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15/08/2023, 20:47 Macroeconomia
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MACROECONOMIA
CAPÍTULO 1 – AFINAL, O QUE É E PARA
QUE SERVE A MACROECONOMIA?
Jamilly Dias dos Santos
INICIAR
Introdução
Caro aluno (a)! Seja bem-vindo (a) à disciplina de Macroeconomia, um dos
assuntos mais interessantes, desafiadores e úteis que você pode aprender. No
âmbito pessoal, a macroeconomia pode ajudar a responder questões como: eu
devo mudar de emprego? Eu devo pedir um aumento salarial? Eu devo comprar
uma casa agora ou esperar o próximo ano?
Em relação ao mundo empresarial e profissional, a macroeconomia pode auxiliar
na resposta de questões como: quanto a empresa deve fabricar esse mês? Devo
investir em novas fábricas e equipamentos para expandir a produção? Devo
ampliar a venda para o mercado exterior ou devo reduzir o ritmo de produção da
empresa?
A macroeconomia pode ajudar a responder essas perguntas porque nos auxilia a
pensar as relações em que vivemos e trabalhamos por outro ângulo. Ela ajuda a
filtrar, classificar e analisar as centenas de informações que recebemos
diariamente da mídia: um aumento, redução ou permanência do nível da taxa de
juros básica; a variação do dólar; a elevação no nível de inflação. Do ponto de
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vista macroeconômico, todas essas informações revelam padrões e tendências
que precisam ser acompanhados para que se possa tomar decisões mais
proveitosas nos âmbitos pessoal, empresarial e profissional. 
No restante desse capítulo definiremos brevemente a macroeconomia e, em
seguida, falaremos sobre o modelo clássico, a determinação da oferta agregada
clássica e, por fim, a determinação da demanda agregada clássica.
Vamos estudar esses conteúdos a partir de agora. Acompanhe! 
1.1 Introdução à macroeconomia
A macroeconomia é o campo de estudo da economia responsável pela análise da
determinação e do comportamento dos grandes agregados macroeconômicos.
Blanchard define da seguinte forma:
A macroeconomia estuda as variáveis econômicas agregadas, como
a produção total de uma economia (produto agregado) ou o preço
médio de todos os bens (o nível de preço agregado) (BLANCHARD,
2011, p.1).
Podemos citar como exemplos de agregados econômicos a renda e o produto
nacional; o investimento, a poupança e o produto agregado; o nível geral de
preços, de emprego e de desemprego; o estoque de moeda e as taxas de juros; o
balanço de pagamentos e a taxa de câmbio (LOPES; VASCONCELLOS, 2011). 
CASO
Para entender o uso da macroeconomia no cotidiano suponha a seguinte situação hipotética: 
Antônio era proprietário de uma pequena empresa de fabricação de roupas femininas. Todo
mês de julho, tinha que decidir quantas peças do vestuário produzir para a próxima temporada
de festas e, todo ano, ele simplesmente dobrava sua produção. Como ele nunca teve problemas
para mudar o estoque, Antônio decidiu fazer a mesma coisa novamente. Mesmo que isso
significasse tirar um grande empréstimo, de curto prazo, para financiar a expansão.
Infelizmente, os estudos universitários de administração e marketing de Antônio nunca
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incluíram um curso de macroeconomia. Então, ao tomar sua decisão, ele perdeu alguns sinais
de perigo bastante significativos. Por exemplo, ele leu no jornal que o Banco Central
recentemente elevou a taxa de desconto bancário e vendeu títulos no mercado aberto. Mas
Antônio não viu isso como uma política monetária contracionista, que poderia desencadear
uma recessão. Em vez disso, ele apenas resmungou sobre a maior taxa de juros em seu
empréstimo de negócios. Antônio também não viu as implicações recessivas de várias matérias
na internet relatando uma queda na confiança do consumidor e um ligeiro aumento na taxa de
desemprego. Então Antônio foi surpreendido. Em outubro, ele não conseguiu pagar um enorme
empréstimo que parecia não finalizar. Em junho, ele estava falido. Atualmente Antônio trabalha
como consultor para um de seus antigos concorrentes durante o dia e estuda a macroeconomia,
à noite, em uma faculdade próxima.
Para a análise econômica, a macroeconomia investiga cinco mercados, quais
sejam: mercado de bens e serviços; mercado monetário; mercado de trabalho;
mercado cambial e mercado de títulos. Para conhecê-los, clique nas abas abaixo. 
No estudo do mercado de bens e serviços, as variáveis
macroeconômicas determinadas são o produto agregado e o nível
geral de preços. O produto agregado é a soma de todos os bens e/ou
serviços finais produzidos pela economia durante determinado
período de tempo. O preço do produto agregado é o nível de preços,
ele representa a média de todos os preços dos produtos produzidos.
Além da agregação para a análise do mercado de bens e serviços, tem-
se a agregação para o mercado de trabalho. Nesse caso, ela é realizada
para os tipos de trabalhos existentes na economia. É pelo estudo do
mercado de trabalho que se determina os seguintes agregados
macroeconômicos: nível geral de emprego e taxa de salário.
Mercado de bens e serviços
Mercado de trabalho
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O mercado monetário, por sua vez, investiga as relações existentes em
uma economia de troca cujo elemento comum é a moeda. Logo, as
taxas de juros do mercado e a quantidade de moeda para circulação na
economia são determinadas no mercado monetário. 
Um país de economia aberta como o Brasil, por exemplo, realiza uma
série de transações com o resto do mundo, que envolve não apenas
mercadorias, mas também serviços e transações financeiras
(DORNBUSCH; FISCHER; STARTZ, 2009). Para essas transações se
tornarem viáveis, os preços e moedas dos diferentes países precisam
ser comparados. A taxa de câmbio permite calcular a relação de troca,
isto é, o preço relativo entre diferentes moedas. É no mercado cambial
que essas variáveis macroeconômicas, como a oferta e demanda de
moedas estrangeiras e a taxa de câmbio, são determinadas.
Por fim, é importante saber que em toda economia existe agentes
superavitários e deficitários, de modo que, conforme Dornbusch
(2009), agentes que possuem superávit de renda são aqueles que
detêm nível de renda superior aos seus gastos. Já os agentes
deficitários, por sua vez, são aqueles que possuem gastos superiores
ao seu nível de renda. Sendo assim, no mercado de títulos há o
encontro dos agentes superavitários e deficitários, onde os agentes
superavitários seriam os ofertantes, os que possuem capacidade de
emprestar, para os agentes deficitário – os demandantes. Nesse
Mercado monetário
Mercado cambial
Mercado de títulos
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Para dar continuidade aos seus estudos, conheça, na sequência, sobre a
evolução do pensamento macroeconômico.
1.1.1 Evolução do pensamento macroeconômico 
John Maynard Keynes é considerado o fundador da macroeconomia moderna.
Antes de Keynes, os pensadores concentravam-se em questões mais
relacionadas ao âmbito da teoria microeconômica. Keynes chamava os
economistas anteriores à sua geração de economistas clássicos. Esses, até o final
dos anos de 1920, advogavam a ideia da flexibilidade de preços e salários que
garantiriam o pleno emprego. Os economistas clássicos defendiam a existência
da Lei de Say, segundo a qual toda oferta gera sua própria demanda. 
Essas ideias pregadas pelos economistas clássicos eram conhecidas como a
filosofia do liberalismo econômico. O liberalismo econômico pregava um
mercado livre da intervenção do Estado.John Maynard Keynes (1883 – 1946) foi um economista britânico cujas ideias revolucionaram a
macroeconomia. Seu livro “A Teoria geral do emprego, do juro e da moeda”, publicado em 1936, é
uma das obras clássicas do pensamento econômico. Keynes defendia uma política econômica de
estado intervencionista, através da qual os governos usariam medidas fiscais e monetaristas para
mitigar os efeitos dos ciclos econômicos (HUNT, 2013).
mercado, temos a oferta e a demanda de ativos, chamados de títulos,
por isso, aqui é determinado o preço desses títulos, que é dado pelo
nível da taxa de juros. 
Existem diversos tipos de títulos: títulos do governo, ações, duplicatas,
etc. Assim como existe a agregação no mercado de bens e serviços e no
mercado de trabalho, no mercado de títulos a agregação é feita para os
diversos tipos de títulos. Normalmente, para a análise do mercado de
títulos a agregação é feita para algum título do governo. Desta forma, o
preço e a quantidade de títulos são determinados no mercado de
títulos.  
VOCÊ O CONHECE?
15/08/2023, 20:47 Macroeconomia
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Em 1929 eclode a grande depressão e, em seguida, o crack da Bolsa de Nova
York, e colocou em cheque toda a teoria de liberalismo econômico que prevalecia
na época. Justamente nesse período, Keynes lança seu livro, 1936, intitulado
“Teoria geral do emprego, do juro e da moeda”, fazendo uma revolução na
macroeconomia existente até então. Keynes defende a atuação de forma mais
efetiva do Estado em soluções de problemas do nível de renda e emprego em
curto prazo. A partir de então, os desenvolvimentos teóricos da macroeconomia
tornou possível que situações de desequilíbrios como essas fossem prevenidas e
forneceu instrumentos para colocar a economia perto do pleno emprego.
1.1.2 Escolas de pensamento
Após as ideias revolucionárias de Keynes, novos desenvolvimentos teóricos
surgiram para aperfeiçoar a análise macroeconômica. Em 1937, J. Hicks lança o
artigo “Mr. Keynes and the classics: a suggested interpretation” apresentando o
aparato conhecido como Modelo IS/LM, e, a partir dele, se estrutura a chamada
Síntese Neoclássica Keynesiana, que permite analisar a economia tanto pela
hipótese de pleno emprego, como pela a de desemprego (MANKIW, 2014).
O filme As Vinhas da Ira, de John Ford, conta a história de uma família pobre dos EUA que durante a
grande depressão de 1929 é obrigada a abandonar as terras que arrendava havia décadas, devido a
chegada do progresso, no qual os donos da terra compraram tratores e máquinas, adotando um novo
regime de propriedade. Esse fator tornou obsoleto o trabalho manual de plantio da terra e expulsou a
família que seguiu rumo à Califórnia.
O modelo IS/LM representa a interligação entre o lado real e o lado monetário da
economia. A parte real é representada pelo mercado de bens e serviços e o de
fatores de produção, por exemplo, o mercado de trabalho. Já o lado monetário
representa a remuneração tanto dos bens e/ou serviços, como dos fatores de
produção. O lado real mais o lado monetário formam o fluxo circular da renda.
Porém, há uma lacuna no modelo IS/LM, ele negligencia o papel que as
VOCÊ QUER VER?
15/08/2023, 20:47 Macroeconomia
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expectativas têm no comportamento dos agentes econômicos. Nos anos de 1950
surge a Curva de Phillips, que introduz na análise macroeconômica os
movimentos da oferta agregada. A curva de Phillips apresenta o trade-off
existente entre as taxas de inflação e de desemprego. Ela é demonstrada a partir
de uma curva de oferta com inclinação positiva, de modo que quanto maior o
desemprego, menor é a taxa de inflação; e quanto menor o desemprego, maior
seria a taxa de inflação.
Na segunda metade dos anos de 1950, a Teoria Monetária ressurge, só que dessa
vez liderada pelas ideias de Milton Friedman. Friedman enfatiza a ideia das
expectativas inflacionárias sobre a produção e o emprego, isto é, ele introduz a
noção da taxa de inflação esperada e retoma o papel da oferta agregada na
macroeconomia (HUNT, 2013).
Nos anos de 1970 surge o que passou a se chamar de Nova Economia Clássica, ou
Novos Clássicos, com a ideia das expectativas racionais. Esta teoria destaca a
importância do comportamento dos agentes como indivíduos racionais, que
tomam decisões com base nas informações disponíveis sobre o atual cenário
econômico e as previsões futuras. Sob todo esse movimento, configuram-se
quatro escolas principais do pensamento macroeconômico, quais sejam:
Keynesianos, Neoclássicos, Novos Clássicos e os pós-Keynesianos. Geralmente
tanto os neoclássicos como os novos clássicos são denominados de
monetaristas.
A hipótese das expectativas racionais inseriu aspectos do comportamento dos indivíduos na análise
macroeconômica. Para se aprofundar no tema sugiro o trabalho seminal de Mário Henrique Simonsen
no artigo “Teoria econômica e expectativas racionais” disponível no link:
<bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/download/261/6789
(http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/download/261/6789)>. Nesse trabalho
Simonsen apresenta uma estrutura analítica sobre introdução das expectativas racionais nas análises
macroeconômicas.
VOCÊ QUER LER?
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/download/261/6789
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De acordo com Hunt (2013), a principal diferença entre os Keynesianos e os
Neoclássicos residia justamente na questão do emprego. Os Neoclássicos
defendiam a ideia de que o mercado tende a gerar equilíbrio no nível de pleno
emprego. Já os Keynesianos advogavam a existência de falhas estruturais de
mercado, que tornavam as economias capitalistas incapazes de alcançar o pleno
emprego. As falhas de mercado no qual os Keynesianos se referiam era a rigidez
de preços e salários, sobretudo no mercado de trabalho e da taxa de juros.
Para conhecer mais sobre esse tema, clique nas abas abaixo.
Novos-keynesianos
Os Keynesianos acabaram incorporando em parte a hipótese das
expectativas racionais, o que deu origem a corrente denominada
novos-keynesianos, surgida na década de 1980. A principal
contribuição dessa escola foi adicionar elementos na tradição
keynesiana sobre o desemprego voluntário. Para eles, o
desemprego voluntário era explicado pela existência de contratos
de trabalho formulados de forma retrospectiva, isto é, quando
havia queda na demanda agregada, os salários se mantinham
fixos tempo suficiente ao ponto de não permitir o retorno ao nível
inicial de emprego. Os novos keynesianos também procuraram
justificar por que existiam alguns preços e salários rígidos na
economia, que aumentavam os efeitos das flutuações da
demanda agregada sobre a produção e o emprego.
Pós-keynesianos
Em uma trajetória distinta nascem os pós-keynesianos. Eles
afirmavam que a insuficiência da flexibilidade dos salários
monetários era o elemento capaz de conduzir a economia para o
pleno emprego. Esses pós-keynesianos surgem na década de
1970 e tinham seus trabalhos baseados no resgate das ideias
centrais de Keynes como a questão do desemprego involuntário e
a noção da Demanda Efetiva. Essa escola da macroeconomia
tinha como pressuposto a não neutralidade da moeda e a
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incerteza sobre o futuro. Também defendia a necessidade da
intervenção do governo na economia para buscar o pleno
emprego da força de trabalho.
Teoria dos Ciclos Reais
E, por fim, no começo dos anos de 1980, estrutura-se a chamada
teoria real do ciclo econômico, ou simplesmente, a Teoria dos
Ciclos Reais. Essa abordagem defende que as flutuaçõesno nível
de produção são justificadas pelas mudanças que afetam a
produtividade, sobretudo, choques tecnológicos, desastres
climáticos, mudanças nos preços dos insumos e a mudança nas
preferências.
Além das escolas mencionadas, existe também os fundamentalistas. Estes
introduzem uma concepção de indivíduo no qual o comportamento é função das
crenças e do hábito. Há, ainda, os institucionalistas que buscam incorporar na
análise macroeconômica a influência da estrutura das instituições do país.
1.2 Modelo clássico
Antes de adentrarmos ao modelo clássico faz-se necessário contextualizá-lo na
história econômica. A expressão teoria econômica clássica, tal como é
denominada por Keynes, intitula os princípios tradicionais ou ortodoxos da
teoria econômica, têm sido transmitidos e aceitos pelos economistas desde o
início do século 19.  Esses fundamentos constituem um corpo de doutrina bem
definido, que forma o núcleo do material analítico apresentados nos tratados de
ciência econômica até 1947. Esse conjunto de princípios foi tão amplamente
aceito no discurso de mais de um século, que recebeu o rótulo de clássico.
1.2.1 Introdução à economia clássica
A teoria econômica clássica baseia-se na hipótese do pleno emprego do trabalho
e dos fatores de produção. É possível que aconteça queda do pleno emprego,
porém essas quedas são tratadas como anomalias. A situação considerada
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normal é o equilíbrio estável de pleno emprego. Se a anomalia persiste, a
economia clássica a atribui tal anomalia à interferência dos governos ou
monopólios privados das forças do mercado.
A política social que assegura o pleno emprego é a do laissez-faire, ou seja, a
ausência de intervenção estatal no lado econômico, no mercado e nas empresas
privadas. A teoria clássica tem como ponto central o pleno emprego dos fatores
de produção. Os fatores de produção podem ser representados, aqui, pelo
trabalho e pelo estoque de capital (máquinas e equipamentos). Dada uma
disponibilidade de recursos, há o emprego de determinada quantidade de
fatores de produção, direcionando-se, assim, o nível de produto da economia e a
forma que os rendimentos provenientes deste produto serão distribuídos entre
os diferentes fatores que participaram da produção – salário e remuneração do
capital, por exemplo. As forças do mercado que direcionam os fatores na
produção e determinam o pagamento na distribuição são a oferta e a demanda.
As relações entre produto disponível e a procura determinam os valores relativos
dos recursos e das mercadorias.
A teoria econômica clássica justifica a aceitação do emprego total dos recursos
como a condição de uma economia de troca, diante da suposição de que a oferta
cria sua própria procura. Essa suposição ou princípio se chama lei do mercado de
Say. A oferta cria sua própria procura isso quer dizer que todo produtor que traz
mercadoria ao mercado vai trazê-las para trocá-las por outros bens. Say supõe
que a única razão, pela qual as pessoas trabalham e produzem, é para desfrutar a
satisfação de consumir. Sendo assim, numa economia de troca tudo que se
produz representa a procura de outro produto. Oferta adicional é procura
adicional.
Jean Baptiste Say (1767 - 1832) foi um economista e industrial francês que formulou em 1803 a Lei de
Say. Ele também elaborou a teoria dos três fatores de produção (terra, mão de obra e capital). Criou
também uma teoria das funções do empresário, introduzindo esse tema na economia política. Jean
B. Say foi professor do College de France. Suas obras principais foram: Tratado de Economia Política
(1803) e Curso Completo de Economia Política (1828) (SANDRONI, 2005).
VOCÊ O CONHECE?
15/08/2023, 20:47 Macroeconomia
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A produção mal dirigida pode originar uma superoferta temporária de algumas
mercadorias isoladas, mas desde que a oferta cria sua própria procura não pode
existir superprodução geral. Em síntese, a Lei de Say constitui uma negação à
possibilidade de superprodução geral, isto é, uma negação da possibilidade de
deficiência de procura global.
A ideia é que a utilização de mais meios de produção será sempre benéfica, até o
ponto do pleno emprego, desde que os meios de produção utilizados – por
exemplo, a força de trabalho – sejam remunerados com base no preço de
mercado, ou seja, os pagamentos não podem ser maiores do que a produtividade
do fator de produção. Sob essa ótica, não pode existir desemprego involuntário
se os trabalhadores aceitarem o que merecem.
Para entender as ideias que pautam as decisões econômicas atuais sugiro a leitura da publicação “O
Livro da economia” de vários autores e traduzido para português por Carlos S. Mendes Rosa. O livro
apresenta as bases do pensamento das diversas teorias da economia em todo o mundo. Ele é escrito
por um grupo de economistas, jornalistas e analistas financeiros.
O grande defeito da teoria da economia clássica, segundo Keynes, é sua
irrelevância para explicar as condições do mundo capitalista contemporâneo.
Nas economias capitalistas, em que o desemprego generalizado, os ciclos
econômicos, a inflação e outras formas de instabilidade constituem os principais
problemas da política estatal, busca-se uma teoria que resolva esses problemas
de maneira a proporcionar uma orientação voltada para sua solução ou melhoria
(KEYNES, 1982). Por isso, tal linha de pensamento foi colocada em cheque na
Crise de 1930 – momento em que ganham força as ideias de cunho keynesiano.
1.2.2 Postulados da teoria clássica
Os postulados da teoria clássica foram citados de forma contextualizada no
ponto introdutório deste capítulo. Agora vamos demonstrá-los de forma mais
direta, clique nas abas para conferir. 
VOCÊ QUER LER?
15/08/2023, 20:47 Macroeconomia
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Para entender como esses postulados se inserem na teoria clássica veremos a
determinação da oferta agregada e, em seguida, da demanda agregada. É
importante dizer que o modelo de Oferta e Demanda Agregada é o resultado da
contribuição de diversos autores ao longo da história da macroeconomia (HUNT,
2013).
O modelo clássico considera que o mercado equilibra a economia do
pleno emprego no ponto em que a oferta e a procura de mão de obra
são iguais. Isso quer dizer que há completa flexibilidade de preços e
salários (PAIVA, 2008).
o nível de produto não é determinado pela demanda agregada. É
valida a Lei de Say: toda oferta cria sua demanda (PAIVA, 2008). De
acordo com a hipótese da neutralidade da moeda, a política monetária
não atinge as variáveis reais e os preços relativos. O mercado que
determina automaticamente o nível de atividade e de emprego. A
política monetária afeta apenas o nível geral de preços (PAIVA, 2008). 
1.3 Determinação da oferta agregada
clássica
Lopes (2011) define oferta agregada como sendo todos os produtos que
empresas e famílias oferecem, em um determinado período de tempo, a um
certo padrão de preços. Sendo assim, podemos dizer que uma grande
quantidade de empresas realiza a oferta agregada através da produção de
milhares de mercadorias na economia. 
Flexibilidade de preços e salários
Lei de Say
15/08/2023, 20:47 Macroeconomia
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A grande quantidade de empresas é considerada como tomadoras de preços, ou
seja, elas, individualmente, não têm condições de influenciar a indicação dos
preços dos produtos, desde que os meios de produção empregados – por
exemplo, a força de trabalho – sejam remunerados com base no preço de
mercado, ou seja, remunerações não podem ser maiores do que a produtividade
do fator de produção.  
A determinação da ofertaagregada requer entender como se estabelece o nível
de produção de cada empresa individualmente e, em seguida, associar esse nível
de produção e obter o nível de produção para a economia em geral (LOPES,
2011). Para gerar o produto, as empresas combinam fatores de produção, dentre
eles destaca-se o capital (máquinas, equipamentos, edifícios etc.) e o trabalho
conforme a tecnologia disponibilizada. A quantidade produzida e a utilização dos
fatores de produção, dada à tecnologia, são definidas na função de produção da
seguinte forma: Y= F (K,L,A)
Em que:
Y = produto
K = quantidade de capital utilizada
L = quantidade de trabalho utilizada (horas-trabalho)
A = nível tecnológico
Portanto, podemos afirmar que a função de produção demonstra a quantidade
máxima de produtos possível de se obter, com determinada combinação de
capital e trabalho, levando em consideração o nível tecnológico disponível. Além
disso, considera-se que todas as variáveis são definidas para um dado período de
tempo e que não há desperdícios. Não existem gastos desnecessários no sentido
de que as empresas operam de forma eficiente.  
VOCÊ SABIA?
Na teoria da produção, com fundamentos microeconômicos, o curto prazo é o período de tempo
no qual o estoque de todos os fatores de produção, exceto um, estão determinados, assim como
o nível de tecnologia disponível.
15/08/2023, 20:47 Macroeconomia
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Quando se leva em consideração o nível tecnológico, como sendo o mesmo para
todas as empresas presentes em determinada economia, a função de produção
representa toda a economia de um modo geral. Sendo assim, para determinar o
nível de produto, torna-se suficiente somar a quantidade que cada empresa
utilizou de capital e trabalho. Clique nas setas e conheça mais sobre o assunto. 
Diante disso, destacam-se as hipóteses assumidas no
modelo clássico em relação a função de produção.
Blanchard (2010) reforça que o produto final de cada
empresa varia conforme a quantidade utilizada de cada
fator de produção, isto é, a produção final da empresa
pode aumentar ou diminuir a quantidade de capital ou
trabalho utilizado. Além disso, a produção final também
pode variar em função do nível tecnológico, de forma
que melhorias nesse setor aumentam o nível de
produção.  
  Para determinado nível tecnológico, a função de
produção apresenta retornos constantes de escala:
nY=F(nK,nL). Isto é, se pretendemos duplicar a produção,
é necessário dobrar a quantidade dos fatores de
produção, dado o nível tecnológico disponível. Observe
que ao mantermos fixo um dos fatores de produção,
teremos retornos marginais decrescentes da função de
produção, em relação ao fator que permaneceu
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VOCÊ SABIA?
A produtividade marginal de um fator de produção é dada pelo aumento na produção devido ao
aumento de uma unidade desse fator, mantendo os demais fatores de produção fixos, ou seja, é
a variação do produto dada variação de uma unidade na quantidade de fator de produção em
determinado período de tempo. Representa a contribuição adicional de cada fator (BLANCHARD,
2010).
Para entender melhor, dado que temos basicamente dois fatores na função de
produção, vamos considerar apenas um deles como fator variável. Nesse caso, o
fator trabalho. Sendo assim, observe na Figura 1 que o nível de produção vai
depender da quantidade utilizada do fator trabalho, visto que o estoque de
capital e o nível tecnológico são fixos no curto prazo: Y=F (L)
Graficamente pode-se ilustrar a função de produção com o fator trabalho variável
da seguinte forma:
variável. Assim é possível dizer que o aumento
marginal, em apenas um dos fatores de produção,
resulta em aumentos cada vez menores na produção. 
 
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A partir da figura é possível perceber que a produção e a oferta agregada
dependem da quantidade empregada do fator de produção variável que, nesse
caso, é o fator trabalho. O nível de emprego nesse item é determinado no
mercado de trabalho, onde a procura por esse fator é realizada pelas empresas e
a oferta é determinada pelos indivíduos que possuem esse fator, ou seja, as
famílias e os trabalhadores.
1.3.1 Mercado de trabalho na Economia Clássica
Para entender como funcionava o mercado de trabalho na Economia Clássica,
vamos determinar a demanda por mão de obra e a oferta de mão de obra no
mercado de trabalho sob a ótica dos clássicos.
No intuito de determinar a demanda por trabalho vamos supor que as empresas
contratam trabalhadores (mão de obra) buscando a maximização dos lucros.
Dessa forma, é possível determinar a demanda por trabalho a partir do
comportamento maximizador das empresas. Clique nas abas e conheça outros
aspectos relacionados ao tema. 
Figura 1 - O gráfico representa a função de produção. No qual o eixo X corresponde à quantidade de
trabalho e o eixo Y corresponde à produção. A curva é o rendimento da função de produção quando o
fator trabalho é variável. Fonte: Elaborada pela autora 2018.
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A determinação do lucro das empresas é dada pela diferença entre
receitas e custos. As receitas são definidas a partir da venda da
produção, aqui chamaremos de receita total. Já os custos representam
os gastos envolvidos na geração do produto, ou seja, os custos dos
fatores de produção. No caso, considerando a tecnologia como dada,
teremos o custo do fator trabalho, que é representado pelo salário, e o
custo do capital, que se trata da remuneração do mesmo.
Chamaremos, aqui, de custo total. Pode-se definir da seguinte forma:
Lucro = Receita-Custo 
Lucro = PY - (wL + zK)
Em que:
P = preço do produto Y
w = salário nominal por unidade de trabalho L
z = custo por unidade de capital K
Vimos que, no curto prazo apenas um dos fatores de produção é
variável. Considerando a função de produção Y = F (L), nesse caso, fator
trabalho é variável. Sendo assim, podemos escrever a função de lucro
das empresas da seguinte forma: Lucro = PF (L) - (wL + zK).
Lucro
Função de demanda
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Para determinar a função de demanda da empresa por trabalhadores,
vamos considerar que estamos sob a estrutura de mercado em
concorrência perfeita, hipótese essa adotada pelo modelo clássico. Em
concorrência perfeita as empresas não têm o poder de decidir sobre o
preço (P) que vendem seus produtos, nem sobre o salário (w) que
pagarão ao trabalhador, ambas as variáveis são dadas (BLANCHARD,
2010). Sendo assim, a decisão da empresa fica pautada apenas na
quantidade de mão de obra (L) a ser contratada e quanto é necessário
produzir para obter o lucro máximo. Portanto, a empresa precisa
maximizar sua função lucro considerando apenas a quantidade de
fator de produção trabalho (L) que pretende empregar.
A maximização é obtida a partir da derivada parcial em relação a L,
onde se obtém que:
δ Lucro/δL = 0
PF^' (L) - w = 0         ou         F^' (L) =  w/P
Em que  F^' (L) representa a primeira derivada de F (L), isto é, a
produtividade marginal do trabalho. E w/P representa o salário real
oferecido ao trabalhador.
Assim, é possível afirmar que para a empresa obter seu lucro máximo,
ela terá que contratar trabalhadores até o momento em que a
produtividade marginal do fator trabalho seja igual ao salário real.
Maximização
Lucro máximo
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Sabe-se que a produtividade marginal do trabalho é decrescente. Desse modo,
para que a empresa possa contratar mais mão de obra é necessário que o salário
real diminua, para acompanhar a redução da produtividade marginal [F^' (L)].
Graficamente, é possível observar essa relação inversa entre demanda por
trabalho e salário real da seguinte forma como nos mostra a Figura.
Visto a determinação da demanda por trabalho, vejamos como se dá a oferta de
trabalho no modelo clássico. É sabido que a oferta de mão de obra no mercado é
feita pelas famílias, através da quantidade de horas que se destina ao trabalho. A
questão a saber é como a oferta de horas de trabalho feitas pelos indivíduos é
influenciada pelo salário real (W/P). É importante dizer que a decisão de quantas
horas o indivíduo escolhe destinar ao trabalho não é afetada pelo salário nominal
(W), mas sim pelo salário real, isto é, pelo poder de compra recebido pelo
trabalhador (BLANCHARD, 2010).
Sendo assim, pode-se dizer que a produtividade marginal do trabalho
corresponde à demanda das empresas por trabalhadores. 
Figura 2 - O gráfico representa a demanda por trabalho no modelo clássico. No qual o eixo x
corresponde à quantidade de trabalho e, o eixo y, se refere ao salário real. Fonte: Elaborada pela
autora 2018.
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A definição do indivíduo em relação ao número de horas destinado ao trabalho é
uma decisão entre trabalho e lazer. O trabalho gera renda para poder consumir e
obter satisfação no consumo de mercadorias. O lazer gera satisfação (utilidade)
de forma que a decisão de quanto trabalhar é consequência da maximização da
satisfação, isto é, da maximização de uma função utilidade que é composta pela
renda e pelo lazer.
Dentro do pensamento clássico supõe-se que os indivíduos podem distribuir
livremente seu tempo entre lazer e trabalho, ou seja, os indivíduos podem
escolher quantas horas por dia irão trabalhar.  A partir dessa suposição a curva de
oferta de trabalho reflete a Desutilidade Marginal do Trabalho, isto é, mostra
quanto precisa ser o salário real para que o indivíduo escolha dedicar mais horas
ao trabalho e não ao lazer (HUNT, 2013).
A essa altura é importante dizer que a suposição em que os indivíduos são livres
para escolher entre horas dedicadas ao trabalho e as horas dedicadas à diversão,
é pouco realista. O que normalmente acontece é que o indivíduo escolhe entre
aceitar a jornada de trabalho oferecida ou não aceitar a vaga de emprego. Dito
isso, a oferta de trabalho por parte dos indivíduos é dada por: Lo=Lo(w/P) . Sendo
assim, a oferta de trabalho é determinada pelo salário real, ou seja, pelo poder de
compra recebido pelo trabalhador. Graficamente a oferta de trabalho é
positivamente inclinada (BLANCHARD, 2010). A Figura 4 ilustra bem essa
situação.
Figura 3 - O indivíduo, no modelo clássico, é livre para decidir quantas horas vai direcionar ao trabalho
e quantas acha conveniente direcionar para atividades de lazer. Fonte: Elaborada pela autora 2018.
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Variações no salário real resultam em dois efeitos sobre a decisão dos indivíduos,
quais sejam: efeito renda e efeito substituição. No efeito substituição, quando há
aumento salarial real, o lazer fica relativamente mais caro, sendo assim diminui a
procura pelo lazer e aumenta a oferta de trabalho. No efeito renda, quando há
aumento salarial os indivíduos passam a ter mais renda e, com isso, demandarão
mais lazer e mercadorias, repercutindo na redução da oferta de trabalho
(MANKIW, 2014).
1.3.2 Perfeita flexibilidade de preços e salários 
Lopes (2011) observa que para obter o equilíbrio do mercado de trabalho, de
acordo com a economia clássica, é necessário supor perfeita flexibilidade de
preços e salários. Sendo assim, como a estrutura de mercado na economia
clássica é do tipo concorrência perfeita, se acontecer excesso de oferta de mão de
obra no mercado, o salário real tenderá a cair. De modo contrário, se acontecer
excesso de procura por trabalhadores por parte das empresas, o salário real
Figura 4 - A oferta de trabalho é dada por uma reta que possui inclinação positiva, de modo que quanto
maior o salário real, maior é o número de horas dedicadas ao trabalho. Fonte: Elaborada pela autora,
2018.
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tenderá a aumentar, até mesmo como forma de atrair mais mão de obra. Lembre-
se que em uma estrutura de mercado do tipo concorrência perfeita existe um
grande número de trabalhadores e um grande número de empresas. 
Clique nos itens abaixo e conheça mais sobre o tema. 
A flexibilidade do salário real garante que, no modelo clássico, o
mercado alcance um nível de salário real, no qual, a oferta de
mão de obra seja igual à demanda. Pode-se dizer que no nível de
salário real de equilíbrio, em que a oferta é igual à demanda de
trabalho, todos os indivíduos que quiserem trabalhar terão
emprego e, as empresas, ofertarão vagas suficientes para atender
a necessidade (PAIVA, 2008).
Quando o salário real estiver acima do nível de equilíbrio existirá
um excesso de oferta de trabalho, pois a mão de obra será maior
que a demanda das empresas e, com isso, ter-se-ia uma situação
de desemprego. Nesse caso, com o excesso de oferta de trabalho,
existirá uma concorrência entre os ofertantes de mão de obra, na
busca por emprego, pressionando os salários para baixo e,
consequentemente, reduzindo a oferta e ampliando a demanda
de trabalho até que as duas quantidades se igualem ao nível de
salário real de equilíbrio (PAIVA, 2008).
Se o salário real estiver abaixo do nível de equilíbrio, haverá
excesso de demanda por mão de obra, levando a uma
concorrência entre as empresas na busca por trabalhadores
disponíveis, e, em consequência, o salário real irá aumentar. A
elevação do salário real atrairá mais candidatos ao mercado,
suprindo a demanda por mão de obra, até o ponto em que as
duas quantidades, oferta e demanda de mão de obra, se tornam
iguais no ponto em que o salário real corresponda ao de
equilíbrio. Pode-se afirmar então que se o salário for flexível, não
haverá empecilhos para termos o equilíbrio de pleno emprego
sob a ótica dos clássicos, não persistindo nenhuma situação de
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desemprego involuntário ou superemprego. De acordo com o
modelo clássico, portanto, é aceitável apenas a existência de
desemprego voluntário.
Para dar sequência aos seus estudos sobre a Macroeconomia, o próximo tópico
abordará um assunto importante: a determinação da demanda agregada
clássica.
1.4 Determinação da demanda
agregada clássica
A demanda agregada na Teoria Clássica é determinada pela relação entre a
quantidade demandada de bens e serviços e o nível geral de preços. Essa
demanda agregada é derivada da equação da teoria quantitativa da moeda
(tqm), a saber: MV = PY
Em que:
M = quantidade de moeda
V = velocidade-renda da moeda
P = nível geral dos preços
Y = renda ou produto real
Ao analisar a equação acima é possível observar que a oferta de moeda no
mercado é igual à demanda de moeda, bem como a demanda de moeda é
proporcional à quantidade de produto real, disponível na economia. Além disso,
no modelo de economia clássica a velocidade de circulação da moeda (V), no
curto prazo, é considerada constante dada a oferta de moeda (M) disponível, de
modo que existirá uma relação inversa entre o nível de preços (P) e o produto real
(Y). Ou seja, para determinada quantidade de moeda ofertada (m), quanto maior
for o nível de preços (p), menor seráo estoque real de moeda (m/p) para
satisfazer o consumo de bens e serviços (y) por motivo transação, ou seja, menor
será a demanda.
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Como dito, um aumento na oferta de moeda tem como consequência um
aumento do consumo, isto é, com mais quantidade de moeda disponível, o
indivíduo tende a consumir mais. Porém, a quantidade de produto disponível é
fixa no curto prazo e é dada pelo lado da oferta. Isso fará com que o aumento no
consumo (demanda) apenas gere efeito sobre o nível de preços. O mesmo se
eleva para se obter o equilíbrio entre a oferta e a demanda por produtos. Nessa
situação, pode-se dizer que a oferta de moeda e o nível de preços têm relação
direta e proporcional.
Como o produto real da economia, no modelo clássico, é dado pela oferta, a
variável determinada pela demanda agregada, no modelo clássico, é apenas o
nível de preços. Como explicitado na Figura 5, a curva da demanda é
determinada pela oferta de moeda. Sendo assim, políticas expansionistas, tal
como uma política monetária de ampliação da oferta de moeda na economia,
ampliam a demanda e a única variável afetada pela moeda será o preço (LOPES,
2011).
Podemos dizer que, ao se definir a quantidade de moeda disponível no mercado
e a quantidade de produto ofertado pelo conjunto de empresas, isto é, o produto
agregado, a demanda agregada da economia tem apenas o poder de determinar
Figura 5 - O gráfico da demanda agregada no modelo clássico: quanto maior o nível de preços, menor é
o estoque de moeda. Fonte: Elaborada pela autora, 2018.
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o nível de preços do produto. Dessa forma, variações na demanda agregada,
causadas pela oferta de moeda, alteram apenas o nível de preços da economia,
não interferindo sobre o nível do produto real.
1.4.1 Neutralidade da moeda
O princípio da neutralidade da moeda é uma proposição segundo a qual as
alterações na oferta de moeda não interferem no nível de produto ou de
emprego, mas afetam apenas as variáveis. Essa é a chamada dicotomia clássica,
entre o lado real e nominal da economia, na qual essa separação concede um
papel passivo para a demanda agregada.
Essa dicotomia presente na economia clássica nos diz que, ao separar o lado real
do lado monetário da economia, as variáveis reais não sofrem interferência da
quantidade de moeda disponível no mercado. Esse volume de moeda apenas
indica as variáveis nominais. As variáveis reais são o produto, nível de emprego,
salário real, preços relativos etc. As variáveis nominais são os preços e o salário
nominal.
Figura 6 - O salário nominal é medido pelo valor expresso em moeda. O salário real é o salário medido
em termos de poder de compra. Fonte: Shutterstock, 2018.
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As variáveis reais só teriam alguma influência da política monetária se existissem
imperfeições no mercado. O modelo clássico não considera distorções de
mercado. Um exemplo de imperfeição é a existência de salários nominais rígidos.
Para entender como isso acontece, suponha que os sindicatos tenham o poder de
negociar contratos de trabalho, no qual os salários nominais são fixos, levando
em consideração o estoque de moedas e o nível de preços disponíveis na
economia, caso os fatores resultem um salário real acima do equilíbrio, isso
resultará em desemprego no mercado de trabalho. 
O governo pode resolver essa situação através da política monetária, expandindo
a oferta de moeda, que causará elevação dos preços e consequente redução do
poder de compra do trabalhador, isto é, corrosão do salário real (PAIVA, 2008).
Nesse caso, o refreamento do salário real levaria a economia novamente ao
equilíbrio. Sendo assim, a política monetária tem efeito real quando se supõe
salários nominais rígidos. No entanto, o modelo clássico considera completa
flexibilidade de preços e salários.
1.4.2 Efeito de Políticas de estímulo de demanda
O incentivo à poupança do modelo clássico se dá através da elevação das taxas
de juros. Ao considerar a decisão de distribuir a renda entre poupança e
consumo, o indivíduo esta decidindo entre consumir hoje ou consumir no futuro,
ou seja, trata-se de uma decisão de consumo intertemporal. A poupança, nesse
caso, reflete o sacrifício do gasto presente para consumir no futuro. Isso exige um
prêmio pela espera, de modo que o indivíduo só poupará se puder consumir
mais no futuro do que hoje (KEYNES, 1982).
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Assista ao vídeo abaixo e aprenda mais sobre o tema. 
Sendo assim, a poupança responde ao tamanho do prêmio de espera que é a
taxa de juros. Se a taxa de juros é alta, o indivíduo vai preferir armazenar sua
quantidade de moeda na poupança, pois assim ele terá maiores retornos dado
pela possibilidade de consumir mais futuro. Caso contrário, se a taxa de juros for
Figura 7 - Na economia clássica os indivíduos podem direcionar sua renda de duas formas: para o
consumo corrente ou para o consumo futuro. O consumo futuro implica poupança. Fonte:
Shutterstock, 2018.
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baixa, o indivíduo não terá estímulos para armazenar sua quantidade de moeda
na poupança, logo, ele aumentará seu consumo presente. Formalmente,
podemos definir a poupança agregada da seguinte forma:
S = S (j)
C = C (j)
Em que:
S = é a poupança agregada
C = é o consumo agregado
J = taxa real de juros
Pode-se dizer que a poupança agregada possui relação direta como a variação
das taxas de juros da economia. Se a taxa de juros for alta, os agentes
econômicos tenderão a direcionar suas quantidades de moeda para a poupança,
visto que o prêmio para poupar é atrativo. Com relação ao consumo do conjunto
de indivíduos, isto é, o consumo agregado, este possui relação inversa à variação
das taxas de juros. Quanto menor o prêmio à poupança, maior o estímulo ao
consumo presente.
Síntese
Chegamos ao final do capítulo e aprofundamos nosso conhecimento sobre
macroeconomia, assunto relevante que auxilia na tomada de decisões de âmbito
pessoal, empresarial e profissional. Como visto, a macroeconomia passou por
uma evolução de ideias ao longo do tempo, fazendo com que se configurasse em
várias escolas de pensamento. 
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
compreender como a macroeconomia se insere no cotidiano das pessoas e
empresas ao ajudar responder perguntas que nos permitem pensar de
forma diferente as relações em que vivemos e trabalhamos; 
entender a definição da macroeconomia, ver que ela trata da determinação
dos grandes agregados econômicos como poupança, produto, nível de
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preço, entre outros; 
conhecer a evolução do pensamento macroeconômico e com isso entender
como o desenvolvimento das ideias macroeconômicas ao longo do tempo
nos ajuda a compreender as relações econômicas atuais. 
conhecer a primeira escola do pensamento macroeconômico, a escola da
economia clássica que introduziu os princípios ortodoxos da teoria
econômica. 
compreender os postulados da Teoria Clássica que apregoa o pleno
emprego, a Lei de Say e a flexibilidade de preços e salários, em uma
economia de estrutura de mercado em concorrência perfeita; 
compreender como se determina a oferta agregada clássica a partir do
nível de produção da economia; 
conhecer funcionamentodo mercado de trabalho na economia clássica ao
determinar a oferta de mão de obra por parte dos trabalhadores e a
demanda por mão de obra por parte das empresas; 
compreender como é determinada a demanda agregada clássica a partir
da demanda de bens e serviços e do nível geral de preço; 
verificar o efeito de políticas de estímulo de demanda através da variação
da taxa de juros.
Bibliografia
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Brasil, 1940, 1 DVD.  129min, son., p&b. 
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HUNT, E. K.; SHERMAN, H. J. História do pensamento econômico. Petrópolis:
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KEYNES, J. Maynard. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo:
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LOPES, L. M; VASCONCELLOS, M. S de. Manual de macroeconomia: básico e
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ROSA, Carlos S. Mendes. O livro da economia: as grandes ideias de todos os
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Acesso em: 13/12/2018.
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/download/261/6789

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