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Resumo Clinica de Pequenos Animais I Marina de Castro Prado Almosnino – 6668772 – 6 SEM. Gastroenterologia – Aula 1 Semiologia do TGI (Anamnese) – Queixa principal / histórico / antecedentes. Perguntas abertas, livre de preconceito. Manejo alimentar, higiênico (sanitário), Vacinação, vermifugação, e Rotina da família e do local (acesso a rua ou lixo). Anamnese dos todos os Sistemas: Digestório / Gastrogenitourinario / Cardiorrespiratório / Locomotor / Neurológico / Dermato-Cutaneo (Tegumento). Anamnese Digestório (TGI) – Esta se alimentando (Frequência) Hiporexia, Polofagia, apetite seletivo, Anorexia, ração comercial ou caseira, marca, preparo, petiscos / Está bebendo agua (Frequência) polidipsia / Esta defecando (Frequência) disquesia, tenesmo, Está com diarreia (frequência, consistência, aspecto) Hematoquezia, melena, muco, conteúdo alimentar não digerido / Borborigmas (barulhos intestinais) Está com emese (hematoemese com sangue, bilioso, alimentar digerido ou não, espumoso) ou regurgitação (Frequência e aspecto). Exame físico geral: Estado geral / Mucosas/ TPC (Hidratação)/ Auscultação (FC e FR) / Palpação linfonodos (mandibular, cervicais superficiais, poplíteos, mamários e inguinais) / Palpação abdominal e retal/ Temperatura. Exame físico TGI: Palpação abdominal (tenso, sensibilidade dolorosa, formação, ascite, abaulamento, aumento de algum órgão). percussão e manifestações clinicas. OBS: Estomago dentro do gradil costal, gatos tem abdômen flácido. Pâncreas e útero não se palpam. Palpação retal. Exames complementares TGI: US (avaliar órgãos), RX (corpo estranho), Endoscopia, Coproparasitologico, Tomografia, Laparotomia (abrir abdômen para investigar). Manifestaçoes Clinicas (doenças gástricas): PROVA Hiporexia (come pouco), Polifagia (come muito), apetite seletivo, Anorexia (não come nada), polidipsia (bebe muita agua), Hematoquezia (sangue vivo nas fezes – colón, reto e anus) , melena (sangue digerido nas fezes – Int. grosso), hematoemese (vomito com sangue) Hemorrágico (vivo – acabou de chegar em estomago/ duodeno ou sangue escuro que já está digerido , bilioso (jejum prolongado), alimentar (digerido ou não), espumoso, Borborigmos intestinais (barulho no abdômen). Emese (vomito): Ejeção forçada do conteúdo gástrico e duodenal pela boca. Controlado pelo centro do vômito (SNC). Pode ser alimentar, biliar ou sanguinolenta Manifestações prodrômicas (antes do vomito) Ansiedade, FC e FR, Náusea, Salivação, Deglutições repetidas, Contrações abdominais rítmicas (mímica de vômito). Não adianta tratar, temos que saber o porque. Regurgitação: Eliminação retrógrada e passiva (sem esforços abdominais) do conteúdo esofágico. Sem manifestações prodrômicas, não altera apetite. Ocorre antes do alimento chegar ao estômago (após a alimentação), referente a doenças esofágicas como dilatação esofágica, miastenia, megaesôfago (dilatação total ou parcial do esôfago causada por alterações na sua motilidade), pelos (tricobezoares). Emese x Regurgitaçao: PROVA Complicações: Desidratação, Desequilíbrios eletrolíticos (perde potássio), Desequilíbrios ácido-básico (acidose), Pneumonia por aspiração, Esofagite por refluxo (vomito frequente/ intenso). Ambos podem ser induzidos por um problema gástrico duodenal Doenças gástricas (enzimas): Em cães e gatos a digestão inicia no estomago com a ação da pepsina (que faz digestão proteica e regulação da microbiota bacteriana gástrica). A lipase faz a digestão de gorduras (inicio no estomago, mas tem maior ação em duodeno). E temos a secreção de bicabornato que neutralizam o acido (no intestino, alcalino, neutralizam o PH para não queimar o intestino). A maioria das doenças gástricas (inflamatórias).Manifestações: Anorexia, vomito, sangramento IG. Gastrite aguda e Ulcera: Inflamação da mucosa gástrica por quebra da barreira protetora da mucosa, causada por AINES, corticoides, imprudência alimentar, ingestão de cândidas (gatos), IR e IH, Doenças infecciosas. Fármacos utilizados nas doenças gástricas: Antieméticos, ondansetrona (vonau) em gatos, Maropitan (cerenia) em cães, em gatos da reação extra piramidal. Antiácidos: Pantoprazol / Omeprazol (gaviz). Protetores de mucosa: Sulcrafato (scrafilm). RESUMO DIGESTORIO (TABELA): Diarreias – Aula 2 Eh o aumento de conteúdo de agua nas fezes, temos 3 tipos (int. delgado e grosso, ou mistas - parvovirose). Se caracteriza por alterações de motilidade e permeabilidade intestinal. (secretória / osmótica). Diarreias Agudas: Infecciosas (parasitas, bactérias, vírus). Acomete int. grosso e delgado – Ancylostoma (Parasita), em filhotes leva a anemia. Giardia (protozoário). Bacterianas (E.coli e salmonela). Geram gastroenterites agudas. Acomete apenas ID: Dipilidium (parasita), Tenia que eh transmitida pela pulga. Parvovirose, Cinomose, FIV e FELV (Virais). Caracteristicas: Faz uma bela sujeira (aquosa), volume aumentado (volumosa), amarelada e cheia de gordura (esteatorreia), melena, perda de peso e emese. Acomete apenas IG: Tricuris (parasita) principalmente cães. Tritrichonomas (protozoário) especifica de colite. Clostridium (bacteriana – colite). Caracteristicas: Fezes já formadas (defeca com forma e depois vem a diarreia), volume diminuído, presença de muco, hematoquezia, disquezia, tenesmo, flatulência. Diagnostico na Anamnese: PROVA Manifestações clinicas: Borborigmas intestinais (formação de gases)/ Dor abdominal (comportamental)/ Presença de sangue nas fezes MELENA (sangue digerido – cav. Oral, esôfago, estomago, int. delgado, doença periodontal) HEMATOQUESIA (sangue vivo – int. grosso ou reto) Disquesia e tenesmo (dificuldade para defecar ou não defeca, associada a doenças de colon e reto – colites), urgência no atendimento. Diagnostico: coproparasitologico sempre e esfregaço de fezes frescas. Quando o copro der negativo, fazer ELISA e PCR para giárdia spp. Fármacos utilizados na diarreia (vermífugos): Pamoato de pirantel + praziquantel + febantel (drontal plus). Todos os anteriores + ivermectina (endogard). Diarreias crônicas: ocorre por má digestão (distúrbio intraluminal), má absorção intestinal (mucosa intestinal), problemas no pâncreas, linfangectasia (distúrbio hemolinfatico) – primaria (ma absorção) Secundaria (linfangectasia). Ocorrem na doença inflamatória intestinal, colites, linfangectasia. Anamnese: aguda ou crônica/ ID x IG (ou ambas)/ má digestão ou má absorção. Doença intestinal inflamatória: resposta imune exacerbada contra antígenos ingeridos ou produzidos localmente: proteínas dietéticas / bactérias intestinais Manifestações: Êmese (+em gatos) Espessamento de alças intestinais, Diarreia (+em cães), Perda de peso, associada as vezes a Anorexia, Desidratação, Borborigmas intestinais, Linfadenomegalia mesentérica (aumento dos linfonodos mesentéricos) Diagnostico: Coproparasitologico, bioquímica e US. Biopsia (fechada): Endoscopia (int. delg e estomago), Colonoscopia (imt. Grosso). Em cães. Biopsia (aberta): Laparotomia em gatos, pois acomete tbm fígado, pâncreas e linfonodos. Tratamento: Dieta hipoalergênica, ômega 3, imunossupressão (prednizolona ou ciclosporina) doente renal e diabéticos não podem, antibióticos (metronidazol). RESUMO DIARREIAS (TABELA): Pâncreas – Aula 3 No pâncreas temos enzimas pancreáticas que promovem a digestão de carboidratos (amilase), gorduras (lipase) e proteína (proteases), e sulco pancreático (bicarbonato e água). O Pâncreas exócrino é mediado pelos acinos pancreáticos O pâncreas tem uma serie de mecanismos para que o processo de digestão ocorra só no intestino. Quem inicia o processo de digestão é a ativação do tripsinogênio, essas enzimas são inativadas dentro do pâncreas para serem ativadas lá pela CCK (enzima que ficano duodeno e ativa a digestão no intestino durante a refeição), se forem ativadas ainda dentro das células acinais, ocorre a autodigestão, isso e uma pancreatite. Afecções do pâncreas exócrino: Insuficiência pancreática exócrina (IPE), Pancreatite, Neoplasias. Insuficiência pancreática exócrina (IPE) PROVA– A Etiologia mais importante da IPE em cães é a Atrofia acinar pancreática (inflamação imunomediada que produzem anticorpos que destroem as células acinares). É o acometimento e atrofia dos acinos que compromete a secreção de enzimas pancreáticas, tornando ineficiente a digestão de alimentos). As manifestações clinicas são ainda quando bem jovem. Outras causas de IPE em cães: Pancreatite crônica (pâncreas inflama aos poucos ou por um quadro agudo) e Obstrução dos ductos pancreáticos (por neoplasias). A Etiologia mais importante da IPE em gatos é a pancreatite crônica, que é a inflamação no pâncreas que pode levar a um acometimento e perda desses acinos, (pois tem tríade felina, por sua alteração anatômica, tem quadros inflamatórios intestinais como colangite e por isso cursam a pancreatite crônica que pode levar a uma Obstrução dos ductos pancreáticos). Normalmente é secundaria a outro problema, desenvolvem idosos. Predisposição genética: Chow chow, West, Cavalier, Cocker, Pastor alemão, Pastor de sethland. Manifestações clinicas: Diarreia de ID (aumento de volume fecale frequência), Fezes engorduradas e amareladas (esteatorreia). Polifagia (aum. Do apetite), coprofagia (come coco), borborigmas. Diagnostico: Exame de imunorreatividade sérica da tripsina e do tripsinogênio (TLI) espécie / especifico, e exames cobalamina (baixa) e anemia. Tratamento: Pancreatina (reposição enzimática), Dieta ID/digestive low fat (pouca gordura, carboidrato e fibra), Cobalamina e Vit K. Pancreatite: É a autodigestão pancreática com inflamação e necrose de gordura peripancreatica (peritonite focal ou geral) Aguda (cães): inflama muito e pode levar ao óbito. Crônica (gatos): Ocorrência maior em gatos devido a tríade felina, tem correlação de inflamação entre órgãos. Em cães pode ocorres por endocrinopatias. Causas: Idiopática (90%), pancreatite crônica, endocrinopatias, dieta com muita gordura, trauma (acidente), isquemia (choque e anemia hemolítica) Manifestações: Desidratação, anorexia, emese, letargia, diarreia, PU/PD, febre, icterícia. Diagnostico: Histórico + exame físico, Lipase especifica pancreática (PLI) canina / felina e US. Amilase e lipase. Tratamento: Fluido terapia (ringer lactato), Meropitant (controle da emese), e em gatos dipirona e tramadol (casa) e internado (FILK). Antibióticos quinolonas (enrofloxacina). Heparina em doses baixas. RESUMO PANCREAS (TABELA): Hepatopatias – Aula 4 Nas hepatopatias cursamos com a Colestase (redução do fluxo biliar – motilidade) intra hepática (dentro do hepatócito e canalículos biliares) exta hepática (redução do fluxo biliar na vesícula biliar e ductos biliares) que geram a Icterícia (Acumulo de bilirrubinas nos tecidos). Ácidos biliares / Avaliação da síntese (bilirrubinas BRD e BRI, proteínas totais, albumina, fatores de coagulação) PROVA: A bile vem da hemocaterese, o fígado não faz bilirrubina e sim conjuga. A bilirrubina vem da destruição das hemácias pelo sistema fogocitario mononuclear ou pelos monócitos circulantes, eles vão metabolizar a hemoglobina (proteína ligada ao ferro) que vai ser metabolizada em biliverdina. Quando essa bilirrubina chega ao fígado, é conjugada em bilirrubina direta, e parte dela volta para o sangue e uma parte vai para urina, rim (que da a cor alaranjada da urina), e parte da bilirrubina desemboca no intestino via fluxo biliar e vai ser metabolizada em especolinogenio (que faz as fezes serem acastanhadas). O acumulo de bilirrubina nos tecidos gera a icterícia (pre hepática/ hepática/ pós hepáticos). PROVA: Pre-Hepatica – vem de crises hemolíticas. Se tivermos uma redução do fluxo ou do processo de conjugação de metabolismo da bilirrubina do fígado (que atrasa o processo), acumulando no sangue (hepatopatia). Hepática – relacionada a doenças no fígado Pos-Hepatica - Relacionada as doenças das vias biliares. Se a vesícula biliar estiver inflamada, obstruída. Também gera acumulo de bilirrubina no sangue. O grande problema eh que na maioria das doenças hepáticas e pos-hepaticas, vamos cursar com a colestase (redução do fluxo que fica comprometido), ai a bile fica parada dentro do tecido hepático, e ela foi feita para escoar (pois a bile tem função exócrina, então se ela fica parada dentro do fígado, inflama, necrosa). Funçao do fígado: O fígado é responsável pela síntese de certas substancias, albumina, glicogênio, síntese hepática, metabolismo de fármacos e da bilirrubina, excreção de certas substancias. Avaliação da função hepática: Extravasamento e necrose (ALT – hepatoespecifica e AST – marcador cardíaco). Se a ALT e AST estiverem aumentadas, há lesão hepática. Se a ALT estiver normal e AST aumentada eh muscular. Colestase (FA e GGT). FA tem maior quantidade nos canalículos biliares e quando aumentada significa redução do fluxo biliar intra- hepático. GGT tem em maior quantidade na vesícula biliar e está presente em quadros de obstrução e inflamação das vias biliares. Bilirrubinas (Direta e indireta), são de síntese hepática. Direta é feita pelo fígado. Indireta vem da hemocaterese. Albumina – Fígado mantem a síntese de albumina, se o fígado não funcionar paciente tem hipoalbuminemia, que pode vir a ter ascite e edema. Fatores de coagulação - A maioria dos fatores de coagulação são de síntese hepática, ou seja, o paciente vai sangrar mais. Glicogênio – Fígado faz o metabolismo de glicogênio se o fígado não funcionar paciente tem hipoglicemia. Doenças hepáticas: Hepatopatias vacuolar, toxica, familiares, autoimune, desvios portos sistêmicos (shunt), cirrose, encefalopatia hepática. Gatos temos o complexo colangite, afecções das vias biliares (lipidose hepática). Hepatopatias vacuolar – É a mais comum, normalmente temos uma reação secundaria (hipoxia no cardiopata, fármacos, desnutrição, hipercortisolismo no hiperadreno, hiperlipidemia no diabético ou obeso) a uma doença primaria (EX: Cardiopata, sofre hipoxia, fígado sofre). Hepatopatias familiares (hepatopatias do Cocker ou do Doberman e Doença do armazenamento do cobre). PROVA hepatopatias do Cocker – é um tipo de hepatite autoimune. Pode ser gerada por um vírus como a hepatite infecciosa (hepatite crônica/ ativa), por um fármaco que faz uma injuria primaria nos hepatócitos e depois no sist. Imune mantem o processo (reação hepática a qualquer lesão) que gera um quadro de cirrose ao longo da vida. Diagnostico (histopatológico). Doença do armazenamento do cobre – dificuldade em excretar o cobre, gerando toxicidade. O cobre eh absorvido pelo ID (vem da alimentação), estocado (dentro do hepatócito, o que induz a muita inflamação) depois eh escoado. Raças acometidas (Bedlington Terrier – hereditário, doberman – primaria ou colestase - secundaria). Essas raças tem uma deficiência na hora de metabolizar esse cobre e escoa-lo via bile, cobre fica dentro do hepatócito e inflama e intoxica (primaria). Mas também se eu tiver uma colestase, pode começar a acumular cobre (Secundário) a uma colestase. Hepatopatias toxicas – Ocorre por fármacos e toxinas que induzem a hepatopatias (EX: fenobarbital, carprofeno, cetoconazol...etc). Hepatopatias autoimune (só de cão) – Pode ser gerada por um fármaco, toxina, ou agente infeccioso (adenovírus). São também as hepatopatias familiares. Geram cirrose hepática. Shunt (desvio porto sistêmico – adquirido/ secundário ou congênito/ primário / intra e extra hepáticos) PROVA - Raças mais acometidas (Maltês, Yorkshire, Schnauzer,Shihtzu , Persa, Siamês e Himalaios) – É o desvio da circulação intra-hepática. Essa anomalia da veia portal faz com que o sangue, que deveria ser filtrado pelo fígado, seja desviado para a corrente sanguínea do animal com todas as impurezas e toxinas. Assim, além dos danos ao sistema hepático, o sangue “sujo” chega ao cérebro do animal causando graves distúrbios físicos e neurológicos, que podem levá- lo à morte. Apesar de mais comum em cachorros, o DPS pode ocorrer também em gatos. Shunts Primários / Congênitos – A amônia vem do intestino (toxica), é metabolizada no fígado em ureia que é eliminada nos rins. Quando o animal nasce com um desvio mesentérico para veia cava, a amônia (toxica) passa direto e o paciente apresenta sintomas neurológicos (encefalopatia hepática). Ou ocorre pq o fígado nasceu muito pequeno. Shunts secundários / adquiridos – É o aumento da pressão dentro do fígado (veia porta), que acaba tendo que formar outras vias para amenizar a pressão. Diagnostico: Para saber se a amônia esta alta, dosar os acinos biliares (pois fazem o mesmo caminho), se tiver desvio vai estar aumentado. Para fechar o diagnostico fazer US com doppler vascular. Podemos tbm fazer dosagem sérica de amônia na urina (formam cálculos de amônia) Tratamento: Cirúrgico, colocação de anel aneroide. Cirrose – Estagio final da doença hepática crônica, shunts secundários. No início temos a hipertensão portal, o sangue chega no fígado com uma pressão que não tem para onde ir (formam shunts secundários) e começa a extravasar liquido no meio interscistial (ascite), fibrose e em seguida vem a hipoalbumenia que leva a Estase biliar e contribui para mais destruição de tecido = destruição do tecido hepático funcional (cirrose). Também quando temos alteração nesse fluxo mesentérico, leva a uma menor perfusão de órgãos (fígado e rins) que ativa o sistema renina angiotensina aldosterona, por isso os hepatopatas tem polidipsia (primeiro aumenta o nível de sódio, depois perde água). Encefalopatia hepática – é a deterioração da função cerebral que ocorre em animais com doença hepática grave, porque substâncias tóxicas (amônia) normalmente eliminadas pelo fígado se acumulam no sangue e chegam ao cérebro. Manifestações: Hiper salivação, ataxia, incoordenação, head-pressing, desorientação, demência, andar em círculos, alterações da consciência (prostração, torpor, coma), cegueira súbita, desmaios ou convulsões. Tratamento: Lavagem com solução fisiológica para limpar o intestino e diminuir a absorção de amônia, corrigir déficit de fluidos e desequilíbrio eletrolítico (pacientes desidratados com hipocalemia, hipoglicemia, protetores gástricos e antieméticos. Metronidazol (stomorgil), Lactulose (lactulona) para diminuir o ph do colón, converte amônia em amônio (menos toxico), fonte de carboidratos. Colestase – diminuição ou interrupção do fluxo biliar, altera a barreira hematoencefálica (passa amônia), induz a ulceras TGI, diarreia, má absorção, alteração da função plaquetária. Manifestações: icterícia e diarreia. Tratamento: (PROVA): Ursacol (acido ursodesoxicolico), deixa a bile mais fluida para ser escoada.. Suporte: vitamina K e do complexo B (cobalamina), antioxidantes (vit E), SAMe (S-Adenosil-Metionina), Quelantes de cobre (zinco). Lipidose Hepática (gatos) - Síndrome clínica decorrente de anormalidades do metabolismo de lipídeos após períodos prolongados de hiporexia ou anorexia. (A partir de 3 dias), normal em pacientes obesos que param de comer de repente. Pode ser idiopática, mas a maioria é secundaria a (Obesidade, Afecções respiratórias, Endocrinopatias, Gastroenteropatias, Hepatopatias, Dor. Tratamento: tratar causa base, alimentação por tubo esofágico. Complexo colangite (gatos) – Triade felina, deformidade anatômica no qual o ducto pancreático se une ao ducto biliar. É a inflamação do fígado que acomete 3 áreas (Fígado, pâncreas e duodeno). Diagnostico: sinais clínicos e coproparasitologico. Plano de diagnostico para doenças hepáticas / Alterações: Avaliar o paciente e as possíveis causas. Muitas vezes temos anemia. Hemograma, urinálise, proteínas totais (baixa), albumina, FA, ALT, ureia, creatinina (baixa), Na/K, Ácidos biliares, dosagem sérica de amônia na urina (formam cálculos de amônia), Ultrassom abdominal, Citologia ou biópsia (guiada tbm permite diagnostico de neoplasias, apenas em cães de médio a grande porte, pois gatos fazem reflexo vago tônico qnd manipula o fígado e fazem parada cardíaca) ou via laparotomia/laparoscopia). Diagnostico: Biopsia / histopatológico (maioria das vezes), pois eh uma doença silenciosa. Dosagem de ácidos biliares, US. Manifestações clinicas das hepatopatias: Só temos quando já há fibrose hepática (cirrose). Animal já chega em quadro tardio. Em pacientes já em estágios avançados (Desnutridos), causa anorexia, pois o paciente tem muita náusea e letargia pelo aumento da amônia, alteração no olfato (hiposmia), paladar (hipogeusia), gastrite. Na encefalopatia hepática: temos Hiper salivação, ataxia, head- pressing, desorientação, demência, andar em círculos, alterações da consciência (prostração, torpor, coma), convulsões. Ascite: desconforto respiratório e abdominal, refluxo (gastrite), peritonite bacteriana, saciedade precoce. Colestase: icterícia e diarreia Tratamento na hepatopatia – Desnutridos: Tratar a náusea e emese (meropitant ou ondasetrona), protetores gástricos (pantoprazol), orexigenos (mirtazapina), dieta com proteína de alto valor biológico, tratar distúrbios gastrointestinais (gastrite – sucrafilm). Encefalopatia hepática: Lavagem com solução fisiológica para limpar o intestino e diminuir a absorção de amônia, corrigir déficit de fluidos e desequilíbrio eletrolítico (pacientes desidratados com hipocalemia, hipoglicemia, protetores gástricos e antieméticos. Metronidazol (stomorgil), Lactulose (lactulona) para diminuir o ph do colón, converte amônia em amônio (menos toxico), fonte de carboidratos. Ascite: paracentese (drenar o liquido do abdoem),e diuréticos (espirolactona ou furosemida). Terapia antiinflamatoria: Azatioprina (cães). Colestase (PROVA): Ursacol (acido ursodesoxicolico), deixa a bile mais fluida para ser escoada.. Suporte: vitamina K e do complexo B (cobalamina), antioxidantes (vit E), SAMe (S-Adenosil-Metionina), Quelantes de cobre (zinco). Descontinuar fármacos potencialmente hepatóxicos, tratamento sintomático específico (sob medida). RESUMO HEPATOPATIAS (TABELA): Resumo Anamnese Sistema digestivo - O animal alimenta-se bem? - Bebe água normalmente? - Está defecando? - Qual o tipo de fezes (duras, moles, pastosas, líquidas)? - O animal apresenta vômito? Qual o aspecto do vômito? Horário em que aparece? Tem relação com a ingestão de alimentos? Tem alimentos não digeridos? Sangue?
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