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APOSTILA 
 
 
ESCRITURÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AUTORIZAÇÃO OU FAZER REPRODUÇÃO 
EM COPIADORAS É CRIME. 
 
MATERIAL PROTEGIDO PELA LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. 
 
 
SUMÁRIO 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
1. Compreensão e interpretação de textos ........................................................................ 1 
1.1 Ortografia ................................................................................................................... 3 
1.2 Sintaxe ........................................................................................................................ 7 
1.3 Morfologia: substantivo ............................................................................................ 15 
1.3.1 Artigo ..................................................................................................................... 22 
1.3.2 Adjetivo ................................................................................................................. 23 
1.3.3 Pronome ................................................................................................................. 25 
1.3.4 Verbo ..................................................................................................................... 33 
1.3.5 Advérbio ................................................................................................................ 46 
Caderno de Questões – Língua Portuguesa ............................................................... 50 
MATEMÁTICA 
2. Operações com números naturais ............................................................................... 87 
2.1 Múltiplos e divisores ................................................................................................ 88 
2.2 Números primos ....................................................................................................... 89 
2.3 Máximo divisor comum ........................................................................................... 89 
2.3.1 Mínimo múltiplo comum ....................................................................................... 90 
2.4 Frações ...................................................................................................................... 91 
2.5 Números decimais .................................................................................................... 95 
2.6 Porcentagem ............................................................................................................. 96 
2.7 Áreas de figuras planas ............................................................................................. 96 
2.8 Medidas de comprimento: área ................................................................................. 98 
2.8.1 Tempo .................................................................................................................... 98 
2.8.2 Massa ..................................................................................................................... 98 
2.8.3 Capacidade e velocidade ....................................................................................... 99 
2.9 Juros simples e compostos ........................................................................................ 99 
2.10 Média e noções de estatística ................................................................................ 102 
Caderno de Questões - Matemática .......................................................................... 108 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
3. Atendimento ao cidadão com base na Lei 13.460/2017 ........................................... 122 
3.1 Constituição Federal Brasileira de 1988 ................................................................. 126 
3.2 Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal – Lei 1.171/1994 ........ 234 
3.3 Administração de materiais .................................................................................... 237 
3.4 Administração estratégica ....................................................................................... 240 
3.4.1 Administração financeira e orçamentária ............................................................ 243 
3.4.2 Administração geral ............................................................................................. 244 
3.4.3 Administração Pública ......................................................................................... 244 
3.4.4 Atendimento ao público ...................................................................................... 245 
3.5 Correio eletrônico ................................................................................................... 246 
3.6 Ética profissional .................................................................................................... 246 
3.7 Funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle .............. 250 
3.8 Gerenciamento de qualidade .................................................................................. 251 
3.9 Gestão de processos ................................................................................................ 253 
 
 
3.9.1 Gestão de projetos ............................................................................................... 256 
3.9.2 Gestão de recursos humanos ................................................................................ 260 
3.9.3 Gestão por resultados .......................................................................................... 261 
3.10 Lei complementar 101, de 4 de maio de 2000 (lei de responsabilidade fiscal) .... 261 
3.11 Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (lei de acesso à informação) ............ 278 
3.12 Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (licitações e contratos) .............................. 286 
3.13 Microsoft Excel, PowerPoint e Word da versão 2003 até a mais atual ................ 321 
3.13.1 Navegadores Google Chrome, Internet Explorer e Mozilla Firefox ................. 325 
3.14 Matemática Financeira ......................................................................................... 327 
3.15 Noções de hardware, redes de computadores e softwares .................................... 329 
3.15.1 Segurança na internet ......................................................................................... 333 
3.15.2 Sistema operacional Windows na versão XP até a mais atual .......................... 334 
3.15.3 Windows Explorer ............................................................................................. 337 
3.16 Estatística .............................................................................................................. 338 
3.17 Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos .................................................. 340 
Caderno de Questões – Conhecimentos Específicos ................................................ 383 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 402 
 
 
1 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
1. Compreensão e interpretação de textos 
A compreensão e interpretação de texto são duas ações que 
estão relacionadas, uma vez que quando se compreende 
corretamente um texto e seu propósito comunicativo 
chegamos a determinadas conclusões (interpretação). Hoje 
em dia é essencial saber interpretar corretamente os textos, 
entender melhor sobre suas tipologias e as funções da 
linguagem relacionadas a ele. 
 
Resumindo: 
 
• Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, 
ou seja, análise do que está no explícito do texto. 
 
• Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do 
conteúdo, ou seja, quais conclusões chegamos por meio da 
conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.Compreensão 
 
A compreensão faz uma análise objetiva do texto, buscando 
decodificá-lo e verificar o que realmente está escrito, 
assimilando as principais palavras e ideias presentes no 
conteúdo e coletando dados e informações concretas. De 
maneira geral, os enunciados de questões que pedem a 
compreensão de um texto utilizam as seguintes expressões: 
 
• O autor afirma que… 
• O autor sugere… 
• Segundo o texto… 
• O autor/narrador do texto diz que… 
• O texto informa que… 
• No texto… 
• De acordo com o autor… 
• Na opinião do autor do texto… 
• Tendo em vista o texto… 
• O autor sugere ainda… 
• De acordo com o texto… 
Desta forma, a compreensão textual envolve a decodificação 
da mensagem que é realizada pelo leitor. Quando ouvimos, 
por exemplo, um noticiário, compreendemos a mensagem 
passada e qual sua finalidade (informar o ouvinte de algum 
acontecimento, por exemplo). 
 
Para compreender os textos escritos não é diferente, porém 
requer o conhecimento da língua, do vocabulário e das 
funções relacionadas com linguagem e a comunicação. 
Logo, por meio da interpretação das palavras e das frases 
podemos compreender melhor a mensagem que está sendo 
transmitida. Por isso, ter um dicionário por perto é sempre 
uma dica boa, se caso houver algum termo desconhecido. 
 
Interpretação 
 
A interpretação de texto trata-se daquilo que podemos 
concluir sobre ele, estabelecendo conexões entre o que está 
escrito e a realidade. Essas conclusões são feitas analisando 
as ideias do autor, sendo que essa análise é subjetiva. Esse 
recurso envolve a capacidade de chegar a determinadas 
conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto 
(visual, auditivo, escrito, oral). Por isso, a interpretação de 
texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor para leitor. 
Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que 
foi sendo adquirido ao longo da vida. 
 
A interpretação de um texto requer: 
 
• Existência de conhecimento prévio quanto ao 
assunto/conceito abordado no texto; 
• Apreciação pessoal e crítica por parte do leitor já que, de 
alguma forma, ainterpretação sempre depende das 
considerações feitas por quem está lendo o texto. 
 
De forma geral, os enunciados de questões que pedem a 
interpretação de um texto utilizam as seguintes expressões: 
 
• Conclui-se do texto que… 
• O texto permite deduzir que… 
• Diante do que foi exposto, podemos concluir… 
• É possível subentender-se a partir do texto que… 
• Qual a intenção do autor quando afirma que… 
• O texto possibilita o entendimento de que… 
• Infere-se do texto que… 
• Com o apoio do texto, infere-se que… 
• O texto encaminha o leitor para… 
 
Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, 
em grande parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e 
que auxilia na melhor interpretação dos textos e conexão das 
ideias. 
 
Como esses dois conceitos podem ser confundidos em 
alguns contextos, preparamos uma tabela que contém as 
principais diferenças entre a compreensão textual e a 
interpretação textual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
Item Compreensão Interpretação 
 
 
 
 
O que é 
Analisa estritamente 
o que está escrito no 
texto, 
compreendendo de 
froma objetiva, as 
frases e ideias 
presentes. 
Aquilo que se conclui 
sobre o texto. É a 
maneira que o leitor 
interpreta o conteúdo. 
 
 
 
Informação 
Todas as 
informações estão 
presentes no texto. 
A informação está fora 
do texto (ou além do 
texto), mas possui 
forte conexão com ele. 
Análise Preza pela 
objetividade 
Trabalha com 
subjetividade. 
 
Podemos, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. 
Para isso, devemos observar o seguinte: 
 
1 - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
2 - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 
3 - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos umas três vezes ou mais; 
4 - Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 
5 - Volar ao texto quantas vezes precisar; 
6 - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
7 - Partir o texto em pedações (parágrafos, partes) para 
melhor compreensão; 
8 - Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, 
partes) do texto correspondente; 9 - Verificar, com 
atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 
10 - Cuidado com os vocábulos: destoa (= diferente de...), 
não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, 
exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e 
que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o 
que se pediu; 
11 - Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar 
a mais exata ou a mais completa; 
12 - Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um 
fundamento de lógica objetiva; 
13 13 - Cuidado com as questões voltadas para dados 
superficiais; 
14 - Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela 
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido 
do texto; 
15 - Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras 
denuncia a resposta; 
16 - Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas 
pelo autor, definido o tema e a mensagem; 
17 - O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
18 - Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são 
importantissimos na interpretação do texto. 
 
Ex: Ele morreu de fome. 
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na 
realização do fato ( = morte de "ele" ). 
Ex: ele morreu faminto 
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se 
encontrava quando morreu. 
 
• Textos verbais e não verbais 
 
A leitura é uma atividade de captação de ideias de um autor 
e, para isso, espera-se que o leitor processe, critique ou 
avalie a informação que possui para obter um sentido e 
significado à leitura. De acordo com o dicionário Michaelis, 
interpretar é determinar com precisão o sentido de um texto. 
Logo, o leitor deve não só ler um texto, mas sim prestar 
atenção aos detalhes presentes na leitura, por exemplo, os 
elementos verbais(palavras) e não verbais (imagens, 
símbolos). 
 
Para interpretar um texto verbal é necessário, 
primeiramente, identificar se é um texto literário ou não 
literário. Observe a estrutura, se é escrito em prosa ou em 
verso e parta para a bibliografia para investigar outras 
informações, por exemplo, se a fonte é de um periódico ou 
de um livro de um autor conhecido da literatura. Dessa 
forma, pode-se inferir que o texto não literário apresenta 
uma informação e a importância é no que se diz, enquanto o 
texto literário o mais importante é a forma, o como se diz.. 
 
Além disso, os elementos verbais e não verbais, podem 
aparecer em um texto de forma integrada ou independente, 
apenas compartilhando o mesmo espaço. Logo, deve-se 
perceber o nível de interação entre os elementos para melhor 
interpretar um texto e saber decodificar a interação que os 
elementos possuem e que mensagem veiculam ao leitor. 
Por fim, em um texto verbal, deve-se: 
 
- Observar quem fala no texto: eu lírico (poema), narrador, 
cronista, articulista (prosa); 
- Perceber o ponto de vista do enunciador, ou seja, a 
utilização da 1ª pessoa pessoa (visão particular) ou da 3º 
pessoa (visão coletiva); 
- Analisar os aspectos linguísticos (gramaticais), lexicais 
(escolha vocabular) e estilística (como se faz o uso da 
gramática); 
- Descobrir o estilo do poema; -Identificar recursos 
expressivos (figuras e funções da linguagem); 
 
3 
 
-Relacionar à época contextual. 
 
• Como Interpretar textos não-verbais 
 
Interpretar textos não verbais ou mistos envolve as seguintes 
operações: analisar, explicar, identificar, comparar, etc. 
Porém esses tipos de texto requerem do estudante 
sensibilidade para ler outros códigos, como os gestos, as 
expressões fisionômicas, as cores, a própria imagem, e 
aquilo que está nasentrelinhas. 
 
• Orientações para ler e Interpretar textos mistos 
 
1. Olhe quadro a quadro; 
2. Perceba objetos, pessoas, atividades; 
3. Note frases e palavras; 
4. Observe se há intertextualidade; 
Considere as expressões faciais, os gestos, as cores e outros 
códigos não verbais. 
 
• Textos verbais e não verbais 
 
A leitura é uma atividade de captação de ideias de um 
autor e, para isso, espera-se que o leitor processe, critique 
ou avalie a informação que possui para obter um sentido e 
significado à leitura. De acordo com o dicionário 
Michaelis, interpretar é determinar com precisão o sentido 
de um texto. Logo, o leitor deve não só ler um texto, mas 
sim prestar atenção aos detalhes presentes na leitura, por 
exemplo, os elementos verbais(palavras) e não verbais 
(imagens, símbolos). 
Para interpretar um texto verbal é necessário, 
primeiramente, identificar se é um texto literário ou não 
literário. Observe a estrutura, se é escrito em prosa ou em 
verso e parta para a bibliografia para investigar outras 
informações, por exemplo, se a fonte é de um periódico ou 
de um livro de um autor conhecido da literatura. Dessa 
forma, pode-se inferir que o texto não literário apresenta 
uma informação e a importância é no que se diz, enquanto 
o texto literário o mais importante é a forma, o como se 
diz.. 
Além disso, os elementos verbais e não verbais, podem 
aparecer em um texto de forma integrada ou independente, 
apenas compartilhando o mesmo espaço. Logo, deve-se 
perceber o nível de interação entre os elementos para 
melhor interpretar um texto e saber decodificar a 
interação que os elementos possuem e que mensagem 
veiculam ao leitor. 
Por fim, em um texto verbal, deve-se: 
 
- Observar quem fala no texto: eu lírico (poema), narrador, 
cronista, articulista (prosa); 
- Perceber o ponto de vista do enunciador, ou seja, a 
utilização da 1ª pessoa pessoa (visão particular) ou da 3º 
pessoa (visão coletiva); 
- Analisar os aspectos linguísticos (gramaticais), 
lexicais (escolha vocabular) e estilística (como se faz o 
uso da gramática); 
- Descobrir o estilo do poema; -Identificar recursos 
expressivos (figuras e funções da linguagem); 
-Relacionar à época contextual. 
 
• Como Interpretar textos não-verbais 
 
Interpretar textos não verbais ou mistos envolve as 
seguintes operações: analisar, explicar, identificar, 
comparar, etc. Porém esses tipos de texto requerem do 
estudante sensibilidade para ler outros códigos, como os 
gestos, as expressões fisionômicas, as cores, a própria 
imagem, e aquilo que está nas entrelinhas. 
 
• Orientações para ler e Interpretar textos mistos 
 
5. Olhe quadro a quadro; 
6. Perceba objetos, pessoas, atividades; 
7. Note frases e palavras; 
8. Observe se há intertextualidade; 
9. Considere as expressões faciais, os gestos, as cores e 
outros códigos não verbais. 
 
1.1 Ortografia 
 
A ortografia oficial da Língua Portuguesa é a parte da 
gramática que tem a finalidade de estudar a forma correta de 
escrever as palavras. Para isso, são observados os padrões, 
regras e o uso correto dos sinais de pontuação e acentuação. 
 
A palavra grega orthos faz referência a ideia daquilo que é 
reto, exato, direito. Já a palavra latina graphia significa 
escrever. Portanto, a prática da ortografia está ligada além 
da escrita correta, ao conhecimento das regras que 
enquadram a escrita nas condições da Língua Portuguesa, 
observando características etimológicas e fonológicas. Para 
tanto, aqui serão apresentados as regras ortográficas 
determinadas pela Língua Portuguesa. 
 
Acentos 
Em síntese, a acentuação tem como finalidade mudar o som 
de alguma letra, portanto, fazendo com que palavras escritas 
de forma semelhante sejam lidas de um jeito diferente e 
tenham significados diferentes. 
 
4 
 
 
Na Língua Portuguesa há quatro acentos gráficos, que 
podem ser definidos da seguinte forma: 
 
Acento agudo (´) – é usado em vogais para indicar que a 
sílaba em que ela se encontra é tônica, ou seja, possui o som 
mais forte. O acento agudo faz com que as palavras sejam 
pronunciadas de forma aberta: célebre, acarajé, filé. 
 
Acento circunflexo (^) – pode ser usado apenas nas vogais, 
A, E e O, indicando que elas devem ser pronunciadas de 
forma fechada: ângulo, ônus, ônibus, bônus. 
Til (~) – é ele que dá o som anasalado às vogais A e O: 
propõem, constituição, preposição, ação. 
 
Acento grave (`) – é usado para indicar a ocorrência de 
crase, assunto que será aprofundado em um tópico seguinte. 
 
X e CH 
 
Na hora de escrever, uma das dúvidas mais recorrentes diz 
respeito ao uso do X e do CH. Ainda mais porque, além de 
conhecer as regras, é necessário conhecer também as 
exceções. 
 
Para fixar o uso correto de cada uma das situações a seguir, 
o ideal é ter uma boa rotina de leitura para assimilar a grafia 
correta das palavras. Observem os usos adequados de cada 
um deles. 
 
Uso do X e CH nas palavras provenientes do latim: 
 
CH: quando são traduzidas do latim para o português, as 
sequências “pl” “fl” e “cl” transformam-se em CH. 
 
Exemplos: 
planus – chão flamma – chama clamare – chamar 
 
X: palavras originárias do X latino ou quando há palatização 
do S em grupos ssi ou sce: 
 
Exemplos: examen – exame luxu – luxo 
laxare – deibar pisce – peixe passione – paixão 
 
Casos em que o CH é utilizado: 
Em palavras de origem francesa (chofer (chauffeur), creche 
(crèche), debochar (débaucher), fetiche (fétiche), guichê 
(guichet) e champignon (champignon) 
 
Casos em que o X é utilizado: 
 
Depois de ditongos (peixe, ameixa e caixa) 
 
Algumas exceções são as palavras guache, recauchutar e 
caucho. 
 
• Em palavras iniciadas pela sílaba “en”: enxada, enxerto e 
enxurrada; 
 
Neste caso há duas exceções. A primeira diz respeito à 
palavra enchova, que é um regionalismo da palavra 
anchova, que tem origem genovesa: anciua. 
 
A segunda exceção são as palavras formadas pela sílaba 
inicial “en”, seguidas por radical com “ch”. Alguns 
exemplos são: enchente, enchumaçar e encharcar. 
 
• Em palavras iniciadas pela sílaba: “me” (mexilhão, 
México e mexer). 
 
Aqui, a exceção é a palavra mecha (referindo-se aos 
cabelos) cuja origem é francesa, da palavra mèche. Algumas 
vezes a confusão pode ser ocasionada por conta da palavra 
mexe (do verbo mexer) que é grafada com x. 
 
• Em palavras de origem tupi (capixaba, caxumba, xaxim, 
queixada, Pataxó, abacaxi, araxá e Xingu). 
 
Um das exceções é a palavra que nomeia a cidade 
catarinense de Chapecó, que é uma derivação do tupi 
Xapeco e quer dizer, da donde se avista o caminho da roça. 
 
• Em palavras de origem africana (afoxé, axé, xingar, xangô, 
maxixe, orixá, borocoxô, xodó e fuxico) 
 
• Algumas exceções são as palavras cachaça, chilique, e 
cachimbo. 
 
Em palavras de origem árabe (almoxarifado, elixir, haxixe, 
xarope, xadrez, xeque e enxaqueca) As exceções são as 
palavras alcachofra e chafariz. 
 
S ou Z 
 
Na hora de escrever, outra confusão frequente está 
relacionada ao uso do S e do Z. Conheça algumas regrinhas 
que podem auxiliar: 
 
• Casos em que o S é utilizado: 
 
Em palavras que derivam de uma primitiva grafada com s 
(casa – casinha, casarão, análise – analisar e pesquisa – 
pesquisar) 
 
Como exceção podemos citar: catequese – catequizar. 
 
5 
 
 
• Após ditongo quando houver o som de z (coisa e maisena) 
 
• Nos sufixos “ês”, “esa”, “esia” e “isia”, quando indicarem 
nacionalidade, título ou origem (burguesia, portuguesa, 
poetisa e camponês) 
 
A exceção é a palavra juíza, que deriva do masculino, juiz. 
 
 
• Na conjugação dos verbos pôr e querer (ele pôs, ele quis, 
e nós quisemos) 
 
• Nos sufixos gregos “ase”, “ese”, “ise” e “ose” (crise, tese, 
frase e osmose) As exceções são as palavras deslize e 
gaze. 
• Em palavras terminadas em “oso” e “osa” (gostosa e 
populoso) 
 
Casos em que o Z é utilizado:• Palavras terminadas em ez e eza serão escritas com z 
quando se tratarem de substantivos abstratos provenientes 
de adjetivos, portanto, indicando uma qualidade (certeza, 
nobreza, maciez e sensatez) 
 
• Utiliza-se o z nas palavras derivadas com os sufixos 
“zinho” “zito” “zada” “zarrão”, “zorra”, “zudo”, “zeiro”, 
“zal” e “zona” (cafezal, homenzarrão, papelzinho e 
açaizeiro) 
 
As exceções ocorrem quando o radical da palavra de origem 
possui o s: casa – casinha, asa – asinha e Teresa – Teresinha. 
 
• Quando a derivação resultam em verbos terminados com o 
som de “izar” (economizar e aterrorizar) 
 
Da mesma forma, há exceção quando o radical da palavra de 
origem possui o s: analisar e improvisar. 
 
C, Ç, S e SS 
 
Outra parte, ainda mais confusa, são as possibilidades de uso 
do c, ç, s e ss. Entretanto, as regrinhas são muito simples e 
fáceis de serem entendidas. 
• O C tem valor de S com as vogais E e I. Antes de A, O ou 
U, utiliza-se o Ç (ocioso, acetato, açúcar e aço) 
 
• Depois de consoante, utiliza-se S. Entre vogais, o correto é 
usar SS (concurso e pessoa) 
 
• O S é utilizado em palavras que derivam de verbos 
terminados em “correr” “pelir” e “ergir” (compelir – 
compulsório, discorrer – discurso e imergir – imersão) 
 
• Os verbos terminados em “dar” “der” “dir” “ter” “tir” e 
“mir” recebem o S quando perdem as letras D, T e M em 
suas derivações (redimir – remissão – remisso, expandir – 
expansão – expansível e iludir – ilusão – ilusório) 
 
• Verbos não terminados em “dar” “der” “dir”, “ter” “tir” e 
“mir” recebem Ç quando mudam o radical (excetuar – 
exceção e proteger – proteção) 
 
• Verbos que mantêm o radical recebem Ç em suas 
derivações (fundir – fundição e reter 
– retenção) 
 
• Utiliza-se C ou Ç após o ditongo quando houver som de S 
(traição e coice) 
 
• Utiliza-se C ou Ç nos sufixos “aça”, “aço”, “ação”, “çar”, 
“ecer’, “iça”, “iço”, “nça”, “uça”, “uço” (esperar – 
esperança, dente – dentuço, rico – ricaço e merece – 
merecer) 
 
• Em palavras de origem árabe (açude, alface, alvoroço, 
celeste, cetim, açoite, açafrão) Algumas exceções são 
arsenal, safra, salada e carmesim. 
• Em palavras de origem tupi (camaçari, açaí, cacique, 
piaçava, paçoca, Iguaçu e cupuaçu) 
 
• Em palavras de origem africana (caçula, cachaça, miçanga, 
lambança, cangaço e jagunço) 
 
G e J 
 
Em relação ao uso do G e J é seguida a mesma tendência. 
Além de ter várias regras, há, ainda, diversas exceções. 
Confira quais são as principais e nunca mais erre a grafia 
dessas palavras. 
 
Nas palavras originárias do latim e do grego, 
normalmente, o G da Língua Portuguesa é equivalente. 
 
Latim 
gestu – gesto gelu – gelo agitare – agitar 
Grego gymnastics – ginástica hégemonikós – hegemônico 
 
Em relação ao J, ele não existe nem no latim e nem no grego 
clássico. Portanto, ele ocorre quando há consonantização do 
I semiconsoante latino ou palatalização do S + I, ou do 
 
6 
 
grupo DI + Vogal. 
 
Casos em que o G é utilizado: 
• Quando a palavra é derivada de outras palavras grifadas 
com G (faringite – faringe e selvageria – selvagem) 
 
Algumas exceções são coragem – corajoso e viagem – 
viajar. 
 
 
• Quando as palavras terminam nos sufixos “ágio”, “égio”, 
“ígio”, “ógio” e “úgio” (refúgio, prestígio e sacrilégio) 
 
• Utiliza-se G quando os substantivos são terminados em 
“gem” (sondagem, viagem e passagem) 
 
Exemplos de exceção são as palavras pajem e lambujem. 
 
• Quando os verbos são terminados em “ger” e “gir” (eleger 
e rugir) 
 
• Depois de R (divergir esubmergir) 
• Casos em que o J é utilizado: 
• Nas palavras derivadas de outras que são grafadas com J 
(lojista – loja, gorjeta – gorja). 
 
• Nos verbos terminados em “jar” (arranjar, encorajar, 
enferrujar) 
 
• Palavras de origem árabe (azulejo, berinjela, jaleco, jarra, 
laranja) Algumas exceções são giz, girafa e álgebra 
 
• Em palavras de origem tupi (jururu, maracujá, jerimum, 
marajó, jibóia). Sergipe é uma exceção. 
 
• Palavras que possuem origem africana (jabá, Iemanjá, 
acarajé, jiló, Jurema) Mal e mau 
É uma das dúvidas mais frequentes, que as duas palavras são 
muito parecidas. 
 
Vejamos, 
 
A palavra mal é oposto de bem, enquanto a palavra mau é 
oposto de bom. Basta fazer a substituição para perceber se o 
uso é correto, ou não. 
 
Vale lembrar, ainda, que quando estiver acompanhado de 
artigo ou pronome, mal será um substantivo. 
 
Exemplo: Sofro desse mal desde os dez anos de idade. 
Porém, quando modificar um verbo ou adjetivo, mal será 
um advérbio. 
 
Exemplo: Chegou em casa e mal olhou para o marido. 
Na direção contrária, a palavra mau sempre é usada como 
um adjetivo. 
 
Exemplo: Os maus exemplos não devem ser seguidos. 
 
Uso dos porquês 
 
Há quatro categorias distintas e cada uma delas com um uso. 
Entretanto, depois de entender com elas funcionam, o uso 
dos porquês se tornará muito mais simples. 
 
Porque (junto e sem acento) – é usado basicamente em 
respostas e explicações, indicando a causa ou explicação de 
algo. Pode ser substituído por: pois, uma vez que, dado que, 
visto que, etc. 
 
Exemplo: Não vou ao shopping porque estou me sentindo 
mal. 
 
Por que (separado e sem acento) – é usado para fazer 
perguntas ou para fazer relação com um termo anterior da 
oração. Confira algumas formas de substituí-lo: por qual 
razão e por qual motivo. 
 
Exemplo: Por que você não cumpriu o acordo de venda? 
 
Por quê (separado e com acento) – é usado no final de 
frases interrogativas, podendo ser seguido tanto por ponto de 
interrogação, quanto por ponto final. 
 
Exemplos: Minha irmã foi embora sem que eu soubesse o 
por quê. Você deixou o caderno em casa por quê? 
 
Porquê (junto e com acento) – é usado para indicar o 
motivo, razão ou causa de alguma coisa. Sempre aparece 
acompanhado de artigos definidos ou indefinidos, mas pode 
aparecer, ainda, acompanhado de numeral ou pronome. 
 
Exemplo: Gostaria de saber os porquês de eu não ter sido 
convidada para a festa do condomínio. 
 
Resumindo: 
Porque – Usado em respostas. 
Por que – Usado no início de uma questão. 
Por quê – Usado no fim de perguntas. 
Porquê – Usado como substantivo. 
 
 
 
 
 
7 
 
1.2 Sintaxe 
 
Sintaxe de regência 
 
Chama-se regência à relação estabelecida, na oração, entre 
um termo regente e um termo regido. A regência pode ser 
classificada em regência verbal ou regência nominal, 
conforme a natureza do termo regente: 
• Na regência verbal o termo regente é um verbo; 
 
• Na regência nominal o termo regente é um nome. 
 
O termo regente depende do termo regido. O sentido do 
termo regente permanece incompleto sem a presença do 
termo regido. 
 
Regência verbal: 
Termo regente: verbo 
Termos regidos: objeto direto e objeto indireto 
 
Regência verbal 
 
Regência verbal é a relação que existe entre um verbo e o 
termo da oração que o complementa, ou seja, a regência 
verbal é estabelecida entre o verbo e os complementos 
verbais. 
 
Na regência verbal há um termo regente que estabelece uma 
relação com um termo regido. O termo regente é sempre o 
verbo e o termo regido é o complemento verbal. Quando o 
termo regido é um objeto direto, a regência verbal é 
estabelecida através de uma preposição. 
 
Exemplo de regência verbal 
Ele não se lembrou do nosso acordo. 
Termo regente = verbo = lembrou-se 
Termo regido = objeto indireto = do nosso acordo 
Preposição que estabelece a regência = de (de + o = do) 
 
Regência verbal com preposição 
Os verbos transitivos indiretos estabelecem regência com o 
objeto indireto com a presença obrigatória de uma 
preposição. 
 
Exemplos de regência verbal preposicionada: 
 Eu duvidei da opinião do garoto. 
 O aluno respondeu à pergunta da professora. 
 O objeto indireto responde principalmente às perguntas de 
quê? para quê? de quem? para quem? em quem?. 
 
Exemplosde verbos que exigem preposição para 
regência verbal 
 
Verbos chegar, ir e voltar 
Quando indicam destino ou direção = ir a, ir de, ir para, 
voltar a, voltar de, voltar para, chegar a, chegar de, chegar 
para. 
 Fui à feira comprar melancia. 
Voltei para Pernambuco. 
Cheguei da escola ao meio-dia. 
 
Verbo comparecer 
Quando indica local = comparecer a ou comparecer em. 
Compareci ao escritório no domingo para resolver um 
problema. 
Compareci no escritório no domingo para resolver um 
problema. 
 
Verbo assistir 
Quando significa ver ou presenciar = assistir a. 
Meus vizinhos assistiram ao acidente e ficaram muito 
perturbados. 
 
Verbo aspirar 
Quando significa desejar, pretender ou ambicionar = aspirar 
a. 
Mariana aspira ao papel principal naquela peça. 
 
Verbo visar 
Quando significa desejar, pretender ou ambicionar = visar a. 
Mariana visa ao papel principal naquela peça. 
 
Verbos esquecer-se e lembrar-se 
Quando são verbos pronominais = esquecer-se de e 
lembrar-se de. 
 Não me esqueci de seu aniversário. 
Não me lembrei de seu aniversário. 
 
Verbo preferir 
 
Quando se prefere algo a alguma coisa = preferir a. 
Eu prefiro suco de melão a suco de laranja. 
 
Verbos implicar e simpatizar 
Quando se referem a simpatizar ou antipatizar com alguém, 
bem como incomodar = implicar com e simpatizar com. 
Pare de implicar com meu filho! 
 Nunca simpatizei com ela. 
 
Verbo querer 
Quando tem sentido de estimar ou de querer bem = querer a. 
Quero muito a minha filha. Verbo obedecer Quando se 
obedece a alguém ou a alguma coisa = obedecer a. 
Aquele aluno nunca obedece à professora. 
 
Verbo responder 
 
8 
 
Quando se responde a alguém ou a alguma coisa = responde 
a. 
Pedro não soube responder ao que lhe foi perguntado. 
 
Verbo agradar 
Quando significa contentar ou satisfazer = agradar a. 
O serviço realizado agradou ao diretor da empresa. 
Verbos avisar, comunicar, advertir, prevenir,… 
Com sentido de informar com antecedência = avisar a, 
comunicar a, advertir a, prevenir a,… 
Avisei ao diretor que os funcionários estão descontentes. 
Comuniquei ao diretor que os funcionários estão 
descontentes. 
Adverti ao diretor que os funcionários estão descontentes. 
 Preveni ao diretor que os funcionários estão descontentes. 
 
Verbo perdoar 
Quando se perdoa a uma pessoa, não uma coisa = perdoar 
a. 
Nunca perdoarei a minha mãe por me ter abandonado. 
 
Verbo pagar 
 Quando se paga a uma pessoa, não uma coisa = pagar a. 
 Pagou ao empregado o que lhe devia, antes de o despedir. 
 
 Verbos morar e residir 
Quando indica local = morar em e residir em. 
Meu irmão mora em Londres há três anos. 
Meu irmão reside em Londres há três anos. 
 
Verbo proceder 
 Com sentido de realizar ou dar início = proceder a. 
Procederemos à destruição das peças defeituosas. 
 
Observação 
 Existem vários verbos que têm um sentido quando exigem 
preposição e outro sentido quando não exigem preposição. 
 
Verbo querer 
Com sentido de desejar = transitivo direto = regência sem 
preposição. 
 
Exemplo: 
Eu quero uns patins novos. 
Com sentido de gostar e querer bem = transitivo indireto = 
regência com preposição. 
 
Exemplo: 
Eu quero a meu irmão. 
 
Lista de verbos e preposições para a regência verbal 
 
Para estabelecer regência verbal, as preposições mais 
utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre: 
• abdicar de; 
• advertir a; 
• agradar a; 
• agradecer a; 
• alertar sobre; 
• ansiar por; 
• apaixonar-se por; 
• apoiar-se em; 
• aspirar a; 
• assistir a, assistir em; 
• avaliar em; 
• avisar a, avisar de; 
• cair sobre; 
• chegar a, chegar de, chegar para; 
• chorar por; 
• começar por; 
• comparecer a, comparecer em; 
• comungar com; 
• comunicar a; 
• concentrar em; 
• constar de; 
• continuar em; 
• convidar para; 
• convocar para; 
• dedicar a; 
• deitar-se a; 
• desafiar para; 
• desagradar a; 
• desdenhar de; 
• empatar em, empatar por, empatar com; 
• emprestar a, emprestar de, emprestar para; 
• encontrar-se com; 
• ensaiar para; 
• esforçar-se para; 
• esquecer de; 
• excluir de; 
• gostar de; 
• guarnecer com; 
• habilitar para; 
• habituar-se a; 
• impedir de, impedir que; 
• implicar com; 
• imputar a; 
• incorrer em; 
• indignar-se com; 
• informar de; 
• ingressar em; 
• interessar-se por; 
• ir a, ir de, ir para; 
 
9 
 
• lembrar-se de; 
• libertar de; 
• matizar de; 
• meditar sobre; 
• mexer em, mexer com, mexer de; 
• morar em; 
• morrer de; 
• namorar com. 
• necessitar de; 
• obedecer a; 
• obrigar a; 
• orar por; 
• pagar a; 
• parecer com; 
• participar em; 
• pedir a; 
• usufruir de; 
• uniformizar com; 
• trocar por; 
• tremer de; 
 • tratar de; 
 • transformar em; 
• teimar em; 
• tapar com; 
• sujeitar-se a; 
• suceder a; 
• sonhar com; 
• sobreviver a; 
• simpatizar com; 
• sentar a, sentar em; 
• rogar por; 
• responder a; 
 • residir em; 
 • regular-se por; 
 • referir-se a; 
• recair sobre; 
• querer a; 
• propender para; 
• proceder a; 
• prevenir a; 
• prevalecer sobre; 
 • preferir a; 
• precisar de; 
• precaver-se de; 
• pertencer a; 
• perdoar a; 
• vangloriar-se de; 
 • vedar a; 
• viciar-se em; 
• vingar-se de; 
• visar a; 
• voltar a, voltar de, 
•voltar para; 
• zangar-se com. 
 
Regência verbal sem preposição 
 
Os verbos transitivos diretos estabelecem regência com o 
objeto direto sem a presença obrigatória de uma preposição. 
Exemplos de regência verbal sem preposição: 
 
Mariana comeu o quibe. 
 Mirim esperava a irmã. 
 
O objeto direto responde principalmente às perguntas o quê? 
ou quem?. 
 
Regência nominal 
 
Regência nominal é a relação que um nome estabelece com 
o seu complemento através de uma preposição. Esse nome 
pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. 
 
O complemento, chamado de complemento nominal, 
completa o significado do nome, que teria o seu sentido 
incompleto sem esse complemento. 
 
Exemplos de regência nominal 
 
Infelizmente, uma boa educação ainda não é acessível a 
todos. 
 Meu namorado sempre foi amoroso com meu filho. 
 Ele parece estar descontente com a vida. 
 Por favor, tenha respeito por mim! 
Preposições usadas na regência nominal 
 
 
Para estabelecer regência nominal, as preposições mais 
utilizadas são: a, de, com, em, para, por. 
Regência nominal com a preposição A 
 
• acessível a; 
• agradável a; 
• alheio a; 
• análogo a; 
• anterior a; 
• apto a; 
• atento a; 
• avesso a; 
• cego a; 
• cheiro a; 
• comum a; 
 
10 
 
• contrário a; 
• desatento a; 
• equivalente a; 
• estranho a; 
• favorável a; 
• fiel a; 
• grato a; 
• horror a; 
• idêntico a; 
• inacessível a; 
• indiferente a; 
• inerente a; 
• necessário a; 
• nocivo a; 
• oposto a; 
• perpendicular a; 
• posterior a; 
• prestes a; 
• surdo a; 
• visível a. 
 
 Regência nominal com a preposição DE 
 
• amante de; 
• amigo de; 
• ávido de; 
• capaz de; 
• cheio de; 
• cobiçoso de; 
• contemporâneo de; 
• desejoso de; 
• diferente de; 
• difícil de; 
• digno de; 
• dotado de; 
• fácil de; 
• impossível de; 
• incapaz de 
;• inimigo de; 
• livre de; 
• longe de; 
• louco de; 
• maior de; 
• natural de; 
• obrigação de; 
• orgulhoso de; 
• passível de; 
• possível de; 
• sedento de; 
• seguro de; 
• sonho de. 
 
 Regência nominal com a preposição COM 
 
• amoroso com; 
• aparentado com; 
• caritativo com; 
• compatível com; 
• cruel com; 
• cuidadoso com; 
• descontente com; 
• furioso com; 
• impaciente com; 
• intolerante com; 
• liberal com; 
• solícito com. 
 
Regência nominal com a preposiçãoEM 
 
• doutor em; 
• exato em; 
• firme em; 
• hábil em; 
• incessante em; 
• indeciso em; 
• interesse em; 
• lento em; 
• morador em; 
• negligente em; 
• parco em; 
• perito em; 
• primeiro em; 
• versado em. 
 
Regência nominal com a preposição PARA 
 
• apto para; 
• bastante para; 
• bom para; 
• essencial para; 
• impróprio para; 
• inútil para; 
• mau para; 
• pronto para; 
• próprio para. 
 
 Regência nominal com a preposição POR 
 
•admiração por; 
• ansioso por; 
• devoção por; 
 
11 
 
• respeito por; 
• responsável por. 
 
Regência nominal e complemento nominal 
 
 O complemento nominal é o termo regido. Completa o 
sentido de um nome que, sozinho, tem significado 
incompleto. Vem sempre precedido de uma preposição. O 
complemento nominal pode ser representado por um 
substantivo, por um pronome, por um numeral e até por uma 
oração subordinada substantiva completiva nominal. 
 
Exemplos de complemento nominal 
 
Tenho muita saudade de você! 
Pedro sempre sentiu ciúme de Luísa. 
 Por vezes, ele é cruel com os animais. 
 É indispensável haver respeito por todos. 
 
 Regência nominal e regência verbal 
 
Na regência nominal, o termo regente é um nome. 
 
Na regência verbal, o termo regente é um verbo. 
 
Assim, a regência verbal é a relação que um verbo 
estabelece com os seus complementos (objeto direto e objeto 
indireto), bem como com adjunto adverbial, que o 
caracteriza. 
 
Alguns verbos necessitam obrigatoriamente de uma 
preposição para estabelecer regência verbal: 
• obedecer a; 
• simpatizar com; 
• comparecer em; 
• esquecer-se de; 
• proceder a; 
• morrer de; 
• tapar com; 
• esforçar-se para; 
• teimar em; 
• alertar sobre; 
• trocar por; 
• … 
 
Sintaxe da Concordância verbal e nominal 
 
Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que 
estuda a conformidade estabelecida entre cada componente 
da oração. Enquanto a concordância verbal se ocupa da 
relação entre sujeito e verbo, a concordância nominal se 
ocupa da relação entre as classes de palavras: 
 
concordância verbal = sujeito e verbo 
 
concordância nominal = classes de palavras 
Exemplificação: Nós estudaremos regras e exemplos 
complicados juntos. 
 
Observem: 
Na oração acima, temos esses dois tipos de concordância: 
Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos), 
estamos diante de um caso de concordância verbal. 
Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam 
com o adjetivo (complicados), estamos diante de um caso de 
concordância nominal. 
 
Concordância Verbal 
Concordância verbal é a relação estabelecida de forma 
harmônica entre sujeito e verbo. Isso quer dizer que quando 
o sujeito está no singular, o verbo também deve estar; 
quando o sujeito estiver no plural, o verbo também estará. 
 
Exemplos: 
Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera. 
Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera. 
 
A seguir, serão explanadas as regras para se efetuar a 
Concordância Verbal da maneira prescrita pela Língua 
portuguesa: 
Regras para sujeito simples 
 
1. Sujeito coletivo 
Nesta situação, o verbo fica sempre no singular. 
Exemplo: 
A multidão ultrapassou o limite. 
 Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo 
pode ser conjugado no singular ou no plural. 
 Exemplo: A multidão de fãs ultrapassou o limite. A 
multidão de fãs ultrapassaram o limite. 
 
2. Coletivos partitivos 
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em 
coletivos partitivos, tais como "a maioria de", "a maior parte 
de", "grande número de". 
Exemplo: 
Grande número dos presentes se retirou. 
Grande número dos presentes se retiraram 
 
3. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de" 
 Nestes casos, o verbo concorda com o numeral. 
Exemplo: Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias. 
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário. 
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando 
reciprocidade, o verbo vai para o plural. 
Exemplo: Mais de uma professora se abraçaram. 
 
4. Nomes próprios 
Com nomes próprios, a concordância deve ser feita 
considerando a presença ou não de artigos. 
 
12 
 
 
Exemplo: 
 
Os Estados Unidos influenciam o mundo. Estados Unidos 
influencia o mundo. 
 
 5. Pronome relativo "que" 
O verbo deve concordar com o antecedente do pronome 
“que”. 
Exemplo: 
Fui eu que levei. Foste tu que levaste. Foi ele que levou. 
 
6. Pronome relativo "quem" 
O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular 
ou pode concordar com o antecedente do pronome "quem". 
 
Exemplo: 
 
Fui eu quem afirmou. 
Fui eu quem afirmei. 
 
7. Expressão "um dos que" 
 Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser 
conjugado no singular como no plural. 
 Exemplo: 
Ele foi um dos que mais contribuiu. Ele foi um dos que mais 
contribuíram. 
 
Regras para sujeito composto 
 
1. Sujeitos formados por sinônimos 
O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no 
singular e concordar com o núcleo mais próximo. 
Exemplo: 
Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência. Preguiça e 
lentidão destacou aquela gerência. 
 
2. Sujeito formado por palavras em graduação e 
enumeração 
Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar 
para o plural, como também pode concordar com o núcleo 
mais próximo. 
 
Exemplo: 
 
Um mês, um ano, uma década de poder não supriu a 
saúde. 
 
Um mês, um ano, uma década de poder não supriram a 
saúde. 
 
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes 
 
Nesta situação, o verbo vai para o plural e concorda com a 
pessoa, por ordem de prioridade. 
 
Exemplo: 
 
Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite. (eu, 1.ª 
pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa 
do singular tem prioridade e, no plural, ela equivale a nós, 
ou seja, "nós chegaremos". 
 
Jair e eu conseguimos comprar um apartamento. 
(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª 
pessoa do singular que tem prioridade. No plural, ela 
equivale a nós, ou seja, "nós conseguimos". 
 
4. Sujeitos ligados por "ou" 
 
Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural 
quando a ação verbal estiver se referindo a todos os 
elementos do sujeito. 
Exemplo: 
 
Doces ou chocolate desagradam ao menino. 
 
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o 
verbo concorda com o último elemento. 
 
Exemplo: 
 
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios. 
 
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos 
elementos, o verbo permanece no singular. 
Exemplo: 
 
 Laís ou Elisa ganhará mais tempo. 
 
5. Sujeitos ligados por "nem" Quando os sujeitos são ligados 
por "nem", o verbo vai para o plural. 
 Exemplo: 
Nem chuva nem frio são bem recebidos. 
 
6. Sujeitos ligados por "com" 
Quando semelhante à ligação "e", o verbo vai para o plural. 
Exemplo: 
O ator com seus convidados chegaram às 6 horas. 
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo 
concorda com o antecedente e o segmento "com" é grafado 
entre vírgulas: 
 Exemplo: 
 O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data 
da exposição. 
 
7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, 
quanto", "não só, como" 
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o 
núcleo mais próximo. 
Exemplo: 
 Tanto Rafael como Marina participaram da mostra. 
Tanto Rafael como Marina participou da mostra. 
 
 
13 
 
8. Partícula "se" 
No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação 
do sujeito, o verbo deve ser conjugado na 3.ª pessoa do 
singular. 
Exemplo: 
Confia-se em todos. 
 No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o 
verbo deve ser conjugado concordando com o sujeito da 
oração. 
Exemplo: 
Construiu-se uma igreja. 
Construíram-se novas igrejas.9. Verbos impessoais 
 Os verbos impessoais sempre são conjugados na 3.ª pessoa 
do singular. 
Exemplo: 
Havia muitos copos naquela mesa. 
Houve dois meses sem mudanças. 
 
10. Sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", 
"nenhum", "cada um" 
Neste caso, o verbo fica no singular. 
Exemplo: 
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a 
opinião. 
 
11. Sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem 
como" 
 O verbo é conjugado no plural. 
 Exemplo 
O trabalho, assim como a confiança, fizeram dela uma 
mulher forte. 
 
12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é 
menos de" 
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e 
quantidade, o verbo fica sempre no singular. 
Exemplo: 
Três vezes é muito. 
 
13. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora(s) 
O verbo sempre concorda com o sujeito. 
Exemplos: 
Deu uma hora que espero. 
Soaram duas horas. 
 
14. Indicações de datas 
O verbo deve concordar com a indicação numérica da data. 
 
Exemplo: 
Hoje são 2 de maio. 
Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia. 
Exemplo: Hoje é dia 2 de maio. 
 
15. Verbos no infinitivo 
 
Infinitivo impessoal 
Verbos no infinitivo não devem ser flexionados nas 
seguintes situações: 
a) quando têm valor de substantivo. 
 
Exemplo: 
Comer é o melhor que há. 
 b) quando têm valor imperativo. 
 
Exemplo: 
Vá dormir! 
c) quando são os verbos principais de uma locução verbal. 
 
Exemplo: 
Íamos sair quando você chegou. 
 d) quando são regidos por preposição. 
 
Exemplo: 
Começamos a cantar. 
 
Infinitivo pessoal 
Verbos no infinitivo devem ser flexionados quando os 
sujeitos são diferentes e queremos defini-los. 
 
Exemplo: 
Comprei a pizza para eles comerem. 
 
Concordância Nominal 
 
Concordância nominal é a relação que se estabelece entre as 
classes de palavras (nomes). É o que faz com que 
substantivos concordem com pronomes, numerais e 
adjetivos, entre outros. 
 
Exemplo: Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas 
na biblioteca. Neste caso, pronome, numeral e adjetivo 
concordam com o substantivo "obras". "Estas" e não "estes" 
obras, pronome que está no plural, já que a oração refere que 
são três e não apenas uma obra maravilhosa. 
E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o 
substantivo está no plural e é feminino, ou seja, tudo muito 
bem combinado. 
 
Regras de Concordância Nominal 
 
1. Adjetivo e um substantivo 
O adjetivo deve concordar em gênero e número com o 
substantivo. 
 
Exemplo: 
Que pintura bonita! 
 
1.1. Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve 
concordar com aquele que está mais próximo. 
 
Exemplo: 
Que bonita pintura e poema! 
 
14 
 
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo 
deve ficar no plural. 
 
Exemplo: 
Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição• 
dos grandes Roberto Carlos e Erasmo Carlos em 
homenagem à Caetano Veloso. 
 
1.2. Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo 
vem depois dos substantivos, deve concordar com aquele 
que está mais próximo ou com todos eles. 
 
Exemplos: 
Que pintura e poema bonito! 
Que poema e pintura bonita! 
Que pintura e poema bonitos! 
Que poema e pintura bonitos! 
 
2. Substantivo e mais do que um adjetivo 
 
Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um 
adjetivo, a concordância pode ser feita das seguintes formas: 
 
2.1. Colocando o artigo antes do último adjetivo. 
 
Exemplo: 
 Adoro a comida italiana e a chinesa. 
 
 2.2. Colocando o substantivo e o artigo que o antecede no 
plural. 
 Exemplo: 
Adoro as comidas italiana e chinesa. 
 
3. Números ordinais 
3.1. Nos casos em que há número ordinais antes do 
substantivo, o substantivo pode ser usado tanto no singular 
como no plural. 
 
Exemplos: 
A segunda e a terceira casa. 
A segunda e a terceira casas. 
3.2. Nos casos em que há número ordinais depois do 
substantivo, o substantivo deve ser usado no plural. 
 
Exemplo: 
 As casas segunda e terceira. 
 
Expressões 
 
Anexo 
 A palavra "anexo" deve concordar em gênero e número 
com o substantivo. 
 
Exemplos: 
Segue anexo o recibo. 
Segue anexa a fatura. 
 Mas, a expressão "em anexo" não varia. 
 
Exemplo: 
Segue em anexo a fatura. 
 
Bastante (s) 
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve 
concordar em gênero e número com o substantivo. 
 
 Exemplo: Recebemos bastantes telefonemas. 
Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não 
varia. 
 
Exemplo: 
Eles cantam bastante bem. 
 
Meio 
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve 
concordar em gênero e número com o substantivo. 
 
Exemplos: 
Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo. 
Atrasado, tomou meia xícara de leite e saiu correndo. 
Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não 
varia. 
 
Exemplo: 
 Ele é meio maluco. 
 Ela é meio maluca. 
Menos 
 
A palavra "menos" não varia. 
Exemplos: 
Hoje, tenho menos alunos. 
 Hoje, tenho menos alunas. 
 
É proibido, é bom, é necessário 
 
As expressões "é proibido, é bom, é necessário" não variam, 
a não ser que sejam acompanhadas por determinantes que as 
modifiquem. 
 
Exemplos: 
 É proibido entrada. 
 É proibida a entrada. 
Verdura é bom. 
A verdura é boa. 
Paciência é necessário. 
A paciência é necessária. 
 
Sintaxe da colocação 
 
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos 
átonos, embora possam ser dispostos de maneira livre, 
possuem uma posição adequada na oração. Quando há 
liberdade de posição desses termos, o enunciado poderá 
assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é 
bem-vindo. 
 
15 
 
 
Existem três possíveis colocações para os pronomes 
oblíquos átonos: 
 
Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo. 
 
Veja os exemplos: 
 
Não se esqueça de comprar novos livros. 
Não me fale novamente sobre esse assunto. 
Aqui se vive melhor do que na cidade grande. 
Tudo me incomoda quando não estou em casa. 
Quem te chamou para a festa? 
 
Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro 
do presente ou no futuro do pretérito do indicativo. 
 
O pronome surge intercalado ao verbo. 
 
A mesóclise é mais encontrada na linguagem literária ou na 
língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá 
ser eliminada. 
 
Observe os exemplos: 
 
 Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas. (Direi + lhe) 
Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o 
campo. (convidariam + me) 
 
Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à 
sequência verbo-complemento. 
 
Observe os exemplos: 
 
Diga-me o que você fez nas férias. 
Espero encontrá-lo (la) na festa hoje à noite. 
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e 
comida. 
 
1.3 Morfologia: substantivo 
 
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um 
nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras 
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, 
pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: 
 
- lugares: Alemanha, Porto Alegre... 
- sentimentos: raiva, amor... 
- estados: alegria, tristeza... 
- qualidades: honestidade, sinceridade... 
- ações: corrida, pescaria... 
 
Morfossintaxe do substantivo 
 
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral 
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua 
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto 
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda 
funcionar como núcleo do complemento nominal ou do 
aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto 
ou como núcleo do vocativo. Também encontramos 
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de 
adjuntos adverbiais - quando essas funções são 
desempenhadas por grupos de palavras. 
 
Você sabia que a palavra substantivo também pode ser um 
adjetivo?Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, 
do Dicionário de usos do português do Brasil, de Francisco 
S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepções se 
referem à palavra em sua atuação como adjetivo. 
 
Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado] 
 
1- que tem substância ou essência: destacava-se entre os 
homens hábeis daquele país o hábito de fazer uma conversa 
prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantiva 
ganhasse clara configuração (REP); se olham as coisas não 
pelos resultados substantivos(VEJ); 
2- essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um 
modo substantivo e positivo(LC) 
3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento 
adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra 
(VEJ) 
4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito: 
onde é que está a ideia substantiva no meio desses 
adjetivos?(CNT) . Nm 
5- palavra que por si só designa a substância, ou seja, um ser 
real ou metafísico; palavra com que se nomeiam os seres, 
atos ou conceitos; nome: Há-kodesh é na origem um 
substantivo feminino (VEJ); Planctus era um particípio 
passado e não um substantivo (ACM) 
 
Classificação dos Substantivos 
 
Substantivos Comuns e Próprios 
 
Observe a definição: 
 
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e 
edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a 
sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em 
oposição aos bairros). 
Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e 
edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será 
chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um 
substantivo comum. 
 
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma 
mesma espécie de forma genérica. 
Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, 
cachorro. 
 
 
16 
 
Veja agora este outro exemplo: 
 
Estamos voando para Barcelona. 
 
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie 
cidade. Esse substantivo é próprio. 
 
Substantivo Próprio é aquele que designa os seres de uma 
mesma espécie de forma particular. 
Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 
 
Substantivos Concretos e Abstratos 
 
 
LÂMPADA MALA 
 
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com 
existência própria, que são independentes de outros seres. 
São assim, substantivos concretos. 
 
Substantivo Concreto é aquele que designa o ser que 
existe, independentemente de outros seres. 
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo 
real e do mundo imaginário. 
 
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, 
Brasília, etc. 
 
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. 
 
Observe agora: 
 
Beleza exposta 
 
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. 
 
O substantivo beleza designa uma qualidade. 
 
Substantivo Abstrato é aquele que designa seres que 
dependem de outros para se manifestar ou existir. 
 
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser 
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou 
coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se 
manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo 
abstrato. 
 
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, 
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser 
abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: 
 
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade 
(sentimento). 
 
Substantivos Coletivos 
 
Observe os exemplos: 
 
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra 
abelha, mais outra abelha. 
 
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. 
 
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. 
 
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi 
necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, 
mais outra abelha... 
 
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. 
 
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular 
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma 
espécie (abelhas). 
 
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. 
Substantivo Coletivo é o substantivo comum que, mesmo 
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma 
espécie. 
 
Lista de substantivos coletivos 
 
abelha - enxame, cortiço, colmeia; 
abutre - bando; 
acompanhante - comitiva, cortejo, séquito; 
alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada; 
aluno - classe; 
amigo - (quando em assembleia) tertúlia; 
animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região) 
fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova, (de carga) 
tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para 
reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia; 
anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria; 
apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, 
instrumental; 
aplaudidor - (quando pagos) claque; 
arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento; 
argumento - carrada, monte, montão, multidão; 
arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu; 
arroz - batelada; 
artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco; 
árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, 
(quando constituem maciço) arvoredo, bosque, (quando 
altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada; 
asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte; 
asno - manada, récova, récua; 
assassino - choldra, choldraboldra; 
assistente - assistência; 
astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) 
constelação; 
 
17 
 
ator - elenco; 
autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum; 
ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem; 
avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha; 
bala - saraiva, saraivada; 
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba; 
bêbado - corja, súcia, farândola; 
boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, 
manada, rebanho, tropa; 
bomba - bateria; 
borboleta - boana, panapaná; 
botão - (de qualquer peça de vestuário) abotoadura, (quando 
em fileira) carreira; 
burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando 
carregado) comboio; 
busto - (quando em coleção) galeria; 
cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme 
a separação) marrafa, trança; 
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; 
cabra - fato, malhada, rebanho; 
cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, 
renque; 
cálice - baixela; 
cameleiro - caravana; 
camelo - (quando em comboio) cáfila; 
caminhão - frota; 
canção - (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando 
populares de uma região) folclore; 
canhão - bateria; 
cantilena - salsada; 
cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha; 
capim - feixe, braçada, paveia; 
cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a 
eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção 
do papa) consistório; 
carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho; 
carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio, 
composição, (quando em desfile) corso; 
carta - (em geral) correspondência; 
casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, 
quadra; 
castanha - (quando assadas em fogueira) magusto; 
cavalariano - (de cavalaria militar) piquete; 
cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel; 
cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, 
tropilha; 
cavalo - manada, tropa; 
cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, 
enfiada, réstia; 
cédula - bolada, bolaço; 
chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca; 
célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido; 
cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando em 
feixes) meda, moreia; 
cigano - bando, cabilda, pandilha; 
cliente - clientela, freguesia; 
coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, 
coleção, cópia, enfiada, (quando antigas e em coleção 
ordenada) museu, (quando em lista de anotação) rol, relação, 
(em quantidade que se pode abranger com os braços) 
braçada, (quando em série) sequência, série, sequela, 
coleção, (quando reunidas e sobrepostas)monte, montão, 
cúmulo; 
coluna - colunata, renque; 
cônego - cabido; 
copo - baixela; 
corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) 
maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem; 
correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem; 
credor - junta, assembleia; 
crença - (quando populares) folclore; 
crente - grei, rebanho; 
depredador - horda; 
deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara, 
assembleia; 
desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, 
turba; 
diabo - legião; 
dinheiro - bolada, bolaço, disparate; 
disco - discoteca; 
doze - (coisas ou animais) dúzia; 
 
Formação dos Substantivos 
 
Substantivos Simples e Compostos 
Observe a definição: 
Chuva: subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. 
 
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou 
radical. É um substantivo simples. 
Substantivo Simples é aquele formado por um único 
elemento. 
 
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. 
 
Veja agora: 
 
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos 
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto. 
 
Substantivo Composto é aquele formado por dois ou mais 
elementos. 
 
Outros exemplos: beija-flor, passatempo. 
 
Substantivos Primitivos e Derivados 
 
Veja: 
 
Meu limão meu limoeiro, 
meu pé de jacarandá... 
 
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de 
nenhum outro dentro de língua portuguesa. 
 
18 
 
 
Substantivo Primitivo é aquele que não deriva de nenhuma 
outra palavra da própria língua portuguesa. 
 
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir 
da palavra limão. 
 
Substantivo Derivado é aquele que se origina de outra 
palavra. 
 
Flexão dos Substantivos 
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável 
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por 
exemplo, pode sofrer variações para indicar: 
Plural: meninos 
Feminino: menina 
Aumentativo: meninão 
Diminutivo: menininho 
 
Flexão de Gênero 
 
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo 
real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois 
 
gêneros: masculino e feminino. 
 
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem 
vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos 
de filmes: 
 
O velho e o mar 
Um Natal inesquecível 
Os reis da praia 
 
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem 
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: 
 
A história sem fim 
Uma cidade sem passado 
As tartarugas ninjas 
 
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes 
 
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes 
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está 
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, 
uma para o masculino e outra para o feminino. 
 
Observe: 
gato - gata 
homem - mulher 
poeta - poetisa 
prefeito - prefeita 
 
Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma 
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o 
feminino. 
 
Classificam-se em: 
Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por 
exemplo: 
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré 
fêmea. 
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por 
exemplo: 
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o 
ídolo, o indivíduo. 
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por 
meio do artigo. Por exemplo: 
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. 
 
Saiba que: 
- Substantivos de origem grega terminados em -ema ou -
 oma são masculinos. 
Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o 
sintoma, o teorema. 
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, 
variam em seu significado. 
Por exemplo: 
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) 
o capital (dinheiro) e a capital (cidade) 
 
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes 
a) Regra: troca-se a terminação -o por -a. Por exemplo: 
aluno - aluna 
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao 
masculino. Por exemplo: 
freguês - freguesa 
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de 
três formas: 
- troca-se -ão por -oa. Por exemplo: 
patrão - patroa 
- troca-se -ão por -ã. Por exemplo: 
campeão - campeã 
-troca-se -ão por ona. Por exemplo: 
solteirão - solteirona 
Exceções: 
barão - baronesa 
ladrão- ladra 
sultão - sultana 
d) Substantivos terminados em -or: 
- acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: 
doutor - doutora 
- troca-se -or por -triz: 
imperador - imperatriz 
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: 
-esa - -essa- -isa- 
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa 
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa 
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final 
por -a: 
elefante - elefanta 
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e 
no feminino: 
 
19 
 
bode - cabra 
boi - vaca 
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, 
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: 
czar - czarina 
réu - ré 
 
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes 
 
Epicenos 
 
Observe: 
 
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. 
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso 
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma 
para indicar o masculino e o feminino. 
 
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para 
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados 
de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a 
necessidade de especificar o sexo, utilizam-se 
palavras macho e fêmea. 
 
Por exemplo: a cobra 
 
A cobra macho picou o marinheiro. 
 
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. 
 
Sobrecomuns 
 
Entregue as crianças à natureza. 
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo 
masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, 
nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar 
o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: 
A criança chorona chamava-se João. 
A criança chorona chamava-se Maria. 
 
Outros substantivos sobrecomuns: 
 
a criatura 
João é uma boa criatura. 
Maria é uma boa criatura. 
o cônjuge 
O cônjuge de João faleceu. 
O cônjuge de Marcela faleceu. 
 
Comuns de Dois Gêneros: 
 
Observe a manchete: 
 
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. 
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? 
 
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez 
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O 
restante da notícia nos informa que se trata de um homem. 
 
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do 
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo. 
Exemplos: 
 
o colega - a colega 
o imigrante - a imigrante 
um jovem - uma jovem 
artista famoso - artista famosa 
repórter francês - repórter francesa 
 
Substantivos de Gênero Incerto 
Existem numerosos substantivos de gênero incerto e 
flutuante, sendo usados com a mesma significação, ora 
como masculinos, ora como femininos. 
a abusão - erro comum, superstição, crendice 
a aluvião - sedimentos deixados pelas águas, inundação, 
grande numero 
a cólera ou cólera-morbo - doença infecciosa 
a personagem - pessoa importante, pessoa que figura numa 
história 
a trama - intriga, conluio, maquinação, cilada 
a xerox (ou xérox) - cópia xerográfica, xerocópia 
o ágape - refeição que os cristãos faziam em comum, 
banquete de confraternização 
o caudal - torrente, rio 
o diabetes ou diabete - doença 
o jângal - floresta própria da Índia 
o lhama - mamífero ruminante da família dos camelídeos 
o ordenança - soldado às ordens de um oficial 
o praça - soldado raso 
o preá - pequeno roedor 
Note que: 
1. A palavra personagem é usada indistintamente nos dois 
gêneros. 
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada 
preferência pelo masculino. Por exemplo: 
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos 
decarochinha. 
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: 
O problema está nas mulheres de mais idade, que não 
aceitam a personagem. 
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma 
personagem. 
2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) 
são sentidos e usados na língua atual, como masculinos, por 
se referirem, ordinariamente, a homens. 
3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo 
fotográfico Ana Belmonte. 
Observe o gênero dos substantivos seguintes: 
Masculinos: 
 
 
20 
 
o tapa 
o eclipse 
o lança-perfume 
o dó (pena) 
o sanduíche 
o clarinete 
o champanha 
o sósia 
o maracajá 
o clã 
o hosana 
o herpes 
o pijama 
o suéter 
o soprano 
o proclama 
o pernoite 
o púbis 
Femininos: 
a dinamite 
a áspide 
a derme 
a hélice 
a alcíone 
a filoxera 
a clâmide 
a omoplata 
a cataplasma 
a pane 
a mascote 
a gênese 
a entorse 
a libido 
a cal 
a faringe 
a cólera (doença) 
a ubá (canoa) 
São geralmente masculinos os substantivos de origem grega 
terminados em -ma: 
o grama (peso) 
o quilograma 
o plasma 
o apostema 
o diagrama 
o epigrama 
o telefonema 
o estratagema 
o dilema 
o teorema 
o apotegma 
o trema 
o eczema 
o edema 
o magma 
o anátema 
o estigma 
o axioma 
o tracoma 
o hematoma 
 
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. 
 
Gênero dos Nomes de Cidades 
 
Salvo raras exceções, nomes de cidades são femininos. Por 
exemplo: 
 
A histórica Ouro Preto. 
A dinâmica São Paulo. 
A acolhedora Porto Alegre. 
Uma Londres imensa e triste. 
 
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. 
 
Gênero e Significação 
 
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e 
outra no feminino. Observe: 
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os 
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à 
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão) 
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou 
proibição de trânsito) 
o cabeça (chefe) 
a cabeça (parte do corpo) 
o cisma (separação religiosa, dissidência) 
a cisma (ato de cismar, desconfiança) 
o cinza (a cor cinzenta) 
a cinza (resíduos de combustão) 
o capital (dinheiro) 
a capital (cidade) 
o coma (perda dos sentidos) 
a coma (cabeleira) 
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro) 
a coral (cobra venenosa) 
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e 
de outros sacramentos) 
a crisma (sacramento da confirmação) 
o cura (pároco) 
a cura (ato de curar) 
o estepe (pneu sobressalente) 
a estepe (vasta planície de vegetação) 
o guia (pessoa que guia outras) 
a guia (documento, pena grande das asas das aves) 
o grama (unidade de peso) 
a grama (relva) 
o caixa (funcionário da caixa) 
a caixa (recipiente, setor de pagamentos) 
o lente (professor) 
a lente (vidro de aumento) 
o moral (ânimo) 
a moral (honestidade, bons costumes, ética) 
o nascente (lado onde nasce o Sol) 
a nascente (a fonte) 
o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor) 
a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor) 
o pala (poncho) 
a pala (parte anterior do boné ou quepe, anteparo) 
o rádio (aparelho receptor) 
a rádio (estação emissora) 
o voga (remador) 
a voga (moda, popularidade) 
 
Flexão de Número do Substantivo 
Em português, há dois números gramaticais: 
O singular, que indica um ser ou um grupo de seres; 
O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. 
 A característica do plural é o s final. 
Plural dos Substantivos Simples 
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo 
oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s. Por exemplo: 
pai - pais 
ímã - ímãs 
hífen - hifens (sem acento, no plural). 
Exceção: cânon - cânones. 
b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. 
Por exemplo: 
homem - homens. 
c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo 
acréscimo de es. Por exemplo: 
revólver - revólveres 
raiz - raízes 
 
21 
 
Atenção: O plural de caráter é caracteres. 
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se 
no plural, trocando o l por is. Por exemplo: 
quintal - quintais 
caracol - caracóis 
hotel - hotéis 
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. 
e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas 
maneiras: 
- Quando oxítonos, em is. Por exemplo: 
canil - canis 
- Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo: 
míssil - mísseis. 
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas 
maneiras: 
répteis ou reptis (pouco usada). 
f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas 
maneiras: 
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o 
acréscimo de es. Por exemplo: 
ás - ases 
retrós - retroses 
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, 
ficam invariáveis. Por exemplo: 
o lápis - os lápis 
o ônibus - os ônibus. 
g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três 
maneiras. 
- substituindo o -ão por -ões: 
Por exemplo: 
ação - ações 
- substituindo o -ão por -ães: 
Por exemplo: 
cão - cães 
- substituindo o -ão por -ãos: 
Por exemplo: 
grão - grãos 
h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. 
Por exemplo: 
o látex - os látex. 
 
Plural dos Substantivos Compostos 
 
A formação do plural dos substantivos compostos depende 
da forma como são grafados, do tipo de palavras que 
formam o composto e da relação que estabelecem entre si. 
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os 
substantivos simples: 
 
aguardente e aguardentes 
girassol e girassóis 
pontapé e pontapés 
malmequer e malmequeres 
 
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos 
são ligados por hífen, observe as orientações a seguir: 
 
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se 
optar por colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no 
plural: 
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves 
couve-flor = couves-flor ou couves-flores 
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios 
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas 
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando 
formados de: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando 
formados de: 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor 
e) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-
rolhas 
f) Casos Especiais 
o louva-a-deus e os louva-a-deus 
o bem-te-vi e os bem-te-vis 
o bem-me-quer e os bem-me-queres 
o joão-ninguém e os joões-ninguém. 
 
Plural dos Substantivos Compostos 
A formação do plural dos substantivos compostos depende 
da forma como são grafados, do tipo de palavras que 
formam o composto e da relação que estabelecem entre si. 
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os 
substantivos simples: 
aguardente e aguardentes 
girassol e girassóis 
pontapé e pontapés 
malmequer e malmequeres 
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos 
são ligados por hífen, observe as orientações a seguir: 
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se 
optar por colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no 
plural: 
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves 
couve-flor = couves-flor ou couves-flores 
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios 
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas 
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos

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