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Método de Equivalência Patrimonial 
– MEP
Apresentação
O método de equivalência patrimonial (MEP) consiste na atualização de investimentos que foram 
aplicados em empresas controladas ou coligadas ou, ainda, em sociedades que estejam no mesmo 
grupo ou que estejam sob domínio comum, com embasamento nas alterações ocorridas no 
patrimônio líquido dessas entidades.
 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre o procedimento em relação aos resultados 
não realizados e a alteração dos critérios de avaliação de investimentos, e analisar os investimentos 
no exterior de coligadas e controladas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as finalidades e o enfoque do MEP.•
Identificar as etapas relacionadas à aplicação e ao processo de contabilização do MEP.•
Analisar os resultados não realizados e o tratamento adequado para esse processo.•
Desafio
A organização Fraga e Duarte é investidora na coligada Delta. Ocorre que existem lucros não 
realizados resultantes de negócios da investidora com a coligada. Para que esse lucro seja acrescido 
ao patrimônio líquido da empresa Delta e para que o lucro seja considerado para fins de aplicação 
do MEP, é necessário seguir algumas etapas.
 
Neste contexto, você foi designado pela direção da empresa para elaborar o processo a partir dos 
dados disponibilizados.
A partir dos conhecimentos adquiridos, escreva as etapas que devem ser realizadas para que o 
lucro seja considerado para fins de equivalência patrimonial.
Infográfico
A analise das leis que regulamentam os resultados não realizados e os investimentos aplicados no 
exterior, por coligadas e controladas é uma das atribuições do MEP.
 
No Infográfico a seguir você aprenderá sobre as finalidades e as etapas necessárias para a aplicação 
do MEP.
 
 
Uma empresa pode fazer investimentos em outras empresas, pode comprar ações e ter 
participação em sua composição do capital social. Mas, é necessário fazer a contabilização desse 
investimento e dos rendimentos referentes à ele, para isso é utilizado o método da equivalência 
patrimonial. A equivalência patrimonial consiste em atualizar o valor investido em outra empresa, 
equivalente ao que tem de participação societária.
 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/09399c9b7472082c0c711241548e659f
Conteúdo do livro
A partir do MEP, é possível atualizar os valores de investimentos aplicados nas empresas 
controladas ou coligadas, mas também os investimentos realizados em outras sociedades que 
estiverem sob o mesmo controle. 
No capítulo Método de Equivalência Patrimonial (MEP), base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você irá acompanhar o desenvolvimento do MEP e enfoque nos resultados não 
realizados. 
Boa leitura.
CONTABILIDADE 
AVANÇADA 
Aline Alves dos Santos
Método de Equivalência 
Patrimonial (MEP)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer as finalidades e o enfoque do Método de Equiva-
lência Patrimonial.
 � Identificar as etapas relacionadas à aplicação e ao processo de 
contabilização do Método de Equivalência Patrimonial.
 � Analisar os Resultados Não Realizados e o tratamento adequado 
para esse processo.
Introdução
O método de equivalência patrimonial (MEP) consiste na atualiza-
ção de investimentos que foram aplicados em empresas controla-
das ou coligadas ou, ainda, em sociedades que estejam no mesmo 
grupo ou que estejam sob  domínio comum, com embasamento 
nas alterações ocorridas no patrimônio líquido dessas entidades.
Neste texto, você vai estudar sobre o procedimento correto com 
relação aos resultados não realizados e a alteração dos critérios de 
avaliação de investimentos. Vai analisar também os investimentos no 
exterior de coligadas e controladas.
O Método de Equivalência Patrimonial (MEP) 
O enfoque do MEP
O Método de Equivalência Patrimonial tem como propósito atualizar os va-
lores de investimentos realizados em controladas, coligadas ou demais socie-
dades que pertençam ao mesmo grupo ou que estejam sob algum domínio ou 
controle. Isso é feito com embasamento na alteração ocorrida no Patrimônio 
Líquido (PL) das empresas.
O CPC 18 (R2), divulgado em 13 de dezembro de 2012, é o pronuncia-
mento contábil que estabelece o método de contabilização de investimentos 
em empresas controladas e coligadas e define os requisitos para a aplicação 
para o Método de Equivalência Patrimonial (BRASIL, 2012).
De acordo com o CPC 18 (R2) (BRASIL, 2012):
Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em 
empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no ba-
lanço individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor 
contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação 
do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após 
a aquisição. A participação do investidor no lucro ou prejuízo do período da 
investida deve ser reconhecida no resultado do período do investidor.
Pesquise a página web do Comitê de Pronunciamentos Contábeis para acompanhar a 
evolução do CPC 18 e suas atualizações.
As distribuições auferidas da empresa investida diminuem o valor contábil 
do investimento. As modificações consideradas legais integram as variações 
resultantes da reavaliação dos ativos imobilizados e, quando for adequado, as 
divergências de mudança em moeda estrangeira.
De acordo com o artigo 248 da Lei 6.404/76, os investimentos que neces-
sitam ser avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial são os investi-
mentos em coligadas ou controladas e em outras sociedades que pertençam ou 
estejam sob o controle de um grupo comum:
 � Todos os das empresas coligadas;
 � Todos os das empresas controladas;
 � Todos os que pertencerem às demais sociedades, sendo estas parte do 
mesmo grupo ou mantidas sob controle de pessoas físicas ou pessoas 
jurídicas. Nesse caso, não é levada em consideração a participação 
destas no capital.
Na avaliação do investimento pelo Método de Equivalência Patrimonial, 
você deve avaliar as modificações ocorridas no patrimônio líquido da em-
Contabilidade avançada2
presa investida. Também deve considerar casos de participação pelo capital 
votante.
Entre as razões relacionadas à variação do patrimônio líquido da inves-
tida, que sofre aumento ou redução, você pode incluir os itens a seguir. 
a. A redução pode ocorrer em consequência de:
 ■ Apuração de prejuízo;
 ■ Ajustes referentes a exercícios anteriores;
 ■ Exclusão de acionistas, sócios ou associados;
 ■ Distribuição de lucros;
 ■ Ajustes referentes a avaliações patrimoniais. 
b. O aumento pode ocorrer em ocorrência de:
 ■ Apuração de lucros;
 ■ Inclusão de associados, acionistas ou sócios;
 ■ Ajuste de exercícios anteriores;
 ■ Avaliações;
 ■ Ajustes referentes a avaliações patrimoniais.
As alterações resultantes de reavaliações ou ajustes de avaliação patri-
monial precisam ser apresentadas, em ágio ou deságio, no grupo de investi-
mentos em que ocorrerá o reconhecimento.
Verifique a alocação dos investimentos no grupo do Ativo:
 � ATIVO
 � ATIVO NÃO CIRCULANTE
 � INVESTIMENTOS
 � AVALIADOS PELO MEP
 � Investimentos na empresa XY
 � Ágio de reavaliação na empresa XY
 � Ágio por ajuste de avaliação patrimonial na empresa XY
 � (-) Deságio resultante de ajuste de avaliação patrimonial na empresa 
XY
A finalidade do MEP e sua aplicação legal
Conforme você aprendeu anteriormente, o Método de Equivalência Patrimo-
nial tem por objetivo modificar o valor contábil das participações societárias 
que possuem caráter permanente e que estão apresentadas no ativo não circu-
3Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
lante da organização. Isso é feito de acordo com a redução ou o aumento do 
PL da empresa investida. Os custos referentes à aquisiçãode um investimento 
que foi avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial são ajustados de 
acordo com os lucros ou prejuízos verificados pela empresa investida. Estes 
vão ao encontro com as receitas ou despesas no resultado da empresa inves-
tidora. Os valores referentes a dividendos que foram declarados pela empresa 
investida devem ser reduzidos do investimento na empresa investidora.
Imagine que a empresa X apresentou, em seu Balanço Patrimonial de 31 
de dezembro de 2014, o seguinte valor: investimento de R$ 200.000,00 (apre-
sentado no ativo não circulante) no capital da empresa investida Y.
A empresa X possui uma participação de 30% no capital da empresa Y.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA EMPRESA Y:
CAPITAL R$ 780.000,00
RESERVA DE LUCROS R$ 190.000,00
R$ 970.000,00
Na apuração dos resultados em 31 de dezembro de 2015, a empresa X 
precisará realizar a atualização do valor correspondente ao seu investimento 
na empresa Y. Isso é uma consequência da mudança no patrimônio líquido da 
empresa Y. Desse modo, a quantia referente ao valor do investimento apresen-
tado na empresa X no ativo não circulante representará 30% do patrimônio 
líquido da empresa Y.
Para realizar a atualização do investimento, você precisa realizar o se-
guinte cálculo:
Empresa X = 30% sobre o PL de Y
Logo:
30% sobre R$ 970.000,00 = R$ 291.000,00 – valor correspondente à atua-
lização do investimento da empresa X na empresa Y. Você deve apresentar o 
valor encontrado referente à atualização no balanço patrimonial da empresa 
X.
Para apurar o valor da variação, você precisa realizar algumas etapas:
Contabilidade avançada4
Valor atualizado do investimento com percentual de 30% R$ 291.000,00
(-) Investimento inicial R$ (200.000,00)
= Correção R$ (91.000,00)
Para obter o valor de aumento ou redução que será registrado na conta em 
que o investimento é contabilizado, submetido à avaliação pelo Método de 
Equivalência Patrimonial, você deve considerar as seguintes etapas:
� Método de cálculo para atualização do valor do investimento: para 
obter esse valor, você precisa aplicar o percentual referente à partici-
pação no capital da empresa investida, usando como base o patrimônio 
líquido da empresa investida.
� Método para o cálculo de atualização: esse valor é obtido pela sub-
tração do valor de atualização do investimento do valor inicial refe-
rente ao investimento, identificado no balanço da empresa investidora.
� Processo de contabilização da receita (aumento) ou da despesa (re-
dução): a contabilização ocorre pelo lançamento de débito ou crédito 
na conta de investimentos. Serão consideradas como receita ou despesa 
no grupo Outras Receitas Operacionais, você deve registrá-lo a débito 
ou crédito em conta de Resultado Operacional.
� Lançamento (contabilização) dos dividendos recebidos: se houver 
lucro na empresa investida, quando do recebimento dos dividendos 
pela investidora no exercício seguinte em relação ao exercício anterior, 
você deve registrar o lançamento a débito na conta Banco e na conta 
Movimento. Também deve registrar crédito na conta de Investimentos.
A contabilização do MEP
Após apurar o valor referente à variação, você pode identificar o valor da 
correção. Posteriormente, pode registrar a contabilização. Considerando que 
o valor de correção encontrado foi positivo de R$ 91.000,00, o registro será
apresentado da seguinte forma:
5Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
Débito – Investimentos na empresa Y (coligada) R$91.000,00
Crédito – Receitas de Participações Societárias R$ 91.000,00
A quantia de R$ 91.000,00 representa a atualização do investimento da 
empresa X na empresa Y, obedecendo aos critérios do Método de Equiva-
lência Patrimonial.
O débito na conta investimentos resulta no aumento do saldo da conta no balanço pa-
trimonial da empresa X no período de 31 de dezembro de 2015. Isso ocasiona um mon-
tante de R$ 291.000,00, representados pelos 30% do patrimônio líquido da empresa Y.
O crédito de R$ 91.000,00 representa uma receita da participação societária. Ela deve 
ser reconhecida na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e identificada como 
Outras Receitas Operacionais.
Se a situação apresentasse prejuízo, o patrimônio líquido da empresa Y so-
freria uma redução e por consequência o registro contábil seria demonstrado 
de outra forma:
 � Débito – Despesas em participações societárias de investimentos
 � Crédito – Redução do valor investido pelo MEP
Você deve saber que o resultado de equivalência patrimonial que ocasiona alterações 
no resultado da organização, independente de ser positivo ou negativo, não deve re-
fletir nos cálculos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Você precisa considerar que, se o resultado apre-
sentasse uma receita, ela deveria ser excluída. No caso de uma despesa, ela deveria ser 
inserida para fins dos cálculos desses impostos.
Contabilidade avançada6
Os resultados não realizados e seu enfoque
A comercialização de mercadorias ou serviços pode ocorrer entre um grupo 
de empresas. Nesse caso, elas podem ser coligadas, controladoras, contro-
ladas ou ter participação em holding. Na ocorrência do processo de vendas, 
você deve excluir os valores para a execução do método de equivalência pa-
trimonial.
Na avaliação de investimentos pelos métodos de equivalência patrimonial, 
o artigo 9º da Instrução 247/1996 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
estabelece que devem ser considerados os lucros não realizados resultantes 
de negociações com a investidora ou também com as empresas coligadas e 
controladas.
Os lucros não realizados mediante a negociação poderão ocorrer nas se-
guintes situações:
 � Quando o lucro já estiver incluso no resultado de uma empresa coli-
gada e controlada, além de compensado por inserção no custo de aqui-
sição dos ativos de qualquer natureza por meio do balanço patrimonial 
da empresa investidora;
 � Quando o lucro fizer parte do resultado de uma empresa coligada e 
controlada e for compensado por meio da inserção no custo de aqui-
sição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial de outras 
empresas controladas e coligadas.
A obtenção do lucro por meio de uma empresa investidora resulta no au-
mento do seu patrimônio líquido. Ocorre que, no momento em que a empresa 
investidora realizar a aplicação do percentual referente à participação no ca-
pital da investida, com base no patrimônio líquido, acontecerá uma atuali-
zação do valor do investimento. Isso resultará em variação no lucro.
O lucro correspondente da operação entre as empresas investida e inves-
tidora representa um acréscimo no patrimônio líquido da empresa investida. 
Mas, para que esse lucro possa ser considerado para fins de aplicação do mé-
todo de equivalência patrimonial, é preciso que ocorra no momento da venda 
de estoque para terceiros. Nessa ação de venda do ativo, a modificação do pa-
trimônio líquido para fins de aplicação do MEP ocorrerá por meio da sua baixa, 
por intermédio da depreciação, amortização ou teste de recuperabilidade.
Para que você possa compreender melhor os resultados não realizados, 
observe o que estabelece a Lei 6.404/76:
7Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimen-
tos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que 
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle co-
mum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, 
de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009).
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será 
determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de 
verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na 
mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data 
do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não 
serão computados os resultados não realizados decorrentes de 
negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadasà companhia, ou por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a apli-
cação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no número 
anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada 
ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o 
número II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; so-
mente será registrada como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou con-
trolada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos 
casos deste artigo, serão computados como parte do custo de 
Contabilidade avançada8
aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas 
e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela compa-
nhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verifi-
cação previsto no número I. 
Alteração dos métodos de avaliação dos 
investimentos
Se os investimentos de uma Pessoa Jurídica passassem da avaliação pelo custo 
para a avaliação do Método de Equivalência Patrimonial de um exercício es-
pecífico, o aumento ou a redução dos investimentos teria como contrapartida:
 � O crédito ou o débito em uma conta específica de ajustes de exercícios 
anteriores no patrimônio líquido, em relação à divergência efetiva entre 
o valor de custo e o valor de investimento avaliado pelo Método de 
Equivalência Patrimonial. Isso até o período correspondente a 31 de 
dezembro do exercício imediatamente anterior àquele em que ocorreu 
a alteração do método;
 � O crédito ou o débito em conta específica de resultado, no que diz 
respeito à divergência existente entre a avaliação do investimento pelo 
Método de Equivalência Patrimonial no exercício vigente e no anterior.
Coligadas e controladas – a análise dos 
investimentos no exterior
Os resultados provenientes da avaliação de participações societárias no exte-
rior, por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial, não resultarão 
em alterações no lucro real da empresa investidora localizada no Brasil, exe-
cutando os mesmos métodos usados já aplicados em território nacional aos in-
vestimentos. Em relação aos lucros de controladas, coligadas e filiais: ficarão 
sujeitos à tributação vigente no Brasil.
A CPC 2 retrata os efeitos nas mudanças de taxas de câmbio e a conversão 
de demonstrações contábeis, aprovada pela CVM 534/08. A Instrução 247/96 
da CVM define, no artigo1º, que o investimento permanente de sociedade 
9Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
aberta em coligadas, suas equiparadas e empresas controladas situadas dentro 
e fora do país deve ser avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial. Na 
mesma instrução, o artigo 21 estabelece que a companhia de capital aberto 
que tiver participação societária permanente em empresas controladas precisa 
elaborar e publicar demonstrações contábeis consolidadas.
Entre as empresas controladas apontadas no artigo 3º estão agências, su-
cursais, filiais, escritórios ou dependências de representação no exterior. Isso 
quando os ativos e passivos não estiverem inclusos no balanço da empresa 
investidora por meio de regulamentações determinadas.
O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) é responsável pela emissão 
do Pronunciamento nº XXV. Esse documento trata sobre os investimentos societários 
no exterior e os métodos de conversão de demonstrações contábeis de outras moedas 
para reais.
Algumas organizações que possuem investimentos permanentes no exte-
rior, por meio de participação societária, buscam a resolução do tratamento 
contábil correto relativo aos investimentos. Isso ocorre em relação a:
 � Adesão do Método de Equivalência Patrimonial em empresas coli-
gadas ou controladas localizadas no exterior;
 � Consolidação das demonstrações contábeis que precisam inserir as 
empresas controladas situadas no exterior.
O ajuste desses investimentos deve ser realizado por meio do valor do 
patrimônio líquido da empresa investidora situada no Brasil. Você deve re-
conhecer a participação nos resultados das organizações localizadas no exte-
rior de acordo com a apuração, considerando o regime de competência. Caso 
a empresa investida possua uma filial em outro país, onde predominem as 
normas internacionais de contabilidade, o processo envolverá somente as-
pectos relacionados à moeda. Isso acontece porque as práticas de contabili-
dade são universais, em decorrência da adoção do processo de convergência 
das normas internacionais.
Contabilidade avançada10
Processo de contabilização de investimentos no exterior: a contabili-
zação de contas de investimento precisa obedecer aos mesmos procedimentos 
de um investimento realizado no país.
Integralização de capital: deve ser reconhecido pelo custo incorrido. 
Caso o investimento tenha sido realizado em moeda estrangeira, o custo que 
deve ser contabilizado em reais se refere ao valor efetivamente incorrido. 
Nele, a taxa de câmbio vigente no período da remessa representa as ações ou 
quotas subscritas e integralizadas.
Ações ou quotas bonificadas: as ações ou quotas que forem recebidas 
sem custos pela empresa investidora por meio de sua coligada ou controlada 
fora do Brasil não podem ter o registro em reais. Neste caso, deve ser ob-
servado o método de conversão na moeda estrangeira ajustado aos critérios 
brasileiros. A moeda funcional representa a moeda do ambiente econômico 
em que atua a empresa investidora e, por isso, deve ser realizada a conversão.
Variação cambial referente a investimentos no exterior: no fim de 
cada exercício contábil, a empresa investidora deverá realizar a atualização 
do saldo de investimento aplicado no exterior. Isso deve ser feito conforme a 
taxa de câmbio corrente no final do período em que a apropriação cambial é 
realizada no patrimônio líquido, em Ajustes de Avaliação Patrimonial.
O tratamento em relação à equivalência patrimonial: o ajuste origi-
nário da diferença entre o valor final e o contábil do investimento correspon-
derá a um ajuste em relação à conta de investimentos, assim como à conta 
específica de resultado do exercício. Você deve observar se a representação é 
de ganhos ou perdas.
MEP em diversas controladas
O CPC 18 (R2), deve ser aplicado por todas as entidades investidoras que te-
nham o controle individual ou conjunto sobre a investida, além das entidades 
que tenham influência significativa sobre a investida. A Instrução CVM 247 
(1996) expandiu a aplicação do método da equivalência patrimonial para en-
tidades que tenham diversas controladas. A referida Instrução incluiu as so-
ciedades que estejam sob controle em conjunto ( joint ventures) ou que sejam 
controladas mediante acordo de votos, independentemente do percentual de 
participação no capital votante, como entidades que devem seguir o Método 
de Equivalência Patrimonial (BRASIL, 2012).
Dessa forma, por exemplo, se a holding de um determinado conglome-
rado econômico possuir investimentos em uma controlada que detenha parti-
11Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
cipações (mesmo que não relevantes ou que não caracterizem coligação) em 
outras empresas controladas por essa holding, esses investimentos devem ser 
avaliados pelo MEP.
Se a investidora mantiver direta ou indiretamente (por meio de diversas 
controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de voto da inves-
tida, presume-se que ele tenha influência significativa na entidade investida, 
a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário.
De acordo com o CPC 18 (R2) (BRASIL, 2012, documento on-line):
A existência de influência significativa por investidor geralmente é eviden-
ciada por uma ou mais das seguintes formas: (a) representação no conselho 
de administração ou na diretoria da investida; (b) participação nos processos 
de elaboração de políticas,inclusive em decisões sobre dividendos e outras 
distribuições; (c) operações materiais entre o investidor e a investida; (d) in-
tercâmbio de diretores ou gerentes; (e) fornecimento de informação técnica 
essencial.
Relatório da Administração
No Relatório de Administração são divulgadas informações complementares 
às demonstrações contábeis. O Relatório de Administração é apresentado fora 
das demonstrações contábeis, de maneira a complementar as informações, 
com comentários da administração a respeito das principais características 
do desempenho, posição financeira e patrimonial da empresa, investimentos 
realizados; pesquisa e desenvolvimento; descrição dos negócios, reorganiza-
ções societárias, entre outros. O art. 243 da Lei nº 6404, de 15 de dezembro 
de 1976, determina que o relatório anual da administração deve relacionar os 
investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e men-
cionar as modificações ocorridas durante o exercício (BRASIL, 1976). 
Segundo o CPC 26 (R1) (2011), a entidade deve divulgar, no Relatório da 
Administração ou em notas explicativas, as políticas contábeis significativas 
que a administração fez no processo de aplicação nos julgamentos realizados 
e que têm efeito mais significativo nos montantes reconhecidos nas demons-
trações contábeis. Algumas divulgações são requeridas por outros Pronun-
ciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações Técnicas emitidos pelo 
próprio CPC, como, por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 45 (2012) - 
Divulgação de Participações em Outras Entidades, que requer que a entidade 
divulgue os julgamentos que foram feitos ao determinar se a entidade controla 
outra entidade.
Contabilidade avançada12
ALMEIDA, M. C. Contabilidade intermediária: de acordo com as novas exigências do MEC 
para o curso de Ciências Contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Diário Oficial da União, Brasília, 17 dez. 1976 (suplemento). Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso em: 2 jun. 2020.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Deliberação CVM 534/08. 2008. Disponível em: 
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/deliberacoes/anexos/0500/deli-
534consolid.pdf. Acesso em: 2 jun. 2020
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 247/96. 1996. Disponível em: http://
www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/200/inst247conso-
lid.pdf. Acesso em: 2 jun. 2020.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Lei 6404/76. Brasília, DF, 1976. Disponível em: < 
http://www.cvm.gov.br/legislacao/leis/lei6404.html>. Acesso em: 15 set. 2016
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 02 (R2) - Efeitos das mudan-
ças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis. 2010. Dispo-
nível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/
Pronunciamento?Id=9. Acesso em: 2 jun. 2020.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 18 (R2) - Investimento em coliga-
da, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto. 2012. Dispo-
nível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/
Pronunciamento?Id=49. Acesso em: 2 jun. 2020.
Leituras recomendadas
13Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 26 (R1) - Apresentação das demons-
trações contábeis. 2011. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emi-
tidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57. Acesso em: 2 jun. 2020.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 45 - Divulgação de participações 
em outras entidades. 2012. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
-Emitidos/Pronunciamentos/. Acesso em: 2 jun. 2020.
COSTA, R. N. Contabilidade avançada: uma abordagem direta e atualizada. Curitiba: In-
tersaberes, 2012.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as Sociedades 
de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MACKENZIE, B. et. al. IFRS 2012: interpretação e aplicação. Porto Alegre: Bookman, 2013.
NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 11. ed. São 
Paulo: Frase Editora, 2002.
PEREZ JUNIOR, J. H. Contabilidade avançada: texto e testes com as respostas. 7. Ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
Contabilidade avançada14
Dica do professor
O investimento é reconhecido pelo custo, e então, ajustado por meio do reconhecimento da 
participação pertencente ao investidor nas mudanças relativas aos ativos líquidos da empresa.
 
Na Dica do Professor, você irá conhecer as finalidades do MEP e os critérios necessários para a sua 
avaliação. Além de verificar o tratamento dos resultados não realizados e os investimentos de 
coligadas e controladas no exterior.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/b964d8f4bfd47d218b16d1c54cce048c
Exercícios
1) Em relação ao MEP, observe as afirmações e marque a CORRETA. 
A) O MEP representa o método de contabilização, em que o investimento é primeiramente 
reconhecido pelo custo e, então, ajustado através do reconhecimento da participação 
pertencente ao investidor.
B) O MEP visa à valorização das quantias referentes aos investimentos de coligadas e 
controladas.
C) O MEP é regulamentado pela CVM-18, que determina que ao investidor é possível realizar a 
inclusão do resultado do período à parte que lhe pertence, decorrente dos resultados gerados 
pela investida.
D) Os investimentos que são obrigados a realizar avaliação pelo MEP estão determinados na Lei 
no 248 do art. 6.404/76.
E) Mediante a avaliação de investimentos pelo MEP, é preciso considerar as variações que 
ocorreram no patrimônio líquido da investidora.
2) De acordo com os motivos que têm relação com a variação patrimonial da empresa 
investida, resultando no aumento ou na redução do resultado, avalie as opções e aponte a 
CORRETA. 
A) A redução pode ocorrer em consequência da inclusão de novos investimentos, novos sócios e 
acionistas.
B) A redução pode ocorrer em virtude de distribuição de debêntures.
C) Tanto o aumento quanto a redução podem ocorrer mediante ajustes referentes a avaliações 
patrimoniais.
D) O aumento do resultado pode ocorrer por intermédio da apuração do prejuízo.
E) Tanto a redução quanto o aumento podem ser gerados em virtude do ajuste referente ao 
exercício corrente.
3) 
Em relação ao MEP e às etapas necessárias para a realização da contabilização, considere a 
opção CORRETA. 
A) Para alcançar o valor correto em relação ao aumento ou à redução, que será registrado na 
conta de lucros não realizados, é preciso obedecer às etapas da avaliação do MEP.
B) Na obtenção do cálculo de atualização dos investimentos, é necessário subtrair o valor 
referente à participação no capital da empresa investida.
C) O processo de contabilização acontece mediante registro de despesa ou custo na conta de 
investimentos.
D) Quando houver lucro na empresa investidora, no recebimento de dividendos no exercício 
seguinte, com relação ao exercício anterior, deve-se realizar o lançamento a débito em banco 
conta movimento e crédito em investimentos.
E) Para obter o cálculo de atualização, é preciso subtrair o valor de atualização do investimento 
inicial, do valor de investimento constante no balanço da investidora. 
4) Em relação aos resultados não realizados e ao tratamento adequado para esse processo, 
assinale a alternativa CORRETA. 
A) A venda de produtos ou serviços não pode existir entre um grupo de empresas.
B) Dentro de um grupo de empresas, podemos considerar as controladas ou empresas com 
participação em holding e coligadas.
C) De acordo com o art. 9 da Instrução 248/1996 da CVM, os lucros não realizados devem ser 
considerados quando decorrentes de negociações com investidora ou coligadas e 
controladas.
D)Os lucros não realizados podem ocorrer quando o lucro já tiver sido excluído do resultado da 
empresa coligada e controlada e gerado por inclusão no custo de aquisição de ativos de 
qualquer natureza mediante balanço patrimonial da investida.
E) A obtenção do lucro mediante uma empresa investida tem como consequência o aumento do 
seu patrimônio líquido.
5) A partir do conteúdo referente à alteração dos métodos de avaliação dos investimentos e da 
análise de investimentos no exterior, de coligadas e controladas, avalie a alternativa 
CORRETA. 
A) Quando o investimento de uma pessoa jurídica é avaliado pelo custo e passa para MEP em 
relação a um período específico, o aumento ou a redução dos investimentos tem como 
contrapartida somente um lançamento a crédito na conta de ajustes de exercícios anteriores 
no patrimônio líquido.
B) Em relação aos resultados decorrentes de avaliação de participações societárias no exterior, 
mediante o MEP, o resultado será grandes variações do lucro real da investida situada no 
Brasil.
C) Para as empresas coligadas e controladas com investimentos no exterior, em relação aos 
prejuízos de coligadas, controladas e filiais, a tributação estrangeira deve ser a submetida.
D) A CVM é responsável pela emissão do pronunciamento que aborda os investimentos 
societários no exterior.
E) O ajuste dos investimentos precisa ser realizado através do valor do patrimônio líquido da 
empresa investidora localizada no Brasil, sendo necessário reconhecer a participação nos 
resultados das empresas situadas no exterior, de acordo com a apuração e o regime de 
competência.
Na prática
A empresa JT, controlada, vendeu um bem registrado em móveis e utensílios para a controladora 
LM pela quantia de R$ 200,00, mas o custo que o bem representou na controlada foi de R$ 60,00. 
Desconsiderando a depreciação do bem, você poderá verificar como é realizada a baixa de um bem 
referente ao lucro não realizado do ativo imobilizado.
 
Na Prática você vai conhecer os procedimentos referentes a forma como devem ser contabilizados.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Método de Equivalência Patrimonial - MEP
MEP diz respeito a uma técnica contábil utilizada nos casos em que uma empresa possui 
participação em outra empresa. Reveja os principais pontos sobre este método.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
IFRS alteração no método de equivalência patrimonial.
Neste video você verá mais sobre as alterações, e como elas permitem o uso do método da 
equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas, e aplicam-se a contabilização 
não somente para coligadas e joint ventures, mas também para controladas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Investimentos avaliados pelo método da equivalência 
patrimonial – erro na contabilização de dividendos quando 
existem lucros não realizados
Este artigo trata sobre as práticas de contabilização.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.mega.com.br/blog/aprenda-tudo-sobre-metodo-de-equivalencia-patrimonial-mep-5781/
https://www.youtube.com/embed/4jT94Bgh0KE?rel=0
https://www.scielo.br/j/rcf/a/FVkcg3ZL9YGGj4fCrBjFB5y/?format=pdf&lang=pt
Avaliação dos investimentos mediante o 
Método de Equivalência Patrimonial 
(MEP)
Apresentação
Através do Método de Equivalência Patrimonial (MEP), os investimentos permanentes são 
avaliados em decorrência da modificação do patrimônio líquido das empresas investidas, 
permanecendo, assim, os valores das aplicações correspondentes ao percentual de participação que 
a empresa investidora tem nas empresas investidas. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre as diferenças entre as sociedades 
coligadas e as sociedades controladas e os tipos de controles existentes nesses modelos 
empresariais, além dos rendimentos resultantes das participações societárias.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o processo de avaliação dos investimentos.•
Identificar as diferenças entre as entidades coligadas e controladas.•
Analisar os rendimentos resultantes das participações societárias.•
Desafio
A empresa Veritas apresentou seu balanço patrimonial em 31/12/20X0, tendo investimento no 
grupo ativo não circulante com o valor de R$ 120.000,00 no capital da entidade Guarujá. Nessa 
situação, a empresa Guarujá tinha um Patrimônio líquido de R$ 300.000,00. A Veritas tem 40% de 
participação do capital da empresa Guarujá, o que representa uma empresa coligada.
Se a empresa GUARUJÁ tivesse apurado em 31/12/20X1 um lucro líquido ajustado de R$ 
400.000,00, o qual foi destinado a Reservas de lucros. Posteriormente, R$ 200.00,00 da Reserva de 
lucros foram distribuídos em dividendos aos acionistas.
 
Após a apuração dos resultados em 31/12/20X1, a empresa investidora precisará fazer a 
atualização do seu investimento devido à alteração no patrimônio líquido da empresa Guarujá. 
Você é o contador responsável pela empresa Veritas e, com a apresentação dos dados em 
31/12/20X1, você deverá realizar os seguintes cálculos e lançamentos contábeis decorrentes do 
investimento em participação societária:
- Composição do saldo do Patrimônio Líquido da empresa Guarujá. 
- Atualização do investimento em participação societária da empresa Veritas na empresa Guarujá. 
- Cálculo dos dividendos a receber na empresa Veritas.
Após encontrar esses valores, apresente a fração correspondente à variação do investimento em 
participação societária da empresa Veritas e a sua contabilização. Considere que a investida 
distribui os dividendos e que estes devem ser contabilizados na investidora. 
 
A partir desta informação, apresente também a parcela que representa os dividendos distribuídos 
que pertencem à Veritas e sua contabilização.
Infográfico
A participação societária é a representação percentual do capital (direito de propriedade) que o 
sócio possui de determinada empresa. Esta divisão é relevante para a estrutura de qualquer 
organização.
 
No Infográfico a seguir você aprenderá sobre a classificação das participações societárias e os 
critérios de avaliação do MEP.
Conteúdo do livro
As participações societárias representam aplicações de recursos de uma empresa investidora, que 
adquire ações ou quotas de outra organização, denominada investida. As participações societárias 
têm classificações e métodos de avaliação. 
No capítulo Avaliação dos Investimentos mediante o Método de Equivalência Patrimonial, base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender sobre a categorização das participações 
societárias e os rendimentos resultantes de participações societárias.
Boa leitura.
Avaliação dos investimentos 
mediante MEP – Método de 
Equivalência Patrimonial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer o processo de avaliação dos investimentos.
 � Identificar as diferenças entre as entidades coligadas e contro-
ladas.
 � Analisar os rendimentos resultantes das participações societárias.
Introdução
Através do Método de Equivalência Patrimonial (MEP), os investimen-
tos permanentes são avaliados em decorrência da modificação 
do patrimônio líquido  das empresas investidas, permanecendo, 
assim, os valores das aplicações correspondentes ao percentual de 
participação que a empresa investidora tem nas empresas investidas.
Neste texto, você vai estudar sobre as diferenças entre as socie-
dades coligadas e as sociedades controladas e os tipos de controles 
existentes nesses modelos empresariais, além dos rendimentos resul-
tantes das participações societárias.
Categorização das participações societárias
As participações societárias representam a aplicação de recursos. Essa apli-
cação garante a uma empresa específica,denominada investidora, a aquisição 
de ações pertencentes à organização investida. Se a empresa investidora e a 
investida possuírem as mesmas finalidades em relação aos rendimentos re-
sultantes da venda de participações, as duas devem ser consideradas instru-
mentos financeiros. Você pode classificar as participações societárias em:
 � Coligadas;
 � Controladas;
 � Outras participações.
Contabilidade_Avancada.indb 47 19/09/16 15:02
A categorização dependerá de algumas condições, como a atuação da or-
ganização investidora sobre a investida e a parcela correspondente de ações 
ou quotas. Ou seja, um fator ao qual você deve estar atento é a quantia que a 
investidora possui em relação ao capital da empresa investida.
A legislação que regulamenta a classificação das participações societárias 
ocorre por meio da Lei 6.404/76 e da Instrução CVM 247/96. Elas atuam em 
concordância com o CPC 18, que aborda o investimento em coligada e em 
controlada.
As participações societárias visam assegurar atividades complementares. 
Elas também têm o objetivo de garantir o atendimento dos serviços e o forne-
cimento de matéria-prima. Além disso, procuram ampliar sua participação no 
mercado e conservar o cliente.
Os investimentos aplicados por meio de ações ou quotas podem ter outras 
finalidades, e você pode classificá-los como:
 � Participações voluntárias de natureza especulativa: possuem como 
finalidade os rendimentos gerados mediante valorização e negociação. 
Essas aplicações são realizadas na Bolsa, porém a organização poderá 
mantê-las de forma permanente por meio de ações. Assim, elas podem 
ser comercializadas visando resultados lucrativos. Nesse caso, você 
pode dizer que existe um investimento temporário.
 � Participações voluntárias executadas para obtenção de aumento 
ou acréscimo das operações da organização investidora: podem ser 
efetivadas para diversificar as atividades ou usadas como estratégia 
operacional. Na situação apresentada, você não deve esperar o retorno 
da aplicação das ações no mercado. Deve, contudo, esperar que elas 
tragam rendimento de outra forma, ou seja, pela produção das ativi-
dades da organização investida. 
 � Participações compulsórias: são oriundas de aplicações de incen-
tivos fiscais. Porém, o surgimento dessas aplicações poderá ocorrer 
por meio de diversos interesses econômicos. Esse tipo de participação 
não costuma apresentar particularidades permanentes. Como exemplo 
de participações compulsórias, você pode citar ações de empresas te-
lefônicas.
A Lei 6.404/76 indica que os direitos precisam ser evidenciados no reali-
zável no longo prazo e posteriormente no circulante, quando concretizados 
Contabilidade avançada48
Contabilidade_Avancada.indb 48 19/09/16 15:02
no exercício seguinte. Entre esses direitos, você deve considerar também as 
participações societárias realizáveis na conclusão do exercício seguinte.
Processo de avaliação das participações 
societárias
Você pode dividir os investimentos em temporários e permanentes:
 � Temporários: são avaliados pelo custo de aquisição.
 � Permanentes: são avaliados pelos dois métodos, ou seja, pelo custo de 
aquisição ou ainda pelo método de equivalência patrimonial.
 � Método de custo: por meio desse procedimento, são avaliados os in-
vestimentos temporários. As formas de registro contábil ocorrem pelo 
seu valor de aquisição.
 � Método de Equivalência Patrimonial (MEP): a adesão ao método 
de equivalência patrimonial é prerrogativa. Ela é exigida para as or-
ganizações inseridas na determinação da lei. Com isso, as entidades 
devem verificar, de acordo com a sua natureza, as regras definidas 
pela Lei da Sociedade Anônima, pela Comissão de Valores Mobiliá-
rios (companhias abertas), pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, 
pela legislação tributária e pelo Banco Central do Brasil (instituições 
financeiras). 
De acordo com Perez (2010), o MEP tem por finalidade avaliar as partici-
pações pelo valor equivalente à aplicação realizada. Isso é feito de acordo com 
a porcentagem de participação do capital social em relação ao patrimônio lí-
quido da empresa investida em determinado período. A fundamentação desse 
método é que a riqueza empresarial é evidenciada no patrimônio líquido da 
empresa avaliada.
O artigo 248 da Lei 6.404/76 exige que os investimentos considerados relevantes e 
influentes, que tenham sido realizados pelas organizações coligadas ou controladas, 
tenham avaliação realizada pelo MEP.
49Avaliação dos investimentos mediante MEP – Método de Equivalência Patrimonial
Contabilidade_Avancada.indb 49 19/09/16 15:02
As sociedades listadas a seguir estão obrigadas no procedimento de avaliação 
de investimentos por meio do valor de patrimônio líquido. Você deve incluir 
aí sociedades anônimas ou não que possuam participações societárias consi-
deradas essenciais.
 � Sociedades coligadas em que a empresa investidora tenha parte do con-
trole;
 � Sociedades controladas;
 � Sociedades coligadas em que a empresa investidora tenha participação 
de 20% ou mais no capital social.
A Tabela 1 mostra um roteiro que vai ajudar você a entender melhor a 
definição da avaliação referente à equivalência patrimonial:
Fonte: Ribeiro (2005).
Empresa 
investida
Resposta Método de 
avaliação
Por quê?
Controlada 50% 
ou mais do 
capital votante
Sim
Equivalência 
patrimonial
Se for empresa con-
trolada, não há ne-
cessidade de verificar 
outros critérios.
Não Indeterminado
Necessidade de analisar 
se a empresa é coligada.
Coligada 20% do 
capital votante 
ou influência na 
administração
Sim
Equivalência 
patrimonial
Se a empresa for 
coligada, não há 
necessidade de veri-
ficar outros critérios.
Não
Custo histórico 
de aquisição
Se a empresa não 
for coligada nem 
controlada, a ava-
liação ocorrerá pelo 
método de custo.
Tabela 1.
Contabilidade avançada50
Contabilidade_Avancada.indb 50 19/09/16 15:02
A divergência entre entidades coligadas e 
controladas
As sociedades denominadas controladoras consistem nas entidades que são investi-
doras. Ou seja: são aquelas que possuem mais de 50% do capital votante da empresa 
investida ou chamada de controlada. 
O controle pode ocorrer de modo direto ou não. A controladora é titular 
dos direitos dos sócios que garantem sua permanência. Também é titular do 
domínio para escolher a maioria dos administradores.
 � Controle direto: ocorre quando a organização investidora detém re-
gistrado em seu nome 50% ou mais do capital votante da empresa in-
vestida.
 � Controle indireto: nesse caso, a empresa investidora possui o controle 
de uma empresa por meio de outra. No controle indireto, a outra em-
presa também é controlada pela investidora.
 � Controle conjunto: ocorre quando dois investidores possuem o mesmo 
valor de ações. Ou seja: ambos possuem 50% das ações e nenhum pode 
decidir de forma isolada, mas sim em comum acordo.
 � Controle compartilhado: nesse caso, nenhum dos sócios possui mais 
que 50% do capital votante. Dessa forma, é feita a composição de um 
grupo de acionistas que atinjam mais que 50% do capital votante. O ob-
jetivo é que possam estabelecer e assinar um acordo referente à escolha 
de todos os investidores.
 � Controle integral: nesse tipo de controle, o montante das ações per-
tence a uma investidora e a empresa investida é controlada. Sendo 
assim, a empresa investida não pode ter sido constituída como socie-
dade por quotas de responsabilidade limitada, já que nesse modelo pre-
cisaria ter dois sócios representantes.
Na Figura 1, você pode visualizar o processo de controle indireto. Nele, a 
empresa X (investidora) possui o controle indireto da empresa Y, por meio 
do controle direto que a empresa X possui sobre a empresa Z.
51Avaliação dos investimentos mediante MEP – Método de Equivalência Patrimonial
Contabilidade_Avancada.indb 51 19/09/16 15:02
Figura 1. Processo de controle indireto.
Fonte: Neves (2002).
EMPRESA X
INVESTIDORA
CONTROLADORA
CONTROLADA 
DE FORMA 
DIRETAEMPRESA Y
CONTROLADA 
DE FORMA 
INDIRETA
EMPRESA Z
Na Figura 2, você pode verificar um esquema demonstrando a empresa in-
vestida composta pelo capital social e pelo patrimônio líquido. Eles estão alo-
cados no passivo da organização. Já a investidora apresenta na sua estrutura 
as participações societárias que devem ser apresentadas no ativo da empresa.
Figura 2. Empresa investida e empresa investidora.
Fonte: Neves (2002).
INVESTIDA
(CAPITAL)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIDORA
(PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS)
ATIVO
Na sociedade coligada, a empresa investidora poderá participar com um 
valor 10% ou mais referente ao capital social da empresa investida. Essa par-
ticipação ocorre sem que exista o controle.
Segundo Neves (2002), na coligação não há coligação indireta. Ela é sempre direta. Se 
a empresa investidora for proprietária de mais de 50% do capital da investida, surgirá o 
controle que possui um domínio maior que a coligação.
Em relação à relevância, um investimento aplicado em uma empresa co-
ligada ou controlada será considerado relevante quando o seu valor isolado 
for maior ou igual a 10% do patrimônio líquido da empresa investidora. Ele 
também será relevante quando o montante dos investimentos realizados em 
Contabilidade avançada52
Contabilidade_Avancada.indb 52 19/09/16 15:02
coligadas ou controladas em relação ao seu total for maior ou igual a 15% do 
patrimônio líquido da empresa investidora.
Os investimentos serão influentes quando a empresa investidora possuir 
influência sobre a empresa coligada. A investidora deverá nomear um admi-
nistrador da empresa investida. 
Os investimentos serão considerados influentes em sociedade coligada e em empresa 
controlada que tenham participação de 20% ou mais sobre o capital social.
Rendimentos resultantes de participações 
societárias
No cálculo referente a dividendos e aplicação de equivalência patrimonial, 
você deve desenvolver primeiramente os percentuais relacionados à distri-
buição dos dividendos por meio da organização. A distribuição deve ter como 
embasamento o que foi acordado no estatuto social, por meio das assembleias 
gerais ou extraordinárias realizadas na entidade. Você deve estar atento à in-
formação de que 5% do lucro deve continuar na organização por meio de 
reserva legal. Esse valor não pode exceder 20% referente ao capital social.
A reserva legal e outras reservas estatutárias estão previstas no estatuto 
social com o intuito de capitalização. Você pode considerar como exemplo a 
reserva de lucros a realizar, em que o lucro é adquirido, mas será revertido 
para a organização somente no próximo exercício. Existe também a possibili-
dade de determinar a reserva de contingências. Ela tem a finalidade de arcar 
com possíveis multas ou situações circunstanciais.
A Lei 6.404/76 define que, na inexistência de qualquer determinação em 
relação ao percentual de dividendos, o dividendo mínimo obrigatório deve ser 
calculado. O cálculo corresponde a 50% sobre o lucro líquido ajustado.
53Avaliação dos investimentos mediante MEP – Método de Equivalência Patrimonial
Contabilidade_Avancada.indb 53 19/09/16 15:02
Observe como ocorre a forma de cálculo do dividendo:
Lucro R$ 800.000,00
(-) Reservas R$ 90.000,00
= Lucro líquido ajustado R$ 720.000,00 X 50% = R$ 355.000,00
O resultado para dividendo no cálculo demons-
trado é 50% do lucro líquido ajustado.
Na Figura 3, você pode visualizar como é calculado o dividendo sobre o 
lucro líquido ajustado:
Fonte: Costa (2012).
CONTA SALDO
LUCRO
(-) RESERVA LEGAL 5%
(-) RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
(-) RESERVA DE CONTINGÊNCIAS
LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO
50% LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO
DIVIDENDO OBRIGATÓRIO
R$ 800.000,00
(R$ 40.000,00)
(R$ 20.000,00)
(R$ 30.000,00)
R$ 710.000,00
R$ 355.000,00
R$ 355.000,00
Figura 3. Cálculo do dividendo sobre o lucro líquido ajustado.
Contabilidade avançada54
Contabilidade_Avancada.indb 54 19/09/16 15:02
COSTA, R. N. Contabilidade avançada: uma abordagem direta e atualizada. Curitiba: In-
tersaberes, 2012.
NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 11. ed. São 
Paulo: Frase Editora, 2002.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada. São Paulo: Saraiva, 2005.
Leituras recomendadas
PEREZ JUNIOR, J. H. Contabilidade avançada: texto e testes com as respostas. 7. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL DA CONTABILIDADE. Equivalência patrimonial. Disponível em: <http://www.por-
taldecontabilidade.com.br/guia/equivalenciapatrimonial.htm>. Acesso em: 03 ago. 2016.
57Avaliação dos investimentos mediante MEP – Método de Equivalência Patrimonial
Contabilidade_Avancada.indb 57 19/09/16 15:02
Conteúdo:
Dica do professor
O Método de Custo e o Método de Equivalência Patrimonial são essenciais para definir os critérios 
de avaliação das participações societárias.
 
Na Dica do Professor, você irá conhecer a aplicabilidade destes métodos na avaliação das 
participações.
 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/dcb5d3dfef409b309b2dec69b07c52ec
Exercícios
1) Os investimentos em participações societárias se referem à aplicação de recursos que geram 
expectativas de recebimentos futuros. Em relação aos investimentos em participações 
societárias, escolha a alternativa CORRETA.
A) A divisão dos investimentos que avalia somente pelo método de equivalência patrimonial é a 
permanente.
B) O investimento temporário usa a avaliação pelo método de equivalência patrimonial.
C) Para que a avaliação de investimentos ocorra pelo método de avaliação patrimonial, é 
necessário que a empresa esteja enquadrada nas determinações da lei.
D) As empresas que estão obrigadas à avaliação de investimentos por intermédio do valor do 
patrimônio líquido são as sociedades limitadas com participação societária declarada como 
essencial.
E) De acordo com o art. 238 da Lei no 6.404/76, é exigido que os investimentos sejam 
considerados relevantes e influentes.
2) De acordo com as participações societárias, aponte a alternativa CORRETA.
A) A aquisição de participações societárias garantem à empresa investida a aquisição de ações 
da empresa investidora.
B) Se a investidora e a investida tiverem os mesmos objetivos em relação às vendas de 
participações, as duas podem ser consideradas como instrumentos contábeis.
C) As participações societárias são classificadas em coligadas, controladas e outras participações.
D) A classificação das participações societárias dependerá de exigências, como a atuação da 
investida sobre a investidora.
E) A legislação que regula a classificação das participações societárias ocorre através da Lei no 
6.404/76 e da Instrução CVM 237/96.
3) Os investimentos aplicados em ações ou quotas podem ter outros objetivos. Analise as 
afirmativas e marque a CORRETA.
A) As participações voluntárias executadas com o objetivo do aumento ou não das operações da 
empresa investidora podem ser efetivadas também para variar as atividades ou usadas como 
estratégia operacional.
B) Participações voluntárias de natureza especulativa têm como objetivo os rendimentos não 
gerados mediante desvalorização e negociação.
C) As participações voluntárias de natureza especulativa devem ser realizadas na Bolsa, porém, 
de forma alguma a empresa poderá mantê-las de forma permanente.
D) As aplicações de incentivos fiscais têm como resultados as participações compulsórias.
E) As participações compulsórias evidenciam de forma constante as características 
permanentes.
4) Em relação ao que foi apresentado a respeito do investimento em coligadas e controladas e 
dos critérios de avaliação das participações societárias, aponte a alternativa CORRETA.
A) O método de equivalência patrimonial tem fundamentação na riqueza empresarial e é 
demonstrado no patrimônio líquido da organização avaliada.
B) No método de equivalência patrimonial, o investimento é reconhecido pela despesa e,posteriormente, ajustado pelo reconhecimento da participação que foi atribuída ao investidor 
nas modificações dos ativos líquidos da investida.
C) No método de equivalência patrimonial, referente ao resultado do período, o investidor 
necessita excluir a parte que lhe pertence resultante da empresa controlada.
D) Com a avaliação do método de equivalência patrimonial, os resultados na empresa investida 
serão reconhecidos quando do recebimento de dividendos ou lucro.
E) Os investimentos temporários podem ser representados por bens, como títulos de créditos, 
ações, entre outros.
5) Sobre os diferentes tipos de controle, analise as opções e marque a CORRETA.
A) O controle indireto permite que a empresa investida tenha controle de uma empresa, através 
de outra.
B) No controle conjunto, os dois sócios têm 50% das ações cada, mas somente um poderá 
decidir em relação à empresa.
C) Se a organização investidora ter em seu nome registrado 50% ou mais do capital votante da 
empresa investida, terá o controle direto da empresa.
D) O controle compartilhado ocorre quando um dos sócios tem 60% das ações do capital 
votante, mas decide em grupo de acionistas.
E) O controle integral é caracterizado pelo montante das ações que pertencem a uma empresa 
investida, em que esta é controladora.
Na prática
Na Prática você vai conhecer os procedimentos referentes a forma como devem ser contabilizados.
 
Vitória trabalha na contabilidade da empresa CELL COMP e precisa realizar alguns lançamentos no 
sistema contábil. Vamos considerar que, em 31/01 a coligada DIGI SERVICE realizou o pagamento 
no valor de R$ 120.000,00 em relação a dividendos para os acionistas. Os dividendos representam 
a divisão dos lucros de uma empresa com seus acionistas ou com a empresa controladora e devem 
ser registrados. Através dos registros, é possível analisar os rendimentos resultantes de 
participações societárias.
A funcionária precisava realizar os lançamentos referentes ao pagamento dos dividendos recebidos 
na empresa CELL COMP pela coligada DIGI SERVICE. Os seguintes lançamentos foram registrados 
no sistema contábil da CELL COMP:
Na empresa DIGI SERVICE, que representa a coligada que realizou o pagamento, o registro contábil 
pode ser evidenciado a seguir. Nesta situação, você deverá considerar somente o registro referente 
ao pagamento ou à distribuição dos dividendos:
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Investimentos permanentes avaliados pelo método de custo.
O Método de Custo é uma forma de mensuração na qual o investimento é reconhecido 
inicialmente pelo custo, sendo necessários alguns ajustes à medida que o investidor recebe as 
distribuições do resultado da investida. Neste video você verá mais sobre investimentos 
permanentes avaliados pelo método.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Investimentos permanentes avaliados pelo MEP.
Os investimentos permanentes, segundo a Lei 6.404/76, devem ser avaliados pelo custo ou 
método da equivalência patrimonial. Neste video você poderá ver mais sobre este tema.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Contabilidade - Coligada e controlada.
Neste video você poderá acompanhar e relembrar importantes normas da contabilidade.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/R2GJRCYwYX4
https://www.youtube.com/embed/uIbh0H2XCgE
https://www.youtube.com/embed/5ByZAHi0tpQ
Investimentos avaliados pelo método da equivalência 
patrimonial – erro na contabilização de dividendos quando 
existem lucros não realizados
O artigo trata sobre as práticas contábeis quando ocorre a distribuição do lucro.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.scielo.br/j/rcf/a/FVkcg3ZL9YGGj4fCrBjFB5y/?format=pdf&lang=pt
Juros sobre o Capital Próprio
Apresentação
Juros de Capital Próprio (JCP) representa o pagamento realizado pela empresa a sócios, acionistas e 
proprietários, como retorno de investimentos aplicados na composição do capital próprio da 
organização. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a apuração da base de cálculo, o 
reconhecimento das receitas e das despesas dos juros, a aplicação dos juros sobre o capital próprio 
na economia e a realização da aplicação da taxa de juros. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer o conceito e os objetivos da remuneração de capital próprio.•
Demonstrar os cálculos dos juros sobre o capital próprio.•
Analisar a tributação aplicada nas empresas optantes pelo lucro real e pelo lucro presumido.•
Desafio
A empresa TRACTA S.A. apurou um balancete em 31 de dezembro de 2021, antes de realizar o 
pagamento Juros sobre o Capital Próprio (JCP), com os seguintes valores:
 
Considere a taxa anual de 10% referente aos Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no longo prazo, de 
acordo com a TJLP.
Antes de deduzir JCP e realizar o cálculo da provisão para o imposto de renda (IRPJ) e contribuição 
social sobre o lucro líquido (CSLL), a TRACTA S.A. tinha um lucro contábil no exercício de 2014, 
apurado em suas contas de resultado, de R$ 1.000,00.
Use como base as informações que aqui foram dadas.
- Apresente o valor referente à base de cálculo para aplicação da taxa anual dos JCP.
- Apresente o valor correspondente aos JCP que podem ser pagos e deduzidos na apuração do IRPJ 
e da CSLL para o exercício de 2014 da empresa TRACTA.
Infográfico
No infográfico, observe a finalidade e o aspecto tributário da remuneração de capital próprio, a lei 
abrangente pela capitalização dos juros de capital e o tipo de apuração pelas empresas tributadas 
pelo lucro presumido e real.
 
Conteúdo do livro
A legislação tributária que regula os juros de capital próprio é apresentada mediante instruções 
normativas, decretos, leis, atos declaratórios e deliberação da CVM. A base de cálculo considerada 
para os juros sobre o capital próprio é o patrimônio líquido da empresa, que passou por alterações 
com a Lei no 11.638/2007, na qual foram eliminadas as contas de lucros acumulados e reservas de 
reavaliação e foi adicionada a conta de ajustes de avaliação patrimonial.
Acompanhe um trecho da obra "Contabilidade avançada". Inicie a partir do tópico Aspectos 
tributários referentes à remuneração do capital próprio e finalize em Organizações com tributação 
pelo lucro real ou presumido.
Boa leitura.
CONTABILIDADE
AVANÇADA
Conteúdo:
Aline Alves
Juros sobre o capital próprio
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer o conceito e os objetivos da remuneração de capital
próprio.
 � Demonstrar os cálculos dos juros sobre o capital próprio.
 � Analisar a tributação aplicada nas empresas optantes pelo Lucro
Real e Lucro Presumido.
Introdução
Juros de Capital Próprio (JCP) representa o pagamento realizado 
pela empresa a sócios, acionistas e proprietários, como retorno de 
investimentos aplicados na composição do capital próprio da orga-
nização. Um exemplo disso é o retorno de investimentos aplicados na 
composição do capital próprio da organização.
Neste texto, você vai estudar a apuração da base de cálculo, o re-
conhecimento das receitas e das despesas dos juros, a aplicação dos 
juros sobre o capital próprio na economia e a realização da aplicação 
da taxa de juros.
Aspectos tributários referentes à remuneração 
do capital próprio
A legislação tributária que regulamenta os juros de capital próprio é apre-
sentada por meio de instruções normativas, decretos, leis, atos declaratórios, 
deliberações da CVM, entre outros.
A base de cálculo para os juros sobre o capital próprio é o Patrimônio 
Líquido da organização, que sofreu alterações com a Lei 11.638/2007. Nessas 
modificações, foramexcluídas as contas de Lucros Acumulados e Reservas de 
Reavaliação. Além disso, foi inclusa a conta de Ajustes de Avaliação Patrimo-
nial. É fundamental que você saiba que a legislação sobre os juros de capital 
Contabilidade_Avancada.indb 71 19/09/16 15:04
próprio começou a vigorar em 2009 e que a Lei 11.638/2007 propiciou às 
empresas a estabilidade da conta de Reservas de Reavaliação. Essa situação 
permaneceu até que sua eliminação fosse declarada nos termos da legislação 
antecedente e que a conta de Lucros Acumulados pudesse ser apresentada nos 
balanços trimestrais das organizações.
O patrimônio líquido serve como base de cálculo dos juros de capital próprio e está 
demonstrado no término do período antecedente ao da remuneração. Caso uma em-
presa opte pelo lucro real anual, ela precisará reconhecer o patrimônio líquido apresen-
tado no último exercício. Porém, se estiver enquadrada no lucro real trimestral, deverá 
considerar o patrimônio líquido existente no último trimestre.
A base dos juros sobre o capital próprio deve considerar o montante do patri-
mônio líquido anterior à apuração do resultado do exercício. Da base de cál-
culo, você deve considerar o valor referente ao Lucro Líquido que tenha sido 
apurado em exercício findo. Para isso, deve levar em conta a base trimestral 
ou anual na qual os juros estiverem sendo remunerados.
O artigo 178 da Lei 6.404/76, mediante a Medida Provisória 449/2008, que 
foi alterada para a Lei 11.941/2009, determina que o patrimônio líquido tenha 
sua apuração realizada por meio do seguinte:
� (+) Capital subscrito
� (–) Capital a realizar
� (+) Reservas de capital
� (+) Reservas de lucros
� (+) ou (–) ajuste de avaliação patrimonial
� (–) Ações em tesouraria
� (–) Prejuízos acumulados
� (=) Total do PL
Contabilidade avançada72
Contabilidade_Avancada.indb 72 19/09/16 15:04
Mesmo que a lei permita o uso da conta de Reservas de Reavaliação por algum período, 
você deve excluir o seu saldo do patrimônio líquido para fins de base de cálculo dos 
juros de capital próprio. O mesmo ocorre com a conta de Ajustes de Avaliação Patrimo-
nial. Ela deve ter seu saldo eliminado para que você obtenha a base de cálculo correta. 
No entanto, você deve inserir algumas contas na base de cálculo, se foram incorpo-
radas ao lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido.
As contas que devem ser inclusas nessa situação são representadas por:
 � O total das reservas de reavaliação de bens ou direitos;
 � Conforme o artigo 460 do RIR/99, o total das reservas especiais;
 � A reserva de reavaliação referente à fração ainda não realizada. A re-
serva de reavaliação criada em contrapartida do aumento correspon-
dente ao valor dos bens imóveis dispostos no ativo imobilizado, de 
acordo com a sua capitalização nos artigos 436 e 437 do RIR/99. 
É importante entender o vínculo da remuneração de juros de capital pró-
prio com tributos e taxas. A Lei 9.365/1996 instaurou a Taxa de Juros de 
Longo Prazo (TJLP), que deve ser aplicada como índice na execução da re-
muneração do capital próprio. A Lei 10.183/2001 estima que a TJLP tem sua 
vigência correspondente a um trimestre. Seu cálculo é realizado pela intenção 
da inflação com embasamento nas metas determinadas ao ano pelo Conselho 
Monetário Nacional e pelo prêmio de risco.
A TJLP representa uma taxa calculada ao ano e pode ser calculada mensalmente, me-
diante a divisão da TJLP anual pelo montante de meses do ano.
A TJLP poderá sofre alterações na sua base de cálculo. Essa variação pode 
ser resultante de aumento ou redução do capital. Ela também pode resultar 
73Juros sobre o capital próprio
Contabilidade_Avancada.indb 73 19/09/16 15:04
de situações em que as atividades da empresa não tenham início ou encerra-
mento de acordo com o exercício social ou trimestre.
Em relação ao limite de dedutibilidade da remuneração do capital pró-
prio, algumas regras foram determinadas pela legislação tributária. A quantia 
correspondente ao pagamento de juros não deverá ultrapassar, como despesa 
financeira dedutível, os limites previstos. Isso visa a estabelecer o valor do 
lucro real e a base para a contribuição social calculada sobre o lucro.
O contribuinte pode escolher o valor que representar o maior limite:
 � 50% do lucro líquido que representar o período base em relação ao 
pagamento dos juros, antecedendo a provisão do imposto de renda e a 
dedução dos juros;
 � 50% referente aos saldos dos lucros acumulados e de reserva de lucros.
Conceito e finalidade da remuneração do 
capital próprio
O ônus financeiro sobre as contas do patrimônio líquido da empresa é sepa-
rado dentro do passivo e destinado ao passivo não circulante, denominado de 
remuneração do capital próprio.
Quando uma empresa necessita adquirir materiais de seus fornecedores e não possui 
condições de pagar à vista, os fornecedores podem oferecer a condição a prazo. Assim, 
a empresa poderá parcelar e ganhará tempo. Porém, os fornecedores poderão inserir 
juros nessa condição de pagamento. Os juros cobrados são considerados como ônus 
financeiro da empresa nessa situação.
A empresa precisa ter um planejamento tributário que inclua as melhores 
opções, buscando uma economia financeira favorável às suas condições. 
A remuneração do capital próprio em conformidade com a legislação pro-
porciona uma economia tributária para a empresa, propiciando vantagens e 
não oferecendo riscos. As vantagens podem ser usadas na operação da organi-
zação ou no recebimento dos dividendos. Porém, a tributação que resulta dos 
Contabilidade avançada74
Contabilidade_Avancada.indb 74 19/09/16 15:04
juros de capital próprio é inferior à que é calculada em relação aos dividendos 
posteriores ao ajuste do lucro.
Os juros sobre o capital próprio representam uma quantia paga pela orga-
nização aos acionistas, proprietários ou sócios. Isso ocorre mediante remune-
ração do investimento aplicado por eles na constituição do capital social da 
empresa. Os rendimentos recebidos pelo retorno dos investimentos aplicados 
no capital social são denominados dividendos. Eles são originados da apu-
ração de lucros no encerramento de cada período. Os períodos podem ser 
mensais, trimestrais, semestrais ou anuais. 
Os juros sobre capital próprio são considerados facultativos. Eles correspondem a uma 
remuneração extra aos titulares, sócios e acionistas, que também recebem das organi-
zações o valor correspondente à participação nos lucros. A legislação determina que os 
dividendos obrigatórios podem ser substituídos pelos juros.
Capitalização dos juros de capital próprio
A Lei 9.249/1995 possibilitou que os juros sobre o capital próprio pudessem 
ser integralizados no capital social da empresa, ou ainda que pertencessem à 
reserva de capital. Isso assegurou a sua dedução para fins do lucro. Essa tran-
sação é permitida desde que o pagamento do imposto direto na fonte seja de 
responsabilidade da pessoa jurídica. Outro critério é que ele seja direcionado 
ao capital social pelo valor líquido. Aqui, você deve considerar que isso ocor-
reria no momento da integralização. 
A Lei 9.430/1996 revogou esse dispositivo. Ela fez com que as despesas fi-
nanceiras destinadas ao capital social fossem consideradas indedutíveis para 
fins de contribuição social e imposto de renda para as empresas optantes do 
lucro real. 
De acordo com Costa (2012), é preciso analisar os métodos e conceitos 
definidos pelas normas internacionais. Isso ocorre porque, antes da adesão às 
normas, era exigida a eliminação da reserva de reavaliação da base de cálculo, 
além da existência da reserva de lucros e dos lucros acumulados.
A quantia que corresponder a juros pagos ou creditados e for referente à 
remuneração de capital próprio poderá ser atribuída ao valor correspondente 
75Juros sobre o capital próprio
Contabilidade_Avancada.indb 75 19/09/16 15:04
aos dividendos. Assim, não há prejuízo em relação ao pagamento de imposto 
de renda na fonte eà dedução dos juros oriundos na base de cálculo para IRPJ 
e CSLL (NEVES; VICECONTI, 2007).
A variação do patrimônio líquido pode ocorrer em decorrência da incor-
poração do resultado do exercício anterior. Ela ainda pode corresponder à 
integralização ou retirada de capital. Quando essas alterações no patrimônio 
líquido da pessoa jurídica ocorrerem e esta estiver realizando o crédito em 
relação aos juros de capital próprio aos seus investidores, você precisa consi-
derar a base na alteração pro rata da TJLP, ou seja, por dia. 
Os métodos de cálculo de juros pro rata podem ser exponencial e linear. A legislação 
não exige que as organizações escolham ou um ou outro.
Receitas e despesas decorrentes de juros
Para fins dedutivos do lucro real e na base de cálculo da contribuição so-
cial sobre o lucro líquido, os valores referentes aos juros pagos ou creditados, 
mesmo que atribuídos aos dividendos, devem ser registrados como despesas 
financeiras. A Deliberação 207, inciso VIII, definiu para a contabilização 
que, caso a companhia contabilize um pagamento como despesa financeira, 
ela precisará realizar o procedimento de reversão dos valores no registro con-
tábil. Nesse caso, o resultado do exercício estará isento desses valores.
A contabilização dos juros de capital próprio nas companhias abertas deve registrar 
suas movimentações contábeis na conta de lucros acumulados. Ou seja, sem influen-
ciar o resultado do exercício. A Deliberação 207 da CVM também define um tratamento 
diferenciado referente aos juros auferidos.
Desta forma, a CVM determina que os juros pagos ou creditados por meio 
das companhias abertas precisam ter seus registros realizados na conta de 
Contabilidade avançada76
Contabilidade_Avancada.indb 76 19/09/16 15:04
lucros acumulados. Porém, para que as deduções dos juros não venham a ser 
prejudicadas, a companhia precisa realizar o registro contábil do pagamento 
como despesa financeira, devendo fazer a reversão contábil desses valores. A 
reversão é apresentada na Figura 1.
Figura 1. Exemplo de reversão contábil. 
Fonte: Neves (2002).
EXEMPLO:
LUCRO BRUTO R$ 200.000,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS, EXCETO JUROS R$(105.000,00)
(-) JURUS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (JCP) R$ (35.000,00)
(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO R$ 60.000,00
(-) IRPJ + CSLL R$ (20.400,00)
(=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DA REVERSÃO DOS JCP R$ 39.600,00
(+) REVERSÃO DOS JCP R$ 35.000,00
(+) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO R$ 74.600,00
A natureza dos juros sobre o capital próprio se manterá fazendo com que 
a contabilidade reconheça o valor no resultado do exercício. Ao fazer o reco-
nhecimento das despesas financeiras, você deve observar o regime de compe-
tência. O objetivo disso é evidenciar a real situação em relação às obrigações 
da organização, como fornecedores a pagar, dividendos, tributos, ações traba-
lhistas e tributárias, entre outras.
Para o registro das receitas financeiras, você deve observar o mesmo 
processo usado para as despesas financeiras. Porém, a divergência entre os 
valores líquidos precisa ser registrada em contas identificadas como inves-
timentos e aplicações. Os tributos retidos e contabilizados, por sua vez, pre-
cisam ser evidenciados como tributos a receber.
77Juros sobre o capital próprio
Contabilidade_Avancada.indb 77 19/09/16 15:04
Organizações com tributação pelo lucro real 
ou presumido
O Lucro Real representa o resultado correspondente ao lucro ou prejuízo 
em relação a um período determinado. Ele pode ser apurado trimestralmente 
ou anualmente, conforme opção do contribuinte. A pessoa jurídica com op-
tante pelo lucro real está obrigada à sua escrituração, observando as leis co-
merciais e fiscais e obedecendo aos princípios contábeis geralmente aceitos. 
A apuração do lucro real compreende de forma ampla a aplicação das práticas 
contábeis e tributárias. Isso é feito para a realização dos registros e a apu-
ração do lucro real, considerado a base de cálculo para o imposto de renda e 
a contribuição social sobre o lucro. A apuração do lucro real é realizada por 
meio do registro mercantil das empresas. Para ela, você deve observar alguns 
processos realizados, como:
 � Rigidez na observância e cumprimento dos princípios contábeis;
 � Elaboração das provisões devidas;
 � Escrituração contábil e fiscal;
 � Elaboração dos livros fiscais e contábeis, adicionando o registro de 
inventário e o Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur);
 � Elaboração das demonstrações contábeis da organização.
Segundo Oliveira (2011), a Lei 6.404/76 realizou a integração jurídica com 
as normas e os princípios contábeis, com os métodos de avaliação de bens, 
direitos e obrigações e com o conceito do lucro líquido do exercício.
O lucro líquido do exercício é compreendido pela soma de lucro opera-
cional, resultados não operacionais e participações. Ele obedece às regras 
da legislação comercial e fiscal. Você deve entender que a disponibilidade 
econômica, também considerada real, é definida por meio do aumento do 
patrimônio empresarial registrado nas demonstrações financeiras, conforme 
a Lei 6.404/76.
O lucro real, na base real, corresponde ao lucro líquido do período. Ele 
também é chamado de lucro contábil antes do cálculo da provisão para im-
posto de renda. Considera os ajustes de adições, exclusões e compensações 
em concordância com a legislação do imposto de renda. Os ajustes precisam 
ser registrados no Lalur.
Apuração trimestral: na escolha pelo lucro real trimestral, a organização 
precisa realizar a apuração nos períodos de março, junho, setembro e de-
Contabilidade avançada78
Contabilidade_Avancada.indb 78 19/09/16 15:04
zembro. Você deve considerar sempre o último dia do mês, mas com base no 
resultado do trimestre. A apuração do resultado trimestral ocorre de acordo 
com a legislação comercial e fiscal, com base na apresentação das demons-
trações contábeis da empresa, que passa pelos ajustes de exclusões, adições e 
compensações que a lei exige.
A apuração do imposto de renda deve ser realizada conforme as alíquotas 
determinadas:
 � 15% sobre o montante da base de cálculo;
 � 10% de adicional sobre a parcela representante da base de cálculo que 
ultrapassar o limite trimestral determinado de R$ 60.000,00. Você deve 
considerar que, no início das atividades da empresa, o limite trimestral 
equivalente corresponde ao número de meses. Assim, R$ 20.000,00 
representará cada mês que a empresa executou suas atividades.
Para o imposto de renda trimestral, podem ser deduzidos:
 � Incentivos fiscais, desde que estejam dentro dos limites e normas de-
terminados na lei;
 � O imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas regis-
tradas instituídas no lucro real;
 � O valor referente ao saldo de imposto pago de períodos anteriores, de 
forma indevida ou maior.
Você deve fazer o pagamento do imposto de renda e da contribuição so-
cial a recolher com apuração trimestral em valor único no mês seguinte, sem 
acréscimo de juros. O contribuinte pode realizar o pagamento em três quotas 
mensais com adição de juros calculados pela taxa Selic, até o mês antecedente 
ao pagamento e de 1% ao mês.
Apuração anual: as empresas tributadas pelo lucro real podem realizar 
a apuração anual, mas devem fazer os pagamentos ao mês com base nas es-
timativas. Não é possível alterar a base de tributação da empresa durante o 
exercício.
Imposto mensal por estimativa: as empresas com tributação pelo lucro 
real possuem a alternativa de pagar o imposto com base em estimativas men-
sais. Assim, o lucro real é apurado anualmente, com a oportunidade de sus-
pensão ou redução do imposto embasado em balanços ou balancetes.
O Lucro Presumido representa uma possibilidade de tributação para al-
gumas organizações, com a finalidade de simplificar as atividades adminis-
79Juros sobre o capital próprio
Contabilidade_Avancada.indb 79 19/09/16 15:04
trativas das empresas. Ou seja, o objetivo é facilitar o cálculo do devido tri-
buto. As empresas optantes pelo lucropresumido não possuem a exigibilidade 
de escrituração contábil específica referente às suas receitas e despesas que 
venha a evidenciar o seu lucro real. Nesse caso, basta que a organização evi-
dencie, por meio do livro-caixa, suas receitas recebidas, que devem obedecer 
aos princípios contábeis e à legislação fiscal.
Na opção da tributação, o contribuinte não poderá realizar alterações du-
rante o ano-calendário, devendo permanecer com o mesmo método de tribu-
tação. A escolha é determinada por meio do pagamento da primeira parcela 
do imposto ou quota única, que decorrerá ao final do mês de abril para as 
empresas optantes por essa tributação. A escolha pelo lucro presumido só é 
permitida por empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços 
que tenha recebido receita bruta inferior à quantia de R$ 48.000.000,00 refe-
rente ao exercício social anterior. No caso de a empresa iniciar suas atividades 
no decorrer do exercício anterior, o valor do limite será de R$ 4.000.000,00, 
que deve ser multiplicado pelo número de meses de suas atividades.
Conheça os tipos de empresas que não podem optar pelo lucro presumido:
 � Empresas financeiras;
 � Empresas que tiveram recebimentos de lucros, rendimentos ou ganhos 
de capital com origem no exterior;
 � Empresas com benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto de 
renda, com embasamento no lucro da exploração;
 � Empresas de prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadoló-
gica e de gestão de crédito;
 � Empresas de construção, incorporação, compra e venda de imóveis que 
possuam registro orçado de custo.
A apuração e o pagamento do IRPJ e da CSLL para as empresas optantes 
pelo lucro presumido são característicos do lançamento por homologação. 
Nele, a principal particularidade corresponde em atribuir ao sujeito passivo 
a obrigação de antecipar o pagamento sem antecipar a investigação adminis-
trativa. Você deve realizar a apuração do lucro presumido ao trimestre, nos 
meses de: março, junho, setembro e dezembro, sempre considerando o último 
dia do mês, ou ainda na ocorrência da extinção da organização.
A empresa que escolhe essa apuração, definida com base na receita bruta 
e nos acréscimos recebidos ao mês, não fica impossibilitada de que a pessoa 
jurídica adotante do lucro presumido realize pagamentos mensais. Isso é feito 
Contabilidade avançada80
Contabilidade_Avancada.indb 80 19/09/16 15:04
por meio do código específico do lucro presumido no Documento de Arreca-
dação de Receitas Federais (Darf), código 2089.
Se a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido tiver parte do seu pa-
trimônio integrado decorrente de incorporação, fusão ou cisão, ela precisará 
levantar um balanço detalhado do período da ocorrência do fato. Esse balanço 
pode ser de bens e direitos avaliados pelo valor contábil ou de mercado. No 
caso de a avaliação ocorrer por valor de mercado, deverá corresponder ao 
ganho de capital e ser adicionada à base de cálculo do imposto de renda. Isso 
ocorre mesmo se não tiver sido realizado o registro dessa diferença e sua re-
dução dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão.
O cálculo para o imposto de renda sobre o lucro presumido tem por base a receita 
bruta oriunda da atividade empresarial e do resultado das receitas e dos ganhos de 
capital. O imposto de renda das organizações é decorrente do lucro. Por isso, as orga-
nizações devem prever o lucro trimestralmente mediante aplicação de percentuais de 
lucratividade prescrita pela lei.
A alíquota para cálculo do imposto de renda para optantes pelo lucro pre-
sumido é de 15% sobre a base de cálculo. Ela é representada pelo lucro pre-
sumido somado às receitas e aos ganhos de capital. Deve ser calculado 10% 
sobre a parcela da base de cálculo. Ela é representada pelo lucro presumido 
mais as receitas e ganhos de capital, que ultrapassam o limite estabelecido de 
R$ 20.000,00 pelos meses do período de apuração ou de R$ 60.000,00 quando 
o período de apuração se referir ao trimestre.
81Juros sobre o capital próprio
Contabilidade_Avancada.indb 81 19/09/16 15:04
COSTA, R. N. Contabilidade avançada: uma abordagem direta e atualizada. Curitiba: In-
tersaberes, 2012.
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Curso prático de imposto de renda: pessoa jurídica e tribu-
tos conexos, CSLL – PIS – COFINS. São Paulo: Frase, 2007.
NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 11. ed. São 
Paulo: Frase Editora, 2002.
OLIVEIRA, L. M. et al. Manual de contabilidade tributária: textos e testes com as respos-
tas.10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, M. C. Contabilidade intermediária: de acordo com as novas exigências do MEC 
para o curso de Ciências Contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária e societária para advogados. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2008.
PEREZ JUNIOR, J. H. Contabilidade avançada: texto e testes com as respostas. 7. Ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
Contabilidade avançada84
Contabilidade_Avancada.indb 84 19/09/16 15:04
 
Dica do professor
O vídeo apresenta alguns conceitos e finalidades dos juros sobre o capital próprio e os limites de 
dedutibilidade. Aborda também empresas optantes pelo lucro real e presumido. Assista para saber 
mais!
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Exercícios
1) A legislação tributária que regulamenta os juros de capital próprio é apresentada por meio 
de instruções normativas, decretos, leis, atos declaratórios, deliberações da CVM, entre 
outros. Assim, em relação aos aspectos tributários correspondentes à remuneração do 
capital próprio, avalie e aponte a alternativa correta. 
A) A base de cálculo dos juros sobre capital próprio teve mudanças com a Lei no 11.836/2007.
B) Para a base de cálculo dos juros de capital próprio, deve ser considerado o valor do lucro 
líquido que tenha sido apurado em exercício findo.
C) A base de cálculo para os juros de capital próprio é o patrimônio líquido.
D) A lei permitiu o uso das reservas de reavaliação na base de cálculo por um período e seu saldo 
somado ao patrimônio líquido.
E) A remuneração dos juros de capital próprio não deve ter ligação com taxas e tributos.
2) Quando uma empresa necessita adquirir materiais de seus fornecedores e não possui 
condições de pagar à vista, os fornecedores podem oferecer a condição a prazo. Assim, a 
empresa poderá parcelar e ganhará tempo. Os juros cobrados pelo fornecedor representam 
ônus financeiros que são destinados ao passivo não circulante da empresa. Em relação aos 
objetivos e conceitos da remuneração de capital próprio, aponte a opção correta. 
A) A remuneração de capital próprio pode gerar economia tributária para a empresa, se estiver 
em conformidade com a lei.
B) A remuneração de capital próprio pode colocar a empresa em risco e trazer desvantagens.
C) Os juros de capital próprio correspondem aos pagamentos do acionista para a empresa.
D) A tributação calculada pelos juros de capital próprio é superior à calculada em relação aos 
dividendos após o ajuste do lucro.
E) Os dividendos são originados da apuração do imposto de renda encerrado no período.
A Deliberação 683/2012 determina que os valores registrados como despesa ou como 
receita financeira no resultado do exercício sejam revertidos, de modo que o lucro líquido ou 
3) 
o prejuízo do exercício seja demonstrado sem que haja reflexos da contabilização. Conforme 
as afirmativas referentes à capitalização dos juros de capital próprio e sobre as receitas e 
despesas decorrente dos juros, aponte a alternativa correta. 
A) Através da Lei no 9.294/1995, foi possível integrar os juros de capital próprio ao capital 
social.
B) É indedutível, para apuração do lucro real, os juros sobre capitalpróprio pagos a titular, sócios 
ou acionistas.
C) O registro contábil dos juros de capital próprio nas companhias abertas deve ser realizado na 
conta de lucro bruto.
D) O reconhecimento das despesas financeiras deve observar o regime monetário escolhido pela 
empresa.
E) Para a contabilização das receitas financeiras, bem como as despesas financeiras, devem ser 
evidenciadas no resultado.
4) Lucro Real representa o resultado correspondente ao lucro ou prejuízo em relação a um 
período determinado e a empresa optante por esta apuração ficará a algumas ações 
conforme determina as normas vigentes. 
De acordo com a tributação do lucro real, podemos afirmar que: 
A) A empresa optante pelo lucro real deve obedecer aos princípios jurídicos.
B) A elaboração das provisões indevidas corresponde ao processo de apuração do lucro real 
mediante o registro mercantil das empresas.
C) O lucro real corresponde ao lucro contábil antes do cálculo da provisão de imposto de renda, 
considerando os ajustes de adições, exclusões e compensações conforme legislação.
D) Os ajustes a serem realizados pertinente a apuração do lucro real não tem a obrigatoriedade 
de registros nos livros devidos.
E) a empresa optante pela apuração do lucro real escolherá se realizará a apuração semestral ou 
anualmente.
O Lucro Presumido representa uma possibilidade de tributação para algumas organizações. 5) 
Desta forma, pertinente a esse tipo de apuração escolhidos pelas empresas assinale a 
alternativa correta: 
A) As empresas tributadas pelo lucro presumido são obrigadas à escrituração contábil referente 
às receitas e despesas que identifiquem o seu lucro.
B) As empresas que optarem pela apuração pelo lucro presumido, realizarão somente uma vez 
ao ano
C) O imposto de renda presumido das organizações deve ser apurado anualmente sobre os 
resultados da empresa.
D) O lucro presumido tem o objetivo de facilitar as atividades administrativas em relação ao 
cálculo do tributo devido.
E) As empresas que optarem pelo lucro presumido, poderão requerer a mudança de tributação 
durante o exercício financeiro.
Na prática
Célia trabalha na empresa Plus S.A. e precisa realizar um lançamento contábil referente à despesa 
financeira resultante do limite de dedução encontrado, sendo que o registro deve ser realizado em 
31/12/2021.
Verificando o cálculo, Célia visualizou duas situações de limites apresentados, consultou a 
legislação e verificou que o contribuinte tem sempre a opção pela escolha do maior valor.
Os valores referentes aos limites eram R$ 650,00 e R$ 500,00.
Conforme a legislação, deve ser aplicada a alíquota pertinente ao imposto de renda de 15% sobre 
os juros. Célia deveria realizar o cálculo do imposto de renda sobre os juros e registrar todo o 
lançamento.
 
Célia tinha conhecimento de que é permitido ao contribuinte usar o valor correspondente aos juros 
de capital próprio para aumentar o capital social da empresa, desconsiderando a outra possibilidade 
existente, de usar os juros de capital próprio para creditar sócios ou acionistas.
Seguindo orientações do seu gestor, ela realizou o lançamento conforme a transação:
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
dúvidas (com resposta !) sobre Dividendos e Juros sobre 
Capital Próprio
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brasileiro, esclarecida por especialista em investimentos.
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Juros sobre capital próprio
Interessante explicação do profissional do mercado financeiro sobre a distribuição de recursos das 
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Juros sobre Capital Próprio no Setor Elétrico Brasileiro
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IRRF – Imposto de renda retido na 
fonte
Apresentação
A regulamentação do imposto de renda é disciplinada pelo Decreto no 3.000/99, pela Lei no 
9.430/96 e pela Lei Complementar no 123/2006. O imposto é calculado mediante uma alíquota 
aplicada sobre uma base. O imposto é apurado para pessoas física e jurídica em relação a um 
período fiscal, obedecendo ao regime de competência.
 
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar os critérios usados para chegar na base de 
cálculo para a apuração do tributo e a responsabilidade das empresas sobre o imposto.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar a aplicação da alíquota para pessoas física e jurídica através da aplicação do 
percentual determinado sobre a renda para o governo.
•
Reconhecer os contribuintes do imposto de renda.•
Analisar a obrigação que corresponde à fonte pagadora.•
Desafio
A empresa Clima Bom Ltda. contratou um serviço referente a treinamento e desenvolvimento para 
seus colaboradores da empresa, e o profissional Arnaldo receberia por isso o valor bruto de R$ 
8.000,00, pago mediante Recibo de Pagamento Autônomo (RPA).
Considere que a legislação do município em que a empresa contratante está localizado, e também 
no qual Arnaldo é domiciliado, não prevê a obrigação de retenção do Imposto sobre serviços (ISS), 
sobre serviços de treinamento prestados por contribuintes inscritos na Secretaria da Fazenda do 
Município, como é o caso de Arnaldo.
A partir dos dados informados, você como responsável pela área de pagamentos da empresa deve 
elaborar o recibo de RPA para pagamento do trabalhador autônomo, apresentando a faixa em que 
se enquadra o IRRF em relação à alíquota, o valor da parcela a deduzir, o IRRF a recolher e o valor 
líquido a receber por Arnaldo.
 
Existem diversos tipos de impostos que as pessoas físicas e as pessoas jurídicas precisam recolher. 
No caso das pessoas físicas, um tipo de imposto a ser recolhido é o imposto de renda. Mas, não é a 
pessoa, o contribuinte que faz o recolhimento, é a empresa em que trabalha que desconta esse 
valor de seu empregado e faz o repasse para o governo.
 
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Infográfico
A base para a existência de um tributo é a existência do fator gerador, que em outras palavras é 
ação que reflete a ocorrência do imposto ser devido pelo contribuinte. 
O Infográfico a seguir apresenta a abrangência do Imposto de Renda na Fonte e o processo 
necessário para a dedução do imposto devido.
Conteúdo do livro
O planejamento tributário contempla identificar o processo de elisão fiscal, que é verificar o correto 
fato gerador do tributo e sua aplicação no negócio da empresa. Desta forma a empresa irá planejar 
adequadamente os compromissos tributários e um dos principais tributos que contribuem para este 
planejamento é o IRRF. 
No capítulo IRRF – Imposto de renda retido na fonte você irá aprender sobre os aspectos da base 
do recolhimento do tributo, os fatos geradores que estão incidentes ao imposto e os prazos para o 
recolhimento do imposto devido.
Boa leitura.
CONTABILIDADE
AVANÇADA
Aline Alves
Imposto de Renda Retido na 
Fonte (IRFF)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar a aplicação da alíquota para a pessoa física e a pessoa 
jurídica por meio da aplicação do percentual determinado sobre 
a renda para o Governo.
 � Reconheceros contribuintes do imposto de renda.
 � Analisar a obrigação que corresponde à fonte pagadora.
Introdução
A regulamentação do imposto de renda é disciplinada pelo Decreto 
3.000/99, pela Lei 9.430/96 e pela Lei Complementar 123/2006. 
O imposto é calculado por meio de uma alíquota aplicada sobre 
uma base. Aqui, você vai compreender que o imposto é apurado para 
pessoa física e pessoa jurídica em relação a um período, obedecendo 
ao regime de competência.
Neste texto, você também vai entender os critérios usados na ela-
boração da base de cálculo para a apuração do tributo. Além disso, 
vai compreender a responsabilidade das empresas sobre o imposto.
Compromisso de terceiros
O imposto sobre a renda é um tributo federal de competência da União. A 
cobrança desse imposto é antiga. Inicialmente, ela seguia um modelo francês 
que era considerado justo. Porém, na década de 1970, houve a alteração desse 
modelo, com o objetivo de aumentar a arrecadação.
No Brasil, anualmente surgem novas normas relativas ao imposto de renda. Isso resulta 
no melhor atendimento em relação às políticas econômicas em vigor. O objetivo é 
aumentar a arrecadação e reduzir o déficit fiscal. O imposto de renda visa a, além de 
elevar a arrecadação, alcançar a capacidade contributiva na busca pela justiça fiscal.
A fiscalização dos tributos ocorre por meio do órgão responsável, a Se-
cretaria da Receita Federal. Mas, mesmo com controle rigoroso, você deve 
observar que o volume de sonegação fiscal por meio dos recolhimentos do 
imposto sobre a renda é significativo. Nesse sentido, as pessoas jurídicas se 
destacam, pois muitas empresas descumprem a obrigatoriedade em relação ao 
pagamento do imposto.
Com isso, somente a classe assalariada assume esse compromisso com o 
relativo tributo.
Uma particularidade é o fato de que o recolhimento do imposto é obri-
gação da própria fonte pagadora. Ela deve calculá-lo e recolhê-lo.
A incidência do imposto na fonte abrange:
 � Os rendimentos do trabalho assalariado mediante pagamentos reali-
zados por pessoas físicas ou jurídicas;
 � A renda resultante do trabalho não assalariado mediante pagamento 
realizado por pessoas jurídicas;
 � Rendimentos de aluguéis e royalties pagos por pessoa jurídica;
 � Rendimentos conforme pagamento de serviços prestados entre pessoas 
jurídicas. Por exemplo: os que possuem natureza profissional, ou seja, 
serviços de corretagem, propaganda e publicidade.
A tributação do Imposto de Renda na Fonte reflete nas pessoas jurídicas 
e pessoas físicas. Você deve estar ciente de que a incidência ocorre também 
sobre os rendimentos pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos 
a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior. Isso ocorre por meio de fontes 
pagadoras localizadas no Brasil. As alíquotas aplicadas sobre os rendimentos 
são variáveis de acordo com a natureza jurídica dos rendimentos, em relação 
ao país em que a beneficiária reside e ao regime fiscal ao qual é submetida a 
pessoa jurídica domiciliada no exterior.
Contabilidade avançada2
Imposto de Renda na Fonte – Pessoa Física: a renda resultante de salário 
pago por pessoa física ou jurídica para uma pessoa física fica submetida à in-
cidência do imposto na fonte. Na incidência também devem ser considerados 
os demais rendimentos pagos por pessoa jurídica a pessoa física. A obrigato-
riedade no recolhimento do imposto pertence à fonte pagadora.
Imposto de Renda na Fonte – Pessoa Jurídica: até 03/07/94, os valores 
eram submetidos ao imposto de renda na fonte, realizando o recolhimento do 
imposto com alíquota de 3%. A partir de 04/07/94, houve alteração da legis-
lação. A alteração determinou que a alíquota passaria a corresponder a 1,5% 
em relação aos valores pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas a outras 
pessoas jurídicas, civis ou mercantis. Esse valor corresponde à prestação de 
serviços realizados, caracterizando natureza profissional.
A IN 23-86 demonstra os tipos de serviços de natureza profissional que estão 
sujeitos ao recolhimento do imposto. A lista foi adicionada ao regulamento atua-
lizado do imposto de renda, artigo 647 do Decreto 3.000 de março de 1999.
Art. 647. Estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquo-
ta de um e meio por cento, as importâncias pagas ou creditadas 
por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercan-
tis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza 
profissional (Decreto-Lei nº 2.030, de 9 de junho de 1983, art. 2º, 
Decreto-Lei nº 2.065, de 1983, art. 1º, inciso III, Lei nº 7.450, de 1985, 
art. 52, e Lei nº 9.064, de 1995, art. 6º). 
§ 1º Compreendem-se nas disposições deste artigo os serviços a 
seguir indicados:
1. administração de bens ou negócios em geral (exceto consór-
cios ou fundos mútuos para aquisição de bens);
2. advocacia;
3. análise clínica laboratorial;
4. análises técnicas;
5. arquitetura;
6. assessoria e consultoria técnica (exceto o serviço de assistência 
técnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria 
ou comércio explorado pelo prestador do serviço);
7. assistência social;
8. auditoria;
9. avaliação e perícia;
3Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF)
10. biologia e biomedicina;
11. cálculo em geral;
12. consultoria;
13. contabilidade;
14. desenho técnico;
15. economia;
16. elaboração de projetos;
17. engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e 
obras assemelhadas);
18. ensino e treinamento;
19. estatística;
20. fisioterapia;
21. fonoaudiologia;
22. geologia;
23. leilão;
24. medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de san-
gue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob orienta-
ção médica, hospital e pronto-socorro);
25. nutricionismo e dietética;
26. odontologia;
27. organização de feiras de amostras, congressos, seminários, 
simpósios e congêneres;
28. pesquisa em geral;
29. planejamento;
30. programação; (grifou-se)
31. prótese;
32. psicologia e psicanálise;
33. química;
34. radiologia e radioterapia;
35. relações públicas;
36. serviço de despachante;
37. terapêutica ocupacional;
38. tradução ou interpretação comercial;
39. urbanismo;
40. veterinária.
Contabilidade avançada4
Qualquer um dos serviços apresentados no ato normativo, quando pres-
tado por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, está enquadrado na in-
cidência do imposto. Nesse sentido, é considerada irrelevante a natureza jurí-
dica civil ou comercial e também a posição econômica da empresa prestadora 
de serviços.
Imposto de Renda na Fonte – fato gerador
O fato gerador do recolhimento do Imposto de Renda na Fonte, incidente 
sobre os rendimentos pagos pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, 
está submetido à retenção. Os códigos que representam o recolhimento do 
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) são utilizados de acordo com a 
natureza do bem ou serviço prestado.
Você precisa saber que o prazo para o recolhimento é estabelecido pela 
Lei 11.933/09 e foi modificado por ela. Esse prazo deixou de ser o último dia 
útil do primeiro decêndio do mês seguinte ao do fato gerador e passou a ser 
o último dia útil do segundo decêndio do mês seguinte ao do fato gerador. A 
modificação contempla todas as situações que envolvem o imposto de renda 
na fonte e que possuem o período de apuração mensal. Ela é aplicada desde 
outubro de 2008 e envolve:
 � Trabalhadores assalariados;
 � Trabalhadores sem vínculo empregatício;
 � Serviços prestados por pessoa jurídica (considerando também as coo-
perativas, as comissões e corretagens pagas a pessoas físicas e pessoas 
jurídicas, além de pagamento de aluguel à pessoa física). 
O fato gerador ocorre por meio de alguns critérios. Por exemplo: uma venda realizada 
no mês de maio com pagamento a prazo para o mês de junho deve ser considerada 
como receita de maio. Ou seja, pela aquisição da disponibilidade jurídica, você não 
pode considerar o mês de junho somente pelo fato de ter recebido nele todo o valor 
referente à venda. Nesse caso, você deve considerar o regime de competência.5Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF)
De acordo com o CTN, inciso I do artigo 43, a renda é definida como produto de capital, 
rendimento resultante do trabalho ou da combinação dos dois. 
Entre os produtos de capital, você pode considerar os aluguéis, os juros, os 
dividendos, entre outros. Já o rendimento oriundo de trabalho pode compre-
ender o salário para trabalhadores com vínculo empregatício, os vencimentos 
para os funcionários públicos, pró-labore para os sócios, honorários para os 
profissionais, entre outros.
A harmonização da aplicação de capital com o trabalho é considerada 
a principal característica da atividade empresarial. Isso ocorre mesmo com 
as atividades que não são consideradas vínculos empregatícios. A razão é 
que, quando são bem administradas, elas geram bom resultado econômico. 
Os proventos resultam nos acréscimos patrimoniais que não são oriundos da 
aplicação de capital, do trabalho ou da harmonização dos dois.
Por definição legal, o fato gerador é um fato periódico. Ele não resulta de 
uma única atividade em determinada data. Ou seja, é desenvolvido dentro 
do período de apuração, sendo trimestral como regra geral. Dessa forma, o 
lucro será conhecido somente no término do período de apuração. Você deve 
saber que poderão ocorrer lucros e prejuízos durante o período da apuração 
trimestral. Nesse caso, o resultado será representado pela soma dos resultados 
mensais.
A partir da Lei 9.430/96, a apuração do imposto passou a ser trimestral e 
resultou na alteração da base de cálculo. Esta passou a ser apurada somente 
no término do período.
Base de cálculo: o artigo 44 do CTN define que a base para o cálculo do 
imposto de renda na fonte é o total dos rendimentos ou dos proventos tributá-
veis do real, arbitrado ou presumido. Já para a pessoa física, o recolhimento 
do imposto ocorre pela soma do rendimento anual, deduzidos das deduções 
previstas na lei, como dependentes, despesas com assistência médica, edu-
cação, entre outras. O recolhimento mensal do imposto corresponde à anteci-
pação do valor devido calculado na declaração anual de ajuste.
Como você deve ter percebido, o fato gerador é bastante complexo. Ele 
pode ser elaborado a partir de vários fatos econômicos, sendo eles positivos 
ou negativos, o que resulta na base para o tributo.
Contabilidade avançada6
Retenção do imposto de renda
O recolhimento do imposto deve obedecer ao regime de competência por oca-
sião de cada pagamento. Na existência de mais de um pagamento realizado 
pela mesma fonte pagadora, a alíquota deve ser aplicada sobre o montante de 
pagamentos realizados à pessoa física. Isso compensa o imposto retido no 
mês vigente.
A tributação baseada no imposto de renda na fonte é bastante abrangente. 
Por consequência, serão abordadas as situações mais usuais, assim você vai 
entender de forma mais clara.
Trabalhadores portuários avulsos: a responsabilidade pelo recolhi-
mento do imposto de renda devido dos trabalhadores portuários avulsos cabe 
ao órgão gestor de mão de obra do trabalho portuário. O cálculo para apu-
ração do imposto deve considerar a tabela progressiva mensal aplicada sobre 
todo o rendimento pago ao trabalhador. Você deve desprezar a quantidade de 
empresas para as quais o trabalhador prestou serviços. O órgão gestor de mão 
de obra é responsável por conceder ao trabalhador o comprovante de recolhi-
mento e pagamento do imposto de renda na fonte. Os referidos rendimentos 
do comprovante devem ser apresentados na Declaração do Imposto de Renda 
Retido na Fonte (DIRF).
Adiantamentos de rendimentos: rendimentos pagos de forma integral no 
mesmo mês não resultam na incidência do imposto em relação aos adianta-
mentos. Na possibilidade de os rendimentos não serem pagos no mesmo mês, 
o adiantamento deverá ser submetido ao devido recolhimento. Você deve en-
tender todo valor concedido à pessoa física como adiantamento. Isso quando 
não existir expectativa em relação à cobrança de encargos financeiros, prazos 
estipulados para pagamentos e métodos, mesmo que estes sejam empréstimos.
Serviço de transporte: o imposto em relação ao pagamento da pessoa 
jurídica à pessoa física sem vínculo empregatício será recolhido da seguinte 
forma:
 � 40% sobre o valor do rendimento bruto resultante do transporte de 
cargas;
 � 60% sobre o valor do rendimento bruto oriundo do transporte de pas-
sageiros.
7Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF)
Aluguel de imóveis: a tributação aplicada ao aluguel pago pela pessoa 
jurídica à pessoa física é a mesma incidente sobre os rendimentos do trabalho. 
No aluguel, não compõem a base de cálculo:
 � Impostos, taxas e emolumentos que incidem sobre os bens que pro-
duzem os rendimentos;
 � Pagamento de aluguel por imóvel sublocado;
 � Valor referente às despesas para cobrança ou recebimento dos rendi-
mentos;
 � Despesas de condomínio.
Serviços de vigilância, limpeza, conservação e locação de mão de obra: 
também estão submetidos à retenção na fonte, mediante a alíquota de 1% em 
conformidade com o artigo 649 do RIR-99. Você deve observar que, nesse 
tipo de serviço, o tributo existe para bens imóveis (IN 34-89 e ADN 02-90).
Propaganda e publicidade: a partir de 04/07/94, sofreu alterações e 
passou à alíquota de 1,5% sobre os valores pagos ou creditados pela pessoa ju-
rídica. Para essa base de cálculo, você deve excluir os valores pagos de forma 
direta ou repassados para as empresas de rádio, televisão, cinema, jornais, 
revistas e outdoors, assim como os descontos referentes a pagamentos con-
cedidos antecipadamente. Isso está em conformidade com o artigo 651 do 
RIR-99.
Serviço de cooperativas de trabalho, associações de profissionais ou 
assemelhadas: estão sujeitos à incidência de recolhimento de 1,5% aos va-
lores pagos ou creditados por pessoa jurídica para esses tipos de serviços. O 
imposto retido pela empresa tomadora desses serviços poderá ser compen-
sado pela prestadora. Porém, para que essa compensação ocorra é necessária 
a apresentação do Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reem-
bolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP), de acordo com a Lei 
8.981/1995, artigo 64.
Empresa pagadora
Você deve considerar como fonte pagadora a pessoa física ou jurídica que re-
alizar pagamentos de rendimentos. O recolhimento devido da pessoa jurídica 
e a apresentação das informações na DIRF são realizados por meio da razão 
social e da identificação do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da 
matriz da empresa. 
Contabilidade avançada8
Os pagamentos de rendimentos à mesma pessoa física, no mesmo mês, por matriz ou 
por mais de uma filial, resulta na retenção do Imposto de Renda na Fonte. Isso é feito 
por meio de um cálculo com base no montante pago no mês.
Exercício social não pode ser entendido como ano civil. Ou seja, o período não pode 
iniciar no mês de julho e encerrar no mês de junho.
A DIRF corresponde à declaração realizada pela fonte pagadora com o 
objetivo de informar à Secretaria da Receita Federal do Brasil:
 � Os rendimentos pagos a pessoas físicas residentes no país;
 � O valor do imposto calculado sobre a renda e as contribuições retidas 
na fonte, em relação aos rendimentos pagos ou creditados para a pessoa 
física;
 � O pagamento, o crédito ou a remessa a residentes ou domiciliados no 
exterior;
 � Os valores correspondentes a pagamentos de plano de assistência à 
saúde – coletivo empresarial.
A lei que regulamenta o imposto de renda determinou, a partir do Decreto-
-lei 1.371/74, que as organizações precisam evidenciar a declaração anual cor-
respondente ao ano-calendário composto de 12 meses corridos. Para isso, elas 
devem considerar o prazo de 1º de janeiro a 31 de dezembro. A Lei das Socie-
dades por Ações define que o exercício social é compreendido pelo período 
de um ano. No encerramento do período, as organizações devem evidenciar 
as demonstrações financeiras.
A empresa responsável pelos recolhimentos do tributo deverá demonstrar 
toda informação referente ao Impostode Renda na Fonte na Declaração de 
Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF).
9Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFF)
BRASIL. IRRF – Imposto sobre a renda retida na fonte. Brasília, DF: 2015. Disponível em: 
<http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/IRRF>. Acesso em: 11 ago. 
2016.
BRASIL. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscaliza-
ção, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer 
natureza. Brasília, DF, 1999. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/de-
creto/d3000.htm>. Acesso em: 16 set. 2016.
BRASIL. Imposto sobre a renda retido na fonte – IRRF. Brasília, DF: 2014. Disponível em: 
<http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/SolucoesConsultaCosit/2014/
SCCosit2882014.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2016.
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária e societária para advogados. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2008.
OLIVEIRA, L. M. et al. Manual de contabilidade tributária: textos e testes com as respos-
tas.10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
PINTO, J. R. D. Imposto de renda, contribuições administradas pela Secretaria da Receita 
Federal e sistema simples. 21. ed. Brasília: CFC, 2013.
IUDÍCIBUS, S. Contabilidade comercial: atualizado conforme lei nº 11.638/07 e lei nº 
11.941/09. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Leituras recomendadas
Contabilidade avançada10
 
Dica do professor
Saber a diferença entre obrigação principal e obrigação acessória vai além de simplesmente 
conhecer o conceito. Apesar da obrigação principal relacionar-se com o tributo em si, desde o seu 
fato gerador até o recolhimento aos cofres do tesouro, enquanto que a obrigação acessória trata de 
formulários e documentos relacionados à ocorrência do fato gerador. Ambas as obrigações trazem 
penas e consequências na hipótese de não serem cumpridas. 
Na Dica do Professor você irá compreender sobre o fato gerador, os prazos de recolhimento e a 
aplicação do Imposto de Renda na Fonte, além das obrigações.
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Exercícios
1) Em relação à incidência do Imposto de Renda na Fonte, aponte a alternativa CORRETA. 
A) A incidência do Imposto de Renda na Fonte abrange rendimentos, e está sujeita também a 
renda através do recebimento dos valores com relação aos serviços prestados entre pessoas 
jurídicas, por exemplo, serviços de corretagem, propaganda e publicidade.
B) As alíquotas são fixas e aplicadas sobre os rendimentos, independentemente dos serviços.
C) Estão submetidos ao recolhimento do imposto os rendimentos referentes aos trabalhos 
assalariados conforme pagamento exclusivo de pessoas jurídicas.
D) Em relação ao Imposto de Renda na Fonte da pessoa física, o recolhimento do tributo é de 
responsabilidade do próprio beneficiário.
E) Fica sujeita à incidência do imposto a renda resultante do salário pago através de pessoa 
física ou jurídica para outra pessoa física.
2) É necessário o entendimento de que o fato gerador ocorre de acordo com alguns critérios 
estabelecidos. Aponte a opção CORRETA em relação às alternativas apresentadas sobre o 
Imposto de Renda na Fonte. 
A) Os códigos utilizados para o recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica são 
usados de acordo com a natureza do bem ou serviço prestado.
B) O prazo determinado para o recolhimento do imposto é estabelecido pela Lei no 11.941/11.
C) Conforme a legislação, o prazo de retenção (que antes era no último dia útil do primeiro 
decêndio do mês seguinte ao fato gerador) passou a ser o segundo dia útil do segundo 
decêndio do mês seguinte ao fato gerador.
D) A alteração em relação aos prazos do recolhimento do imposto refletiu apenas para o IR na 
fonte dos trabalhadores sem vínculo empregatício.
E) A IN 23-89 evidencia os tipos de serviços de natureza profissional sujeitos ao recolhimento 
do imposto.
3) Marque a afirmativa CORRETA em concordância com o recolhimento do Imposto de Renda. 
A) O recolhimento do Imposto de Renda na Fonte deve obedecer o regime de oportunidade.
B) A tributação com base no Imposto de Renda na Fonte é pouco abrangente, 
independentemente do tipo de contribuinte.
C) O serviço de trabalhadores portuários avulsos não sofre retenção do imposto.
D) O cálculo para apuração do imposto deve ter como base a tabela progressiva mensal aplicada 
sobre o rendimento pago ao trabalhador, independentemente da quantidade de empresas 
para as quais ele tenha prestado serviço.
E) Os valores pagos integralmente dentro do mesmo mês resultam na incidência do imposto em 
relação aos adiantamentos, quando pagos no mesmo mês.
4) Em relação à fonte pagadora do Imposto de Renda na Fonte, considere a alternativa 
CORRETA. 
A) A fonte pagadora corresponde à pessoa física ou jurídica que realizar pagamentos de 
rendimentos.
B) É de responsabilidade da fonte pagadora a apresentação referente as informações do 
Imposto de Renda na Fonte através da DINF.
C) Um dos objetivos da apresentação da declaração pela fonte pagadora é repassar as 
informações para o Conselho Regional de Contabilidade.
D) A lei que regulamenta o Imposto de Renda definiu com o Decreto-lei no 1.361/79 que as 
empresas devem demonstrar a declaração anual de acordo com o ano-calendário que 
corresponde a 12 meses, de janeiro a dezembro.
E) A Lei das Sociedades por Ações define que, ao final do exercício social, a organização deve 
apresentar as demonstrações das receitas e das despesas.
5) Com relação aos serviços incidentes ao Imposto de Renda na Fonte, indique a alternativa 
CORRETA. 
A) No serviço de transporte, o recolhimento é feito de duas formas, ou seja, 30% e 40% sobre os 
rendimentos brutos resultantes do transporte de cargas e de passageiros.
B) Na composição da base de cálculo para aluguel de imóveis, devemos considerar impostos, 
taxas e emolumentos que incidem sobre os bens de produção dos rendimentos.
C) Serviços de vigilância, limpeza, conservação e locação de mão de obra são regulamentado 
pelo art. 699 do RIR-99.
D) Os recolhimentos realizados para os serviços de publicidade e propaganda poderão ser 
compensados mediante apresentação da PERD/COMP.
E) A tributação aplicada ao aluguel pago pela pessoa jurídica à pessoa física é a mesma incidente 
sobre os rendimentos do trabalho.
Na prática
Compreender o regime de caixa e o regime de competência auxilia na tomada de decisão, pois o 
regime de caixa identifica as entradas e saídas de caixa e o regime de competência identifica as 
ações que ocorreram na empresa através das datas registradas nos documentos fiscais. 
Na Prática você vai conhecer um exemplo de uma empresa de serviços contábeis que busca colocar 
em prática este conhecimento. 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Como calcular o Imposto de Renda Retido na Fonte?
Sempre que uma empresa efetua pagamentos à pessoas físicas, deve efetuar os cálculos para a 
retenção de imposto de renda na fonte (IRRF). Saiba como fazê-los.
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Imposto de Renda 2022: Confira o passo a passo para fazer a 
declaração
O vídeo apresenta a forma como se deve declarar o IR para a Receita Federal.
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DIRF 2022 passo a passo - rendimentos do trabalho assalariado 
como preencher
IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte - Salário e adiantamento.
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Portal da Receita Federal
BRASIL. Secretaria da Receita Federal.
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http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/pagamentos-e-parcelamentos/darf-calculo-e-impressao-programa-sicalc-1

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