAY, 1997, p. 50) 
 
(Trecho extraído: HOLLOWAY, Thomas H. Polícia no Rio de Janeiro: repressão e resistência 
numa cidade do século XIX. 1. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio 
Vargas, 1997). 
 
7- CRONOGRAMA DA CRIAÇÃO DAS POLICIAS MILITARES NO 
BRASIL 
ANO CRIAÇÃO POLÍCIA MILITAR/ESTADO QTD 
1809 RIO DE JANEIRO, DISTRITO FEDERAL 02 
1811 MINAS GERAIS 01 
1820 PARÁ 01 
1825 BAHIA, PERNAMBUCO 02 
1831 SÃO PAULO, ESPIRITO SANTO, MATO GROSSO 03 
1832 ALAGOAS, PARAIBA 02 
1834 RIO GRANDE DO NORTE 01 
1835 SERGIPE, CEARÁ, PIAUÍ, SANTA CATARINA, MATO GROSSO DO SUL 05 
1836 MARANHÃO 01 
1837 AMAZONAS, RIO GRANDE DO SUL 02 
1854 PARANÁ 01 
1858 GÓIAS 01 
1916 ACRE 01 
1975 AMAPA, RONDONIA, RORAIMA 03 
1989 TOCANTINS 01 
Fonte: Agência Senado 
4- AS POLÍCIAS MILITARES FRENTE ÀS CONSTITUIÇÕES ANTERIORES 
E ATUAIS; 
 
 
ABORDAGEM CONSTITUCIONAL 
 Realizada a independência, a estrutura militar passou a ser definida nas 
suas linhas gerais pela Constituição de 1824. 
 Deu-se então o estabelecimento de três categorias militares básicas: 
 - o Exército como tropa regular e paga cuja função primordial era a 
defesa das fronteiras; 
 - as Milícias, tropas auxiliares e gratuitas, para a manutenção da ordem 
das comarcas das províncias do Império; 
 - as Guardas Policiais, forças também auxiliares com processo de 
recrutamento e efetivos fixados anualmente, encarregados da segurança 
individual, perseguição e prisão de criminosos. 
 Nenhuma referência fazia a Constituiçãode 1891 à força pública dos 
Estados Membros. Menção indireta à manutenção da ordem nas Unidades da 
Federação, somente fez quando previa a intervenção federal nos negócios 
peculiares dos Estados, por solicitação destes, para restabelecê-los. Mesmo 
essa referência indireta foi extirpada da Constituição, através de Emenda, em 
1926. 
 A partir daí, como nenhum preceito atribui à União competência em 
matéria de Segurança Pública, essa competência pelo próprio sistema de 
repartição dos poderes entre as esferas políticas da federação, passou a ser 
indiscutível e exclusivamente do Estado-Membro. 
 Em 1934, a Polícia Militar aparece pela primeira vez em um texto 
constitucional federal. Segundo PONTES DE MIRANDA, para “consagrar os 
Exércitos Estaduais”. Na verdade, se não se quiser discutir a qualificação, seria 
certamente mais adequado afirmar-se que a finalidade era a de controlar os 
Exércitos Estaduais. 
 
São 7 (sete) Constituições brasileiras – nas quais a policias militares 
exerceram papel fundamental de manutenção da lei e da ordem. 
1ª - Constituição de 1824 (Brasil Império) 
O objetivo com a criação da Guarda Nacional de 1831 
 “Art 1° As Guardas Nacionaes são criadas para defender a Constituição, a 
liberdade, Independencia, e Integridade do Imperio; para manter a 
obediencia e a tranquilidade publica; e auxiliar o Exercito de Linha na defesa 
das fronteiras e costas”. 
2ª - Constituição de 1891 (Brasil República) 
Em 1891, a partir da promulgação da Constituição republicana, os estados 
(antigas províncias) passaram a gozar de mais autonomia e puderam organizar 
melhor seus efetivos, adotando até denominações diversas, como Batalhão de 
Polícia, Regimento de Segurança e Brigada Militar. 
• 3ª - Constituição de 1934 (Segunda República) 
A partir da constituição de 1934 as policiais militares do Brasil passam a serem 
organizadas e fiscalizadas por órgãos de controle interno e externos. 
- Justiça militar como órgão do Poder Judiciário; 
- A Lei Federal Nº192, de 17 de janeiro de 1936 reorganiza as Polícias 
Militares, em especial como forças auxiliares do exército. Em seu Artigo 19, 
parágrafo único determina que cada estado organize sua justiça militar. 
- A hierarquia e disciplina são a base da vida militar, seja dos profissionais das 
forças armadas ou dos militares estaduais. Assim, se seguem as demais 
constituições da federação com a exigência da existência das justiças militares 
tanto na União quanto nos Estados. 
 
4ª - Constituição de 1937 (Estado Novo) 
A constituição brasileira de 1937 (A POLACA), outorgada pelo presidente 
Getúlio Vargas, caracterizou-se basicamente em uma república autoritária, 
atendendo a interesses de grupos políticos que ambicionavam um governo 
forte que consolidasse o domínio daqueles que se mostravam ao lado do 
presidente. 
A Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1937 foi primeira a utilizar a 
expressão segurança pública em seu artigo 16, inciso V, “Compete 
privativamente à União o poder de legislar sobre as seguintes matérias: o bem-
estar, a ordem, a tranquilidade e a segurança públicas, quando o exigir a 
necessidade de uma regulamentação uniforme” (BRASIL, 1937). 
5ª - Constituição de 1946 – Constituição Federal de 18 de Setembro de 1946 
creditava as policias militares as garantias da lei e da ordem. 
 
Art 183 - As polícias militares instituídas para a segurança interna e a 
manutenção da ordem nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal, são 
consideradas, como forças auxiliares, reservas do Exército. 
A denominação "Polícia Militar" só foi padronizada mesmo em 1946, com 
a Constituição após o Estado Novo. Todos as unidades federadas 
adotaram o termo, com exceção do Rio Grande do Sul, que até hoje 
mantém o nome Brigada Militar em sua força policial. 
• 6ª - Constituição de 1967 (Regime Militar) ... 
Somente em 1967 com o governo militar que o modelo idealizado pelo Estado 
Novo foi consolidado, onde Constituição de 1967 ratifica a condição das 
Policias Militares como “forças auxiliares e reservas do Exército”, dando 
continuidade à histórica vinculação das tropas estaduais ao governo central, 
além do decreto lei nº 667/79, onde todas as polícias estaduais passaram a ser 
controladas e coordenadas pelo Exército. 
Criação da Inspetoria-Geral das Polícias Militares (IGPM) 
 - Decreto-lei nº 317, de 13 de março de 1967, é um órgão subordinado ao 
Departamento-Geral do Pessoal e destinado ao planejamento, à coordenação 
e ao contrôle dos assuntos da alçada do Ministério do Exército, relativos às 
Polícias Militares. 
 
• 7ª - Constituição de 1988 (Constituição Cidadã) 
• A Polícia Militar tem a responsabilidade do policiamento ostensivo e da 
preservação da ordem pública, ou seja, ela se ocupa, primordialmente, das 
tarefas diárias de patrulhamento e de perseguição de criminosos. 
O que diz o artigo 144 da Constituição Federal de 1988? 
"Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de 
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio, sob a égide dos valores da cidadania e dos direitos 
humanos, através dos órgãos instituídos pela União e pelos Estados. 
 
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da 
ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições 
definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. 
 
5- EVOLUÇÃO E A REORGANIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DE 
ALAGOAS 
 
FATO HISTORICO 
Em 02 de janeiro de 1832, o Presidente da Província de Alagoas, Manoel Lobo 
de Miranda Henriques, enviou um ofício capeando o Plano de Criação das 
Guardas Municipais da Província , submetendo-o à apreciação do Ministro da 
Justiça Imperial 
DESCRIÇÃO DO ÓRGÃO 
Criada em 03 de fevereiro de 1832, recebendo a denominação de Corpo de 
Guardas Municipais Permanentes, a Polícia Militar teve como primeira missão 
manter a ordem interna na província de Alagoas, obedecendo às leis imperiais, 
bem como debelar os adeptos da Guerra dos Cabanos. 
OFICIALIZAÇÃO DA VERDADEIRA DATA DE CRIAÇÃO DA POLÍCIA 
MILITAR DE ALAGOAS 
Através da decisão nº. 52, de 03 de fevereiro de 1832, constante da coleção de 
decisões do Governo do Império do Brasil, páginas 80 e 81, o Ministro da 
Justiça, Diogo Antonio Feijó, acusou o recebimento do citado expediente, 
mencionando que o plano fora aprovado pela Regência, discordando tão 
somente da criação do Estado Maior que havia sido proposto, concordando, 
todavia com soldo e forragens concedidos aos 1ºs e 2ºs Comandantes, 
Oficiais, Cabos, Soldados e Cornetas. 
A Polícia Militar de Alagoas nos diversos movimentos internos 
e externos. 
Com o passar dos anos, a Polícia Militar de Alagoas, participou de diversos 
conflitos no cenário nacional e internacional, a exemplo da Guerra do Paraguai, 
em 1865, compondo o 20º Batalhão de Voluntários da Pátria. 
Já na era republicana, mais precisamente na década de 30, eclode no estado 
de São Paulo a Revolução Constitucionalista, que tinha por objetivo depor o 
chefe do governo provisório da Nação, Getúlio Vargas. Com um efetivo de 
cerca de 350 homens, as tropas alagoanas partem para combater em outro 
estado, incorporando-se às forças nacionais. 
Logo depois deste episódio, a PMAL se destacou no combate ao cangaço, que 
aterrorizava o sertão do nordeste brasileiro, dando fim ao bando liderado por 
Virgulino Ferreira da Silva, conhecido até os dias de hoje como Lampião. 
 
6- Formação da identidade profissional; 
1º COMANDANTE 
Para organizá-la e comandá-la foi designado pelo Presidente Manoel de 
Miranda Henriques o Padre Cipriano Lopes de Arroxelas Galvão, que, aliás, 
já era Comandante Geral do Corpo de Guardas Municipais voluntários da 
Província de Alagoas, tornando-se por força da aludida decisão, 1º 
Comandante Geral da Guarda Municipal Permanente. 
Decisão nº 52 de 03 FEV 1832 
Organização: 02 Companhias de Guardas Municipais Permanentes 
Tropa:1º e 2º Comandante 
Oficiais Inferiores 
Cabos, Soldados e Cornetas 
Reorganização da PMAL - Em 11 FEV 1912 foi extinto o 
Batalhão Policial do Estado de Alagoas e em 03 JUL do mesmo 
ano foi reorganizada a Força Pública do Estado através do 
Decreto Lei nº 564. 
 Decreto Lei nº. 564 de 03 JUL 1912 - Reorganiza a 
Força Pública do Estado. 
 
O Governador do Estado atendendo a que os diversos ramos da administração 
precisam ser remodelados e, considerando que entre eles se acha a Força Pública, 
cuja reorganização se impõe, uma vez que o Batalhão de Polícia foi extinto por ato de 
11 FEV do corrente ano; 
OBJETIVO: A força pública deve ser o primeiro elemento de garantia à ordem social e 
a tranqüilidade do cidadão; 
Usando da autorização que lhe confere a Lei nº 660 de 1º do corrente mês, decreta: 
 Art 1º - Fica reorganizada a Força Pública do Estado dividida em Polícia Militar 
e Polícia Civil. 
 Art 2º - A Polícia Militar será constituída por uma Companhia de Guerra, 
tendo um comandante, com um posto de Capitão, três Oficiais e cento e 
sessenta e três praças. 
 Art 3º - A Polícia Civil compor-se-á de um inspetor, um sub-inspetor e 270 
guardas, sendo 40 destes de 1ª classe, 60 de 2ª , 100 de 3ª e 70 reservas. 
 Art 4º - Os vencimentos dos Oficiais e Praças da Polícia Militar e os de 
inspetor, subinspetor e Guardas de Polícia Civil serão os constantes das tabelas que 
este acompanham. 
 Art 5º - Para inteira execução do instituído no presente Decreto deverão ser 
expedidos os regulamentos e instruções necessárias ao perfeito funcionamento de 
uma e outra Polícia. 
 Art 6º - Revogam-se as disposições em contrário. 
 O presente decreto será submetido à apreciação do Congresso Legislativo em 
sua primeira reunião. 
 Palácio do Governo, em Maceió, 03 de julho de 1912, 24ª da República. 
LEGISLAÇÃO ATUAL: 
ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE 
ALAGOAS - LEI N.º 6.230, DE 19 ABRIL DE 2001. 
Art. 1.º - A Polícia Militar de Alagoas é uma instituição permanente com 
autonomia administrativa e funcional, dotação orçamentária própria 
prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias, força auxiliar e reserva do 
Exército Brasileiro, organizada com base na hierarquia e disciplina, 
subordinada diretamente ao Governador do Estado e coordenada, 
operacionalmente, á Secretaria de Estado de Defesa Social, cabendo-lhe 
as atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, 
para a tranqüilidade e incolumidade da pessoa humana e do seu 
patrimônio, em todo território alagoano. 
Art. 2.º - São missões gerais de competência da Polícia Militar do Estado 
de Alagoas: 
I – planejar e executar as atividades de polícia ostensiva na área de 
Segurança Pública; 
II – atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou 
áreas específicas onde presuma ser possível a perturbação da ordem 
pública; 
III – atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem, 
precedendo o eventual emprego das Forças Armadas; e 
IV – atender à convocação, inclusive mobilização do Governo Federal, em 
caso de guerra externa, ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da 
ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se à força terrestre para 
emprego em suas atribuições específicas de Polícia Militar, e como 
participante da defesa interna e territorial. 
 
 
7- A Polícia Militar do Estado de Alagoas e formação da 
identidade policial militar. 
 
A formação da Identidade do policial militar frente a sua instituição, no caso a 
PMAL, advém no primeiro momento através dos símbolos. 
As Polícias Militares do Brasil, segundo alguns autores, teria origem na 
necessidade do Governo Imperial uniformizar o emprego de um distintivo 
usado pela Guarda Nacional nas diferentes Províncias. 
Esse símbolo seria um círculo azul com a quantidade de estrelas brancas 
correspondentes a quantidade de Províncias então existentes. Dentro desse 
círculo ficava o símbolo de cada Província. 
 
Com o advento da República e a posterior extinção da Guarda Nacional o 
símbolo ficou sendo de uso exclusivo das Polícias Militares e ainda pode ser 
observado nos distintivos de quepes de todas as PMs do Brasil. 
 
 
Símbolo de Polícia Militar: As Pistolas Cruzadas. 
Este símbolo iguala todo policial militar a condição de soldado de infantaria 
(combatente). 
A imagem de duas pistolas cruzadas nas golas dos Policiais Militares 
brasileiros não faz idéia de sua origem. 
São conhecidas como “as bucaneiras da gola”. Há quem o chame de “os 
bucaneiros da gola” ou simplesmente “os bucaneiros”. 
Trata-se de uma insígnia que vai se tornar muito familiar com o passar do 
tempo. São as duas pistolas antigas, símbolo adotado no Brasil para designar 
Polícia Militar, seja como parte das Forças Armadas, seja como Força Militar 
Estadual. 
A arma: As pistolas que aparecem no símbolo não são pistolas quaisquer. Elas 
tem nome e sobrenome. 
As Harpers Ferry Modelo 1806, calibre .54, de pederneira, fabricadas no 
Arsenal do Exército dos EUA foram um avanço em termos de tecnologia. 
Os primeiros a adotar as pistolas cruzadas como insígnia de Polícia Militar 
foram os Estados Unidos da América em 1923. 
De fato, ela foi a quarta variação de símbolo para a Military Police. 
UNIFORME: 
O uso correto dos uniformes e insígnias garante a boa apresentação individual 
e coletiva do efetivo da Polícia Militar do Estado de alagoas. 
 
Contribui para o fortalecimento da disciplina e do bom conceito da instituição 
perante a sociedade. 
Utilidade funcional - Para além das diferenças de aparência, os uniformes 
militares servem sempre três propósitos principais: Protecção, funcionalidade e 
identificação. 
 
 
IDENTIDFADE JURISDICIONAL 
 
A Polícia Militar (PM) alagoana assim como as demais instituições policiais 
militares, é uma entidade estatal de direito público, órgão da administração 
direta do governo do estado. Em outras palavras, trata-se de uma instituição 
que presta serviços públicos na área de segurança e é subordinada ao 
governador do território estadual em que atua. 
 
 
 
ESTUDA PARA A AVALIAÇÃO SÓ OS 
DESTAQUES EM AMARELO.

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