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ACÕES ELEITORAIS

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Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ELEITORAL 
PROF. VOLGANE CARVALHO 
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
SUMÁRIO 
 
1- AÇÕES ELEITORAIS ..................................................................................... 5 
1.1 AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA - AIRC ................. 5 
1.1.1 Cabimento e prazo ............................................................................................................................ 5 
1.1.2 Legitimidade e competência para julgamento ........................................................................... 5 
1.1.3 Rito ..................................................................................................................................................... 6 
1.1.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ................................................................................. 7 
1.2 AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL - AIJE ..................................... 7 
1.2.1 Cabimento e prazo ............................................................................................................................ 7 
1.2.2 Legitimidade e competência para julgamento ...........................................................................8 
1.2.3 Rito ..................................................................................................................................................... 9 
1.2.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ............................................................................... 10 
1.3 AÇÃO DE IMPGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - AIME ..................................... 11 
1.3.1 Cabimento e prazo .......................................................................................................................... 11 
1.3.2 Legitimidade e competência para julgamento ......................................................................... 11 
1.3.3 Rito .................................................................................................................................................... 12 
1.3.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ............................................................................... 12 
1.4 REPRESENTAÇÃO POR DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE .......................................... 13 
1.4.1 Cabimento e prazo .......................................................................................................................... 13 
1.4.2 Legitimidade e competência para julgamento ......................................................................... 13 
1.4.3 Rito .................................................................................................................................................... 13 
1.4.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ............................................................................... 13 
1.5 REPRESENTAÇÃO POR PROPAGANDA ILÍCITA OU IRREGULAR .................. 13 
1.5.1 Cabimento e prazo .......................................................................................................................... 13 
1.5.2 Legitimidade e competência para julgamento ......................................................................... 14 
1.5.3 Rito .................................................................................................................................................... 14 
1.5.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ............................................................................... 14 
1.6 REPRESENTAÇÃO PARA IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO OU DIVULGAÇÃO 
DE PESQUISA IRREGULAR .................................................................................................. 14 
1.6.1 Cabimento e prazo .......................................................................................................................... 15 
1.6.2 Legitimidade e competência para julgamento ......................................................................... 15 
1.6.3 Rito .................................................................................................................................................... 15 
1.6.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ............................................................................... 15 
1.7 REPRESENTAÇÃO POR CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO ............................. 15 
1.7.1 Cabimento e prazo .......................................................................................................................... 16 
1.7.2 Legitimidade e competência para julgamento ......................................................................... 16 
1.7.3 Rito .................................................................................................................................................... 16 
1.7.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ............................................................................... 16 
1.8 REPRESENTAÇÃO POR DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE ......................................... 17 
1.8.1 Cabimento e prazo .......................................................................................................................... 17 
1.8.2 Legitimidade e competência para julgamento ......................................................................... 17 
1.8.3 Rito .................................................................................................................................................... 17 
1.8.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ............................................................................... 18 
1.9 REPRESENTAÇÃO POR CAPTAÇÃO OU GASTOS ILÍCITOS DE RECURSOS 
PARA FINS ELEITORAIS ....................................................................................................... 18 
1.9.1 Cabimento e prazo .......................................................................................................................... 18 
1.9.2 Legitimidade e competência para julgamento ......................................................................... 18 
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
1.9.3 Rito .................................................................................................................................................... 18 
1.9.4 Efeito da procedência do pedido e recurso ............................................................................... 19 
2- RECURSOS ELEITORAIS ........................................................................... 20 
2.1 GENERALIDADES ............................................................................................................. 20 
2.2 RECURSOS DAS DECISÕES DOS JUÍZES ELEITORAIS ...................................... 21 
2.2.1 Apelação Civil Eleitoral ................................................................................................................. 22 
2.2.2 Recurso Inominado ....................................................................................................................... 22 
2.2.3 Embargos de Declaração .............................................................................................................. 22 
2.3 RECURSOS DAS DECISÕES DAS JUNTAS ELEITORAIS ..................................... 23 
2.3.1 Recurso Inominado ....................................................................................................................... 23 
2.3.2 Recurso Parcial .............................................................................................................................. 23 
2.4 RECURSOS DAS DECISÕES DOS TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS ..... 23 
2.4.1 Recurso Parcial ...............................................................................................................................24 
2.4.2 Recurso Ordinário ......................................................................................................................... 24 
2.4.3 Recurso Especial Eleitoral ........................................................................................................... 24 
2.4.4 Embargos de Declaração .............................................................................................................. 25 
2.4.5 Agravo de Instrumento Eleitoral ................................................................................................ 25 
2.4.6 Agravo Regimental ........................................................................................................................ 25 
2.5 RECURSOS DAS DECISÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ............. 27 
2.5.1 Recurso Extraordinário ................................................................................................................ 27 
2.5.2 Recurso Ordinário ......................................................................................................................... 27 
2.5.3 Agravo Regimental ........................................................................................................................ 28 
3- PERDA DO MANDATO ELETIVO E ELEIÇÃO SUPLEMENTAR ................... 28 
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR .............................................. 30 
LISTA DE QUESTÕES ...................................................................................... 41 
GABARITO ..................................................................................................... 46 
RESUMO DIRECIONADO ............................................................................... 50 
 
 
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
Seguindo nossa caminhada rumo ao sucesso, vamos iniciar mais uma aula. Chegou a hora de 
falarmos de processo. O tema é: 
 
AÇÕES ELEITORAIS 
 
Nesta aula, trataremos das ações eleitorais cíveis e dos recursos eleitorais. Essa matéria não falta 
nas provas de concursos e exigem nossa atenção. Com nossos estudos vamos garantir mais algumas 
questões e aumentar nosso escore de acertos. Com um pouco de atenção e lógica não vamos nunca mais 
errar nenhuma questão deste tema! 
Ao final temos questões dos últimos concursos, devidamente comentadas, para treinar e 
auxiliar na aquisição do ritmo de prova. Resultado final: aprovação! 
 Abraço, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
1- AÇÕES ELEITORAIS 
 
O contencioso eleitoral é composto por ações autônomas (Ação de Investigação Judicial 
Eleitoral e Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, por exemplo) e seus respectivos recursos, 
associadas com ações constitucionalmente previstas como o Mandado de Segurança e o Habeas Corpus. 
 
 
 
 
1.1 AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA - 
AIRC 
 
A Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC) encontra previsão legislativa na Lei 
das Inelegibilidades (artigos 3º a 15). A AIRC tem por objetivo o indeferimento do registro de candidatura 
apresentado. 
 
 
1.1.1 Cabimento e prazo 
 
A AIRC poderá ser apresentada quando for possível identificar que falta ao candidato uma ou 
mais das condições de elegibilidade ou quando ele for inelegível (for atingido por uma ou mais causas de 
inelegibilidade). 
O prazo para a impugnação é de 5 dias contados da publicação do edital de candidatura. 
 
Súmula TSE Nº 49: O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério 
Público impugnar o registro inicia-se com a publicação do edital, caso em que é excepcionada a 
regra que determina a sua intimação pessoal. 
 
 
1.1.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
São legitimados ativos para a ação: candidato, partido político, coligação ou o Ministério 
Público Eleitoral. O eleitor não possui legitimidade ativa para a ação podendo, entretanto, apresentar 
notícia de inelegibilidade ao MPE, ao Juiz Eleitoral ou qualquer dos legitimados para a proposição da 
ação. 
AÇÕES ELEITORAIS
DOAÇÃO ACIMA DO 
LIMITE LEGAL
PROPAGANDA 
IRREGULAR
PESQUISA 
ELEITORAL 
IRREGULAR
CAPTAÇÃO 
ILÍCITA 
DE 
SUFRÁGIO
CONDUTAS 
VEDADAS
AIRC AIJE AIME
GASTOS 
IRREGULARES
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
Se o Ministério Público não for parte do processo, deverá integrar a lide como custos legis, sob 
pena de nulidade do processo. 
São legitimados passivos os candidatos que apresentaram pedido de registro de candidatura. 
 
Súmula TSE Nº 39 Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de 
candidatura. 
 
O Juiz Eleitoral é competente para o julgamento de AIRC referente a candidatos a prefeito, vice-
prefeito e vereador. O TRE julgará as ações referentes aos candidatos a governador, vice-governador, 
deputado estadual, deputado distrital, deputado federal, senador e suplente de senador. Finalmente, o 
TSE julgará as impugnações referentes aos candidatos a presidente e vice-presidente da República. 
 
 
1.1.3 Rito 
 
A petição inicial da AIRC trará descrição minuciosa do elemento ensejador da impugnação, 
além disso, deve ser explicitado, desde logo, os meios de prova que pretende utilizar para comprovar 
suas alegações. Podem ser arroladas até 6 testemunhas para oitiva. 
O impugnado será citado para apresentar contestação no prazo de 7 dias, oportunidade em que 
o candidato, partido ou coligação, deverá juntar os documentos que compreenderem necessários para a 
prova da regularidade de sua situação, indicar rol de testemunhas (até 6), e requerer a produção de 
provas que se achem em poder de terceiros, repartições públicas, processos e procedimentos 
judiciais ou administrativos, resguardados os processos que tramitam em segredo de justiça. 
Se não houver produção de provas em audiência, o MPE (quando não for titular da ação) se 
manifestará e após o magistrado decidirá. 
Havendo a necessidade da produção de provas o juiz designará audiência única para a oitiva de 
todas as testemunhas em até 4 dias. O comparecimento das testemunhas poderá ser por iniciativa das 
partes ou por chamamento judicial. 
O silêncio do impugnado resultará em revelia, mas produzirá apenas efeito formal, ou seja, 
dispensará a intimação oficial para os atos judiciais posteriores, resguardando os efeitos materiais, 
quais sejam a presunção de veracidade das alegações apresentadas pelo impugnante. 
Após a instrução oral, o magistrado realizará, em até 5 dias, as diligências necessárias, podendo 
ouvir testemunhas referidas e requisitar novos documentos. 
Finda a instrução as partes e o MPE podem apresentar alegações finais no prazo comum de 5 
dias, sendo os autos conclusos para julgamento logo após. 
Cabendo ao Juiz Eleitoral julgar o feito, o fará no prazo de 3 dias. Sendo processo que tramita 
em tribunal, o feito deverá ser levado a julgamento até 3 dias após a conclusão. 
 
Súmula TSE Nº 10 No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em 
cartório antes de três dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso ordinário, 
salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo. 
 
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
 
 
 
1.1.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
A procedência do pedido levará ao indeferimento do registro de candidatura ou o seu 
cancelamento se já houver sido deferido e a declaração de nulidade do diploma se já houver sido 
expedido. 
Da decisão do Juiz Eleitoral caberá recurso inominado ao TRE no prazo de 3 dias. O prazo 
começa a ser contado da publicação da sentença em cartório, mas caso o Juiz Eleitoral profira decisão 
antes do tríduo, o prazo recursal começará a contar apenas do terceirodia. 
 
São questões que sempre podem ser aboradas em provas: 
- Os eleitores não possuem legitimidade para ajuizamento de AIRC; 
- O prazo para interposição da AIRC é de 5 dias contados da publicação do edital de candidaturas; 
- Não há litisconsórcio passivo em AIRC. 
 
1.2 AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL - AIJE 
 
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) está prevista no artigo 22 da Lei das 
Inelegibilidades (LC nº 64/90). Causa polêmica a nomenclatura adotada para definir esta ação pois, em 
que pese a legislação utilizar o termo “investigação judicial”, não há qualquer similitude com outros 
procedimentos investigatórios mais conhecidos. Do mesmo modo, a expressão poderia causar a falsa 
impressão de que o magistrado poderá, efetivamente, investigar, o que não ocorre na prática. 
 
1.2.1 Cabimento e prazo 
 
Inicial
documentos + rol de testemunhas 
(máximo 6) + requerimento de provas
Contestação
havendo novos documentos 
o autor deve ser chamado 
manifertar-se 
Instrução
oitiva de testemunas (4 dias) + outras 
diligências + alegações finais (5 dias)
manifestação do MPE + decisão em 3 dias.
Decisão
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
A AIJE destina-se a verificar a ocorrência de abuso de poder econômico ou político ou uso 
indevido dos meios de comunicação social em benefício de um candidato, partido ou coligação. 
Tendo como objetivo resguardar a regularidade das eleições e manter o equilíbrio entre os candidatos 
envolvidos na disputa. 
Para configurar o ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato alterar o 
resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam. 
 
HIPÓTESES DE CABIMENTO DA AIJE
 
 
A AIJE pode ser proposta desde as convenções até a diplomação, contudo, poderá apurar fatos 
que tenham ocorrido a qualquer tempo, inclusive, antes do registro de candidatura. 
 
1.2.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
Os legitimados ativos para a propositura da AIJE são: partido político, coligação, candidato e 
Ministério Público Eleitoral. 
Quando o Ministério Público não for o autor da ação, desempenhará o papel de fiscal da lei, 
apresentando manifestação após as partes. 
Importante salientar que o eleitor não possui legitimidade para propor a ação, podendo 
apenas, se desejar, apresentar elementos comprobatórios das condutas a qualquer dos legitimados 
ativos. 
Os legitimados passivos são os candidatos, os partidos político, as coligações, bem como todos 
os indivíduos que sejam responsáveis pelos atos investigados. Aqueles que não disputam cargos eletivos 
podem figurar como requeridos tem em vista a possibilidade de decretação da inelegibilidade dos 
condenados pelo prazo de 8 anos e aplicação de multa. 
Pessoas jurídicas não têm legitimidade para figurar em polo passivo de AIJE. 
Haverá litisconsórcio passivo necessário entre o político beneficiário da conduta e aquele 
que a realizou. 
Haverá litisconsórcio passivo necessário e unitário entre os integrantes de uma chapa 
majoritária. 
 
Súmula TSE Nº 38 Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há 
litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária. 
USO INDEVIDO 
DOS MEIOS DE 
COMUNICAÇÃO
ABUSO DE PODER 
ECONÔMICO
ABUSO DE 
PODER 
POLÍTICO
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Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
 
 
A competência será definida com base no cargo em disputa. Assim, quando se tratar de 
prefeito, vice-prefeito e vereador a ação deverá ser proposta na Zona Eleitoral e julgada pelo Juiz 
Eleitoral. 
Quando os requeridos forem candidatos a governador, vice-governador, deputado estadual, 
deputado distrital, deputado federal e senador a ação será ajuizada no TRE e comandada pelo 
Corregedor-Regional Eleitoral e julgada pelo pleno. 
Por fim, nas eleições presidenciais, o processo será relatado pelo Corregedor-Geral Eleitoral e 
julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
 
 
1.2.3 Rito 
 
A inicial, protocolada no juízo competente, deverá vir instruída com todos os documentos 
necessários à comprovação das condutas reputadas como abusivas. Além disso, poderão ser arroladas 
até 6 testemunhas (art. 22, V, LC nº 64/90). 
A jurisprudência compreende que o autor não está obrigado a apresentar, desde logo, todas as 
provas de suas alegações, poderá, também, relatar os fatos essenciais e indicar as provas que corroboram 
suas afirmações. 
O pedido deduzido deverá ser: a cassação do registro de candidatura ou do diploma, conforme 
o momento em que acontecer o julgamento da lide, e a decretação da inelegibilidade pelo prazo de 8 
anos (art. 22, XIV, LC nº 64/90). 
A inicial será indeferida liminarmente quando não for o caso de representação o quando 
ausente algum dos requisitos previsto na Lei das Inelegibilidades. Sendo caso de indeferimento pelo 
Corregedor, o autor poderá renovar o pedido ao Tribunal, que deverá decidi-lo em 24 horas, desde que 
apresente novos fatos e provas. É perfeitamente possível a emenda da inicial para corrigir erro sanável e 
evitar o indeferimento da inicial. 
Presentes os requisitos mínimos, o magistrado determinará a citação do requerido para, no 
prazo de 5 dias, apresentar defesa (acompanhada dos documentos e rol de testemunhas). 
O magistrado poderá, ainda, determinar liminarmente a suspensão “do ato que deu motivo à 
representação quando for relevante o fundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficiência da 
medida, caso seja julgada procedente” (art. 22, I, b, LC nº 64/90). 
Se o requerido não apresentar defesa não haverá revelia e nem confissão dos fatos 
apresentados na inicial. 
Se, na defesa, houver a alegação de preliminares (art. 327, CPC), fatos obstativos (art. 326, CPC) 
ou a juntada de documento novos (art. 398, CPC), deverá ser aberta oportunidade para o autor 
manifestar-se sobre os fatos no prazo de 5 ou 10 dias. 
Ultrapassada essa etapa passa-se à oitivas das testemunhas, que deverá comparecer 
independentemente de sua intimação (art. 22, V, LC nº 64/90). Logo após, deverão ser realizada as 
diligências determinadas pelo magistrado ou requeridas pelas partes. 
•partidos políticos e coligações;
•candidatos;
•Ministério Público Eleitoral.
legitimidade 
ativa
•partidos políticos e coligações;
•candidatos;
•todos os responsáveis pelos atos investigados.
legitimidade 
passiva
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
 
 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
Os Corregedores poderão designar juízes de direito para realizar atos relacionados com a 
instrução processual. 
Concluída a instrução processual, haverá prazo comum (inclusive para o MPE quando for parte) 
de 2 dias para as alegações finais. Neste instante, o processo estará pronto para julgamento pelo Juiz 
Eleitoral. Em se tratando de ação que corra em tribunal, o Corregedor elaborará relatório, abrirá vistas 
para manifestação ministerial em 48 horas e posterior inclusão na pauta de julgamento da primeira 
sessão subsequente do Tribunal. 
 
TSE já determinou ser impossível o julgamento antecipado da lide nas representações de abuso 
de poder ou captação ilícita de sufrágio. 
 
 
1.2.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
Lei Complementar nº 64/90 
Art., 22 [...] XIV- Julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, 
o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a 
prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 
(oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma 
do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou 
abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos 
ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso,e de ação 
penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar. 
 
O pedido julgado procedente tem o condão de promover a cassação do registro de candidatura 
ou do diploma do agente e, ao mesmo tempo, gerará inelegibilidade pelo prazo de 8 anos a contar da 
eleição em que os fatos foram anotados. 
Da decisão proferida por Juiz Eleitoral em AIJE cabe Recurso Inominado ao TRE; se a decisão 
foi proferida por TRE caberá Recurso Ordinário ao TSE; por fim, da decisão do TSE caberá Recurso 
Extraordinário ao STF, desde que estejam presentes os requisitos constitucionalmente previstos. 
 
- O ato abusivo será identificado pela gravidade da conduta e de suas circunstâncias, sendo 
indiferente que possua potencialidade para alterar o resultado da eleição; 
- Haverá litisconsórcio passivo necessário e unitário entre os integrantes de uma chapa 
majoritária; 
AIJE
Decisão de Juiz 
Eleitoral
Recurso 
Inominado ao 
TRE
Decisão de TRE
Recurso 
Ordinário ao TSE
Decisão do TSE
Recurso 
Extraordinário ao 
STF
Prof. Volgane Carvalho 
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 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
- A AIJE poderá apurar fatos que tenham ocorrido, inclusive, antes do pedido de registro de 
candidatura. 
 
1.3 AÇÃO DE IMPGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - AIME 
 
A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) está prevista no artigo 14, §§ 10 e 11 da 
Constituição Federal, contudo ainda não há uma norma infraconstitucional regulamentando a matéria. 
Ela não pretende atacar diretamente o diploma, embora o faça por via transversa, na verdade seu 
objetivo é contestar o mandato obtido com o uso de meios ilícitos. 
 
A Constituição Federal determina que a AIME tramite em segredo de justiça, medida muito 
criticada pelos doutrinadores. 
 
1.3.1 Cabimento e prazo 
 
A AIME destina-se a impugnar mandato eletivo que foi obtido através do abuso do poder 
econômico, corrupção ou fraude. Para o sucesso da ação é necessária a prova irrefutável de que o ato 
irregular influiu na eleição e comprometeu o mandato popular. 
A AIME não poderá ser manejada para verificar abuso de poder político isolado. 
O prazo para ajuizamento da AIME é de 15 dias após a diplomação do candidato. Este prazo 
possui natureza decadencial, mas deverá ser contando excluindo o dia da diplomação e incluindo o 
último dia. Se o vencimento do prazo recair em dia não útil deverá ocorrer a prorrogação do prazo até o 
primeiro dia útil. 
 
1.3.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
Os legitimados ativos para a propositura da AIME são: partido político, coligação, candidato e 
Ministério Público Eleitoral. Quando o Ministério Público não for o autor da ação, desempenhará o papel 
de fiscal da lei, apresentando manifestação após as partes. O eleitor não possui legitimidade para propor 
a ação. 
Os legitimados passivos são os candidatos diplomados, o que, conforme a jurisprudência do 
TSE, inclui os suplentes de senador e os vice-prefeitos, vice-governadores e vice-presidentes 
formando litisconsórcio necessário unitário com os titulares dos mandatos. 
 
 
O juízo competente para o julgamento será o mesmo responsável pela diplomação dos eleitos. Nesse 
sentido, prefeito, vice-prefeito e vereador deverão ser julgados por Juiz Eleitoral. O governador, vice-
governador, deputado estadual, deputado distrital, deputado federal e senador (com seus suplentes) serão 
julgados no TRE. E, finalmente, o presidente e o vice-presidente serão julgados pelo TSE. 
 
•partidos políticos e coligações;
•candidatos;
•Ministério Público Eleitoral.
legitimidade 
ativa
•candidatos;
•suplentes e vices.
legitimidade 
passiva
Prof. Volgane Carvalho 
Aula 05 
 
12 
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 Direito Eleitoral para Tribunais – 2020 
1.3.3 Rito 
 
Segundo a jurisprudência do TSE o julgamento da AIME seguirá o mesmo rito da Ação de Impugnação 
de Registro de Candidatura previsto nos artigos 3º a 8º da Lei das Inelegibilidades. 
Para o recebimento da inicial não há a necessidade de haver prova pré-constituída, sendo suficiente, 
a plausibilidade da narrativa apresentada. As provas irrefutáveis do abuso devem surgir durante a instrução e 
não na inicial. 
Após o ajuizamento da ação, não havendo causa para indeferimento da inicial o magistrado 
determinará a citação do requerido para a apresentar defesa em 7 dias, oportunidade em que poderá 
apresentar documentos e arrolar até 6 testemunhas, bem como, requerer a produção de outras provas. 
Nos 4 dias subsequentes deverá ser realizada a audiência para oitiva das testemunhas, após será 
aberto prazo de 5 dias para a realização das diligências requeridas pelas partes. 
Finda a instrução as partes apresentarão alegações finais no prazo comum de 5 dias. Após, o MPE, se 
não for o autor da ação, deverá manifestar-se, estando o processo pronto para o julgamento. 
 
1.3.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
Julgado procedente o pedido da AIME haverá a cassação do mandato eletivo e a anulação dos votos 
obtidos e da diplomação, bem como, a inelegibilidade por 8 anos. No caso de chefes do Executivo, os votos 
obtidos pelo candidato devem ser considerados nulos. 
Em caso de cassação em eleição majoritária deverá ser realizada nova eleição, que serão convocadas 
logo após o fim do processo nas instâncias ordinárias, salvo se obtiver provimento cautelar. Nos casos em que 
houver abuso de poder, o agente causador da conduta abusiva não poderá participar da eleição 
suplementar. 
Contra decisão do Juiz Eleitoral em AIME caberá Recurso Inominado no prazo de 3 dias. Entendimento 
majoritário atribui efeito imediato à decisão, preservando apenas a possibilidade de obtenção de medida 
cautelar que suspenda os efeitos decisão enquanto tramita o recurso. 
O recurso inominado proposto contra decisão de Juiz Eleitoral tem efeito suspensivo, comportando, 
inclusive, retratação. 
Se o julgamento houver ocorrido em TRE, caberá Recurso Ordinário ao TSE. Sendo processo 
originário do TSE o único recurso possível seria o Recurso Extraordinário no STF. 
 
- A Constituição determina que a AIME tramite em segredo de justiça; 
- A AIME serve para impugnar mandato eletivo que foi obtido através do abuso do poder econômico, 
corrupção ou fraude; 
- A AIME não poderá ser manejada para verificar abuso de poder político isolado; 
AIME
Decisão de Juiz 
Eleitoral
Recurso 
Inominado ao 
TRE
Decisão de TRE
Recurso 
Ordinário ao TSE
Decisão do TSE
Recurso 
Extraordinário ao 
STF
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- São legitimados passivos candidatos diplomados, o que, inclui os suplentes de senador e os vices 
formando litisconsórcio necessário unitário com os titulares dos mandatos; 
- A AIME resultará na cassação do mandato eletivo e a anulação dos votos obtidos e da diplomação, 
bem como, a inelegibilidade por 8 anos; 
- Nos casos em que houver abuso de poder, o agente causador da conduta abusiva não poderá participar 
da eleição suplementar. 
 
1.4 REPRESENTAÇÃO POR DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE 
 
A Lei das Eleições estabelece limites para as doações eleitorais efetivadas por pessoa física e, 
concomitantemente, fixa multas de até 100% do valor doado em excesso. 
 
1.4.1 Cabimento e prazo 
 
A Ação por doação acima dos limites legais busca punir aquelas pessoas que realizaram doações 
eleitorais em dinheiro ou estimáveis em dinheiro desrespeitando os limites máximos estabelecidos pela 
legislação. 
O prazo para o ajuizamento da ação é decadencial, devendo a mesma ser interposta em até 180 
dias após a diplomação. 
 
1.4.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
O Ministério Público Eleitoral é o titular da ação e o sujeito passivo será o doador dos recursos que 
ultrapassaram o limite. 
A competência para o julgamento da ação será do Juiz Eleitoral domicílio do doador, 
independentemente do cargo para qual tenha sido realizada a doação.1.4.3 Rito 
 
O processo obedece ao rito do artigo 22 da LC nº 64/90. 
 
1.4.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
Os responsáveis por doação realizada acima dos limites legais ficarão inelegíveis pelo prazo de 8 anos 
e serão condenados a pagar multa equivalente a 100% do valor que ultrapassou o teto das doações. 
 
- A ação tem prazo decadencial e correrá 180 dias após a diplomação; 
- A competência para o julgamento será do juiz eleitoral do domciílio do doador. 
 
1.5 REPRESENTAÇÃO POR PROPAGANDA ILÍCITA OU IRREGULAR 
 
As Representações por Propaganda Ilícita ou Irregular possuem por fundamento diversos dispositivos 
legais que estabelecem as regras mínimas para a propaganda eleitoral, resultando, portanto, do desrespeito às 
regras estatuídas em tais dispositivos. 
 
1.5.1 Cabimento e prazo 
 
As Representações por Propaganda Ilícita ou Irregular objetivam a retirada de propaganda eleitoral 
que descumpra as diretrizes básicas da legislação eleitoral, beneficiando ou prejudicando determinado 
candidato. 
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O prazo máximo para o ajuizamento da representação é a data da eleição. 
 
1.5.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
Possuem legitimidade ativa para o ajuizamento da Representação os partidos políticos, coligações, 
candidatos e o Ministério Público Eleitoral. 
São legitimados passivos além dos candidatos, partidos e coligações, quaisquer pessoas que 
realizem propaganda eleitoral fora dos parâmetros estabelecidos pela legislação. 
As representações deverão ser julgadas pelo Juiz Eleitoral quando se tratar de eleições municipais, 
pelo TRE em eleições estaduais e pelo TSE nas eleições presidenciais. Poderá haver pedido de liminar para a 
suspensão da propaganda. 
 
 
 
1.5.3 Rito 
 
Obedecem ao rito previsto no artigo 96 da Lei das Eleições. A inicial deverá conter provas da 
irregularidade da propaganda, em caso de uso de mídias digitais (imagem e som) deve vir acompanhada da 
degravação das mesmas. 
Recebida a inicial o magistrado determinará a notificação do Requerido para responder em 48 horas, 
transcorrido o prazo a decisão será proferida em 24 horas. Se houver recurso da decisão será apresentado em 
24 horas, com igual prazo para contrarrazões. O recurso será julgado em 48 horas. 
 
1.5.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
A procedência do pedido, em regra, resulta na determinação da retirada da propaganda irregular e na 
aplicação de sanção pecuniária. 
 
- A representação por propaganda irregular comporta pedido de liminar para suspender a propaganda 
irregular; 
- O prazo final para ajuizamento da representação é o dia da eleição. 
 
1.6 REPRESENTAÇÃO PARA IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO OU 
DIVULGAÇÃO DE PESQUISA IRREGULAR 
 
Prevista no artigo 33, § 3º, da Lei nº 9.504/97, a Ação de Impugnação de Registro ou Divulgação de 
Pesquisa Irregular tem por escopo impedir a divulgação de pesquisas que não obedeçam aos critérios 
estabelecidos pela legislação para sua execução e divulgação. 
• partidos políticos e coligações;
• candidatos;
• Ministério Público Eleitoral.
legitimidade 
ativa
• candidatos;
• partidos políticos e coligações;
• quaisquer pessoas que realizem propaganda irregular.
legitimidade 
passiva
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1.6.1 Cabimento e prazo 
 
Caberá apenas quando houver divulgação de pesquisa eleitoral que não haja obedecido aos critérios 
estabelecidos pela legislação eleitoral. 
 
1. A teor do art. 33, § 3º, da Lei 9.504/97, impõe-se multa por divulgação de pesquisa eleitoral sem prévio 
registro perante esta Justiça Especializada. 2. Simples enquete ou sondagem, sem referência a caráter 
científico ou metodológico, não se equipara ao instrumento de pesquisa preconizado em referido 
dispositivo. (TSE, AgR-REspe 75492, rel. Min. Jorge Mussi) 
 
Poderá ser ajuizada até a data da eleição, até mesmo nos casos de propaganda extemporânea. 
 
1.6.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
Legitimidade ativa será de os partidos políticos, coligações, candidatos e o Ministério Público 
Eleitoral. A legitimidade passiva, por sua vez será do candidato, partido político, coligação, meio de 
comunicação, instituto de pesquisa ou qualquer pessoa que haja divulgado indevidamente pesquisa 
eleitoral. 
As ações deverão ser julgadas pelo Juiz Eleitoral quando se tratar de eleições municipais, pelo TRE em 
eleições estaduais e pelo TSE nas eleições presidenciais. Poderá haver pedido de liminar para a suspensão da 
pesquisa. 
 
 
1.6.3 Rito 
 
Obedecem ao rito previsto no artigo 96 da Lei das Eleições. 
 
1.6.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
A condenação implicará na fixação de multa variável de 50.000 a 100.000 UFIR. 
 
- A representação por divulgação de pesquisa irregular tem como sujeitos passivos particulares e 
empresas que realizaram a divulgação; 
- A condenação implica na aplicação de multas variáveis entre 50.000 e 100.000 UFIR. 
 
1.7 REPRESENTAÇÃO POR CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO 
 
A Ação por Captação Ilícita de Sufrágio, é ação eleitoral autônoma, que está fundada no artigo 41-A 
da Lei das Eleições e objetiva a cassação de mandato eletivo obtido através de ato de corrupção eleitoral. 
•partidos políticos e coligações;
•candidatos;
•Ministério Público Eleitoral.
legitimidade 
ativa
•candidatos;
•partidos políticos e coligações;
•meio de comunicação, instituto de pesquisa ou qualquer um que 
tenha divulgado a pesquisa.
legitimidade 
passiva
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1.7.1 Cabimento e prazo 
 
A ação destina-se a verificar a ocorrência de captação ilícita de sufrágio consistente em conduta 
ilícita, legalmente prevista nos seguintes termos: “doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o 
fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função 
pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição”. 
Para a configuração do ilícito não é necessária a comprovação da potencialidade de o fato 
desequilibrar a disputa eleitoral. 
 
[...] 2. Para configuração da captação ilícita de sufrágio, é necessário que as condutas descritas no art. 
41-A da Lei nº 9.504/97 ocorram entre a data do registro de candidatura e o dia da eleição, circunstância 
não verificada no caso dos autos [...] (TSE, AgR-REspe 82792, rel. Min. João Otávio Noronha). 
 
A ação deve ser proposta até a data da diplomação. 
 
1.7.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
Os legitimados ativos para a propositura ação são: partido político, coligação, candidato e Ministério 
Público Eleitoral. Na hipótese de desistência do autor, o órgão ministerial poderá encampar a ação, por conta 
do interesse público envolvido na causa. 
Os legitimados passivos são os diplomados, o que, conforme a jurisprudência do TSE, inclui os 
suplentes de senador e os vice-prefeitos, vice-governadores e vice-presidentes formando litisconsórcio 
necessário unitário com os titulares dos mandatos. 
Nas eleições municipais o julgamento competirá ao Juiz Eleitoral. Nas eleições estaduais ao TRE e no 
pleito presidencial ao TSE. 
 
 
 
1.7.3 Rito 
 
O procedimento respeitará a regra do artigo 22 da LC nº 64/90. O procedimento é sumaríssimo, assim 
a Lei nº 12.34/2009 estabeleceu o prazo máximo de 1 ano de duração para o processo que vise à perda do 
mandato eletivo. 
 
1.7.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
O julgamento da ação além da cassação do registro ou diploma, tornará o condenado inelegível pelo 
prazo de 8 anos. 
• partidos políticos e coligações;
• candidatos;
• Ministério Público Eleitoral.
legitimidade 
ativa
• diplomados.
legitimidade 
passiva
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Os recursos devem ser ajuizados no prazo de 3 dias, sendo recebido com efeito suspensivo 
automático. 
 
- A captação ilícita consiste em “doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-
lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde 
o registro da candidatura até o dia da eleição”. 
- Para que haja a captação ilícita de sufrágio é indiferente que possua potencialidade para alterar o 
resultado da eleição; 
- A representação poderá ser ajuizada até a diplomação. 
 
 
1.8 REPRESENTAÇÃO POR DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE 
 
A Lei das Eleições (artigos 73, 74, 75 e 77) disciplina condutas vedadas aos agentes públicos com o 
objetivo de preservar a igualdade de condições na disputa eleitoral. A Ação por Conduta Vedada a Agentes 
Públicos está prevista no artigo 73, § 2º da Lei das Eleições. 
 
1.8.1 Cabimento e prazo 
 
A Ação por Conduta Vedada a Agentes Públicos visa a apuração e punição de abusos realizados por 
agentes públicos que desequilibraram a igualdade do pleito. 
 
Não só o candidato, mas também aquele que tiver praticado ou concorrido para a prática do ilícito, 
poderá figurar no polo passivo da representação. (TSE, Rp 160839, rel. Min. Admar Gonzaga). 
 
Ação pode ser ajuizada até a diplomação dos eleitos. 
 
1.8.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
Os legitimados ativos para a propositura ação são: partido político, coligação, candidato e Ministério 
Público Eleitoral. 
Os legitimados passivos são os candidatos e todos aqueles que tiverem praticado ou concorrido 
para o ato ilícito objeto da ação. 
Nas eleições municipais o julgamento competirá ao Juiz Eleitoral. Nas eleições estaduais ao TRE e no 
pleito presidencial ao TSE. 
 
 
 
1.8.3 Rito 
 
Seguirá o rito do artigo 22 da LC nº 64/90. 
 
•partidos políticos e coligações;
•candidatos;
•Ministério Público Eleitoral.
legitimidade ativa
•candidatos;
•todos que tiverem praticado ou concorrido para o ato ilícito.
legitimidade 
passiva
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1.8.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
Julgado procedente o pedido, ocorrerá a suspensão imediata da conduta vedada, a cassação do 
registro ou do diploma e a aplicação de multa. A LC nº 64/90 comina inelegibilidade de 8 anos aos condenados 
pela realização de condutas vedadas a agentes públicos. 
- A representação por conduta vedada atingirá a atuação de agentes públicos que, abusando do poder 
de autoridade e econômico, desequilibram um pleito; 
- Os sujeitos passivos, além dos candidatos, são todos que abusam do poder de autoridade e econômico 
em uma eleição. 
 
1.9 REPRESENTAÇÃO POR CAPTAÇÃO OU GASTOS ILÍCITOS DE 
RECURSOS PARA FINS ELEITORAIS 
 
Criação da Lei nº 11.300/2006, é verdadeira Ação Eleitoral Inominada para Cassação de Registro ou 
Diploma pretende tornar mais fácil a punição de candidatos envolvidos em irregularidades que maculem o 
pleito e os mandatos obtidos relativas à arrecadação de recursos e gastos de campanha. 
 
1.9.1 Cabimento e prazo 
 
Neste caso, são atingidas violações eleitorais diversas do abuso de poder referindo-se à arrecadação 
irregular de recursos e gastos ilegais efetuados durante a campanha eleitoral na forma prevista na Lei das 
Eleições. 
O prazo para ajuizamento da ação é de até 15 dias após a diplomação. 
 
1.9.2 Legitimidade e competência para julgamento 
 
São legitimados ativos para a ação: os partidos, coligações e o Ministério Público. Não há previsão 
legal de legitimidade dos candidatos e eleitores, mas José Jairo Gomes defende a legitimidade ativa dos 
candidatos. 
Os legitimados passivos são os candidatos que serão ou foram diplomados pela Justiça Eleitoral, ou 
seja, os eleitos e os suplentes. 
Nas eleições municipais compete ao Juiz Eleitoral; nas eleições estaduais o julgamento competirá ao 
TRE, devendo, em ano eleitoral, ser distribuída a Juiz Auxiliar do TRE, e nas eleições presidenciais a 
competência será do TSE. 
 
 
 
1.9.3 Rito 
 
O processo seguirá o rito previsto no artigo 22 da LC nº 64/90. 
 
Não é necessário aguardar o julgamento da prestação de contas de campanha para que haja o 
ajuizamento da ação. 
 
• partidos políticos e coligações;
• Ministério Público Eleitoral.legitimidade ativa
• candidatos eleitos e suplentes.legitimidade passiva
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1.9.4 Efeito da procedência do pedido e recurso 
 
Julgado procedente o pedido “será negado o diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido 
outorgado” (Lei 9.504/1997, art. 30-A, § 2º). A decisão proferida possui resultado imediato; o recurso interposto 
contra a sentença não possuirá efeito suspensivo. Ademais, os condenados serão declarados inelegíveis por 8 
anos na forma preceituada na LC nº 64/90. 
 
- O prazo para ajuizamento é de até 15 dias após a diplomação; 
- Os candidatos não possuem legitimidade ativa; 
- O julgamento favorável levará a negativa ou cassação do diploma. 
 
(CÂMARA MUNICIPAL DE SERTÃOZINHO-SP/PROCURADOR JURÍDICO LEGISLATIVO/2014/ 
VUNESP) 
Considerando a jurisprudência e a legislação atinentes aos crimes eleitorais, é correto afirmar que 
a) nos termos da Lei Complementar n.º 64/90, constitui crime a arguição de inelegibilidade, ou a impugnação 
de registro de candidato feito por interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder de 
autoridade, deduzida de forma temerária ou com manifesta má-fé. 
b) a captação ilícita de sufrágio pode resultar na cassação do registro ou diploma do candidato envolvido, 
sem responsabilização criminal por esse fato. 
c) constituem crimes, no dia da eleição, a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna, bem 
como a manutenção de sitio eletrônico oficial de candidatos ao pleito na rede mundial de internet. 
d) segundo a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, basta o dolo específico do agente para 
caracterização do crime de corrupção eleitoral, ainda que o corruptor eleitoral passivo não seja apto a votar. 
e) o crime de majoração de preços de utilidades e serviços necessários à realização de eleições, tais como 
transporte e alimentação de eleitores, impressão, publicidade e divulgação de matéria eleitoral, é punido 
com pena privativa de liberdade de reclusão e multa. 
 
Comentários: 
A captação ilícita de sufrágio pode ser enquadrada como corrupção eleitoral, modalidade tipificada no artigo 
299 do Código Eleitoral. Letra B está errada. A arregimentação de eleitores e a boca de urna no dia da eleição 
são crimes, contudo, a manutenção de sítio eletrônico por candidato é permitida, sob pena de configurar 
censura. Letra C está errada. Para que exista o crime de corrupção eleitoral é necessário que a oferta de 
vantagem se destine a eleitor apto a votar (regularidade dos direitos políticos) e que possua domicílio 
eleitoral na circunscrição. Letra D está errada. O artigo 303 do Código Eleitoral tipifica como delito a 
majoração de preços e utilidades necessários à eleição, contudo, estabelece como pena a multa. Letra E está 
errada. A Lei das Inelegibilidades tipifica como crime a arguição de inelegibilidade ou impugnação de 
registro de candidatura sob alegação da existência de abuso quando realizados de modo temerário ou com 
deliberada má-fé. Resposta correta: Letra A. 
 
Resposta: A 
 
 
(TRE-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2017/FCC) 
O candidato a governador A alega que candidato a governador B, em sua propaganda eleitoral, acusou-
o de ter praticado o crime de estelionato, o que afirma não ser verdadeiro. Ambos os candidatos não são 
exercentes de função pública no momento da disputa eleitoral. Diante dessa situação 
a) a ação penal deverá ser proposta perante o Tribunal Regional Eleitoral, necessariamente,não importando 
o cargo que exerça o candidato. 
b) o Ministério Público Eleitoral deverá ajuizar a respectiva ação penal pela prática do crime de injúria, apenas. 
c) caso o Ministério Público Eleitoral não proponha a ação penal, o candidato A poderá fazê-lo, cumpridos os 
requisitos legais. 
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d) o candidato A deverá propor ação penal privada contra o candidato B, uma vez que não se trata de ação 
penal pública. 
e) caso o Ministério Público Eleitoral entender pelo não oferecimento da denúncia, deverá requerer o 
arquivamento ao juiz, que, se considerar improcedentes os motivos para tanto, fará a remessa da 
comunicação ao Procurador Geral de Justiça, na Justiça Comum Estadual. 
 
Comentários: 
Não havendo foro por prerrogativa de função, a ação será julgada pelo juiz eleitoral. Letra A está errada. O 
crime narrado é calúnia, consistente em imputar conduta delituosa a outrem, e não injúria. Letra B está 
errada. A regra é ação penal pública incondicionada, não cabendo ação privada. Letra D está errada. Na 
hipótese de pedido de arquivamento, o juiz pode pedir ao Procurador Regional Eleitoral que designe outro 
promotor para apresentar a denúncia (artigo 357, § 1º). Letra E está errada. É possível a apresentação de 
ação penal privada subsidiária da pública se o Ministério Público mantiver-se inerte. Resposta correta: Letra 
C. 
 
Resposta: C 
 
 
(CÂMARA MUNICPAL DE ITAQUAQUECETUBA-SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018/ VUNESP) 
A respeito do crime de injúria previsto no Código Eleitoral (Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou 
visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro), assinale a alternativa correta. 
a) O juiz pode deixar de aplicar a pena se o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria. 
b) Aumenta-se de dois terços a pena se o crime de injúria eleitoral é cometido contra o Presidente da 
República ou o chefe de governo estrangeiro. 
c) O crime de injúria eleitoral admite prova da verdade do fato imputado e exclui o crime, mas não é admitida 
se o fato é imputado ao Presidente da República. 
d) O crime é próprio, de mera conduta, é imprescindível a presença de animus injuriandi e é punido com pena 
de reclusão de até seis meses. 
e) A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao 
exercício de suas funções. 
 
Comentários: 
A injúria contra Presidente da República ou o chefe de governo estrangeiro resulta em aumento de 1/3 na 
pena (artigo 327, I). Letra B está errada. No crime de injúria é incabível a exceção da verdade, pois ela atinge 
a honra subjetiva da vítima. Letra C está errada. O crime não é próprio, pode ser cometido por qualquer 
pessoa é crime comum. Letra D está errada. A exceção da verdade para funcionário público refere-se ao 
crime de difamação (artigo 325, parágrafo único). Letra E está errada. O juiz pode deixar de aplicar a pena 
se o ofendido provocou ou ofensor (artigo 326, § 1º, I). Resposta correta: Letra A. 
 
Resposta: A 
 
2- RECURSOS ELEITORAIS 
 
2.1 GENERALIDADES 
 
O recurso é uma figura do direito processual que pretende revisitar uma decisão, mantendo acesa a 
possibilidade de alteração, total ou parcial, de uma decisão judicial anterior, seja pelo próprio prolator da 
decisão, seja por outro órgão judicial. 
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Em geral, os recursos eleitorais não possuem efeito suspensivo (artigo 257 do Código Eleitoral), a 
menos que exista expressa disposição em sentido contrário. São exceções claras a esta regra a Apelação 
Criminal Eleitoral e o Recurso Inominado contra AIRC. 
No que diz respeito aos prazos, se a lei não determinar claramente o prazo para a interposição do 
recurso, ele deverá ser apresentado em 3 dias (artigo 258 do CE). 
Configuram exceções a essa regra: 
- Apelação Criminal Eleitoral – 10 dias (artigo 362, CE); 
- Recurso em Sentido Estrito – 5 dias (artigo 364, CE; artigo 586, CPP); 
- Recurso Parcial – imediatamente (artigos 165, § 1º, IV e 169, § 2º, CE); 
- Recursos das decisões sobre direito de resposta – 24 horas (artigos 58, § 5º e 96, § 8º da Lei 
9.504/1997). 
A contagem dos prazos eleitorais deve excluir o dia do começo e incluir o dia do vencimento. Além 
disso, os prazos recursais são preclusivos, assim, se não impugnados no prazo fica obstada a apresentação de 
recurso subsequente, exceto quando o tema se referir a matéria constitucional. 
 
Súmula TSE Nº 26 É inadmissível o recurso que deixa de impugnar especificamente fundamento da 
decisão recorrida que é, por si só, suficiente para a manutenção desta. 
Súmula TSE Nº 27 É inadmissível recurso cuja deficiência de fundamentação impossibilite a 
compreensão da controvérsia. 
 
 
2.2 RECURSOS DAS DECISÕES DOS JUÍZES ELEITORAIS 
 
Das decisões proferidas por Juízes Eleitorais são cabíveis os seguintes recursos: 
- Apelação Civil Eleitoral (arts. 266 e 267, CE); 
- Recurso Inominado (artigo 265, CE); 
- Embargos de Declaração (artigo 275, CE). 
A determinação do foro por prerrogativa de função decorrerá unicamente do texto constitucional, não 
podendo ser aproveitadas diretrizes locais, estabelecidas nas constituições estaduais. 
Por fim, é de se fixar que o benefício do foro especial só poderá ser aplicado se o crime cometido estiver 
relacionado com a função desempenhada pelo agente. 
 
 
 
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2.2.1 Apelação Civil Eleitoral 
 
A Apelação Civil Eleitoral, previsto nos artigos 266 e 267 do CE, deverá ser interposta ao juízo que 
prolatou a decisão, no prazo de 3 dias, em petição fundamentada que se faça acompanhar dos documentos 
necessários à prova do direito discutido. 
Recebida a petição o Juiz determinará a apresentação de contrarrazões pela parte contrária. Se 
houver a juntada de novos documentos deve-se abrir prazo de 48 horas para o recorrente manifestar-se. 
O juiz poderá reconsiderar a decisão proferido, ou em caso de sua manutenção, encaminhar os autos 
ao TRE para julgamento. 
 
2.2.2 Recurso Inominado 
 
O Recurso Inominado poderá ser manejado contra decisão de Juiz Eleitoral que: 
- julgar impugnação à nomeação de escrutinadores e auxiliares (artigo 39, CE); 
- julgar pedido de inscrição eleitoral processada pelo Código Eleitoral (artigo 45, § 7º, CE); 
- julgar pedido de transferência de domicílio eleitoral (artigo 57, §2º); 
- julgar pedido de cancelamento de inscrição e/ou exclusão eleitoral (artigo 80, CE) 
- julgar alegação de impedimento e de designação de mesário (arts. 120, § 4º e 121, § 1º, CE); 
- a reclamação da designação das seções eleitorais (artigo 135, § 8º, CE); 
- julgar, por sentença, a ação de impugnação de pedido de registro de candidatura, a ação de 
impugnação de mandato eletivo e a investigação judicial eleitoral. 
 
 
 
 
2.2.3 Embargos de Declaração 
 
Os embargos de declaração serão interpostos quando a sentença ou acórdão possuir dúvida, 
contradição ou obscuridade. O TSE tem decidido que os Embargos de Declaração interrompem o prazo para 
interposição de outros recursos, salvo quando forem manifestamente protelatórios. 
 
 
Decisão em AIRC
Decisão em AIJE Decisão em AIME
Cancelamento de inscrição eleitoral
Pedido de alistamento Transferência eleitoral
Impugnação de membro da Junta
Nomeação de mesário Designação de seção eleitoral
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2.3 RECURSOS DAS DECISÕES DAS JUNTAS ELEITORAIS 
 
Das decisões das Juntas Eleitorais caberão: 
- Recurso Inominado (artigo 169, CE); 
- Recurso Parcial (artigo 261, CE); 
 
 
2.3.1 Recurso Inominado 
 
O Recurso Inominado é em tudo similar àquele que ataca decisão dos Juízes Eleitorais.Contudo, 
existem diferenças. Em primeiro lugar, o recurso não tem prazo, devendo ser apresentado imediatamente ou 
tão logo se identifique o prejuízo (artigo 169, § 2º, CE); a interposição poderá ser oral ou escrita, mas as razões 
recursais obrigatórias devem ser ofertadas em 48 horas. Por fim, não é admissível o juízo de retratação. 
Caberá o manejo do recurso para atacar decisão que: 
- resolver impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos de contagem e apuração 
dos votos (artigos 40, II e 195, V, CE); 
- decida acerca do descredenciamento de fiscal de candidato, partido ou coligação; 
- determine atos que cerceiem a atividade fiscalizadora dos partidos; 
- quando a Junta Eleitoral não publicar os boletins de apuração mencionadas no artigo 179 (art. 40, III, 
CE). 
 
2.3.2 Recurso Parcial 
 
O Recurso Parcial está previsto no artigo 169 e seguintes do Código Eleitoral, bem como no artigo 261 
e deverá ser apresentado imediatamente, tão logo sejam identificados prejuízos decorrentes da apuração. 
O recurso poderá, também, ser interposto por via oral ou escrita, seguindo-se a apresentação de 
razões escritas em até 48 horas. O parecer recursal do MPE também pode ser oral. 
 
 
2.4 RECURSOS DAS DECISÕES DOS TRIBUNAIS REGIONAIS 
ELEITORAIS 
 
As decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais poderão ser atacadas mediante a interposição dos 
seguintes recursos: 
- Recurso Parcial (artigo 261, § 1º, CE); 
- Recurso Ordinário (artigo 276, II e 277, CE); 
- Recurso Especial Eleitoral (artigo 276, I, CE); 
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- Embargos de Declaração (artigo 275, CE); 
- Agravo de Instrumento Eleitoral (artigo 279, CE); 
- Agravo Regimental. 
 
 
 
2.4.1 Recurso Parcial 
 
O Recurso Parcial caberá das decisões relacionadas com apuração de eleições estaduais e que tratem 
de votos, cédulas (no caso de votação manual) e urnas. O recurso deve ser dirigido ao TSE, que o julgará. 
 
2.4.2 Recurso Ordinário 
 
Recurso Ordinário caberá das decisões: 
- que versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diploma nas eleições estaduais e federais; 
- que anularem diploma ou decretar a perda de mandatos eletivos nas eleições estaduais e federais; 
- que denegarem Habeas Corpus, Habeas Data, Mandato de Injunção e Mandado de Segurança. 
 
A prazo para interposição do recurso é de 3 dias. Após o recebimento da inicial, deve-se abrir prazo 
de 3 dias para contrarrazões e posteriormente os autos são encaminhados ao TSE para julgamento. 
 
Súmula TSE Nº 36 Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida 
sobre inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições 
federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal). 
 
Súmula TSE Nº 64 Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e 
de inelegibilidade, é cabível o recurso ordinário. 
 
2.4.3 Recurso Especial Eleitoral 
 
O Recurso Especial Eleitoral caberá contra decisões proferidas contra expressa disposição legal e 
quando ocorrer divergência entre a interpretação da lei por dois ou mais Tribunais Eleitorais. O TSE tem 
entendido que a afronta a previsão expressa de Resolução também poderá ser objeto do recurso. 
Recurso Parcial = 
apuração de 
eleições 
estaduais
Recuso Ordinário 
= inelegibilidade, 
cassação de 
diploma ou 
mandato e 
denegatórias de 
MS e HC
Recurso Especial 
= contrárias à lei 
e divergências 
jurisprudenciais
Embargos de 
declaração = 
obscuridade, 
contradição e 
dúvida
Agravo de 
Instrumento = 
deslocar juízo de 
admissibilidade
Agravo 
Regimental = 
decisão 
interlocutória
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O prazo para interposição do recurso é de 3 dias. Interposto o recurso a petição será juntada em 48 
horas e os autos conclusos ao presidente do TRE em 24 horas. Após o recebimento, em 48 horas o Presidente 
realizará o juízo de admissibilidade. Recebido o recurso, serão abertas vistas ao recorrido para apresentar 
razões. Após serão encaminhados ao TSE para julgamento. 
 
Súmula TSE Nº 24 Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-
probatório. 
 
Súmula TSE Nº 25 É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de 
recurso especial eleitoral. 
 
Súmula TSE Nº 28 A divergência jurisprudencial que fundamenta o recurso especial interposto com base 
na alínea b do inciso I do art. 276 do Código Eleitoral somente estará demonstrada mediante a 
realização de cotejo analítico e a existência de similitude fática entre os acórdãos paradigma e o aresto 
recorrido. 
 
Súmula TSE Nº 29 A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar 
dissídio jurisprudencial apto a fundamentar recurso especial eleitoral. 
 
Súmula TSE Nº 30 Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, quando a 
decisão recorrida estiver em conformidade com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Súmula TSE Nº 31 Não cabe recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de 
medida liminar. 
 
Súmula TSE Nº 32 É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou 
estadual, ao Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais ou às normas partidárias. 
 
Súmula TSE Nº 71 Na hipótese de negativa de seguimento ao recurso especial e da 
consequente interposição de agravo, a parte deverá apresentar contrarrazões tanto ao agravo 
quanto ao recurso especial, dentro do mesmo tríduo legal. 
 
2.4.4 Embargos de Declaração 
 
Os Embargos de Declaração destinam-se a dirimir obscuridade, dúvida ou contradição de acórdão ou 
para que a corte se manifeste sobre ponto omisso, do qual deveria ter tratado. O prazo de interposição é de 3 
dias da publicação. 
Os embargos são dirigidos ao relator do processo que o levará a julgamento na sessão seguinte. Uma 
vez acolhidos os embargos deve ser indicado novo relator para o acórdão. 
Regra geral, os Embargos Declaratórios interrompem o prazo para interposição de outros recursos 
salvo se manifestamente protelatórios. 
 
2.4.5 Agravo de Instrumento Eleitoral 
 
O Agravo de Instrumento Eleitoral tem por finalidade deslocar a análise da admissibilidade do 
Recurso Especial Eleitoral para o TSE. O prazo de interposição é de 3 dias. 
 
2.4.6 Agravo Regimental 
 
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O Agravo Regimental é um recurso dirigido ao pleno do TRE e pretende atacar decisões 
interlocutórias do Presidente do Tribunal ou do Relator de um dado recurso. Seu prazo de interposição também 
será de 3 dias. 
 
(TJ-CE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2018/CESPE) 
A apelação criminal eleitoral deverá ser: 
a) recebida exclusivamente no efeito devolutivo. 
b) recebida no efeito suspensivo quando interposta contra sentença condenatória. 
c) recebida no efeito suspensivo quando a sentença for absolutória e o réu estiver preso preventivamente. 
d) interposta no juízo a quo no prazo de três dias, contados da publicação da sentença. 
e) interposta diretamente no TRE, com comunicação ao juízo a quo no prazo de cinco dias, contados da 
publicação da sentença. 
 
Comentários: 
A Apelação Criminal Eleitoral, também, chamada de Recurso Inominado Eleitoral é recebida nos efeitos 
devolutivo e suspensivo. Letra A está errada. O recurso só será recebido no efeito suspensivo quando o réu 
for condenado. Letra C está errada. O prazo recursal é de 10 dias (artigo 362). O prazo de 3 dias é para a 
retração do juízo. Letra D está errada. O recurso deve ser interposto no juízo a quo que o encaminhará ao 
TRE. Letra E está errada. O recurso será recebido no efeito suspensivo apenas quando se tratar de sentença 
condenatória. Lembremosque, se o efeito suspensivo ocorresse nas sentenças absolutórias, isso implicaria 
na condenação do indivíduo o que fere completamente toda a estrutura processual penal brasileira. 
Resposta correta: Letra B. 
 
Resposta: B 
 
(TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019/ VUNESP) Quanto ao processo das infrações penais de 
cunho eleitoral, assinale a alternativa correta. 
a) No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem conexos, assim como nos 
recursos e na execução, que lhes digam respeito, não se aplicará, como lei subsidiária ou supletiva, o Código 
de Processo Penal por tratar-se de jurisdições distintas. 
b) Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal, representará contra ele a 
autoridade judiciária, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal. 
c) Verificada a infração penal e, se em termos, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 
5 (cinco) dias. 
d) Das decisões finais de condenação ou absolvição, cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto 
no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
Comentários: 
No processamento de crimes eleitorais será sempre aplicado supletiva e subsidiariamente o Código de 
Processo Penal (artigo 364, CE). Letra A está errada. O prazo para oferecimento da denúncia pelo Ministério 
Público é de 10 dias (artigo 357). Letra C está errada. Decisões proferidas por juiz eleitoral que condenem ou 
absolvam o réu são atacáveis mediante Recurso Inominado Eleitoral, que deve ser interposto no prazo de 10 
dias (artigo 362, CE). Letra D está errada. O artigo 357, § 3º afirma que no caso de abstenção do órgão 
ministerial, o magistrado representará contra ele sem prejuízo da responsabilização penal. Embora não haja 
aplicabilidade na prática, o artigo continua vigindo. Resposta correta: Letra B. 
 
Resposta: B 
 
 
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2.5 RECURSOS DAS DECISÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR 
ELEITORAL 
 
 
Regra geral, as decisões do TSE são irrecorríveis, a exceção é a possibilidade de interposição de: 
- Recurso Extraordinário (artigo 281, CE e artigo 121, § 3º, CF); 
- Recurso Ordinário (artigo 281, CE e artigo 121, § 3º, CF); 
- Agravo Regimental (artigo 282, CE). 
 
 
2.5.1 Recurso Extraordinário 
 
O Recurso Extraordinário, dirigido ao STF, deverá ser interposto no prazo de 3 dias e caberá sempre 
que ocorrer violação constitucional. Se inadmitido recurso, caberá Agravo de Instrumento, se recebido a parte 
recorrida terá 3 dias para a apresentação de razões recursais e, posteriormente, será encaminhado ao STF para 
julgamento. 
 
2.5.2 Recurso Ordinário 
 
Recurso Ordinário caberá: de decisão do TSE que declare invalidade de lei ou ato contrário à 
Constituição ou de decisão denegatória de Habeas Corpus ou Mandado de Segurança. 
 
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2.5.3 Agravo Regimental 
 
O Agravo Regimental tem por objetivo revisar decisão monocrática, principalmente, de relator 
submetendo-a ao pleno do tribunal. 
 
- A captação ilícita consiste em “doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-
lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde 
o registro da candidatura até o dia da eleição”. 
 
Súmula TSE Nº 3 No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o 
suprimento de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado 
o indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário. 
 
Súmula TSE Nº 11 No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não 
tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional. 
 
Súmula TSE Nº 35 Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou 
de ato normativo do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Súmula TSE Nº 65 Considera-se tempestivo o recurso interposto antes da publicação da decisão 
recorrida. 
 
3- PERDA DO MANDATO ELETIVO E ELEIÇÃO 
SUPLEMENTAR 
 
 
A Lei nº 13.165/2015 trouxe nova redação ao artigo 224 do Código Eleitoral, que ficou definida assim: 
 
Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado 
nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as 
demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 
(quarenta) dias. 
[...] 
Recurso Ordinário
decisão do TSE que 
declare invalidade 
de lei
decisão do TSE que 
declare invalidade 
de ato contrário à 
Constituição
decisão 
denegatória de 
Habeas Corpus
decisão 
denegatória de 
Mandado de 
Segurança
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§ 3o A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou 
a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após o trânsito em julgado, a 
realização de novas eleições, independentemente do número de votos anulados. 
§ 4o A eleição a que se refere o § 3o correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será 
I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato; 
II - direta, nos demais casos. 
 
Com a nova redação surgem duas possibilidades: a regra geral prevista no caput e a regra especial 
trazida no § 3o. 
A regra geral determina que se houver nulidade ou invalidação de mais da metade dos votos válidos 
(maioria absoluta) deverão ocorrer novas eleições entre 20 e 40 dias. Essas são as chamadas eleições 
suplementares. 
Se forem anulados menos da metade dos votos as eleições serão mantidas e convocados os suplentes, 
no caso de eleição proporcional e o segundo colocado, em caso de eleição majoritária. 
 
 
 
A regra nova do § 3o, determina a realização de eleições suplementares sempre que houver 
indeferimento do registro de candidatura, cassação do diploma ou perda do mandato em eleições 
majoritárias. Neste caso, não importará o número de votos anulados, ou seja, mesmo que o total seja inferior 
à maioria absoluta, devem ser realizadas novas eleições. 
A ideia do legislador é garantir que os cargos majoritários sejam sempre exercidos por aqueles que 
obtiveram a maioria dos votos dados pelos eleitores. Em outras palavras, a decisão sempre deverá caber aos 
eleitores. 
A norma exigia o trânsito em julgado da decisão para que fosse realizado novo pleito, contudo, no 
julgamento da ADI nº 5.525 o STF declarou inconstitucional a expressão. Assim, após a publicação da decisão 
pela Justiça Eleitoral já é possível a convocação de novas eleições. 
O § 4o fez uma diferenciação importante, definindo a natureza da eleição suplementar: se faltarem 
menos de 6 meses para o fim do mandato haverá votação indireta, sendo direta nos demais casos. 
 
Das novas eleições não poderá participar aquele que deu causa à invalidação do pleito anterior (decisões 
do TSE neste sentido: REspe nº 757, REspe nº 35796, REspe nº 28116, REspe nº 26140 e MS nº 3413). 
 
Votos 
anulados
Menos da 
metade dos 
votos válidos
Majoritário = 
assume 2º 
lugar
Proporcional 
= assume 
suplente
Mais da 
metade dos 
votos válidos
Novas
eleições
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Importantes assentar que os votos anulados aptos a gerar nova votação não são aqueles que 
decorrem da vontade deliberada do eleitor, assim, ainda que os votos válidos representem apenas pequena 
parcela da votação total, o pleito não poderá ser invalidado. 
Em caso de eleição municipal renovada, o Presidente da Câmara Municipal assumirá a prefeitura 
interinamente até a realização do pleito, nada obstando, inclusive, que possa concorrer.QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 
 
 
1) (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2015/CESPE) 
Situação hipotética: No dia seguinte à conclusão ao juiz eleitoral, foi entregue e publicada em cartório a 
sentença que indeferia o pedido de registro de um candidato. Assertiva: Nessa situação, o prazo legal para 
interposição de recurso ordinário perante o TRE será contado a partir da publicação da sentença em 
cartório. 
a) Certo 
b) Errado 
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Comentários: 
A assertiva está errada. O Juiz Eleitoral tem o prazo de 3 dias após a conclusão para decidir o pedido de registro 
de candidatura e a AIRC, mas se decidir antes disto o prazo recursal será contado apenas a partir do terceiro dia 
(Súmula 10). Ademais, o recurso cabível de decisão que indefere pedido de registro de candidatura é o Recurso 
Inominado. 
 
Resposta: B 
 
2) (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2015/CESPE) 
Se, em eleições para governador de estado, for eleito um candidato que tenha concorrido sub judice e, ao 
final do processo, a decisão transitada em julgado seja pelo indeferimento do seu registro, o TRE deve 
determinar a ocupação do cargo pelo segundo colocado na eleição. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
A assertiva está errada. A cassação de chefe do Executivo implicará na realização de novas eleições. 
 
Resposta: B 
 
3) (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2015/CESPE) 
Nas ações eleitorais que possam resultar na perda do mandato eletivo, é admissível a prova testemunhal 
singular e exclusiva, em virtude da subsidiariedade, à legislação eleitoral, das normas processuais civis e 
penais. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
A assertiva está correta. Em caso de cassação de mandato o TSE tem decidido que a prova testemunhal única 
não pode ser a única se houver apenas um depoente. 
 
Resposta: A 
 
4) (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2015/CESPE) 
Situação hipotética: O partido político Y, com base na alegação de existência de indícios de abuso de poder 
econômico, propôs, no prazo legal, ação de impugnação de mandato eletivo em desfavor de um prefeito. 
Assertiva: Nessa situação, a ação proposta deve tramitar em segredo de justiça, e o partido Y pode ser 
responsabilizado caso fique comprovado ser a lide temerária. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
A assertiva está correta, a AIME tramita em segredo de justiça, conforme diretriz constitucional. 
 
Resposta: A 
 
5) (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2015/CESPE) 
Se houver decisão de juiz eleitoral determinando a perda de mandato eletivo de um vereador, este poderá 
tentar revertê-la por recurso ordinário sem efeito suspensivo junto ao TRE competente. 
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a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
A assertiva está errada. O recurso adequado para desconstituir a decisão do Juiz Eleitoral que cassa mandato é 
o Recurso Inominado. Ademais, o Recurso Ordinário destina-se ao TSE e não ao TRE. 
 
Resposta: B 
 
6) (TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2015/CESPE) 
Situação hipotética: Os membros de um partido político pretendem ajuizar representação junto à justiça 
eleitoral contra determinado candidato de partido contrário que recebeu doação de campanha acima do 
limite legal. Assertiva: Nessa situação, o prazo para o ajuizamento dessa representação deve ser contado 
a partir da ocorrência do ato ilícito. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
A resposta está errada, pois o vetor de determinante do prazo é a data final (15 dias depois da diplomação) e 
não o marco inicial. 
 
Resposta: B 
 
7) (TRE-BA/ ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2017/CESPE) 
Considerando que tenha sido ajuizada ação de impugnação do registro de candidatura de senador, 
assinale a opção correta. 
A) O julgamento deverá ocorrer até a diplomação do candidato, se eleito. 
B) A competência para o julgamento da ação é do tribunal regional eleitoral (TRE). 
C) O autor da referida ação pode ser o Ministério Público eleitoral, partido político ou coligação, qualquer 
candidato ou cidadão. 
D) O partido político do candidato figurará como litisconsorte passivo na ação. 
E) Os suplentes figurarão como litisconsortes passivos na ação. 
 
Comentários: 
O julgamento da AIRC pode ocorrer mesmo após a diplomação (a letra A está errada); Os cidadãos não podem 
ajuizar AIRC (a letra C está errada); Os partidos não integram o polo passivo da AIRC (a letra D está errada); Os 
suplentes não participam do processo como litisconsortes (a letra E está errada). Compete aos Tribunais 
Regionais Eleitorais julgar os processos de registro de candidatura ao cargo de Senador e seus suplentes (a letra 
B está correta). 
 
Resposta: B 
 
 
 
8) (TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2017/CESPE) 
No que se refere a inelegibilidade, impugnação de registro de candidatura e abuso de poder, assinale a 
opção correta. 
A) Para que seja julgada procedente a representação por abuso de poder econômico, o ato abusivo deve ter 
potencialidade para alterar o resultado da eleição. 
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B) A representação por abuso de poder importará na inelegibilidade do representado apenas se julgada 
procedente antes da proclamação dos eleitos. 
C) A impugnação do pedido de registro de candidato feita por um partido político impede a ação do Ministério 
Público no mesmo sentido. 
D) Os demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo são inelegíveis para qualquer 
cargo pelo prazo de oito anos, a contar da decisão válida e eficaz. 
E) A arguição de inelegibilidade deve ser apresentada ao TSE quando se tratar de candidato a senador e 
deputado federal. 
 
Comentários: 
Não é necessário que haja potencialidade de influir no resultado eleitoral, é suficiente que a conduta tenha sido 
grave (a letra A está errada); A condenação, independentemente, do prazo implicará na inelegibilidade do 
condenado por 8 anos (a letra B está errada); Podem ser apresentadas diferentes AIRC’s contra um mesmo 
candidato, são ações independentes que, contudo, serão julgadas em conjunto (a letra C está errada); A 
Impugnação de Registro de candidatura ao senado e a deputado federal deverá ser apresentada e julgada pelo 
Tribunal Regional Eleitoral (a letra E está errada). Conforme previsão expressa da Lei das Inelegibilidades (a letra 
D está correta). 
 
Resposta: D 
 
9) (TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2017/CESPE) 
Contra a apuração da votação cabe recurso ao tribunal regional eleitoral, ainda que não tenha havido 
prévia impugnação perante a junta eleitoral, no ato de apuração. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Comentários: 
Resposta: A assertiva está errada. Recursos que questionam a apuração se seção eleitoral deverão ser 
precedidos da impugnação na Junta Eleitoral. 
 
Resposta: B 
 
10) (TRE-PI/ANALISTA JUDICIÁRIO–ÁREA JUDICIÁRIA/2016/CESPE) 
Assinale a opção correta de acordo com o disposto no CE. 
A) O recurso deverá ser interposto no quinto dia da publicação do ato, da resolução ou do despacho. 
B) Os embargos de declaração devem ser interpostos no prazo de três dias da data de publicação do acórdão, 
quando este gerar dúvida ou contradição. 
C) O eleitor que desejar impetrar o recurso contra expedição de diploma deverá estar ciente de que o único 
argumento aceito será o de falta de condição de elegibilidade. 
D) A propaganda eleitoral é de responsabilidade dos partidos e candidatos e por eles paga, sendo os excessos 
cometidos pelos candidatos de responsabilidade exclusiva dos partidos políticos, independentemente da 
legenda partidária. 
E) Os recursos eleitorais têm efeito suspensivo, podendo a execução de um acórdão ser feita imediatamente, 
mediante comunicação por escrito, em qualquer meio, a critério

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