Sistema urinário, reprodutor feminino e masculino

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Sistema urinário, reprodutor feminino e
masculino
Anatomia Humana
1. Sistema urinário
Neste Tópico, estudaremos os órgãos que formam o sistema urinário. Os rins, ureteres, a bexiga
urinária e a uretra são órgãos que constituem esse sistema. O rim é órgão por excelência do sistema
urinário, pois produz a urina. A função do sistema urinário é produzir e eliminar a urina.
De acordo com Dangelo e Fattini (2007), as células necessitam de nutrientes que são levados pelas
artérias e arteríolas aos diversos tecidos do corpo. Como resultado do seu trabalho, as células
eliminam substâncias tóxicas que precisam ser liberadas do corpo humano. Um dos meios
utilizados pelo corpo humano para liberar toxinas é através da eliminação da urina. Os rins
realizam a filtragem sanguínea e produzem a urina. Essa filtragem é um mecanismo através do qual
são eliminadas as substâncias tóxicas e os excessos. A urina é constituída por 90% de água e o
restante, por substâncias tóxicas. Sendo assim, ao produzir a urina, os rins controlam a quantidade
de água excretada pela urina e, consequentemente, o seu trabalho interfere no valor da pressão
arterial. Os demais órgãos do sistema urinário servem de meios de condução e eliminação da urina.
2. Organização do sistema urinário
Os Rins 
De acordo com Moore (2017), o rim é um órgão par, com forma de grão de feijão, localizado na
cavidade abdominal, ao lado da coluna vertebral, à direita e à esquerda, posterior ao peritônio
parietal. O rim direito ocupa uma posição inferior ao rim esquerdo, pois compartilha espaço com o
fígado neste lado do corpo. Os rins direito e esquerdo estão situados anteriormente às costelas
flutuantes, sendo assim, essas servem de proteção a esses órgãos. Em sua estrutura, apresentam
uma margem (borda) medial e lateral, um polo superior e inferior e duas faces, anterior e posterior.
A margem medial é contínua com o hilo renal. O hilo renal corresponde à raiz do órgão, ou seja,
local de saída e entrada de vasos, ureteres, nervos e vasos linfáticos.
O polo superior do rim limita-se com a glândula suprarrenal. As glândulas suprarrenais não
participam do processo de formação da urina, por isso, são estudadas no sistema endócrino.
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Os rins estão envolvidos por uma cápsula fibrosa. As estruturas anatômicas que atravessam o hilo
renal, em conjunto, são denominadas pedículo renal, dentro do rim, o hilo renal se expande em
uma cavidade denominada seio renal.
Em um corte macroscópico de rim, podemos observar o córtex renal. A porção mais pálida do corte,
localizada á periferia do rim, denomina-se córtex, a porção mais escura, a medula renal. O córtex
renal é a porção onde estão localizados os néfrons. As pirâmides renais estão dispostas na medula
renal. As pirâmides são estruturas triangulares entre as colunas renais. O ápice da pirâmide renal é
voltado para a pelve renal e a base para o córtex renal.
De acordo com Dangelo e Fattini (2007), a pelve renal é a extremidade superior maior do ureter.
Tem a função de captar e conduzir a urina formada pelos rins. Na pelve renal, estão localizados os
cálices maiores e menores, que são tubos coletores. Para cada pirâmide renal, existe um tubo
coletor chamado cálice menor. Os cálices renais menores se juntam em cálices renais maiores.
Os ureteres
O ureter é um órgão par, caracterizado como um tubo muscular liso com aproximadamente 25 cm
de comprimento. A função dos ureteres é a de conduzir a urina dos rins para a bexiga. O tubo
muscular é capaz de contrair e realizar movimentos peristálticos.
Devido ao seu tamanho e a sua função, se estende da cavidade abdominal até a pelve, sendo
compreendido em duas porções distintas: a porção abdominal e a porção pélvica. A porção
abdominal desce em direção à bexiga na parte posterior do abdomen, enquanto a porção pélvica,
encontra-se lateral à cavidade pélvica. Apresenta três regiões estreitadas, na junção com a pelve
renal, quando ele contorna superiormente os vasos ilíacos e quando ele atravessa a parede da
bexiga pelo óstio ureteral.
A bexiga
De acordo com Van de Graff (2003), a bexiga é um órgão em forma de bolsa que armazena e conduz
a urina para a uretra. Ela recebe a urina produzida pelos rins, transportada por meio dos ureteres
direito e esquerdo, que adentram na bexiga no óstio ureteral direito e no óstio ureteral esquerdo,
respectivamente.
Também conduz a urina pelo óstio uretral. A região que apresenta os três óstios é chamada de
trígono da bexiga. A bexiga é formada por três camadas: a mais interna é chamada de túnica
mucosa, a do meio é chamada de músculo detrusor da bexiga e a mais externa é chamada de fáscia
vesical. A fáscia vesical reveste a bexiga externamente e é continua com o peritônio.
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A posição anatômica da bexiga
A bexiga está situada posteriormente à sínfise púbica. Quando ela está vazia, ela se achata contra a
sínfise púbica. Quando ela está cheia, faz saliência na cavidade abdominal; tem a forma ovóide.  No
feto e no recém-nascido, ocupa a posição abdominal, atingindo a pelve na puberdade. No homem,
posterior à bexiga está o reto. Na mulher, posterior a bexiga está o útero. Ou seja, na mulher, o
útero está localizado entre a bexiga e o reto.
anatomia renal
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A uretra
De acordo com Dangelo e Fattini (2007), ao redor do óstio interno da uretra é descrito o músculo
esfíncter da bexiga. O músculo esfíncter da bexiga e a camada muscular da bexiga estão envolvidos
no fenômeno da micção. A uretra constitui o último segmento desse sistema e tem contato com o
exterior. Sendo assim, a uretra se abre para o exterior e o sistema urinário constitui um sistema
aberto. No homem, além de condução da urina, a uretra atua como canal de passagem para o
sêmen, possuindo, assim, dupla função. Possui função nos sistemas reprodutor e urinário. Na
mulher, ela serve apenas para passagem da urina.
Os rins são nutridos pela artéria renal, ramo da artéria aorta abdominal. Nos rins, as artérias têm a
função de nutrir o órgão e manter a pressurização do órgão, fator fundamental para a filtração
sanguínea. A artéria renal se divide em cinco ramos denominados de acordo com a área do rim que
ela irriga: artéria segmentar superior, artéria segmentar anterossuperior, artéria segmentar
anteroinferior, artéria segmentar inferior, artéria segmentar posterior. Cada artéria segmentar
fornece um ramo lobar para as pirâmides renais e cada artéria lobar fornece cerca de 2 a 3 artérias
interlobares, que correm entre as pirâmides.
Entre a medula e o córtex, formam-se as artérias arqueadas. Ramos das artérias arqueadas e
interlobares seguem para o córtex e dão ramos chamados arteríolas que formarão os glomérulos.
De acordo com Moore (2017), o glomérulo é a parte arterial do néfron. O néfron é a unidade
funcional do rim e está situado no córtex renal. O glomérulo está envolvido pela cápsula de
Bowmann. O filtrado sanguíneo passa do glomérulo para a cápsula de Bowmann e, assim, segue
para o túbulo contorcido proximal antes de entrar na Alça de Henle. A primeira etapa da
reabsorção ocorre no tubo contorcido proximal. O filtrado sanguíneo contém substâncias tóxicas e
substâncias como glicose e sais. Essas substânciasnão devem ser eliminadas, uma vez que são
importantes para o bom funcionamento do organismo. Assim, a nível da Alça de Henle e túbulos
contorcidos distais, essas substâncias continuam a ser reabsorvidas. O que não é absorvido segue
para os cálices renais menores na forma de urina. Assim, a urina é produzida nos néfrons, segue
para os cálices menores, em seguida, para os cálices maiores, pelve renal e ureter. A bexiga
armazena a urina até a micção. A uretra conduz a urina para o exterior.
Para  ter uma melhor compreensão da organização do sistema urinário, consulte o material a
seguir: NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2015 e
edições anteriores. Não paginado
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Sistema urinário
1. Sistema urinário 
2. Rim direito 
3. Pelve renal 
4. Ureter 
5. Bexiga urinária 
6. Uretra (lado esquerdo com seção frontal) 
7. Glândula adrenal esquerda 
8. Artéria renal (vermelho) e veia renal (azul) 
9. veia cava inferior 
10. Aorta abdominal 
11. Artéria e veia ilíacas comuns direita 
12. Fígado 
13. Intestino grosso 
14. Pélvis 
 
Para  ter uma melhor compreensão da organização do sistema reprodutor feminino e masculino ,
consulte os materiais a seguir.
NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2015 e edições
anteriores. Não paginado.
PUTZ, R.; PABST, Reinhard. (Ed.). Sobotta atlas de anatomia humana: volume 2: tronco, vísceras e
extremidade inferior. 22. ed.rev. e atual. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, c2012 e edições
anteriores. Não paginado
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3. Anatomia do sistema reprodutor feminino
De acordo com Dangelo e Fattini (2007), o sistema genital feminino é constituído por um conjunto
de órgãos envolvidos na reprodução. É formado pelos órgãos gametógenos, ou seja, produtores de
gametas; órgãos gametóferos, por onde são conduzidos os gametas e de um órgão responsável por
abrigar o novo ser vivo, o útero. Pela presença do útero, o sistema reprodutor feminino é mais
complexo que o sistema reprodutor masculino.
O conjunto de órgãos genitais femininos, compreendem, segundo MOORE (2017), as gônodas,
chamadas de ovários, os órgãos condutores de gametas e a tuba uterina. O útero é o órgão que
abriga o feto. A vagina é o órgão da cúpula, o clitóris e o bulbo do vestíbulo são as estruturas eréteis
femininas e as glândulas vestibulares, maiores e menores, os órgãos anexos a esse sistema.
O Pudendo feminino ou Vulva
Para Dangelo e Fattini (2007), a vulva é a parte externa genital feminina. Compreende as seguintes
estruturas anatômicas: o monte púbico, lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo do vestíbulo
e glândulas vestibulares. É interessante conhecer a posição das estruturas anatômicas externas,
uma vez que são alvos de procedimentos como sondagens e explicam o porquê de infecções
urinárias serem mais comuns em mulheres do que homens. Isso se deve pela relação de
proximidade com o ânus e o tamanho da uretra. O tamanho da uretra feminina é muito menor do
que a uretra masculina. Para maiores esclarecimentos, observe a figura que representa anatomia da
vulva.
Comportamento do peritônio
Também é interessante descrever o comportamento do peritônio na cavidade pélvica para
compreender o funcionamento do sistema reprodutor. Os ovários, a tuba uterina e o útero estão
situados na pelve feminina entre a bexiga, anterior ao útero e o reto, posterior ao útero. O
peritônio, após recobrir a bexiga, reflete do assoalho e paredes da pelve para recobrir o útero e
forma uma prega chamada ligamento largo do útero. Esse ligamento divide a cavidade pélvica
feminina em uma região anterior e posterior. A região anterior, o espaço anterior, é chamado de
escavação vesicouterina; o espaço posterior é chamado de escavação retouterina. O útero e as tubas
uterinas são revestidos pelo ligamento largo do útero. Os ovários se prendem a face posterior do
ligamento largo do útero por uma prega denominada mesovário e ficam localizados na região
retouterina. O ligamento redondo do útero e o ligamento largo do útero são os principais
ligamentos que fixam o útero à pelve.
3.1. Os órgãos internos do sistema
reprodutor feminino
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De acordo com Dangelo e Fattini (2007), os ovários produzem os gametas femininos e os
hormônios progesterona e estrogênio. Esses hormônios são responsáveis pelas características
sexuais femininas e pela regulação do ciclo menstrual feminino, preparando a mulher para uma
possível gravidez. Os ovários não são revestidos por peritônio.
As tubas uterinas
A tuba uterina é um órgão par. Divide-se em quatro regiões, sendo elas: uterina, istmo, ampola e
infundíbulo. O infundíbulo é a porção final da tuba e apresenta uma série de franjas chamadas
fímbrias. A tuba uterina transporta os óvulos que se romperam para a cavidade do útero. A
fecundação ocorre na tuba uterina. A porção medial da tuba uterina – óstio medial da tuba-
comunica-se com o útero, enquanto a porção lateral – óstio abdominal da tuba- comunica-se com a
cavidade peritoneal. O óvulo, quando é fecundado e fixado na tuba uterina, dá início ao
desenvolvimento da gravidez tubária. Ao processo de implantação do zigoto no útero dá-se o nome
de nidação.
O útero
O útero é um órgão oco e piriforme, o órgão que abriga o embrião e permite o desenvolvimento do
mesmo. O útero divide em colo (cérvix), istmo, corpo e fundo do útero. O corpo do útero não
gravídico está localizado sobre a bexiga e o colo posterior à bexiga e anterior ao reto. O corpo do
útero é separado do colo pelo istmo do útero, uma porção do útero mais estreita. O processo de
nidação corresponde à implantação do óvulo fecundado no útero.
Na sua estrutura, o útero apresenta três camadas: endométrio, mesométrio e perimétrio. A parede
mais interna, o endométrio, se desprende e sofre modificações no ciclo menstrual; o mesométrio é
formado de fibras musculares lisas; o perimétrio é representado pelo peritônio.
 
A vagina
A vagina é o órgão da cópula feminino. A vagina é um tubo cuja as paredes estão colabadas. Ela
também serve de canal de passagem para o líquido menstrual e forma a parte inferior do canal do
parto. A vagina comunica-se com o útero pelo óstio uterino, superiormente, e, em sua porção
inferior, localiza-se o vestíbulo da vagina; ela se abre para o meio externo através do óstio da
vagina. A vagina e a cavidade uterina formam o canal do parto. O óstio da vagina é cercado por um
hímen, o rompimento do hímen ocorre durante a cópula.
Para Moore (2017), mensalmente, o corpo feminino se prepara para receber uma possível gravidez.
Ocorre o espessamento da parede do endométrio. Não ocorrendo a fecundação, essa camada se
desprende, com hemorragia, e é eliminada pela vagina. Esse mecanismo é conhecido como
menstruação.
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Esquema representando um corte frontal de útero.
Esquema da anatomia da vulva – parte externa dos órgãos reprodutores femininos.
Esquema representando a pelve feminina. Repare na presença do útero entre a bexiga e o reto. Corte Sagital. Visão
esquerda.
3.2. Os órgãos externos do sistema
reprodutor feminino
De acordo com Dangelo e Fattini (2007), são estruturas externas do sistema reprodutor femininos,
o monte púbico, os lábios maiores e menores, as estruturas eréteis (clitórise bulbo do vestíbulo) e
as glândulas vestibulares maiores. Essas estruturas são denominadas em conjunto de pudendo
feminino ou vulva.
A região onde crescem os pelos da vulva, durante a puberdade, é denominada monte púbico. Os
lábios maiores do pudendo são duas pregas cutâneas que delimitam a rima do pudendo. Os lábios
menores são duas pequenas pregas cutâneas que se encontram medialmente aos lábios maiores.
Eles delimitam o vestíbulo da vagina. Na região vestibular, se apresentam o óstio externo da uretra,
o óstio da vagina logo abaixo, e é a região onde desembocam as secreções produzidas pelas
glândulas vestibulares. Para o mesmo autor, o clitóris é a região erétil feminina, é o homólogo do
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pênis, é uma estrutura rudimentar se comparada ao pênis. Apenas a glande do clitóris é visível na
junção dos pequenos lábios. Ao redor do óstio da vagina, é formado o bulbo do vestíbulo. O bulbo
do vestíbulo não é visível na região vestibular, pois é recoberto pelo musculo bulbo esponjoso. As
glândulas vestibulares são denominadas de glândulas vestibulares maiores e menores. Elas
secretam um muco lubrificante durante o coito. Ambas abrem os seus ductos na região vestibular.
Assim, elas preparam o órgão para a relação sexual.
As mamas também serão descritas neste tópico por apresentarem relação com esse sistema.
As mamas
As mamas são formadas de tecido fibroso de sustentação e tecido glandular. Homens e mulheres
têm mamas, mas elas são mais desenvolvidas em mulheres. As glândulas mamárias estão
localizadas no tecido subcutâneo, sobre os músculos peitorais maior e menor. Na parte mais
proeminente da mama, está a papila mamária, circundada pela aréola mamária. Nas mulheres, as
glândulas mamárias têm função reprodutiva, nos homens são afuncionais. Na sua arquitetura,
portanto, a mama é constituída de parênquima (tecido glandular), estroma (tecido conjuntivo) e
pele.
Esquema representando as mamas femininas.
4. Anatomia do sistema reprodutor
masculino: órgãos genitais masculinos
Dangelo e Fattini (2007) esquematizam o sistema reprodutor masculino da seguinte forma: os
testículos são as gônadas masculinas, ou seja, são os órgãos produtores de gametas e de hormônios
sexuais masculinos, como a testosterona. Os demais órgãos servem como vias condutoras de
espermatozoides (o gameta masculino), desde o local onde são produzidos até a sua eliminação na
vagina; os espermatozoides passam pelos túbulos e ductos dos testículos, epidídimo, ducto
deferente, ducto ejaculatório e uretra.
O órgão da cópula masculino é o pênis, sendo o corpo cavernoso do pênis e o corpo esponjoso do
pênis as estruturas eréteis. O pênis e o escroto, em conjunto, formam os órgãos externos. O escroto
é uma bolsa, onde ficam armazenados os testículos. As vesículas seminais, próstata e glândulas
bulbo uretrais são órgãos anexos do sistema reprodutor masculino, são as glândulas anexas.
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Os testículos
O testículo esquerdo ocupa uma posição inferior em relação ao testículo direito. Isso se deve ao
retorno venoso para a veia renal esquerda. O retorno venoso do testículo direito é para a veia cava
inferior.
O testículo é revestido por uma membrana fibrosa chamada túnica albugínea, de onde partem
delicados septos que separam o testículo em lóbulos cuneiformes. De acordo com Moore (2017), os
túbulos seminíferos têm origem na túnica albugínea e convergem para o centro do testículo. Eles se
unem formando túbulos retos que, posteriormente, se misturam formando uma verdadeira rede
testicular (de Haller). A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos. Os testículos são
responsáveis pela espermatogênese. Espermatogênese é o nome atribuído para a formação de
espermatozoides.
O epidídimo e o ducto deferente
Para Dangelo e Fattini (2007), após serem produzidos, os espermatozoides são armazenados no
epidídimo. Eles ficam armazenados até o momento da ejaculação. O epidídimo á dividido em
cabeça, corpo e cauda. O ducto deferente é um canal de 30 cm, que corresponde à continuação da
cauda do espermatozóide. Como os testículos estão localizados externamente à parede da pelve,
eles passam por um túnel, cujo nome é canal inguinal, situado na porção mais inferior da parede
abdominal. Outras estruturas relacionadas com os testículos como artérias e veias, nervos e vasos
linfáticos também passam por esse canal. O conjunto dessas estruturas é chamado de funículo
espermático. Na mulher, o canal inguinal é ocupado pelo ligamento redondo do útero e alguns
nervos. No sexo masculino, é comum o surgimento de hérnias inguinais.
O ducto ejaculatório
Moore (2017) descreve o ducto ejaculatório como junção do ducto deferente com o ducto da
vesícula seminal. Esse ducto desemboca na parte prostática da uretra. A uretra masculina serve
para a passagem do sêmen e da urina. Tem cerca de 20 cm, inicia-se no óstio interno da uretra e
termina em conato com o exterior, no óstio externo da uretra. Ela é dividida em três regiões: parte
prostática, membranosa e esponjosa. São assim chamadas, porque a uretra atravessa a próstata, o
assoalho pélvico e o pênis, respectivamente.
De acordo com Dangelo e Fattini (2007), as vesículas seminais são pares de bolsas localizadas na
porção póstero inferior da bexiga. A secreção da vesícula seminal se junta aos espermatozoides para
constituir o sêmen, na junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal. A função do
líquido seminal é ativar, nutrir os espermatozóides e, assim, facilitar seu percurso pelo canal da
uretra.
A próstata
A próstata é um órgão ímpar; sua secreção se junta ao sêmen e confere o odor característico ao
sêmen. A secreção prostática é lançada diretamente na porção prostática da uretra. As glândulas
bulbouretrais são duas estruturas arredondadas próximas da uretra membranosa; seus ductos
desembocam na uretra esponjosa e sua secreção é mucosa.
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O pênis
O pênis é o órgão da cópula masculino, apresenta-se de forma flácida, mas quando seus tecidos se
enchem de sangue, ele apresenta-se turgido, ou seja, ereto. O pênis apresenta uma raiz e um corpo.
O corpo é a parte pendente, externa à pelve, recoberta de pele. Na forma ereta, consegue penetrar
na vagina durante o coito. O pênis é formado por tecido esponjoso e cavernoso. O corpo esponjoso
apresenta uma dilatação anterior chamada glande do pênis e uma dilatação posterior chamada
bulbo uretral. A raiz do pênis compreende os ramos do corpo cavernoso e o bulbo do pênis. A
glande do pênis é recoberta por uma pele, chamada prepúcio. De acordo com os autores, a fimose
ocorre quando há um estreitamento do prepúcio, o que dificulta a higiene do pênis. Quando o
estreitamento é variado, a glande fica recoberta.
O escroto
O escroto é a bolsa que armazena os testículos. Localiza-se atrás do pênis e anterior à pelve. O
escroto é dividido em camadas, das quais podemos citar uma camada de pele, a mais externa,
recoberta por pelos, e a túnica dartos, constituída de musculo liso. A bolsa escrotal está localizada
externamente a pele, porque a temperatura de produção ideal dos espermatozoides é de 35 graus.
Quando o ambiente está frio, a temperatura dos testículos tende a abaixar; logo, oescroto contrai e
os aproxima do tronco que esquenta os testículos, isso pode comprometer a produção de
espermatozoides. Quando está quente, o escroto relaxa para afastar os testículos do tronco e esfriá-
los.
Sistema reprodutor masculino. Corte sagital.
Sistema reprodutor masculino
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Esquema dos órgãos externos masculinos.
Esquema dos órgãos externos do sistema reprodutor masculino.
Para ter uma melhor compreensão da organização do sistema urinário e reprodutor feminino e
masculino, consulte o material a seguir:
VAN DE GRAAFF, Kent M. Anatomia humana. 6. ed. Barueri, SP: Manole, 2003. xx, 840 p.
 
5. Conclusão
O sistema urinário é responsável pela formação da urina. Os rins são órgãos responsáveis pela
formação da urina, enquanto os ureteres conduzem a urina para a bexiga. A bexiga armazena a
urina até a sua posterior eliminação, durante a micção. A bexiga está localizada na pelve e tem
relações diferentes com as estruturas anatômicas na pelve feminina e masculina.
Na pelve feminina, a bexiga está localizada posterior ao útero e anterior ao reto. Esse fato explica
porque, durante a gravidez, a mulher sente mais vontade de urinar, uma vez que o útero em
crescimento comprime a bexiga. Na pelve feminina, o útero é revestido pelo peritônio. Os ovários
não estão revestidos pelo peritônio.
Na pelve masculina, a bexiga está localizada anterior ao reto. Não existe a presença do útero, sendo
assim, a bexiga armazena uma maior quantidade de urina. Uma diferença do sistema urinário
masculino é o tamanho da uretra, com cerca de 20 cm no homem; a uretra masculina é dividida em
três regiões já descritas nesse capítulo: uretra prostática, membranácea e esponjosa.
O sistema reprodutor feminino e masculino permitem a perpetuação da espécie; o organismo
humano se reproduz de forma sexuada. Sendo assim, a união dos gametas femininos e masculinos
dão origem ao zigoto, no processo de fecundação que, posteriormente, se divide e dá origem ao
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novo ser.
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