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SERVIÇOS FARMACÊUTICOS 2016/2017
Manual 4
Manual 4
Revisão da Medicação
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS . 2016/2017
AUTORES:
Cassyano J Correr, BPharm, MSc, PhD
Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná 
Consultor Abrafarma - Projeto Assistência Farmacêutica Avançada 
projetofarma@abrafarma.com.br 
Wálleri Christini Torelli Reis, BPharm, MSc
Ambulatório de Atenção Farmacêutica do Hospital de Clínicas, 
Laboratório de Serviços Clínicos e Evidências em Saúde, 
Universidade Federal do Paraná.
REVISÃO:
Thais Teles de Souza, BPharm, MSc
Ambulatório de Atenção Farmacêutica do Hospital de Clínicas, 
Laboratório de Serviços Clínicos e Evidências em Saúde, 
Universidade Federal do Paraná.
 
Os autores agradecem aos membros do GTFARMA, farmacêuticos coordenadores e super-
visores das Redes associadas à Abrafarma, bem como aos seus colaboradores, pela leitura, 
revisão e sugestões de melhoria feitas aos Manuais durante seu processo de elaboração. 
Muito obrigado!
Os autores deste manual empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações e os procedimentos apresentados no texto 
estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelos autores até a data da entrega dos 
originais à editora. Entretanto, tendo em conta a evolução das ciências da saúde, as mudanças regulamentares governamentais e o constante 
fl uxo de novas informações sobre terapêuti ca e reações adversas a fármacos, recomendamos enfati camente que os leitores consultem sem-
pre outras fontes fi dedignas (p. ex., Anvisa, diretrizes e protocolos clínicos), de modo a se certi fi carem de que as informações conti das neste 
manual estão corretas e de que não houve alterações nas dosagens recomendadas ou na legislação regulamentadora. Recomendamos que 
cada profi ssional uti lize este manual como guia, não como única fonte de consulta. 
Os autores e a editora se empenharam para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de qual-
quer material uti lizado neste livro, dispondo-se a possíveis correções posteriores caso, inadverti da e involuntariamente, a identi fi cação de 
algum deles tenha sido omiti da. 
615. 1901
 C824 Correr, Cassyano Januário
 Manual 4: revisão da medicação / Cassyano Januário Correr, 
 Walleri Christi ni Torelli Reis. 1. ed. atualizada. Curiti ba: Ed. Practi ce, 2016.
 108 p. : il. (algumas color.) ( Manual 4) 
 ISBN 978-85-68784-06-8
 
 Inclui bibliografi a
 
 1. Medicação. 2. Manuais. I. Reis, Walleri Christi ni Torelli. 
 II.Título.
FICHA CATALOGRÁFICA:
MANUAL 4: REVISÃO DA MEDICAÇÃO
Copyright © 2016 © 2017 ABRAFARMA
Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob 
quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na internet ou 
outros), sem permissão expressa da ABRAFARMA.
ABRAFARMA - Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias
Alameda Santos, 2300 - Conj. 71 - Sã o Paulo / SP
CEP 01418-200 | Tel.: (11) 4550-6201
Practi ce Editora | Grupo Practi ce Ltda
Supervisão: Graziela Sponchiado | Capa e projeto gráfi co: Raquel Damasceno
Diagramação: Guilherme Menezes | Contatos: contato@grupopracti ce.com.br 
htt p://farmaceuti coclinico.com.br
EDITORAÇÃO:
AVISO AO LEITOR
Este manual possui caráter técnico-cientí fi co e desti na-se exclusivamente aos profi ssionais farmacêuti cos e colabora-
dores das Redes de Farmácias e Drogarias associadas a Abrafarma. Sua elaboração tem por objeti vo apresentar dire-
trizes para a estruturação e performance dos serviços farmacêuti cos nos estabelecimentos e, sob nenhuma hipótese, 
pretende substi tuir normas ou procedimentos estabelecidos na legislação sanitária ou profi ssional mais atual aplicável 
ao setor. A Abrafarma, bem como os autores, eximem-se de qualquer responsabilidade pelo mau uso deste recurso, 
bem como pela interpretação e aplicação de seu conteúdo feita por seus leitores.
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS ABRAFARMA
SUMÁRIO
09 A FARMÁCIA EM TRANSFORMAÇÃO
11 INTRODUÇÃO 
12 REVISÃO DA MEDICAÇÃO
12 O que é o programa revisão de medicação?
13 Quais são os benefícios para os pacientes?
14 PARTE 1: REVISANDO A MEDICAÇÃO
14 O que é revisão de medicação?
14 Quais pacientes podem ser beneficiados?
17 Como identificar esses pacientes?
17 Abrindo a caixa preta: Como avaliar a adesão aos medicamentos?
19 Os pacientes não-aderentes são todos iguais?
22 O que posso fazer para melhorar adesão dos pacientes?
23 O que está acontecendo nas consultas tradicionais?
24 Como fazer uma consulta diferente?
25 O que é a experiência de medicação do paciente?
28 Como a complexidade do tratamento influencia a adesão?
29 Pensando em aprazamento: será que é mesmo importante?
33 Formas farmacêuticas: Elas podem dificultar a adesão ao tratamento
33 Exemplos de dificuldades na utilização dos medicamentos
34 Especialidades farmacêuticas complexas e vias de administração
35 Posso usar os registros da farmácia para avaliar a adesão?
36 Devo utilizar um questionário para avaliar a adesão?
37 Ferramentas que podem ajudar na adesão aos medicamentos
43 Como avaliar os efeitos adversos de um tratamento?
50 Como avaliar a efetividade de um tratamento?
58 Como posso fazer uma boa revisão da medicação em idosos?
68 Uma questão recorrente: Posso partir o comprimido?
83 PARTE 2: PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
84 PASSO 1. ACOLHER
84 Como identificar os clientes para o serviço?
85 Como a equipe da farmácia pode ajudar?
86 Como deve ser o local de atendimento?
87 PASSO 2. AVALIAR
87 Como fazer a avaliação do paciente?
91 PASSO 3. ACONSELHAR
91 Qual deve ser o conteúdo da minha orientação?
92 Como é a declaração de serviço farmacêutico?
93 É necessário fazer acompanhamento do paciente?
94 O que é o diário de saúde?
95 RECURSOS PARA BUSCA DE INFORMAÇÕES
97 ANOTAÇÕES
98 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A FARMÁCIA EM TRANSFORMAÇÃO 
Um dos maiores desafios da administração moderna é o de gerenciar o vazio, aquilo que não existe, inovar. É um 
grande desafio porque, no mundo imediatista e de busca pelo resultado em curto prazo no qual vivemos, não é fácil 
abstrair-se da realidade que bate à porta, dos problemas do dia-a-dia, e perguntar-se: “e se...?”. 
Como uma forma de ajudar suas redes associadas nesse exercício, a Abrafarma desenvolveu um método estrutura-
do de pensar sobre práticas que ainda não existem em nosso país. Assim, realizamos anualmente pelo menos uma 
missão técnica internacional, que reúne no mínimo um representante de cada empresa, num exercício de “olhar 
junto” realidades distintas da brasileira. Viajamos para países como Canadá, Estados Unidos, Espanha, França e In-
glaterra, para exercitar esse “olhar junto”, que se constitui num conjunto de conversas estruturadas, visitas a em-
presas, workshops e participação de especialistas que ajudam este dedicado grupo a fazer as perguntas corretas e 
aprender métodos diferentes de fazer varejo. Foi assim, por exemplo, que o dermo-cosmético tornou-se realidade 
no Brasil. Após uma das nossas missões internacionais.
Esse “olhar estruturado” da Abrafarma tem se voltado, nos últimos anos, para o repensar do varejo farmacêutico, 
que observamos principalmente nos EUA: estabelecimentos que, além de ampla oferta de medicamentos, produtos 
de higiene, beleza e conveniências, tem repensado o papel do profissional Farmacêutico para entregar mais valor à 
sociedade. Se antes parecia distante da realidade brasileira, a Farmácia nos EUA está se reinventando, e nos dando 
uma lição de como ir além!
Para alcançarmos esse nível também no Brasil, precisamos repensar o papel do Farmacêutico, que deve ter função 
muito mais nobre do que entregarcaixinhas de medicamentos ao usuário e esclarecer-lhes eventuais duvidas. Esse 
profissional pode colocar suas competências a serviço de uma proximidade maior com o paciente, agregando mais 
valor à sociedade. Assim, nasceu o Projeto Assistência Farmacêutica Avançada, cuja primeira etapa de trabalho 
está sendo desenvolvida desde 2013. A iniciativa prevê a formatação inicial de oito novos serviços que podem ser 
prestados nas redes da Abrafarma, desde a imunização até clínicas de autocuidado.
É, portanto, com o objetivo de contribuir com a evolução do papel do Farmacêutico, e com esta Farmácia em Trans-
formação no Brasil, que a Abrafarma lança este conjunto de manuais que serão a pedra fundamental de um “novo 
olhar” nessa área. Este material, elaborado sob supervisão direta do Prof. Cassyano Correr, que juntou-se à Abra-
farma para burilar esta visão, também contou com o apoio inestimável dos membros do GT FARMA, nosso grupo 
incansável de Coordenadores / Supervisores Farmacêuticos. A todos o meu melhor obrigado.
Uma Farmácia em Transformação. É assim que nos enxergamos hoje. O vazio, nesse caso, já tem forma e pode ser 
preenchido, se assim o desejarmos. Temos um longo e belo trabalho pela frente. 
Sérgio Mena Barreto 
Presidente-Executivo da Abrafarma
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Os serviços farmacêuti cos prestados em farmácias e drogarias tem por objeti vo promover saúde, prevenir doen-
ças e auxiliar na recuperação da saúde, por meio do uso racional dos medicamentos. Para que o máximo benefí -
cio com o tratamento seja alcançado, é necessário que todos os processos da farmacoterapia ocorram de forma 
óti ma, desde a escolha terapêuti ca, a dispensação do medicamento, a uti lização e adesão ao tratamento, até a 
observação dos resultados terapêuti cos. As farmácias e drogarias, dada sua capilaridade e facilidade de acesso em 
todo país, são pontos estratégicos onde o farmacêuti co pode prestar serviços que colaborem com a oti mização da 
farmacoterapia, em estreita colaboração com os pacientes, médicos, e demais profi ssionais e serviços de saúde.
Do ponto de vista legal, avanços recentes fi rmam a farmácia como um lugar de referência da população para saú-
de, bem-estar e prestação de serviços. No âmbito sanitário, destaca-se a Resolução no 44/09 da Anvisa, que há 
anos regulamenta a oferta de serviços de atenção farmacêuti ca nestes estabelecimentos, com objeti vo de “pre-
venir, detectar e resolver problemas relacionados a medicamentos, promover o uso racional dos medicamentos, a 
fi m de melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários”. Mais recentemente, a Lei no 13.021/14 defi niu a farmá-
cia como uma “unidade de prestação de serviços desti nada a prestar assistência farmacêuti ca, assistência à saúde 
e orientação sanitária individual e coleti va”. Esta lei, ainda, obriga o farmacêuti co no exercício de suas ati vidades, 
a proceder o acompanhamento farmacoterapêuti co, estabelecer protocolos de vigilância farmacológica de medi-
camentos [farmacovigilância], estabelecer o perfi l farmacoterapêuti co dos pacientes e prestar orientação farma-
cêuti ca aos mesmos. No âmbito profi ssional, destacam-se as Resoluções no 585 e no 586, de 2013, do Conselho 
Federal de Farmácia, sobre as atribuições clínicas do farmacêuti co e a prescrição farmacêuti ca, que reforçam o 
dever deste profi ssional no que diz respeito as ati vidades assistências e de cuidado direto dos pacientes.
Esta coleção tem por objeti vo fornecer as diretrizes para a oferta e manutenção de uma carteira de serviços, bem 
como instrumentalizar os profi ssionais para um trabalho técnico de alto nível. Este manual está organizando em 
duas partes principais. A primeira traz uma visão geral sobre a revisão da farmacoterapia enquanto serviço far-
macêuti co, com foco especial nas estratégias para melhoria da adesão ao tratamento. A segunda parte apresenta 
o protocolo do serviço, com objeti vo de padronizar procedimentos e estruturar o atendimento realizado pelo 
farmacêuti co e equipe da farmácia.
Esperamos que você aprecie a leitura e que este material seja úti l à sua práti ca profi ssional. Bom estudo!
Os autores
INTRODUÇÃO
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REVISÃO DA MEDICAÇÃO
O que é o programa revisão de medicação?
O Serviço de “Revisão de Medicação” é oferecido nas farmácias e drogarias principalmente a pacientes polimedi-
cados, ou seja, aqueles que utilizam mais do que 5 medicamentos. 
O serviço consiste basicamente em uma consulta com o farmacêutico, na qual o paciente traz todos os seus medi-
camentos, incluindo aqueles prescritos, utilizados por automedicação, fitoterápicos, suplementos, entre outros. 
Seu objetivo principal é melhorar a adesão do paciente a farmacoterapia, considerada um dos maiores proble-
mas associado às condições crônicas. O paciente, por meio de uma conversa franca, é estimulado a participar 
como sujeito de seu tratamento, compreender melhor sua condição e medicamentos, e se responsabilizar pelo 
seguimento futuro. Além disso, o farmacêutico avalia possíveis interações medicamentos e reações adversas aos 
medicamentos, além de auxiliar o paciente a reduzir os custos com seu tratamento, quando possível.
Os pacientes são atendidos em um ambiente confortável e privado da farmácia e são orientados de forma per-
sonalizada sobre cada um de seus medicamentos. Eles recebem ao final uma lista completa e atualizada de seus 
medicamentos, que pode ser compartilhado com o médico e outros profissionais de saúde.
Nos casos em que farmacêutico e paciente julgarem necessário, podem ser marcadas consultas de retorno, a fim 
de avaliar os resultados de possíveis mudanças produzidas no tratamento.
14 Quais são os benefícios para os pacientes?
Os medicamentos representam a forma mais comum de intervenção terapêutica. Quatro a cada cinco pessoas 
com mais de 75 anos utilizam pelo menos um medicamento e 36% estão em uso contínuo de quatro ou mais me-
dicamentos (1).
No entanto, sabe-se que até 50% dos medicamentos não são administrados como deveriam, devido a problemas 
de adesão e que muitos medicamentos de uso comum podem levar a eventos adversos. Ademais, reações adver-
sas estão relacionadas a 5-17% das internações hospitalares (2). 
A revisão da medicação é reconhecida como um dos pilares da gestão de medicamentos, evitando problemas de 
saúde relacionados à farmacoterapia e gastos desnecessários. O envolvimento do paciente nas decisões relativas 
ao seu tratamento é uma parte fundamental para melhorar desfechos clínicos, econômicos e humanísticos (3).
Como exemplo, uma revisão sistemática recente, publicada no British Journal of Clinical Pharmacology, indicou 
que a revisão farmacêutica da medicação, está associada a melhora na adesão, no controle de condições clínicas, 
como hipertensão e dislipidemia e nas taxas de hospitalizações (4).
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PARTE REVISANDO A MEDICAÇÃO
O que é revisão de medicação?
A revisão de medicação, ou revisão da farmacoterapia, é um procedimento conduzido pelo farmacêuti co, e con-
siste na avaliação estruturada e críti ca dos medicamentos em uso pelo paciente, com o objeti vo de chegar a um 
acordo com o mesmo sobre o tratamento, oti mizando seu impacto, minimizando o número de problemas da far-
macoterapia e reduzindo o desperdício (5).
PRINCÍPIOS DO PROCESSO
• O paciente deve ter a oportunidade de levantar questões e destacar os problemas sobre 
seus medicamentos.
• A revisão da medicação visa melhorar ou oti mizar o impacto do tratamento para um pacien-
te individual.
• A revisão é realizada de forma sistemáti ca e abrangente, através de uma consulta farmacêu-
ti ca, entretanto, deve ter foco principal nos problemas relati vos a farmacoterapia, conside-
rando a adesão e concordância do paciente como pontos-chave desse processo.
• Todas as alterações resultantes da revisão devemparti r de um acordo com o paciente.
• A revisão deve ser documentada através da declaração de serviços farmacêuti cos.
• O impacto de qualquer mudança deve ser monitorado.
Quais pacientes podem ser benefi ciados?
A revisão da medicação é mais relevante em pacientes polimedicados (cinco ou mais medicamentos contí nuos), 
principalmente em idosos, em que os medicamentos são uma importante causa de admissões hospitalares não 
planejadas. 
16 O uso simultâneo de 5 ou mais medicamentos é também um fator de risco importante para interações medica-
mentos graves. Um estudo de coorte prospectiva realizado na atenção primária à saúde em Ourinhos/SP, encon-
trou uma prevalência de 6% de reações adversas causadas por interações entre medicamentos. Os problemas de 
saúde mais comuns foram sangramento gastrointestinal, hipercalemia e miopatia. Os medicamentos mais impli-
cados foram varfarina, ácido acetilsalicílico, digoxina e espironolactona. Um total de 37% dos pacientes necessi-
taram internação hospitalar devido a esses problemas (6).
Outro estudo populacional realizado no Estado de São Paulo com mais de dois mil idosos, encontrou que 1 em 
cada 3 deles utiliza quatro medicamentos ou mais, e 15,6% fazem uso de pelo menos um medicamento considera-
do inadequado. A pesquisa revelou também que o número maior de consultas médicas, assim como o número de 
internações, levam, respectivamente, a uma chance 1,9 e 3,8 vezes maior do idoso consumir quatro medicamen-
tos e mais (7). A existência de prescrições de múltiplos especialistas contribui também para este quadro.
É necessário considerar que pacientes polimedicados, quando visitam o seu médico de cuidados primários, a con-
sulta geralmente se concentra em uma ou duas das suas condições e não há tempo suficiente para uma revisão 
global de todos os medicamentos (8). Além disso, o uso de medicamentos contínuos tende a ser maior com o 
avançar da idade, em especial medicamentos preventivos, onde a adesão é particularmente baixa (8). 
Outros critérios para seleção de populações com benefício para revisão de medicação são demonstrados no qua-
dro a seguir:
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Fonte: (3,5,9)
PACIENTES EM RISCO DE PROBLEMAS DA FARMACOTERAPIA
NECESSIDADES ESPECIAIS
Uso de cinco ou mais medicamentos todos os dias;
Regime de medicação complexo ou com mais do que 12 doses por dia;
Alta do hospitalar recente;
Hospitalizações frequentes;
Várias comorbidades;
Receber medicamentos a partir de mais de uma fonte, por exemplo, especialista e atenção primária;
Alterações significativas no regime de medicação nos últimos 3 meses, ou mais de 4 mudanças na 
medicação nos últimos 12 meses;
Uso medicamentos de maior risco - por exemplo, aqueles que exigem monitoramento especial: lítio; 
aqueles com uma vasta gama de efeitos colaterais: AINEs; ou estreita faixa terapêutica: digoxina, an-
ticoagulantes; 
Sintomas sugestivos de reação adversa ao medicamento;
Utilização prolongada de medicação psicotrópica;
Não adesão suspeita ou conhecida;
Alta incidência de automedicação.
Idosos;
Residentes em instituições de longa permanência;
Problemas de aprendizagem; 
Problemas sensoriais, deficiência visual ou auditiva;
Problemas físicos. ex: artrite, dificuldades de deglutição; 
Doenças psiquiátricas, tais como, depressão, ansiedade, doença mental grave;
Dificuldades de comunicação; 
Dificuldades de alfabetização; 
Pessoas que moram sozinhas ou com apoio insuficiente de cuidador;
Histórico de queda recente; 
Identificado através de ferramenta de triagem 
18 Como identificar esses pacientes?
Alguns pacientes estão em maior risco para problemas da farmacoterapia, e, portanto, se beneficiariam mais do 
serviço de revisão de medicação. Considerando a necessidade de selecionar pacientes, instrumento de triagem foi 
proposto em 2000 pela Fundação Morecambe Bay Primary Care Trust (10), e vem sendo utilizado em toda a Euro-
pa. Pacientes que respondem não a qualquer dessas perguntas, são candidatos a uma consulta com o farmacêutico.
1. Você entende para que servem seus medicamentos? ( ) Sim ( ) Não
2. Você entende quando (horários) tomar seus medicamentos? ( ) Sim ( ) Não
3. Você acha fácil tomar seus medicamentos? ( ) Sim ( ) Não
4. Você sempre se lembra de tomar seus medicamentos? ( ) Sim ( ) Não
5. Você se sente capaz de organizar todos os seus medicamentos ao mesmo tempo? ( ) Sim ( ) Não
6. Atualmente, os medicamentos prescritos pelo seu médico são os únicos que você 
está tomando?
( ) Sim ( ) Não
7. Você devolve excessos, medicamentos indesejáveis ou sobras para a farmácia? ( ) Sim ( ) Não
8. Você está satisfeito com a sua medicação atual? ( ) Sim ( ) Não
Abrindo a caixa preta: Como avaliar a adesão aos 
medicamentos? 
A função principal da revisão de medicação é identificar onde é necessário apoio a adesão, um problema de saúde 
pública mundial.
Como exemplo, apenas no Reino Unido, estima-se que cerca de 100 milhões de libras por ano, o suficiente para 
construir um hospital de médio porte, é desperdiçado em medicamentos que retornam as farmácias (2). 
Da mesma forma, para cada 100 prescrições que são emitidas pelos médicos, nos Estados Unidos, apenas en-
torno de 50-70% chegam à farmácia e menos de 20% serão “reabastecidas” de forma continuada pelo paciente.
Fonte: National Association of Chain Drug Stores, Pharmacies: Improving Health, Reducing Costs, July 2010. Based on IMS Health data.
Para cada 100 
prescrições escritas
50-70 chegam 
à farmácia
48-66 são 
atendidas 
pela farmácia
25-30 são seguidas 
adequadamente
15-20 retornam 
à farmácia para 
serem repetidas
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Esta é provavelmente apenas a ponta do iceberg dos medicamentos não consumidos pelos pacientes (11). Revi-
sões da literatura revelam que a adesão a terapia medicamentosa gira em torno de 50% (11–13). Aproximada-
mente metade dessa não-adesão é intencional, uma “resistência” ativa (14), enquanto o restante ocorre porque 
os pacientes não têm conhecimento de que eles não estão utilizando a medicação de maneira correta, ou o regi-
me é muito complexo (11). As consequências são resíduos químicos no meio ambiente, morbidade e internações 
hospitalares (13).
Estudos indicam que pacientes com depressão, ansiedade ou transtorno cognitivo, idosos, polimedicados, com 
regimes terapêuticos complexos, em uso de medicamentos preventivos e com doenças crônicas apresentam ta-
xas de adesão ainda mais baixas (15–18). 
Adesão versus persistência
Existe uma diferença entre adesão e persistência. Adesão aos medicamentos diz respeito, de forma objetiva, à 
porcentagem de doses tomadas pelo paciente em relação às doses prescritas (19). Mas a adesão terapêutica é 
mais do que apenas tomar os comprimidos. Trata-se, afinal, do quanto o paciente compreende, concorda e parti-
cipa do seu tratamento. 
A persistência consiste no tempo (dias, meses) durante os quais o paciente permanece utilizando o medicamen-
to, sem a ocorrência de interrupção por certo período de tempo. A persistência não diz respeito ao percentual 
de comprimidos tomados, mas ao tempo de exposição ao tratamento antes do abandono (19). Muitos pacientes 
abandonam o tratamento de forma definitiva ou por períodos de tempos (tiram ‘férias’ do tratamento) ao longo 
dos anos e isso pode comprometer seriamente a evolução das complicações crônicas. De maneira prática esses 
conceitos estão correlacionados, e devem “andar juntos”.
Revisões detalhadas revelaram a complexidade da adesão, a indicando como resultado de uma interação de uma 
série de fatores, incluindo as opiniões e experiência prévia dos pacientes, características da doença, contexto 
social e acesso (20,21). Boa adesão pode ser um marcador para o comportamento saudável de maneira geral, mas 
a adesão também tem seus riscos. Pacientes aderentes podem experimentar um modesto aumento na mortali-
dade poreventos adversos aos medicamentos, apoiando a máxima de que além da eficácia, a segurança deve ser 
avaliada, durante o processo de revisão de medicação. 
A não-adesão é, não surpreendentemente, um problema particular na gestão de doenças crônicas, especialmen-
te quando o paciente não apresenta sintomas. Tratamentos para asma, diabetes, hipertensão e dislipidemia pare-
cem incorrer em níveis particularmente altos de não-adesão, e é comum os pacientes alterarem ou abandonarem 
a terapia sem informar os profissionais de saúde (22–24). 
20 Os pacientes não-aderentes são todos iguais?
Lembre-se que os pacientes apresentam uma tendência natural a manterem-se passivos no primeiro contato, e 
as habilidades de comunicação são fundamentais para quebrar essa barreira. O farmacêutico deve identificar o 
nível de adesão e suas possíveis barreiras. Considere a classificação abaixo como auxílio para identificar o tipo de 
não adesão dos seus pacientes:
Observe que pacientes com problemas de adesão primária são aqueles que não realizam o tratamento por impe-
dimento de acesso aos medicamentos, seja pelo alto custo, não cobertura pelo sistema de saúde, falta do medi-
camento nas farmácias, ou mesmo dificuldades logísticas do próprio paciente. Problemas secundários de adesão, 
por outro lado, podem incluir questões de atitude do paciente diante do tratamento (não adesão intencional) 
ou dificuldades em realizar o tratamento (não adesão não intencional). Considere, ainda, os diferentes perfis de 
comportamento ligados à baixa adesão ao tratamento. Alguns pacientes podem se encaixar em mais de um perfil:
Não adesão primária: 
dificuldade de acesso ao 
medicamento
Intencional: paciente 
decide não cumprir o 
tratamento (decisão)
Não intencional: 
paciente quer cumprir, 
mas tem dificuldade
Relaciona-se a atitude, 
crenças, conhecimento, 
medos, experiência de 
medicação
Esquecimento
Falta de entendimento
Dificuldades de uso
Não adesão secundária
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Pacientes que omitem doses
Com frequência pulam doses e tomam menos medicamento do que foi prescrito.
A. 
B. 
C
D. 
E. 
F. 
G. 
Aderentes pré-consulta
Começam a cumprir o tratamento adequadamente apenas nos dias que antecedem a consulta médica.
Pacientes que exageram na dose 
Eventualmente tomam mais comprimidos do que foi prescrito. Aumentam a dose por conta própria.
Aderentes aleatórios
Tomam os medicamentos apenas quando se lembram.
Paciente que fazem ‘férias’ do tratamento
Interrompem o tratamento por um período de tempo, depois voltam.
Aderentes pós-consulta 
Após a consulta médica, começam a cumprir o tratamento corretamente, mas apenas por um período 
tempo limitado.
Adesão ligada a sintomas
Pacientes que tomam os medicamentos apenas quando sentem os sintomas da doença.
Barreiras para a adesão
Muitos modelos conceituais têm sido utilizados para ajudar a entender as barreiras para a adesão à medicação, 
entretanto, nenhum desses explica totalmente os fatores envolvidos nesse processo.
De maneira geral, vários autores postulam que os fatores que afetam a adesão podem ser divididos em cinco di-
mensões: fatores sociais e econômicos, fatores ligados à terapia, fatores associados ao sistema de saúde, fatores 
relacionados ao paciente e fatores do relacionamento profissional-paciente (24–27). Vamos simplificá-los em 
três fatores principais, interligados e interdependentes (27):
22
Fatores relacionados ao paciente
• Representação ou papel da doença, que engloba as crenças relacionadas à saúde, incluindo 
crenças sobre medicamentos (positivas e negativas), a experiência de medicação e a com-
preensão sobre a condição clínica. 
• Função cognitiva, que inclui a capacidade de compreensão e memória e a presença de co-
morbidades como demência, esse fator apresenta papel particularmente importante para os 
idosos. 
• Fatores sociodemográficos, incluindo idade, gênero e etnia, assim como a alfabetização ou letra-
mento em saúde, limitações físicas (visão, dificuldade em engolir), e situações de vida instáveis. 
• Condições clínicas coexistentes ou comorbidades, incluindo condições médicas e psiquiá-
tricas, bem como a utilização de álcool e tabagismo. 
• Características de medicação, como complexidade do esquema terapêutico, número de 
prescrições, e perfis de efeitos colaterais.
Fatores relacionados ao sistema de saúde
• Além de custo (especificamente, o efeito de compartilhamento de custos sobre a adesão 
do paciente), fatores do sistema de saúde incluem formulários e requerimentos anteriores à 
autorização da liberação do medicamento, fragmentação do cuidado, e facilidade de acesso 
ao cuidado. Cada um desses fatores afeta a facilidade de acesso ao medicamento e discus-
são de assuntos relacionados aos medicamentos com seus profissionais de saúde.
Fatores relacionados aos profissionais de saúde ou mais especificamente a 
relação paciente-profissionais da saúde
• Estes incluem a confiança e satisfação profissional de saúde
• O tempo que um profissional de saúde leva discutindo os medicamentos e outras questões 
com o paciente também influenciam.
Cada um desses fatores relacionados ao paciente pode afetar o outro, de tal forma que a complexidade de um 
regime terapêutico e a presença de depressão, por exemplo, certamente vão afetar percepção da necessidade do 
medicamento e do risco de efeitos colaterais, além do próprio medicamento afetando a adesão de outras formas.
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A inter-relação de todos esses fatores pode determinar a adesão do paciente. Por exemplo, pacientes e profissio-
nais de saúde, por definição, existem dentro de um sistema de saúde, e qualquer impacto na “representação da 
doença” do paciente na adesão é necessariamente afetado pela forma como os pacientes e profissionais de saúde 
interagem, que por sua vez, é afetada pelo tempo de consulta e cobertura financeira para consultas e medicamen-
tos do sistema de saúde. 
Essa interação também explica o desafio de isolar um único fator que representa uma barreira fundamental para 
a adesão, bem como a dificuldade em compreender por que intervenções específicas melhoram ou não a adesão.
O que posso fazer para melhorar adesão dos pacientes?
Concordância
O termo “concordância” diz respeito a um processo de consulta em que a conduta terapêutica é baseada na par-
ceria. Um subtópico da “tomada de decisão compartilhada”, o conceito foi introduzido pelo Medicines Partner-
ship Group criado em 1996 na Grã-Bretanha. É definida como: “acordo entre o profissional de saúde e o paciente, 
alcançado após negociação, que respeite as crenças e desejos do paciente para determinar se, quando e como um 
Fatores que influenciam a adesão terapêutica / Fonte:(27)
Representação 
da doença
Função 
cognitiva
Características 
demográficas
Comorbidades
Características 
medicamento
Fatores pacientes
Fatores 
profissionais 
de saúde
Adesão
Fatores Sistema 
de Saúde
Cobertura 
de custos
Fatores externos
24 medicamento é tomado, e (em que) a primazia da decisão do paciente (é reconhecida) “ (28). 
A concordância descreve um acordo, que aproveita as experiências tanto do profissional de saúde, como do pa-
ciente. Uma consulta é concordante quando se trata de comunicação e informação de duas vias, e tomada de 
decisão compartilhada (12,29). 
O grau em que os pacientes querem ser envolvidos na tomada de decisões com o seu profissional de saúde é 
variável. Em alguns casos, o paciente, com o auxílio do profissional, toma uma decisão que as duas partes acham 
apropriado. Nesse caso o paciente é melhor informado, e apresenta mais chances de estar comprometido com o 
regime de tratamento e, portanto, a aderir melhor a terapia, já que se trata de uma decisão que ele tomou ativa-
mente para si mesmo (30). 
O farmacêutico, para ser comprometido com o conceito de concordância, deve ter em mente sua responsabili-
dadequanto a prestar informações, emitir sua opinião, escutar a opinião do paciente e respeitar sua autonomia 
na tomada de decisões, em vez de decidir por ele. Na realidade, o paciente sempre decide, mas sem comunica-
ção aberta frequentemente fará isso sem informar o farmacêutico ou o médico (11,12). 
A necessidade de conhecimento especializado e de opinião ainda 
é importante. Quill e Brody (31) defendem um modelo de “maior 
autonomia”, em que os melhores interesses do paciente são esti-
mulados pela troca ativa de ideias, discussão aberta e negociação 
das diferenças. Mesmo o paciente mais independente quer ouvir a 
opinião do seu profissional de saúde, e algumas pessoas preferem 
uma abordagem mais direcionadora (32). O farmacêutico precisa 
de flexibilidade e habilidade para abordar e explorar o que o pa-
ciente quer. 
“Tomando para si a abordagem 
da concordância, o papel do pro-
fissional de saúde centra-se em 
ajudar os pacientes com decisões 
que eles tomam para si mesmos, 
e apoiá-los através destas”
A concordância representa, portanto, um modelo radical de cuidado que desafia a maior parte do treinamento rece-
bido pelos profissionais de saúde. O conceito não pode ser simplesmente “aparafusado” ao comportamento tradicio-
nal. A fim de entender o que é necessário, precisamos examinar os processos de consulta em mais detalhes (11,12).
O que está acontecendo nas consultas tradicionais?
Os pacientes são geralmente passivos nas consultas. Os pacientes mais jovens e os homens brancos são mais 
propensos a participar de discussões sobre a medicação e os médicos mais jovens também parecem incentivar 
essa situação (33). Muitos pacientes têm suas próprias ideias sobre o que está errado e o que pode ter causado 
isso, mas eles nem sempre conseguem articulá-las (34). Profissionais de saúde normalmente fornecem informa-
ções de maneira regular. Contudo, em apenas 2% das consultas eles verificam o que os pacientes entenderam ou 
pensaram dessas explicações (35–37).
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Observações de consultas indicam que os profissionais raramente exploram ideias, preocupações e expectativas 
do paciente ou sua compreensão e intenções sobre a gestão de sua farmacoterapia (37). Estudos conduzidos 
através de registros das consultas mostraram que médicos acreditam que discutem questões de gestão mais fre-
quentemente do que é realmente o caso e, curiosamente, os pacientes também tendem a superestimar o quanto 
eles foram informados e envolvidos na consulta (32).
Os efeitos colaterais são um exemplo de uma preocupação que os pacientes gostariam de ser capazes de discutir 
melhor com seu médico ou farmacêutico (38). Paralelamente, esses profissionais mais comumente discutem os be-
nefícios e os mecanismos do medicamentos (33). Quando os pacientes levantam a questão dos efeitos colaterais, os 
profissionais são mais propensos a querer fugir do assunto ou mudar a medicação, do que entrar em uma discussão 
para ajudar os pacientes a comparar os possíveis efeitos indesejados com os benefícios previstos. Levinson (37) em 
seu estudo demonstrou que apenas 10% de consultas incluíram menção de quaisquer efeitos adversos.
Como fazer uma consulta diferente?
Melhor adesão é obtida por profissionais que prestam informações, participam de conversação ativa e pergun-
tam especificamente sobre a adesão (38). Calor humano, empatia, autorrevelação, ouvir atentamente os pontos 
de vista dos pacientes e oferecer apoio emocional resultam em maior satisfação, melhor adesão e menos proces-
sos judiciais (37,39,40). Os pacientes que se veem como parceiros ativos no processo apresentam melhor adesão 
e resultados terapêuticos (41). 
Criar uma atmosfera certa para permitir que tais discussões aconteçam é importante, mas nem sempre é fácil. 
Os pacientes são geralmente ansiosos quando estão doentes e ansiedade afeta negativamente a cognição. Muita 
informação ou falas muito rápidas também podem prejudicar esse processo. A avaliação minuciosa de diferentes 
opções pode ser igualmente estressante. Incerteza provoca ansiedade, especialmente para as pessoas com uma 
necessidade de altos níveis de controle (42,43). 
Pode-se observar que o processo de consulta é complexo e maximizar seu potencial terapêutico exige uma re-
lação baseada no respeito, com habilidades de comunicação consideráveis, ritmo cuidadoso e uma abordagem 
flexível para a condição, contexto e paciente (42,43).
Em resumo, uma consulta farmacêutica para revisão de medicação deve considerar o paciente como parceiro 
nesse processo, levantando suas experiências e pontos de vista, a fim de chegar a ideias concordantes. Lembre-se 
que a decisão é do paciente, e ele deve ter consciência sobre isso. Isso propiciará maior compromisso deste em 
relação ao seu tratamento e consequentemente maior adesão.
Tenha em mente que consciência, compromisso e habilidades são necessários para transformar a interação em 
uma verdadeira parceria, e a maioria dos pacientes, se não todos, se beneficiará desta abordagem. Para entender 
melhor como fazer isso, vamos conhecer um pouco mais sobre como a experiência de medicação do paciente 
pode afetar sua adesão ao tratamento.
26 O que é a experiência de medicação do paciente?
A experiência de medicação do indivíduo está relacionada com seu padrão de adesão, e explica ou justifica par-
cialmente os fatores que o levam a adotar esse comportamento em relação a terapia, ou seja, aderir ou não aderir.
O conceito é definido como a “experiência subjetiva de um indivíduo de tomar uma medicação 
em sua vida diária”, e segundo Shoemaker et al. (44,45) considera etapas comportamentais do 
indivíduo, como encontro e controle sobre a medicação.
Encontro: “agora eu dependo desses medicamentos”
A experiência de medicação é caracterizada pela primeira vez como um encontro com a medicação. Esse encon-
tro pode apresentar significado mesmo antes da sua ocorrência, através das crenças e experiências anteriores, 
que se desenvolvem durante a vida. 
O encontro inicial, ou seja o inicio de um novo tratamento, pode ser acompanhado por uma sensação de perder o 
controle, um sinal do envelhecimento, motivo de questionamento, e um encontro com o estigma. Muitos pacientes 
podem relatar frases indicativas de suas percepções, como por exemplo, que “Eu acreditava estar imune a doenças”, 
“Eu sinto que perdi o controle de minha saúde”, ou que tomar medicamentos indica que “Estou ficando velho(a)”.
“Perceba que a avaliação da 
experiência da medicação faz 
parte do processo de concor-
dância do paciente em relação 
a um determinado tratamento 
e influencia diretamente na 
adesão em longo prazo”
Os participantes geralmente atribuem um significado negativo para 
medicamentos quando inciam o tratamento ou quando começam a 
utilizar um número crescente de medicamentos crônicos. As primei-
ras reações ao iniciar uma medicação também podem ser moldadas 
pelas opiniões sociais sobre a doença. Por exemplo, a reação das pes-
soas ao ter que iniciar medicamentos psicotrópicos pode ser uma res-
posta para o estigma da doença mental.
Além disso, medicamentos, apesar de serem associados a benefícios 
farmacológicos, também são associados a efeitos colaterais desagradáveis. Isso tudo representa as respostas 
corporais de um indivíduo a um medicamento. E estas também podem influenciar de maneira importante a per-
cepção do paciente sobre seus medicamentos, que pode variar desde “um elixir mágico”, associado a recuperação 
de seu corpo saudável, neutralidade, ou a percepção de mais efeitos negativos do que positivos.
Ainda nessa concepção, a característica incessante, ou contínua de um tratamento também pode tem impacto 
sobre a impressão inicial do paciente, que pode se sentir “refém do medicamento”.
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Em resumo, a experiência de medicação de um individuo vai ser influenciada pelas informações 
e crençaspré-formadas existentes, pela ideia ou concepção que o uso de medicamento o remete, 
pelas suas respostas corporais, pelo controle do paciente sobre seu regime, e pela interpretação 
de tudo isso.
Controle: “Quando eu me sinto mal, daí eu tomo dois”
Crenças: “Esses medicamentos me fazem mais mal do que bem”
Após a etapa inicial, o paciente evolui com a capacidade de controle da gestão de sua medicação. Nesse processo 
o paciente já conhece os efeitos do medicamento em seu corpo, e questiona o quanto esses são positivos ou não, 
e decide sobre seu tratamento. A maioria dos pacientes acaba criando suas práticas de medicação.
Uma parte importante da experiência do paciente com os medicamentos depende de suas crenças. Não ape-
nas sua cultura e crenças religiosas, que também exercem grande influencia, mas sua percepção do quanto os 
medicamentos são necessários e/ou perigosos para sua saúde. Existe um instrumento chamado BaMQ (Beliefs 
about Medicines Questionnaire) que avalia esses aspectos (46). É interessante conhecer seus itens, que podem 
ser úteis para construção da consulta de revisão de medicação:
PERGUNTAS QUE AVALIAM A PERCEPÇÃO DA NECESSIDADE DO MEDICAMENTO:
ITEM CONCORDO NÃO TENHO CERTEZA DISCORDO
Atualmente, a minha saúde depende destes medicamentos 
A minha vida seria impossível sem estes medicamentos 
Sem estes medicamentos, eu estaria muito doente 
A minha saúde no futuro dependerá destes medicamentos 
Estes medicamentos protegem-me de ficar pior 
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PERGUNTAS QUE AVALIAM AS PREOCUPAÇÕES LIGADAS AOS MEDICAMENTOS:
ITEM CONCORDO NÃO TENHO 
CERTEZA
DISCORDO
Ter que tomar estes medicamentos me preocupa 
Às vezes os efeitos em longo prazo destes medicamentos me preocupam 
Estes medicamentos são um mistério para mim 
Estes medicamentos perturbam a minha vida 
Às vezes me preocupo em ficar muito dependente destes medicamentos 
Estes medicamentos me dão efeitos secundários desagradáveis 
Os autores do BaMQ acreditam, e demonstraram, que quando as preocupações exercem um peso maior do 
que a percepção da necessidade (benefício) dos medicamentos, os pacientes tem um risco maior de não ade-
são, e costumam abandonar o tratamento com mais facilidade.
Assim, ainda que a adesão seja o resultado de um processo multifatorial, a experiência de medicação é uma ques-
tão importante a ser levantada e trabalhada durante as consultas. Discutir os benefícios do tratamento e também 
os seus riscos passam ao paciente confiança e credibilidade, e a compreensão do mesmo e posterior decisão, 
propiciam maior comprometimento com o tratamento em longo prazo.
A base do relacionamento farmacêutico-paciente, durante a revisão da medicação, deve estar na parceria e não 
na submissão, com ambos os agentes (farmacêutico e paciente) com papéis equivalentes, na troca de experiên-
cias e argumentação. Por fim lembre-se que o seu papel é fazer com que o paciente encontre a resposta, e apoi-
á-lo na sua decisão. 
ORIENTAÇÕES PARA UMA REVISÃO DE MEDICAÇÃO CENTRADA NO PACIENTE
Você deve adaptar seu estilo de consulta às necessidades individuais dos pacientes, para que todos os pacientes tenham a 
oportunidade de estar envolvido nas decisões sobre os seus medicamentos no nível que desejarem.
Estabeleça a forma mais eficaz de se comunicar com cada paciente. Se necessário, estude formas de tornar a informação 
acessível e compreensível (por exemplo, usando imagens, símbolos, letras grandes, diferentes linguagens).
Ofereça a todos os pacientes a oportunidade de se envolver na tomada de decisões sobre seus medicamento. Estabeleça o 
nível de envolvimento de acordo com a vontade do paciente.
Esteja ciente de que o aumento do envolvimento do paciente pode significar que o paciente decida não tomar ou deixar 
de tomar um medicamento. Se, na sua opinião isso puder causar dano, informações sobre os riscos e benefícios da decisão 
devem ser fornecidos ao paciente e registradas.
Aceite que o paciente tem o direito de decidir não tomar um medicamento, mesmo que você não concorde com a decisão. 
Isso desde que o paciente tome uma decisão informada, ou seja, tenha recebido todas as informações necessárias para 
fazer tal decisão.
Esteja ciente das preocupações dos pacientes, de sua experiência de medicação e se eles acreditam que precisam dos 
medicamentos, pois isso afeta como e se eles utilizam os medicamentos.
Ofereça aos pacientes informações relevantes para a sua condição, possíveis tratamentos e circunstâncias personaliza-
das, de maneira fácil de entender e livre de jargões.
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Reconheça a não-adesão como um problema frequente e que a maioria dos pacientes podem oscilar seu padrão de ade-
são. Rotineiramente avalie a adesão de forma não discriminatória durante a revisão de medicação.
Esteja ciente de que, embora a adesão possa ser melhorada, não existe intervenção única que possa ser recomendada para 
todos os pacientes. Adapte a sua intervenção as necessidades e dificuldades específicas do paciente.
Revise o conhecimento, entendimento e preocupações dos pacientes quanto aos seus medicamentos, atendendo às suas 
necessidades em intervalos individualizados, lembrando que estes podem mudar ao longo do tempo. 
Ofereça informações e conduza revisão periódica da medicação, em pacientes com condições crônicas, em uso de vários 
medicamentos.
Fonte: (12)
Como a complexidade do tratamento influencia a ade-
são?
Para muitas doenças crônicas, os estudos tem demonstrado que a adesão diminui à medida que a complexida-
de do regime terapêutico aumenta (isto é, o número de comprimidos por dose, o número de tomadas por dia, a 
necessidade de observar os requisitos rigorosos relativos à ingestão de alimentos, e a existência de requisitos 
especiais para ingestão de líquidos). 
Muitos profissionais de saúde acreditam que a carga de comprimidos influencia fortemente a adesão. No entan-
to, o efeito da carga de comprimidos na adesão está intimamente associado com o estadiamento da condição. 
Indivíduos sintomáticos percebem um maior risco de complicações da não adesão à medicação do que pacientes 
assintomáticos (47). 
Regimes terapêuticos e restrições alimentares ou necessidades específicas parecem ter uma influência mais pro-
eminente sobre a adesão do que a carga de comprimidos. No tratamento de várias condições, administração de 
1-2 vezes ao dia é preferível, mas nem sempre é possível (41,48). Por exemplo, uma revisão sistemática com me-
ta-análise, demonstrou que o aumento do número de tomadas foi associado com declínio importante da adesão, 
com 79% de adesão com uma tomada diária, 69% com duas, 65% com três e apenas 51% com quatro (48).
INFLUÊNCIA DO REGIME TERAPÊUTICO NA ADESÃO AOS MEDICAMENTOS
79%
1 X dia
2 X dia
3 X dia
4 X dia
69%
65%
51%
30 Paralelamente, outros estudos demonstram que o “ajuste” do regime terapêutico aos hábitos de vida e atitudes 
de um indivíduo podem ser preditores da adesão ao tratamento (24). É provável, porém, que menos doses não 
necessariamente permitam melhor “encaixe” dos medicamentos na agenda diária de um indivíduo. 
Na medida do possível, os regimes devem ser simplificados, reduzindo o número de comprimidos e a frequência da 
administração, minimizando interações medicamentosas e efeitos colaterais (24). O Instituto de Medicina America-
no propôs uma programação padronizada para especificar a administração de medicamentos (manhã, tarde, noite, 
antes de dormir), reconhecendo que 90% das prescrições são administradas em quatro tomadas ou menos (49).
Em resumo, as evidências indicam que regimes simplificados, que exigem menos comprimidos e 
menor frequências de administração melhoram a adesão. Além disso, a adequação dos medica-
mentos a rotina diária do paciente também parece ser importante.
De maneira prática a farmacoterapia deve ser revista com o paciente, adaptando a ingestão de comprimidos a 
sua rotina diária. Simplificações e aprazamentos são úteis para reduziro número de tomadas e podem facilitar 
a adesão, entretanto devem levar em consideração as recomendações específicas de cada medicamento e seu 
potencial para interações medicamentosas.
Pensando em aprazamento: será que é mesmo 
importante?
A fim de compreender a importância prática do aprazamento, considere o seguinte caso clínico abaixo.
Joana, 56 anos, costureira, hipertensa, diabética tipo 2 e dislipidêmica, 
comparece a farmácia para uma consulta farmacêutica para revisão de 
sua medicação.
“É difícil tomar a medicação no meio do dia”
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Medicamentos prescritos:
• Enalapril 20mg 12/12h
• Hidrocloroti azida 25 mg/dia
• AAS 100 mg/dia
• Glibenclamida 5mg após café e jantar
• Metf ormina 850 mg após café e jantar
• Sinvastati na a noite 40 mg
Parâmetros clínicos:
• Pressão Arterial: 150/90 mmHg (média de três medidas)
• Glicemia capilar 2 horas pós-prandial: 140 mg/dL (após almoço)
• Colesterol total (feito há 2 semanas): 190 mg/dL (laboratório)
Durante a consulta, a paciente relata que tem problemas para lembrar de tomar todos os medicamen-
tos. Quando ele explana sua roti na de medicação, indica que “o AAS, por exemplo, ela nunca lembra, 
pois está sempre fora de casa na hora do almoço e sente difi culdade de lembrar no trabalho”. Além 
disso, ela se queixa que “estava fazendo muito xixi a noite, o que atrapalha seu sono, por esse moti vo 
ela nem sempre uti liza a hidrocloroti azida”.
Sua roti na de medicação inicial está mostrada na fi gura abaixo:
A = antes da refeição (pelo menos 30 minutos); D = Durante ou imediatamente após a refeição; HD = Hora de Dormir.
MEDICAMENTO
7h30 
Café
12h30 
Almoço
16h 
Lanche
19h 
Jantar
22h 
Ceia
00h 
H.D.
A D A D A D A D A D
Enalapril 20 mg 1 1
Hidrocloroti azida 25 mg 1
AAS 100 mg 1
Glibenclamida 5 mg 1 1
Metf ormina 850 mg 1 1
Sinvastati na 20 mg 1
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TOMADAS/
DIA
32 Será possível reduzir a complexidade do regime terapêuti co de Joana, facilitando, ou mes-
mo resolvendo, seu problema de adesão aos medicamentos?
Perceba que Joana apresenta um regime terapêuti co com alto índice de complexidade, com ingestão diária reco-
mendada de 9 comprimidos, distribuídos em 5 horários de tomada. Essa situação a leva a esquecer o uso diário do 
AAS, indicado neste caso para prevenção primária de eventos cardiovasculares, em pacientes de alto risco. Além 
disso, o efeito diuréti co da hidrocloroti azida está atrapalhando seu sono, um evento desagradável esperado, o 
que leva a paciente a problemas de adesão também a esse medicamento. Isso, inclusive, pode ser a causa da sua 
pressão arterial alterada (150/90 mmHg).
A farmacêuti ca Ana, que realizou a consulta de revisão da medicação de 
Joana, defi ne então com a paciente o seguinte plano:
Como a paciente consome normalmente um café da manha reforçado, 
ela indica que o AAS pode ser administrado após essa refeição, já que a 
indicação é que esse medicamento seja administrado após uma refeição, 
para reduzir risco gastrointesti nal, entretanto, essa refeição não precisa 
ser necessariamente o almoço. Assim fi caria mais fácil lembrar de tomá-lo.
Ela questi ona sobre sua roti na de trabalho como costureira, e Joana sugere que essa é tranquila, e que 
normalmente ele apenas supervisiona o trabalho. Então a farmacêuti ca sugere que a paciente tente 
uti lizar a hidrocloroti azida também de manhã, pois dessa maneira o medicamento exerceria sua ação 
durante o dia, sua pressão fi caria melhor controlada e ela não teria problemas com o sono.
Além disso, Ana acorda a alteração do horário de administração do enalapril e da sinvastati na, para po-
tencializar sua efi cácia, minimizar efeitos adversos e reduzir o número de tomadas diárias:
MEDICAMENTO
7h30 
Café
12h30 
Almoço
16h 
Lanche
19h 
Jantar
22h 
Ceia
00h 
H.D.
A D A D A D A D A D
Enalapril 20 mg 1 1
Hidrocloroti azida 25 mg 1
AAS 100 mg 1
Glibenclamida 5 mg 1 1
Metf ormina 850 mg 1 1
Sinvastati na 40 mg 1
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Regime terapêuti co fi nal:
Fechamento
Ana presta as orientações fi nais a Joana, revê com ela sua roti na de medicação e se certi fi ca de sua 
compreensão e concordância, e lhe entrega sua declaração de serviços farmacêuti cos. Seu retorno é 
agendado após 30 dias.
Acompanhamento
Joana retorna a farmácia e indica que está uti lizando seus medicamentos conforme o combinado. Du-
rante a revisão de sua roti na, ela é capaz de descrever o regime adequadamente.
Pressão Arterial na consulta: 130/85 mmHg
Conclusão
Joana apresentava difi culdades de adesão a alguns medicamentos, entretanto com a orientação e apra-
zamento de seu regime terapêuti co, houve redução da complexidade e resolução dos problemas que a 
levavam a esquecer a medicação. Como resultado, ela evoluiu com normalização dos valores de pres-
são arterial na consulta de retorno.
Esta é uma das condutas possíveis a serem realizadas durante a revisão da medicação de um paciente.
MEDICAMENTO
7h30 
Café
12h30 
Almoço
16h 
Lanche
19h 
Jantar
22h 
Ceia
00h 
H.D.
A D A D A D A D A D
Enalapril 20 mg 1 1
Hidrocloroti azida 25 mg 1
AAS 100 mg 1
Glibenclamida 5 mg 1 1
Metf ormina 850 mg 1 1
Sinvastati na 20 mg 1
2 
TOMADAS/
DIA
34 Formas farmacêuticas: elas podem dificultar a adesão 
ao tratamento
Muitas pessoas são não aderentes porque tem dificuldades reais de manusear, administrar e utilizar determina-
dos medicamentos (fatores involuntários). Principalmente entre os idosos, perdas na capacidade cognitiva e mo-
tora pode tornar algumas tarefas simples difíceis de realizar. Chamamos à capacidade de realizar o tratamento de 
“capacidade de gestão da farmacoterapia”. Certificar-se de que os pacientes apresentam essa capacidade é uma 
parte importante da avaliação da adesão aos medicamentos.
 
Exemplos de dificuldades na utilização dos medicamentos:
Tirar comprimidos do blister Usar o frasco conta gotas Preparar a dose do líquido
É importante identificar também os chamados “Medicamentos ou Especialidades Farmacêuticas Complexas 
(EFC)”. São aquelas cuja utilização exige o aprendizado de uma técnica ou processo, ligada ao preparo prévio da 
forma farmacêutica ou à administração do medicamento. As EFC fazem com que o tratamento seja mais difícil de 
cumprir, o que pode reduzir à adesão terapêutica (50). A consulta de revisão de medicação pode ser uma ótima 
oportunidade de se certificar que o paciente utiliza corretamente este tipo de medicamento.
Várias vias de administração podem estar relacionadas ao uso de uma EFC. Normalmente, assume-se que as formas 
farmacêuticas tradicionais sólidas (comprimidos, drágeas, cápsulas), semissólidas (cremes, pomadas, géis) e líqui-
das (soluções, suspensões, xaropes), utilizadas por via oral ou tópica são as mais simples de serem utilizadas pelo 
paciente e, por isso, com menor risco de erros (50). A seguir há uma lista de medicamentos que se enquadram na 
categoria de EFC.
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Especialidades farmacêuticas complexas e vias de administração
Existem diversos vídeos e materiais educativos disponíveis na internet, que podem ajudar no processo de educa-
ção dos pacientes para estes medicamentos. Recomendamos consulta ao site Farmacêutico Clínico (http://www.
farmaceuticoclinico.com.br) para acesso gratuito a esses recursos. Informações escritas sobre o modo correto de 
administração destes medicamentos estão em diversas obras publicadas, entre elas a citada neste Manual (50).
Durante a consulta de revisão da medicação, para saber se seu paciente passa por alguma desses dificuldades, 
faça perguntas simples sobre sua rotina com os medicamentos, como a seguir:
“O(a) senhor(a) sente dificuldade para abrir ou fechar a embalagem dos medicamentos?”
“Sente dificuldade para ler o que está escrito na embalagem?”
“Sente dificuldade para tirar os comprimidos do blister?”
“Acha difícil engolir os comprimidos?Consegue tomar todos de uma vez?”
“O(a) senhor(a) parte algum comprimido antes de tomar?”
“Sente dificuldade para usar o frasco conta gotas?”
“Sente dificuldade para pingar o colírio?”
VIA DE ADMINISTRAÇÃO ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA COMPLEXA
Oftálmica
Colírio
Pomada oftálmica
Otológica
Gotas otológicas
Suspensão otológica
Nasal
Gotas nasais
Spray nasal
Inalatória
Aerossol dosimetrado
Inalador de pó seco
Retal Enema
Supositório
Vaginal
Anel vaginal
Creme, pomada, gel vaginal
Comprimido vaginal
Óvulo
Dermatológica
 
Adesivo transdérmico
Esmalte
Emplastro
Oral Suspensão extemporânea
36
Posso usar os registros da farmácia para avaliar a adesão?
A avaliação do histórico de dispensações é uma forma objetiva, simples e de baixo custo para conhecer o compor-
tamento do paciente na retirada de medicamentos nas farmácias e drogarias. Conhecendo o número de compri-
midos que devem ser retirados pelo paciente para cumprir o tratamento, em um determinado período de tempo, 
e o número de comprimidos que ele efetivamente retirou, é possível estimar sua adesão ao tratamento. Esta for-
ma de medir a adesão é equivalente ao conceito de “Taxa de Posse dos Medicamentos” ou, no inglês, “Medication 
Possession Ratio (MPR)”. 
Por outro lado, uma barreira para utilização deste indicador pode ser a ausência de um registro 
consistente das vendas realizadas a um cliente, a ausência do próprio cadastro do cliente e o fato 
do cliente poder comprar seus medicamentos em várias farmácias diferentes todos os meses.
A taxa de retirada dos medicamentos indica a disponibilidade do produto e a disposição do paciente em cumprir 
o tratamento, ainda que não garanta que o paciente efetivamente esteja utilizando os medicamentos que retira. 
Assim, é desejável que este parâmetro seja usado apenas como informação complementar em uma consulta de 
revisão da medicação.
A Taxa de Retirada pode ser calculada com a seguinte fórmula, para cada medicamento em uso pelo paciente:
Número de comprimidos retirados no período
Número de comprimidos que deveriam ser retirados
X 100 = % Retirada
A taxa de retirada é uma variável que pode variar de 0 a 100. Assim, é possível avaliar a mudança no parâmetro 
ao longo do tempo, por exemplo, em dois períodos diferentes de 6 meses. Outra forma de avaliar é estabelecer 
pontos de corte para uma adesão boa, regular ou ruim. Com base na literatura, pacientes que apresentam uma 
taxa de retirada >80% podem ser considerados “aderentes”, uma vez que para a maioria dos tratamentos, há uma 
relação entre esta taxa de adesão e resultados terapêuticos positivos. Taxa entre 70% e 80% é considerada “Ade-
são Regular” e resultados <70% são considerados “Baixa Adesão” (51). Como exceção, este ponto de corte pode 
não ser adequado para alguns tipos de tratamento, particularmente tratamentos com antibióticos ou para HIV/
AIDS. A Figura a seguir mostra como interpretar estes resultados.
“Sente dificuldade para fazer a medida do xarope?”
“Me mostre como o(a) senhor(a) aplica a insulina”
“Me mostre como o(a) senho(a) utiliza a bombinha para o pulmão”
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Devo utilizar um questionário para avaliar a adesão?
Nenhum questionário padronizado, usado em pesquisas, costuma ser realmente útil na prática. Por outro lado, 
conhecer as questões dos principais questionários é útil para se construir um repertório próprio de perguntas. 
Construir um roteiro próprio de anamnese.
A fim de identificar um paciente com não adesão, conduza um diálogo aberto sobre os medicamentos e procure 
conhecer a rotina de medicação do paciente, além de investigar comportamentos como os descritos anterior-
mente. Caso você disponha de sistema informatizado na farmácia, você pode também levantar o história de com-
pras de medicamentos.
Quando fizer perguntas diretas sobre adesão, nunca faça a seguinte pergunta: “o senhor está tomando os medi-
camentos corretamente, não está?”. A maioria dos pacientes responde “sim” apenas para agradar ou não contra-
riar o profissional da saúde.
Prefira perguntas que permitam conhecer como o paciente realmente faz seu tratamento, por exemplo:
“como o(a) senhor(a) toma seus medicamentos?”
“me conte sobre sua rotina com os remédios, em quais horários toma?”
“na última semana, quantas vezes se esqueceu de tomar o medicamento?”
Boa adesão aos 
medicamentos
Adesão Regular
Baixa adesão
100 - NÍVEL ÓTIMO
80 - FAIXA DE RISCO
60
90 - PODE MELHORAR
70 - REQUER INTERVENÇÃO
50
38
“como o(a) senhor(a) faz para se lembrar de tomar todos os seus remédios?”
“o(s) senhor(a) acha que seus remédios estão funcionando bem?”
“tem algum medicamentos destes que o(a) senhor não goste?”
“alguém ajuda o(a) senhor(a) a tomar seus medicamentos?”
“onde o(a) senhor(a) guarda seus medicamentos em casa?”
“o(a) senhor(a) deixa de tomar seu medicamento quando se sente melhor?”
“o(a) senhor(a) deixa de tomar seu medicamento quando se sente mal ou doente?” 
“o(a) senhor(a) esquece de ir à farmácia pegar seus medicamentos?”
“o(a) senhor(a) deixa acabar seus medicamentos?”
“o(a) senhor(a) deixa de adquirir seu medicamento por causa do preço muito caro?”
Ferramentas que podem ajudar na adesão aos 
medicamentos
Organizadores de comprimidos
Organizadores de comprimidos são compartimen-
tos com divisões específicas, para armazenamento 
fracionado dos medicamentos. Essas ferramentas 
podem auxiliar na organização da medicação de 
pacientes com regimes terapêuticos complexos, 
que frequentemente esquecem doses e/ou dificul-
dades de compreensão e leitura (50). 
Os organizadores também apresentam potencial 
para reduzir erros de medicação por parte do pa-
ciente. Além disso, eles permitem a checagem da 
utilização dos medicamentos diários, evitando con-
fusões do tipo, “tomei ou não meu comprimido?”. No 
mercado Brasileiro, existem opções comerciais de 
organizadores diários e semanais (50). 
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Iniciativas domésticas de organização do regime terapêutico apresentam igual benefício, com a elaboração do 
próprio organizador de comprimidos, a partir de materiais comuns, como copos plásticos, embalagens, envelo-
pes, podem ajudar quando as opções comerciais não são possíveis. 
A vantagem dessa opção é que as características individuais do paciente podem ser levadas em conta, como por exem-
plo a dificuldade de leitura, que pode ser adaptada com uso de números caso o paciente saiba ler e interpretar núme-
ros) e cores.
É necessário considerar que, para que tais ferramentas sejam realmente efetivas, é necessário higiene em re-
lação ao seu uso, pois o risco de contaminação existe, já que normalmente os comprimidos são fracionados ou 
retirados de sua embalagem primária. Além disso, para pacientes com limitações (cognitivas, visuais, baixo letra-
mento) a presença de uma segunda pessoa, ou seja a figura do cuidador, é fundamental, pois a ferramenta exige 
organização diária ou semanal.
A tabela a seguir traz alguns modelos de organizadores disponíveis no mercado. A partir do nome de marca é pos-
sível encontrá-los com facilidade por meio de sites de busca na internet. No site http://www.epill.com/ é possível 
encontrar vários dos modelos importados (50).
ALGUNS ORGANIZADORES DE COMPRIMIDOS DISPONÍVEIS NO BRASIL
MARCA ORIGEM TIPO
Pill Box G-Life® Nacional Diário
Medtime XL® Importado Diário
MedGlider® Importado Diário
Times Medication® Importado Diário
CompuMed® Importado Mensal
Medcenter System® Importado Mensal
Accupax® Importado Mensal
Porta Comprimidos Hora Certa® Nacional Semanal
Porta Med Super® Nacional Semanal
Pill Box Pb 2000® Nacional Semanal
Medication Manager® Importado Semanal
7 Days & Reminder® Importado Semanal
Weekly PillBox® Importado Semanal
CADEX® Importado Semanal
Calendários posológicos
Os calendários posológicos são artifícios para organizar a farmacoterapia do paciente, de maneira prática, de 
acordo com sua rotinadiária. Eles consistem primordialmente de uma lista dos medicamentos prescritos, jun-
tamente com seu horário de tomada e podem ajudar o paciente a visualizar de maneira global e compreender 
melhor seu tratamento (50).
40 Essas ferramentas são particularmente importantes para pacientes não-aderentes não-intencionais, que apre-
sentam dificuldades na compreensão e seguimento de sua prescrição. Entretanto, como nos organizadores de 
comprimido, não se aplicam em todos os casos, e só devem ser utilizados se evidenciada a necessidade do pa-
ciente. O farmacêutico deve lembrar-se que a organização do regime pode ser realizada na própria declaração 
de serviços farmacêuticos.
Imagem gentilmente cedida pelo Serviço Ambulatorial de Atenção Farmacêutica do Hospital de Clínicas do Paraná, como 
exemplo de como construir um calendário posológico.
Aplicativos para celulares e tablets
Existem vários aplicativos gratuitos para ajudar os pacientes a organizar sua lista de medicamentos e horários de 
administração. A maioria deles conta com sistema de alarme que ajuda o paciente a se lembrar de uma dose. São 
ferramentas valiosas e o farmacêutico deve estimular os pacientes a utilizá-las. Por outro lado, pessoas sem aces-
so a smartphones ou com poucas habilidades com tecnologia terão dificuldade em adotar este tipo de recurso.
PLANO PERSONALIZADO DE ACONSELHAMENTO AO PACIENTE
Nome do paciente Data / /
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EXEMPLOS DE APLICATIVOS PARA ORGANIZAÇÃO DOS MEDICAMENTOS - PACIENTES
HORA DO 
MEDICAMENTO
CAIXA DE REMÉDIOS
LEMBRETE DE 
MEDICAMENTOS
RESUMO: DICAS PARA PROMOVER A ADESÃO AO TRATAMENTO
Ajude o paciente a organizar os horários de sua medicação. Facilite a posologia, reduza ao máximo possí-
vel o número de tomadas ao dia. Encaixe o tratamento na rotina do paciente, não a rotina do paciente no 
tratamento.
Facilite o acesso. Oriente o paciente sobre genéricos, opções mais baratas, farmácia popular. Converse 
abertamente com o paciente sobre o custo do tratamento e o impacto dele no orçamento da família.
Ajude o paciente a se lembrar. Se o paciente se esquece de tomar os medicamentos, vários recursos po-
dem ajudar. Alarmes no relógio ou celular, calendários fixados na geladeira, organizadores de comprimidos 
(ajudam a ter certeza se uma dose foi tomada). Muitas vezes guardar os medicamentos em um local visível 
e a construção de uma rotina são suficientes.
Entenda que o comportamento é um resultado. Procure entender as crenças, os medos e as expectativas 
do paciente. Perceba se sua atitude é positiva ou negativa para com os medicamentos. Identifique quais 
desses aspectos influenciam mais a forma como o paciente ‘faz’ o tratamento. Converse com ele aberta-
mente sobre esses pontos e não julgue.
Ajude o paciente a entender. Oriente o paciente sobre os benefícios do tratamento. Equilibre com os ris-
cos. Trabalhe com ele poucos pontos a cada vez. Peça ao paciente que repita suas orientações, para ter 
certeza de que entendeu. Entregue as orientações mais importantes por escrito. Tenha em mente que o 
objetivo é tornar o paciente uma pessoa independente e capaz de tomar decisões por conta própria. 
Pense no longo prazo. Seja o melhor parceiro do paciente em seu tratamento. Estabelecer um relacionamen-
to sincero, honesto, faz toda diferença. Para isso é preciso escutar, mais do que falar. Quando o paciente esti-
1.
2.
3.
4.
5.
6.
42 ver falando, escute para entender, não para responder. Lembre-se que confiança se constrói com tempo, mas 
pode se acabar em minutos. Tenha paciência e persistência com aqueles que parecem não estar preocupados 
com suas orientações, que são mais resistentes. São estes que mais precisam da sua ajuda.
Mantenha o foco nos resultados do tratamento. Não se esqueça de que o sucesso do tratamento não se 
mede pelo número de comprimidos tomados, mas pela mudança obtida no estado de saúde. Procure en-
tender o que se passa com a saúde do paciente e converse com ele/ela sobre as preocupações que você 
tem enquanto farmacêutico.
7.
Adesão aos Medicamentos
POR QUE ALGUNS PACIENTES NÃO UTILIZAM OS 
MEDICAMENTOS CONFORME A PRESCRIÇÃO? 
• Eles não querem - não-adesão intencional
• Eles têm problemas práticos - não-adesão não inten-
cional 
O que pode ser feito sobre isso? 
• Verifique se o paciente:
Recebeu as informações que necessitava quando 
os medicamentos foram prescritos e dispensa-
dos. 
O paciente discutiu e entendeu essa informação?
• Não presuma que folhetos informativos irão atender 
todas as necessidades dos pacientes. 
• Direcione o paciente a fontes confiáveis de informa-
ção e apoio após a consulta 
• Aumente o envolvimento do paciente na tomada de 
decisões 
• Descubra o que o paciente espera do tratamento.
• Ouça e observe quaisquer sinais não-verbais e não 
faça suposições sobre as preferências dos pacientes 
para o tratamento. 
• Explique a condição clínica do paciente de forma cla-
ra e auxilie os paciente a tomar decisões com base 
em benefícios e riscos prováveis em vez de possíveis 
equívocos. 
COMPREENDA A PERSPECTIVA DO PACIENTE 
Pergunte ao paciente sobre o que ele sabe e acredita 
sobre seus medicamentos, incluindo quaisquer preocu-
pações (por exemplo, efeitos adversos ou dependência) 
e aborde estas questões. 
• O que vai acontecer se não tomar o medicamento 
• Alternativas não-farmacológicas 
• Reduzir ou parar medicamentos a longo prazo 
• Introdução de medicamentos em sua rotina diária
• Escolher entre medicamentos possíveis
• Se o paciente tem preocupações específicas, resuma 
a discussão.
Fornecer informações claras 
• O que é cada medicamento, como utilizá-lo e prová-
veis benefícios 
• Eventos adversos possíveis e o que fazer se eles 
acontecerem
• O que fazer se uma dose for omitida 
Avalie a adesão
• Sempre que você fizer revisão dos medicamentos:
Pergunte ao paciente se eles esqueceram doses 
recentemente:
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Comece pelo básico - o paciente pode gerir os seus medicamentos?
• Incentive e apoie o paciente, seus familiares e cuida-
dores a manter uma lista atualizada de medicamen-
tos prescritos e não prescritos, alergias ou reações 
adversas 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Quem é responsável pela administração de 
medicamentos?
Por exemplo, autoadministração, cuidador
Como é o acesso do paciente a seus medicamentos?
O paciente é incapaz de gerir a sua medicação? 
Por exemplo devido a:
• Regime terapêutico complexo
• Excesso de prescrições
• Esquecimento / diagnóstico de demência
• Estilo de vida caótico
• Dificuldade em engolir
• Problemas na destreza manual
• Visão deficiente
• Não é capaz de ouvir, ler ou compreender as orien-
tações
Determine um tempo específico (por exemplo, 
na semana passada)
Explique por que você está perguntando
Pergunte sobre hábitos de tomada de medicação
Não atribua culpa ao paciente
• Usar registros de dispensação de medicamentos 
para identificar, sempre que possível, a não-adesão 
e os pacientes que precisam de apoio.
Acompanhe
• Em intervalos acordados reveja o conhecimento, 
compreensão e preocupações dos pacientes sobre 
seus medicamentos.
POTENCIAIS SOLUÇÕES
Estabelecer se a não-adesão é relacionada a crenças, 
preocupações ou problemas práticos, e abordá-los.
• Simplificar o regime posológico - existe alguma du-
plicidade terapêutica? Existem medicamentos de 
valor clínico limitado ou de benefício improvável, 
devido a expectativa de vida?
• Se os eventos adversos são um problema:
Discutir os benefícios, efeitos colaterais e efei-
tos a longo prazo,
Considerar o ajuste da dose, a mudança para 
outro medicamento, e outras estratégias, como 
alteração do ou forma de administração.
• Sugerir que os pacientes registrem as tomadas de 
seus medicamentos e monitorem sua condição clíni-
ca.
ACEITE QUE O PACIENTE: 
Pode ter um ponto de vista diferente do profissio-nal de saúde sobre os riscos, benefícios e efeitos 
colaterais.
• Tem o direito de decidir não tomar um medica-
mento, desde que tenha recebido a informação 
necessária para tomar uma “decisão informada”. 
LEMBRE-SE 
Uma conversa franca e aberta é sempre a melhor ma-
neira de abordar questões relacionadas a não-adesão
44
• Não consegue utilizar dispositivos de administração 
de medicamentos, por exemplo, inaladores, gotas 
para os olhos, etc.
O paciente é intencionalmente não aderente? 
Por exemplo devido a:
• Medicamentos não necessários (especialmente medi-
camentos para uso se necessário), por exemplo, anal-
gésicos.
• Medicamento ineficaz
• Falta de compreensão da indicação / importância do 
tratamento
• Falta de efeitos visíveis imediatos / benefícios
• Efeitos colaterais desagradáveis
• Indicação pouco clara
• Instruções de administração complexas por exemplo 
bisfosfonatos, varfarina
O paciente está utilizando outro medicamento, por exem-
plo, produtos de origem vegetal, medicamentos de outra 
pessoa?
Quais são as ferramentas de apoio disponíveis?
• Dispositivos para auxiliar a administração de colírios 
para os olhos, inaladores, etiquetas, calendários po-
sológicos, organizadores de comprimidos, panfletos 
informativos, lembretes, mensagens de texto.
Uma preparação líquida ou solúvel pode ser mais 
apropriada?
• Considere as implicações nos custos, especificações 
do produto, preparações comerciais disponíveis.
• Se comprimidos ou cápsulas estão sendo triturados 
/ abertos, considere impacto sobre as característi-
cas do produto, como: estabilidade, propriedades de 
liberação, revestimento, dentre outros.
Como avaliar os efeitos adversos de um tratamento?
Efeitos adversos estão associados a elevada morbimortalidade, e constituem uma importante causa de interna-
mentos hospitalares, abandono do tratamento e custos em saúde.
No procedimento padrão da consulta de revisão da medicação, é importante investigar possíveis efeitos adver-
sos dos medicamentos, tanto quanto a adesão ao tratamento. A seguir veremos como isso pode ser feito.
Entendendo a cascata de prescrição
Cascatas de prescrição ocorrem quando um novo medicamento é prescrito para tratar os sintomas decorrentes de 
um efeito adverso não reconhecido, relacionado a uma terapia prescrita anteriormente (52). O paciente é então ex-
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posto a risco adicional relacionado com o novo e potencialmente desne-
cessário tratamento. Idosos com doenças crônicas e múltiplas terapias 
com drogas estão particularmente em risco de receberem prescrição em 
cascata. 
Sintomas induzidos por medicamentos em idosos podem ser facilmen-
te mal interpretados como uma nova condição ou podem ser atribuí-
dos ao próprio processo de envelhecimento. Esta má interpretação é 
particularmente provável quando os sintomas induzidos pelos medi-
camentos são indistinguíveis de doenças comuns em idosos. Exemplos 
selecionados de cascatas de prescrição são descritos abaixo.
EXEMPLOS DE CASCATA DE PRESCRIÇÃO
TERAPIA INICIAL
EVENTO ADVERSO A 
MEDICAMENTOS (EAM)
TERAPIA SUBSEQUENTE
POSSÍVEL EFEITO 
RELACIONADO A NOVA 
TERAPIA
Antipsicóticos
Sinais e sintomas 
extrapiramidais
Medicamentos 
anti-parkinsonianos
Hipotensão ortostática, 
delírio
Inibidores de colinesterase Incontinência urinária
Tratamento para 
incontinência
Diarreia e incontinência 
urinária
Diuréticos tiazídicos Hiperuricemia Tratamento de gota
Rash cutâneo, diarreia, 
náuseas
Anti-inflamatórios não 
esteroidais
Aumento da pressão arterial
Medicamentos 
anti-hipertensivos
Hipotensão
Detectando reações adversas na revisão da medicação
Em um estudo desenvolvido em nível de cuidados primários, com 661 pacientes, evidenciou-se que os sintomas 
mais comumente ligados a medicamentos foram: problemas gastrointestinais, problemas no sono, problemas 
sexuais, dor de cabeça, fadiga, tonturas e problemas de equilíbrio, alterações de humor e erupções cutâneas ou 
prurido, indicando que a investigação desses sintomas durante a revisão de medicação pode fornecer pistas so-
bre a possível ocorrência de efeitos adversos (53).
Todavia, lembre-se, que em muitos casos o questionamento dos sintomas pode induzir o pa-
ciente a uma resposta positiva, portanto o questionário só deve ser aplicado após pergunta 
aberta, relativa a possíveis sintomas relacionados aos medicamentos.
46 ESTRATÉGIA PARA RASTREAMENTO DE EFEITOS ADVERSOS
1. O(a) senhor(a) esta sentindo algum sintoma desagradável que relacione com o uso de algum dos seus 
medicamentos?
2. Agora listarei uma série de sintomas, e gostaria que o(a) senhor(a) avaliasse, se algum deles lhe incomoda, e 
se percebeu relação com algum medicamento:
SINTOMA PRESENÇA MEDICAMENTO
Problemas no sono ( ) Sim ( ) Não
Alterações no humor ( ) Sim ( ) Não
Problemas gastrointestinais ( ) Sim ( ) Não
Tonturas ou problemas no equilíbrio ( ) Sim ( ) Não
Dor de cabeça ( ) Sim ( ) Não
Fadiga ( ) Sim ( ) Não
Dor muscular ( ) Sim ( ) Não
Incontinência urinária ( ) Sim ( ) Não
Problemas sexuais ( ) Sim ( ) Não
Vermelhidão ou prurido (coceira) ( ) Sim ( ) Não
Outros ( ) Sim ( ) Não
O que fazer quando um paciente relata um queixa (possível efeito adverso)
Sempre que houver a suspeita de um sinal/sintoma relacionado a um medicamento, o farmacêutico deve realizar 
a correlação temporal com o sintoma e a anamnese detalhada do mesmo. Isto é, levantar e registrar o que vem a 
ser chamado na clínica de HDA (história da doença atual) ou HQP (história da queixa principal).
Para isso, as seguintes características devem ser consideradas: tempo, localização, qualidade ou característica, 
quantidade ou gravidade, ambiente, fatores que agravam ou aliviam, sintomas associados.
Tempo
Qualidade ou característica
Ambiente
Localização
Quantidade ou gravidade
Fatores que agravam ou que aliviam
Sintomas associados
Início, duração e frequência dos sintomas
Área precisa dos sintomas
Leve, moderada ou grave
O que o paciente estava fazendo quando os sintomas ocorreram
Fatores que fazem com que os sintomas melhorem ou que fiquem piores
Outros sintomas que ocorrem com os sintomas primários
Termos descritivos específicos sobre o sintoma 
(ex. dor aguda, catarro com presença de sangue)
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Para facilitar a compreensão, observe o seguinte exemplo:
Senhor Francisco, 63 anos, durante sua consulta para revisão da medicação, 
relata estar sentindo um pouco de sonolência nesses últimos dias.
“Ando muito sonolento durante o dia”
Quando questionado sobre sua farmacoterapia, ele relata estar em uso de:
• Enalapril 20 mg/dia
• Anlodipino 5 mg/dia
• Hidroclorotiazida 25 mg/dia
• Levotiroxina 50 mcg/dia
• Dexclorfeniramina 2 mg/dia
De posse dessas informações, deve ser avaliada a relação temporal do sintoma, e a avaliação de possível correlação 
com algum de seus medicamentos:
Seu Francisco, o senhor iniciou algum dos seus medicamentos recentemente?
- Estou mudando de casa, e minha alergia do nariz acabou piorando, por isso, então comprei um remédio, faz 10 dias.
Há quanto tempo o senhor esta sentindo essa sonolência?
- Olha, acredito que há mais ou menos uma semana.
Com que frequência o senhor se sente assim?
- Todo dia.
Isso tem incomodado muito o senhor?
- Está atrapalhando bastante minha rotina diária. Fico até sem sair de casa.
O senhor já notou se alguma coisa que o senhor faz melhora ou piora o sintoma?
- Não sei muito bem, mas acho que pioro de manhã, depois de tomar os remédios.
Além da sonolência, o senhor sente mais alguma coisa?
- Estou sentindo um pouco de tontura.
E os sintomas de alergia, o senhor sente com que frequência?
- Às vezes apenas, normalmente me sinto bem, mas com essa mudança, está difícil.
Após avaliação global do sintoma, você deduz que a sonolência, associada à tontura, podese tratar de uma reação adver-
sa a dexclorfeniramina, um anti-histamínico de primeira geração, comumente associado a estes sintomas, principalmente 
em idosos. Como se trata de um caso de rinite intermitente, uma alternativa seria recomendar a suspensão da dexclor-
feniramina, recomendar um anti-histamínico de segunda geração (p.ex. Loratadina) e acompanhar os sintomas futuros.
48 Veja na tabela a seguir alguns sintomas que podem estar ligados a medicamentos de uso comum:
SINTOMAS ASSOCIADOS AS REAÇÕES ADVERSAS AOS PRINCIPAIS MEDICAMENTOS 
PRESCRITOS EM AMBULATÓRIO
MEDICAMENTOS / CLASSE SINTOMAS
Antidiabéticos orais Tonturas, tremores, palpitações, ansiedade, suor frio, fome excessiva e 
formigamento ao redor da boca; Diarreia, dor abdominal.
Diuréticos Alterações no ritmo cardíaco (disritmias), constipação, fadiga, fraqueza 
ou espasmos musculares; Dores e inchaços articulares.
Salicilatos Dor abdominal, fezes enegrecidas ou com sangue, vômito com sangue, 
hipotensão.
Inibidores da Enzima Conversora de 
Angiotensina
Tosse; Alterações no ritmo cardíaco, náuseas; Tonturas.
Estatinas Dores musculares; Náuseas; Constipação.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) Sensação de queimação e dor estomacal; fezes enegrecidas ou com sangue.
Betabloqueadores Hipotensão (sensação de tontura, mal estar, desânimo); Bradicardia; 
Extremidades frias; Fadiga; Tonturas.
Bloqueadores dos canais de cálcio Palpitações (taquicardia); Inchaço nas pernas; Fadiga; Sensação de queima-
ção e vermelhidão, principalmente no rosto; Tontura; Hipotensão (sensação 
de tontura, mal estar, desânimo). 
Suplementos de cálcio Constipação, flatulências, inchaço abdominal.
Antiasmáticos – Beta-agonistas Taquicardia; Náuseas; Tremores; Irritação na garganta; Tosse.
Analgésicos narcóticos Tontura; Sonolência; Retenção urinária.
Levotiroxina Palpitações; Diarreia; Insônia; Ansiedade; Fadiga.
Inibidores Seletivos da Recaptação de 
Serotonina
Diarreia; Indigestão; Redução do apetite; Boca seca; Insônia; Sonolência; 
Tremores; Ansiedade.
Inibidores de bomba de prótons Dor abdominal; Diarreia; Flatulência; Dor de cabeça.
Varfarina Queda capilar; Sangramentos gastrointestinais, nasais, intraoculares.
Benzodiazepínicos Hipotensão; Diarreia; Problemas na coordenação; Sonolência; Depressão 
respiratória.
Anti-histamínicos de primeira geração Sonolência; Diarreia; Náusea; Tontura; Boca seca.
Corticosteroides Hipertensão; Retensão hídrica; Intolerância a glicose; Aumento de apetite; 
Perturbação do humor.
Digoxina Tontura; Dor de cabeça; Náuseas e vômitos; Visão borrada; Disritmia cardí-
aca (Bradicardia).
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Como avaliar a efetividade de um tratamento?
O paciente polimedicado normalmente apresenta várias comorbidades, e cada uma está associada a uma meta 
terapêutica específica.
A avaliação da efetividade da farmacoterapia é uma tarefa complexa, e exige uma consulta minuciosa de 
cada condição. Visto a limitação de tempo, e considerando a adesão como ponto principal nas condições 
crônicas, essa avaliação é opcional durante a revisão de medicação.
Ainda assim, o paciente pode comparecer para a sua revisão de medicação de posse de seus exames laboratoriais, 
e o farmacêutico deve estar atento a sua interpretação, avaliando o controle de suas condições clínicas e a possí-
vel necessidade de encaminhamento médico para investigação diagnóstica ou ajuste da medicação para atender 
as necessidades do paciente.
A fim de nortear à avaliação clínica, e servir de consulta rápida, as tabelas e figuras abaixo contém a avaliação 
clínica e laboratorial das principais condições crônicas recorrentes em consultório farmacêutico (54). 
AVALIANDO A EFETIVIDADE: CONDIÇÕES CLÍNICAS E METAS TERAPÊUTICAS
CONDIÇÃO 
MÉDICA METAS DA TERAPIA - GUIDELINES COMENTÁRIO
Hipertensão
Pressão Arterial
≤140/90 mmHg
≤130/80 (Alto risco cardiovascular)
≤150/90 (idosos)
• A redução da pressão arterial está associada a redução 
do risco de lesões em órgãos-alvo, incluindo doenças 
cardiovasculares (angina, infarto, insuficiência cardía-
ca), acidente vascular cerebral, insuficiência renal.
• A avaliação da efetividade da farmacoterapia deve 
ser realizada mensalmente, nos primeiros 3 meses de 
tratamento, ou após mudança de dose. 
• O monitoramento residencial da pressão arterial, pode 
ser indicado para avaliar o controle ao longo do dia e 
reduzir efeito do avental branco (vide manual hiper-
tensão)
52
CONDIÇÃO 
MÉDICA METAS DA TERAPIA - GUIDELINES COMENTÁRIO
Dislipidemia
Colesterol Total <200 mg/dL
LDL <100 mg/dl ou <70 mg/dl (alguns 
casos)
Triglicerídeos <150 mg/dl
HDL>40 mg/dl para homens e >50 mg/dl 
para mulheres
Colesterol não-HDL <130 
• A meta terapêutica pode variar dependendo dos fato-
res de risco cardiovasculares presente, e classificação 
de risco correspondente (vide manual colesterol).
• Efetividade da farmacoterapia deve ser avaliada de 4-6 
semanas após o início do medicamento.
• Avaliação periódica a cada 6 meses a1 ano é recomen-
dada.
Diabetes
Glicemia em jejum <100 mg/dl
Glicemia capilar de jejum 70-130 mg/dl
Glicemia capilar pós-prandial <180 mg/dl 
(1-2 horas após o início de uma refeição)
Hemoglobina glicada < 7% (meta pode ser 
individualizada)
• O controle glicêmico reduz o risco de doença macro e 
microvascular.
• Hemoglobina glicada pode ser utilizada para avaliar o 
controle glicêmico dos últimos 2-3 meses.
• Avaliação periódica, a cada 6 meses a 1 ano é reco-
mendada.
Rinite 
alérgica
Redução ou eliminação dos principais 
sintomas: rinorreia, espirros, congestão 
nasal, gotejamento pós-nasal, coceira nos 
olhos e garganta e/ou conjuntivite.
• Os benefícios dos corticosteroides nasais pode ser vis-
tos em alguns dias, mas o seu efeito máximo requere 
2-3 semanas. 
• Após estabilização do paciente, a dose do corticoste-
roide deve ser reduzida a mínima efetiva.
• Durante o tratamento, irrigação nasal deve ser reco-
mendada para evitar sangramentos. 
• Anti-histamínicos geralmente apresentam melhores 
efeitos se administrados 1-2 horas antes da exposição 
ao alérgeno.
• Anti-histamínicos de primeira geração devem ser evi-
tados em pacientes idosos, devido aos seus potenciais 
efeitos sedativos e anticolinérgicos;
• Cromoglicato dissódico pode ser uma alternativa inte-
ressante e segura para pré-exposição ao alérgeno. 
Refluxo 
gastroesofá-
gico
Redução ou eliminação dos sintomas: 
esofagite (azia / queimação), hipersaliva-
ção, eructações, regurgitações, rouquidão, 
tosse, dor torácica.
Redução da frequência e duração dos 
sintomas.
Diminuir injúria na mucosa gastroesofá-
gica.
Prevenir recorrências.
• Alívio dos sintomas geralmente é observado em perío-
do de 2 semanas. Entretanto, tratamento prolongado 
(8-16 semanas), pode ser requerido para cessação dos 
sintomas e redução de recorrências.
53
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CONDIÇÃO 
MÉDICA METAS DA TERAPIA - GUIDELINES COMENTÁRIO
Depressão
Melhora de sintomas iniciais, ou identifi-
cados antes do inicio da farmacoterapia: 
humor depressivo, perda de interesse ou 
prazer, fadiga, desânimo, indisposição, 
baixa autoconfiança, autoestima, redução 
ou aumento do apetite, concentração e 
atenção reduzida.
Reduzir sintomas e ajudar o paciente a 
retornar as suas atividades basais.
Podem ser utilizados questionários de ava-
liação como o PHQ-9, Teste de Hamilton, 
entre outros.
• Eventos adversos dos antidepressivos podem aconte-
cer imediatamente após seu início, enquanto os sinto-
mas de depressão podem persistir por várias semanas.
• Antidepressivos típicos requerem 1-4 semanas para 
início de efeito terapêutico. O efeito máximo pode 
demorar até 6 semanas, e, em alguns casos a melhora é 
gradual por muitos meses. 
• A melhora de alguns sintomas pode ser rápida, com 
aumento de energia e interesse podendo ocorrer em 
10-14 dias.
• Melhora do humor geralmente requere de 2-4 semanas.
• Acompanhamento periódico a cada 6-8 semanas, para 
garantir controle contínuo, é recomendado.
Hipotireoidis-mo
Alcançar função tireoidiana normal, 
reverter anormalidades bioquímicas, e 
promover alívio de sintomas: letargia, 
fraqueza, redução de energia, pele seca, 
intolerância ao frio, ganho de peso, cons-
tipação, hirsutismo, inchaço periorbital, 
dores musculares, alterações menstruais, 
redução de libido.
Hormônio tireoestimulante (TSH) 
Normalmente aumentado em hipotireoi-
dismo. A meta é reduzi-lo a concentrações 
normais de 0,3-5 um/L.
T4 livre
Normalmente reduzido, meta alcançar 
valores entre 0,75-1,85 ng/dL 
• Resposta inicial ao medicamento geralmente é obser-
vada em 4-6 semanas.
• Doseamento sérico de T4 e TSH é recomendado após 
4-6 semanas para monitorar efetividade do novo trata-
mento, ou da nova dose.
• Efeitos totais podem requerer 4-6 meses.
Insônia
Melhorar sintomas: dificuldades para ini-
ciar sono, manutenção do sono, se sentir 
cansado mesmo após dormir, fadiga duran-
te o dia, dificuldade de concentração.
• Efeitos sedativos do medicamento são esperados após 
1-2 horas.
• Efeitos hipnóticos dos benzodiazepínicos, podem 
persistir por até um mês com o uso noturno.
54 CONDIÇÃO 
MÉDICA METAS DA TERAPIA - GUIDELINES COMENTÁRIO
Asma
Manutenção dos níveis de atividades.
Prevenção de sintomas como: sibilos, 
tosse, dispneia e/ou aperto no peito.
Manutenção ou melhora da espirometria.
Metas da espirometria variam de acordo 
com a severidade da asma, níveis de 1 a 4.
Nível 1
FEV1 ou PEF >80-85% do melhor valor do 
paciente ou do valor predito para tal.
Nível 2
FEV1 ou PEF >80% do melhor valor do 
paciente ou do valor predito para tal.
Nível 3
FEV1 ou PEF >60-80% do melhor valor do 
paciente ou do valor predito para tal.
Nível 4
FEV1 ou PEF >60% do melhor valor do 
paciente ou do valor predito para tal.
• Avaliação do FEV1 30 minutos após o uso de agonistas 
ß2 inalatórios é utilizado como preditor de desfecho.
• A necessidade de uso de agonista ß2 inalatório, em 
base diária ou semanal, pode ajudar a avaliar a efetivi-
dade do plano terapêutico.
• Uso de agonistas ß2 de curta ação em base diária, 
indica a necessidade de adição de corticosteroides 
inalatórios.
• Os efeitos em longo prazo de corticosteroides ina-
latórios podem ser observados em 1-2 semanas e a 
máxima efetividade é avaliada em 4-8 semanas.
• Em exacerbações graves, que requerem hospitali-
zações, o retorno a função respiratória normal pode 
requerer de 3-7 dias.
• Em pacientes estáveis, a farmacoterapia deve ser ava-
liada a cada 3-6 meses.
Referências: (54,55)
PARÂMETROS LABORATORIAIS, VALORES DE REFERÊNCIA E INTERPRETAÇÃO
PARÂMETRO 
(UNIDADE DE 
MEDIDA)
VALORES DE 
REFERÊNCIA (ADULTOS)
INTERPRETAÇÃO
HEMOGRAMA
Série vermelha
Homens Mulheres
Eritrócitos 
(106/mm3)
4,5 a 6,1
Pode estar alterado em anemias, doenças hematoló-
gicas, ou uso de medicamentos que induzam pancito-
penia.
Hemoglobina (g/dL) 13,5-17,5 12-16
Se reduzidos, indicativo de anemia; Se aumentados, 
investigar possíveis causas de policitemia.
Hematócrito (%) 40-54
Se reduzidos, indicativo de anemia; Se aumentados, 
investigar possíveis causas de policitemia.
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PARÂMETRO 
(UNIDADE DE 
MEDIDA)
VALORES DE 
REFERÊNCIA (ADULTOS)
INTERPRETAÇÃO
VCM (fl) 80-100 Fornece dados para classificação das anemias de 
acordo com alterações na volume (VCM), cor (CHCM) 
e estrutura das hemácias (RDW) e consequente dire-
cionamento diagnóstico e terapêutico.
HCM (pg) 26-34
CHCM (%) 31-36
RDW (%) 11,5-15%
Série Branca
Absoluto Relativo %
Leucócitos Totais 
(mm3)
5.000-15.000
Diminuídos em sepse, infecções virais;
Aumento normalmente associado a infecções bacte-
rianas e inflamações. Também pode estar relacionado 
a doenças metabólicas.
Bastonetes (mm3) Até 400 0-4%
Podem estar aumentados em infecções bacterianas e 
fúngicas graves e doenças hematológicas.
Segmentados 
(mm3)
1.700-8.000 45-70%
Aumentados em infecções bacterianas, fúngicas e 
algumas vezes virais, corticoterapia e uso de anti-in-
flamatórios não esteroidais.
Eosinófilo (mm3) 50-500 1-5%
Principalmente aumentados em infecções parasitárias 
e reações alérgicas.
Basófilo (mm3) Até 100 0-1%
Aumentados em reações de hipersensibilidade e 
doenças hematológicas.
Linfócito (mm3) 900-2.900 20-45%
Diminuídos em imunodeficiências, corticoterapia, 
anemia aplástica, lúpus, dentre outras;
Aumentados em infecções virais, tuberculose, coque-
luche, tireotoxicose, dentre outras.
Monócito 2-10% 300-900
Diminuído em corticoterapia, stress, infecções, anemia 
aplástica, terapia imunossupressora, dentre outras. 
Aumentado em mononucleose (viral), tuberculose, 
malária, endocardite, malária, dentre outras.
Plaquetas 150.000-450.000
Diminuídas em PTI, PTT, CIVD, próteses valvares, 
lúpus, dengue, dentre outras. Aumentadas em anemia 
ferropriva, doenças mieloproliferativas, hemorragia 
aguda, inflamações e infecções crônicas.
FUNÇÃO RENAL
Homem Mulher
Creatinina (mg/dL) 0,7-1,3 0,6-1,2
Diminuídos em doenças hepáticas (agudas e crônica), 
gestação, dentre outras. Aumentada em insuficiência 
renal, doenças musculares, alto consumo de carne 
vermelha, dentre outras.
56
PARÂMETRO 
(UNIDADE DE 
MEDIDA)
VALORES DE 
REFERÊNCIA (ADULTOS)
INTERPRETAÇÃO
Ureia (mg/dL) 15-45
Diminuída em desnutrição, dieta pobre em proteínas, 
insuficiência hepática, gestação, doença celíaca, den-
tre outras. Aumentada em insuficiência renal (falência 
aguda e crônica dos rins), dieta rica em proteínas, 
tumores, infarto do miocárdio, trauma, infecções, uso 
de corticoesteroides, dentre outros.
FUNÇÃO HEPÁTICA
TGO ou AST (U/L) Até 37 Até 31
Inespecífica para função renal, marcador de lesão ce-
lular. Valores elevados ocorrem na ingestão alcoólica, 
cirrose, deficiência de piridoxina, esteatose, hepatites, 
hemocromatoses, colecistites, infarto, insuficiência 
cardíaca, doenças músculo-esqueléticas.
TGP ou ALT (U/L) Até 41 Até 31
Mais específica para lesão hepática, entretanto tam-
bém pode estar aumentada em doenças musculares 
severas.
Gama glutamil-
transferase (GGT) 
(U/L)
12-73 8-41
Apesar de elevações muito grandes estarem associa-
das principalmente a câncer primário ou secundário 
do fígado e a obstrução biliar, alterações menores são 
poucos específicas de doenças do fígado; por outro 
lado, é um marcador muito sensível de doença hepá-
tica, pois está alterado em 90% dos portadores de do-
ença hepatobiliar. Elevações da GGT também podem 
estar associadas, sem nenhum significado patológico, 
ao uso de álcool e algumas medicações.
Bilirrubina total 
(mg/dL)
0,20-1,00
Aumento pode ser causado por obstrução do fluxo de 
bile (mas com predomínio do aumento da bilirrubina 
direta) ou por lesão mais intensa dos hepatócitos 
(onde há deficiência na conjugação e também refluxo 
da bilirrubina conjugada para o sangue).
Bilirrubina direta 
(mg/dL)
Até 0,20
Aumento da bilirrubina direta é causado principal-
mente por deficiência na eliminação da bilirrubina 
pela bile.
Bilirrubina indireta 
(mg/dL)
0,20-0,80
Aumento da bilirrubina indireta, portanto, é causado 
pelo aumento da degradação do heme ou deficiência 
da conjugação no fígado.
PERFIL LIPÍDICO
Colesterol Total 
(mg/dl)
< 200 (Desejável) < 239 (Limítrofe)
Alterados nas dislipidemias. Vide Manual 2: Colesterol 
em dia.
Colesterol LDL 
(mg/dl)
<100 (Ótimo) <129 (Desejável) <159 
(Limítrofe)
Colesterol HDL 
(mg/dl)
> 40 > 50
Triglicerídeos 
(mg/dl)
< 150 (Desejável)
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PARÂMETRO 
(UNIDADE DE 
MEDIDA)
VALORES DE 
REFERÊNCIA (ADULTOS)
INTERPRETAÇÃO
CONTROLE GLICÊMICO LABORATORIAL
Glicemia jejum 
(mg/dl)
< 100
Alterações relacionadas ao diabetes. Vide Manual 3: 
Diabetes em dia.HbA1c (%) 4,5-5,7% (sadios) ou <7% (diabéticos)
TOTG (mg/dl) < 140
ELETRÓLITOS
Sódio (mmol/L) 136-145
Hiponatremia (<136) – Retenção hídrica associada a 
inúmeras condições, insuficiência renal.
Hipernatremia (> 145) – Perda de água relacionada 
a inúmeras condições, pode ser induzida por medica-
mentos,tais como diuréticos.
Potássio (mmol/L) 3,5-5,0
Hipopotassemia – Alcalose, administração exógena de 
glicose, insulina ou beta-agonistas, dentre outros.
Hiperpotassemia – Associada a outros distúrbios 
eletrolíticos e inúmeras condições, tais como acidose 
metabólica, insuficiência renal crônica, dentre outras. 
Pode ser induzida por medicamentos, tais como IECA 
e diuréticos poupadores de potássio.
Fósforo (mg/dL) 2,5-5,6
Distúrbios hidroeletrolíticos.
Magnésio (meq/L) 1,4-2,3
Cálcio iônico 
(mmol/L)
1,12-1,32
OUTROS
CK ou CPK (U/L) 10-195 10-170
Aumentada em lesões musculares. Aumento pode ser 
associado a medicamentos como corticosteroides e 
estatinas. CK-MB está relacionada a lesão de músculo 
cardíaco.
HORMÔNIOS
TSH (mUI/L) 0,35 - 5,50
Diminuída no hipertireoidismo. Aumentada no hipoti-
reoidismo.
T3 (ng/dL) 58 - 159
Aumentados no hipertireoidismo. Normalmente 
diminuídos no hipotireoidismo, entretanto, nas etapas 
iniciais, podem estar com valores normais.
T3 livre (pmol/L) 3,50 - 6,50
T4 (µg/dL) 1,2 – 4,5
T4 livre (ng/dL) 0,71 – 1,85
Os valores de referência podem sofrer variações de acordo com os padrões laboratoriais e objetivos diagnósticos. A inter-
pretação fornecida não visa diagnóstico de condições, que deve ser realizado, exclusivamente após avaliação médica.
*PTI – Púrpura Trombocitopênica Idiopática; PTT – Púrpura Trombocitopênica Trombótica; CIVD – Coagulação Intravascu-
lar Disseminada; AST - Aspartato aminotransferase; ALT - Alanina aminotransferase; IECA – Inibidores da Enzima Conver-
sora de Angiotensina II; CK ou CPK – Creatinofosfoquinase; TSH – Hormônio Estimulante da Tireoide; T3 – Triiodotironina; 
T4 – Tiroxina ou Tetraiodotironina.
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Como posso fazer uma boa revisão da medicação em 
idosos?
A revisão da medicação é uma parte essencial do cuidado ao paciente idoso (56). Essa revisão deve ter foco prin-
cipal na adesão, mas também pode indicar a necessidade de mudanças na terapia medicamentosa prescrita, in-
cluindo: necessidade de interrupção de medicamento prescrito para uma indicação que já não existe mais; subs-
tituição de um medicamento por um agente potencialmente mais seguro; mudanças na posologia; ou a adição de 
um novo medicamento. 
Em uma pesquisa desenvolvida com pacientes do Medicare (EUA), mais de 30% dos pacientes relataram que 
não haviam conversado com seu profissional de saúde (médico, farmacêutico), sobre os medicamentos iniciados 
nos últimos 12 meses (57). O ideal é que o farmacêutico solicite que o paciente idoso compareça a consulta, com 
todos os medicamentos, e prescrições utilizadas, no mínimo uma vez por ano, para revisão de sua medicação.
Muitos medicamentos devem ser utilizados com precauções em idosos, devido a mudanças relacionadas 
à idade na farmacocinética (ou seja, absorção, distribuição, metabolismo e excreção) e farmacodinâmica 
(efeitos fisiológicos do medicamento). Um maior volume de distribuição pode resultar do aumento pro-
porcional da gordura corporal em relação ao músculo com o envelhecimento. A depuração do fármaco 
também pode ser diminuída, pela redução natural da função renal com a idade, mesmo na ausência de 
doença renal reconhecida(58). Como exemplos, o volume de distribuição para o diazepam é aumentado, 
e a taxa de depuração de lítio é reduzida, em idosos.
Ademais, eventos adversos evitáveis aos medicamentos são as con-
sequências mais graves da prescrição inadequada de medicamentos. 
A possibilidade de um evento adverso deve sempre ser considerada 
durante a avaliação de um indivíduo idoso; e qualquer novo sintoma 
deve ser investigado, considerando sua possível relação com o início 
de novo medicamento (56). 
Ainda, a mesma dose de um medicamento pode conduzir a concentra-
ções plasmáticas mais elevadas em idosos, em comparação com indivídu-
os mais jovens. Do ponto de vista farmacodinâmico, o aumento da idade 
pode resultar em um aumento da sensibilidade aos efeitos de certos me-
dicamentos, incluindo benzodiazepínicos (58–63) e opioides (64). 
60 Existem vários medicamentos considerados de alto risco para idosos. Veja exemplos a seguir:
MEDICAMENTOS DE ALTO RISCO EM IDOSOS
MEDICAMENTO RISCO POTENCIAL COMENTÁRIO
Insulina Hipoglicemia Pode muitas vezes ser apropriada; no entanto, o con-
trole glicêmico agressivo muitas vezes pode render 
mais danos do que benefícios em idosos.
Sulfonilureia Hipoglicemia Pacientes hospitalizados idosos estão em risco 
significativo para hipoglicemia; evitar ou utilizar com 
muita cautela.
Varfarina Sangramento gastrointestinal e 
intracraniano
Apesar de ser um medicamento de alto risco, os 
benefícios do tratamento com varfarina muitas 
vezes superam os riscos; manutenção do tempo de 
protrombina / Razão Normalizada Internacional 
no intervalo terapêutico está intimamente ligada à 
relação risco / benefício.
Digoxina Comprometimento cognitivo, 
bloqueio cardíaco
Pode ter um papel de terceira linha no tratamento 
da insuficiência cardíaca sistólica; escolha pouco 
adequada para o controle de frequência cardíaca em 
fibrilação atrial.
Benzodiazepínicos Quedas Associado a aumento do risco de queda em 60%.
Difenidramina ou outros anti-
-histamínicos de 1º geração
Comprometimento cognitivo, 
retenção urinária em homens
Escolha ruim para auxílio no sono, devido aos efeitos 
anticolinérgicos, sedação no dia seguinte, e impacto 
sobre o desempenho motor, incluindo condução de 
veículos.
Analgésicos opioides Constipação, sedação, confusão, 
depressão cardiorrespiratória, 
convulsões
A codeína, meperidina, pentazocina, butorfanol e 
nalbufina são escolhas inadequadas para analgesia. 
Fentanila, morfina ou oxicodona são muitas vezes 
apropriadas com ajuste cuidadoso da dose.
Antipsicóticos Morte, pneumonia Elevado risco de morte quando utilizados para 
tratamento de complicações comportamentais em 
demência, embora, em casos selecionados, os benefí-
cios podem exceder os riscos, se consistente com os 
objetivos de cuidado dos pacientes.
Agentes quimioterápicos Mielossupressão (neutropenia, 
anemia), hepatotoxicidade, 
cardiotoxicidade
Avaliação abrangente é necessária para determi-
nar objetivos do tratamento, particularmente na 
presença de comorbidades. Quando indicado, a dose 
da quimioterapia e esquema de administração deve 
ser cuidadosamente individualizada para a função do 
órgão e toxicidade do tratamento previsto. Em geral, 
a maior toxicidade relacionada com o tratamento é 
aceita quando o resultado esperado do tratamento 
é a cura.
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MEDICAMENTO RISCO POTENCIAL COMENTÁRIO
Seleção de antimicrobianos 
Fluorquinolonas
Inflamação e ruptura de tendão, 
hipoglicemia, arritmias cardí-
acas, diarreia por clostridium 
difficile, exacerbação de miaste-
nia gravis
Elevado risco de ruptura de tendão em combinação 
com glicocorticoides.
Nitrofurantoína Toxicidade pulmonar e hepática Concentrações terapêuticas podem não ser atin-
gidas na urina de pacientes com insuficiência renal 
(depuração da creatinina <60 mL/min).
Sulfametoxazol / trimetoprima 
(SMZ/TMP)
Hipercalemia, hipoglicemia (com 
sulfonilureia), reação dermato-
lógica grave (rara)
Interações medicamentosas incluem varfarina 
(K RNI), agentes que aumentam o potássio sérico 
e sulfonilureias (K efeito hipoglicemiante).
Fontes: (65–68)
Medicamentos potencialmente inapropriados em idosos
Vários critérios foram desenvolvidos por grupos de especialistas no Canadá (69) e nos Estados Unidos (70–73) 
para avaliar a qualidade das práticas de prescrição e uso de medicamentos em idosos. Os critérios mais utilizados 
para medicamentos inapropriados são os Critérios de Beers. 
Outra abordagem, o Drug Burden Index, foi proposta para incluir medicamentos com efeitos anticolinérgicos 
ou sedativos, considerando o número total de medicamentos, e sua dose diária (74,75). Um aumento no Drug 
Burden Index foi associado com desempenho prejudicado em testes cognitivos e de mobilidade em idosos. O 
número total de medicamentos não foi associado a piora no desempenho, quando sedativos e anticolinérgicos 
foram excluídos. Além disso, elevação no Drug Burden Index tem sido correlacionada com o aumento do risco de 
declínio funcional em pacientes ambulatoriais e com o aumento do risco de quedas em residentes de instituições 
de longa permanência (76). 
Atividade anticolinérgica: risco para os idosos
Anticolinérgicos estão associados a múltiplos eventos adversos aos quais os idosos são particularmente sus-
cetíveis. 
Estes incluem comprometimento da memória, confusão, alucinações, boca seca, visão turva, 
obstipação intestinal, náuseas, retenção urinária, sudorese diminuída, e taquicardia. 
62 Em um estudo populacional de 6.912 homens e mulheres com 65 anos ou mais, aqueles que utilizaram medica-
mentos anticolinérgicos evoluíram com maior risco de declínio cognitivo e demência (77). Em outro estudo, com 
13.004 indivíduos idosos, também se evidenciou que o uso de medicamentos anticolinérgicos foi associado com 
maior declínio da função cognitiva, mensurado através do Mini-Mental State Examination (78). Paralelamente, o 
uso de medicamentos anticolinérgicos também tem sido associado com aumento da mortalidade em um período 
de dois anos após o ajuste para múltiplos fatores, incluindo comorbidades. Apesar disso, uma análise dos gastos 
americanos com medicamentos, entre 2005 e 2009, constatou que 23,3% dos pacientes ambulatoriais >65 anos 
com demência receberam prescrição de pelo menos um medicamento com atividade anticolinérgica clinicamen-
te significativa (79). 
A tabela a seguir traz medicamentos que possuem efeitos anticolinérgicos, e atribuem uma pontuação (80). 
Quanto maior a pontuação, maior o risco em idosos para efeitos centrais (quedas, tonturas, confusão) e periféri-
cos (boca seca, olhos secos, prisão de ventre).
ESCALA DE RISCO ANTICOLINÉRGICO EM IDOSOS
3 PONTOS 2 PONTOS 1 PONTO
Amitriptilina Amantadina Carbidopa-levodopa
Atropina Baclofeno Entacapona
Benzotropina Cetirizina Haloperidol
Carisoprodol Cimetidina Metocarbamol
Clorfeniramina Clozapina Metoclopramida
Clorpromazina Ciclobenzaprina Mirtazapina
Ciproheptadina Desipramina Paroxetina
Diclomina Loperamida Pramipexol
Difenidramina Loratadina Quetiapina
Flufenazina Nortriptilina Ranitidina
Hidroxizina Olanzapina Risperidona
Hiosciamina Proclorperazina Selegilina
Imipramina Pseudoefedrina-triprolidina Trazodona
Meclizina Tolterodina Ziprasidona
Oxibutina
Perfenazina
Prometazina
Tioridazina
Tiotixeno
Tizanidina
Trifluoperazina
Nota: Esta lista contempla os principais, mas não todos, os medicamentos com efeitos anticolinérgicos. Antiarrítmicos da 
classe IA podem apresentar efeitos anticolinérgicos em doses altas (disopiramida > procainamida > quinidina).
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Critérios de Beers
Os critérios de Beers são uma ferramenta para avaliação explícita da farmacoterapia, amplamente utilizados 
para avaliar a prescrição de medicamentos inapropriados (73). Basicamente trata-se de uma lista de medicamen-
tos considerados inapropriados para idosos, seja por ineficácia ou alto risco para eventos adversos.Os critérios foram revistos em 1997, 2003, 2012 e, mais recentemente, em 2015 (70,81,82). A versão de 2015 
está disponível através do site da American Geriatrics Society, e inclui medicamentos ou grupos farmacológicos 
divididos em três categorias: aqueles que devem sempre ser evitados (por exemplo, barbitúricos, clorpropami-
da); aqueles que são potencialmente inapropriados em idosos com problemas de saúde particulares ou síndro-
mes; e aqueles que devem ser utilizados com cautela. 
Vários estudos, utilizando diferentes versões dos critérios de Beers, identificaram que o uso de medicamentos 
identificados como “inapropriados” é frequente em todo o mundo (83–85). Alguns dos medicamentos inapro-
priados, segundo a lista de Beers, estão disponíveis como medicamentos isentos de prescrição, reforçando a ne-
cessidade da consideração dessa classe durante a revisão e da educação referente aos potenciais problemas que 
podem surgir com seu uso. 
Apesar de sua ampla utilização, os critérios de Beers apresentam limitações, tais como a presença de medica-
mentos não comercializados em alguns países, e a consideração de alguns medicamentos como contraindicados, 
apesar da evidência atual não apontar exatamente nessa vertente. Além disso, os critérios de Beers desconside-
ram a presença de interações medicamentosas e duplicidades terapêuticas e ignoram omissões, que no contexto 
do cuidado ao paciente idoso apresentam igual ou maior importância do que as contraindicações (86).
A fim de minimizar essas limitações, outros critérios foram desenvolvidos em diferentes países. Destacamos nesse 
manual o critério STOPP/START, desenvolvido por pesquisadores irlandeses, que estabelece duas listas de medi-
camentos, agrupados por sistemas fisiológicos. A primeira delas se refere a uma ferramenta de triagem de medica-
mentos potencialmente inapropriados em idosos, ‘‘screening tool of older persons’’, e recebe o acrônimo STOPP. Já 
a segunda, paralelamente, visa alertar para possíveis erros de omissão, “screening tool to alert to right” e recebe o 
acrônimo START, indicando medicamentos necessários para determinadas condições clínicas em idosos (86).
Subutilização de medicamentos necessários em idosos
Muita atenção tem sido dada a prescrição excessiva em idosos; entretanto, a “sub-prescrição” de medicamentos 
apropriados, também é um importante motivo de preocupação. Isto é, situações em que um idoso poderia se be-
neficiar de um medicamento, mas este não é prescrito. O critério START pode ajudar a identificar situações nas 
quais um idoso necessita de um medicamento.
Como exemplo, um estudo com pacientes idosos demonstrou que 50% deles não apresentava prescrição de algu-
ma terapia recomendada, enquanto que apenas 3% apresentavam medicamentos considerados inadequados ou 
inapropriados (87). Em uma população ambulatorial, com idade média de 75 anos (n = 196), medicamentos ina-
propriados foram documentados por 65% e subutilização de medicamentos em 64%; super e subutilização ocor-
64 reram simultaneamente em 42% dos pacientes. Os fatores que levam a subutilização não intencional incluem a 
falta de reconhecimento de benefício do medicamento em idosos, acessibilidade e disponibilidade de dose. 
Suspensão de medicamentos desnecessários
Os médicos são muitas vezes relutantes em suspender medicamentos, especialmente se eles não iniciaram o 
tratamento e o paciente parece estar tolerando a terapia. Entretanto, isso expõe o paciente aos riscos de um 
evento adverso, com benefício terapêutico limitado. Um exemplo comum é a utilização de digoxina em idosos, 
frequentemente prescrita para indicações pouco embasadas. Além disso, a insuficiência renal ou a desidratação 
temporária podem predispor a toxicidade relacionada ao medicamento (88). Embora a terapia de digoxina possa 
ser interrompida com segurança em pacientes selecionados, é importante reconhecer que a interrupção em pa-
cientes com função sistólica prejudicada pode ter um efeito prejudicial (89). 
A decisão de interromper um medicamento é determinada pelo equilíbrio entre metas terapêuticas e os riscos de 
eventos adversos para o paciente. Nesse sentido, é necessário considerar que metas para o tratamento, baseadas 
em estudos com pacientes jovens, podem não ser apropriadas para idosos; diretrizes clínicas, não direcionadas 
para idosos podem promover metas excessivamente agressivas para o tratamento da hipertensão ou diabetes na 
população idosa (90). 
Uma abordagem para avaliar se um medicamento é realmente necessário para um determinado paciente é apre-
sentado no algoritmo a seguir. Um estudo de viabilidade, conduzido em uma coorte de 70 pacientes, demonstrou 
que a implementação deste algoritmo levou a recomendações de descontinuação para 58% dos medicamentos 
utilizados. Oitenta e um por cento deles foram interrompidos, 2% reiniciados, e nenhum evento adverso signifi-
cativo foi atribuído à interrupção, em mais de 13 meses de acompanhamento (91). 
Algumas terapias preventivas e outras podem não ser mais benéficas para pacientes com expectativa de vida 
limitada (92). A adequação dessas terapias deve ser reconsiderada quando outras condições médicas se desen-
volverem e seu impacto prognóstico em longo prazo deve ser revisto. 
Há escassez de estudos sobre a melhor forma de retirar medicamentos (93). De maneira geral, a retirada gra-
dual do medicamento é recomendada para minimizar reações de retiradas e permitir o controle dos sintomas, 
a menos que sinais ou sintomas perigosos indiquem a necessidade de suspensão abrupta da medicação. Alguns 
medicamentos comuns exigem redução gradual, incluindo betabloqueadores, opioides, barbitúricos, clonidina, 
gabapentina, e antidepressivos. 
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Indicação é relevante para essa faixa etária e grau de fragilidade?
Sugerir suspensão do 
medicamento ao médico
Sugerir suspensão do 
medicamento ao médico
Sugerir uma possível troca 
de medicamento
Sugerir uma possível troca 
de medicamento
As possíveis reações adversas conhecidas do 
medicamento superam seus riscos?
Sinais e sintomas de eventos adversos estão presentes?
Existe alguma opção de tratamento superior?
Continuar o tratamento, com o 
medicamento na dose inicial
Sugerir redução de dose
NÃO
NÃO/NÃO SEI
SIM
SI
M
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO SIM
Existem evidências baseadas em diretrizes, que indiquem 
esse medicamento para a condição clínica do paciente? para 
essa faixa etária e grau de fragilidade? A posologia está correta? 
O benefício do tratamento supera seus riscos?
Uma redução de dose reduz riscos de maneira significativa?
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Anti-hipertensivos Benzodiazepínicos
 
ALGORITMO DE DECISÃO PARA AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE 
MEDICAMENTOS EM IDOSOS
QUANDO CONSIDERAR A INTERRUPÇÃO? 
• Verifique se existe uma indicação válida para pres-
crição - é a pressão arterial (PA) está em um nível 
normal ou muito baixo? (Cuidado com indicações 
específicas, como doença arterial coronariana e 
insuficiência cardíaca).
• Será que os possíveis eventos adversos conheci-
dos superam os benefícios? Por exemplo risco de 
quedas; 
O QUE RECOMENDAR? 
• Se mais do que um anti-hipertensivo é utilizado, 
interrupção paulatina (um de cada vez), mantendo 
a dose dos outros, é recomendada. Anti-hiper-
tensivos devem ser reiniciados se aumentos da 
pressão arterial (PA) ultrapassam 90 mmHg de PA 
diastólica e / ou 150 mmHg de PA sistólica. 
ABSTINÊNCIA: 
• Intervalo de retirada depende do medicamento e 
da condição a ser tratada. 
• Os betabloqueadores são frequentemente asso-
ciados a eventos adversos de abstinência. A re-
tirada abrupta pode causar hipertensão rebote, 
taquicardia, arritmia ou angina. É necessária a re-
dução gradual de dose
QUANDO CONSIDERAR A INTERRUPÇÃO? 
O uso regular e prolongado deve ser evitado devido ao 
risco de tolerância, dependência e aumento de eventos 
adversos. 
O QUE FAZER OU RECOMENDAR? 
Retirada deve ser gradual[redução de cerca de um oi-
tavo (faixa de um décimo a um quarto) da dose diária a 
cada quinzena]. 
1. Transferir paciente para dose equivalente de diaze-
pam, uso noturno.
2. Reduzir dose (a cada 2-3 semanas); Caso ocorram 
sintomas de abstinência, manter esta dose até que os 
sintomas cessem. 
3. Reduzir a dose novamente, se necessário, em peque-
nos passos; redução lenta é preferida.
4. Parar completamente; período necessário para a 
retirada pode variar de cerca de quatro semanas a um 
ano ou mais.
ABSTINÊNCIA:
• Pode se desenvolver em qualquer momento, até 
três semanas após retirada de um benzodiazepí-
nico (BZ) de ação prolongada, entretanto, pode 
ocorrer em um dia, para BZ de curta-ação. 
• Caracterizada por insônia, ansiedade, perda de 
apetite e de peso corporal, tremor, sudorese, zum-
bido e distúrbios de percepção. Alguns sintomas 
podem ser semelhantes a queixa inicial e podem 
incentivar a retomada da prescrição; alguns sinto-
mas podem continuar por semanas ou meses após 
a interrupção. 
Doses equivalentes a diazepam 5 mg 
• Clordiazepóxido 15 mg 
• Loprazolam 0,5 mg-1 mg 
• Lorazepam 0,5 mg-1 mg 
• Lormetazepam 0,5 mg-1mg 
• Nitrazepam 5 mg 
• Oxazepam 15 mg 
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Corticosteroides
QUANDO CONSIDERAR A INTERRUPÇÃO? 
• Eventos adversos comuns (tais como a osteoporose, diabetes, glaucoma e toxicidade gastrointestinal), podem 
ser mais graves em idosos, especialmente naqueles que receberam o tratamento em longo prazo. 
O QUE RECOMENDAR? 
• A magnitude e a velocidade de redução da dose devem ser determinadas caso a caso, levando-se em conside-
ração a condição subjacente que está a ser tratada, a probabilidade de recidiva e a duração do tratamento com 
corticosteroides. 
• Retirada gradual deve ser considerada naqueles cuja recaída da doença é improvável.
ABSTINÊNCIA:
A anorexia, hipotensão, náuseas, fraqueza, febre, mialgia, artralgia, perda de peso
A dose pode ser re-
duzida rapidamente, 
até doses fisiológicas 
(equivalente a predni-
solona 7,5mg por dia), 
ex: 2,5-5mg a cada 1-3 
dias.
Reduzir mais lentamen-
te, nos casos prováveis 
de recaída, ex: 2,5-5mg 
a cada 1-3 semanas.
Uma vez que a dose 
atingiu 5-10 mg por 
dia, reduzir a dose mais 
lentamente, ex: 1mg a 
cada semana.
Pacientes em trata-
mento em longo prazo 
podem exigir retirada a 
um ritmo mais gradual 
ao longo de muitos 
meses (como a redu-
ção de 1mg a cada 1-4 
semanas).
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Antidepressivos
QUANDO CONSIDERAR A INTERRUPÇÃO? 
• Verifique se existe uma indicação clara para a prescrição. Episódio único de depressão, tratamento de 6-9 me-
ses; Episódios múltiplos, tratamento de pelo menos 2 anos.
• Possíveis EAM conhecidos superam os benefícios? Ex: antidepressivos tricíclicos (ATC) podem piorar a demên-
cia, glaucoma, constipação, retenção urinária; Inibidores seletivos da recaptação de serotonina podem induzir 
hiponatremia clinicamente significativa.
• ATC está sendo utilizado com outros medicamentos com atividade anticolinérgica , podendo aumentar o risco 
de comprometimento cognitivo, ex: clorpromazina, oxibutinina, clorfenamina?
O QUE RECOMENDAR? 
• Doses devem ser preferencialmente reduzidas gradualmente, ao longo de cerca de quatro semanas, ou mais, se 
os sintomas de abstinência surgirem.
ABSTINÊNCIA:
• Os sintomas de descontinuação incluem tonturas, náuseas, parestesias, ansiedade, diarreia, sintomas de gripe e 
dor de cabeça. Podem ocorrer após interrupção ou redução da dose de qualquer antidepressivo. 
• O início é geralmente cerca de 5 dias após a interrupção. Ocasionalmente, os sintomas ocorrem durante a redu-
ção ou após doses perdidas. 
• Estes sintomas são geralmente ligeiros e autolimitados, raramente duram mais de 1-2 semanas. No entanto, 
ocasionalmente, podem ser graves, especialmente se o fármaco for interrompido abruptamente. 
• Os sintomas de descontinuação são mais prováveis com antidepressivos de meia-vida curta, em pessoas que 
desenvolveram sintomas de ansiedade no início do tratamento, e em pessoas que outros utilizam outros medi-
camentos de ação central.
Para pacientes com rea-
ções adversas graves ao 
tratamento (ex: arritmia 
cardíaca com ATC) - uma 
interrupção mais brusca 
pode ser necessária.
Para os pacientes em 
uso de medicamentos 
de menor meia-vida, 
como paroxetina ou 
venlafaxina, é neces-
sário um período mais 
longo para interrupção.
Pacientes submetidos 
a tratamento de manu-
tenção em longo prazo 
podem exigir período de 
interrupção mais longo, 
ex: ao longo de 6 meses.
A fluoxetina tem uma 
meia vida longa e meta-
bólitos ativos, portanto, 
pode ser interrompida 
abruptamente. Os pacien-
tes que utilizam doses 
mais elevadas (40-60 mg) 
podem exigir retirada 
gradual.
Referência (102)
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Uma questão recorrente: Posso partir o comprimido?
Dividir comprimidos é uma prática comum para muitos pacientes, a fim de adaptar a posologia a suas necessida-
des terapêuticas e economizar, considerando que não de maneira incomum, apresentações com doses diferentes 
apresentam preços semelhantes. 
A distribuição do princípio ativo em um comprimido inteiro e seu potencial para se desintegrar 
ou quebrar de forma desigual está relacionado com os padrões de garantia de qualidade de fabri-
cação do medicamento. Em um estudo, que utilizou imagens espectroscópicas no infravermelho 
próximo, grandes aglomerados de princípio ativo foram encontrados em comprimidos de sinvas-
tatina fabricados em 4 países por fabricantes de similares e genéricos, mas não em comprimidos 
fabricados pela Merck nos EUA (94).
Desfechos clínicos
Um estudo recente constatou que o uso de comprimidos divididos parece não afetar os resulta-
dos clínicos de pacientes com hipertensão, dislipidemia ou transtornos psiquiátricos (96).
Outro estudo analisou o conteúdo de medicamento e o peso de com-
primidos divididos de varfarina, sinvastatina, metoprolol, citalopram 
e lisinopril. O teor de fármaco dos meio-comprimidos atendeu às es-
pecificações da USP (adaptadas para meio comprimido) para 19 de 
30 meio-comprimidos de varfarina (95%-105% de metade do teor 
médio de comprimidos inteiros), 27 dos 30 de sinvastatina, 20 dos 30 
de succinato de metoprolol, 26 de 30 de tartarato de metoprolol, 25 
de 30 de citalopram e 20 de 30 de Lisinopril (O padrão para outros 
meio-comprimidos, que não a varfarina foi de 90%-110% da meta-
de dos teores médios dos comprimidos inteiros). Os resultados para 
comprimidos marcados foram melhores do que para aqueles não ra-
nhurados (95).
70 Por outro lado, existem variáveis que tornam esta prática temerária. A divisão de comprimidos não é executada 
pelos pacientes de forma padronizada. Os resultados variam dependendo das características do comprimido e 
acuidade visual, força, destreza e capacidade cognitiva do paciente. Com ou sem marcas para divisão, o tamanho, 
forma e a fragilidade de um comprimido podem afetar a precisão do corte ao meio. Grandes comprimidos alon-
gados, com profundas marcas, de ambos os lados são os mais fáceis de separar. O uso de dispositivos de divisão 
de comprimidos pode ser útil. Os pacientes que são capazes e decidirem dividir comprimidos devem optar por 
dividir um comprimido de cada vez, para que sub ou sobredosagem possam ser compensados pela próxima dose.
Comprimidos que não podem ser partidos
Comprimidos com revestimento entérico e formulações de liberação prolongada não devem ser divididos. Asso-
ciações, onde a quantidade de um princípio ativo muda de um comprimido para outro (com variações no tama-
nho), mas a quantidade do outro não, não devem ser divididas; alguns exemplos são a sitagliptina / sinvastatina, 
codeína / paracetamol e amoxicilina / ácido clavulânico. Medicamentos com um índice terapêutico estreito po-
dem menos adequados para a divisão (97).
De maneira prática, a divisão de comprimidos pode não ter consequências clínicas adversas ereduzir custos para os pacientes e instituições, mas não é adequada para todos os pacientes ou 
medicamentos. Utilização do comprimido inteiro é a maneira mais segura de garantir uma dosa-
gem precisa. Quando for apropriado, a divisão de comprimidos um a um pode minimizar sub ou 
sobredosagem (97).
BOAS PRÁTICAS PARA DIVIDIR COMPRIMIDOS
BOAS PRÁTICAS PARA DIVIDIR COMPRIMIDOS
1. Comprimidos sulcados, com marcação específica, apresentam maior facilidade e segurança em sua divisão.
2. Caso opte pela divisão, não divida todos os comprimidos da caixa de uma vez, ou seja, prefira a divisão de um compri-
mido de cada vez, e garanta a ingestão das duas metades antes da próxima divisão. (Isso é importante por 2 motivos: nos 
casos onde existe uma divisão desigual, a ingestão de uma dose um pouco menor ou maior é compensada na próxima 
tomada; além disso, a divisão de todos os comprimidos, pode expô-los a calor e umidade, alterando suas características 
físico-químicas e estabilidade).
3. Cortadores de comprimidos devem ser preferidos, mas podem não se adaptar a todas as formas disponíveis, as necessi-
dades individuais devem ser consideradas.
4. Preferencialmente não dividir: drágeas, comprimidos com revestimento entérico, ou liberação controlada; associações 
medicamentosas com variações de concentração de princípio ativo de um comprimido para outro; comprimidos de baixo 
índice terapêutico.
(97,98)
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Um recente estudo demonstrou que mudanças na cor ou forma dos comprimidos utilizados 
após episódio de infarto agudo do miocárdio, aumentaram as chances de interrupção do trata-
mento em 34% e 66%, respectivamente, quando comparado com aqueles que permaneceram 
com pacientes que não foram expostos a mudanças (99).
Relembrando as diferenças entre medicamentos referência, genéricos e similares
REFERÊNCIA
O medicamento de referência é o medicamento inovador registrado no órgão federal responsável 
pela vigilância sanitária e comercializado no País, ou seja, a primeira formulação de um princípio 
ativo, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão fede-
ral competente, por ocasião do registro. A eficácia e segurança do medicamento de referência são 
comprovadas através de apresentação de estudos clínicos.
SIMILAR
De acordo com a definição legal, medicamento similar é aquele que contém o mesmo ou os mesmos 
princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, 
posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal 
responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tama-
nho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo 
sempre ser identificado por nome comercial ou marca. A partir de 2015, similares também podem 
ser intercambiados com o medicamento de referência.
GENÉRICO
O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e 
forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medi-
camento de referência no país, apresentando a mesma segurança que o medicamento de referência 
no país podendo, com este, ser intercambiável.
A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de referência pelo seu gené-
rico é assegurada por testes de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária, do Ministério da Saúde.
Além disso, muitos pacientes estão acostumados a utilizar uma marca de medicamento, e quando ocorre alguma 
alteração, seja pela prescrição de um medicamento similar diferente ou a mudança do laboratório de um gené-
rico, os pacientes podem ficar confusos, e isso pode levar a problemas na administração, tais como: Ingerir o 
mesmo princípio ativo duas vezes, pois pode haver comprimidos diferentes (forma e/ou cor) ou embalagens di-
ferentes do mesmo princípio ativo; interromper o tratamento, por acreditar que aquele não é o comprimido que 
deveria estar tomando, dentre outras.
Dessa forma, durante a revisão da medicação, ou mesmo durante a dispensação de comprimidos mensais, o far-
macêutico deve se atentar as essas questões, e explicar para o paciente, que apesar da forma, cor ou embalagem 
diferente se trata do mesmo medicamento, e seu uso não deve ser interrompido ou duplicado (99).
Ainda, é interessante lembrar que nem todos os medicamentos candidatos a genéricos precisam comprovar bio-
72 equivalência para obterem o registro correspondente. As formas farmacêuticas sólidas de uso oral, de liberação 
imediata ou modificada, são aquelas que, potencialmente, podem apresentar problemas em relação à biodisponi-
bilidade e à bioequivalência. Isso devido ao perfil de dissolução poder ser afetado significativamente pelas carac-
terísticas do fármaco empregado (matéria-prima), bem como pela presença de excipientes que favorecem ou difi-
cultam a dissolução, além das técnicas de fabricação empregadas. O Quadro a seguir traz formas farmacêuticas ou 
condições que isentam os candidatos a genéricos de apresentarem testes de bioequivalência. Nestes casos, basta a 
comprovação da equivalência farmacêutica e das boas práticas de fabricação e controle de qualidade (50).
MEDICAMENTOS ISENTOS DOS TESTES DE BIOEQUIVALÊNCIA PARA OBTENÇÃO DE 
REGISTRO DE GENÉRICO
Medicamentos cujos fármacos apresentem 
alta solubilidade e permeabilidade;
Soluções aquosas oftálmicas, produtos 
tópicos e otológicos;
Biodisponibilidade absoluta (F) superior a 90% 
e dissolução, a partir da forma farmacêutica, 
maior que 85% em até 15 min;
Medicamentos para uso tópico não-sistêmico;
Formulações parenterais (IV, IM, SC, IT) 
sob forma de soluções aquosas;
Produtos para inalação e sprays nasais;
Solução de uso oral (sem excipientes que 
afetem a motilidade ou absorção);
Medicamentos de uso oral com 
fármacos não-absorvíveis;
Pós para reconstituição;
Produtos biológicos ou 
oriundos de biotecnologia.
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PARTE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
O objeti vo da revisão de medicação vai além de apenas prestar orientações sobre 
os medicamentos prescritos. Cada visita do paciente à farmácia consiste em uma 
avaliação única, que deve atender às necessidades do paciente e encantá-lo como 
cliente. Para isso, cada atendimento consiste de 3 passos, conhecidos como os “3 
As”: acolher, avaliar e aconselhar.
Acolher
Identi fi que as pessoas que podem se benefi ciar com o serviço. Divulgue o servi-
ço. Observe as necessidades do paciente relacionadas principalmente a adesão. 
Escute atentamente. Perceba as preferências do paciente. Agende o atendi-
mento e peça ao paciente que traga todos os seus medicamentos para a con-
sulta (sacola com medicamentos). Garanta conforto e privacidade para todos os 
atendimentos, desde o primeiro. 
Avaliar
Conheça o paciente. Obtenha informação sobre seu perfi l clinico e demográfi co. 
Conheça todos os medicamentos em uso pelo paciente, prescritos e não prescri-
tos. Entenda a forma como o paciente organiza sua roti na de medicação. Investi -
gue as barreiras para a adesão ao tratamento. Discuta sobre opções de acesso aos 
medicamentos (redução do custo). Efetue um rastreamento para reações adver-
sas. Avalie, se possível, a efeti vidade dos tratamentos.
Aconselhar
Forneça ao paciente uma síntese da sua avaliação. Aconselhe sobre medicamen-
tos e sobre medidas não-farmacológicas. Lembre-se que o foco do atendimento é 
a adesão, então ajude o paciente a simplifi car e organizar seu tratamento e a com-
preender suas condições clínicas e necessidades terapêuti cas. Certi fi que-se de 
que o paciente entendeu suas orientações e está disposto a segui-las. Entregue a 
declaração de serviço farmacêuti co, contendo a lista completa dos medicamen-
tos do paciente e o reforço das orientações. Encaminhe informações ao médico 
nos casos necessários. Marque o retorno e uma agenda de acompanhamento nos 
casos necessários.
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PASSO 1. ACOLHER
COMO IDENTIFICAR OS CLIENTES PARA O SERVIÇO?
A seleção de pacientes deve ser realizada através de auto-triagem ou triagem direcionada pelo farmacêutico, 
com objetivo de identificar as demandas necessárias a cada paciente de maneira individual e personalizada. 
Para tal, quatro questões breves, descritas abaixo, podem ser respondidas pelo paciente, online ou presencial-
mente, direcionadas através de entrevista farmacêutica ou aplicadas no balcão da farmácia. 
1. Você utiliza 5 medicamentos ou mais? ( ) Sim ( ) Não
2. Você entende para que servem seus medicamentos? ( ) Sim ( ) Não
3. Você sempre se lembra de tomar seus medicamentos? ( ) Sim ( ) Não
4. Você está satisfeito com a sua medicação atual? ( ) Sim ( ) Não
A utilização mínima de 5 medicamentos é a condição principal para a inclusão de pacientes no serviço de revisão 
de medicação, visto que os problemas de adesão e a complexidade da farmacoterapia aumentam proporcional-
mente ao número de medicamentos utilizados. Qualquer resposta negativa, nas outras perguntas priorizao ser-
viço, pois indica riscos para erros de medicação ou baixa adesão aos medicamentos. Considere o seguinte fluxo 
de triagem para o serviço:
Avalie as características 
do paciente e a 
necessidade de inclusão 
em outro programa
• Clientes que compram vários medicamentos 
por mês, principalmente idosos ou pessoas com 
dúvidas sobre os medicamentos
AVALIAR 
Siga protocolo 
Agendar consulta, pedir 
que traga todos os 
medicamentos
Revisão da medicação é opcional. Paciente 
pode se beneficiar mais de outros serviços da 
farmácia.
Não
Identificação 
do paciente
Todas 
respostas 
positivas
Alguma 
resposta 
negativa
Você utiliza 
mais do que 5 
medicamentos?
Em relação aos 
medicamentos:
• Entende?
• Lembra de tomar?
• Está satisfeito?
Sim
Pode se beneficiar de atendimento farmacêu-
tico para revisão de medicação, considerando 
que mesmo com respostas afirmativas, o risco 
de não adesão a tratamento é aumentado em 
pacientes polimedicados com regime complexo
Benefício claro com a revisão de medicação, 
pois além da polimedicação existem fatores de 
risco adicionais para problemas de adesão
86 COMO A EQUIPE DA FARMÁCIA PODE AJUDAR?
Todo o pessoal da farmácia deve estar apto a descrever e oferecer os serviços farmacêuticos ao público-alvo. 
Para tal, treinamento pode ser oferecido pelo farmacêutico. 
Os balconistas e técnicos devem abordar os pacientes cordialmente, investigando o interesse dos mesmos, des-
tacando os benefícios do serviço:
“Olá senhor João, aqui estão seus medicamentos, o senhor sabia que 
temos um serviço farmacêutico para pacientes que fazem uso de vá-
rios medicamentos, como o senhor. Afinal não é fácil entender para 
que serve e tomar tudo isso não é?... Pois é, o farmacêutico pode te 
ajudar com essa questão, inclusive simplificando e adequando seu 
tratamento a sua rotina”
O paciente deve ser orientado, previamente, a com-
parecer na consulta sempre com os medicamentos e 
prescrições que esteja utilizando. Se o paciente com-
parecer para uma consulta de revisão da medicação e 
não trouxer seus medicamentos, a qualidade do aten-
dimento cai drasticamente. 
Se possível, ligue para o paciente um dia antes da con-
sulta para confirmar o horário e reforce a lembrança 
deste aspecto.
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COMO DEVE SER O LOCAL DE ATENDIMENTO?
Segundo as normas de boas práticas de farmácia da ANVISA, o ambiente destinado ao cuidado farmacêutico 
deve ser diverso daquele destinado à dispensação e à circulação de pessoas em geral, devendo o estabelecimento 
dispor de espaço específico para esse fim. Não é necessário dispor de diversos ambientes separados para realiza-
ção de cada procedimento, sendo todos os serviços farmacêuticos realizados no mesmo ambiente. 
O ambiente para prestação dos serviços que demandam atendimento individualizado deve garantir a privacida-
de e o conforto dos usuários, possuindo dimensões, mobiliário e infraestrutura compatíveis com as atividades e 
serviços a serem oferecidos. As características de um ambiente apropriado para a prestação de serviços farma-
cêuticos são discutidas em detalhes no Manual 1: Hipertensão em Dia.
88 PASSO 2. AVALIAR
COMO FAZER A AVALIAÇÃO DO PACIENTE?
A avaliação do paciente será sempre focada nos medicamentos em uso e na adesão ao regime terapêutico. Em 
segundo lugar, as reações adversas. Por fim, se possível, a eficácia terapêutica dos tratamento também pode ser 
avaliada. Cabe destacar que este protocolo consiste em uma avaliação breve, que deve ser realizada em até 15-
20 minutos de atendimento.
Avaliação passo-a-passo:
Receba o paciente na sala de serviços farmacêuticos e acomode-o sentado. 
Explique o que será feito
Explique rapidamente os objetivos do serviço e pergunte as expectativas do paciente. Deixe claro que vocês 
conversarão sobre seus medicamentos e saúde de maneira geral, e que você quer saber o que ele pensa disso 
tudo. Certifique-se de que o paciente tenha trazido todos os medicamentos que utiliza para a consulta. Isto é 
fundamental. Se for possível, imprima antes da consulta o histórico de compras de medicamentos do paciente na 
farmácia, dos últimos 3 meses. Isso ajudará a ter uma visão mais completa sobre os medicamentos em uso.
Pergunte os dados pessoais básicos
Os dados básicos são nome completo, sexo e uma forma de contato, seja endereço residencial, telefone e/ou 
e-mail.
Identifique todos os medicamentos que o paciente faz uso
a. Realize uma anamnese farmacológica. Um a um, peça ao paciente que lhe explique para que utiliza cada medi-
camento, quem prescreveu, e como utiliza este medicamento. 
b. Peça ao paciente para lhe contar como é sua rotina de medicação, ou seja, como ele administra todos os seus 
medicamentos durante o dia, desde o momento que acorda até a hora de dormir. Lembre-se que o paciente deve 
se sentir a vontade, e preferencialmente a prescrição não deve ser utilizada nesse momento, pois o objetivo é que 
o paciente demonstre como realmente faz e não como deveria fazer. 
c. Investigue o uso de medicamentos por automedicação, como analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes mus-
culares, fitoterápicos, e suplementos.
1.
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3.
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d. Investigue se o paciente compreende porque precisa dos medicamentos, e se sabe para que eles servem. 
Uma maneira fácil de obter essa informação é durante a avaliação da rotina de medicação, perguntar ao 
paciente, se ele sabe por que está tomando aquele medicamento, e para quê ele serve. O processo pode ser 
repetido, mas atente-se para não torná-lo maçante e cansativo.
e. Lembre-se que o foco da consulta é a adesão: questione sobre esquecimentos, e quantifique a frequência 
desses esquecimentos. Aproveite para questionar situações que propiciam esquecimentos, como saídas 
de casa para trabalho ou lazer, viagens, dentre outras.
f. Vá registrando a lista de medicamentos do paciente, incluindo nome do produto, dosagem, posologia 
prescrita, posologia utilizada pelo paciente, observações sobre adesão ao medicamento. O objetivo é 
construir uma lista completa dos medicamentos do paciente, que será entregue no final da consulta.
g. Veja a seguir exemplos de perguntas. Outros exemplos foram apresentadas ao longo do manual. Use-as 
para construir sua própria anamnese:
• “Vamos começar por este medicamento aqui (pegue o medicamento na mão). Para que o(a) se-
nhor(a) usa este medicamento?” (conhecimento)
• “Este medicamento funciona bem para o(a) senhor(a)?” (percepção de benefício / conhecimento)
• “Quando o(a) senhor(a) acorda pela manhã, qual(is) desses medicamentos o(a) senhor(a) toma pri-
meiro?” (Rotina de medicação)
• “E na hora do almoço qual(is) desses medicamentos o(a) senhor(a) toma?” (e assim por diante) (Ro-
tina de medicação)
• “Não é fácil organizar a rotina para todos esses remédios, como o(a) senhor(a) faz para não esquecer 
de tomar seus medicamentos?” (Organização)
• “O(a) senhor(a) sente alguma dificuldade para abrir o frasco, tirar os comprimidos do blister, ou pre-
parar a dose do seu medicamento?” (habilidade, capacidade de gestão)
• “É comum as pessoas esqueceram de tomar algum remédio às vezes. Neste último mês, quantas 
vezes aconteceu do(a) senhor(a) esquecer de tomar algum medicamento?” (Esquecimento)
• “Onde o(a) senhor(a) guarda seus medicamentos em casa?” (Organização)
• “Já aconteceu do(a) senhor(a) deixar acabar seus medicamentos, antes de ir à farmácia?” (Interrup-
ção do tratamento, adesão)
• “O(a) senhor(a) fica sem tomar seus medicamentos quando está se sentido bem?” (Interrupção do 
tratamento, adesão)
• “No final de semana, quando há um churrasco ou reunião com os amigos/família, o(a) senhor(a) 
toma os remédios mesmo assim?” (interrupção de tratamento, uso com álcool)
90 • “O(a) senhor(a) já deixou de adquirir seu medicamento por causa do preço muito caro?” (Acesso)
Conheça a experiência de medicação do pacienteAo longo da sua anamnese farmacológica, procure entender as atitudes, conhecimento, expectativas, medos 
e crenças relacionados aos medicamentos. Veja a seguir exemplos de perguntas. Perceba a importância dos 
porquês:
• “O(a) senhor(a) gosta de tomar esses medicamentos? Por que?” (Atitude)
• “Você se sente incomodado(a) por ter que tomar esses medicamentos? Por que?” (Atitude)
• “Que expectativas o(a) senhor(a) tem do seu tratamento?” (Expectativas)
• “Você tem algum receio ou preocupação relacionada a esses medicamentos?” (Medos)
• “O(a) senhor(a) sabe como esses medicamentos ajudam a sua saúde?” (Conhecimento)
• “Se o(a) senhor(a) pudesse parar de tomar algum desses medicamentos, qual seria? Por que?” (Pos-
síveis efeitos adversos ou intolerância)
• “Se o(a) senhor pudesse mudar algo no seu tratamento, o que seria? Por que?” (satisfação com o 
tratamento)
• “O(a) senhor(a) acha que esses medicamentos lhe fazem mais mal do que bem? Por que?” (Percep-
ção de benefício e malefício)
• “O(a) senhor acha que sua saúde melhorou depois desses medicamentos? Por que?” (Percepção de 
benefício)
• “O(a) senhor acha que sem esses medicamentos, o(a) senhor(a) ficaria muito doente? Por que?” (per-
cepção de necessidade)
• “O(a) senhor acha que sua saúde depende desses medicamentos? Por que” (percepção de necessidade)
Avalie cada medicamento para sua adequação a prescrição.
Avalie se o regime utilizado é igual ao regime prescrito, e confirme as discrepâncias com o paciente. Se for o caso, 
questione os motivos para o não cumprimento. Lembre-se que essa questão deve ser abordada de maneira tran-
quila, sem preconceitos ou jargões. Pergunte de maneira direta e franca. Se for um paciente idoso, veja também 
se algum medicamento é considerado inapropriado, segundo critérios de Beers ou STOPP. Anote os problemas 
encontrados.
4.
5.
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Realize um rastreamento para reações adversas.
Investigue a presença de sinais e sintomas de possíveis eventos adversos aos medicamentos. Como menciona-
do, deve-se tomar cuidado para não induzir respostas nesta parte da consulta. Por isso, fique mais atento(a) às 
queixas espontâneas do paciente. Se houver queixas, investigue o sintoma e registre (história de doença atual). 
Caso não haja queixas, o rastreamento será mais útil. Consulte a Parte 1 deste Manual para detalhes sobre como 
realizar o rastreamento.
Se possível, avalie a efetividade dos tratamentos em curso
Como já referido, a avaliação do estado clínico atual das doenças e da efetividade dos medicamentos não é uma 
prioridade da consulta da revisão da medicação, devido principalmente ao tempo da consulta. Ainda assim, quando 
você julgar necessário, avalie se as doenças estão controladas, se existem alterações em exames laboratoriais ou 
sintomas de agravamento de doenças. Medidas de parâmetros, como pressão arterial, glicemia capilar, colesterol, 
triglicerídeos ou circunferência abdominal, são também opcionais. Nestes casos, faça as orientações necessárias, e 
tenha em mente que o paciente poderia se beneficiar de uma consulta específica para este tipo de avaliação (seguin-
do, nestes casos, recomendações dos demais manuais).
Sintetize os problemas da farmacoterapia encontrados (a diferença entre a terapia atual e a ne-
cessária para atender a prescrição e os resultados clínicos esperados).
A partir de toda a informação obtida nas etapas anteriores, faça uma lista dos problemas encontrados. Use suas 
próprias palavras para descrever os problemas. Preocupe-se em escrever de uma forma que você mesmo en-
tenda, quando venha a ler essas anotações no futuro. Não é necessário adotar nenhuma classificação específica, 
como o Consenso de Granada, etc.
7.
6.
8.
92
QUAL DEVE SER O CONTEÚDO DA MINHA ORIENTAÇÃO?
Acorde com o paciente o que pode ser mudado
a. Avalie o que pode ser feito naquela consulta, escolha mudanças factíveis para a realidade do paciente. 
Lembre-se que todo o processo deve ser realizado em concordância com o paciente. 
b. Atenção especial deve ser dada a possíveis simplificações do regime terapêutico, reduzindo o número 
de tomadas, e adequando a administração a rotina do paciente.
c. Eventos Adversos podem requerer a alteração da farmacoterapia, e para tal, comunicação com médico 
pode ser necessária.
Como faço o encaminhamento ao médico?
Pacientes com problemas de adesão, relacionados a reações adversas dos medicamentos, podem necessi-
tar de um encaminhamento médico para troca ou ajuste da posologia do medicamento.
Este encaminhamento deve ser feito sempre por escrito. Para facilitar o processo, utilize a própria Decla-
1.
2.
PASSO 3. ACONSELHAR
O aconselhamento e as recomendações ao paciente são sempre o desfecho de qualquer consulta com o farma-
cêutico. No caso da revisão da medicação, um consulta de sucesso deve terminar com os seguintes resultados:
• O paciente recebe por escrito uma lista completa e atualizada dos medicamentos que faz uso, in-
cluindo nome de cada medicamento, dosagem, para que serve, como usar, e quem prescreveu.
• O paciente recebeu ao longo da consulta orientações sobre o propósito e os benefícios de cada me-
dicamento ou tratamento, e os cuidados que deve ter para minimizar efeitos adversos.
• O farmacêutico e o paciente chegam a um acordo sobre a melhor forma de continuar o tratamento, 
de modo que a adesão aos medicamentos seja suficiente para trazer benefícios.
• No caso de problemas que necessitem mudanças no tratamento ou investigação (p.ex. sintomas que 
não podem ser tratados ou minimizados pelo farmacêutico), o paciente recebe instruções para retor-
nar ao médico. Nestes casos, o farmacêutico faz observações por escrito na própria lista de medica-
mentos, direcionadas ao prescritor.
Realizar estas etapas, afinal, consiste em estabelecer um plano de cuidado factível, com objetivos em curto e mé-
dio prazos. Lembre-se que nem sempre a questão da adesão será resolvida na primeira consulta, e que qualquer 
alteração realizada exige acompanhamento da adaptação e resposta do paciente.
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ração de Serviço Farmacêuti co para fazer este encaminhamento. Este documento conterá a lista completa 
de medicamentos do paciente e as informações que você deseja passar ao médico sobre o caso. Use este 
documento também nos encaminhamentos de urgência. Destaque no texto que o paciente necessita ava-
liação médica com urgência, isso pode fazer toda diferença no pronto atendimento.
Mantenha na farmácia uma lista de médicos conhecidos de diversos especialidades, bem como telefones 
e endereços de clínicas, unidades de saúde, pronto-atendimentos e hospitais próximos à farmácia. Ajude 
o paciente sobre o melhor caminho para obter assistência médica. Isso fará toda diferença e fortalecerá o 
vinculo entre você e seu paciente.
Certi fi que-se que o paciente entendeu o plano
Repasse o plano de cuidado com o paciente, e pergunte se existe alguma dúvida. Deixe claro que vocês 
estão fazendo um acordo, e que a saúde do paciente depende dele mesmo. Peça ao paciente que repita as 
informações.
Documente todas as consultas com a declaração de serviços farmacêuti cos.
O serviço de revisão da medicação exige que uma declaração farmacêuti ca seja sempre fornecida. Guarde 
uma cópia desta declaração na farmácia, caso não disponha de um sistema informati zado de registro.
3.
4.
COMO É A DECLARAÇÃO DE SERVIÇO FARMACÊUTI-
CO?
A DSF é uma exigência da Anvisa, estabelecida na Reso-
lução no 44 de 2009. Trata-se de um padrão de qualida-
de do serviço fornecer material escrito ao paciente, que 
materialize e documente o atendimento farmacêuti co. 
A DSF deve conter os dados completos do estabeleci-
mento, a identi fi cação do paciente e deve ser datada, 
carimbada e assinada pelo farmacêuti co. O conteúdo da 
declaração pode ser uma síntese do plano de cuidado ou 
pode conter várias informações conformeprocedimen-
tos realizados pelo farmacêuti co. 
No caso da revisão da medicação, o conteúdo mais im-
portante da DSF é a lista completa e atualizada dos me-
dicamentos em uso pelo paciente. Ademais, orientações 
específi cas sobre ações a serem tomadas ou observa-
ções desti nadas ao médico do paciente devem ser inseri-
das também na DSF. Veja modelo a seguir:
Nome: Data:
Endereço:
Telefone:
SEXO: MASC IDADE: PESO: ALT.:
“ESTE	
  PROCEDIMENTO	
  NÃO	
  TEM	
  FINALIDADE	
  DE	
  DIAGNÓSTICO	
  E	
  NÃO	
  
SUBSTITUI	
  A	
  CONSULTA	
  MÉDICA	
  OU	
  A	
  REALIZAÇÃO	
  DE	
  EXAMES	
  
LABORATORIAIS”
Farmacêutico	
  /	
  CRF
Nome	
  Fantasia	
  da	
  Farmácia
Razão	
  Social	
  
CNPJ
Endereço	
  /	
  Telefone
NOME PARA	
  QUE MODO	
  DE	
  USAR QUEM	
  PRESCREVEU
ORIENTAÇÕES	
  /	
  ENCAMINHAMENTOS	
  
DECLARAÇÃO	
  DE	
  SERVIÇO	
  FARMACÊUTICO	
  
LISTA	
  DE	
  MEDICAMENTOS	
  
94 É NECESSÁRIO FAZER ACOMPANHAMENTO DO 
PACIENTE?
Uma consulta tradicional de revisão da medicação é concluída com as recomendações e encaminhamentos feitos 
pelo farmacêutico. Assim, não é necessário realizar acompanhamento do paciente. Você pode, por exemplo, mar-
car apenas uma consulta de retorno.
Por outro lado, lembre-se que o acompanhamento do paciente é necessário para determinar os efeitos das mu-
danças, reavaliar os resultados reais, e recomendar novas mudanças terapêuticas para melhorar a adesão e al-
cançar metas / desfechos clínicos. 
Você irá decidir se deve ou não marcar uma consulta de retorno com o paciente, ou iniciar um trabalho de acom-
panhamento.
O intervalo de acompanhamento do paciente pode variar de acordo com sua necessidade, desde intervalo mensal 
ou anterior, até anual. Cada paciente necessita de um atendimento personalizado, pautado pelas suas necessidades 
globais. O programa de revisão da medicação tem foco principal na adesão terapêutica e concordância, e para tanto 
um trabalho prolongado pode ser necessário. Caso decida pelo acompanhamento, utilize o diário da saúde.
ACOLHER
Agende a consulta e peça que 
traga todos os medicamentos
Receba para consulta. 
Estimule a participação 
ativa no processo.
AVALIAR
A farmacoterapia está adequada?
O paciente entende e adere ao 
tratamento?
O tratamento é seguro?
PROBLEMAS NA 
FARMACOTERAPIA
ACONSELHAR
Forneça a lista de medicamentos
Modifique o que for necessário. 
Trace um plano conjunto. 
Facilite a adesão ao tratamento.
Marque retorno se necessário. REVISÃO DA MEDICAÇÃO
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O QUE É O DIÁRIO DE SAÚDE? 
O uso de um diário de saúde, onde o paciente pode manter um registro de parâmetros, consultas realizadas, 
lista dos medicamentos, medidas não-farmacológicas, entre outros, é uma estratégia poderosa para estimular 
o autocuidado e a autogestão das condições crônicas. No caso da Revisão da Medicação, o diário é o recurso 
necessário caso se decida realizar acompanhamento do paciente. Além disso, o diário pode ser o agregador de 
todos os atendimentos e avaliações pelas quais passa o paciente, considerando que ele pode ser polimedicados, 
ter hipertensão, diabetes, dislipidemia e obesidade, por exemplo.
Nele, o paciente pode fazer uma séria de autotestes de saúde, que tem tanto papel educativo do próprio paciente, 
como informativo ao farmacêutico. Além disso, o paciente registra no diário a evolução semanal do seu tratamen-
to, anotando metas alcançadas, dificuldades e os resultados dos parâmetros monitorados.
A cada consulta, o paciente traz o diário e compartilha com o farmacêutico os registros realizados. As DSF emiti-
das a cada consulta podem ser anexados ao diário, em ordem cronológica. A lista atualizada de todos os medica-
mentos em uso é mantida dentro do diário. A cada consulta médica ou com outros profissionais, o paciente leva 
o diário, como forma de relatar a evolução da sua saúde. Há espaços no diário que podem ser utilizados para que 
o farmacêutico, o médico e outros profissionais possam fazer anotações, potencializando a comunicação dentro 
da equipe que cuida do paciente. 
96 RECURSOS PARA BUSCA DE INFORMAÇÕES
Gratuitas
Medscape® - http://www.medscape.net/
Epocrates® - http://www.epocrates.com/
Drugs® - http://www.drugs.com/
Interações® - http://interacoesmedicamentosas.com.br/
Via portal evidênca em saúde
Micromedex® - http://aplicacao.periodicos.saude.gov.br/
Acess – Medicine® - http://aplicacao.periodicos.saude.gov.br/
Best Pratice® - http://aplicacao.periodicos.saude.gov.br/
DynaMed® - http://aplicacao.periodicos.saude.gov.br/
Diretrizes
Projeto Diretrizes: http://www.projetodiretrizes.org.br/
Sociedade Brasileira de Cardiologia: http://www.cardiol.br/
Sociedade Brasileira de Diabetes: http://www.diabetes.org.br/
Sociedade Brasileira de Reumatologia: http://www.reumatologia.com.br/
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: http://sbpt.org.br/
Sociedade Brasileira de Pediatria: http://www.sbp.com.br/
Evidências
Farmacêutico Clínico - https://farmaceuticoclinico.com.br 
Medscape® - http://www.medscape.net/
Epocrates® - http://www.epocrates.com/
Nome: Data:
Endereço:
Telefone:
SEXO: MASC IDADE: PESO: ALT.:
“ESTE	
  PROCEDIMENTO	
  NÃO	
  TEM	
  FINALIDADE	
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