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Questão 1/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais Leia o documento a seguir. Trata-se de um trecho da Carta do Povo, que reuniu as principais reivindicações do movimento cartista. “Aos ilustres membros [...] reunidos em parlamento, esta petição de seus abaixo-assinados concidadãos no sofrimento. [...] Como preliminar essencial a estas reformas e a outras para assegurar ao povo os meios pelos quais seus interesses poderão ser eficazmente defendidos e assegurados, pedimos que, na confecção das leis, a voz de todos possa, sem entraves, ser ouvida. Preenchemos os deveres de homens livres e queremos ter-lhes os direitos. Eis por que pedimos o sufrágio universal. Este sufrágio deve ser secreto. [...] Eleições frequentes são essenciais. Pedimos parlamentos anuais. Somos obrigados pelas leis existentes a escolher nossos representantes entre homens incapazes de apreciar nossas dificuldades, que não simpatizam muito com elas: comerciantes, proprietários de terras, juristas...” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente: Carta do Povo, Inglaterra, 1838, citada por: MATTOSO, K. M. Textos e documentos para o Estudo da História Contemporânea, 1789-1963. São Paulo: Hucitec-Edusp, 1977. pp. 90-91. A partir do texto e dos conteúdos trabalhados pelo livro-base base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, é possível afirmar sobre o movimento cartista: Pretendia conquistar melhorias nas condições de trabalho e direitos de representação política para os trabalhadores através do encaminhamento de suas reivindicações para o Parlamento britânico. De acordo com o livro-base da disciplina, apenas a alternativa “e” está correta, pois: “o [movimento] Cartista, recebe esse nome já que as reinvindicações ligadas ao operariado são apresentadas em cartas distribuídas e enviadas as autoridades. Cartas, petições, abaixo assinados onde se exigiam reformas urgentes tanto no tocante as condições de trabalho da população, quanto na possibilidade de representação desses trabalhadores frente ao Estado” (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, Cap. Mas, afinal, para que tantas revoluções?). Questão 2/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais Leia a seguir, um trecho do discurso proferido por Nelson Mandela em comemoração aos cinquenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1998. “O próprio direito de ser humano é negado todos os dias a milhares de pessoas como resultado da pobreza e da indisponibilidade de necessidades básicas como alimentos, empregos, água e abrigo, educação, assistência médica e um ambiente saudável. A incapacidade de transformar em realidade a visão contida na Declaração Universal dos Direitos Humanos encontra uma expressão dramática no contraste entre a riqueza e a pobreza, que caracteriza a separação entre os países do norte e os países do sul, e entre os países em todos os hemisférios”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://usinfo.state.gov./journals/itdhr/1098/ijdp/perspect.htm>. Acesso em: 27 out. 2016. A partir da leitura do texto acima e dos conteúdos trabalhados pelo livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, analise as afirmativas a seguir sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinalando V para as verdadeiras e F para as falsas: I. ( ) A Declaração Universal dos Direitos Humanos baseia-se no princípio da justiça, da liberdade e da paz do mundo e estabelece como direitos o atendimento às necessidades essenciais que a humanidade compartilha, como os direitos sociais, civis e políticos. II. ( ) Na análise de Nelson Mandela, apesar dos esforços da ONU, após 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, muitos povos ainda não tiveram acesso a todos os direitos por ela estabelecidos. III. ( ) Um dos motivos pelos quais a Declaração se tornou mais uma carta de intenções do que uma realidade, foi a impossibilidade de se estabelecer um pacto internacional que garantisse a aplicação desses direitos em todos os países no contexto da Segunda Guerra Mundial. IV. ( ) O Brasil comprometeu-se com a aplicação de todos os Tratados e Convenções propostas pela ONU nos últimos anos e por esta razão têm se estabelecido como um modelo internacional com relação ao desenvolvimento de políticas públicas que pretendem efetivar, em seu território, esses acordos internacionais. Agora, assinale a alternativa que contém a sequência correta: V – V – F – F Comentário para inserir na questão correta: De acordo com o livro-base da disciplina, está correta a afirmativa I: “Já em seu preâmbulo a Declaração deixa claro que a dignidade humana é o fundamento da justiça, da liberdade e da paz no mundo, na sequência estabelece que as necessidades essenciais que a humanidade compartilha, independentemente das diferenças entre os grupos ou indivíduos, se constituem em direitos” (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, cap. Para onde vamos afinal?). A afirmação II é verdadeira, de acordo com a própria citação apresentada pela questão, exigindo apenas compreensão do texto dado. A afirmação III está incorreta, pois a Declaração é uma ação da ONU, que só foi criada após o término da Segunda Guerra Mundial. Por fim, a afirmação IV é falsa, pois, de acordo com o livro-base da disciplina: “O Brasil ratificou todos os Tratados e Convenções propostas pela ONU, e mesmo que, nas últimas décadas tenha desenvolvido ações e políticas públicas no sentido de efetivar, no território nacional, os acordos internacionais dos quais é signatário, está longe de alcançar a expansão do Estado de Direito a todos os seus cidadãos” (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, cap. Para onde vamos afinal?). Questão 3/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais Leia a afirmação a seguir: “O tema dos regimes militares que se instauraram em diferentes países da América Latina a partir de meados do século XX se presta a muitos planos de análise. O mais clássico desses planos explora o contexto da Guerra Fria”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PRADO, Maria Ligia. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014. p. 167. De acordo com o livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, sobre as ditaduras militares que ocorreram na América Latina, assinale a alternativa correta. Foram respaldadas pelo combate à “ameaça comunista”, recorrendo a métodos violentos para extirpá-la. De acordo com o livro-base da disciplina, temendo que os ideais comunistas se alastrassem por toda a América Latina, os Estados Unidos e grupos das elites nacionais latino-americanas ofereceram o respaldo necessário para as intervenções militares na esfera política: “A América Latina, de maneira geral, conhecerá a influência da Guerra Fria sob a égide dos regimes militares. Como já foi dito, a maior preocupação das potências hegemônicas é assegurar a não expansão da área de influência de sua opositora. Com relação às Américas, os Estados Unidos, à época, vivem a Revolução Cubana de forma traumática, ao mesmo tempo que assistem uma onda de aproximação dos países “ao sul do Equador” com as ideologias de esquerda. Não podemos esquecer que se havia saído a pouco de uma guerra que alcançara proporções mundiais e a fragilidade das instituições sociais tornara-se evidente, por isso mesmo, a procura por alternativas sociais aos modelos instituídos passa a ser cotidiana. Buscando evitar essa aproximação, os Estados Unidos criaram uma série de mecanismos de “auxílio” aos países ao Sul da América, mecanismos esses que vão desde financiamentos e políticas de desenvolvimento até a intervenção “indireta” de apoio a golpes de Estado quetêm como ‘pré-texto’ a manutenção da ordem”. Assim sendo, a única alternativa correta é a letra “b”. A letra “a” não pode ser assinalada, uma vez que no contexto da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética representavam interesses opostos. As alternativas “c” e “d” referem-se ao populismo e não aos governos militares que se instalaram na América Latina e por isso estão incorretas. E por fim, a alternativa “e” não pode ser assinalada, pois sugere o apoio de artistas e intelectuais aos miliares, quando foram justamente esses grupos que ficaram mais conhecidos pela sua oposição ao regime (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, Cap. Vamos jogar monopólio?). Questão 4/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais Leia o seguinte extrato de texto: “A França do Antigo Regime era uma sociedade extremamente complexa, caracterizada por grandes variações locais em todos os níveis. Por uma série de razões – políticas, econômicas, sociais e religiosas – as tensões foram se tornando cada vez maiores durante a segunda metade do século XVIII”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HAMPSON, Norman. História Social de la Revolución Francesa. Madri: Alianza, 1984. p. 47. (tradução livre) A partir do texto e da leitura do livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, analise as afirmativas a seguir a respeito da estrutura social da França antes da Revolução Francesa, assinalando V para as verdadeiras e F para as falsas. 1. ( ) O Primeiro Estado, constituído pelo clero, era um grupo homogêneo que sobrevivia às custas dos impostos cobrados do terceiro Estado, sobretudo dos camponeses. Defensores do absolutismo, os integrantes do clero defenderam a monarquia até o último momento. 2. ( ) O Segundo Estado era formado pela nobreza, detentora de privilégios, como a isenção de impostos e o recebimento de pensões do Estado. Dividia-se entre a nobreza cortesã, que vivia junto à corte real e a nobreza provincial, que vivia nos campos. 3. ( ) O Terceiro Estado era formado pelos diversos setores da burguesia, camponeses e trabalhadores urbanos. Era esse grupo que concentrava a maior parte da população francesa e era a parcela responsável por sustentar economicamente todo o país. Agora, assinale a alternativa que contém a sequência correta F – V – V De acordo com o livro-base da disciplina, apenas a primeira afirmativa 1 é falsa, pois ela sugere a homogeneidade do clero. As demais afirmações são verdadeiras: “Nobreza e clero, isentos da maior parte das taxas e impostos, protegidos pelas leis e pelos costumes, constituíam a menor parte da população francesa e compunham o entorno mais próximo ao Rei, enquanto isso, ao Terceiro Estado cabia o papel de produzir toda a riqueza que deveria suprir as necessidades do Rei e de sua corte. Vale lembrar que nenhum desses grupos é homogêneo, o que significa dizer que dentro de cada um deles há tensões, disputas e posicionamentos conflitantes. Entre a nobreza, pode-se perceber que a aristocracia da Corte se diferenciava da nobreza togada e da nobreza provinciana, e cada um desses grupos tinha interesses diferentes a serem defendidos frente ao Estado, com relação ao clero, há o alto clero - bispos, arcebispos, cardeais – originariamente ligadas a aristocracia feudal, muitas vezes chamados de ‘príncipes da Igreja’, eram muito diferentes dos curas e vigários das paróquias rurais – baixo clero – esses de origem camponesa, ou burguesa, estavam, pela natureza de sua função, muito mais próximos do Terceiro Estado que seus superiores. Todo o restante da população formava o Terceiro Estado, ou seja, aí estão incluídos desde os camponeses cada vez mais extorquidos pelos proprietários de terras, aos comerciantes bem-sucedidos de Paris, e como já visto, a eles cabia o papel de manutenção econômica do Estado” (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, Cap. Mas, afinal, para que tantas revoluções?). Questão 5/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais Leia o fragmento de texto a seguir: “Nos últimos anos do século XIX surgiu um movimento político, religioso e cultural judaico, cuja evolução teria muitas consequências para o futuro do Oriente Médio: o sionismo. Esse movimento (do nome do monte do Sion, ou Sião, colina em Jerusalém) foi concebido com o objetivo de possibilitar o retorno dos judeus à terra de Israel, na Palestina, que de lá saíram a partir da chamada diáspora. O movimento sionista conquistou o apoio de banqueiros judeus, e os capitais reunidos pelo Fundo Nacional Judaico permitiram comprar terras na Palestina”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FREIGNIER, Michel. Guerra e Paz no Oriente Médio. São Paulo: Ática, 2002. p. 17-18. Considerando o texto e os conteúdos abordados no livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico sobre movimento sionista, analise as afirmativas a seguir: I Durante a Primeira Guerra Mundial, a causa sionista ganhou o apoio da Inglaterra e com o término do conflito houve um aumento significativo da população judaica na Palestina. II Na década de 1930, surgiram os primeiros conflitos entre árabes e judeus em função do território da Palestina. A Inglaterra interferiu nesse processo, procurando restringir a migração judaica para a região e contrariando, portanto, os interesses sionistas. III O governo nazista foi responsável pelo extermínio de milhões de judeus nos campos de concentração, motivo pelo qual, durante a Segunda Guerra Mundial, houve um decréscimo das migrações dessa população para a Palestina. IV Os horrores praticados nos campos de concentração nazistas impulsionaram a campanha sionista após o término da Segunda Guerra Mundial, razão pela qual em 1947 a ONU aprovou a partilha da Palestina em dois Estados. I, II e IV De acordo com o livro-base da disciplina, as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. Já a afirmação III é incorreta, uma vez que a ascensão do nazismo na Alemanha, somadas às conquistas territoriais de Hitler durante a 2ª Guerra, foram fatores que ampliaram as migrações de judeus de diversas regiões da Europa para a Palestina (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, cap. As voltas que o mundo dá). “Ao final da [primeira] guerra, confiantes nas promessas inglesas, vários judeus começam a se mudar para a Palestina, comprando terras e se estabelecendo em grandes grupos, fato que será acelerado pela escalada nazista na Alemanha. [...] Entretanto, os árabes começam a ficar preocupados com a ocupação judaica, principalmente porque muitos deles estavam perdendo suas terras para os judeus recém-imigrados, manifestações começam a acontecer e em 1936 estoura a primeira revolta árabe contra a ocupação judaica. [...] Em 1939, a Inglaterra, frente à situação cada vez mais grave na Europa, anuncia a suspensão temporária das migrações, o que causa furor na comunidade sionista. Com o advento da Segunda Guerra, a situação fica ainda mais grave, a deliberada perseguição alemã aos judeus aumenta o fluxo de migrações para a Palestina e a percepção de que o conflito entre árabes e judeus é inevitável fica cada vez mais evidente. A perseguição nazista aos judeus será também o mote da intervenção da ONU no pós- guerra” (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, cap. As voltas que o mundo dá). Questão 6/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais O fragmento abaixo é parte de um discurso de Jules Ferry, primeiro ministro da França na década de 1880. Leia-o: “O imperialismo é filho da industrialização. Nos países ricos, onde o capital abunda e se acumula rápido, onde a indústria se expandede forma constante [...], onde a agricultura inclusive deve mecanizar-se para sobreviver, as exportações constituem um fator essencial para a prosperidade pública e as oportunidades para o capital e a demanda de mão de obra refletem a magnitude do mercado externo”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERRI, Jules apud. NETO, José Alves de Freitas; TASINAFO, Célio Ricardo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Harbra, 2011. p. 593. A partir do texto e do livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, assinale a alternativa que melhor explica a relação entre o modelo de produção adotado a partir da Revolução Industrial e o estabelecimento de colônias europeias na África e na Ásia, no final do século XIX: As colônias europeias forneceram ao mesmo tempo mercado consumidor, mão de obra e matérias- primas, condições necessárias para a continuidade do desenvolvimento industrial no final do século XIX. De acordo com o livro-base da disciplina: o modelo de produção adotado a partir da Revolução Industrial requer, cada vez mais, matérias-primas, mercados consumidores e mão de obra barata. Frente à expansão desse modelo por toda a Europa, começam a surgir dificuldades em acessar os recursos necessários para o desenvolvimento no próprio solo europeu. A questão que se coloca é clara: de onde virão os recursos, o mercado e a mão de obra que manterão o incremento dessa nova organização da economia? Para algumas nações isso é facilmente respondido: as colônias (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, cap. Vamos jogar Monopólio?). Questão 7/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais Leia o excerto a seguir: “A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. [...] A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos. O breve século XX: 1914–1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 224. A partir do livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, analise as seguintes afirmativas sobre a Guerra Fria: I. Podemos caracterizar a “Guerra Fria” como um período de disputas onde Estados Unidos e União Soviética buscavam expandir sua área de influência e conter a sua rival. II. Para demonstrar sua supremacia, tanto os EUA quanto a URSS investiram na disputa armamentista, na corrida espacial e na construção de um forte aparato de propaganda, que identificava os opositores como os representantes do mal. III. Um dos principais aspectos do Macarthismo foi o combate, no interior da URSS, de todos aqueles que fossem aliados ao capitalismo defendido pelos Estados Unidos. IV. Charlie Chaplin foi um dos principais artistas soviéticos do período da Guerra Fria, adquirindo fama mundial após o fim do conflito. Estão corretas as afirmativas: I e II, apenas. De acordo com o livro-base da disciplina, estão corretas as afirmativas I e II, pois, de modo resumido, podemos dizer que o período da Guerra Fria se caracterizou por uma disputa de discursos e práticas belicistas, em que as duas potências, URSS e EUA, buscavam, ao mesmo tempo, expandir sua área de influência e conter a expansão de sua rival . Declaradamente, ambos os países entraram em uma disputa armamentista como forma de marcar a supremacia. As afirmações III e IV estão incorretas, pois o Macarthismo foi uma política norte-americana de combate aos comunistas. Chaplin foi um artista britânico que viveu nos estados unidos durante a guerra fria. Acusado de propagar a ideologia comunista, foi punido pelo governo norte-americano (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, Cap. Um mundo, um diagnóstico: bipolaridade?). Questão 8/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais Leia o excerto a seguir: “Bandung marcou o início da manifestação espetacular de um terceiro grupo de Estados nas relações internacionais. Procuraram eles nortear desde os primeiros momentos, sua vontade pela equidistância em relação aos dois mundos, o do liberalismo capitalista ocidental e o da economia socialista planificada. Sua força residia, portanto, na busca de uma outra alternativa de inserção internacional, mais independente e autônoma, menos alinhada e dependente”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele estará disponível em: SARAIVA, José Flavio. Relações internacionais: dois séculos de história. Brasília: IBRI, 2001. p. 50. Considerando o texto e os conteúdos trabalhados pelo livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, pode-se afirmar que a principal resolução da Conferência de Bandung foi: A defesa de uma política de não alinhamento automático às superpotências, a condenação ao colonialismo e a afirmação do direito à autodeterminação. O livro-base da disciplina reproduz os principais princípios norteadores da conferência de Bandung, onde ficam estabelecidos o direito à autodeterminação dos povos e a igualdade entre todas as raças e nações (princípio contrário ao colonialismo). Através da leitura do texto dado, o aluno também deve perceber que a conferência teve como objetivo uma busca por autonomia no cenário internacional (o que no contexto, significava um não alinhamento automático às superpotências da época) (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, Cap. Para onde vamos afinal?). Questão 9/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais O texto abaixo é um fragmento de um depoimento de Primo Levi, sobrevivente de um campo de concentração nazista. Leia: “Nós, que sobrevivemos aos campos, não somos verdadeiras testemunhas. Esta é uma ideia incômoda que passei aos poucos a aceitar, ao ler o que os outros sobreviventes escreveram – inclusive eu mesmo, quando releio meus textos após alguns anos. Nós, sobreviventes, somos uma minoria não só minúscula, como também anômala. Somos aqueles que, por prevaricação, habilidade ou sorte, jamais tocaram o fundo. Os que tocaram e os que viram a face dos Górgonas, não voltaram, ou voltaram sem palavras”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEVI, Primo apud. HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX, 1914-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1996. p. 11. De acordo com o livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, sobre os campos de concentração nazista, assinale a alternativa correta: Eram incluídos entre os prisioneiros dos campos de concentração: judeus, homossexuais, ciganos, deficientes físicos, doentes mentais, grupos religiosos e opositores políticos, indivíduos que, de acordo com Hitler, deveriam ser eliminados para o aperfeiçoamento da raça ariana. De acordo com o livro-base da disciplina: Além dos judeus, Hitler considerava homossexuais, ciganos, deficientes físicos, doentes mentais, alguns grupos religiosos e seus opositores como elementos que deveriam ser eliminados para promoção da melhoria da raça e ao sentir que não conseguiria manter o Reich, tenta levar a cabo a limpeza étnica. [...] No final da guerra, o mais importante para a liderança nazista era levar a cabo o extermínio dos judeus. Depois de diversos ensaios, como a perseguição e extermínio dos doentes mentais alemães durante vários anos, a solução final, com o emprego de câmaras de gás, foi finalmente posta em operação em 1942. A partir de então, todos os esforços alemães se concentraram nisso. A prioridade atribuída ao transporte de prisioneiros para os campos de extermínio, em detrimento de objetivos militares,comprova-o. A malha ferroviária foi modificada para acelerar a evacuação dos judeus dos guetos, embora isso prejudicasse a mobilidade e a resistência do exército alemão ao ataque aliado. Na perspectiva de Hitler, se a guerra não pudesse ser ganha, era preciso ao menos eliminar os judeus da face da Europa (já que não do mundo) (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, cap. Quem é o dono do mundo?). Questão 10/10 - História Contemporânea das Relações Internacionais Leia o fragmento de texto a seguir: “Os conspiradores brasileiros tinham nos Estados Unidos um aliado, mas era melhor para o interesse tanto dos norte-americanos quanto dos generais, que o golpe, se possível, fosse dirigido pelos próprios brasileiros. Os Estados Unidos podiam agir com discrição, como atesta a interrupção das visitas sociais de Vernon Walters à residência de Castelo Branco durante o período que precedeu o golpe”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PARKER, P.R. O papel dos Estados Unidos no golpe de Estado de 31 de março. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977. p. 128. A partir do texto e dos conteúdos trabalhados pelo livro-base Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico, analise as afirmativas a seguir, sobre a participação norte-americana nas ditaduras da América Latina nos anos 1960 e 1970: I. A participação dos Estados Unidos na implantação de ditaduras na América Latina ocorreu de várias formas, mas sabe-se que os golpes militares tiveram o apoio de políticos, militares e do serviço secreto norte-americano. II. A Escola das Américas foi uma das estratégias utilizadas pelo governo norte-americano para difundir seus ideais anticomunistas. Através de um sistema de bolsas oferecidas a estudantes secundaristas de diversas regiões da América do Sul, adolescentes eram enviados aos Estados Unidos de onde voltavam doutrinados ideologicamente. III. Com o apoio do serviço secreto norte-americano, foi criada na década de 1970 a Operação Condor, através da qual foram criados mecanismos para a integração dos serviços de inteligência das ditaduras, permitindo a perseguição de fugitivos políticos que se refugiavam em outros países. IV. Durante muito tempo os Estados Unidos não reconheceram sua participação nos episódios relacionados às ditaduras em países da América Latina, mas a redemocratização, a abertura dos arquivos e a instalação de comissões da verdade nesses países têm revelado que o governo norte- americano colaborou de forma direta na manutenção desses regimes políticos. Estão corretas apenas as afirmativas: I, III e IV De acordo com o livro-base da disciplina, a única afirmativa incorreta é a II, pois a Escola das Américas teve por objetivo oferecer treinamento militar sobre o combate ao comunismo. As demais afirmativas são verdadeiras, conforme pode-se observar na citação: “Com relação às Américas, os Estados Unidos, à época, vivem a Revolução Cubana de forma traumática, ao mesmo tempo em que assistem uma onda de aproximação dos países ‘ao sul do Equador’ com as ideologias de esquerda. Não podemos esquecer que se havia saído a pouco de uma guerra que alcançara proporções mundiais e a fragilidade das instituições sociais tornara-se evidente, por isso mesmo, a procura por alternativas sociais aos modelos instituídos passa a ser cotidiana. Buscando evitar essa aproximação, os Estados Unidos criaram uma série de mecanismos de ‘auxílio’ aos países ao Sul da América, mecanismos esses que vão desde financiamentos e políticas de desenvolvimento até a intervenção ‘indireta’ de apoio a golpes de Estado que têm como “pré-texto” a manutenção da ordem. Assim a América Latina irá viver uma série de intervenções militares quer resultarão em ditaduras. As décadas de 1960, 1970, 1980 na América Latina, serão marcadas por golpes e contragolpes, pela constituição de estados de exceção em quase todos os países e pelo retorno, lento e gradual a democracia. [...] Embora durante muito tempo os Estados Unidos não tenham reconhecido seu envolvimento direto nesses episódios, a redemocratização desses países e, consequentemente, a abertura de arquivos, antes considerados secretos, não deixa mais dúvidas sobre a participação norte-americana nessas ditaduras. [...] A Operação Condor (como fica conhecido esse acordo de cooperação) atuou nos países do Cone Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai), principalmente na década de 1970, e até bem pouco tempo sua existência não era reconhecida, bem como a influência que os Estados Unidos têm em sua formação” (Referência: FEITOSA, Samara Da Revolução Francesa até nossos dias: um olhar histórico Curitiba: Intersaberes, 2016, Cap. Um mundo, um diagnóstico:
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