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Potencial de Ação 01- Propriedades do potencial de ação Os potenciais de ação gerados por uma porção da membrana são similares em tamanho e duração, e não diminuem à medida que são propagados pelo axônio. A: Resumo do Potencial de Ação Fase Ascendente: caracterizada por uma rápida despolarização da membrana, que continua até o Vm atingir o valor máximo de pico (40mV). o Quando o meio interno da membrana tem um potencial elétrico negativo, existe uma grande força motriz para o Na+. Dessa forma, o Na+ se difunde rapidamente para dentro da célula através dos canais de sódio dependentes de voltagem abertos, causando uma rápida despolarização da membrana. Pico de Ultrapassagem: parte em que o lado de dentro do neurônio está carregado positivamente em relação ao lado externo. o Uma vez que a permeabilidade relativa da membrana favorece significativamente o sódio, o potencial de membrana atinge um valor próximo do ENa, que é maior que 0 mV. Fase Descendente: rápida repolarização do meio interno da membrana ele ficar mais negativo que o potencial de repouso . Hiperpolarização pós-potencial: Os canais de potássio dependentes de voltagem que estão abertos aumentam ainda mais a permeabilidade ao potássio em relação ao que era quando a membrana estava em repouso. Uma vez que há pouca permeabilidade ao sódio, o potencial de membrana muda em direção ao EK, causando uma hiperpolarização em relação ao potencial de repouso da membrana até que os canais de potássio dependentes de voltagem completem seu fechamento. Restauração do Potencial de Repouso. Limiar: é o potencial de membrana no qual um número suficiente de canais de sódio dependentes de voltagem se abrem, de forma que a permeabilidade iônica relativa da membrana favoreça o sódio sobre o potássio. B: Geração de um Potencial de Ação Zona de Gatilho: região do neurônio em que há a geração do potencial de ação. Há uma maior densidade de canais de Na+ dependentes de voltagem. Sequência de atos na geração do potencial de ação: O percevejo entra na pele A membrana de fibras nervosas na pele e estirada Canais permeáveis ao Na+ se abrem. em função do gradiente de concentração e a carga negativa do interior da membrana. O Na+ atravessa a membrana através desses canais. A entrada de Na+ despolariza a membrana: a superfície citoplásmica (interna) da membrana torna-se menos negativa. Se essa despolarização, chamada de gerador de potencial, atinge um nível crítico, a membrana gerara um potencial de ação. O nível crítico de despolarização que deve ser alcançado a fim de disparar um potencial de ação e chamado de limiar. Os potenciais de ação são causados pela despolarização da membrana além do limiar. -Potencial Sensorial Receptor -Potencial Sináptico -Potencial Motor A frequência e o padrão de potenciais de ação constituem o código utilizado pelos neurônios para transferir informação de um local para outro C: Geração de Múltiplos Potenciais de Ação A frequência de disparos de potenciais de ação reflete a magnitude da corrente despolarizante. Lei do Tudo ou Nada Imagem: Frequência de disparo do potencial de ação e sua dependência em relação ao nível de despolarização. OBS: existe um limite para a taxa na qual um neurônio pode gerar potenciais de ação. Período Refratário Absoluto: tempo, após o início do potencial de ação, em que é impossível criar outro potencial de ação. É de cerca de 1 ms. o Os canais de sódio são inativados quando a membrana se torna fortemente despolarizada. Esses canais não podem se abrir novamente, e outro potencial de ação não pode ser gerado até que o potencial de membrana esteja fortemente negativo para fechar os canais e torna-los aptos a serem ativados novamente. Período Refratário Relativo: tempo, após o fim do período refratário absoluto, em que é relativamente difícil criar outro potencial de ação. Pode corresponder a vários milissegundos. Nesse período, a quantidade de corrente necessária para despolarizar o neurônio até o limiar do potencial é maior do que a normal. o A membrana permanece hiperpolarizada até que os canais de potássio dependentes de voltagem se fechem. Dessa forma, mais corrente é necessária para levar o potencial de membrana ao limiar. 02- Canais Iônicos As cinéticas de impulso diferenciadas entre o canal de sódio e o canal de potássio permitem a propagação do impulso elétrico. No repouso: permeabilidade dos canais de K+ é maior. Na ação: permeabilidade dos canais de Na+ torna-se maior. Polarização: aumento da PNa Repolarização redução da PNa A: Canais de Sódio Canais unitários não abrem até que um nível crítico de despolarização da membrana seja atingido (explica o limiar do potencial de ação). Abertura rápida dos canais em resposta à despolarização (explica por que a fase ascendente do potencial de ação ocorre tão rapidamente). Os canais permanecem abertos por um curto período de tempo (explica por que o potencial de ação é tão breve) A inativação dos canais é responsável pelo período refratário absoluto: outro potencial de ação não pode ser gerado até que os canais sejam ativados. A tetrodotoxina (TTX): toxina que obstrui o poro do canal permeável ao Na+ ligando-se fortemente a um sítio específico no lado externo do canal. Isso gera o bloqueio de todos os potenciais de ação que são dependentes de sódio. B: Canais de Potássio Dependentes de Voltagem Os canais de potássio não se abrem imediatamente após a despolarização. As proteínas formadoras desses canais são sensíveis às mudanças no campo elétrico presente na membrana. Quando a membrana é despolarizada, as subunidades parecem mudar de conformação, permitindo que o K+ passe através do poro. OBS: A Bomba de Sódio e Potássio mantém maiores concentrações de Na+ fora da célula e de K+ dentro. Dessa forma, pode-se afirmar que ela alimenta os gradientes de concentração iônica que impulsionam o Na+ e o K+ através de seus canais durante o potencial de ação. 03- Condução do Potencial de Ação Um potencial de ação iniciado em uma extremidade de um axônio apenas se propaga em um sentido. Ele não volta pelo caminho já percorrido Isso ocorre porque a membrana por onde ele passou está refratária como resultado da inativação dos canais de sódio recém-utilizados. A: Fatores que Influenciam a Velocidade de Condução Diâmetro axonal: quando maior o diâmentro, maior a velocidade de condução. Vias neurais importantes para o desenvolvimento, normalmente, desenvolveram axônios anormalmente largos durante o processo evolutivo. Bainha de Mielina: a presença da bainha de mielina permite a condução saltatória do potencial de ação e, com isso, aumenta a velocidade de propagação. B: Mielina e a Condução Saltatória Consistem em muitas voltas de membrana fornecidas por:células gliais Células de Shwann, no SNP Oligodendrócitos, no SNC Nodulos de Ranvier: espações entre as bainhas em que não há o isolamento. Permitem aos íons atravessar a membrana para gerar potenciais de ação. Canais de sódio dependentes de voltagem estão concentrados na membrana desses nódulos. Condução Saltatória: condução presente nos axônios mielinizados em que o potencial de ação “pula” de um nódulo para o outro. Esclerose Múltipla: é uma doença desmielinizante que provoca danos ao paciente em função da transmissão mais lenta dos potenciais de ação em várias regiões do SN. Sídrome de Guillian-Barrè: doença desmielinizante em que há o acometimento dos nervos periféricos que inervam os músculos e a pele. Pode ser resultante de um processo infeccioso ou ser uma doença autoimune. Também há a transmissão lenta dos potenciais de ação.
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