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1 Razão negra Professor Tiago Lazzarin Ferreira FILOSOFIA – 1ª SÉRIE (EM) Sobre o autor do livro Crítica da razão negra: Achille Mbembe Filósofo camaronês, formado pela Universidade de Sorbonne. Professor de História e Política no Instituto de Pesquisa Social e Econômica em Joanesburgo, na África do Sul. Razão negra Texto elaborado especialmente para o CMSP. Wikimedia Commons. Disponível em: <https://pt.wikibooks.org/wiki/Ficheiro:Achille_Mbembe_2.JPG>. Acesso em: 11 jun. 2021. Reflita por um instante: De que modo o reforço dos estereótipos de raça e da figura ou fabulação sobre o negro tem impactado nossa forma de pensar e de agir? Razão negra Texto elaborado especialmente para o CMSP. Wikimedia Commons. Disponível em: <https://pt.wikibooks.org/wiki/Ficheiro:Achille_Mbembe_2.JPG>. Acesso em: 11 jun. 2021. A raça no imaginário das sociedades De acordo com Mbembe, nas sociedades contemporâneas, surge uma forma inédita de vida psíquica, a partir de três momentos que marcam um conjunto de discursos sobre a humanidade, que podem ser caracterizados igualmente como delírios da modernidade. A seguir, veremos quais são estes momentos. Razão negra © Gettyimages Texto elaborado especialmente para o CMSP. Fonte: MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. São Paulo: N-1 Edições, 2018. O tráfico do Atlântico (séc. XV ao XIX) O primeiro momento refere-se à exploração e violência contra os povos escravizados do Razão negra Erica Gaba. CC BY-SA 3.0 Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Colonial_Africa_1913_map.svg Acesso em: 21 jun. 2021. Texto elaborado especialmente para o CMSP. Fonte: MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. São Paulo: N-1 Edições, 2018. continente africano desde o período de colonização das Américas. Homens e mulheres africanos foram transformados em homens-objetos, homens-mercadoria e homens-moeda. As revoltas dos escravizados O segundo momento tem como marco a luta pela independência do Haiti em 1804. Trata-se do nascimento da reivindicação pelo direito pleno ao reconhecimento humano. Razão negra January Suchodolski. 1845. Polish Army Museum. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Battle_for_Palm_Tree_Hill.jpg Acesso em: 21 jun. 2021. Texto elaborado especialmente para o CMSP. Fonte: MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. São Paulo: N-1 Edições, 2018. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Battle_for_Palm_Tree_Hill.jpg 7 O neoliberalismo Mbembe define esse terceiro momento como a era da globalização dos mercados, fase histórica em que ocorre o predomínio das tecnologias eletrônicas e digitais. Aqui, são criados figuras como o homem máquina, o homem-código e o homem-fluxo. Razão negra © Gettyimages Texto elaborado especialmente para o CMSP. Fonte: MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. São Paulo: N-1 Edições, 2018. Imagem está no pacote OK https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/finanzkrise-imagem-royalty-free/176827018 8 Em virtude da vinculação entre esses três momentos distintos, ocorre a emergência do que o autor descreve como devir-negro do mundo. A Europa, assim, é rebaixada em seu status. Nesse sentido, a raça e o negro se constituem como figuras centrais para a reconfiguração da nossa razão e da dominação política e econômica. Razão negra © Gettyimages Texto elaborado especialmente para o CMSP. Fonte: MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. São Paulo: N-1 Edições, 2018. Imagem está no pacote OK https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/mom-daughter-with-surgical-masks-doing-grocery-imagem-royalty-free/1220506379 9 SUGESTÕES: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. Capítulo 28. Disponível em: https://www.edocente.com.br/pnld/2018/obra/iniciacao-a-filosofia-volume-unico-atica/. Acesso em: 22 jun. 2021. MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1 Edições, 2018. Razão negra Sugestões para estudantes acessarem em casa. Não será aberto na aula. OK 10 (EM13CHS204) Habilidade: comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas. Objeto do conhecimento: o eu e o outro: a tensão permanente na afirmação da subjetividade em face da objetividade do mundo contemporâneo em seus diferentes aspectos; o indivíduo e a coletividade: desconstrução dos pré-juízos sobre o humano e a sociabilidade. Razão negra Fonte: Powerpoint 11 Razão negra Refletindo sobre a minha aprendizagem: Compreendi os conceitos apresentados pela professora. Compreendi a maioria dos conceitos, mas fiquei com dúvida em alguns. Compreendi muito pouco os conceitos da aula, dificultando meu entendimento. © Pixabay https://pixabay.com/pt/illustrations/quadro-negro-conselho-escola-5639925/ 12
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