@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); TESTE DE PRESSÃO Á BARRA(OU TESTE DE PUNIÇÃO DA PRESSÃO Á BARRA)Em função de este teste ter sido desenvolvido primeiramente pelos pesquisadores Geller e Seifter, em 1960, o teste da pressão à barra também pode ser chamado pelo nome de teste de Geller-Seifter, ou ainda teste de conflito de Geller-Seifter.Este teste é baseado tanto no conceito de condicionamento operante, ou seja, quando o animal é condicionado a realizar uma ação para obter uma determinada resposta. Quanto no conceito de conflito, quando o animal se vê em uma situação em que precisa escolher entre opções que podem ser consideradas antagônicas ou incompatíveis.Situações de conflito são padrões comuns, e clinicamente relevantes, presentes em muitos testes animais para a detecção de agentes ansiolíticos. Será visto mais à frente nesta apostila que os testes do labirinto em cruz elevado e da transição claro-escuro também são testes baseados em conflito (a tendência a explorar um lugar novo versus o medo de encontrar algum perigo).No entanto, os estímulos apresentados nesses dois testes são baseados no comportamento natural do animal (explorar um ambiente novo).Enquanto que no teste de punição da pressão à barra, assim como em outros testes animais, de ansiedade, o comportamento aversivo é produzido por meio de uma punição que levaria à supressão do comportamento condicionado por reforço positivo.Os testes de conflito estão sendo empregados há mais de quarenta anos na identificação e caracterização de agentes ansiolíticos, bem como no estudo das bases neurobiológicas da ansiedade.Especificamente com relação ao teste de punição da pressão à barra, o procedimento consiste em privar o animal de alimento por um tempo não longo o bastante para que represente um sofrimento, mas longo o suficiente para que ele sinta fome. Após a privação alimentar, o animal é repetidamente colocado na caixa-teste, onde ele é treinado a apertar uma barra localizada em uma das paredes da caixa para receber o alimento.Essa etapa é denominada de treino e ocorrerá até que a aprendizagem tenha acontecido.Após a etapa de aprendizagem, inicia-se a etapa de condicionamento aversivo: cada vez que o animal pressionar a barra para obter o alimento, ele receberá um leve choque. Nesse momento, se instala o conflito: pressionar ou não pressionar a barra? Se pressionar, embora receba a comida, levará um choque.Se não pressionar, não levará o choque, mas também não receberá comida, ficando com fome. Essa situação conflitante gera, no animal, um estado de medo e desconforto.Nesse modelo, considera-se a resposta de liberação do comportamento punido (ou seja, apertar a barra mesmo que receba o choque) como um bom preditor de atividade ansiolítica, uma vez que os efeitos de ansiolíticos considerados clássicos, como os benzodiazepínicos e compostos barbitúricos, são facilmente detectáveis neste teste.Quando compostos com já conhecida atividade clínica ansiolítica são administrados aos animais de laboratório, eles tendem a aumentar o número de pressão à barra induzido por substância. Esse tipo de resposta é considerado um forte indicativo de efeito ansiolítico e muitos estudos já foram realizados confirmando esse padrão de resposta, o que representa uma grande vantagem do modelo. Drogas benzodiazepínicas, barbitúricos, compostos com ação semelhante à da buspirona, entre outras drogas, demonstram esse perfil de ação neste teste de conflito.No entanto, algumas desvantagens têm levado os pesquisadores do mundo todo a substituir a utilização do teste de punição da pressão à barra por testes baseados no comportamento natural do animal e que não precisem, portanto, de condicionamento. As principais desvantagens estão associadas à necessidade de um grande período de tempo para a aprendizagem da tarefa, em geral de meses, com sessões-treino que devem ocorrer diariamente, o que dificulta a pesquisa.A figura a seguir representa o aparato utilizado no teste de Geller-Seifter, ou teste de conflito (ou punição) de pressão à barra.Representação esquemática do aparato e do procedimento realizado no teste de conflito da pressão à barra (ou teste da punição da pressão à barra, ou ainda teste de Geller-Seifter).
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