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Climatologia e Meteorologia

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CLIMATOLOGIA E METEOROLOGIA
CAPÍTULO 1 - QUAL A DIFERENÇA ENTRE TEMPO,
CLIMA, ELEMENTOS E FATORES CLIMÁTICOS?
Debora Rodrigues Barbosa
INICIAR
Introdução
Neste capítulo vamos tratar das relações entre tempo (Meteorologia) e clima (Climatologia), buscando o
entendimento dos conceitos e das principais variáveis que influenciam a interpretação atmosférica. Para
isso, algumas questões são fundamentais, como: qual a relação entre os principais movimentos da Terra
(Rotação e Translação) e suas influências na distribuição climática? Qual a influência desses movimentos
no que se refere à diferenciação dos Hemisférios Norte e Sul?
Você sabia que as relações entre o clima e a sobrevivência dos seres vivos é estudada desde Antiguidade
Clássica? Atualmente, existe um ramo científico que se dedica a estes estudos, a chamada
Bioclimatologia. Vamos identificar os atributos climáticos que influenciam o conforto ambiental e a
qualidade de vida dos vegetais e animais e, dentro dessa trajetória, o homem e suas atividades. Para isso,
é importante traçar um histórico desse movimento científico e de seus principais estudos.
Mas você sabe o que são atributos climáticos? Eles podem ser distribuídos em elementos meteorológicos
e fatores climáticos. Os primeiros são distribuídos em precipitação, temperatura e pressão atmosférica e o
segundo, em relevo, cobertura vegetal e altitude. Estes conceitos serão tratados inicialmente de forma
conceitual, para que possamos entender suas aplicações e variações. Faremos isso nos próximos tópicos.
Bons estudos!
1.1 Conhecimentos climatológicos e
meteorológicos
De acordo com Barry e Chorley (2012), a camada atmosférica é muito importante para a vida terrestre e
envolve a Terra em uma espessura que corresponde a apenas 1% do raio do planeta. As relações entre os
estudos de clima e tempo são realizadas por meio da interpretação de atributos comuns, como
precipitação, temperatura e ventos. Há pelo menos 400 milhões de anos, quando uma considerável
cobertura vegetal já́ havia se desenvolvido sobre o solo, a atmosfera está em constante mudança, não só
no que se refere à sua densidade como também quanto à sua composição. 
Nessa unidade, trataremos da diferenciação conceitual entre clima, tempo, Meteorologia e Climatologia,
bem como buscaremos fazer uma análise das possibilidades de variáveis climáticas no planeta Terra.
1.1.1 Clima e tempo 
A atmosfera é formada por um conjunto de gases que fica sempre em contínuo movimento. Essa
vicissitude induz alterações nas condições meteorológicas e climáticas de um determinado local ou
região. 
Para compreender o conceito de clima e tempo olhe para o céu. Observe as nuvens, as condições do vento
e até mesmo a temperatura local. Se você fizer essa mesma observação no dia seguinte, poderá perceber
alterações. O que você está observando seria o tempo ou o clima? Primeiro, observe a figura a seguir. 
Agora, para conhecer a resposta para esta questão, clique nas abas a seguir. 
Figura 1 - A figura demonstra as características abordadas quando se trata do tempo presente, ou seja, de um dia. Fonte: tulpahn,
Shutterstock, 2018.
Tempo
Considerando movimentação constante na atmosfera, Ayoade (2003) afirma que
Tempo é um conjunto de valores que, num dado momento e num certo lugar,
caracteriza o estado atmosférico, como vemos na figura anterior. 
Clima
Por sua vez, o Clima é uma continuidade de tempos na superfície terrestre, no
período mínimo de trinta anos. Essa é uma maneira simplificada de diferenciar os
dois termos. Atualmente, incorporou-se ao clima o caráter da sucessão de tempos, e
não apenas a média do tempo. Essa abordagem insere no conceito de clima a ideia
da continuidade dos estudos sobre o tempo e as possibilidades de flutuação do
mesmo.
O tempo é uma combinação curta e momentânea dos elementos que formam o clima, ou seja, é um
estado particular e efêmero da atmosfera. O clima é a generalização ou a integração das condições do
tempo, ou seja, a sequência cronológica com, pelo menos, 30 anos de dados (AYOADE, 2003). 
CASO
Suponhamos que uma pessoa que sai de casa para ir ao trabalho pela manhã num dia de sol, quente, com roupas adequadas
àquela determinada condição, se depare com uma tarde chuvosa. Essa pessoa poderia ter evitado passar por essa situação?
Ela poderia ter evitado o contratempo da chuva caso tivesse visto a previsão do tempo pois, ao longo do dia, essa condição
atmosférica pode sofrer alterações e o sol pode manifestar-se em sua plenitude, esquentando a superfície terrestre que, por
sua vez, aquece a massa de ar no entorno. Dessa forma, aquela roupa escolhida pela manhã transforma-se numa opção
lamentável durante a tarde. Isso porque houve mudanças no tempo ao longo do dia. Ao mesmo tempo, se essa pessoa está
estudando o clima de uma determinada região, caso ela olhe a previsão do tempo, ela irá obter as informações necessárias
para isso? Neste caso, olhar a previsão do tempo presente não traria as informações necessárias, pois para que o estudo seja
contemplado, deveriam ser analisados os dados da previsão do tempo ao longo de no mínimo 30 anos, para que assim fosse
traçado um perfil climático adequado. 
Por isso, muitas vezes consultamos as condições do tempo por meio da previsão meteorológica. Hoje, há
vários portais eletrônicos com essa proposta, portanto, tomemos como exemplo, o Climatempo. 
Na imagem abaixo você pode observar que a consulta foi realizada no dia 14 de outubro de 2018, por volta
das 16h, para a capital de Pernambuco, Recife. A previsão para o dia seguinte indica que a temperatura
provavelmente variaria entre 21ºC e 29ºC e que o sol apareceria com algumas nuvens. Poderia haver uma
chuva rápida durante o dia e à noite.
Figura 2 - Exemplo de previsão do tempo para Recife com relação a temperatura, sol, precipitação e vento. Fonte: CLIMATEMPO, 2018.
Observe que, nas primeiras horas da manhã, a velocidade do vento vai variar, com mais alterações
durante a manhã. Por sua vez, a umidade relativa do ar seria maior durante a manhã, quando a
possibilidade de chuva aumentaria.
O que estamos avaliando, portanto, são as mudanças das condições atmosféricas associadas ao Tempo. 
VOCÊ SABIA?
Os sites de previsão meteorológica podem nos oferecer dados bastante detalhados para o futuro como velocidade dos ventos,
umidade, temperatura e pressão atmosférica. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos , por exemplo, apresenta a
previsão não somente para o dia seguinte, como também para os próximos 14 dias. Conheça o site em
<http://tempo1.cptec.inpe.br/ (http://tempo1.cptec.inpe.br/)>.
O Clima é um estado mediano dos elementos presentes na atmosfera e deve ser considerando a partir de
um período relativamente longo (ESTÊVES, 2016). Fazendo a análise da temperatura e precipitação de
uma cidade durante trinta anos, teremos outros perspectiva sobre como a atmosfera se comporta nas
diferentes estações do ano, por exemplo.
Na Alemanha, localizada no Hemisfério Norte do Planeta Terra, é comum haver neve durante os meses de
novembro, dezembro e janeiro. A análise das condições climáticas locais é realizada no local desde o
século XIX, quando houve a sistematização das ciências do ar.
Outro exemplo pode ser observado por meio da avaliação da sucessão habitual dos tipos de tempo de
Salvador, capital da Bahia, durante 30 anos, pode-se constatar a evolução da média térmica ao longo do
ano, como você pode observar no gráfico a seguir. Verifique também que a menor temperatura não é em
julho, mas sim em agosto. Já as maiores temperaturas acontecem em março, já bem perto do Outono.
http://tempo1.cptec.inpe.br/
Veja outro exemplo da evolução da evolução da Umidade Relativa do Ar, em São Gabriel da Cachoeira e
observe que os índices são maiores entre os meses de maio a agosto.
Por sua vez, na Região Amazônica muitas cidades amanhecem com um sol esplendoroso e entre as 12h e
14h a temperatura alcança o seu ápice. Mas, no final do dia, é comum a precipitação de chuvas intensas
que fatigam o solo e deixam asruas com uma considerável camada de água. Em cidades como Belém (PA)
e Manaus (AM) é melhor estar preparado para as chuvas da tarde, que são diárias.
1.1.2 Climatologia vs. Meteorologia
Agora que compreendemos as diferenças primordiais entre clima e tempo podemos nos debruçar sobre
as ciências conhecidas como Climatologia e Meteorologia. De acordo com Torres e Machado “TEMPO é o
estado momentâneo da atmosfera em determinado lugar, e o CLIMA pode ser definido como sucessão
habitual dos tipos de tempo num determinado local das superfícies” (2008, p. 349). 
Meteorologistas e climatologistas podem analisar os menos fenômenos atmosféricos utilizando os
mesmos instrumentos, como pluviômetros e termômetros, mas procedem com interpretações diferentes.
É o que veremos no quadro a seguir. 
Figura 3 - Evolução da Temperatura em Salvador considerando a média entre os anos de 1981 e 2010 (Normais Climatológicas). Fonte:
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET, 2018).
Quadro 1 - Diferença entre Meteorologia e Climatologia: o tempo é pesquisado pela Meteorologia e o Clima pela Climatologia. Fonte:
Até o início do século XXI, a concepção de clima era associada apenas ao conjunto de fenômenos
meteorológicos que caracterizam o estado médio da atmosfera. Atualmente, houve o resgate dos
trabalhos de Sorre (1951, apud ALMEIDA, 2016, p. 57), que recomendou a reformulação do conceito de
clima como sendo “a série dos estados atmosféricos acima de um lugar em sua sessão habitual”. Observe
que, dessa maneira, foi agregada a noção de ritmo à climatologia, dando origem a uma nova
interpretação, cuja base está no dinamismo da atuação dos sistemas da atmosfera e dos tipos de tempos
observados.
A Meteorologia trabalha com muitas variáveis atmosféricas, o que complexas suas interpretações. Por
isso, os especialistas dividem o seu campo de estudo em três áreas principais que podem ser observadas
na figura a seguir.
Identificar os diferentes ramos da Meteorologia é uma tarefa complicada. Para conhecer mais sobre o
tema, clique nas abas a seguir. 
Elaborado pela autora, adaptado de CISE, 2018.
Figura 4 - As diferenças primordiais entre a Meteorologia Física, Meteorologia Sinótica e Meteorologia Dinâmica. Fonte: UFPR, 2018.
Se considerarmos o critério da região de estudo, é possível dividir a Meteorologia em Tropical,
Temperada, Regional, de Mesoescala e até mesmo a Micrometeorologia. 
Região de estudo
Aplicação da Meteorologia
Dividir e classificar a Climatologia também é uma tarefa que necessita de maiores reflexões, exatamente
porque esse ramo é bastante amplo. No entanto, de forma geral, os especialistas costumam separá-lo de
acordo com a escala de estudo, nesse caso teríamos a Macroclimatologia, Mesoclimatologia e
Microclimatologia.
1.1.3 Variáveis climáticas
Dentre os elementos observados, ou seja, as grandezas meteorológicas que variam no tempo e no espaço
e se referem ao meio atmosférico, estão a umidade, a pressão atmosférica, a radiação solar, as
precipitações, nebulosidade, ventos e temperatura. E que atributos e controles podem fazer alterar os
elementos climáticos? Nesse caso, estamos falando de alguns fatores principais, como o relevo, as
latitudes e altitudes, cobertura vegetal, maritimidade e continentalidade, dentre outros.
Para incorporar o conhecimento dos condicionantes da atmosfera, o portal do Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET), órgão sediado em Brasília, trabalha com inúmeras variáveis comportamentais,
sendo as mais conhecidas:
Temperatura (ºC)
            - Média Compensada
            - Máxima
            - Mínima
Pressão Atmosférica (hPa)
Insolação (total de horas)
Evaporação (mm)
Nebulosidade (décimos)
            - 12 UTC
            - 18 UTC
            - 24 UTC
UTC é a sigla para Universal Time Coordenated ou Tempo Universal Coordenado. A expressão se refere ao
fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas as outras zonas horárias do mundo. O UTC
também é chamado de Horário Zulu, sobretudo na aviação Civil.
Umidade Relativa (%)
            - 12 UTC
            - 18 UTC
Por outro lado, se pensarmos na aplicação oferecida pelos estudos dessa importante ciência,
poderemos dividi-la em Meteorologia Aeronáutica, da Marinha, Ambiental, Agrometeorologia,
Hidrometeorologia e Biometeorologia.
            - 24 UTC
Precipitação (mm)
            - Acumulada
            - Número de Dias com Precipitação
Os conceitos e aplicações de cada um desses elementos climáticos são fundamentais para a Meteorologia
e a Climatologia. 
1.2 Clima e Saúde
Atualmente, as relações entre a Saúde Pública e o meio ambiente são importantes para o estudo da
qualidade de vida. As partículas presentes no ar na forma de poluição, por exemplo, podem comprometer
a saúde humana, sobretudo em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Da mesma maneira,
variações térmicas em pequenos períodos de tempo podem contribuir para o desenvolvimento de
doenças, como gripes e resfriados (figura abaixo).
Além disso, também é importante considerar as relações entre clima, saneamento e saúde pública, pois as
chuvas torrenciais podem potencializar os malefícios da falta de saneamento básico. 
Assista ao vídeo a seguir e aprenda mais sobre fatores  que influenciam no aumento da incidência de
doenças de veiculação hídrica e sua relação com o clima.
Figura 5 - A figura retrata uma mulher utilizando uma máscara em virtude da poluição do ar na cidade, causa de grandes problemas
respiratórios, principalmente durante o inverno. Fonte: BLACKDAY, Shutterstock, 2018.
Nesse capítulo abordaremos o histórico dos estudos da Saúde Ambiental e da Geografia Médica, com uma
análise das possíveis alterações da saúde dos seres vivos em decorrência das flutuações climáticas
resultantes do aquecimento global.
1.2.1 Comportamento climático e implicações na saúde dos organismos
A saúde e bem-estar dos seres humanos estão diretamente associados à sua alimentação, suas condições
genéticas e ao meio ambiente. O homem depende da capacidade do seu organismo de se adaptar
termicamente às alterações da atmosfera, por exemplo. O estudo dessas relações evoca uma articulação
entre condições objetivamente definidas (os clássicos levantamentos estáticos de ordem
socioeconômicas e sanitárias), e o universo de representações subjetivas, dentre as quais destaca-se a
insatisfação dos diferentes segmentos da sociedade em relação aos serviços de infraestrutura ou
qualidade atmosférica, por exemplo (MOURA et al, 1998). A Geografia Médica é a área da ciência
geográfica que trabalha com esse viés. 
A investigação dos males relacionados à saúde e da distribuição dos homens no espaço não é novidade
para os geógrafos. Seus estudos fazem a relação entre os problemas ambientais e suas repercussões na
Saúde Pública analisando as variações geográficas na distribuição das doenças e na provisão de cuidados
de saúde. Embora ainda não seja possível fazer inferências diretas dessa relação, o conhecimento da
variação espacial e temporal da prevalência das doenças junto a situações ambientais específicas é
importante para o planejamento de ações de preventivas e de controle das mesmas.
Você sabia que já na Antiguidade Clássica eram realizados estudos que relacionavam saúde e meio
ambiente? A obra de Hipócrates, no século V a.C., "Dos ares, dos mares e dos lugares" talvez tenha sido a
primeira obra a tratar do assunto. Na sociedade grega, a medicina começou a emergir e a relação entre a
saúde e a qualidade de vida é claramente abordada por Hipócrates na sua obra:
Sempre que desejamos investigar a medicina propriamente devemos proceder da seguinte
maneira: em primeiro lugar, consideremos as estações do ano, e que efeitos cada uma delas
produz. Quando os ventos são frios [ou] quentes, especialmente os que são comuns a todas
as terras e as que são peculiares em cada localidade... Outro aspecto se refere à água usada
pelos habitantes...o modo como vivem e o que possuem... (HIPÓCRATES Apud JONES; MOON,
1987, p. 9, tradução nossa).
A medicinaromana aceitou os preceitos gregos sobre intervenção e prevenção médica no ambiente físico
e social necessários para a saúde. Com o colapso do império romano no quinto século de nossa era, toda
essa sabedoria foi praticamente perdida. 
Para conhecer mais sobre essa importante parte da história da humanidade, clique nas setas abaixo. 
Para os cristãos, durante a Idade Média, a medicina constituía-se
em heresia (práticas negada pelas doutrinas estabelecidas da
época, no caso as cristãs) e as doenças eram explicadas como
Em 1842, segundo Jones e Moon (1987), a obra The Sanitary Conditions of the Labouring Population of Great
Britain, de Chadwick, apontou que as doenças causavam pobreza, e não ao contrário. Isso assustava os
capitalistas, que precisavam de trabalhadores saudáveis para explorar por meio das novas máquinas e
tecnologias.
Cristãos
Renascimento
O médico e o cosmógrafo
Século XVIII e XIX
causas sobrenaturais, como punições que Deus dava aos povos por
seus pecados. Os socorros médicos eram realizados por padres, por
meio de orações, e por mulheres, com suas ervas (BARBOSA, 2002).
No Renascimento, houve uma revolução do pensamento medieval.
As explicações teológicas sobre a natureza das coisas já não mais
satisfaziam os pensadores. A publicação de livros sobre anatomia,
mesmo desencorajados pela Igreja e pela Inquisição, já era um
significativo avanço. 
De acordo com Barbosa (2002), nesse período, Paracelso (1493 –
1541), notório pesquisador suíço, afirmava que o médico deveria
portar-se como um cosmógrafo (especialista/estudioso em
astronomia descritiva), não para identificar apenas hábitos dos
habitantes da terra, como vestimenta ou alimentação, mas para
descobrir a origem das doenças.
No final do século XVIII e início do XIX, a Revolução Industrial
impulsionou uma nova virada na história da medicina. Na
Inglaterra, a industrialização e a urbanização aceleradas resultaram
em uma deterioração do meio ambiente físico. Isso ocorreu em
diversos outros países, como por exemplo os Estados Unidos
(figura abaixo). 
A partir da década de 1970, iniciou-se uma segunda fase, quando os geógrafos e especialistas não se
referiam mais somente às doenças infecciosas em ambientes tropicais, mas também às enfermidades que
afetam e difundem-se nas zonas temperadas. As doenças crônicas converteram-se no objeto principal,
sobretudo as neoplasias (câncer). Modificou-se a escala de análise, que de uma visão mundial passou
para uma escala urbana.
Motoristas de caminhões e ônibus, por exemplo, convivem diariamente com o barulho do trânsito e de
obras públicas e são obrigados a tolerar sons muito acima das Normas Regulatórias do Ministério do
Trabalho. No quadro a seguir, você pode observar a norma, quanto aos limites de tolerância para o
barulho.
A seguir, veja o quadro que apresenta as Normas Regulatórias do Ministério do Trabalho quanto aos
limites de tolerância para o barulho.
Figura 6 - A pintura em aquarela acima, feita por Joseph Pennell, retrata a Bethlehem Steel Works, companhia siderúrgica dos Estados
Unidos, em maio de 1881. É possível ver as alterações no meio físico e a poluição do ar. Fonte: Everett Historical, Shutterstock, 2018.
Considerando essas condições do ambiente urbano, é notório que elas podem contribuir para a
prevalência de doenças como estresse, problemas do trato respiratório e até mesmo distúrbios psíquicos.
Hoje em dia, as implicações na saúde associadas ao comportamento climático desenvolvem-se em vários
campos de análise, como adaptabilidade do meio, espaços interiores e microescalas, envolvendo um
leque de novos fatores como ruído, contaminação, acidentes de tráfego, intoxicação, etc. 
Já no caso dos estudos sobre as desigualdades entre países ricos e pobres e os desequilíbrios internos
cada vez maiores dos países ocidentais exigem um conhecimento das condições de vida e níveis de bem-
estar dos povos. Por isso, os indicadores sanitários convertem-se em dados que contribuem para o
entendimento da realidade socioeconômica do planeta.
O que se observa é que, ao longo da História, a Bioclimatologia trabalhou sistematicamente a relação
entre Saúde e Meio ambiente a partir das patogenias geradas pela falta de saneamento básico. Mas os
efeitos na saúde do homem pela ação dos atributos climáticos podem ser muito mais extensivos. Observe
o quadro, a seguir, produzido por Sorre (1984 apud SETTE; RIBEIRO, 2011) que relaciona os elementos e
fatores climáticos e seus efeitos na saúde humana.
Quadro 2 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente. Fonte: BRASIL, 1978.
Os arquitetos, geógrafos e médicos reconhecem a necessidade de manter o conforto térmico, por
exemplo. De acordo com Sette e Ribeiro (2011), o bem-estar humano depende do conforto térmico devido
à relação entre temperatura e umidade, vento e pressão atmosférica e iluminação.
O professor Richard de Dear, da Universidade de Sydney, na Austrália, é considerado um grande especialista em conforto térmico
residencial e tem oferecido contribuições importantes para o planejamento arquitetônico de edificações urbanas por meio do uso
adequado de posicionamento do sol ao longo do dia, ventos e iluminação (LABEEE, 2018).
Você sabe o que é temperatura fisiológica? Clique nos itens a seguir e conheça mais sobre ela.
De acordo com Ayoade (2003), é a temperatura experimentada pelo homem. Ela depende
da temperatura do ar, bem como da taxa de perda de calor proveniente do organismo.
Quadro 3 - Efeitos da ação dos atributos climáticos na saúde humana. Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de SORRE, 1984 apud
SETTE; RIBEIRO, 2011, p. 45.
VOCÊ O CONHECE?
Essa temperatura pode variar com os indivíduos (seu tamanho, peso), além do tipo de
vestuário que estiver usando, de atividades físicas, dieta, estado de saúde, idade, sexo,
estado emocional e do seu grau de ajustamento às condições climáticas predominantes.
Mesmo que a temperatura não varie ao longo de algumas horas, a mudança de vestimenta podem alterar
a sua temperatura fisiológica, não é mesmo? Uma corrida no parque no início da manhã, por exemplo,
pode aumentar a sua temperatura, fazer você suar e achar que faz muito calor. Da mesma forma, muitas
pessoas sentem calor quando estressadas ou pressionadas por alguma necessidade laboral, por exemplo.
Os indivíduos que moram na faixa intertropical, como quase todos os brasileiros, mesmo acostumados
com o forte calor do verão, sentem-se mais fatigados nessa estação em decorrência da alta umidade do ar.
Como explica Ayoade (2003), quando o ar é úmido, a evaporação do suor a partir do corpo é limitada e
surge a sensação de fadiga.
O estudo dos climas (fato natural), do clima urbano (fato social) e da saúde (fato biológico) precisa
desenvolver mais fundamentos teóricos e práticas no sentido de promover uma visão ampla e complexa
do processo (SETTE; RIBEIRO, 2011). Os estudos de Miranda, Dorado e Assunção (1995), por exemplo,
indicam o evidente acréscimo da ocorrência dos agravos e de doenças respiratórias agudas e crônicas ao
longo dos meses de inverno em São Paulo. Isto se deve, principalmente, ao período seco característico
dos meses de inverno, que mantém o ar seco e frio (mais denso) próximo à superfície, ocasionando um
acúmulo de poluição e, consequentemente, agravando as doenças respiratórias. 
Barbosa (2002) desenvolveu um estudo visando investigar as relações entre as flutuações climáticas e
suas consequências na Saúde Pública no subúrbio carioca. Concluiu que o aumento urbano-industrial,
bem como as condições ambientais da área central da Zona Oeste continental, tangenciada pelos Maciços
da Pedra Branca, Gericinó e Mendanha atrapalham a circulação dos ventos. Os poluentes gerados por
veículos malconservados, somados à poluição oriunda tanto da atividade industrial como da atividade
das pedreiras não são dispersados de maneira eficiente, concentrando-se na baixa atmosfera e causando
impactos na saúde pública que podem ser observadas nas estatísticas quanto a incidência de doenças
respiratóriasna região. 
As condições climáticas extremas também podem influenciar os índices de saúde pública. Vormittag
(2011) aponta que, em 2000, a ocorrência de malária foi 5 vezes maior em Moçambique, na África, e
relaciona o fato com a passagem de 3 ciclones tropicais que causaram inundações no país. É bom lembrar
que as inundações contribuem intensamente para contaminar as fontes de água, potencializando a
proliferação de vetores que culminam em doenças como hepatite A, leptospirose e diarreia.
VOCÊ SABIA?
Há doenças que são muito mais recorrentes em algumas estações pré-definidas. No inverno, as doenças como resfriados e
gripes são recorrentes. É por isso, que as campanhas de vacinação para evitar a gripe acontecem em maio, no Brasil, antes do
inverno. É bom lembrar que há doenças que podem se desenvolver mais velozmente, como asma, rinite, otite, sinusite e
pneumonia, exatamente porque este período favorece a circulação de vírus e bactérias.
O desenvolvimento da sociedade é um fato real e necessário para o homem como ser social, ou seja,
aquele que vive em grupos/sociedades e experimenta diversos tipos de relações. No entanto, as
alterações precisam ser monitoradas e adequadas às limitações do meio ambiente. Com as flutuações
climáticas resultantes do aquecimento global, a saúde dos seres vivos, em geral, precisa ser observada
com mais cuidado. Saldiva (2011) aponta que o aquecimento global e o aumento da poluição atmosférica
recorrente representam um grande desafio à saúde e à qualidade de vida dos seres humanos:
O aumento da mortalidade pela exposição constante aos poluentes, a antecipada escassez
de água em áreas carentes [...], a escassez de alimentos decorrentes da desertificação do
solo, o aumento das doenças infecciosas que possuem insetos como vetores (dengue e
malária, por exemplo), a maior frequência de desastres naturais como inundações e ventos
intensos, variações extremas de temperatura [...] e seus efeitos adversos à saúde, a
deterioração da qualidade das águas pela salinização dos aquíferos, a formação de correntes
migratórias no Brasil e na América do Sul a partir das regiões mais afetadas, são alguns dos
cenários previstos para os próximos anos, caso medidas efetivas de controle das emissões
não sejam implementadas (p. 2).
Enfim, as evidências disponíveis nos demonstram que as flutuações do clima resultantes do aumento da
concentração de gases de efeito estufa na baixa atmosfera são o maior problema ambiental da
atualidade. 
O professor Dr. Francisco Mendonça, docente da Universidade Federal do Paraná, é uma referência na pesquisa brasileira sobre o
clima e suas relações com a criminalidade e a violência urbana. Nos últimos anos, o professor tem elaborado análises que
correlacionam a temperatura do ar e a ocorrência de criminalidade urbana no Brasil (UFP, 2017).
É bom saber que o aquecimento global ameaça a saúde da população humana como um todo, mas é
particularmente cruel em países menos desenvolvidos (HAINES et al., 2011). A pobreza e a degradação
ambiental podem causar o aumento da vulnerabilidade a fenômenos climáticos catastróficos como
inundações, secas e furacões. Segundo Vormittag (2011), o impacto em países pobres pode ser de 20 a 30
vezes maior do que em países industrializados.
VOCÊ O CONHECE?
1.3 Tempo e Clima
Já aprendemos nesse capítulo que os termos tempo e clima discutem as condições atmosféricas. No
entanto, muitos dos fenômenos físicos e químicos na atmosfera têm relação direta com as sazonalidades
das estações do ano e da própria organização das camadas de ar presentes do planeta. 
Com relação às estações do ano, como nos diz Salgado-Labouriau (1994, apud TORRES; MACHADO, 2012,
p. 19), "a inclinação do eixo de rotação permanece fixa enquanto o planeta percorre a sua órbita ao redor
do sol. A inclinação faz ora um hemisfério, ora outro, receberem mais energia solar, o que resulta no ciclo
das estações do ano". 
Vamos analisar esta questão a seguir.
1.3.1 Estações do ano e movimentos da Terra
Ao longo do seu percurso diário e anual, a Terra desenvolve diferentes movimentos. Os que exercem
influência mais direta sobre as condições atmosféricas são a Rotação e a Translação. Clique nas abas a
seguir e conheça mais sobre eles. 
Na verdade, o maior motivo para as estações do ano é a inclinação do eixo da Terra, que faz com que os
raios solares fiquem perpendiculares em um hemisfério (sol mais incidente) e inclinados no outro
hemisfério (sol menos incidente), conforme podemos observar na figura abaixo. 
Rotação
O movimento de rotação é aquele no qual a Terra gira em torno de si mesma e resulta na alternância
do dia e da noite para todos os continentes, completando-se em, aproximadamente, 24h. A face do
planeta voltada para o sol é onde se dá o dia. Conforme há o processo de rotação, essa fronte
desloca-se e outra parte da Terra recebe luz.
Translação
O Movimento de Translação é aquele que a Terra faz em volta do Sol e que, aliado à inclinação do
i lt di t ib i ã d t õ d A T i t t j tó i
Clique nas abas
Quando o planeta terra está na posição A, o hemisfério mais iluminado é o Norte, então tem-se o verão
nessa região. Por outro lado, observe o hemisfério Sul, que se encontra com raios solares menos intensos,
isso caracteriza o inverno. Quando o planeta está na posição B, a situação inverte-se.
O sentido do movimento de translação é Norte → Sul e a declinação solar varia de 23 º27’ N (no Trópico e
Câncer) a 23º27’ S (No Tropico de Capricórnio). Quando os raios incidentes do sol alcançam a latitude
23º27’N, então ocorre o Solstício de verão no Hemisfério Norte. E o que acontece no Hemisfério Sul?
Exatamente ao contrário, os raios solares alcançam o máximo de inclinação, por isso também há solstício,
mas, nesse caso, de inverno.
Veja na figura (em A) que o solstício de verão ocorre em junho no Hemisfério Norte. Nesse momento, o
hemisfério Sul está passando pelo solstício de inverno. Por outro lado, em dezembro, quando a Terra está
na posição B, o solstício de verão ocorre no Hemisfério Sul e o solstício de inverno acontece no Hemisfério
Norte.
E o que seriam os Equinócios, também presentes na figura? De acordo com Almeida (2016), nesse
deslocamento aparente do Sol, quando a estrela atinge o ponto médio de movimentação, ocorrem os
equinócios. O que isso quer dizer? Que ambos os hemisférios se posicionam igualmente em relação ao Sol
Figura 7 - Solstícios e equinócios: o primeiro marca o verão e inverno e o segundo marca a primavera e o outono. Fonte: Elaborado
pela autora, adaptado de XAVIER; VINENTE, 2018.
e, por isso, recebem a mesma quantidade de luz; por isso o dia e a noite têm a mesma duração. Se um
hemisfério estiver passando pelo equinócio de primavera, o outro estará no equinócio de outono e vice-
versa.
Portanto, solstícios e equinócios não acontecem durante toda a duração da estação, mas no seu início, e
têm data muito bem definida. Quando afirmamos que em determinada data começa o verão em
determinado hemisfério, estamos dizendo que nessa data ocorre o solstício de verão. Na figura, o solstício
de verão no Hemisfério Sul, por exemplo, ocorre na posição B em 22 ou 23 de setembro (dependendo de
tratar-se de um ano bissexto ou não).
Como nos diz Varejão-Silva (2016), na verdade os solstícios e os equinócios são episódios que
estabelecem o início das estações do ano. Devido à inclinação do eixo da Terra ser praticamente
constante, a área iluminada pelo Sol em cada Hemisfério varia ao longo do ano.
1.3.2 Composição da atmosfera
A atmosfera é constituída por um conjunto de gases e é considerada inodora, incolor e insípida (ESTÊVES,
2016). Então, como analisar um objeto de estudo que não tem gosto, cheiro ou cor? Bem, a ciência
busca analisá-la considerando os seus aspectos químicos e físicos, uma vez que essa camada da Terra é
extremamente importante para os fenômenos meteorológicos. Destaca-se que, embora os gases sejam
maioria, também é possível observar os elementos químicos nas formas sólida e líquida na atmosfera.
A atmosfera é constituída,predominantemente, por Nitrogênio (N2) e Oxigênio (O2), que se tornam
rarefeitos e desaparecem com a altitude. Gases como Vapor de água (H2O), Dióxido de Carbono (CO2),
Metano (CH4), Óxido de Nitrogênio (N2O), Ozônio (O3), Clorofluorcarbonetos (CFC) e Gases Raros fazem
parte do grupo dos outros gases que compõem a atmosfera.
A revista Química Nova Escola tem um texto muito interessante, intitulado A evolução da composição da atmosfera terrestre e das
formas de vida que habitam a Terra, de Eduardo Galembeck e Caetano Costa (2016). O artigo explica o processo de formação da
atmosfera da Terra, cujas transformações permitiram a existência da vida no planeta. Confira no endereço:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_4/06-EA-57-15.pdf (http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_4/06-EA-57-15.pdf)>.
O Nitrogênio (N2) é predominante na composição atmosférica e, paradoxalmente, esse gás tem um
desempenho pouco importante, em termos físico-químicos. De acordo com Almeida (2016), nos primeiros
quilômetros da camada (partindo da Terra em direção ao espaço), o gás atua como reservatório de calor
sensível e participa do transporte de massa (peso relativo) e serve, evidentemente, para compor as
propriedades físicas do ar. Por outro lado, na alta atmosfera, o nitrogênio tem a capacidade de absorver a
porção ultravioleta dos raios solares, contribuindo para a proteção dos seres vivos no planeta.
Por sua vez, o oxigênio é fundamental para a sobrevivência dos seres vivos, sobretudo animais, que
dependem de sua inalação e posterior transformação em gás carbônico durante a respiração. Na alta
atmosfera, as moléculas de oxigênio podem se combinar gerando ozônio, composto químico muito
VOCÊ QUER LER?
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_4/06-EA-57-15.pdf
importante no bloqueio dos raios ultravioletas.
A discussão sobre a degradação da camada de ozônio tem se destacado no cenário acadêmico nas últimas décadas. Você sabe como
ela é formada e quais elementos podem contribuem para a sua destruição? Existe um vídeo muito interessante do Ministério da
Educação que discute os processos de formação da camada de ozônio, sua localização na atmosfera e o processo de degradação que
ela está sofrendo (MEC, 2018). Assista ao vídeo:
<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2058/open/file/10_buraco_na_camada_de_ozonio.html?
sequence=9&eventSource=2
(http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2058/open/file/10_buraco_na_camada_de_ozonio.html?
sequence=9&eventSource=2)>.
Um componente atmosférico que tem alta variação é o vapor d’água, mesmo tendo baixa proporção em
relação aos outros gases atmosféricos. Ele está presente no sistema nas formas líquida, gasosa e sólida.
De acordo com Varejão-Silva (2016), o vapor d´água age ativamente nos processos de absorção e emissão
de calor sensível pela atmosfera e atua na transferência de calor latente de evaporação de uma região
para outra.
Outro composto químico de pequena proporção e grande importância para a manutenção do equilíbrio
térmico do planeta é o gás carbônico, cuja concentração tem se elevado, sobremaneira nas últimas
décadas, intensificando um fenômeno natural conhecido como Efeito Estufa. Também é importante citar
o gás metano, que tem poder de aquecimento muito maior que o CO2, e é um dos grandes causadores do
efeito estufa.
Ainda considerando os aspectos climáticos, é importante destacar o intercâmbio contínuo de dióxido de
carbono entre os seres vivos (por meio da fotossíntese e da respiração), a atmosfera, a hidrosfera e os
materiais da crosta terrestre (combustão e oxidação).
1.3.3 Estrutura da atmosfera
A concentração dos gases e as características físicas da atmosfera podem variar conforme aumenta a
altitude. Embora haja diferentes formas de organização da atmosfera, é norma científica dividir a
atmosfera em camadas concêntricas, tal como você pode observar na figura a seguir. Observe a variação
de cores indicativas de temperatura que vão desde o azul (frio) até o vermelho (quente). 
VOCÊ QUER VER?
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/2058/open/file/10_buraco_na_camada_de_ozonio.html?sequence=9&eventSource=2
Para conhecer mais sobre as camadas da atmosfera, clique nas abas a seguir.
Figura 8 - Camadas da atmosfera: Exosfera, Termosfera, Mesosfera, Estratosfera e Troposfera, com suas respectivas temperaturas
predominantes. Fonte: Designua, Shutterstock, 2018.
Troposfera
A primeira camada é a Troposfera, esta é a camada mais próxima
da superfície terrestre, na qual ocorrem a maior parte dos
fenômenos atmosféricos com os quais o homem convive, como
furacões, precipitações, ventanias, aquecimento global, ondas de
calor e tornados. Nessa camada, estão concentrados quase
totalmente o vapor d’água e os aerossóis (partículas sólidas ou
líquidas em suspensão em um meio gasoso da atmosfera), bem
como cerca de 75% do total dos gases da atmosfera.
Observe na figura anterior que a temperatura sofre uma redução de
temperatura conforme a altitude aumenta. Essa redução se dá a
uma taxa média de 0,6ºC a cada 100 metros (SOARES; BATISTA,
2004). Verifique que no topo da Troposfera, onde fica a Tropopausa,
alcança zonas de temperaturas perto de 0ºC. Lembre-se de que a
temperatura média na superfície da Terra é de aproximadamente
25ºC.
Como nos diz Estêves (2016), a tropopausa marca o limite da
troposfera e pode estar entre 8km e 16km de altitude nos polos e
na Linha do Equador, respectivamente. Lembre-se que próximo
dos polos, a atmosfera é mais fria e densa, por isso, é natural o seu
peso e achatamento.
A Termosfera, também chamada de Ionosfera, é considerada muito rarefeita. Ela “é muito afetada pelos
raios X e pela radiação ultravioleta, o que provoca a ionização ou carregamento elétrico” (VAREJÃO-SILVA,
2016, p. 87). Você sabia que as camadas inferiores da Ionosfera desempenham um papel muito
importante nas transmissões de rádio e televisão? Isso ocorre porque devido à composição desta camada
(íons e plasma ionosférico), ela é capaz de refletir ondas de rádio até aproximadamente 30 MHz (figura
abaixo). Por isso ônibus espaciais e satélites de telecomunicações são encontrados nessa camada. 
Estratosfera
Mesosfera
Na Estratosfera, por sua vez, contrariamente à situação anterior, a
temperatura tende a aumentar conforme a altitude aumenta. Por
isso, a temperatura na estratosfera parte de -30ºC, na sua base, até
o 0ºC, como pode-se verificar na figura anterior. Qual o motivo para
esse gradual aumento térmico? É que no meio da camada, há uma
concentração de compostos químicos a base de oxigênio que
chamamos de camada de ozônio.
A próxima camada é  Mesosfera, onde a temperatura volta a cair
conforme há o ganho de altitude a uma média de -3,5ºC/km
(VAREJÃO-SILVA, 2016). Sua composição tem uma pequena parte
de ozônio e vapores de sódio, os quais desempenham um
importante papel nos fenômenos luminosos da atmosfera
(DOMINGUEZ, 1979  apud  ESTÊVES, 2016). Nesse estrato
atmosférico, tanto o dióxido de carbono como o vapor d´água são
quase inexistentes.
Por fim, o que chamamos de Exosfera, a última camada, confunde-se com o próprio universo. Nela
predominam átomos de Hidrogênio e Hélio (mais leves) e conforme ganha-se altitude ela se torna tão
rarefeita que tende ao vácuo. Nesta camada ocorrem elevadíssimas temperaturas e é grande a incidência
de poeira cósmica.
Figura 9 - Sistema de propagação de onda de rádio realizado na ionosfera a partir da interação entre seus íons e o plasma ionosférico.
Fonte: rumruay, Shutterstock, 2018.
1.4 Fatores e elementos climáticos
A base da atmosfera está exatamente acima da superfície terrestre e dos oceanos, que por sua vez cobrem
perto de 71% da superfície do globo (BARRY; CHORLEY, 2012). O estudo dos atributos climáticos da
atmosfera é fundamental para a interpretação dos fenômenos atmosféricos. Os elementos são as
grandezas mensuráveis (como temperatura e pressão atmosférica), enquanto que os fatores são aqueles
que influenciam as alterações dos elementos (como o uso dosolo e a altitude). 
As determinações cientificas de cada um dos elementos climáticos somente se tornaram possíveis com a
descoberta de instrumentos adequados, que estão em constante evolução. Vamos entender melhor a
questão neste tópico.
1.4.1 Elementos Climáticos
Os elementos do clima são componentes meteorológicos que comunicam suas propriedades e
características peculiares ao meio atmosférico (CORREA, 2011). Dessa forma, eles descrevem o clima e o
estado do tempo de um modo quantitativo. Os principais elementos são: radiação solar, umidade,
pressão atmosférica, temperatura, precipitação, nebulosidade e vento.
Vamos ver os principais conceitos a serem tratados quando nos referimos aos elementos do clima?  Para
tanto, clique nas abas abaixo. 
Radiação
solar
De acordo com Torres e Machado (2008) a radiação solar é a energia adquirida pela
Terra na forma de ondas eletromagnéticas provenientes do Sol. 
Temperatur
a
Por sua vez, Ayoade (2003) nos ajuda a entender que a temperatura pode ser
conceituada em termos do movimento de moléculas: quanto mais rápido este
movimento, mais elevada a temperatura. Vamos ver dois exemplos de variação de
elementos climáticos.
Umidade
A umidade é a quantidade de vapor presente na atmosfera, que pode ser medida de
forma absoluta ou relativa. 
Pressão
Soares e Batista (2004, p. 76) afirmam “que o ar atmosférico tem peso e este se
manifesta sob a forma de uma pressão que a atmosfera exerce em todas as
direções, especialmente sobre a superfície terrestre”. 
Vento
Por sua vez, o vento é uma variável de fácil entendimento, uma vez que representa
a movimentação do ar tanto no sentido vertical, como horizontal. 
Precipitaçã
o
Você sabia que chuva não é a mesma coisa que precipitação? Ainda de acordo com
Soares e Batista (2004), a precipitação é o resultado de um estado avançado de
condensação. Ela ocorre quando a força gravitacional supera a força que mantém a
umidade suspensa e esta atinge o solo sob a forma líquida (chuva ou
chuvisco/garoa) ou sólida (granizo, saraiva e neve).
Nebulosida
de
Por fim, Almeida (2016) nos ajuda a entender o conceito de nebulosidade,
considerado pelo autor como a fração da abóbada celeste que, em um dado
momento, encontra-se encoberta por nuvens. Essa fração é estimada de forma
visual, imaginando-se que a abóbada celeste, quando coberta totalmente por
nuvens, equivale a 100%.
Já imaginou avaliar as chuvas que ocorreram no Brasil nos últimos milhares de anos? Existe uma pesquisa que traça 2 mil anos de
história das chuvas no Brasil, fazendo relações importantes entre esse histórico e cada um dos continentes. A pesquisa foi publicada
na forma de artigo no Geophysical Research Journal com contribuições de cientistas brasileiros, norte-americanos e chineses (MOON,
2018). Verifique o texto em: <https://exame.abril.com.br/ciencia/pesquisa-traca-2-mil-anos-de-historia-das-chuvas-no-brasil/
(https://exame.abril.com.br/ciencia/pesquisa-traca-2-mil-anos-de-historia-das-chuvas-no-brasil/)>.
Na sequência, você conhecerá outros aspectos relacionado ao clima. Vamos lá?
1.4.2 Fatores climáticos
Já sabemos que os elementos atmosféricos são as grandezas atmosférica. Por sua vez, os fatores do clima
são aqueles que alteram esses elementos meteorológicos, às vezes de maneira bastante significativa,
como acontece com as relações entre a altitude e a temperatura.
De acordo com Estêves (2016), os principais fatores climáticos são Altitude, Solos, Maritimidade e
Continentalidade, disposição do Relevo, Latitude, Correntes Marítimas e até mesmo o homem.
Vamos ver alguns exemplos dessa influência? Considere as Latitudes do Planeta Terra. Quanto mais
próximo da linha do Equador, maiores são as temperaturas e, por outro lado, quanto mais distante,
menores as temperaturas. Mesmo com as mudanças de inverno e verão, a média térmica é muito menor
na Finlândia, país localizado perto do Polo Norte, do que na Guiana Francesa, nação da América Latina
localizada perto da Linha do Equador. Então, certamente sabemos que a Temperatura é fortemente
influenciada pelas variações latitudinais.
Outro exemplo bastante contundente é quanto à proximidade da vegetação. Às vezes um mesmo bairro
pode contar com áreas de parque ou unidades de conservação que apresentam temperaturas
sensivelmente mais brandas do que aquelas próximas ao centro urbano. Essa diferenciação é resultante
de inúmeros fatores associados, dentre eles o processo de evapotranspiração vegetal, que reduz as
temperaturas e, por outro lado, a proximidade com concreto e asfalto, que contribuem para a retenção do
calor atmosférico e consequente aumento da temperatura. 
VOCÊ QUER LER?
Síntese
Concluímos a unidade introdutória relativa à Climatologia e Meteorologia. Agora, você já compreende a
diferença conceitual entre clima e tempo, bem como Climatologia e Meteorologia. Também
estabelecemos a relação entre clima e tempo e distinguimos os atributos climáticos mais importantes
para a ciência. 
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
acompanhar as distinções entre as ciências correlatas, ou seja, Climatologia e Meteorologia,
portanto compreendeu a diferença conceitual entre tempo e clima e suas variações no tempo e no
https://exame.abril.com.br/ciencia/pesquisa-traca-2-mil-anos-de-historia-das-chuvas-no-brasil/
espaço;
aprender sobre as relações fundamentais entre clima e saúde e a história desse tema, buscando
compreender as possíveis associações entre a saúde do homem e as flutuações climáticas atuais;
identificar a relevância dos principais movimentos do Planeta Terra (Rotação e Translação), bem
como a inclinação do seu eixo para a configuração das estações do ano;
aprender sobre a composição química da atmosfera, suas principais camadas e características
físico-químicas;
diferenciar a função dos atributos climáticos conhecidos como elementos e fatores meteorológicos
ou do clima.
Bibliografia
ALMEIDA, H. A. de. Climatologia aplicada à Geografia. Campina Grande: EDUEPB, 2016. 
AYOADE, J. Introdução à climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. 
BARBOSA, D. R. O conforto ambiental na interface saúde - meio ambiente na área central da região
administrativa de Bangu - Município do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado - Instituto de Geociências.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.
BARRY, R.; CHORLEY, R. Atmosfera, Tempo e Clima. São Paulo: Bookman, 2012.
CISE. Climatologia e meteorologia. Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), 2018. Disponível
em <http://www.cise.pt/pt/images/Projetos/EA/pdf%20casal%20do%20rei/5%20-
%20Climatologia%20e%20Meteorologia.pdf
(http://www.cise.pt/pt/images/Projetos/EA/pdf%20casal%20do%20rei/5%20-
%20Climatologia%20e%20Meteorologia.pdf)>. Acesso em: 14/10/2018.
CLIMATEMPO. Previsão para o tempo meteorológico de Recife. 2018. Disponível em:
<https://www.climatempo.com.br/previsao-do-tempo/amanha/cidade/259/recife-pe
(https://www.climatempo.com.br/previsao-do-tempo/amanha/cidade/259/recife-pe)>. Acesso em:
24/10/2018.
ESTÊVES, L. F. Biogeografia, climatologia e hidrogeografia: fundamentos teóricos-conceituais e
aplicados. (Livro eletrônico). Curitiba: Intersaberes, 2016.
GALEMBECK, E.; COSTA, C. A evolução da composição da atmosfera terrestre e das formas de vida que
habitam a Terra. Química Nova Escola, São Paulo, v. 38, n. 4, p. 318-323, nov. 2016. Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_4/06-EA-57-15.pdf
(http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_4/06-EA-57-15.pdf)>. Acesso em: 23/10/2018. 
http://www.cise.pt/pt/images/Projetos/EA/pdf%20casal%20do%20rei/5%20-%20Climatologia%20e%20Meteorologia.pdf
https://www.climatempo.com.br/previsao-do-tempo/amanha/cidade/259/recife-pe
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(http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/wp-
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http://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/francisco-de-assis-mendonca-uma-referencia-na-pesquisa-brasileira-sobre-o-clima/
http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006.pdf
https://centrodemidias.am.gov.br/dmdocuments/18F6GEO009P1.pdf

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