Buscar

Ortografia: K, W, Y, X, CH, J, S e Z

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 163 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 163 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 163 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ORTOGRAFIA
EMPREGO DAS LETRAS K, W e Y
A – em antropônimos (nome de pessoas) originários de outras línguas e seus derivados
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista
B – Em topônimos (nome de lugares) originários de outras línguas e seus derivados
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano
C – Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional
Exemplos: K (Potássio), W(West), kg (quilograma, km (quilômetro), Watt
EMPREGO DE X e CH
EMPREGA-SE O X:
1 – Após um ditongo (união de duas vogais).
Exemplo: caixa, frouxo, peixe
Exceção: recauchutar e seus derivados
2 – Após a sílaba inicial “en”
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
Exceção: palavras iniciadas por ch que recebem o prefixo “en-“
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher (de cheio) e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
3 – Após a sílaba inicial “me”
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
Exceção: mecha
4 – Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu.
5 – Nas seguintes palavras:
Bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.
EMPREGA-SE O DÍGRAFO CH:
1 – Nos seguintes vocábulos:
Bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
EMPREGA-SE O J:
Para representar o fonema J na forma escrita, a gratia considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos:
Gesso: origina-se do inglês gypsos
Jipe: origina-se do inglês jeep
1 – Nas formas dos verbos terminados em –jar ou –jear
Exemplos: arranjar: arranjo, arranje, arranjem
Despejar: despejo, despeje, despejem
Gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
Enferrujar: enferruje, enferrujem
Viajar: viajo, viajo, viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo).
2 – Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, moji
3 – nas palavras derivadas de outras que já apresentam J
Exemplos: laranja – laranjeira, loja- lojista, nojo – nojeira, lisonja – lisonjeador, 
 jeito – ajeitar, cereja – cerejeira, varejo – varejista, rijo – enrijecer
4 – Nos seguintes vocábulos:
Berinjela, cafejeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento
Berinjela também pode ser escrito com G
EMPREGA-SE O G:
1 – Nos substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
Exceção: pajem
Viajem verbo: espero que vocês viajem bastante esse ano
2 – Nas palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, ógio, -úgio
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio.
3 – Nas palavras derivadas de outras que se grafam com G
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)
4 – Nos seguintes vocábulos:
Algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.
EMPREGO DAS LETRAS S e Z
EMPREGA-SE O S:
1 – Nas palavras derivadas de outras que já apresentam S no radical
Exemplos: análise – analisar, catálise – catalisador, casa – casinha, casebre,casarão
Liso – alisar
Exceção Verbos: HSBC – Hipnose- hipnotizar, Síntese- sintetizar, Batismo- batizar, Catequese- catequizar
2 – Nos sufixos ês e esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem
Exemplos: burguês – burguesa, inglês – inglesa, chinês – chinesa, milanês – milanesa
3 – Nos sufixos formadores de adjetivos – ense, oso e osa
Exemplos: catarinense, gostoso, gostosa, amoroso, amorosa, gasoso, gasosa, teimoso, teimosa, palmeirense, fluminense.
4 – Nos sufixos gregos esse, isa, ose
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose.
5 – Após ditongos (união de 2 vogais)
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea, causa, pausa
6 – Nas formas dos veros pôr e querer, bem como em seus derivados.
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
Quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
Repus, repusera, repusesse, repuséssemos, requisesse, requiseram
7 – Nos seguintes nomes próprios personativos:
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Souza, Teresa, Teresinha, Tomás.
8 – Nos seguintes vocábulos:
Abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão, despesa, empres, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
EMPREGA-SE O Z:
1 – Nas palavras derivadas de outras que já apresentam Z no radical
Exemplos: deslize – deslizar, razão – razoável, vazio – esvaziar, raiz – enraizar,
Cruz – cruzeiro
2 – Nos sufixos ez, eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos
Exemplos: inválido – invalidez, limpo – limpeza, macio – maciez, rígido – rigidez,
Frio – frieza, nobre – nobreza, pobre – pobreza, surdo – surdez.
3 – Nos sufixos izar, ao formar verbos e ização, ao formar substantivos
Exemplos: civilizar – civilização, colonizar – colonização, hospitalizar, hospitalização,
Realizar – realização
4 – Nos derivados em zal, zeiro, zinho, zinha, zito, zita
Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
5 – Nos seguintes vocábulos:
Azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, Catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
6 – Nos vocábulos homófonos (tem som igual), estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z
Exemplos: cozer (cozinhar) e coser (costurar)
Prezar (ter em consideração) e presar (prender)
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z.
Exemplos: exame, exato, exausto, exemplo, existir, exótico, inexorável, exército, exercício.
EMPREGO DE S, Ç, X E DOS DÍGRAFOS, SC, SÇ, SS, XC, XS
Existem diversas formas para a representação do fonema S, observe:
EMPREGA-SE O S:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em
Andir, ender, verter e pelir-
Exemplos: expandir – expansão, pretender – pretensão, verter – versão, 
 Expelir – expulsão, estender – extensão, suspender – suspensão, 
converter – conversão, repelir – repulsão
Quando tem R, L ou N antes, não dobra nem o R nem o S
EMPREGA-SE O Ç:
Nos substantivos derivados dos verbos ter e torcer
Exemplos: ater – atenção; torcer – torção; deter – detenção; distorcer – distorção
Manter – manutenção; contorcer – contorção
EMPREGA-SE O X:
Em alguns casos, a letra X soa como SS
Exemplos: auxílio, expectativa, experto (de experiência), extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe
EMPREGA-SE O SC:
Nas seguintes palavras: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, nascer, descer, etc.
EMPREGA-SE O SÇ:
Na conjugação de alguns verbos (sce)
Exemplos: nascer – nasço, nasça
Crescer – cresço, cresça
Descer – desço, desça
EMPREGA-SE SS:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em gredir, mitir, ceder e cutir
Exemplos: exceder-excesso, agredir-agressão, progredir-progressão, ceder-cessão, 
Transmitir-trasmissão, demitir- demissão, repercutir-repercussão, discutir-discussão
CESSÃO DE CEDER
SESSÃO DE CINEMA
SECÇÃO DE SUPERMERCADO
EMPREGA-SE O XC E O XS:
Em dígrafos que soam como SS
Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
Observações sobre o uso da letra X
1 – o X pode representar os seguintes fonemas:
Xarope, vexame – ch
Axila, nexo – cs
Exame, exílio – z
Máximo, próximo – ss
Texto, extenso – s
2 – não soa nos grupos internos xce e xci
Exemplos: excelente, excitar, exceção, etc.
EMPREGO DAS LETRAS E e I
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas E e I pode não ser nítida.
Observe:
EMPREGA-SE O E:
1 – Emsílabas finais dos verbos terminados em oar, uar
Exemplos: magoar – magoe, magoes, continuar – continue, continues
2 – Em palavras formadas com o prefixo ante (antes, anterior)
Exemplos: antebraço, antecipar.
3 – Nos seguintes vocábulos:
Cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.
EMPREGA-SE O I:
1 – Em sílabas finais dos verbos terminados em air, oer, uir
Exemplos: cair-cai, doer-dói, influir-influi
2 – Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
Exemplos: anticristo, antitetânico.
3 – Nos seguintes vocábulos:
Exemplos: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc.
EMPREGO DAS LETRAS O e U
EMPREGA-SE O O / U
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. 
Veja os exemplos: Comprimento (extensão)
 Cumprimento (saudação, realização)
 Soar (emitir som)
 Suar (transpirar)
Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque.
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, tábua, Úrsula.
EMPREGO DA LETRA H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético.
Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita.
A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie.
EMPREGA-SE O H:
1 – Inicial, quando etimológico
Exemplos: hábito, hesitar (se negar, recuar), homologar, Horácio.
2 – Medial, como integrante dos dígrafos, ch, lh, nh
Exemplos: Flecha, telha, companhia.
3 – Final e inicial, em certas interjeições
Exemplos: ah!, ih!, oh!, hem!, hum!, eh!, etc.
Observações: no substantivo Bahia, o h sobrevive por tradição. Note que nos substantivos derivados como baiano, baianidade ou baianinha ele não é utilizado.
Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra h na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h.
Exemplo: herbívoro, hispânico, hibernal.
NOTAÇÕES LÉXICAS 
Para representar os fonemas, muitas vezes há necessidade de recorrer a sinais gráficos denominados notações léxicas.
EMPREGO DO TIL
Til (~)
O til sobrepõe-se sobre as letras a e o para indicar vogal nasal.
Pode aparecer em sílaba:
Tônica – balão, corações, maça.
Pretônica – balõezinhos, grã-fino.
Átona – órgão, bênçãos.
Outros exemplos: Capitães, limão, mamão, bobão, chorão, devoções, põem, vão, chão, mãe, pães, cidadãos, ilusões, etc.
Observação: se a sílaba onde figura o til for átona, acentua-se graficamente a sílaba predominante.
Exemplo: Órfãos, acórdão, órgão.
EMPREGO DO APÓSTROFO (‘)
O uso deste sinal gráfico pode:
1 – indicar a supressão de uma vogal nos versos, por exigências métricas. Ocorre principalmente entre poetas portugueses.
Exemplos: esp’rança (esperança), minh’alma (minha alma), ‘stamos (estamos).
2 – Reproduzir certas pronúncias populares
Exemplos: olh’ele aí.. (Guimarães Rosa)
 Não s’enxerga, enxergido! (Peregrino Jr.).
3 – indicar a supressão da vogal da preposição de em certas palavras compostas
Exemplos: copo d’água, estrela d’alva, caixa d’água.
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
A formação do plural dos substantivos compostos depende:
- da forma como são grafados
- do tipo de palavras que formam o composto
- da relação que estabelecem entre si
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples.
Exemplo:
Aguardente e aguardentes
Girassol e girassóis
Pontapé e pontapés
Malmequer e malmequeres
Aquele alambique produz as melhores aguardentes da região.
Flávio deu vários pontapés iniciais na vida e, ainda assim, não saiu do lugar.
Maria tem uma plantação de girassóis.
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as orientações a seguir:
A – quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar em colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no plural:
Palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves
Couve-flor = couves-flor ou couves-flores
Bomba-relógios = bombas-relógio ou bombas-relógios
Peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas.
Tenho couves-flores para cozinhar durante toda a semana.
Vocês são duas bombas-relógio prestes a explodir.
Há cerca de 30 peixes-espadas neste lago.
B – Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:	
SUBSTANTIVO + ADJETIVO = amor -perfeito e amores-perfeitos
ADJETIVO + SUBSTANTIVO = gentil-homem e gentis-homens
NUMERAL + SUBSTANTIVO = quinta-feira e quintas-feiras
Às terças-feiras faço balé.
Meus amores-perfeitos estão em plena floração.
Os gentis-homens eram cavalheiros membros da nobreza, que prestavam serviços aos Rei.
C – Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:
VERBO + SUBSTANTIVO = guarda-roupa e guarda-roupas.
PALAVRA INVARIÁVEL + PALAVRA VARIÁVEL = alto-falante e alto-falantes
PALAVRAS REPETIDAS OU IMITATIVAS = reco-reco e reco-recos.
Finalmente troquei os alto-falantes do meu carro.
Qual a média de preço dos seus guarda-roupas?
No samba, nossos instrumentos sempre foram os reco-recos.
Ave quero-quero fica quero-queros
D – Flexiona-se somente o primeiro elemento quando formados de:
SUBSTANTIVO + PREPOSIÇÃO CLARA + SUBSTANTIVO = água-de-colônia e águas-de-colônia.
SUBSTANTIVO + PREPOSIÇÃO OCULTA + SUBSTANTIVO = cavalo-vapor e cavalos-vapor.
Essas águas-de-colônia já estão vencidas, é hora de jogá-las fora.
Os cavalos-vapor dizem respeito àquela unidade de medida que avalia a potência dos carros.
E – Permanecem invariáveis, quando formados de:
VERBO + ADVÉRBIO = o bota-fora e os bota-fora
VERBO + SUBSTANTIVO NO PLURAL = o saca-rolhas e os saca-rolhas
O fim de ano é sempre marcado por uma diversos bota-fora em todas as lojas.
Comprei um vinho, mas esqueci do saca-rolhas.
F – Casos Especiais
O louva-a-deus e os louva-a-deus
O bem-te-vi e os bem-te-vis
O bem-me-quer e os bem-me-queres
O joão-ninguém e os joões-ninguém
Na minha fazenda sempre há muitos louva-a-deus.
Os bem-te-vis sempre alegram meu dia.
Você são dois joões-ninguém, no entanto vivem querendo aparentar superioridade.
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Formação de Palavras
Existem dois processos básicos pelos quais se forma as palavras: a derivação e a composição.
A diferença entre ambos consiste basicamente em que:
- no processo de derivação, partimos sempre de um único radical
- no processo de composição sempre haverá mais de um radical
DERIVAÇÃO
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe abaixo:
PRIMITIVA DERIVADA
MAR MARÍTIMO, MARINHEIRO , MARUJO
TERRA ENTERRAR, TERREIRO, ATERRAR
Observamos que mar e terra não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
TIPOS DE DERIVAÇÃO
DERIVAÇÃO PREFIXAL OU PREFIXAÇÃO
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado, veja os exemplos:
Racional – irracional
Crer – descrer
Ler - reler
Capaz - incapaz
Normal - anormal
DERIVAÇÃO SUFIXAL OU SUFIXAÇÃO
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical.
Por exemplo: alfabetização
No exemplo acima, o sufixo ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo izar.
A derivação sufixal pode ser:
A – Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por exemplo: 
papel - papelaria
riso - risonho
B – Verbal, formando verbos
por exemplo:
atual – atualizar
hipnose – hipnotizar
banal – banalizar
C – Adverbial, ormando advérbios de modo.
Por exemplo:
Feliz - felizmente
Sincero - sinceramente
Frequente - frequentemente
DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.
Exemplos:PALAVRA INICIAL PREFIXO RADICAL SUFIXO PALAVRA FORMADA
LEAL DES LEAL DADE DESLEALDADE
FELIZ IN FELIZ MENTE INFELIZMENTE
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.
Considere, por exemplo o adjetivo triste. Do radical trist formamos o verbo entristecer pela junção simultânea do prefixo em e do sufixo ecer.
Note que a presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras entriste nem tristecer.
Exemplos
PALAVRA INICIAL PREFIXO RADICAL SUFIXO PALAVRA FORMADA
MUDO E MUD ECER EMUDECER
ALMA DES ALM ADO DESALMADO
Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta retirar o prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra que sobrou existe; caso isso aconteça, será derivação prefixal e sufixal, caso contrário será derivação parassintética.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
Comprar (verbo) beijar (verbo)
Compra (substantivo) beijo (substantivo)
Saiba que: 
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima:
Compra e beijo
Indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva.
Veja:
O portuga de português
O boteco de botequim
O comuna de comunista
Agito de agitar
Amasso de amassar
Chego de chegar
Obs: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
1 – os adjetivos passam a substantivos
Por exemplo:
Os bons serão contemplados.
2 – os particípios passam a substantivos ou adjetivos
Por exemplo:
Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
3 – os infinitivos passam a substantivos
Por exemplo:
O andar de Roberta era fascinante.
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.	
4 – os substantivos passam a adjetivos
Por exemplo:
O funcionário fantasma foi despedido.
O menino prodígio resolveu o problema.
5 – os adjetivos passam a advérbios
Por exemplo:
Falei baixo para que ninguém escutasse.
6 – palavras invariáveis passam a substantivos
Por exemplo:
Não entendo o porquê disso tudo.
7 – substantivos próprios tornam-se comuns.
Por exemplo:
Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente).
Obs: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico.
Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada imprópria.
COMPOSIÇÃO
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:
COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética.
Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
Obs: em girassol houve uma alteração na grafia (acréscimo de um s) justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.
COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO
Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos.
Exemplos:
Embora - em boa hora
Fidalgo - filho de algo - referindo-se à família nobre
Hidrelétrico - hidro + elétrico
Planalto - plano alto
Obs: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente.
REDUÇÃO
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. 
Observe:
Auto - por automóvel
Cine - por cinema
Micro - por microcomputador
Zé - por José
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual.
HIBRIDISMO
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
Por exemplo:
Auto (grego) + móvel (latim)
ONOMATOPEIA
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres.
Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, tic-tac, reco-reco, etc.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA (NOVA REGRA)
Faz-se necessário revisar alguns pontos gramaticais que nos ajudarão a compreender as regras da acentuação gráfica da língua portuguesa.
Quanto à classificação da sílaba, as palavras podem ser:
ÁTONAS – quando não há ênfase na pronúncia de uma sílaba.
TÔNICAS – quando há ênfase na pronúncia de uma sílaba.
Ex: A palavra mato tem duas sílabas: a primeira ma – é tônica; a segunda to – é átona.
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras podem ser:
OXÍTONAS – quando a sílaba forte encontra-se na última sílaba de uma palavra.
Ex: saci, funil, parabéns, café, calor, bombom
PAROXÍTONAS - - quando a sílaba forte encontra-se na penúltima sílaba.
Ex: escola, sossego, dormindo, amável
PROPAROXÍTONAS – quando a sílaba forte encontra-se na antepenúltima sílaba.
Ex: pêndulo, lâmpada, rápido, público, cômico.
Quanto à classificação dos encontros vocálicos:
DITONGO – encontro de duas vogais numa só sílaba.
Ex: céu, véu, coi-sa, i-dei-a
TRITONGO – encontro de três vogais numa só sílaba.
Ex: Pa-ra-guai, U-ru-guai, sa-guão, quais, a-ve-ri-guei
HIATO – Encontro de duas vogais em sílabas separadas.
EX: fa-ís-ca, i-dei-a, pa-pa-gai-o, ba-i-nha
A palavra ideia possui ditongo e hiato.
Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser:
MONOSSÍLABAS – com apenas uma sílaba.
Ex: mau, mês, vi, um, só
DISSÍLABAS – com duas sílabas.
Ex: ca-fé, ca-as, mui-to, li-vro, rou-pa, rit-mo
TRISSÍLABAS – palavras com três sílabas
Ex: eu-ro-pa, cri-na-ça, ma-lu-co, tor-na-do
POLISSÍLABAS – palavras com quatro ou mais sílabas.
Ex: pa-ra-pei-to, es-tu-dan-te, u-ni-ver-si-da-de, la-bi-rin-ti-te.
As gramáticas costumam ainda classificar monossílabos (palavras com apenas uma sílaba) em dois tipos:
MONOSSÍLABO ÁTONO: Palavras de uma sílaba fraca, ou seja, pronunciada sem ênfase. Estes podem ser:
- ARTIGOS: 0, A, UM...
- PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUIOS: SE, TE, TI, LHE, O, A...
- PRONOME RELATIVO: QUE
- CONJUNÇÃO: E, OU, MAS, NEM...
- PREPOSIÇÃO: DOS, DE, À, NA...
MONOSSÍLABO TÔNICO: palavras de uma sílaba tônica, ou seja, pronunciadas com ênfase, que podem ser:
- VERBOS: LI, VI, TER, SER, DÊ...
- SUBSTANTIVOS: SOL, MAR, FLOR, DOR, MEL...
- ADJETIVOS: , MÁU, BOM, MÁ...
- PRONOMES: EU, TU, NÓS, MIM...
- ADVÉRBIOS: LÁ, CÁ, BEM, JÁ...
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – NOVA REGRA II
QUANTO À POSIÇÃO TÔNICO SILÁBICA
- Acentuam-se as OXÍTONAS terminadas em A, E, O, ÊM, ÉM, ÊNS, seguidas ou não de S, inclusive as formas verbais quando seguidas de LO(s) ou LA(s).
Também recebem acento as OXÍTONAS terminadas em ditongos abertos, como ÉI, ÉU, ÓI, seguidos ou não de S
Ex: chá, mês, nós, gás, sapé, cipó, dará,café, avós, Pará, vocês, compôs, catapá, pontapés, só, aliás, português, robô, dá-lo, vê-lo, avó, recuperá-los, conhece-los, pô-los, guardá-la, fé, compô-los, réis (moeda), véu, dói, méis, céu, m, pastéis, chapéus, anzóis, ninguém, parabéns, Jerusalém.
Resumindo:
Só não acentuamos oxítonas terminadas em I ou U, a não ser que seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras baú, aí, Esaú, e atraí-lo são acentuadas porque as vogais I e U estão tônicas nestas palavras.
- Acentuam-se as palavras PAROXÍTONAS quando terminadas em:
L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível
N – pólen, abdômen, sêmen
R – câncer, caráter, néctar, repórter
X – tórax, látex, ônix, fênix
PS – fórceps, Quéops, bíceps
Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs
ÃO(S) 0 órgão, bênção, sótão, órfão
I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis
ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon
UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns
US – ânus, bônus, vírus, vênus
- Acentuam-se também as PAROXÍTONAS terminadas em ditongos crescentes (semivogal+vogal): 
 exemplos: névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
- Acentuam-se todas as PROPAROXÍTONAS
Ex: México, música, mágico, lâmpada, pálido, sândalo, crisântemo, público, pároco, proparoxítona.
Quanto a classificação dos encontros vocálicos
- Acentuam-se as vogais I e U dos hiatos, quando:
Formarem sílabas sozinhos ou com S
Ex: ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta
Importante
Porque não acentuamos ba-i-nha, fei-u-ra, ca-ir, Ra-ul, se todos são i e u tônicas, portanto hiatos?
Porque o i tônico de bainha vem seguido de NH. O u e o i tônicos de ruim, cair e Raul formam sílabas com m, r e l respectivamente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a sílaba tônica, sem precisar de acento que reforce isso.
TREMA
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa, ele só vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller (nesse caso o u lê-se i).
ACENTO DIFERENCIAL
- O acento diferencial permanece nas palavras:
Pôde (passado), pode (presente)
Pôr (verbo), por (preposição)
- Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no singular ou plural:
SINGULAR PLURAL
Ele tem Eles têm
Ele vem Eles vêm
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de ter e vir, como: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
ORAÇÕES COORDENADAS
As sentenças coordenadas (ou orações coordenadas) são as orações que, como a própria nomeação sugere, se unem uma as outras, de forma justaposta (assindéticas) ou por intermédio de uma conjunção (sindéticas). A referida ordenação tem por finalidade a composição de um período composto.
Síndeto – significa união
Sindéticas – tem que estar unidas
Assindéticas – não unidas
Sob esse aspecto, cada sentença mantém a sua independência sintática, uma vez que uma não funciona como termo integrante da outra.
As orações coordenadas se dividem em: SINDÉTICAS E ASSINDÉTICAS.
Observe:
Luiz Fernando compareceu ao evento no horário confirmado. (assindética)
Luiz Fernando compareceu ao evento e não se atrasou. (sindética)
Perceba que não há conjunção no primeiro período. Nesse caso, tem-se uma oração coordenada assindética, isto é, que não apresenta conjunção (ou síndeto – laço, união, junção).
Em contrapartida, no segundo período, as duas orações são interligadas por meio da conjunção “e”. Por isso, trata-se de uma oração coordenada sindética.
 Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas.
De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
A – ADITIVAS – ORAÇÕES SINDÉTICAS ADITIVAS.
 expressam ideia de adição, acrescentamento.
Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência.
As conjunções coordenativas aditivas típicas são “e” e “nem” (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.
Por exemplo: Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções ,não só... mas (também), tanto... como, e semelhantes.
Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração.
Veja: Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas também abandonaram os projetos de reestruturação social do país.
Obs: como a conjunção “nem” tem o valor da expressão “e não”, condena-se na língua culta a forma “e nem” para introduzir orações aditivas.
Por exemplo: Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.
B – ADVERSATIVAS – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS.
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação
“Mas” é a conjunção adversativa típica.
Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entranto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante.
Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
Exemplos:
O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade.
O país é extremamente rico; o povo porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Renata gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
Observe que:
- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção “e”. Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.
Exemplo:
Deus cura, e o médico manda a conta.
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste, Observe que equivale a uma frase do tipo: “Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!”
Saiba que:
A conjunção “mas” pode aparecer com valor aditivo.
Por exemplo:
Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.
C – ALTERNATIVAS – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha.
Normalmente é usada a conjunção “ou”.
Além dela, empregam-se também os pares: ora..ora, já..já, quer..quer, seja..seja, etc.
Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.
Exemplos: Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.
D – CONCLUSIVAS – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS.
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior.
As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (proposto ao verbo).
Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc.
Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.
Exemplos: Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O time venceu, por isso está classificado.
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.
E – EXPLICATIVAS – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS.
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior.
As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo).
Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas
Exemplos:
Vou embora, que cansei de espera-lo.
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.
Atenção: cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais causais.
Observe a diferença entre elas:
Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.
Exemplo: 
A criança devia estar doente, porque chorava muito.
(O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença).
Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.
Exemplo:
Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique).Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
ORAÇÕES SUBORDINADAS – (FAZ SENTIDO SOZINHA)
FORMA DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS
Observe observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
 “Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto,”
ORAÇÃO PRINCIPAL ORAÇÃO SUBORDINADA
Observe que na oração subordinada temos o verbo existe, que está conjugado na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.
As orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas.
Podemos modificar o período acima. Veja:
 Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto.
ORAÇÃO PRINCIPAL ORAÇÃO SUBORDINADA
Observe que a análise das orações continua sendo a mesma: Eu sinto é a oração principal, cujo objeto direto é a oração subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”.
Note que a oração subordinada apresenta agora verno no infinitivo.
Além disso, a conjunção que, conectivo que unia as duas orações, desapareceu.
As orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais (infinitivo – flexionado ou não – gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzidas ou implícitas.
Observação: as orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente, introduzidas por preposição.
1 – ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida geralmente, por conjunção integrante (que, se).
Exemplo:
Suponho que você foi à biblioteca hoje.
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Você sabe se o presidente já chegou?
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como).
Exemplos:
O garoto perguntou qual era o telefone da moça.
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Não sabemos por que a vizinha se mudou.
 ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas
De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
A – SUBJETIVA
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal.
Observe:
 É fundamental que você compareça à reunião.
ORAÇÃO PRINCIPAL AÇÃO S. SUBSTANTIVA SUBJETIVA
Atenção: observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim, temos um período simples:
É fundamental isso ou isso é fundamental.
Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá a função de sujeito.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
1 – Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom – é útil – é conveniente – é certo – parece certo – é claro – está evidente – está comprovado. 
Exemplo:
É bom que você compareça à minha festa.
2 – Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se, soube-se, conta-se, diz-se, comenta-se, é sabido, foi anunciado, ficou provado.
Exemplo:
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3 – Verbos como:
Convir, cumprir, constar, admirar, importar, ocorrer, acontecer.
Exemplo:
Convém que não se atrase na entrevista.
Obs: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª pessoa do singular.
B – OBJETIVA DIRETA
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo:
Todos querem sua aprovação no vestibular
 OBJETO DIRETO
Todos querem que você seja aprovado (Todos querem isso)
OR PRINCIPAL O.S.SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:
1 – Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”. 
Exemplo:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
2 – Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas. 
Exemplo:
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
3 – Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Exemplo:
Eu não sei por que ela fez isso.
Orações Especiais
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
Exemplo:
Deixe-me repousar
Mandei-os sair
Ouvi-o gritar
Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo.
E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquio pode atuar como sujeito.
Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
Deixe que eu repouse
Mandei que eles saíssem
Ouvi que ele gritava
Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquios foram substituídos pelas formas retas correspondentes.
É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.
C – OBJETIVA INDIRETA
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Exemplo:
Meu pai insiste em meu estudo
 OBJETO INDIRETO
Meu pai insiste em que eu estude
 O.S.SUBSTANTIVA OBJETIVA INDIRETA
(Meu pai insiste nisso)
Obs: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Exemplo:
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
 O.S.SUSBTANTIVA OBJETIVA INDIRETA
D – COMPLETIVA NOMINAL
A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição.
Exemplo:
Sentimos orgulho de seu comportamento
 COMPLEMENTO NOMINAL
Sentimos orgulho de que você se comportou (Sentimos orgulho disso)
O.S.SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL
Lembre-se:
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo.
As orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome.
Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado;
Eesa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo um nome.
E – PREDICATIVA
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Exemplo:
Nosso desejo era sua desistência.
 PREDICATIVO DO SUJEITO
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso).
 O.S.SUBSTANTIVA PREDICATIVA
Obs: em certos casos, usa-se a preposição “de” para realce.
Exemplo:
A impressão é de que não fui bem na prova.
F – APOSITIVA
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal.
Exemplo:
Léo tinha um grande sonho: a chegada de seu casamento.
 APOSTO
(Léo tinha um grande sonho: isso.) 
Léo tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse.
 O.S.SUBSTANTIVA APOSITIVA
2 – ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
Exemplo:
Estafoi uma redação bem-sucedida
 SUBSTANTIVO ADJETIVO (ADJUNTO ADNOMINAL)
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida.
Nesse caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel.
Veja:
Esta foi uma redação que fez sucesso.
O. PRINCIPAL O. SUBORDINADA ADJETIVA
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que.
Além de conectar ou relacionar duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada:
Ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.
Obs: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.
FORMA DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas.
Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo.
No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes:
Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas.
Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento. (oração subordinada adjetiva restritiva)
Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra homem: trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim aquele que estava passando naquele momento.
Exemplo 2
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
 O.SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra homem: na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de homem.
Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula.
É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferencias as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
FIGURAS DE LINGUAGEM
A literatura emprega novos sentidos e usos às palavras, transformando-as em arte. A literatura realiza essa transformação através das figuras de linguagem: que são formas diferentes de utilizar as mesmas palavras que, nós falantes, utilizamos todos os dias.
COMPARAÇÃO: a comparação estabelece uma relação de equivalência entre o comparante e o comparado, expressa através de um termo de comparação.
Exemplo:
O meu olhar é nítido como um girassol.
METÁFORA: a metáfora é uma comparação implícita, pois não apresenta um termo comparativo. Há uma associação de ideias subjetivas: a palavra deixa seu sentido denotativo e adota um sentido conotativo.
Exemplo:
Teu corpo é chama e flameja.
METONÍMIA: é a substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas estreita afinidade ou relação de sentido
Efeito pela causa: bebeu a morte x bebeu veneno
Continente pelo conteúdo: comeu três pratos x repetiu o almoço três vezes.
Parte pelo todo: viajar sobre duas rodas x viajar de motocicleta.
Lugar pelo produto: bebeu um porto x bebeu um vinho do porto.
Matéria pelo objeto: levou chumbo x levou um tiro de bala de chumbo.
Abstrato pelo concreto: instruir a juventude x instruir os jovens.
Autor pela obra: ouvir Tim Maia x ouvir um disco do Tim Maia.
CATACRESE: é um tipo de metáfora que utilizamos com tanta frequência, que já consideramos parte de nossa linguagem cotidiana.
Exemplo:
Pé de pato, batata da perna, braço do violão, etc.
 
EUFEMISMO: É um modo de suavizar tudo aquilo que é desagradável de ser dito, através da substituição de palavras ou expressões.
Exemplo:
Passar dessa para uma melhor = morrer.
PARADOXO: (OU OXÍMORO): Opõe-se ao senso comum, expressa contradição apresentando fatos incompatíveis entre si.
Exemplo:
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
IRONIA: é o emprego de palavras, expressões ou períodos que dizem o contrário do que se pretende dizer. Tem a intenção de ser crítica e, muitas vezes, cômica.
Exemplo:
Que bela bagunça você fez aqui!
ANTÍTESE: utilizada para opor duas ideias ou termos em uma mesma frase ou parágrafo, destacando os contrastes.
Exemplo: o beijo, amigo, é a véspera do escarro
 A mão que afaga é a mesma que apedreja.
ELIPSE: é a omissão de uma ou mais palavras que deveriam estar na frase, mas que podem ser subentendidas.
Exemplo:
Comemos feijoada no almoço (o pronome Nós está implícito na frase, mas o sentido não foi alterado).
ANÁFORA: é a repetição de uma palavra em intervalos regulares, no início de versos ou frases:
Exemplo:
O preço do feijão não cabe no poema /O preço do arroz não cabe no poema.
HIPÉRBOLE: expressa um exagero proposital de ideias ou sentimentos
Exemplo:
Estou aqui te esperando há séculos.
GRADAÇÃO: apresenta ideias em andamento, utilizando palavras diferentes para descrever um movimento crescente ou decrescente.
Exemplo:
De manhã era sempre a mesma coisa renovada: acordar. O que era vagaroso, desdobrado, vasto.
PROSOPOPEIA: atribuir qualidades, ações ou características humanas a seres mortos, irracionais, inanimados ou abstratos.
Exemplo:
As casas espiam os homens / que correm atrás de mulheres.
ONOMATOPEIA: palavras compostas por fonemas que intencionam imitar sons e ruídos.
Exemplo:
O tic-tac do relógio não parou por um segundo.
UTILIZAÇÃO DA VÍRGULA
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:
1 – assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura;
2 – separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;
3 – esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.
VIRGULA (,)
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do período. Geralmente é usada:
- nas datas, para separar o nome da localidade.
Exemplo:
São Paulo, 25 de agosto de 2005.
- Após os advérbios “sim” ou “não”, usados como resposta, no início da frase.
Exemplo:
Você gostou do vestido?
Sim, eu adorei!
Pretende usá-lo hoje?
Não, no final de semana.
- Após a saudação em correspondência (social e comercial)
Exemplos:
Com muito amor, Denise.
Respeitosamente, Sandra.
- para separar termos de uma mesma função sintática
Exemplo:
A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal.
Obs: a conjunção “e” substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo.
- para destacar elementos intercalados, como:
A – uma conjunção
Exemplo:
Estudamos bastante, logo, merecemos férias!
B – um adjunto adverbial
Exemplo:
Estas crianças, com certeza, serão aprovadas.
Obs: a rigor, não é necessárioseparar por vírgula o advérbio e a locução adverbial, principalmente quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o exija.
C – um vocativo
Exemplo:
Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado.
D – um aposto
Exemplo:
Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular.
E – uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.)
Exemplo:
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em Deus.
O amor tem seu princípio em Deus. (sem vírgula)
Para separar termos deslocados de sua posição normal na frase
Exemplo:
O documento de identidade, você trouxe?
Para separar elementos paralelos de um provérbio.
Exemplo:
Tal pai, tal filho.
Para destacas os pleonasmos antecipados ao verbo.
Exemplo:
As flores, eu as recebi hoje.
Para indicar a elipse de um termo.
Exemplo:
Daniel ficou alegre; eu, triste. (Daniel ficou alegre, eu fiquei triste. (sem vírgula)).
Para isolar elementos repetidos.
Exemplo:
A casa, a casa está destruída.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
Para separar orações intercaladas.
Exemplo:
O importante, insistiam os pais, era a segurança da escola.
O importante era a segurança da escola (sem vírgula).
Para separar orações coordenadas assindéticas.
Exemplo:
O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.
Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações alternativas.
Exemplos:
Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio.
Vá devagar, que o caminho é perigoso.
Estuda muito, pois será compensado.
As pessoas ora dançavam, ora ouviam música.
Para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais (quando estiverem antes da oração principal)
Exemplo:
Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir.
Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova.
Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo:
A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo.
Sujeitos diferentes
Exemplo:
O homem vendeu o carro, e a mulher protestou.
Neste caso, o homem é sujeito de vendeu, e a mulher é sujeito de protestou.
Quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto)
Exemplo:
 E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, consequência, por exemplo)
exemplo:
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.
CASOS PROIBITIVOS DA VÍRGULA
É proibido separar:
1 – sujeito do verbo.
Exemplo:
Sabrina, fez um bolo delicioso para nós. (errado)
Sabrina fez um bolo delicioso para nós. (correto)
(erro ao separar o sujeito Sabrina do verbo Fez)
Os irmãos, foram brincar no parque. (errado)
Os irmãos foram brincar no parque. (correto)
2 – verbo de complemento ou predicativo.
Exemplo:
O diretor puniu, todos os alunos envolvidos. (erro ao separar verbo do objeto direto)
O diretor puniu todos os alunos envolvidos. (correto)
Nós permanecíamos, apreensivos. (erro ao separar verbo do predicativo)
Nós permanecíamos apreensivos. (correto)
 
3 – oração principal de oração subordinada substantiva objetiva ou predicativa
Exemplo:
Desejo, que todos sejam aprovados. (erro ao separar oração principal de oração subordinada substantiva objetiva direta).
Desejo que todos sejam aprovados. (correto)
Convém, que você estude! (erro ao separar oração principal de oração subordinada substantiva subjetiva).
Convém que você estude!
4 – substantivo de adjunto adnominal.
Exemplo:
Pelé foi eleito Rei, do futebol. (erro ao separar substantivo do adjunto nominal)
Pelé foi eleito rei do futebol. (correto)
5 – oração coordenada sindética aditiva com o mesmo sujeito.
Exemplo:
Paulo e João trabalham, e estudam muito. (erro ao separar sujeitos iguais em oração coordenada)
Paulo e João trabalham e estudam muito. (correto).
PRONOMES OBLÍQUOS
Incensantemente ouvimos dizer que os pronomes pessoais se subdividem em pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo.
Assim sendo, ao estabelecermos familiaridade com a imagem subsequente, provavelmente todos os pressupostos que nela constarem, não serão para nós nenhuma novidade.
Observemos:
 PRONOMES PESSOAIS
NÚMERO PESSOA PRONOMES RETOS PRONOMES OBLÍQUOS
 tônicos átonos
Singular 1ª eu mim, comigo me
 2ª tu ti, contigo te
 3ª ele, ela	 si, consigo se, o, a, lhe
Plural 1ª nós nós, conosco nos
 2ª vós vós, convosco vos
 3ª eles, elas eles, elas, si, consigo se, os, as, lhes
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal, ou seja, objeto direto ou objeto indireto.
Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
Exemplo:
O professor confiou a turma a mim. (1ª pessoa do singular)
Eu já não espero nada de ti. (2ª pessoa do singular)
Disse consigo que jamais faria isso de novo. (3ª pessoa do singular)
Sandra preparou um banquete para nós. (1ª pessoa do plural)
Essa terra foi tirada de vós. (2ª pessoa do plural)
Não sobrou nada pra eles. (3ª pessoa do plural)
Observe:
As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto.
Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
PRONOME OBLÍQUO ÁTONO
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca.
Exemplo:
Ele me deu um presente. (1ª pessoa do singular)
Maria não te convidou pra festa. (2ª pessoa do singular)
Jorge deu-lhe uma nova chance na empresa. (3ª pessoa do singular)
Elisa trouxe-nos uma lembrança da viagem. (1ª pessoa do plural)
Ele vos deu algo muito precioso. (2ª pessoa do plural)
Queremos vê-los em breve. (3ª pessoa do plural)
Observações:
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para.
Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as.
Dando origem a formas como mo, mos, ma, mas, to, tos, ta, tas, lho, lhos, lha, lhas, no-lo, ni-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-las.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
Trouxeste o pacote?
Sim, entreguei-to ainda há pouco
Não contaram a novidade a vocês?
Não, não no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações quase não são usadas.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação pronominal observa o posicionamento dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições:
Antes do verbo (próclise)
No meio do verbo (mesóclise).
Depois do verbo (ênclise).
Esses pronomes se unem aos verbos porque são fracos na pronúncia.
PRÓCLISE
Usamos a próclise nos seguintes casos:
1 – com palavras ou expressõesnegativas:
 não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.
Exemplo:
Nada me perturba.
Ninguém se mexeu
De modo algum me afastarei daqui.
Ela nem se importou com meus problemas.
2 – com conjunções subordinativas:
Quando, se, porque, que, conforme, embora, logo.
Exemplo:
Quando se trata de comida, ele é um expert.
É necessário que a deixa na escola
Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.
3 – advérbios
Exemplos:
Aqui se tem paz.
Sempre me dediquei aos estudos.
Talvez o veja na escola.
Obs: se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrais o pronome.
Exemplo:
Aqui, trabalha-se.
Te amo! (errado)
Amo-te (correto)
4 – pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
Exemplo:
Alguém me ligou? (indefinido)
A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo).
Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo).
5 – em frases interrogativas.
Exemplo:
Quanto ele te cobrará pela tradução?
6 – em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).
Exemplo:
Deus o abençoe!
Macacos me mordam!
Deus te abençoe, meu filho!
7 – com verbo do gerúndio antecedido de preposição EM.
Exemplo:
Em se plantando tudo dá.
Em se tratando de beleza, ele é campeão.
8 – com formas verbais proparoxítonas.
Exemplo:
Nós o censurávamos.
MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, ...) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias,...)
Exemplo:
Convidar-me-ão para a festa.
Convidar-me-iam para a festa.
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
ÊNCLISE
Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
Tornarei-me... (errada)
Tinha entregado-nos... (errada)
Ênclise no verbo no infinitivo está sempre certa.
Exemplo:
Entregar-lhe.
Não posso recebe-lo.
Outros casos:
Com verbo no início da frase:
Entregaram-me as camisas.
Com o verbo no imperativo afirmativo:
Alunos, comportem-se
Com o verbo no gerúndio: 
Saiu deixando-nos por instantes.
Com o verbo no infinitivo impessoal:
Convém contar-lhe tudo.
Colocação pronominal nas locuções verbais
Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.
AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.
Havia-lhe contado a verdade.
Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.	
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
Infinitivo
Quero-lhe dizer o que aconteceu.
Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Infinitivo
Não lhe quero dizer o que aconteceu.
Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
Não lhe ia dizendo a verdade.
Não ia dizendo-lhe a verdade.
 
CRASE
A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à junção de duas vogais idênticas.
É de grande importância a crase da preposição “a” com:
O artigo feminino a (s).
O pronome demonstrativo a (s).
O “a” inicial dos pronomes aquele (s).
O “a” do relativo a qual (as quais).
Na escrita, utilizamos o acento grave (`) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais.
É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”.
Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
exemplo:
Vou a + a igreja ---- Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo feminino igreja.
Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. 
Exemplo:
Conheço a aluna. (verbo transitivo direto) (sem crase)
Refiro-me à aluna. (verbo transitivo indireto) (com crase)
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer.
No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já especificados.
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino “a” (s) ou de um pronome demonstrativo “a” (s) após uma preposição “a”.
1 – colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma “ao”, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Exemplos:
Conheço o aluno. Conheço a aluna.
Refiro-me ao aluno. Refiro-me à aluna.
2 – trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Exemplos:
Penso na aluna.
Apaixonei-me pela aluna.
Cansou de brigar.
Começou a brigar.
Insiste em brigar.
Foi punido por brigar.
Optou por brigar.
Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição “a” ou do artigo “a”, é preciso provar que existem os dois.
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino “a” (s), não haverá crase.
Veja os principais casos em que a crase NÂO ocorre:
Diante de substantivos masculinos:
Andamos a cavalo
Fomos a pé
Passou a camisa a ferro.
Fazer exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.	
Assistimos a espetáculos magníficos.
Diante de verbos no infinitivo:
A criança começo a falar.
Ela não tem nada a dizer.
Estavam a correr pelo parque.
Estou disposto a ajudar.
Continuamos a observar as plantas.
Voltamos a contemplar o céu.
Observação:
Como os verbos não admitem artigos, constatamos que o “a” dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
Exemplos:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método explicado anteriormente.
Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase.
Exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor).
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
Diante de numerais cardinais:
Exemplos:
Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.
Tenho que responder a trinta questões.
Devo obediência a três pessoas no trabalho.
Crase com os pronomes relativos A Qual, As Quais.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo.
Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase.
É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
Diante de palavras femininas:
Sempre vamos à praia no verão.
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O menino resolveu vestir-seà (moda de) Fidel Castro.
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Bife à (moda de) milanesa.
Lasanha à (moda de) bolonhesa.
Na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
Ele saiu às duas horas.
Observação: com a preposição “até”, a crase será facultativa
Exemplo: 
Dormiram até as / às 14 horas.
Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.
Exemplo:
À tarde, às ocultas, às pressas, à medida, à noite, às claras, às escondidas, à força, à vontade, à beça, à larga, à escuta, às avessar, à revelia, à exceção de, à imitação de, à esquerda, às turras, às vezes, à chave, à direita, à procura, à deriva, à toa, à luz, à sombra de, à frente de, à proporção que, à semelhança de, às ordens, à beira de..
Crase diante de Nomes de Lugar
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição “a”.
Para saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se:
Substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”.
A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase.
Exemplo:
Vou à França. (Vim da França. Estou na França.)
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália.)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.) ----sem crase
Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.) ---sem crase
Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo) ---- sem crase
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. 
Exemplo: Retornarei à São Paulo dos bandeirantes.
Irei à salvador de Jorge Amado.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo.
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição “a”.
Exemplos:
Refiro-me a + aquele atentado.
a da preposição + a do pronome
Refiro-me àquele atentado.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a crase.
Aluguel aquela casa.
O verbo alugar é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais, depende do verbo.
Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase.
É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, utilizando a substituição do termo feminino por um termo masculino.
Exemplo:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.
Obs: Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.
Outros exemplos:
São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Várias alunos às quais ele fez perguntas não souberem responder nenhuma das questões.
A sessão à qual assisti estava vazia.
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”.
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” também pode ser detectada pela substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino.
Exemplos:
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
A palavra distância
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer.
Exemplos:
Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está determinada.)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.)
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. 
Exemplos:
Os militares ficaram a distância.
Gostava de fotografar a distância.
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar crase.
Exemplo:
Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
Diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo.
observe:
Paula é muito bonita.
A Paula é muito bonita.
Laura é minha amiga.
A Laura é minha amiga.
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Entreguei o cartão a Paula.
Entreguei o cartão à Paula.
Diante de pronome possessivo feminino:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo.
Minha avó tem setenta anos.
A minha avó tem setenta anos.
Minha irmã está esperando por você.
A minha irmã está esperando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Cedi o lugar a minha avó.
Cedi o lugar à minha avó.
Diga a sua irmã que estou esperando por ela.
Diga à sua irmã que estou esperando por ela.
Diga a seu irmão que estou esperando por ele.
Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.
TRANSITIVIDADE VERBAL
VERBOS INTRANSITIVOS
Os verbos intransitivos não possuem completo. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanha-los.
A – CHEGAR, IR
Normalmente vê acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para.
Exemplos:
Fui ao teatro. (adjunto adverbial de lugar)
Ricardo foi para a Espanha. (adjunto adverbial de lugar)
Obs: “Ir para algum lugar” enfatiza a direção, a partida.” Ir a algum lugar” sugere também o retorno.
Importante: reserva-se o uso de “em” para indicação de tempo ou meio.
Exemplo:
Cheguei a Roma em outubro. (adjunto adverbial de tempo)
Chegamos no trem das dez. (adjunto adverbial de meio)
B – COMPARECER
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por “em” ou “a”.
Exemplo:
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência.
Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em r, s ou z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais).
São verbos transitivos diretos, dentre outros:
Abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar:
Amo aquele rapaz. Amo-o.
Amo aquela moça. Amo-a.
Amam aquele rapaz. Amam-no.
Ele deve amar aquela mulher. Ele deve amá-la.
Obs: os pronomes lhe, lhes, só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais).
Exemplos:
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação deregência.
Os pronomes pessoais do caso Oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe, lhes (ambos para substituir pessoas).
Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos
Indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele,ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes.
São verbos transitivos indiretos, dentre outros:
A – CONSISTIR
Tem complemento introduzido pela preposição “em”.	
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.
Exemplo:
Minha receita consiste em trigo, água e sal.
B – OBEDECER E DESOBEDECER
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “a”.
Exemplo:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
C – RESPONDER
Tem complemento introduzido pela preposição “a”. esse verbo pede objeto indireto para indicar “a quem” ou “ao que” se responde.
Exemplo:
Respondi ao meu patrão.
Respondemos às perguntas. (a + as = às)
Respondeu-lhe à altura. (a + a= à)
Obs: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica.
Exemplo:
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
D – SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição “com”.
Exemplo:
Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizei com os novos vizinhos, foi instantâneo.
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS OU INDIRETOS
Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso implique modificações de sentido.
Dentre eles, temos:
ABDICAR
Abdicou as vantagens do cargo. Abdicou das vantagens do cargo.
ACREDITAR
Não acreditava a própria força. Não acredita na própria força.
ALMEJAR
Almejamos a paz entre as nações. Almejamos pela paz entre as nações.
ANSIAR 
Anseia respostas objetivas. Anseia por respostas objetivas.
ATENDER
Atendeu os meus pedidos. Atendeu aos meus pedidos.
COGITAR
Cogitávamos uma nova estratégia. Cogitávamos em uma nova estratégia.
CONSENTIR
Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. Os deputados consentiram na adoção de novas medidas econômicas.
NECESSITAR
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. Necessitamos de algumas horas para preparar a apresentação.
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque nesse grupo:
AGRADECER, PERDOAR E PAGAR
São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. 
Exemplos:
Agradeço aos ouvintes a audiência
OBJETO INDIRETO OBJETO DIRETO
Perdoe o pecado ao pecador.
OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO
Paguei o débito ao cobrador.
OBJETO DIRETO OBJETO INDIRETO
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado.
Exemplos:
Agradeci o presente. Agradeci-o.
Agradeço a você. Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. Perdoei-a.
Perdoei ao agressor. Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. Paguei-as.
Paguei aos meus credores. Paguei-lhes.
Saiba que:
Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto indireto, mesmo que na fase não haja objeto direto.
Exemplos:
A empresa não paga aos funcionários dede setembro.
Já perdoei aos que me acusaram.
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim. Agradeço às eleitoras.
 INFORMAR
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Exemplo:
Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços)
Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções:
Informei-os aos clientes. Informei-lhes os novos preços.
Informe-os dos novos preços. Informe-os deles. (ou sobre eles)
 COMPARAR
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento indireto.
Exemplo:
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
PEDIR
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
Exemplo:
Pedi-lhe favores.
OBJETO INDIRETO OBJETO DIRETO
Pedi-lhe que ficasse em silêncio
OBJETO DIRETO ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA
Saiba que:
1 – a construção “pedir para”, muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver subentendida.
Exemplo:
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
Observe que nesse caso, a preposição “para” introduz uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
2 – A construção “dizer para”, também muito usada popularmente, é igualmente considerada incorreta.
PREFERIR
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição “a”.
Exemplo:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.
Eu preferia ter viajado sozinha a ter que aguentar aquele chato.
Obs: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
MUDANÇA DE TRANSITIVIDADE VERSUS MUDANÇA DE SIGNIFICADO
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado.
O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:
AGRADAR
1 – Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.
Exemplo:
Sempre agrada o filho quando o revê. Sempre o agrada quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. Cláudia não perde a oportunidade de agradá-lo.
2 – agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela preposição “a”.
Exemplo:
O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou.
ASPIRAR
1 – Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.
Exemplo:
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
2 – aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição.
Exemplo:
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas.).
Obs: como o objeto indireto do verbo “aspirar” não é pessoa, mas coisa, não se usam as formas prenominais átonas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele(s)”,”a ela(s)”.
Exemplo:
Aspiravam a uma existência melhor. (=Aspiravam a ela.)
ASSISTIR
1 – assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar.
Exemplo:
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
2 – assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer.
Exemplos:
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
Obs: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição “em”.
Exemplo:
Assistimos numa conturbada cidade.
CHAMAR
1 – chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de.
Exemplo:
Por gentileza, vá chamar sua prima. Por favor, vá chama-la.
Chamei você várias vezes. Chamei-o várias vezes.
2 – chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não.
Exemplos:
A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
CUSTAR
1

Outros materiais