Migrantes e Refugiados PDF

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Collab: Khilver Doanne Sousa Soares & Estefany de Sousa Mendes 
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Definições 
 Migrante é a pessoa que se move 
provisório; 
 Migração interna: deslocamento de 
pessoas entre diferentes cidades ou 
aldeias de um mesmo país para fins de 
residência.; 
 Imigrante: o estrangeiro que adentra ao 
país para permanecer definitivamente; 
 Emigração: pessoas que partem em 
direção ao exterior; 
Epidemiologia 
 Estima-se uma significativa presença de 
brasileiros emigrantes nos anos de 1990 
cerca de 1 milhão, em 2016 mais de 3 
milhões 
 São Paulo, metrópole que se tornou local 
de passagem ou permanência de 
milhares de migrantes nas últimas 
décadas. 
 Segundo a Organização Mundial do 
Turismo – OMT mais de 1,4 bilhão de 
pessoas realizaram viagens 
internacionais no ano de 2018. 
 Segundo a ONU, em 2017 o número de 
migrantes internacionais foi estimado 
em 2058 milhões de pessoas, cerca de 
3,4 % da população. 
 
Problemas e necessidades dos 
migrantes e refugiados 
 Falta de educação permanente e 
formação em saúde para esse público; 
 Planejamento e gestão ineficaz; 
 Falta de acolhimento promoção da 
saúde e prevenção de doenças; 
 Direito restritivo; 
 Inadequação do sistema de acesso; 
 Barreira linguística; 
 Diferenças culturais 
 Humanização em saúde 
Acesso a saúde da população 
estrangeira 
 O acesso à saúde da população 
estrangeira no Sistema Único de Saúde 
(SUS) no Brasil é regulado pela Lei nº 
8.080/1990, que garante o atendimento 
gratuito e universal a todos os 
indivíduos, independentemente de sua 
nacionalidade, raça ou gênero. 
 A população estrangeira no Brasil pode 
enfrentar barreiras no acesso aos 
serviços de saúde, como a falta de 
documentos ou a dificuldade de se 
comunicar em português. 
Para enfrentar esses desafios, o SUS 
implementou o Programa de Saúde do 
Imigrante, que visa fornecer assistência 
médica para imigrantes e refugiados. Esse 
programa oferece serviços de saúde em várias 
línguas e ajuda os imigrantes a obter 
documentos necessários para acessar os 
serviços de saúde. 
Apesar das políticas e programas existentes, 
ainda há desafios no acesso à saúde para a 
população estrangeira no Brasil. Algumas 
regiões do país podem ter uma oferta limitada 
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de serviços de saúde e os imigrantes ainda 
podem enfrentar preconceito e discriminação. 
Programa de saúde do imigrante 
O Programa de Saúde do Imigrante no 
Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído 
em 2009, por meio da Portaria nº 1.956, do 
Ministério da Saúde. O objetivo do programa é 
garantir o acesso à saúde para a população 
estrangeira, incluindo imigrantes, refugiados e 
solicitantes de refúgio, por meio de uma 
abordagem humanizada e respeitando os 
direitos humanos. 
Como diretrizes a atenção integral à saúde, o 
acolhimento humanizado, o respeito à 
diversidade cultural, o acesso à informação em 
diferentes idiomas e a promoção da saúde. O 
programa também tem como objetivo articular 
as ações do SUS com outras políticas públicas, 
como a de assistência social e a de educação. 
Desde a implementação do Programa de Saúde 
do Imigrante, foram desenvolvidas diversas 
ações para promover a saúde e o bem-estar da 
população estrangeira no SUS, incluindo 
capacitações para os profissionais de saúde, 
ações de promoção da saúde e de prevenção 
de doenças, e o desenvolvimento de materiais 
informativos em diferentes idiomas. 
No entanto, ainda há desafios no acesso à 
saúde da população estrangeira no SUS, 
especialmente para aqueles em situação de 
maior vulnerabilidade. Portanto, é importante 
que as políticas de saúde sejam inclusivas e 
levem em conta as necessidades específicas 
da população estrangeira, garantindo o acesso 
adequado aos serviços de saúde. 
E no município, como acontece? 
 O acesso à saúde da população 
estrangeira no Sistema Único de Saúde 
(SUS) em nível municipal no Brasil pode 
variar dependendo da política local e da 
disponibilidade de recursos. 
 Em geral, a legislação brasileira garante 
o acesso universal e gratuito aos 
serviços de saúde para todos os 
indivíduos, independentemente de sua 
nacionalidade. 
 Cada município pode ter diferentes 
políticas e programas de saúde, e essas 
políticas podem afetar o acesso dos 
estrangeiros aos serviços de saúde. 
Algumas cidades têm programas 
específicos para atender imigrantes e 
refugiados, enquanto outras podem ter 
menos recursos e capacidade de 
atendimento. 
 Em alguns municípios, os serviços de 
saúde são oferecidos em diferentes 
idiomas, como espanhol ou inglês, para 
atender a população estrangeira que 
não fala português. 
 Além disso, algumas prefeituras podem 
oferecer transporte gratuito para os 
imigrantes que precisam se deslocar até 
os centros de saúde. 
 No entanto, ainda há desafios no acesso 
à saúde da população estrangeira no 
SUS em nível municipal. 
O desafio: 
As deficiências no sistema de informação 
podem se refletir em persistentes dificuldades 
de acesso principalmente de imigrantes em 
situação migratória irregular. 
O Cadastro Nacional de Saúde (CNS) exige o 
preenchimento de campos referentes ao RG e 
ao título eleitoral (documentos exclusivamente 
brasileiros) e não estabelece claramente a 
possibilidade de cadastro a partir de 
documentos do país de origem ou protocolos 
migratórios por exemplo, além de não facilitar 
o cadastro de jovens desacompanhados dos 
pais (realidade muito comum entre populações 
deslocadas). 
Melhorias para a saúde dos migrantes e 
refugiados: 
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 Universalidade do SUS (um SUS que 
respeite, acolha e cuide de toda e 
qualquer tipo de diferença humana); 
 Combate ao racismo e xenofobia, nos 
equipamentos de saúde e distritos 
sanitários; 
 Necessidade de implementação de 
tecnologias na busca da atenção 
integral e resolutiva em saúde; 
 Equidade de ações para toda população; 
 Maior participação no controle social; 
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LOSCO, Luiza Nogueira. et. al. Atenção 
Primária em Saúde para imigrantes 
bolivianos no Brasil. Interface, Botucatu: 
2021.