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FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA - FAETEC ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL SANTA CRUZ - ETESC CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA Por: Mariane Queiroz Azevedo ANÁLISE ESPECTROFOTOMÉTRICA DE PERMANGANATO DE POTÁSSIO ANÁLISE INSTRUMENTAL e QUÍMICA AMBIENTAL/ 3116/21 RIO DE JANEIRO/ 2023 Introdução O permanganato de potássio é um potente oxidante que se decompõe em contato com a matéria orgânica pela liberação do oxigênio, exercendo também função antisséptica e podendo ser encontrado em formulação farmacêutica como comprimido ou em pó, sendo usado para limpeza e tratamento de afecções de pele. Como parte do controle de qualidade na produção desses tipos de formulação, a dosagem do princípio ativo faz-se necessária. A espectrofotometria no UV-Vis utiliza uma fonte de luz monocromática ou policromática para obter informações de concentração de determinadas espécies químicas. Devido aos padrões diferentes de absorção entre diferentes substâncias, a espectrofotometria possibilita identificar e quantificar espécies químicas. Um feixe de luz com determinado comprimento de onda passa através da amostra, e então o espectrofotômetro nos permite medir a quantidade de radiação transmitida através dessa solução, e, por conseguinte, a quantidade absorvida. Para determinação da concentração de um analito em uma amostra utilizando essa técnica, geralmente utiliza-se uma comparação da absorbância da amostra com uma série de soluções- padrão, nas quais se conhece a concentração do analito de interesse. Objetivo A determinação real do teor de permanganato de potássio (KMnO4) em um comprimido farmacêutico. Materiais e Reagentes • 5 Balões volumétricos de 100mL • 1 Balão volumétrico de 1000mL • Pipeta graduada • Pêra de sucção • Graal e pistilo • Bastão de vidro • Papel de filtro • Funil • Béquer • KMnO4 (500 mg/L) • Comprimido • Água destilada • Balança analítica • Espectrofotômetro Procedimento 1°) Passo: Preparo dos padrões Foi feito o preparo das soluções padrões de 10,0 (mg/L), 20,0 (mg/L), 30,0 (mg/L), 40,0 (mg/L) e 50, 0 (mg/L), onde a quantidade de KMnO4 (500 mg/L) necessária para produzir esses padrões foi descoberta a partir dos seguintes cálculos: 10,0 mg/L 20,0 mg/L 30,0 mg/L 40,0 mg/L 50, 0 mg/L Ci.Vi = C1.V1 500. Vi = 10.100 Vi = 1000/500 Vi = 2mL Ci.Vi = C2.V2 500. Vi = 20.100 Vi = 2000/500 Vi = 4mL Ci.Vi = C3.V3 500. Vi = 30.100 Vi = 3000/500 Vi = 6mL Ci.Vi = C4.V4 500. Vi = 40.100 Vi = 4000/500 Vi = 8mL Ci.Vi = C5.V5 500. Vi = 50.100 Vi = 5000/500 Vi = 10mL Os volumes necessários de KMnO4 foram coletados quantitativamente e direcionados aos seus respectivos balões volumétricos de 100mL, onde foram avolumados com água destilada. 2°) Passo: Preparo da amostra O comprimido foi levado ao graal e pulverizado com auxílio de um pistilo. Foi pesado 37,0 mg do comprimido. Esta massa foi transferida para um béquer e dissolvida em um pouco de água. Esse conteúdo foi transferido para um balão volumétrico de 1000mL, usando um funil com papel de filtro, onde foi avolumado e homogeneizado até o traço de aferição. 3°) Passo: Leitura da absorbância Foi feita a análise de todas as soluções feitas (soluções padrões e solução da amostra) em um espectrofotômetro, utilizando a faixa do UV-Vis. O comprimento de onda em que as amostras foram analisadas foi de 520 nm. A primeira solução a ser analisada foi o branco, sendo em seguida analisadas as soluções de 10,0 (mg/L), 20,0 (mg/L), 30,0 (mg/L), 40,0 (mg/L) e 50, 0 (mg/L) e a amostra do comprimido, respectivamente. Resultados A tabela abaixo mostra os valores da concentração dos padrões e das suas respectivas absorbâncias: Concentração (mg/L) Absorbância 10,0 0,127 20,0 0,257 30,0 0,381 40,0 0,504 50,0 0,635 Amostra 0,450 O gráfico abaixo mostra o perfil linear gerado pela relação entre a absorbância e a concentração dos padrões: Discussão A partir da lei de Lambert-Beer (A = εbc) foi possível fazer a determinação da concentração da amostra do comprimido. Partindo-se da equação da reta, foi determinado a concentração da amostra, usando o seu valor de absorbância em y, como mostra a equação abaixo: y = 0,0126x + 0,0019 R2 = 0,9999 0,450 = 0,0126x + 0,0019 0,450 - 0,0019 = 0,0126x 0,04481/0,0126 = x 35,56 mg = x y = 0,0126x + 0,0019 R² = 0,9999 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 Absorbância x Concentração Já o teor de KMnO4 na amostra foi descoberto a partir do seguinte cálculo: 37 mg — 100% 35,6 mg — x 35,56 × 100 = 37x 3556/37 = x 96,1% = x Conclusão Tendo em vista que a dosagem do princípio ativo é necessária como parte do controle de qualidade na produção desse tipo de formulação, é possível concluir que o objetivo da prática foi atingido, tendo o teor real de KMnO4 no comprimido como 96,1%, ou seja, próximo de 100%. Referências VALIM, Paulo. "Introdução à espectrofotometria". Ciência em Ação. Disponível em: https://cienciaemacao.com.br/introducao-a-espectrofotometria/. Acesso em: 21 de junho de 2023. SARTURI, Rafaela. "Bula do Permassim". Consulta Remédios. Disponível em: https://consultaremedios.com.br/permassim/bula. Acesso em: 22 de junho de 2023.
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