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Aula 2 - Cirurgia - Vias Aéreas

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Vias Aereas
Definicao:
• Trajeto por onde passa o ar do meio externo até a traqueia 
• Composto pela nasofaringe, orofaringe, epiglote e traqueia 
• São responsáveis pelo transporte de ar até os pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas que irão oxigenar o 
sangue
Anatomia:
Avaliacao:
• Avaliar a posição do paciente (incluindo mecanismo do trauma, se tratar-se de um) 
• Avaliar permeabilidade da via aérea: primeiro passo é conversar com o doente 
• Avaliar se está consciente e orientado, se fala normalmente 
• Avaliar sinais de possível comprometimento da via aérea: lesões/hematomas em região cervical, respiração 
ruidosa (obstrução de via aérea por corpos estranhos, sangue, língua), rouquidão (fratura de laringe), voz 
anasalada (pneumotórax), sinais de queimadura de vias aéreas (queimadura de vibrissas nasais, 
chamuscamento de cílios, sobrancelhas e cabelo, escarro carbonáceo), rebaixamento do nível de consciência 
(com queda da base da língua e obstrução da hipofaringe), elevação do tórax 
• Assegurar que a via aérea esteja permeável e diagnosticar rapidamente a obstrução 
• Proteger contra broncoaspiração 
• Suporte ventilatório e oferta adequada de O2 para todos os pacientes
Manejo:
1. Oxigenioterapia
• A oferta de alto fluxo de oxigênio deve ser realizada tanto antes como após a instituição de medidas para o 
tratamento da via aérea 
• 10 a 12L/min
2. Manobras
• Hiperextensão do pescoço 
• Tração da mandíbula (jaw thrust): é realizada colocando uma mão em cada ângulo da mandíbula e 
deslocando-a para cima. Indicada na suspeita de lesão cervical 
• Elevação do mento (chin lift): Na manobra de elevação do mento (chin-lift), os dedos de uma mão são 
colocados sob a mandíbula que é elevada cuidadosamente para deslocar o mento em direção anterior. O 
polegar da mesma mão afasta levemente o lábio inferior, para abrir a boca. O polegar pode também ser 
colocado posteriormente aos incisivos inferiores e, simultaneamente, o mento é delicadamente elevado. 
Manobra mais eficaz, mas não deve ser utilizada na suspeita de lesão medular devido à extensão da cabeça.
3. Aspiracao e Limpeza Manual
• Máscara Facial - Ventilação com Bolsa-Valva 
• Indicações: Insuficiência respiratória; Falha na intubação. 
• Contraindicações: Esses dispositivos causam e, portanto, devem ser 
usados com cautela. A. das vias aéreas superiores é uma 
contraindicação absoluta para ventilação com reanimador manual 
autoinflável. 
• Complicações: 
• Qualquer vazamento significativo causará hipoventilação das vias 
aéreas e poderá forçar gases para o estômago, aumentando o risco 
de aspiração
• Cânulas de Guedes (Orofaringea) 
• Indicações: Somente em pacientes inconscientes (induz reflexo do 
vômito com consequente aspiração). 
• Contraindicações: Esse dispositivo não pode ser usado em doentes 
conscientes pois induziria o reflexo de vômito, vômitos e aspiração. 
Não pode ser utilizado em crianças, pois a rotação do dispositivo pode 
lesionar a boca e a faringe 
• Complicações: lesão na cavidade oral, broncoaspiração, náusea, 
vômitos ou hemorragia, que podem ser desencadeados por uso de 
técnica inadequada na sua colocação ou quadros de inconsciência 
parcial. 
• Cânulas Nasofaríngeas 
• Indicações: Pacientes com trismo (constrição mandibular devido à 
contratura involuntária dos músculos mastigatórios). 
• Contraindicações: Pacientes com trauma facial ou de crânio; ou 
suspeita de lesão de placa cribiforme. 
• Técnica: lubrificar com geléia anestésica e introduzir pela narina; se 
obstrução, introduzir na outra narina.
Via Aerea Definitiva:
• Sonda endotraqueal com balonete (“cuff”) insuflado, conectada a um sistema de ventilação assistida, com 
mistura enriquecida de oxigênio, e mantida em posição por meio de fixação apropriado. 
• INDICAÇÃO: Apnéia; Impossibilidade de manter uma via aérea permeável por outros métodos; Proteção das 
vias aéreas inferiores contra aspiração de sangue ou vômito; Comprometimento iminente ou potencial das vias 
aéreas, como por exemplo, lesão por inalação, fraturas faciais, convulsões persistentes; Trauma 
cranioencefálico necessitando de auxílio ventilatório; Incapacidade de manter oxigenação adequada com uso 
de máscara de oxigênio.
Casos Clinicos 
1. Intubacao Endotraqueal:
• INDICAÇÃO: Proteção das vias aéreas (pacientes com Glasgow ≤ 8 necessitam de intubação imediata); 
hipoxemia refratária; parada cardiorrespiratória, necessidade de assistência ventilatória prolongada ou 
controle da ventilação pulmonar, condição que pode cursar com obstrução de vias aéreas (anafilaxia, 
infecções e queimadura de vias aéreas). 
• CONTRAINDICAÇÕES: É contraindicada em apneia; fraturas faciais, do seio frontal, da base do crânio e da 
placa cribiforme. 
• Visualização da passagem da cânula pelas cordas vocais; 
• Embaçamento da cânula; 
• Expansão simétrica do tórax; 
• Ausculta dos 5 pontos: epigástrio, bases D/E e ápices D/E, iniciando pelo lado esquerdo. 
• Capnografia (detector de CO2 exalado) 
• Raio X de tórax (obrigatório) confirmar a posição da cânula e distância da carina - 2 dedos acima do botão 
aórtico.
Obstrucao das Vias Aereas
• Condições que impeça total ou parcialmente o trânsito do ar ambiente até os alvéolos pulmonares 
• Sinais e sintomas do comprometimento das vias aéreas são: respiração ruidosa, rouquidão, dor na garganta, 
taquipneia, dispneia, agitação, alteração no padrão ventilatório e queda da saturação como sinal tardio 
• O tratamento de uma maneira geral é a realização de uma via aérea definitiva, exceto em casos de 
compressões extrínsecas da traqueia 
• No caso de tumores não invasivos o tratamento pode ser a exérese do tumor 
• Nas luxações posteriores da clavícula o tratamento é o reposicionamento da mesma, associado à tração do 
braço.

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