Buscar

6751_polic_rodov_feder_nocoe_de_direi_penal_polic_rodov_feder_prf_exten_1-4_apostila-correta

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL (CÓDIGO PENAL BRASILEIRO) – 
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL – 2016 - AULAS 01 – 04 
Prof. Norberto Florindo Junior 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 2 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 3 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO PENAL - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO – AULAS 01 – 04 
 
1. Aplicação da Lei Penal. (Arts. 1º/12 – C.P.B. – PARTE GERAL) 
 1.1. Princípio da Legalidade e da Anterioridade; 
 1.2. A Lei Penal no Tempo e no Espaço; 
 1.3. Tempo e Lugar do Crime; 
 1.4. Lei Penal Excepcional, Especial e Temporária; 
 1.5. Territorialidade e Extraterritorialidade da Lei Penal; 
 1.6. Pena Cumprida no Estrangeiro; 
 1.7. Eficácia da Sentença Estrangeira; 
 1.8. Contagem de Prazo; 
 1.9. Frações não Computáveis de Pena; 
 1.10. Interpretação da Lei Penal (Analogia, Irretroatividade da Lei Penal, 
Conflito Aparente da Norma Penal). 
2. Teoria do Crime (Arts. 13/25 – C.P.B. – PARTE GERAL) 
 2.1. Infração Penal: elementos, espécies, sujeitos ativo e passivo; 
 2.2. O Fato Típico e seus Elementos; 
 2.3. Crime Consumado e Tentado; 
 2.4. Pena da Tentativa; 
2.5. Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz; 
2.6. Crime Impossível; 
2.7. Crime Doloso e Crime Culposo; 
2.8. Agravação pelo Resultado; 
 
Saudações, nobres concurseiros. Optei por acrescentar na presente apostila o 
tema denominado “PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 4 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
PENAL”, para facilitar a análise da PARTE GERAL do C.P.B., sendo certo que o 
suscitado assunto será abordado com mais efetividade ao final de nosso curso. 
Como todo estudante de Direito deve saber, nossa Constituição Federal de 1988 
(Magna Carta) é uma das fontes primordiais do direito pátrio e, em razão desse evento, 
referida norma irradia orientações para todos os demais ramos das ciências jurídicas. 
Acreditamos, com isso, colaborar ainda mais para sua aprovação que, com 
certeza, se efetivará. Só depende de você. Estude, não dê ouvidos a conversas sobre 
crise econômica, suspensão de concursos públicos etc. A POLÍCIA nunca deixará de 
contratar, creia-me. 
 
 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO PENAL 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
TÍTULO II 
 Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(Princípio da Isonomia ou da Igualdade) 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
(Proibição da prática de Tortura – Lei nº 9.455/97) 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a 
suas liturgias; 
 (Atentado aos referidos direitos afigura-se crime de Abuso de Autoridade – Lei nº 
4.898/65) 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 5 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
 (Atentado aos referidos direitos afigura-se crime de Abuso de Autoridade – Lei nº 
4.898/65) 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 (Atentado ao referido direito afigura-se crime de Abuso de Autoridade – Lei nº 
4.898/65) 
 
 XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) 
(Atentado ao referido direito afigura-se crime de Abuso de Autoridade – Lei nº 
4.898/65) 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
(Atentado ao referido direito afigura-se crime de Abuso de Autoridade – Lei nº 
4.898/65) 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
(Atentado ao referido direito afigura-se crime de Abuso de Autoridade – Lei nº 
4.898/65) 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
(Atentado ao referido direito afigura-se crime de Abuso de Autoridade – Lei nº 
4.898/65) 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
(Atentado ao referido direito afigura-se crime de Abuso de Autoridade – Lei nº 
4.898/65) 
 XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 6 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
(Vide direito de REPRESENTAÇÃO – Lei nº 4.898/65 – Abuso de Auoridade) 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito; 
(Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário) 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
(Instituição do Tribunal do Júri para julgamento dos crimes dolosos contra a vida: 
HOMICÍDIO; INFANTICÍDIO; AUXÍLIO, INSTIGAÇÃO, INDUZIMENTO AO 
SUICÍDIO e ABORTO) 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal; 
(Princípio da Legalidade; Princípio da Anterioridade da Lei; Princípio da Reserva 
Legal) 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
(Princípio da Irretroatividade da Lei Penal) 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais; 
(Proteção dos Direitos e Liberdades Fundamentais) 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançávele imprescritível, sujeito à pena 
de reclusão, nos termos da lei; 
(Vide Lei de Preconceito Racial – Lei nº 7.716/89) 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a 
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os 
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os 
que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 7 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
(Vide Lei dos Crimes Hediondos – Lei nº 8.072/90) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
(Proteção à Ordem Constitucional e ao Estado Democrático de Direito) 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 
(Princípio da Pessoalidade ou Incontagiabilidade ou Intransmissibilidade da Penal) 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
(Princípio da Individualização das Penas) 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
(Espécies de Penas Inaplicáveis no Direito) 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
(Direitos Humanos Fundamentais e Execução da Pena) 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus 
filhos durante o período de amamentação; 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 8 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
(Direito ao Aleitamento Materno) 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime 
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
(Hipóteses Legais para Extradição) 
 
OBSERVAÇÃO – Seria interessante integrar o estudo do presente assunto junto 
aos chamados PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO 
PROCESSUAL PENAL. 
 
 
2. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL 
Fonte, em sentido figurado, significa origem, princípio, causa. Quando se fala em fontes do 
Direito Penal, está se estabelecendo de onde provém, de onde se origina a lei penal. 
As fontes podem ser materiais (ou substancias ou de produção), se informam a gênese, a 
substância, a matéria de que é feita o Direito Penal, como é produzido, elaborado; e formais 
(ou de conhecimento, ou de cognição), se se referem ao modo pelo qual se exterioriza o 
direito, pelo qual se dá ele a conhecer. 
2.1. Fontes Materiais – a única fonte de produção do Direito Penal é o Estado, assim 
estabelecido pela Constituição Federal de 1988. 
2.2. Fontes Formais – são aquelas que dão “forma” ao direito e o revelam, subdividem-se em 
fontes diretas ou imediatas (seria a própria lei) e fontes indiretas ou mediatas ou 
subsidiárias (dentre as quais estariam relacionados: os costumes - regra de conduta 
praticada de modo geral, constante e uniforme, com a consciência de sua obrigatoriedade; os 
princípios gerais de direito – premissas éticas extraídas da legislação, do ordenamento 
jurídico; a equidade – correspondência jurídica e ética perfeita da norma às circunstâncias 
do caso concreto a que é aplicada). 
2.3. Analogia – é uma forma de auto-integração da lei, pois na lacuna desta aplica-se ao fato 
não regulado expressamente pela norma jurídica um dispositivo que disciplina hipótese 
semelhante, sendo inadmissível, contudo, o emprego da analogia para criar ilícitos penais ou 
estabelecer sanções criminais. Nada impede, no entanto, a aplicação da analogia às normas 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 9 de 
21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
não incriminadora quando se vise, na lacuna existente da lei, favorecer a situação do réu por 
um princípio de equidade “analogia in bonam partem”. 
3. CONFLITO APARENTE DE NORMAS. 
Em certos casos o magistrado precisa decidir qual norma jurídica aplicar, pois, não raras 
vezes, depara-se com a mesma conduta criminosa em mais de um vigente tipo penal. Ao 
fenômeno dá-se o nome, na doutrina penal, de concurso aparente de normas. 
3.1. O princípio da especialidade 
A norma penal especial é aquela que, referindo-se ao mesmo fato, contém todos os 
elementos típicos da norma penal geral e, ao menos, um elemento a mais, de cunho objetivo 
ou subjetivo, denominado específico ou especializante. Isto significa que a norma penal 
especial apresenta um plus que a distingue da norma penal geral. O homicídio culposo de 
trânsito (art. 302 da Lei n. 9.503/97) é especial em relação ao homicídio culposo (art. 121, § 
3º), pois o legislador acrescentou o elemento objetivo “na direção de veículo automotor” não 
presente na infração tipificada no Código Penal. 
Em regra geral, se o mesmo fato perfaz duas normas penais diferentes, aplica-se a norma 
especial em detrimento à norma geral. 
3.2. O princípio da subsidiariedade 
Quando distintos os graus de ofensa previstos em diferentes normas penais, mas referidos ao 
mesmo bem jurídico, pode-se aplicar o princípio da subsidiariedade. Como também se aplica 
o princípio quando a norma principal contém outros bens jurídicos além do previsto na 
norma subsidiária. E ainda quando o fato previsto na norma subsidiária é um elemento 
componente do fato incriminado na norma principal e que não se encontre em uma relação 
de gênero e espécie. Exemplificando: para lucrar mais dinheiro, o dono do circo retira a rede 
de proteção dos trapezistas e coloca um palhaço dentro do globo da morte com dois 
motociclistas. No espetáculo decorre que o palhaço resulta gravemente ferido e um 
trapezista falece em razão da queda. Antes dos eventos danosos, por evidente, o bem 
jurídico das vítimas foi exposto a uma situação de perigo que, em tese, poderia ensejar a 
punição do dono do circo pelo art. 132 do Estatuto Penal: “expor a vida ou a saúde de 
outrem a perigo direto e iminente”. Este preceito, contudo, só se aplica quando não restar 
configurada ofensa ao mesmo bem jurídico em grau superior: a lesão corporal grave no 
palhaço (art. 129, § 1º) e o homicídio do trapezista (art. 121, § 3º). 
3.3. O princípio da consunção 
Segundo referido princípio, se uma conduta mostrar-se como etapa para a realização de 
outra conduta, diz-se que a primeira foi consumida pela segunda, restando apenas a 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 10 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
punibilidade da última. As lesões corporais, por exemplo, são consumidas pelo homicídio, 
se aquelas constituírem fase da realização deste. O crime consumado absorveo tentado. 
3.4. O princípio da alternatividade 
Este princípio refere-se aos chamados crimes de ação pública, em que o mesmo tipo contém 
duas ou mais condutas, havendo, porém, punição única. Quem instiga ao suicídio e também 
auxilia no suicídio comete um crime só, e não dois crimes (Art. 122 do C.P.B.). 
4. Aplicação da Lei penal (Arts. 1º/12); 4.1. A Lei Penal no tempo; 4.2. A Lei Penal no 
Espaço. 
 
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO 
PARTE GERAL 
 
 TÍTULO I 
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
1.5. TERRITORIALIDADE E EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL 
BRASILEIRA 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU DA ANTERIORIDADE DA LEI OU DA 
RESERVA LEGAL 
Anterioridade da Lei 
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação 
legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 O artigo 1º do C.P.B., dado à sua relevância, foi transformado em cláusula pétrea 
de nossa Constituição Federal de 1988, nos termos do preconizado no artigo 5º, 
inciso XXXIX, do referido diploma legal. 
 O referido artigo é conhecido em sua plenitude como “Princípio da Legalidade do 
Direito Penal”, contudo, alguns doutrinadores fazem a seguinte subdivisão, a saber: 
1ª PARTE - “NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA” é 
denominado “Princípio da Anterioridade” ou “Princípio da Reserva Legal”; 2ª 
PARTE - “NÃO HÁ PENA SEM PRÉVIA COMINAÇÃO LEGAL”. 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 11 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
 Por fim, observamos que o referido princípio jurídico pode vir transcrito na forma de 
um brocardo latino, a saber: “NULLUM CRIMEN SINE LEGE; NULA POENA 
SINE LEGE POENALE.” 
 
A LEI PENAL NO TEMPO. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE “IN PEJUS” 
DA LEI PENAL 
Lei penal no tempo 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos 
fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 Em princípio, a lei penal rege os fatos ocorridos na sua vigência (tempus regit 
actum). Todavia, se a lei penal for modificada durante o processo penal ou durante 
a execução da pena, prevalecerá a norma mais favorável ao réu, não importa se 
anterior ou a posterior (ultratividade ou retroatividade da lei na norma mais 
benéfica). 
 
LEIS EXCEPCIONAIS E TEMPORÁRIAS 
Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 Algumas leis são editadas para vigorar apenas até certa data (leis temporárias) ou 
enquanto durarem certas circunstâncias (leis excepcionais). Tais leis são ultrativas, 
pois ainda que auto-revogadas, continuam a ser aplicadas para os fatos ocorridos 
durante o período de sua vigência. 
 
TEORIA DA ATIVIDADE 
Tempo do crime 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 12 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro 
seja o momento do resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 Em princípio, a lei penal rege os fatos ocorridos na sua vigência (tempus regit 
actum). Todavia, se a lei penal for modificada durante o processo penal ou durante 
a execução da pena, prevalecerá a norma mais favorável ao réu, não importa se 
anterior ou a posterior. 
 
 
 
 
A LEI PENAL NO ESPAÇO 
Territorialidade 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro 
onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, 
mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo 
correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território 
nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do 
Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 Em princípio, aplica-se a lei brasileira no território brasileiro (espaço aéreo, 
marítimo e terrestre). No que se refere à determinação do local onde o crime 
praticado, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou 
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado (lugar do crime). 
 
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 13 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo 
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 1984) 
I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de 
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou 
fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, 
de 1984) 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei 
nº 7.209, de 1984) 
II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, 
de 1984) 
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade 
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 1984) 
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido 
ou condenado no estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes 
condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
1984) 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
 
Prof. NorbertoFlorindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 14 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 1984) 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a 
punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro 
fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei 
nº 7.209, de 1984) 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) 
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, 
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
Eficácia de sentença estrangeira(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as 
mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja 
autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da 
Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Contagem de prazo 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os 
anos pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 No direito penal o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, 
os meses e os anos pelo calendário comum. 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 15 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
 
Frações não computáveis da pena(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as 
frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se 
esta não dispuser de modo diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 
 
TÍTULO II 
 DO CRIME 
Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe 
deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 A doutrina define o crime sendo como sendo o FATO TÍPICO e ANTIJURÍDICO 
(Teoria Bipartite). Para que exista o crime, portanto, basta que haja um fato típico e 
antijurídico. Para aplicação da pena porém, é necessário que o fato, além de típico 
e antijurídico, seja também culpável, isto é, reprovável. 
 O fato típico é composto pela ação ou omissão do ser humano; chama-se TIPO a 
descrição feita pela lei da conduta proibida; TIPICIDADE é a correlação da 
conduta com o que foi descrito no tipo; ANTIJURIDICIDADE ou ILICITUDE 
significa que o fato para ser crime, além de típico, deve ser também ilícito, contrário 
ao direito. 
 Para a Teoria Tripartite, o crime seria FATO 
TÍPICO+ANTIJURÍDICO+CULPÁVEL. O direito penal brasileiro adotou a Teoria 
Normativa Pura ou Teoria da Culpabilidade correspondente aos ensinamentos da 
Escola Finalista (para a qual aquilo que interessa na análise do crime é a intenção 
do agente e não o resultado advindo da conduta criminosa). Dolo e culpa migram da 
culpabilidade para o tipo, através da conduta. E o conteúdo da culpabilidade, assim 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 16 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
esvaziada, passa a ser apenas a censurabilidade, cujos requisitos são a consciência 
potencial da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa. 
 
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por 
si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 O crime também pode ser definido como sendo: 
CRIME= CONDUTA+(NEXO CAUSAL OU RELAÇÃO DE CAUSALIDADE OU 
RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO)+RESULTADO. Sempre que ocorrer a incidência 
de uma SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA INDEPENDENTE o sujeito ativo do crime 
não poderá ser responsabilizado pelo resultado, pois não foi ele o seu causador. Por 
exemplo “A” desferiu um soco em “B” e este foi socorrido ao hospital por uma 
ambulância, a qual por sua vez choca-se contra um poste de iluminação causando a 
morte de todos os ocupantes. Ora, “B” não poderá ser responsabilizado pela morte 
de “A”, pois quando muito causou tão somente nele lesões corporais de natureza 
leve. A SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA INDEPENDENTE consubstanciou-se no 
acidente e a regra é clara nesses casos (O AGENTE “B” SOMENTE PODERÁ SER 
RESPONSABILIADO PELOS ATOS POR ELE PRATICADOS). 
 
 
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o 
resultado. O dever de agir incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 A conduta daqueles que deveria agir e nada fizeram são denominadas de OMISSÃO 
IMPRÓPRIA OU CONDUTAS COMISSIVAS POR OMISSÃO. 
 Lembre-se: ninguém está obrigado a sacrificar sua vida por ninguém, pois ela se 
traduz no maior bem jurídico do seu humano. O homem é um animal racional até 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 17 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
determinado momento, pois o instinto de sobrevivência, em muitos casos, supera a 
razão humana. 
 
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à 
vontade do agente.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
 Importante lembrar que na tentativa o sujeito ativo do crime desiste de praticar a 
ação criminosa contra sua vontade; em verdade ele é impedido de prosseguir em seu 
intento, 
 Não se admite a “tentativa” para crimes culposos e para as contravenções penais. 
 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o 
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.(Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 
• Podemos imaginar que na desistência voluntária o sujeito ativo do crime sofre uma 
espécie de “crise de consciência” e desiste de praticar a ação delituosa, contudo ele 
responderá pelos atos criminosos que porventura tenha praticado até o ato de sua desistência. 
 
Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 18 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou 
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, 
a pena será reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
• Frisamos: só tem validade para delitos perpetrados sem violência ou grave ameaça. 
 
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta 
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
• Normalmente o crime será impossível quanto ao objeto para realizar sua prática (ex.: 
matar alguém com uma pistola de agua de brinquedo) ou quanto ao destinatário da ação 
criminosa (ex.: assassinar um cadáver). 
 
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou 
imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato 
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
• Apenas a guisa de orientação faremos a seguinte distinção entre as figuras de 
NEGLIGÊNCIA – inércia de comportamento; IMPRUDÊNCIA – inobservância de regras 
ou normas técnicas indispensáveis; IMPERÍCIA - falta de aptidão técnica. 
 
Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver 
causado ao menos culposamente. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 19 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
QUESTÕES RESOLVIDAS EM AULA: 
 
1. Ano: 2014. Banca: CESPE. Órgão: Polícia Federal. Prova: Agente de Polícia 
Federal 
No que se refere à aplicação da lei penal o item abaixo apresenta uma situação 
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou a viger a 
lei Y, que, além de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de tais fatos, Lauro 
foi levado a julgamento pelo cometimento do citado delito. Nessa situação, o 
magistrado terá de se fundamentar no instituto da retroatividade em benefício 
do réu para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa que a lei Y. 
( ) CERTO 
( X ) ERRADO 
 
2. Ano: 2013. Banca: CESPE. Órgão: Polícia Federal. Prova: Escrivão da Polícia 
Federal 
Julgue os itens subsequentes, relativos à aplicação da lei penal e seus princípios. 
Suponha que, no curso de determinado inquérito policial, tenha sido editada 
nova lei que, então, deixou de tipificar o fato, objeto da investigação, como 
criminoso. Nesse caso, o inquérito policial deve ser imediatamente encerrado, 
porquanto se opera a extinção da punibilidade do autor. 
( X ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
3. Ano: 2013. Banca: CESPE. Órgão: Polícia Federal. Prova: Escrivão da Polícia 
Federal 
Julgue o item subsequente , relativo à aplicação da lei penal e seus princípios. 
No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a aplicação da lei 
apenas durante o seu período de vigência; a exceção é a extra-atividade da lei 
penal mais benéfica, que comporta duas espécies: a retroatividade e a ultra-
atividade. 
( X ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 20 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRF 
Aulas 01 a 04 
 
4. Ano: 2012. Banca: CESPE. Órgão: Polícia Federal. Prova: Agente da Polícia 
Federal 
Julgue os itens a seguir com base no direito penal. 
Será submetido ao Código Penal brasileiro o agente, brasileiro ou não, que 
cometer, ainda que no estrangeiro, crime contra administração pública, estando 
a seu serviço, ou cometer crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, 
de empresa pública ou de sociedade de economia mista. A circunstância de a 
conduta ser lícita no país onde foi praticada ou de se encontrar extinta a 
punibilidade será irrelevante para a responsabilização penal do agente no 
Brasil. 
( X ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
5. Ano: 2012. Banca: CESPE. Órgão: Polícia Federal. Prova: Agente da Polícia 
Federal 
Julgue os itens a seguir com base no direito penal. 
Conflitos aparentes de normas penais podem ser solucionados com base no 
princípio da consunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando um 
crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de 
outro crime, aplica-se a norma mais abrangente. Por exemplo, no caso de 
cometimento do crime de falsificação de documento para a prática do crime de 
estelionato, sem mais potencialidade lesiva, este absorve aquele. 
( X ) CERTO 
( ) ERRADO 
6. Ano: 2012. Banca: CESPE. Órgão: Polícia Federal. Prova: Agente da Polícia 
Federal 
Julgue os itens a seguir com base no direito penal. 
 
O fato de determinada conduta ser considerada crime somente se estiver como tal 
expressamente prevista em lei não impede, em decorrência do princípio da 
anterioridade, que sejam sancionadas condutas praticadas antes da vigência de norma 
excepcional ou temporária que as caracterize como crime. 
 
( ) CERTO 
( X ) ERRADO 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2012-policia-federal-agente-da-policia-federal
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2012-policia-federal-agente-da-policia-federal
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. www.aprovaconcursos.com.br Página 21 
de 21 
 
 
Prof. Norberto Florindo Jr. 
 Direito Penal - PRFAulas 01 a 04 
7. Ano: 2004. Banca: CESPE. Órgão: Polícia Federal. Prova: Delegado de Polícia 
Laura, funcionária pública a serviço do Brasil na Inglaterra, cometeu, naquele país, 
crime de peculato. Nessa situação, o crime praticado por Laura ficará sujeito à lei 
brasileira, em face do princípio da extraterritorialidade. 
 
( X ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2004-policia-federal-delegado-de-policia-nacional

Outros materiais