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UNIP - CONTABILIDADE INTERMEDIARIA

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Contabilidade Intermediária
Autores: Prof. Alexandre Saramelli
 Prof. André Fidalgo
Colaboradores: Profa. Divane Alves da Silva
 Prof. Maurício Manzalli
Professor conteudista: Alexandre Saramelli
Alexandre Saramelli nasceu na cidade de São Paulo. É contador formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie 
e mestre profissional em controladoria pela mesma universidade.
Atuou como contador nas áreas de custo e orçamento em empresas nacionais e internacionais de médio a grande 
porte e foi consultor em sistemas de controladoria da desenvolvedora alemã SAP. Atualmente, é professor adjunto 
na Universidade Paulista – UNIP, na qual é coordenador do Curso Superior Tecnológico de Gestão Financeira da UNIP 
Interativa. Além disso, também é consultor empresarial.
Como entusiasta da tecnologia da informação e de ambientes altamente informatizados, é incentivador da 
pesquisa, difusão e uso eficiente e intensivo das modernas ferramentas de gestão para a transferência de conhecimento 
e educação a distância via telecomunicações.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
S243c Saramelli, Alexandre
Contabilidade Intermediária / Alexandre Saramelli, André 
Fidalgo. – São Paulo: Editora Sol, 2018.
 76 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XIX, n. 2-134/18, ISSN 1517-9230.
1. Balanço patrimonial. 2. Ativo e passivo. 3. Demonstração do 
resultado. I. Fidalgo, André. II. Título.
CDU 657
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Geraldo Teixeira Junior
 Amanda Casale
 Marcilia Brito
Sumário
Contabilidade Intermediária
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 CONCEITO DO BALANÇO PATRIMONIAL ................................................................................................. 11
1.1 Apresentação e forma ........................................................................................................................ 11
2 COMPOSIÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL ......................................................................................... 13
3 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL, CONFORME A LEI Nº 6.404/76 .............................. 16
4 AS PROVIDÊNCIAS PARA ADEQUAÇÃO DA LEI Nº 11.638/07 ........................................................ 18
Unidade II
5 ATIVO .................................................................................................................................................................... 25
5.1 Ativo Circulante .................................................................................................................................... 26
5.1.1 Caixa e equivalentes de caixa ............................................................................................................ 27
5.1.2 Direitos ........................................................................................................................................................ 27
5.1.3 Deduções dos direitos ........................................................................................................................... 27
5.1.4 Outros direitos .......................................................................................................................................... 27
5.1.5 Estoques...................................................................................................................................................... 28
5.1.6 Despesas antecipadas ........................................................................................................................... 28
5.2 Ativo Não Circulante ........................................................................................................................... 28
5.2.1 Investimentos ........................................................................................................................................... 29
5.2.2 Imobilizado ................................................................................................................................................ 29
5.2.3 Intangível ................................................................................................................................................... 29
6 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................ 32
6.1 Passivo....................................................................................................................................................... 32
6.1.1 Circulante ................................................................................................................................................... 32
6.1.2 Passivo Não Circulante ......................................................................................................................... 34
6.2 Patrimônio Líquido .............................................................................................................................. 35
6.2.1 Capital social............................................................................................................................................. 35
6.2.2 Reservas de capital ................................................................................................................................. 36
6.2.3 Reservas de lucro .................................................................................................................................... 37
6.2.4 Prejuízos acumulados ........................................................................................................................... 38
6.2.5 Ações em tesouraria .............................................................................................................................. 39
6.3 Exemplo de um Balanço Patrimonial de empresas existentes ........................................... 40
Unidade III
7 CONCEITO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ................................... 45
7.1 Estrutura da demonstração do resultado do exercício, conforme 
Lei nº 6.404/76 .............................................................................................................................................. 45
7.2 Resumo da estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício, 
conforme Lei nº 6.404/76 ......................................................................................................................... 46
7.3 Alteração na Demonstração do Resultado do Exercício, conforme 
Lei nº 11.638/07 .........................................................................................................................................47
7.4 Funções das contas que compõem e estrutura da Demonstração do 
Resultado do Exercício ............................................................................................................................... 48
7.4.1 Receita operacional bruta ................................................................................................................... 48
7.4.2 As deduções de vendas......................................................................................................................... 48
7.4.3 Devolução e abatimento ...................................................................................................................... 48
7.4.4 Desconto comercial ............................................................................................................................... 49
7.4.5 Impostos sobre venda ........................................................................................................................... 49
7.5 Receita Líquida ...................................................................................................................................... 50
7.6 Custo dos Produtos e Serviços Vendidos .................................................................................... 50
7.7 Lucro Bruto ............................................................................................................................................. 50
7.8 O que era considerado como Despesas e Receitas Operacionais e Não 
Operacionais antes das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 ............................................................ 50
7.9 Despesas de vendas ............................................................................................................................. 51
7.10 Despesas financeiras ......................................................................................................................... 51
7.11 Receitas financeiras ........................................................................................................................... 51
7.12 Despesas gerais/administrativas .................................................................................................. 51
7.13 Contribuição social sobre o lucro ................................................................................................ 52
7.14 Provisão para Imposto de Renda................................................................................................. 52
7.15 Participações e contribuições ....................................................................................................... 52
7.16 Outras despesas operacionais ....................................................................................................... 52
7.17 Lucro Líquido do Exercício ............................................................................................................. 53
7.18 Lucro por ação .................................................................................................................................... 53
7.19 Estrutura básica da DRE segundo o CPC26 ............................................................................ 53
7.20 Exemplo da Demonstração de Resultado do Exercício de uma 
empresa existente ........................................................................................................................................ 55
8 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA) ................................................................. 56
8.1 Introdução ............................................................................................................................................... 56
8.2 Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) no CPC 26 ............................................... 56
8.3 Exemplo da Demonstração de Resultado Abrangente de uma 
empresa existente ........................................................................................................................................ 61
8.4 Notas Explicativas ................................................................................................................................ 64
8.4.1 Introdução ................................................................................................................................................. 64
8.4.2 Notas Explicativas na Lei nº 6.404/76 ............................................................................................ 64
8.4.3 Notas Explicativas no CPC 26(R1)(NBC TG 26) ........................................................................... 66
7
APRESENTAÇÃO
Antes de iniciar o estudo do livro-texto da disciplina de Contabilidade Intermediária, é 
imprescindível entender o que a Universidade espera dos professores e dos alunos quanto ao 
desenvolvimento pedagógico.
Dentro do trabalho educacional e seguindo as diretrizes curriculares nacionais, a Universidade 
Paulista – UNIP desenvolveu o PPI (Plano Pedagógico Institucional), com as principais diretrizes 
para o ensino nesta universidade. E, com base no PPI, desenvolveu-se para a área de Ciências 
Contábeis o PPC (Plano Pedagógico do Curso) com as diretrizes específicas para o curso de 
ciências contábeis. 
Por sua vez, no PPC de Ciências Contábeis (2017), desenvolveram-se os planos de ensino para cada 
disciplina. Nesse contexto, a disciplina Contabilidade Intermediária tem o seguinte propósito:
Ementa: esta disciplina trata da ordem do balanço patrimonial, da demonstração do resultado do 
exercício e da demonstração do resultado abrangente, seus grupos e definições de contas, levando em 
consideração o CPC 26, bem como a elaboração das notas explicativas.
Objetivos gerais: capacitar os estudantes a adquirir conhecimentos necessários para o 
desenvolvimento das seguintes competências: a) interpretar a importância dos grupos e subgrupos do 
balanço patrimonial; b) entender as mudanças de algumas contas, de acordo com o CPC; c) preparar o 
balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração do resultado abrangente 
e as notas explicativas, para fins de publicação.
Objetivos específicos: desenvolver com os estudantes a compreensão do balanço patrimonial, 
a demonstração do resultado do exercício, a demonstração do resultado abrangente, auxiliando 
na análise e elaboração das notas explicativas e na gerência e decisão dos conhecimentos técnicos 
para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis de acordo com a legislação 
societária vigente.
Na elaboração deste livro-texto, também foram seguidas as orientações ditadas pelo International 
Accounting Standards Board (IASB), em seu esforço de conquistar a convergência contábil internacional. 
No Brasil, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), cujo objetivo é o estudo, o preparo 
e a emissão de Pronunciamentos Técnicos Contábeis, visando a convergência da contabilidade brasileira 
aos padrões internacionais.
Para atingir esses objetivos, os autores deste trabalho optaram por expor as teorias de 
forma simples e intuitiva, com uma análise realizada diretamente na legislação, evitando assim 
tratar o assunto de forma complexa ou excessivamente detalhada, o que não é salutar para um 
material que pretende abordar o balanço patrimonial e a demonstração de resultado do exercício, 
demonstrações imprescindíveis dentro do conjunto de informações que os contadores devem 
preparar para os usuários externos e a sociedade em geral.
8
INTRODUÇÃO
Olá alunos(as),
É inevitável indagar o motivo do nome desta disciplina: Contabilidade Intermediária.
De fato, o próprio nome da disciplina diz muito sobre o que iremos estudar. Trata-se de uma 
ponte entre a teoria e a prática, conhecimentos que devem ser aplicados, pelo contador, no 
exercício de sua profissão. A teoria e prática são complementares, pois a teoria só terá valor se 
puder ser aplicada na prática e a prática só terá valor se apoiada pela teoria e não exclusivamente 
por normas e regras. Trabalhandoem seu próprio escritório ou exercendo diversas funções em 
empresas privadas, ao contabilizar as operações utilizando o método das partidas dobradas, o 
contador tem a responsabilidade de preparar informações sobre a situação econômica e financeira 
da empresa para divulgá-las à sociedade.
 Observação
A aplicação das partidas dobradas também é conhecida pelo nome de 
“escrituração contábil” em português ou Bookeeping em inglês.
Dentre as demonstrações contábeis, é imprescindível o conhecimento do Balanço Patrimonial, 
da Demonstração do Resultado do Exercício, da Demonstração do Resultado Abrangente e das 
Notas Explicativas, que são o alvo do estudo deste livro-texto. Mais do que um simples relatório, as 
demonstrações contábeis são um meio de comunicação importante com a sociedade. Não são apenas 
uma materialização do trabalho do contador, mas demonstrações que mostram com fidelidade a 
própria empresa.
Não por acaso, as demonstrações contábeis são tratadas por muitos profissionais (inclusive que 
não trabalham com contabilidade) como importantes peças de publicidade. Por exemplo, entende-se 
atualmente que de nada adianta o melhor publicitário, devidamente amparado pela melhor equipe de 
pesquisa e criação, divulgar uma mensagem para a sociedade da forma criativa e com um cuidado estético 
e artístico o mais atraente possível, se essa mesma informação for desmentida pelas demonstrações 
contábeis. Da mesma forma, artistas, esportistas ou pessoas conhecidas na sociedade que aceitarem 
vincular seus nomes e imagens a algum esforço comercial podem ser prejudicados se o que for solicitado 
a eles comentarem não corresponder ao que está nas demonstrações contábeis.
Esse aspecto, dentro da teoria contábil, não é uma novidade. Sá (2004), comentou que o patrono 
da contabilidade, o Frei Luca Pacioli costumava usar a frase: ragio spessa amista longa, ou seja, quanto 
mais frequentemente as demonstrações contábeis forem publicadas (e forem publicadas evidentemente 
corretamente!), mais amigos se atrairá.
No mercado financeiro em geral, as demonstrações contábeis são absolutamente imprescindíveis até 
para as negociações mais simples, como solicitar um empréstimo. São tão imprescindíveis que, no Brasil, 
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um país onde o ordenamento jurídico está pautado no princípio da legalidade, ou seja, vale o que está 
escrito na lei, definiu-se que todas as empresas devem elaborar as demonstrações contábeis, sendo que 
as empresas sociedades anônimas precisam publicá-las ao público em geral.
Mais do que isso, um balanço patrimonial ou uma DRE, após serem publicados, tornam-se 
importantes documentos históricos, que traçam e evidenciam o trabalho que foi desenvolvido por 
algum grupo bem como, suas angústias, problemas, preocupações, realizações e comemorações. 
Ou seja, trata-se de um documento que não tem uma validade limitada ou que caduca a um 
determinado ponto. Uma vez publicado, um balanço patrimonial e uma demonstração dos 
resultados do exercício manterão a sua finalidade ad eternum.
 Observação
A expressão ad eternum em latim significa “para todo o sempre”.
No passado sabe-se que, lamentavelmente, ocorreram casos de fraudes na elaboração das 
demonstrações contábeis, onde houve falta de ética do profissional da contabilidade e de outras áreas. A 
não observação das boas práticas e/ou da falta de conhecimento sobre essas boas práticas prejudicaram 
usuários da contabilidade. Além disso, cada país elaborava normas contábeis diferenciadas, dificultando 
o entendimento das demonstrações contábeis.
Dessa forma, alinhavou-se um esforço planetário de harmonização contábil. Em específico, esse 
esforço exige que os contadores brasileiros forneçam informações de qualidade aos usuários.
Com tudo isso, nesta disciplina, você estará sendo preparado(a) para elaborar balanços patrimoniais e 
demonstrações contábeis que atendam a todas essas expectativas da sociedade. Da habilidade que você 
já formou para trabalhar com contabilidade, você estará desenvolvendo habilidades para comunicar o 
trabalho que realizou e suas descobertas profissionais.
Ao final deste estudo, espera-se que você tenha formado habilidades para exercer com segurança 
e convicção a sua responsabilidade como contador(a) para elaborar Balanços e Demonstrações do 
Resultado do Exercício.
 Observação
Cada um tem sua forma particular de estudar. No caso desta disciplina, 
é recomendável que você se interesse pelo trabalho já realizado por outros 
contadores, analisando em detalhes as demonstrações contábeis de 
sociedades anônimas de seu interesse. Ao longo do texto, serão indicadas 
algumas demonstrações de empresas para seu estudo.
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Este livro-texto não deve ser a única fonte de seus estudos. Busque também pesquisar os livros que 
fazem parte da bibliografia básica e complementar.
A meta é que, ao final de seu estudo, você se sinta confiante e, ao mesmo tempo, insatisfeito, pois 
é essa saudável insatisfação que lhe fará substituir dúvidas simples por dúvidas mais sofisticadas e lhe 
fará, principalmente, estudar cada vez mais.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Unidade I
1 CONCEITO DO BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial é um demonstrativo contábil que mostra a situação econômico-financeira da 
empresa num determinado momento.
Este momento se dá, pelo menos, uma vez por ano de atividade (exercício social), normalmente 
31/12 (para coincidir com o calendário fiscal). Observe-se que, gerencialmente, o Balanço Patrimonial 
deve ser elaborado com a periodicidade que a administração da empresa necessitar.
O Balanço Patrimonial é constituído pelas contas do ativo, passivo e patrimônio líquido.
1.1 Apresentação e forma
É importante notar como o Balanço Patrimonial, no que diz respeito à sua apresentação e forma, 
modificou-se no decorrer do tempo.
Figura 1 - Balanço do Banco Industrial de Campina Grande S.A. de 31 de dezembro de 1969
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Unidade I
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A imagem mostra um balanço patrimonial de 1969, do Banco Industrial de Campina Grande, uma 
instituição financeira de muito prestígio e importância no século passado e que atualmente não 
existe mais. 
Observe que esse balanço patrimonial foi publicado em 1970, antes mesmo da segunda lei das 
sociedades anônimas (1976) que teve forte influência da escola norte-americana de contabilidade. 
Observe que a estrutura desse balanço patrimonial é bem simples em comparação aos padrões que 
atualmente utilizamos de apresentação e forma.
O Balanço Patrimonial pode ser apresentado em seções bilaterais ou seções contíguas, isto é, o ativo 
no lado esquerdo e o passivo e o patrimônio líquido no lado direito.
Ou pode também ser apresentado em seções sobrepostas, isto é, o ativo na parte superior do balanço 
patrimonial, seguido do passivo e do patrimônio líquido.
Ativo
Passivo
Passivo
Patrimônio 
líquido Patrimônio líquido
Balanço patrimonial
Seções bilaterais contíguas Seções sobrepostas
Balanço patrimonial
Ativo
Figura 2 
 Observação
Muitos contadores e usuários gostam mais da apresentação em seções 
bilaterais ou contíguas porque o balanço acaba gerando um aspecto 
(ou sensação) de uma balança equilibrada. A apresentação em seções 
sobrepostas, no entanto, pode ser mais interessante em trabalhos gráficos 
de alta qualidade. Por exemplo, em um balanço anual, bem diagramado 
com letras grandes e colorido, o ativo pode ser exposto em uma página, o 
passivo em uma segunda página e o patrimônio líquido em uma terceira 
página, facilitando a leitura e tornando as informações mais confortáveis 
para ler.
A seguir, um exemplo de um Balanço Patrimonial apresentado em seções sobrepostas, do “Club de 
Regatas Vasco da Gama”:
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CONTABILIDADEINTERMEDIÁRIA
Figura 3 – Balanço Patrimonial do Club de Regatas Vasco da Gama 2007/2006
O balanço patrimonial deve conter os seguintes itens:
a) denominação da empresa;
b) título da demonstração (Balanço Patrimonial);
c) data de encerramento do exercício;
d) demonstração comparativa, ano atual e ano anterior;
e) indicação e redução de dígitos (se houver necessidade, por exemplo, milhares de reais etc.).
2 COMPOSIÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL
Devemos entender como ativo, os bens e os direitos que a empresa possui na data de elaboração do 
Balanço Patrimonial.
Os bens representam algo que atende a uma necessidade da Empresa (caminhões, terrenos, 
mesas, cadeiras).
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Os direitos representam valores que a empresa tem a receber de terceiros, geralmente 
provenientes de vendas a prazo, de mercadorias, produtos ou serviços (os terceiros geralmente 
são os clientes).
O passivo representa as obrigações da Empresa para com terceiros em geral (fornecedores, bancos, 
funcionários, governos).
Por sua vez, o patrimônio líquido representa as obrigações da empresa para com terceiros, em 
especial os proprietários, donos da empresa (acionistas, cotistas).
Quadro 1 – Composição do Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Bens
+
Direitos
Obrigações 3os em geral
Patrimônio Líquido
Obrigações 3os em especial
O Pronunciamento Conceitual Básico (R1) “Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação do 
Relatório Contábil-Financeiro”, também conhecido com CPC 00, apresenta os seguintes conceitos para 
o ativo, passivo e patrimônio líquido.
4.4. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição 
patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. 
Estes são definidos como segue:
(a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos 
passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para 
a entidade;
(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos 
passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da 
entidade capazes de gerar benefícios econômicos;
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois 
de deduzidos todos os seus passivos (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS 
CONTÁBEIS, 2013 p. 37).
Os ativos, passivos e patrimônio líquido são representados no Balanço Patrimonial, através de um 
elemento patrimonial, denominado conta.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Assim, por exemplo:
Quadro 2 - Bem/Direito/Obrigação x Conta representativa na contabilidade
Bem / Direito / Obrigação Conta representativa
Caminhão/ ônibus/vans
Terrenos e prédios
Investimentos dos proprietários na empresa
Produto da venda a prazo de mercadorias
Compra a prazo de mercadorias
Mesas/cadeiras
Papel para xerox/lápis/caneta
Veículos
Imóveis
Capital social
Clientes (duplicatas a receber)
Fornecedores (duplicatas a pagar)
Móveis e utensílios
Material para escritório
O passivo também é conhecido como capital de terceiros, o patrimônio líquido também é conhecido 
como capital próprio, ambos (Passivo e Patrimônio Líquido) representam, constituem as origens de 
recursos da empresa, isto é, de onde a empresa conseguiu recursos. Ou, ainda, a somatória do capital 
de terceiros com o capital próprio representa as origens de recursos da empresa.
Os ativos da empresa representam as aplicações de recursos, isto é, onde a empresa aplicou os 
recursos que conseguiu.
Como o valor total dos ativos é igual ao valor total dos passivos mais o patrimônio líquido, temos 
que o total das origens de recursos (Passivo + Patrimônio Líquido) é igual ao total das aplicações de 
recursos (ativos).
Representando graficamente o que acabamos de explicar, teremos:
Quadro 3 – Origens e Aplicações de Recursos no Balanço Patrimonial
Ativo
=
Aplicações de Recursos
Passivo/Patrimônio Líquido
Capital de 3°s + Capital Próprio
=
Origens de recursos
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 Lembrete
Assim como aprendemos em disciplinas anteriores, a classificação entre ativo 
e/ou passivo depende de uma análise do contador, o que traz a necessidade 
de analisar/checar os sistemas informatizados. É muito comum, por exemplo, 
em alguns momentos, a conta bancária da empresa estar com crédito negativo 
no banco. Nesse caso, normalmente, o sistema irá apresentar a conta “banco” 
com saldo negativo no ativo. O contador deverá então ajustar o sistema para 
que apresente no balanço a conta “banco” no passivo ou como “Empréstimos 
bancários”.
3 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL, CONFORME A LEI Nº 6.404/76
O balanço patrimonial possui uma estrutura legal que deve ser obedecida. Devemos entender como 
estrutura a forma de apresentação do balanço patrimonial para seus diversos usuários, internos e 
externos.
O Balanço Patrimonial deve ser estruturado, observando-se as disposições contidas na seção III, 
artigos 178, 179, 180, 181 e 182 da Lei n° 6404/76, que a seguir transcrevemos, bem como as alterações 
feitas nessa lei, através da Lei n° 11.638 de 28 de dezembro de 2007.
Seção III
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, 
e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
Ativo
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o 
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Passivo
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo 
permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e 
no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no 
parágrafo único do artigo 179.
I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, 
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda 
não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de 
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do 
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;
d) as doações e as subvenções para investimento.
§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital 
realizado, enquanto não capitalizado.
§ 3° Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor 
atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 
8º, aprovado pela assembleia-geral.
§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros 
da companhia.
§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balançocomo dedução da conta do patrimônio 
líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
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Assim sendo, e seguindo o estabelecido na Lei n° 6.404/76, podemos apresentar a estrutura do 
Balanço Patrimonial, de forma resumida, da seguinte maneira:
Quadro 4 – Balanço Patrimonial, conforme Lei nº 6.404/76
Ativo Passivo
Ativo Circulante
 Ativo Não Circulante (ANC):
- Realizável a longo prazo
- Investimentos
- Imobilizado
- Intangível
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
 
Patrimônio Líquido (PL)
4 AS PROVIDÊNCIAS PARA ADEQUAÇÃO DA LEI Nº 11.638/07
A Lei nº 11.638/07 foi promulgada com o objetivo de alinhar as Normas Brasileiras às Normas 
Internacionais de Contabilidade, emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).
No Brasil, foi criado o Comité de Pronunciamentos Contábeis (CPC), idealizado a partir da 
união de esforços e comunhão de objetivos de várias entidades, entre elas o Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC), cujo objetivo é o estudo, o preparo e a emissão de pronunciamentos técnicos 
sobre procedimentos de contabilidade, visando a convergências da contabilidade brasileira aos 
padrões internacionais.
 O CPC foi criado em razão das necessidades de:
• Convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios 
contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de capital);
• Centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem);
• Representação e processo democráticos na produção dessas informações (produtores da 
informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).
 Observação
O esforço brasileiro para a convergência às normas internacionais de 
contabilidade foi muito ágil, comparando-se com o esforço empreendido 
por outros países. Entre 2010 e 2011, várias normas internacionais tinham 
pronunciamentos e já constavam do arcabouço jurídico brasileiro. 
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Isto posto, e, considerando que para o demonstrativo contábil, denominado Balanço Patrimonial, 
as alterações relevantes para o entendimento do conteúdo programático da disciplina Contabilidade 
Intermediária já foram convenientemente informadas, a seguir, discorremos sobre a função de algumas 
das principais contas que formam a estrutura do Balanço Patrimonial.
 Saiba mais
Esteja sempre atento a novidades do Conselho de Pronunciamentos 
Contábeis, visite regularmente a página do CPC em <http://www.cpc.org> 
e faça uma assinatura (gratuita) da newsletter.
Exemplo de aplicação
Língua e Jargão
1. Ao longo da unidade, você teve contato com termos da área contábil que correspondem a 
determinados conceitos e, em razão disso, propõe-se que você aprofunde sua compreensão em 
relação a esses termos. Assim, tente explicar a seguir com suas próprias palavras o que significa o 
termo em destaque (caso necessite, volte ao texto, releia-o e pesquise em livros e na internet não 
só o que o termo significa, mas como os profissionais da área contábil o utilizam).
O termo é: Balanço Patrimonial.
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2. Vá até o site da empresa Embraer na internet e procure pela aba de relações com investidores 
(<http://www.embraer.com/pt-BR/Paginas/Home.aspx>).
Nas relações com investidores, você terá acesso às demonstrações contábeis da Embraer de 
diversos anos. Imprima duas vias do balanço patrimonial e a demonstração dos resultados do 
exercício do último relatório que estiver disponível e peça para um amigo e/ou alguém da sua 
família recortar cada conta contábil em tirinhas e embaralhar.
Numa folha de cartolina e/ou num caderno, escreva os principais grupos de contas definidos na 
Lei nº 11.638/07 e tente classificar as tirinhas de contas contábeis colando-as em cada grupo. 
Ao terminar, some o valor das contas contábeis e veja se você fez o balanço bater o saldo de 
débito com o crédito. Analise posteriormente se o balanço que você montou ficou igual ao que os 
contadores da Embraer montaram.
 Saiba mais
Os balanços da Embraer vêm recebendo prêmios da Anefac nos últimos 
anos. Confira os prêmios e outras empresas premiadas no seguinte site: 
<http://www.anefac.com.br/Pages/Visualizar.aspx?tema=8&id=4470>.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
3. No espaço a seguir, tente montar um mapa mental ou um esquema com os principais conceitos 
estudados nesta unidade.
 Resumo
Nesta unidade, estudamos os seguintes tópicos:
• conceito do balanço patrimonial;
• apresentação e forma;• composição do balanço patrimonial;
• estrutura do balanço patrimonial, conforme a Lei nº 6.404/76;
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• alterações na estrutura do balanço patrimonial, conforme a Lei 
nº 11.638/07;
• a Lei nº 11.638/07.
Juntos, esses tópicos formam uma base que será muito importante 
para a continuidade dos nossos estudos de Contabilidade Intermediária. 
A preocupação desta unidade foi a de que você compreenda que os 
contadores empreendem um esforço para se fazerem compreendidos na 
sociedade, o que é possível a partir da observação das orientações jurídicas 
de que dispomos atualmente.
Neste momento, considera-se que você está apto para seguir para a 
Unidade II.
Caso você não tenha entendido algum ponto na Unidade I, recomenda-se 
que entre em contato com o seu tutor presencial ou a distância e solucione 
sua dúvida.
É fundamental que não permaneçam dúvidas nesta fase.
 Exercícios
Questão 1. Na Contabilidade admite-se que o Balanço Patrimonial, reflexo da posição financeira 
de uma empresa em um determinado período de tempo, seja constituído por contas de Ativo e por 
contas de Passivo e Patrimônio Líquido. Por convenção admite-se, ainda, que as contas do Ativo 
sejam disponibilizadas do lado esquerdo do Balanço Patrimonial, e as contas do Passivo e Patrimônio 
Líquido do lado direito do mesmo instrumento demonstrativo. Com relação ao assunto, considere as 
seguintes afirmativas:
I – O termo Ativo pressupõe algo positivo, que apresenta dinamismo na produção e na geração de 
riquezas. É representado por bens e direitos que determinada empresa possui na data de elaboração do 
Balanço Patrimonial.
II – O termo Passivo pressupõe algo negativo, a exemplo de endividamento, de obrigações 
e de deveres assumidos. Pode também ser identificado como Passivo Exigível quando evidencia 
todas as obrigações que a empresa tem com terceiros, a exemplo de contas a pagar, impostos e 
financiamentos.
III – No Patrimônio Líquido são considerados somente os recursos dos proprietários aplicados em 
uma determinada empresa, a exemplo de sua primeira aplicação de recursos ou de investimentos, 
chamada de Capital.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I e II.
B) II e III.
C) I, II e III.
D) II.
E) I.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das afirmativas
I) Afirmativa correta.
Justificativa: a afirmativa está correta por apresentar considerações verdadeiras acerca do Ativo. É 
no Ativo que são apresentados lançamentos de bens e direitos das empresas.
II) Afirmativa correta.
Justificativa: a afirmativa está correta por refletir fielmente o que se apresenta em contas de Passivo.
III) Afirmativa incorreta.
Justificativa: o Patrimônio Líquido representa as obrigações da empresa para com terceiros, em 
especial os proprietários da empresa, podendo ser acionistas ou, ainda, cotistas. Conforme o livro-texto 
da disciplina, “compreende o patrimônio líquido, os recursos próprios da entidade, da empresa, ou seja, 
a diferença maior do valor do ativo, sobre o valor do passivo”.
Questão 2. O entendimento da função e da importância da Contabilidade requer, antes de tudo, o 
entendimento de um volume grande de conceitos e de definições. A seu respeito, leia as alternativas a 
seguir e indique a incorreta.
A) Por Ativo entende-se o conjunto de bens e direitos que são controlados pela empresa e geram riqueza.
B) Por Capital entende-se o investimento feito pelos proprietários na empresa e compõe o chamado 
Capital Social.
C) O Balanço Patrimonial trata-se de um demonstrativo contábil que mostra a situação 
econômico-financeira de uma empresa num determinado momento.
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D) Passivo e Patrimônio Líquido representam as origens de recursos da empresa.
E) Os elementos patrimoniais que entram em uma empresa têm como origem o Ativo, uma vez que 
no Passivo estão demonstradas as formas de aplicação de tais recursos.
Resolução desta questão na plataforma.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Unidade II
5 ATIVO
 Observação
Observe que em muitos momentos neste livro-texto utiliza-se a palavra 
“deve”, orientando o comportamento do contador. Essa palavra é utilizada 
porque o contador, de acordo com seu julgamento, pode tomar decisões. 
Ou seja, o fato de que algo está na lei não necessariamente quer dizer que 
ele obrigatoriamente precisa ser feito, só o contador deve julgar. Por isso, a 
palavra “deve” é usada em um contexto de julgamento profissional, em que 
se entende que as coisas precisam ser feitas em uma direção.
Compreende, como já vimos, os bens e direitos da empresa, definidos pelo CPC 00, item 4.4, como:
ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos 
passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para 
a entidade e são classificados, de acordo com sua destinação específica 
que varia segundo os fins da empresa (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS 
CONTÁBEIS, 2013 p. 37).
No ativo, a disposição das contas obedece ao grau decrescente de liquidez dos elementos nelas registrados.
Devemos entender como liquidez a capacidade que tem um bem ou um direito em se transformar o 
mais rapidamente possível em dinheiro.
A seguir, representa-se graficamente a disposição de grau decrescente de liquidez no Ativo:
Figura 4 – Grau decrescente de liquidez
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 Observação
Como curiosidade, é interessante comentar que nos balanços 
patrimoniais europeus, a disposição das contas é o contrário do que 
fazemos no Brasil (que seguiu a cultura norte-americana nesse aspecto), 
ou seja, o grau de liquidez é crescente!
A explicação é a de que os europeus gostam de evidenciar os ativos 
com menor liquidez, enquanto os norte-americanos e brasileiros gostam 
de evidenciar o caixa e equivalentes de caixa.
O fato de os europeus apresentarem seus balanços dessa forma em nada 
prejudica o processo de convergência contábil internacional, ao contrário!
5.1 Ativo Circulante
Objetivando a classificação contábil dos elementos patrimoniais nos respectivos grupos de contas do 
ativo, foi estabelecido o conceito de curto prazo.
Incluem-se no curto prazo todos os bens e direitos (ativos) realizáveis em moeda ou nela conversíveis, 
até o término do exercício social seguinte.
 Observação
Um exemplo de um direito de curto prazo é quando a empresa realiza 
uma venda para recebimento em 30 dias. Se, por suposição, a empresa 
tivesse efetuado a mesma venda, porém com recebimento para daqui a três 
anos, teríamos um ativo realizável a longo prazo.
Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração superior ao do exercício social, 
a classificação da conta no ativo circulante terá por base o prazo deste ciclo. Entende-se 
como ciclo operacional a aplicação de recursos na formação de estoques, a venda destes 
estoques, e o recebimento desta venda, começando novamente o ciclo, com a aquisição 
de estoques.
Como um bom exemplo de empresa em que o ciclo operacional não coincide com o ano 
calendário (ou gregoriano) são as fazendas e usinas de açúcar, que trabalham em torno da 
safra da cana-de-açúcar.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
Figura 5 – Colheita da cana-de-açúcar
5.1.1 Caixa e equivalentes de caixa
É o termo utilizado para representar o dinheiro em caixa ou depósito bancário, bem como valores, 
títulos de liquidez imediata. Entre as principais contas deste grupo destacamos: caixa; banco conta 
movimento; aplicações de liquidez imediata.
5.1.2 Direitos
Representam normalmente valores originados de vendas a prazo de mercadorias,produtos 
ou serviços, duplicatas a receber; clientes são as principais contas representativas deste grupo 
do ativo circulante.
5.1.3 Deduções dos direitos
Ao vender a prazo, a empresa corre o risco de não receber o valor devido pelo cliente, o que 
obriga a empresa a criar uma conta redutora denominada de Perdas Estimadas para Créditos de 
Liquidação Duvidosa (PECLD). Essa conta tem por objetivo adequar o valor dos direitos ao seu valor 
de provável realização.
 Lembrete
As contas redutoras são contas a crédito, mas que são demonstradas no 
ativo com saldo negativo para permitir ao analista uma maior compreensão 
dos fatos.
5.1.4 Outros direitos
Oriundos de outras transações que não representam o objeto principal da empresa, mas são normais 
e inerentes a suas atividades: títulos a receber; adiantamento a funcionários; impostos a recuperar, são 
alguns exemplos de contas representativas deste grupo.
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5.1.5 Estoques
São bens comprados ou fabricados pela empresa com o objetivo de venda ou utilização própria no 
decorrer normal de suas atividades.
Se a empresa for comercial, os estoques são de mercadorias, se a empresa for industrial, teremos 
estoques de produtos acabados, estoques de matérias-primas e estoques de produtos em elaboração.
5.1.6 Despesas antecipadas
O artigo 179 da Lei 6.404/76 refere-se a “aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte”. 
Despesas antecipadas compreendem, portanto, já que são ativos, aplicações de recursos em gastos que 
tenham realização no curso do período subsequente à data do balanço patrimonial.
Como exemplo de despesas pagas antecipadamente, temos o prêmio de seguro a vencer; ou prêmio 
de seguro a apropriar; juros a vencer ou juros a pagar antecipadamente ou juros a apropriar.
Podemos considerar também como exemplo dessas despesas antecipadas os bilhetes de passagens 
adquiridos, mas ainda não utilizados.
 Observação
O contador deve sempre, em um julgamento profissional, observar a 
relevância de um gasto para decidir se deve classificá-lo em uma despesa 
antecipada. No exemplo citado acima, dos bilhetes de passagem. Se a empresa 
não costuma observar frequentemente esses gastos, é preferível que o contador 
não os classifique em despesa antecipada. Ao contrário, se o contador observar 
que os bilhetes representam uma informação relevante, seja qual for o motivo 
(imaginemos, que a empresa tenha muitos funcionários que fazem uso de 
transporte intermunicipal), deve classificá-los em despesas antecipadas.
5.2 Ativo Não Circulante
 
Objetivando a classificação contábil dos elementos patrimoniais nos respectivos grupos de contas do 
ativo, foi estabelecido o conceito de longo prazo.
Incluem-se no longo prazo todos os bens e direitos (ativos) realizáveis em moeda ou nela conversíveis, 
após o término do exercício social seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou 
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores e acionistas.
Classificam-se neste grupo contas independente do prazo de vencimento, a lei assim o determina, 
por exemplo: empréstimos a coligadas; empréstimos a diretores; empréstimos a acionistas, e a outras 
contas como: cauções contratuais; debêntures; empréstimos compulsórios; depósitos judiciais.
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5.2.1 Investimentos
São as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não 
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinam à manutenção de atividade da empresa.
São classificáveis neste grupo os bens não destinados à manutenção das atividades da empresa, 
tais como:
• obras de arte;
• imóveis para alugar;
• terrenos para utilização futura.
Ainda classificáveis neste grupo, temos as participações no capital de outras empresas em caráter 
permanente, tais como:
• ações de coligadas;
• ações de controladas;
• participações em outras empresas.
5.2.2 Imobilizado
Conforme o inciso IV do artigo 179 da Lei 11.638/07, encontra-se “no ativo imobilizado os direitos 
que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou 
da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive a decorrentes de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.”
Podemos então, ter as seguintes contas para este grupo do ativo permanente:
Imóveis; veículos; máquinas; equipamentos; móveis e utensílios; depreciação acumulada, conta 
redutora, terrenos, obras em andamento.
5.2.3 Intangível
Conforme o inciso VI do artigo 179 da Lei nº 11.638/07 encontramos “no intangível: os direitos que 
tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Podemos então ter as seguintes contas para este grupo do ativo permanente:
a) Direitos; fundo de comércio (ponto comercial) adquirido; concessões obtidas; software; marcas; 
patentes adquiridas; amortização acumulada, conta redutora.
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b) Recursos naturais: gastos na aquisição dos direitos de exploração de minas e jazidas; exaustão 
acumulada, conta redutora.
 Saiba mais
Como são classificados os passes dos jogadores de futebol?
Responda a essa pergunta acessando na internet o balanço patrimonial 
do seu time de coração. Se o balanço patrimonial do seu clube favorito não 
estiver disponível, não tem problema, escolha outro time qualquer.
Exemplos de aplicação
1. Língua e Jargão 
Ao longo da unidade, você teve contato com termos da área contábil que correspondem a 
determinados conceitos e, em razão disso, propõe-se que você aprofunde sua compreensão em relação 
a esses termos. Assim, tente explicar a seguir com suas próprias palavras o que significa o termo em 
destaque (caso necessite, volte ao texto, releia-o e pesquise em livros e na internet não só o que o termo 
significa, mas como os profissionais da área contábil o utilizam).
O termo é: Ativo Intangível.
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2. Cada vez mais, os ativos intangíveis são reconhecidos pela sociedade como importantes ativos 
empresariais. Tente encontrar textos científicos e matérias jornalísticas que apresentam o conceito 
de ativos intangíveis.
 Saiba mais
Uma sugestão de uma matéria jornalística éa matéria da Agência Estado, que 
comenta a posição do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social: <http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/05/bndes-
tenta-valorizar-ativos-intangiveis.html>.
3. No espaço a seguir, tente montar um mapa mental ou um esquema com os principais conceitos 
estudados nesta unidade.
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 Lembrete
Quando não se sabe o que fazer em uma situação complexa, dentro do 
jargão contábil, diz-se que há uma “contingência”.
6 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
6.1 Passivo
Conforme definido pelo CPC 00, item 4.4, passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada 
de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de 
gerar benefícios econômicos (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2013).
São classificadas no passivo as obrigações da empresa para com terceiros em geral 
(fornecedores, bancos, governos, funcionários). O passivo compreende as origens de recursos, 
representadas por obrigações. As contas que compõem o passivo deverão ser apresentadas 
no balanço patrimonial, em ordem crescente dos vencimentos estabelecidos ou esperados, ou 
seja, as contas deverão ser apresentadas em ordem decrescente de exigibilidades, conforme se 
demonstra na figura a seguir.
Figura 6 – Ordem decrescente de exigibilidades
O passivo se subdivide em circulante e não circulante.
6.1.1 Circulante
Objetivando a sua classificação contábil dos elementos patrimoniais nos respectivos grupos de 
contas do passivo, foi estabelecido o conceito de curto prazo. Incluem-se no curto prazo todas as 
obrigações para com terceiros em geral (passivos) exigíveis, com vencimentos, até o término do exercício 
social seguinte.
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CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
 Observação
Uma simples compra de café para ser distribuído aos funcionários 
da empresa, com prazo de pagamento já é um ótimo exemplo de uma 
obrigação classificável no passivo circulante.
Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração superior ao exercício social, a classificação no 
passivo circulante terá por base o prazo desse ciclo.
Podemos subdividir o passivo circulante em sete grandes grupos, com suas respectivas contas componentes:
 Lembrete
É no passivo circulante onde estão as operações de rotina da empresa. A 
partir da análise do ativo circulante é possível saber quais são as principais 
práticas da empresa no mercado.
a – Obrigações com fornecedores: duplicatas a pagar; fornecedores.
b – Obrigações financeiras: promissórias a pagar; empréstimos bancários.
c– Obrigações trabalhistas: salários a pagar, encargos sociais a pagar; encargos sociais a recolher.
d – Obrigações fiscais: ICMS a recolher; IPI a recolher; ISS a recolher; imposto de renda a recolher; 
imposto de renda a pagar; ICMS a pagar; IPI a pagar; ISS a pagar etc.
e – Obrigações com sócios e participantes do lucro: dividendo a pagar; participações de 
empregados a pagar; participações de debenturistas a pagar; participações de partes 
beneficiárias a pagar.
f – Provisões: a expressão “provisão” de acordo com o CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes 
e Ativos Contingentes, somente poderá ser utilizada quando da incerteza de mensurar seu valor 
ou prazo de liquidação, já as contas 13° salário a pagar; férias a pagar; imposto de renda a 
recolher; e contribuição social sobre o lucro a recolher, por apresentarem valores e prazos certos 
de liquidação, não representam provisões, já a provisão para contingências atende o conceito de 
provisão, por se tratar de um passivo de prazo ou de valor incertos
g – Outras obrigações: adiantamento de clientes; aluguéis a pagar; multas a pagar; contas a pagar.
As contas redutoras de ativo, de acordo com o CPC 25, não atendem ao conceito de provisão e, 
portanto, devem ser denominadas de perdas estimadas. Assim, tanto as contas de perdas estimadas, 
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(redutoras do ativo) como as contas de provisões (passivo) representam estimativas que envolvem 
incertezas de grau variáveis.
 Observação
Antes das leis 11.638/07 e 11.941/09, provisões eram formadas 
para o passivo e também para o ativo. Após essas leis, entende-se que 
“provisões” são formadas apenas para o passivo. É o caso, por exemplo, 
das Estimativas para Créditos de Liquidação Duvidosa, que antes eram 
denominadas de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) 
e antes, ainda, de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD). É bem 
possível que você ouça contadores comentando que irão constituir 
“provisões” no ativo em alusão ao que se fazia no passado. Mas o 
correto agora é dizer que irão constituir “perdas estimadas”.
A conta Imposto Retido na Fonte a Pagar representa o Imposto de Renda descontado do salário 
bruto dos funcionários, o qual, deverá ser recolhido (pago) pela empresa à Receita Federal.
6.1.2 Passivo Não Circulante
Objetivando a sua classificação contábil dos elementos patrimoniais nos respectivos grupos de 
contas do passivo, foi estabelecido o conceito de longo prazo.
Incluem-se no longo prazo todas as obrigações para com terceiros em geral (passivos), exigíveis, 
com vencimento após o término do exercício social seguinte, ou em prazo superior ao ciclo operacional 
da empresa.
Destacamos neste grupo dentre outras contas os financiamentos obtidos junto a instituições 
financeiras, emissão de debêntures, imposto de renda retido, provisão para previdência complementar e 
outras obrigações a longo prazo.
 Saiba mais
Para um melhor entendimento do exigível a longo prazo, pesquise 
balanços patrimoniais de empresas que costumam realizar grandes e 
demonstrados investimentos, como é o caso das empresas geradoras e 
distribuidoras de energia elétrica como a Eletropaulo, CEMIG, Furnas, Itaipu 
e outras.
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6.2 Patrimônio Líquido
De acordo com o CPC 00, item 4.4, patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade 
depois de deduzidos todos os seus passivos.
Compreende o patrimônio líquido, os recursos próprios de entidade, da empresa, ou seja, a diferença 
maior do valor do ativo, sobre o valor do passivo.
O patrimônio líquido será dividido em:
• capital social;
• reservas de capital;
• ajustes de avaliação patrimonial;
• reservas de lucros;
• ações em tesouraria;
• prejuízos acumulados.
A seguir, demonstra-se graficamente o local onde o Patrimônio Líquido é disposto no Balanço Patrimonial: 
Passivo
Patrimônio 
líquido
Figura 7 – Lado direito do balanço patrimonial = Passivo + Patrimônio Líquido
6.2.1 Capital social
6.2.1.1 Capital
É o investimento feito pelos proprietários (acionistas/cotistas) na empresa. Compreende a parte 
do patrimônio líquido formada pelas ações subscritas na constituição ou no aumento do capital de 
uma empresa.
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6.2.1.2 Capital a realizar
Também denominado capital a integralizar, corresponde ao capital social subscrito pelos proprietários 
e ainda não realizado, ainda não integralizado.
É a dívida dos proprietários perante a própria empresa.
 
É uma conta redutora do capital social, ou seja, representada por saldo devedor.
6.2.1.3 Capital realizado (integralizado)
É a diferença entre o capital subscrito e o capital a integralizar.
6.2.2 Reservas de capital
São constituídas por valores recebidos dos proprietários ou de terceiros. Trata-se de recursos 
entregues à empresa para suas operações, de acordo com os interesses dos proprietários e/ou terceiros 
(por exemplo, os acionistas).
Podemos ter as seguintes reservas de capital:
• reserva de ágio recebido na emissão de ações;
• reserva de alienação de partes beneficiárias;• reserva de alienação de bônus de subscrição.
6.2.2.1 Reserva de ágio na emissão de ações
Devemos entender como ações os títulos representativos do capital social de uma sociedade 
anônima. O estatuto da sociedade anônima fixará o número de ações em que se divide o capital social, 
e indicará se as ações terão ou não valor nominal, sendo este o valor indicado em moeda na cautela de 
ações (certificado de propriedade de acionista).
No caso de as ações terem valor nominal, o ágio é o excesso do preço de emissão (preço de venda) 
pago sobre o valor nominal, e comporá uma reserva de capital de mesma denominação.
6.2.2.2 Reserva de alienação de partes beneficiárias
As partes beneficiárias são valores mobiliários que normalmente são dados gratuitamente como 
prêmio a pessoas que de alguma forma tiveram papel importante para a companhia (fundadores, 
acionistas ou terceiros). Neste caso, não darão origem à reserva de capital.
As partes beneficiárias garantem uma participação no lucro da empresa. Entretanto, algumas vezes 
as partes beneficiárias podem ser vendidas, como por exemplo aos empregados. O valor dessa venda 
comporá uma reserva de capital.
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6.2.2.3 Reserva de alienação de bônus de subscrição
Bônus de subscrição são títulos de crédito emitidos pela companhia no limite do capital autorizado 
pelo estatuto, os quais dão a seus titulares o direito de subscreverem ações de companhia, mediante a 
apresentação do título e pagamento do preço da emissão das ações. Caso esses bônus sejam vendidos, 
o valor recebido pela empresa deverá compor uma reserva de capital.
6.2.2.4 Ajustes de avaliação patrimonial
Serão classificados como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computados no 
resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumento ou 
diminuição de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação 
a preço de mercado.
 Observação
Normalmente, as contas de capital não sofrem alterações nas empresas. 
É muito comum que permaneçam anos e anos completamente intactas. 
Observe esse aspecto no balanço que estiver analisando.
6.2.3 Reservas de lucro
As reservas de lucro são compostas por contas que fazem parte do patrimônio líquido e que têm origem 
no lucro líquido da empresa. Constituem pois, uma das partes de lucro líquido, quando de sua distribuição.
Como uma analogia, reproduz-se a seguir uma figura com um barril de “lucro” que é distribuído!
Figura 8 – Distribuição de lucros
As reservas de lucro podem ser de dois tipos, conforme veremos a seguir.
6.2.3.1 Reserva de lucro obrigatória
A reserva legal é a única reserva de lucro obrigatória, daí o termo legal, considerando a obrigatoriedade 
da lei societária.
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Essa reserva tem por finalidade dar proteção ao credor da empresa. Assim, 5% do lucro líquido do 
exercício deve ser destinado para tal reserva, que não poderá superar 20% de capital social corrigido ou 
não poderá exceder a 30% sobre o capital social acrescido a reserva legal com o montante das reserva 
de capital.
6.2.3.2 Reservas de lucros facultativas ou estatutárias
O estatuto de uma empresa pode criar reservas para destinação do lucro líquido desde que indique a 
sua finalidade, indique a parcela anual de lucro líquido que será destinado à sua constituição e estabeleça 
o seu limite máximo.
Observando esses critérios gerais, tratemos a seguir das principais reservas facultativas.
Reserva para contingências
Objetiva esta reserva compensar, em exercício futuro, a diminuição de lucro decorrente de perda 
julgada provável, cujo valor possa ser estimado. Como exemplo dessas perdas, podemos citar, greve, 
seca, redução das vendas no próximo exercício em virtude da entrada no mercado de uma nova empresa 
concorrente etc.
Reserva para expansão
Também denominada reserva orçamentária, destina-se à realização de projetos de investimento na 
empresa. Observe-se que, para a criação desta reserva, deverá haver previsão orçamentária previamente 
aprovada pela Assembleia Geral de Acionistas.
Reserva de lucros a realizar
Objetiva a constituição dessa reserva o adiamento do pagamento de dividendos sobre os lucros 
ainda não realizados principalmente no próximo exercício. Desta forma, a empresa, que, apesar de ter 
um resultado positivo, não dispõe de caixa para pagar dividendos reteria através dessa reserva de lucros 
a realizar parte do lucro para evitar o desembolso com a distribuição de dividendos.
6.2.4 Prejuízos acumulados
É a conta que recebe o prejuízo do exercício (se houver).
 Observação
Observe que a conta de lucros ou prejuízos acumulados é a que “se 
comunica” com o balanço patrimonial. Ou seja, do confronto entre receitas 
e despesas (contas de resultado) surge uma conta patrimonial, que é 
“transportada” para o balanço patrimonial”.
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Ao final da apuração do resultado das operações da empresa em um exercício social, é possível que 
surja um saldo remanescente de prejuízo que irá compor o patrimônio líquido no balanço patrimonial. 
Se o resultado for lucro, não se deve constituir uma conta de lucros acumulados.
Antes das leis 11.638/07 e 11.941/09, essa conta recebia a denominação de “Lucro ou Prejuízo 
Acumulado”, de onde saiam os valores para a constituição das reservas de lucros e para a distribuição 
de dividendos. Ou seja, admitia-se que a conta informasse o resultado da empresa, tanto o lucro como 
prejuízo. No entanto, as normas internacionais de contabilidade trouxeram uma novidade no tratamento 
do resultado de uma empresa em que se entende que não é razoável que uma empresa constitua um 
“lucro acumulado”. Entende-se que, se a empresa obteve um lucro, deve ser algo real e que, por isso 
mesmo, deve ser distribuído aos proprietários e/ou acionistas ou devidamente destinado a reservas, 
de acordo com a legislação local. Acumular lucros seria um artificialismo que não é bem-vindo para o 
usuário da contabilidade. Portanto, atualmente admite-se apenas que prejuízos sejam acumulados. 
 Saiba mais
O conceito de “Prejuízos Acumulados” na Lei nº 11.638/07 (em que se enfatiza: 
atualmente só se admitem prejuízos acumulados e não mais lucros acumulados) 
gerou discussões doutrinárias na contabilidade. Por exemplo, em um artigo 
publicado em sua página pessoal, o eminente contador Antônio Lopes de Sá 
teceu críticas a esse conceito e suas consequências: <http://www2.masterdirect.
com.br/448892/index.asp?opcao=7&cliente=448892&avulsa=5927>.
 
Trata-se de outro exemplo do esforço brasileiro para a convergência 
contábil internacional. 
6.2.5 Ações em tesouraria
São as ações da empresa adquirida pela própria empresa. É uma conta devedora, retificadora de 
patrimônio líquido. A empresa adquire suas próprias ações, objetivando adequar o seu capital social a 
uma nova realidade, por exemplo.
 Observação
Ações em tesouraria são uma operação bastante sofisticada, mas 
utilizadas em algumas situações. Os americanos costumam dizer que há 
momentos onde investidores praticam a “compra hostil”, onde uma empresa 
que não está a venda passa para as mãos de um investidor a contragosto 
porque esse investidor consegue comprar grandes lotes de ações dessa 
empresa. É um exemplo de situação onde a empresa decide comprar suas 
próprias ações, protegendo-se de uma “compra hostil”.
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6.3 Exemplo de um Balanço Patrimonial de empresas existentes
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 Saibamais
Observe que o balanço a seguir é da empresa de cosméticos Natura S.A., 
que é uma empresa que demonstra forte preocupação com o meio ambiente 
e com a qualidade de vida das pessoas e de seus funcionários. Pesquise como 
os contadores e administradores da Natura demonstram essa preocupação nas 
demonstrações contábeis.
NATURA COSMÉTICOS S.A. Demonstrações financeiras: 31 de dezembro 
de 2016. São Paulo, 2017. Disponível em: <http:// http://natu.infoinvest.com.
br/ptb/5907/Demonstraes%20financeiras%204T16%20-%20Portugus%20
com%20ata.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018.
Exemplos de aplicação
1. Língua e Jargão
Ao longo da unidade, você teve contato com termos da área contábil que correspondem a 
determinados conceitos e, em razão disso, propõe-se que você aprofunde sua compreensão em 
relação a esses termos. Assim, tente explicar a seguir com suas próprias palavras o que significa o 
termo em destaque (caso necessite, volte ao texto, releia-o e pesquise em livros e na internet não 
só o que o termo significa, mas como os profissionais da área contábil o utilizam).
O termo é: Reservas
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2. No espaço a seguir, tente montar um mapa mental ou um esquema com os principais conceitos 
estudados nesta unidade.
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 Resumo
Nesta unidade, estudamos o lado esquerdo do balanço, o ativo e seus 
principais componentes teóricos.
A partir de agora, você conhece o conceito de ativo, suas divisões e como 
classificar corretamente os fatos contábeis em cada uma dessas divisões. 
Essa é uma habilidade importantíssima! Saber classificar corretamente 
os fatos contábeis no ativo é imprescindível, algo que, entende-se entre 
os profissionais, é básico dentro das habilidades de um(a) contador(a). É 
claro que há alguns momentos em que surgem operações complexas, em 
que não se sabe o que fazer. Mesmo nesses momentos, saber os conceitos 
é importante para que em uma discussão (seja entre particulares ou nas 
entidades contábeis) uma solução seja alcançada.
Estudamos também o lado direito do balanço, o ativo e o patrimônio 
líquido (PL). Devemos demonstrar no passivo e no PL quais são as 
classificações internacionais que o contador deve seguir.
Vimos os complexos conceitos de “reservas”, que costumam ser de difícil 
compreensão para os usuários externos e até entre os próprios contadores.
Agora que você já conheceu os conceitos de ativo, passivo e patrimônio 
líquido, você está apto a estudar a demonstração dos resultados do exercício.
 Exercícios
Questão 1 (CFC 2012, adaptada). Assinale a alternativa que apresenta apenas itens registráveis no 
Ativo Não Circulante: 
A) Aplicações financeiras classificadas como equivalentes de caixa, imóveis destinados ao uso, 
imóveis para aluguel.
B) Estoques, duplicatas a receber, imóveis destinados ao uso.
C) Investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial, imóveis destinados ao uso, 
imóveis para aluguel.
D) Investimentos avaliados pela equivalência patrimonial, estoques, marcas registradas.
E) Terrenos para utilização futura, participações acionárias em outras empresas, impostos a recuperar.
Resposta correta: alternativa C. 
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Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: as aplicações financeiras classificadas como equivalentes de caixa são inseridas no 
Ativo Circulante.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: as duplicatas a receber representam valores originados de vendas de mercadorias a 
prazo e, assim, são um direito contabilizado como Ativo Circulante.
C) Alternativa correta.
Justificativa: os exemplos apresentados na alternativa obedecem aos lançamentos em Ativo Não 
Circulante por estarem inclusos como elementos patrimoniais de longo prazo.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: os estoques são bens comprados ou fabricados pela empresa com o objetivo de venda ou 
utilização própria no decorrer normal de suas atividades e não são lançados no Ativo Circulante.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: os impostos a recuperar são outros direitos inseridos no Ativo Circulante, onde há 
lançamentos de transações que não representam o objeto principal da empresa, mas são normais e 
inerentes às suas atividades, a exemplo de títulos a receber e adiantamento a funcionários.
Questão 2 (FCC, 2012, TCE-SP, adaptada). O lado direito do Balanço Patrimonial apresenta as 
contas do Passivo que compreende as origens de recursos, representadas por obrigações. Com relação 
às contas do Passivo, indique a alternativa correta: 
A) É impossível que o valor do patrimônio líquido de uma empresa com fins lucrativos seja negativo.
B) As contas do passivo, na escrituração contábil regular, aumentam por débito e diminuem por crédito.
C) O valor registrado no patrimônio líquido de uma empresa compreende, dentre demais recursos 
próprios, o capital a integralizar.
D) Provisões para 13º salário bem como pagamentos de férias aos funcionários devem ser lançados 
no Passivo Não Circulante. Afinal, ocorrerão somente no futuro.
E) Ações em tesouraria que são lançadas em Patrimônio Líquido representam as ações que 
determinada empresa adquiriu de outra empresa.
Resolução desta questão na plataforma.
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Unidade III
7 CONCEITO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
A demonstração do resultado do exercício, também conhecida pela sigla DRE, é um demonstrativo 
contábil que mostra a apuração do resultado do exercício da empresa em determinado período.
Para a apuração do resultado do exercício, são comparadas as receitas ganhas e as despesas e custos 
incorridos em determinado período, geralmente de um ano. Essa comparação é feita por meio da 
subtração, ou seja, das receitas, subtraem-se as despesas e custos, para se obter o resultado do período 
ou do exercício.
Na determinação do resultado, deve ser observado o principio da competência. Por este principio, deverão 
ser consideradas as receitas efetivamente ganhas e não as necessariamente recebidas. Ainda por este principio, 
deverão ser considerados os custos e despesas incorridas e não os necessariamente pagos.
A demonstração do resultado do exercício possui uma estrutura legal que deve ser obedecida. 
Devemos entender como estrutura a forma de apresentação

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