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HISTORIA DA PARAIBA 01

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HISTÓRIA DA 
PARAÍBA I
1ºTEN ROBERES
HISTÓRIA DA PARAÍBA
O sistema de Capitanias Hereditárias e a anexação do território da
Paraíba à capitania de Pernambuco; A criação da Capitania da Paraíba:
As expedições de conquista da Paraíba(1574-1585); O europeus na
Paraíba; Os povos indígenas na Paraíba; A fundação da Paraíba; Os
Holandeses na Paraíba; A Inquisição na Paraíba e a expulsão dos
Jesuítas; A Paraíba e a independência do Brasil; A Paraíba e a
Revolução Praieira; O Ronco da Abelha na Paraíba; A Paraíba e a
Guerra do Paraguai; A Revolta do Quebra-Quilos; A Revolta de
Princesa; O Movimento Revolucionário de 1930; A Paraíba e a
Revolução constitucionalista de 1932; A Paraíba e a intentona
Comunista de 1935; A Paraíba e a Segunda Guerra Mundial; A Paraíba e
as ligas Camponesas.
O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
✓Primeira estrutura de governo colonial, extremamente descentralizada, e
implantada pela metrópole para funcionar em todo o território brasileiro a
partir de 1534.
✓Tinha como seus administradores os capitães donatários, que eram os
nobres que recebiam do governo português (Dom João III) a Carta de
Doação da capitania e outro documento o Foral. A Carta de Doação e o
Foral foram leis que regularizavam a posse e os direitos dos donatários
sobre as Capitanias Hereditárias no início da colonização portuguesa no
Brasil.
✓A Carta de Doação: era o documento que comprovava a doação de uma
Capitania Hereditária a um donatário pela Coroa Portuguesa.
✓A Carta Foral: era o documento que regulamentava os direitos e deveres
dos donatários sobre a Capitania que recebiam. Dentre eles, a proibição de
revendê-la, e a de explorar nela o pau-brasil. Caso fosse encontrado metal
precioso, a maior parte deles ficaria com a Coroa.
✓Existiam 14 capitanias divididas em 15 lotes doadas a 12 capitães
donatários.
✓As capitanias tinham tamanhos variados que que podiam chegar de 150 a
600 quilômetros de largura.
CAPITANIA DE FERNÃO DE NORONHA
Fernão de Loronha, também ficou conhecido como Fernão de Noronha e
Fernando de Noronha, nasceu em Portugal na cidade de Lisboa, era filho de
Martim Afonso de Loronha. Casou-se com Violante de Noronha e teve um filho
chamado Diogo de Noronha Andrade.
Foi cavaleiro da casa do rei de D. Manuel e D. João III. Era judeu convertido ao
cristianismo e pioneiro na exploração de pau-brasil. Após o grande êxito de suas
explorações no ano de 1504, o rei concedeu a ilha a ele como uma capitania
hereditária. Por isso até hoje a ilha carrega seu nome, mas quando ele a
descobriu, nomeou-a de São João Baptista por ter encontrado no mesmo dia do
Santo. Já havia registro do local em um mapa em 1502 nomeando ela como Ilha
da Quaresma e outro relatado pelo italiano Américo Vespúcio 1503 como ilha de
São Lourenço.
POR QUE PORTUGAL DECIDIU IMPLANTAR O SISTEMA DE 
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS?
• Crise financeira de Portugal;
• Proteger as terras dos estrangeiros; e
• Por causa do sucesso nas Ilhas do Atlântico.
QUAL O COMPROMISSO QUE OS CAPITÃES FIRMAVAM
COM A COROA PORTUGUESA QUANDO RECEBIAM A
CARTA DE DOAÇÃO?
• Povoamento;
• Defesa;
• Bom aproveitamento das riquezas naturais; e
• Propagação da fé católica.
E OS DIREITOS?
• Distribuir sesmarias;
• Fundar vilas com câmaras municipais e órgãos de justiça;
• Aprisionar silvícolas (índios); e
• Eram isentos do pagamento de tributos sobre a venda de pau-brasil e 
de escravos.
O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS É ORIGINAL E
FOI CRIADO ESPECIFICAMENTE PARA O BRASIL?
• Não. Esse sistema não é original e foi utilizado nas Índias, África, nas 
ilhas do Atlântico e no próprio reino.
QUAIS OS OBJETIVOS DO SISTEMA DE CAPITANIAS 
HEREDITÁRIAS?
• Criar vilas e distribuir terras a quem desejasse cultivá-las;
• Exercer plena autoridade no campo judicial e administrativo, podendo
inclusive autorizar pena de morte;
• Escravizar os índios, obrigando-os a trabalhar na lavoura. Também podiam
enviar índios como escravos para Portugal, até o limite de 30 por ano;
• Receber a vigésima parte dos lucros sobre o comércio do pau-brasil;
• O donatários era obrigado a entregar 10% de todo o lucro sobre os produtos
da terra ao rei de Portugal;
• 1/5 dos metais preciosos encontrados nas terras do donatário deveria ser
entregue a Coroa Portuguesa; e
• O monopólio do pau-brasil.
FALÊNCIA DO SISTEMA
Em sua maior parte, as capitanias brasileiras não conseguem desenvolver-se por
falta de recursos ou por desinteresse de seus donatários. No final do século XVI,
apenas as capitanias de Pernambuco (de Duarte Coelho) e de São Vicente (de
Martim Afonso de Souza) alcançam certa prosperidade com o cultivo da cana-de-
açúcar. É esse quadro pouco animador que leva a Coroa portuguesa a instituir, em
1548, um governo mais centralizado e capaz de uma ação mais direta - o
governo-geral.
No século XVII, outras capitanias são criadas para ocupar a Região Norte.
Cada vez mais enfraquecidas e progressivamente retomadas pela Coroa, as
capitanias são extintas em 1759.
ASPECTOS PRINCIPAIS
• A expedição de Martin Afonso de Souza foi a primeira atitude de
Portugal para começar a colonização;
• A primeira Vila Fundada foi São Vicente;
• O primeiro engenho construído no Brasil é devido às ordens de
Martim Afonso de Sousa (1533) na capitania de São Vicente. Chamou-
se engenho São Jorge; e
• Interiorizou a ação lusa, introduziu o gado, percorreu o litoral norte-
sul, introduziu a cana-de-açúcar.
CONTEXTO EXTERNO
Portugal está em crise por causa do Tratado de Zaragoça, no qual perde as rotas
orientais, rota às Índias em 1529;
A experiência de sucesso do açúcar nas ilhas do Atlântico e a experiência de
capitanias hereditárias nas ilhas de Açores e Madeira;
O fato do Reino da Espanha encontrar riquezas (ouro, prata, bronze e pedras
preciosas) na região do México, Peru e Bolívia estimula Portugal à busca no
Brasil;
Os francos ameaçavam a soberania lusitana no território brasileiro.
O Tratado de Saragoça foi um tratado assinado entre as Coroas de Portugal e Espanha, com o objetivo de traçar um novo meridiano que
delimitaria as zonas de influência portuguesa e castelhana na Ásia.
CAPITANIAS ELEMENTOS ESSENCIAIS
• Criadas em 1534;
• 15 faixas desiguais para 12 pessoas (capitães);
• O Estado luso era pobre e pretendia transferir o ônus da colonização 
para iniciativa privada;
• As capitanias se tornam onerosas e inúteis (exceção de Pernambuco e 
São Vicente);
• O Estado compra e substitui muitas capitanias, e institui em 1548 o 
Governo Geral; e
• O sistema é extinto em 1759.
FRACASSO DAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
• Falta de capitais tanto privado quanto estatais;
• Desentendimentos internos;
• Inexperiência e desinteresse dos capitães;
• Ataques dos silvícolas (índios);
• Fator geográfico – grandes propriedades difíceis de serem controladas;
• Falta de incentivo do reino luso – descentralização do poder real;
• Distância do reino português;
• Extensão litorânea exposta a ataques de estrangeiros;
• Fator climático – os lusos não se adequaram ao clima dos trópicos;
• Falta de integração nacional – eram extensas sem comunicação; e
• Não conseguiram ter um contato mais produtivo com os índios.
SUCESSO RELATIVO
❖Pernambuco
- Capitão Duarte Coelho
- Capitais holandeses
- Produção de cana-de-açúcar
- Vinculada ao mercado externo
- Escravidão indígena e negra.
❖São Vicente (São Paulo)
- Capitão Martin Afonso Souza
- Interiorização do território pelo Rio Tietê
- Procura de ouro (acha ouro de aluvião)
- Preação do bugre
- Vicentinos: indigenização (viviam como índios).
MASSACRE DE TRACUNHAÉM
Esse foi o fator decisivo para que Dom Sebastião se decidisse, como rei de Portugal, a criar a
Capitania Real da Paraíba, em 1574, a terceira do Brasil depois das Capitanias da Bahia e do Rio
de Janeiro.
Um aventureiro mameluco chegou até a aldeia potiguara de Copaoba, atual Serra da Raiz, e
muito bem recebido pelos membros da tribo, mostrou-se mais tarde interessado em casar com a
filha do cacique Inigassu. Ao mameluco foi explicadoque se a índia o aceitasse seria do agrado
do chefe, porém não poderia partir e levar a moça consigo. Aparentemente aceitou as condições e
se casou com a jovem.
Em determinado dia em que o chefe estava ausente, o mameluco fugiu para Olinda e levou a
esposa, atitude que muito aborreceu Inigassu, que de imediato mandou Timbira e Jupiaçu a
Pernambuco, para reclamar do rapto e exigir que a filha lhe fosse devolvida. O Governador
Antônio Salema, que se encontrava na localidade, ouviu as queixas dos índios e ordenou que a
jovem lhes fosse devolvida, recomendando também que no regresso a Copaoba, o grupo deveria
ser respeitado e seguir em paz. Nas terras do Engenho Tracunhaém, de propriedade de Diogo
Dias, atual município de Goiana, os índios fizeram pousada para o descanso.
MASSACRE DE TRACUNHAÉM
No dia seguinte, os índios deram pela falta da moça que certamente fora raptada por Diogo Dias.
Fazendo-se de desentendido, Diogo nada fez para devolver aos potiguaras a sua irmã. Os
silvícolas retornaram à tribo e ali relataram o fato a Inigassu, que mandou nova comitiva indígena
procurar o governador Salema, que já não mais se encontrava em Pernambuco. Assim, nada pode
ser feito e a jovem índia continuou em poder de Diogo Dias.
Os franceses presentes na Paraíba, incentivaram os potiguaras a uma tomada de posição mais
enérgica e decisiva, pelo que se desencadeou a luta de Tracunhaém. Os canaviais, lavouras, casas
e engenho foram destruídos e incendiados. Promoveu-se a matança dos animais e de cerca de 600
pessoas que ali viviam. Diogo e seus familiares foram trucidados, restando-lhes apenas dois
filhos que não se encontravam no engenho. Os pernambucanos e representantes da Coroa, se
assustaram com o tamanho do massacre.
A CRIAÇÃO DA CAPITANIA DA PARAÍBA: AS EXPEDIÇÕES
O Governador Geral, D. Luiz de Brito, recebeu a ordem para separar
Itamaracá, punir os índios pelo “massacre”, expulsar os franceses e fundar
uma cidade.
➢1ª Expedição 1574: Comandante D. Fernão da Silva. Sua tropa foi
surpreendida pelos indígenas e teve que recuar para Pernambuco;
➢2ª Expedição 1575: Comandante o Governador Geral, D. Luiz de Brito. Sua
expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis;
➢3ª Expedição 1579: Comandante Frutuoso Barbosa. Sua frota sofreu uma
forte tormenta, além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa;
➢4ª Expedição 1582: Comandante Frutuoso Barbosa. Caiu na armadilha dos
índios e dos franceses, e desiste após perder um filho em combate; e
➢5ª Expedição 1584: Comandantes Flores Valdez, Felipe de Moura e
Frutuoso Barbosa. Expulsaram os franceses, conquistaram a Paraíba e
construíram os Fortes de São Tiago e São Felipe.
CONQUISTA DA PARAÍBA
• Incidente do Ouvidor Geral Martin Leitão com os tabajaras;
• Decadência dos Fortes de São Tiago e São Felipe devido as intrigas
entre espanhóis e portugueses;
• Castrejon abandona e destrói os Fortes, e joga toda artilharia ao mar,
sendo preso e enviado de volta para Espanha em 1585;
• Índio Piragibe (braço de peixe) faz a mediação dos conflitos entre
portugueses e tabajaras, favorecendo os portugueses; e
• A Paraíba foi a terceira cidade a ser fundada no Brasil, e a ultima do
século XVI.
FUNDAÇÃO DA PARAÍBA
Martim Leitão trouxe pedreiros, carpinteiros, engenheiros e outros para edificar a
Cidade de Nossa Senhora das Neves.
Com o início das obras, Leitão foi a Baía da Traição expulsar o resto dos
franceses que permaneciam na Paraíba. Leitão nomeou João Tavares para ser o
capitão do Forte. Paraíba foi a terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última
do século XVI.
PRIMEIROS GOVERNADORES DA PARAÍBA
1 – João Tavares (1585-1588)
Martim Leitão ao deixar a Paraíba após a sua conquista e fundação,
deixou aqui como capitão-mor, João Tavares, sendo este o nosso
primeiro governador.
Foi fundado por João Tavares o primeiro engenho – o Engenho Real –
às margens do Tibiri, e o forte de São Sebastião, construído por Martim
Leitão para a proteção do engenho.
Os jesuítas ficaram responsáveis pela catequização dos índios. Eles
ainda fundaram um Centro de Catequese e em Passeio Geral edificaram
a capela São Gonçalo.
2 – Frutuoso Barbosa (1588-1591)
Devido à grande insistência perante a corte e por defender alguns
direitos, Frutuoso Barbosa foi, em 1588, nomeado o novo capitão-mor
da capitania da Paraíba, auxiliado por D. Pedro Cueva, ao qual foi
encarregado de controlar a parte militar da capitania.
Neste mesmo período, chegaram alguns frades franciscanos, que
fundaram várias aldeias e por não serem tão rigorosos no ensino
religioso como os jesuítas, entraram em desentendimento com esses
últimos. Esse desentendimento prejudicou o governo de Barbosa, pois
se aproveitando de alguns descuidos, os índios Potiguaras invadiram
propriedades. Vieram em auxílio de Barbosa o capitão-mor de
Itamaracá, João Tavares, Piragibe e seus índios.
3 –André de Albuquerque Maranhão (1591-1592)
André de Albuquerque governou apenas por um ano. Ele expulsou os
Potiguaras e realizou algumas fortificações. Entre elas a construção do
forte de Inhobin para defender alguns engenhos próximos a este rio.
Ainda nesse governo os Potiguaras incendiaram o forte de Cabedelo. O
governo de Albuquerque se finalizou em 1592.
4 – Feliciano Coelho de Carvalho (1592-1600)
Somam-se os fatos importantes, durante o governo de Feliciano Coelho Carvalho:
a) Ofensiva contra os índios: No ataque, o capitão-mor foi mais de uma vez a serra de
Capaoba, movendo guerra aos Potiguaras e seus; na cautela, repensou o ponto fraco que
cercavam a defesa da cidade de Filipéia transferindo a aldeia de Braço de Peixe, da Ilha
do Bispo, para a várzea do Paraíba, dividindo-a em duas partes.
b) Definitiva expulsão dos franceses: Em 1595 deu-se a interferência de um fato
político europeu, que ativaria a exploração francesa sobre o Nordeste brasileiro: foi o
começo de uma guerra entre Espanha e França. O principal efeito para a Capitania
Real da Paraíba aconteceu quando uma Armada francesa, composta de 13 naus e
conduzindo cerca de 350 homens, atacou o Forte de Santa Catarina, em 1597, defendido
por apenas 20 homens, a fortificação agiu heroicamente, expulsando o invasor. Essa
vitória tem muito significado histórico, pois marca a definitiva expulsão dos franceses da
Paraíba, permitindo a ação integradora da Capitania, no conjunto do litoral brasileiro.
c) Auxílio à conquista do Rio Grande do Norte: A expedição marítima que
passou pela Paraíba em direção ao Rio Grande do Norte, em fins de 1597,
objetivando conquistá-la, contou com a participação do capitão-mor; na primeira
tentativa de ajuda, Feliciano não conseguiu fazer muito, pois os membros da
expedição foram acometidos de uma epidemia de varíola, obrigando-os a
retornarem à cidade de Filipéia. Assim que o mal foi afastado, Feliciano Coelho
de Carvalho organizou nova expedição armada, chegando ao Rio Grande do Norte
exatamente quando aquela Capitania se encontrava em plena dificuldade, diante
das suspeitas de que haveria abandono das instalações já começadas, se o reforço
paraibano não tivesse chegado a tempo. Em 6 de janeiro de 1598, fundava-se o
Forte dos Reis Magos.
d) Acordo de paz com os Potiguaras: Aconteceu em 1599, depois de vários
entendimentos que procuraram solucionar o problema comum à Paraíba e ao Rio
Grande do Norte. No dia 11 de junho o acordo foi celebrado solenemente, com a
presença das maiores autoridades do Nordeste, na época. Pelos Potiguaras, falou o
índio Pau-Seco, representando o cacique Zorobabé, acompanhado por cerca de 50
guerreiros; em nome dos Tabajaras compareceram o cacique Braço de Peixe e
seus filhos Pedra Verde e Braço Preto; Feliciano Coelho de Carvalho, juntamente
com a população branca e mestiça da Paraíba, comandou a solenidade, ao lado das
pessoas mais importantes das capitanias de Itamaracá, Pernambuco e Rio Grande
do Norte, que haviam sido especialmente convidadas.
A paz com os Potiguaras e sua consequente submissão teve grande
importância para odesenvolvimento da Capitania Real da Paraíba e os motivos
de tão esperado acontecimento estão relacionados a os seguintes fatos:
- Rompimento forçado da aliança dos Potiguaras com os franceses, resultante de
sua expulsão da Paraíba, em 1597, assegurado pela heroica ação dos que
defendiam o Forte de Santa Catarina. Perder os franceses como amigos,
significou para os índios, perder armas, navios, pólvora e incentivos;
- As guerras movidas por Martim Leitão, João Tavares, Pero Lopes e Feliciano
Coelho de Carvalho, causou significativas baixas no número de guerreiros
Potiguaras, provocando também imigrações em massa, para o Norte.
- A fundação do Forte dos Reis Magos, no Rio Grande do Norte,
significou uma grande ameaça aos índios rebeldes, reforçando a defesa e
o ataque dos colonizadores, aliados em suas tarefas de povoar e produzir;
- A epidemia de varíola que alcançou os Potiguaras, em 1597, devastou
grande quantidade de índios, indefesos ao “vírus” da alarmante doença.
A Paraíba teve 11 governadores entre os anos de 1585 a1634, até cair nas
mãos dos holandeses. Seguiu o seu ritmo de progresso com a lavoura do
açúcar e, juntamente com Pernambuco e Bahia, tornou-se o maior centro
comercial do mundo ocidental, atraindo assim a cobiça dos invasores
flamengos.
GOVERNADORES
De 1585 a 1588 = João Tavares
De 1588 a 1591 = Frutuoso Barbosa
De 1591 a 1592 = André de Albuquerque
De 1592 a 1600 = Feliciano Coelho de Carvalho
De 1600 a 1603 = Francisco de Souza Pereira
De 1603 a 1605 = André de Albuquerque
De 1605 a 1608 = João de Barros de Correia
De 1608 a 1612 = Francisco Coelho de Carvalho
De 1612 a 1616 = João Rabelo de Lima
De 1616 a 1620 = Francisco Nunes Marinho de Sá
De 1620 a 1623 = João de Brito Corrêa
De 1623 a 1627 = Afonso de França
De 1627 a 1634 = Antônio de Albuquerque
Reis do Brasil a partir de 1500
1495 – 1521 - D. Manuel I "O Venturoso" 
1521 – 1557 - D. João III "O Piedoso"
1557 – 1578 - D. Sebastião I "O Desejado"
1578 – 1580 - D. Henrique I "O Casto"
1580 – 1580 - D. António I "O Determinado”
1581 – 1598 - D. Filipe I "O Prudente"
1598 – 1621 - D. Filipe II "O Pio"
1621 – 1640 - D. Filipe III "O Grande”
1640 – 1656 - D. João IV "O Restaurador”
1656 – 1683 - D. Afonso VI "O Vitorioso" 
1683 – 1706 - D. Pedro II "O Pacífico" 
1706 – 1750 - D. João V "O Magnânimo" 
1750 – 1777 - D. José I "O Reformador" 
1777 – 1816 - D. Maria I "A Piedosa" 
1816 – 1822 - D. João VI "O Clemente”
1822 – 1831 - D. Pedro I “O Libertador”
1831 – 1889 - D. Pedro II “O Magnânimo” 
QUESTÃO I
Em 1534, o rei português D. João III dividiu a colônia em capitanias hereditárias, sendo a
Paraíba subordinada à capitania de
a) Pernambuco. 
b) Itamaracá. 
c) Ilhéus. 
d) Bahia. 
QUESTÃO II
03. Durante o século XVI, por ordem do rei de Portugal, chegaram as expedições para a
conquista da Paraíba, mas foi somente na 5ª expedição, em 1584, que o governo português
conseguiu:
a) Desmembrar Itamaracá, dando formação à Capitania do Rio Paraíba.
b) Desmembrar Santa Cruz, dando formação à Capitania de Patos.
c) Expulsar os holandeses e conquistar Santa Cruz.
d) Expulsar os franceses e conquistar a capitania do Rio Grande.
e) Expulsar os franceses e conquistar a Paraíba.
QUESTÃO III
No que se refere a chegada dos portugueses no Brasil e sua colonização, o que era o sistema de
capitanias hereditárias? Assinale a afirmativa correta:
a) Primeira estrutura de governo imperial, extremamente descentralizada, e implantada pela
metrópole para funcionar em parte do território brasileiro a partir de 1534.
b) Primeira estrutura de governo imperial, extremamente centralizada, e implantada pela
metrópole para funcionar em todo o território brasileiro a partir de 1534.
c) Primeira estrutura de governo colonial, extremamente descentralizada, e implantada pela
metrópole para funcionar em todo o território brasileiro a partir de 1534.
d) Primeira estrutura de governo colonial, extremamente centralizada, e implantada pela
metrópole para funcionar em parte do território brasileiro a partir de 1534.
QUESTÃO IV
O primeiro Capitão Donatário da região que se tornaria a Paraíba foi Pero Lopes de Souza.
Entre as suas realizações pode-se registrar corretamente o(a):
a) Desalojamento de franceses que já tinham se estabelecido na região.
b) Desenvolvimento imediato da capitania.
c) Importação imediata de escravos para a região.
d) Declaração de guerra aos espanhóis presentes nas fronteiras do Império Português.
QUESTÃO V
Pero Lopes de Sousa (Lisboa, 1497 — Madagascar, 1539) foi um fidalgo português, navegador
e militar. Irmão de Martim Afonso de Sousa, foi donatário das capitanias abaixo, exceto:
a) Santana
b) Santo Amaro
c) Itamaracá
d) São Tomé
GABARITO
01.B
02.A
03.C
04.A
05.D
Ao que lhe disse Jesus: Se podes! – tudo é possível ao que crê.
Marcos 9:23

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