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Tabela Sociolinguística Norma padrão e culta

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Variação social Variação estilística É incorreto definir a norma culta ou mesmo a norma-
padrão como “linguagem formal”. Independentemente 
do nível de letramento do indivíduo, ele é capaz de 
monitorar sua fala de acordo com a formalidade do 
evento de interação verbal em que se engaja. 
Diferenças que a língua apresenta de acordo com 
variáveis sociais como sexo, idade, profissão, etnia, 
escolaridade, nível de renda etc. 
Grau maior ou menor de monitoramento da fala (ou da 
escrita) de um único indivíduo de acordo com o contexto 
de interação em que se encontra. 
 
Dicotomia Norma-padrão Norma culta Língua oficial 
Português padrão: norma 
oficial, usada na literatura, nos 
meios de comunicação, nas leis 
e decretos do governo, 
ensinada nas escolas, explicada 
nas gramáticas, definida nos 
dicionários. 
Português não padrão: 
variedades de acordo com as 
diferentes regiões geográficas, 
classes sociais, faixas etárias e 
níveis de escolarização em que 
se encontram as pessoas que o 
falam. 
Ideal linguístico: A norma-
padrão não é um modo de 
falar: como o próprio termo 
padrão implica, trata-se de 
um modelo de língua, um 
ideal a ser alcançado, um 
construto sociocultural que 
não corresponde de fato a 
nenhuma das muitas 
variedades sociolinguísticas 
existentes em território 
brasileiro. 
 
Bagno, M.. Norma linguística, 
hibridismo & tradução. 
Traduzires, v. 1, n. 1, (2012) 1: 9-
32. 
 
Variedade de uso corrente, comum, entre falantes 
que vivem em meio urbano, com escolaridade 
superior completa em situações relativamente 
mais monitoradas. No Brasil, considera-se como 
falante de norma culta apenas as pessoas que já 
se formaram no Ensino Superior (BAGNO, 2002, 
p.185; LUCCHESI, 2002, p.65). 
 
 
 
Língua que é 
reconhecida por lei 
como a que será 
empregada pelo Estado 
em suas relações com 
os cidadãos, como no 
caso da Constituição 
brasileira, que afirma 
ser o português a 
língua oficial do Brasil. 
 
Bagno, M.. Sete erros aos 
quatro ventos: a variação 
linguística no ensino de 
português. 1. ed. São Paulo: 
Parábola Editorial, 2013. v. 
1. 192p. 
Bagno apresenta uma visão 
crítica desta dicotomia, 
apontando que a norma-
padrão deve ficar fora da 
pirâmide de estratificação 
social. Assim, se separa a 
norma-padrão da norma 
culta. 
 
Bagno, M.. A Língua de Eulália. 6. ed. São Paulo: Editora Contexto, 1997. v. 1. 215p. 
Desconstruir a ideia de pessoas cultas X 
incultas: Faraco (2002, p. 40) esclarece 
que o termo norma culta, como foi dito, 
designa a variedade utilizada pelas 
pessoas que possuem mais contato com 
a “cultura escrita” e, por isso, tal 
vocábulo é utilizado. 
Amorim, Laura Maia; Di Santi, Bianca Trindade. Norma Padrão, Norma Culta e Hibridismo Linguístico em Traduções de Artigos do New York Times. CADERNOS DE TRADUÇÃO, v. 39, p. 111-131, 2019. 
Guerra, P. N. M.. Norma culta e norma-padrão: desfazendo os sinônimos. Parlatorium, v. 01, p. 06, 2008. 
 
Bagno, M.. Sete erros aos quatro ventos: a variação linguística no ensino de português. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2013. v. 1. 192p.

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