Prévia do material em texto
PATOLOGIA GASTROINTESTINAL Por: Loris Dias / @loriis_dias ❖ CAVIDADE ORAL: • Fenda palatina/palatosquise (alteração congênita): pode fazer broncopneumonia aspirativa ou atelectasia. - Pode ser causada pela utilização de corticoides, antifúngicos ou ingestão de plantas tóxicas durante a gestação. Tem correção cirúrgica. • Sialocele: dilatação devido a um processo inflamatório nos ductos das glândulas salivares, ou o acúmulo de saliva na mucosa. - Durante a aspiração com uma agulha, o volume some, logo, na histologia aspirativa, é possível se ter uma noção do diagnóstico, por mais que os diferenciais sejam granuloma, abscesso e neoplasia. ❖ ESTOMATITE: É uma inflamação no estômago. Geralmente, a mesma coisa que causa estomatite, causa esofagite também. ↳ Pode ser causada por: - Substâncias químicas irritantes; - Por causas físicas como a queimadura; - Autoimunes (pênfigo vulgar e lúpus - nesse caso, os animais apresentam lesões cutâneas e de mucosa); - Por origem viral (febre aftosa, estomatite vesicular, doença vesicular dos suínos, calcivírus/herpesvírus felino, diarréia viral bovina, febre catarral maligna), bacteriana (actinobacilose e necrobacilose oral) e por outras causas, como no complexo eosinofílico felino; - Quando por lesão renal, ocorre o aumento da ureia e creatinina, a ureia é convertida em amônia e lesiona a mucosa oral. Pode ter produção de auto-anticorpo contra os desmossomos, causando desprendimento de onde tiver tecido epitelial. ❖ ACTINOBACILOSE: É causada pela bactéria actinobacillus, na histologia é possível ver filamentos, forma granuloma na cavidade oral. - É natural da microbiota, e quando o boi, por exemplo, sofre alguma perfuração na língua, a bactéria penetra e gera um processo inflamatório. Na histologia, fica parecendo um raio. Se fibrosar, essa doença passa a ser chamada de “doença da língua de pau”, onde se perde a movimentação da língua. ❖ COMPLEXO GRANULOMA EOSINOFÍLICO: Na lâmina, é possível ver muitos macrófagos e eosinófilos. Pode ser em forma de úlcera, nódulo ou em placa na macroscopia. Não é exclusivo de gatos, mas é mais comum nessa espécie. - Costuma ser causado por reações de hipersensibilidade. ❖ EXANTEMA VESICULAR DOS SUÍNOS: Bem parecido com a doença vesicular dos suínos e com a febre aftosa. Nessa doença, aparecem vesículas que ulceram posteriormente e tem transmissão entre animais pela secreção. - O agente etiológico é vírus da febre aftosa dos suínos, também conhecido como vírus da doença vesicular suína (DVSV). ❖ DIARREIA VIRAL DOS BOVINOS: Causada pelo pestivírus que faz vasculite, trombocitopenia e pode causar hipoplasia de medula. - A cepa citopatogênica (CP) causa lise de células, e é a mais grave. A NCP é a cepa não citopatogênica – o animal infectado por ela pode se curar sozinho sem maiores complicações. - Bovinos não vacinados podem desenvolver a forma aguda, já os animais que se infectam com a NCP sem ter imunidade adequada - apresentam quadro agudo (ulceração em todo trato gastrointestinal, grave diarréia com hematoquezia e febre alta). - As vacas gestantes contaminadas com a NCP disseminam a doença. Em 100/120 dias – o bezerro nasce com a NCP e se torna PI (persistentemente infectado), que pode ser soroconvertido depois (nos seus 6 meses ou 2 anos de idade, por exemplo) em CP e desenvolver a forma aguda da doença – doenças das mucosas. - Se a vaca for infectada no final da gestação, pode acontecer do bezerro nascer com hipoplasia do cerebelo, microcefalia, microftalmia e displasia renal. - No esôfago, a BVD dá um aspecto de arranhadura de gato. O animal fica com esofagite ulcerativa fibrinonecrótica. No mais, causa necrose no tecido linfóide (polpa branca no baço, nos folículos dos linfonodos, na placa de Peyer e em filhotes – necrose no timo). - Diagnóstico diferencial: febre catarral maligna. ❖ FEBRE CATARRAL MALIGNA: Causada pelo herpesvírus Ovino tipo 2, é transmitida para bovinos. - Pode fazer lesões por vasculite, causar quadro digestivo, neurológico e respiratório - com secreção serosa, mucopurulenta, ceratoconjuntivite e ulceração no TGI. 60% dos bovinos acometidos podem ter quadro neurológico - meningoencefalite. - Lesões características: vasculite linfocitária e necrose fibrinoide na parede de pequena artérias, o que causa uma nefrite intersticial, hiperplasia linfóide (ao contrário do que ocorre no BVD) e hiperplasia na polpa branca do baço. - A lesão patognômica da febre catarral maligna é a vasculite e necrose fibrinóide das arteríolas da rede admirável (rede que leva sangue para o encéfalo). ❖ ECTIMA CONTAGIOSO: Acomete todas as espécies, mas é mais comum em pequenos ruminantes. É causada pelo parapoxvírus, faz lesões nos lábios, focinho e glândulas mamárias (pela amamentação se o filhote estiver contaminado). - Forma vesículas que estouram e viram crostas. O diagnóstico deve ser feito no início, enquanto há a vesícula, na microscopia, é possível ver degeneração balonosa e corpúsculo de inclusão eosinofílico no citoplasma das células. ❖ MEGAESÔFAGO: É uma dilatação com perda da motilidade do esôfago. - O esôfago faz contrações (involuntárias) para estimular abertura do cárdia para passagem de alimento para o estômago, logo, se ele perde a movimentação, o cárdia não abre e começa a acumular alimentos no esôfago. - Na clínica, o animal apresenta regurgitação (NÃO É VÔMITO) e dilatação do esôfago. - Megaesôfago congênito está associado a imaturidade do nervo vago. Já no megaesôfago adquirido, quando não é idiopático, pode ser secundário causado pela compressão por neoplasias que bloqueiam a passagem do alimento, hipotireoidismo, timoma (neoplasia do timo) e persistência do arco aórtico direito (que em algumas literaturas, pode ser descrito como congênito ou adquirido). - Secundário ao megaesôfago, o animal pode desenvolver broncopneumonia aspirativa. ❖ TIMPANISMO: É uma doença onde há acúmulo de gás e dilatação ruminal. Existem dois tipos de timpanismo, o primário ou espumoso e o timpanismo secundário ou gasoso. - No timpanismo primário, ocorre (geralmente em 3 dias após mudança na dieta) pela introdução de uma grande quantidade de leguminosa e/ou concentrado. Nesse caso, o animal não tem microbiota suficiente e adequada para fazer a digestão, então, posteriormente, forma-se uma espuma grande que não consegue ser degradada pela saliva e bloqueia a saída do gás. - Timpanismo secundário, é mais raro de acontecer e é provocado por uma obstrução – que não tem a ver com o manejo. Como por exemplo, um papiloma na base do esôfago prejudicando a eructação, corpo estranho que obstrua a passagem e doença inflamatória do nervo vago (que ajuda na contração dos sacos ruminais) – também chamada de indigestão vagal. - O grande problema da dilatação ruminal é a compressão do diafragma - prejudicando a capacidade de respiração, aumentando a pressão torácica, comprimindo a veia cava – causando diminuição da distribuição sanguínea para rim, intestino e para o próprio rúmem – que terá perda na mobilidade, causando choque distributivo e levando ao óbito em menos de 1 semana. ❖ ACIDOSE RUMINAL: Também chamada de ruminite, é uma inflamação química associada a erro na alimentação com alta ingestão de carboidrato, que gera grande quantidade e ácidos graxos voláteis, contribuindo para diminuição do pH ruminal. - Com a diminuição do pH ruminal, começa ter morte da microbiota normal e outras bactérias que resistem ao pH mais ácido, começam a se proliferar, como o Streptococcus bovis, que produz ácido lático e diminui o pH para abaixo de 5. Nesse momento, há proliferação dos Lactobacillus acidophilus, que diminuem aindamais o pH e podem causar o óbito do animal em 48 horas devido ao pH se encontrar normalmente no 4,5. - Causa hiperemia acentuada com perda de líquido vascular para luz do rúmem, o sangue fica hemoconcentrado e pode levar a um choque distributivo. - Se o animal não evoluir ao óbito durante a fase aguda, os microorganismos oportunistas (Fusobacterium necrophorum , Trueperella pyogenes e o Mucor) podem, pelo rúmem, chegar no fígado através da veia porta ou sistema biliar, causar uma hepatite necrotizante ou formar abscessos hepáticos, ou ir pro coração causar uma endocardite – evoluindo para uma pneumonia embólica por êmbolo séptico. - Como consequência da acidose, também há a perda da microbiota, inclusive das bactérias produtoras de Tiamina/Vit B1 (que é imprescindível para função neuronal). Se essa vitamina estiver em falta, ocorre necrose neuronal, fazendo o quadro de polioencefalomalácia BILATERAL (necrose da substância cinzenta). ❖ DILATAÇÃO GÁSTRICA AGUDA: É mais comum em cães e cavalos pela administração incorreta de alimentos. - Por exemplo, no alto fornecimento de leite de vaca para filhotes de cães – provoca dilatação no estômago pela fermentação. Em cavalos, quando ingerem grande quantidade de alimentos de baixa qualidade que fermentam e produzem muitos gases. Como o cárdia dos equinos é muito muscular, e eles não conseguem vomitar, isso contribui para o aumento da dilatação e ruptura gástrica, mas também pode ocorrer intussuscepção na porção final do intestino delgado. - Nos cães, é mais fácil (por questões anatômicas) ocorrer torção ou o volvo gástrico pela frouxidão nos ligamentos que seguram o estômago, em especial nas raças de grande porte que possuem o corpo no formato mais longilíneo. - Em resumo: dilatação gástrica aguda comprime o diafragma, em seguida, a veia cava, que com o baixo retorno venoso, aumenta FC e FR. Pode ter secundária uma torção gástrica, ou resultar em morte por choque distributivo ou séptico. ❖ GASTRITE OU ULCERAÇÃO: É uma inflamação no estômago. A gastrite pode ou não estar associada a uma úlcera (lesão mais profunda na mucosa com perda do epitélio). Quando ocorre a erosão, há perda mais superficial no epitélio. - A gastrite ocorre pela perda da proteção da mucosa, que pode ser pelo aumento da secreção gástrica (pela síndrome paraneoplásica, como o mastocitoma por exemplo) e/ou diminuição dos mecanismos de defesa. No caso da diminuição dos mecanismos de defesa, isso se dá pela ação de AINES com AIES, que inibem a COX-1, e por conseguinte, o estímulo para produção de prostaglandinas fisiológicas, o que diminui significativamente a produção de muco, irrigação sanguínea e aumenta a pré-disposição para necrose. - O refluxo duodenal, quando pelo aumento no intervalo de tempo entre as refeições e por estresse, por exemplo, aumenta ureia, faz vasculite da mucosa e causa aumento da secreção de gastrina. - Em cavalos, pode haver ulceração na região da margem pregueada pela utilização de antinflamatórios em quantidades indevidas, ou por estresse. - Em pequenos ruminantes, há o parasitismo pelo o Haemonchus contortus que se adere a mucosa, provoca hemorragia com fezes de coloração enegrecida e hipoalbuminemia – com edema em subcutâneo, e causa gastrite. - Lembrar das doenças/agentes que podem causar a gastrite, como: Clostridium septicum em ovinos, o Cl. perfringens em bovinos, em suínos - salmonelose, doença de glasser, colibacilose. São os principais. ❖ INTESTINO: - Na região basal/região das criptas que ocorre mitose das células epiteliais para revestir as vilosidades. - Lesão obstrutiva no intestino, pode ser luminal ou vascular. A obstrução luminal pode ser pela ingestão de corpo estranho ou por alta quantia de parasitas, e pode estar acompanhada de uma obstrução vascular. Por exemplo, quando ocorre intuscepção ou tromboembolismo pela larva L4 do strongylus vulgaris que migra pela artéria mesentérica, causando vasculite, trombo ou tromboêmbolo. Em cavalos, esse quadro de obstrução vascular com formação de tromboembolismo pela larva, causa necrose intestinal e é chamada de Colite Tromboembólica dos Equinos. - O Histophilus somni também pode provocar tromboembolismo, causando lesão vascular no cérebro e intestino. - Voltando na obstrução por corpo estranho (luminal), ela pode ser linear (onde é comum ver o pregueamento das alças intestinais), pela ingestão de um barbante, por dieta muito fibrosa - fitobenzoário, e tricobenzoário – por pelos (comum em felinos e bovinos). Faz o aumento do peristaltismo, causando despreguiamento das alças intestinais e predispondo a uma intuscepção – causando necrose. - Obstruções intestinais também podem causar torções ou volvos, que é basicamente uma torção na alça intestinal que obstrui a passagem e afeta a circulação sanguínea local. - Rotavírus: dentre o parvo e o corona - é o mais brando, é mais comum em bezerros e leitões, causando a doença em 7 dias de vida, é transmitido via ambiental e atinge a porção apical das vilosidades. Na histologia, é possível ver o encurtamento e fusão das vilosidades, e necrose das células epiteliais. Em cães, não faz corpúsculo de inclusão, ao contrário de quando nos suínos. - Coronavírus: afeta a porção média das vilosidades, mas também afeta a porção apical. Causa atrofia mais acentuada das vilosidades, necrose e pode estar presente hemorragia. - Parvovírus: atinge a porção basal pela pré-disposição por células em alta taxa de replicação celular, dificultando a renovação. Afeta os epitélios no trato gastrointestinal, tecido hematopoiético e linfático. Em gatos, é chamada de Panleucopenia Felina. Nela, tem-se uma queda brusca de leucócitos, necrose intestinal, das placas de Peyer, linfonodo, timo (pode ter redução de tamanho) e baço. Se a infecção ocorrer durante a gestação, pode gerar a má-formação de hipoplasia de cerebelo no filhote. Em cães, é chamada de parvovirose, pode causar miocardite por parvovírus, enterite fibrinonecrótica e não necessariamente apresenta quadro intestinal com hemorragia. Como característica: O parvovírus faz corpúsculo de inclusão intranuclear nas células epiteliais (diferente da cinomose que faz no citoplasma dessas células), há presença de células sinciciais nas criptas e necrose de tecido linfoide – especialmente placas de Peyer e linfonodos. • Essas doenças virais são mais comuns em filhotes. A Coccidiose (Isospora, Eimeria) e Escherichia coli também causam atrofia das vilosidades. ❖ COLIBACILOSE – (ESCHERICHIA COLI): É causada por fatores pré-disponentes como a queda na imunidade e mudança na alimentação. Todavia, existem cepas altamente patogênicas, que não necessitam desses fatores para infectar o animal. - Suínos e animais jovens são mais propensos a desenvolver a doença. - A cepa enterotoxigênica (ETEC) – é uma das mais comuns em animais neonatos, causa diarreia aquosa e pode levar alterações circulatórias sistêmicas pela produção de toxicas. Os leitões, por exemplo, em até 4 dias de vida, na maternidade, se infectam pela via oral, e as bactérias, como possuem fímbrias, se aderem através de receptores da mucosa e começam a produzir toxinas que alteram a permeabilidade e causam necrose da membrana epitelial, logo, o animal não consegue absorver nada e perde líquido para luz intestinal. A lesão nesse quadro é PELA TOXINA. ❖ DOENÇA DO EDEMA SHIGA TOXINA (STEC): Ocorre também pela produção de uma toxina produzida pela escherichia coli, ocorre em animais jovens, por via oral. A bactéria se adere nas microvilosidades da mucosa e produz a toxina, que cai na microcirculação e atinge de forma sistêmica, provocandolesões na microcirculação do SNC, subcutâneo e estômago. - Causa necrose vascular com aumento da permeabilidade e edema – principalmente cerebral, no subcutâneo (na cabeça) e na parede gástrica. - O quadro clínico é neurológico – faz paresia e depois paralisia de membro pélvico, cegueira, decúbito lateral, movimento de pedalagem, surdez e pode evoluir ao óbito. - Seu diagnóstico diferencial pode ser a intoxicação por sal e encefalite por Glaesserella parasuis. - Tanto no caso da Cepa enteropatogênica (EPEC) e da Cepa entero-hemorrágica, a lesão é local. Nesses 2 tipos, a lesão não é pela toxina, É PELA BACTÉRIA. Também se aderem a porção superficial, com fusão e/ou perda das vilosidades. Na EPEC, ocorre diarreia, que pode ter hemorragia ou não, e na entero-hemorragica – faz enterite fibrinohemorrágica. ❖ CLOSTRIDIOSE: Causada pela clostridium perfringes, depende de mudanças na microbiota, sendo geralmente secundária a infecções virais ou por mudança na alimentação. - Clostriduim Perfringes tipo A - é mais comum em cães, causa a gastroenterite hemorrágica aguda canina – com diarreia sanguinolenta. No cavalo, há a Colite X, que possui um quadro agudo bem parecido com o dos cães, levando ao óbito em 48 horas, normalmente causada pela troca de alimentação. - Clostriduim perfringens D – causa doença em ovinos, é parecido com a doença do edema, a lesão não é no intestino. A toxina produzida faz lesão nos cérebros dos ovinos, causando uma leucomalácia bilateral simética nesses animais. - Clostriduim difficile - mais comum em cavalos, faz enterocolite fibrinonecrótica. • A produção de gás pelos clostridiuns leva a uma autólise renal muito rápida, o que caracteriza o rim muito mole, chamado de rim pulposo. ❖ ENTEROCOLITE DE POTROS: É uma zoonose causada pelo Rhodococcus equi, acomete animais de 6 meses, mas também pode afetar adultos que estão com comprometimento no sistema imunológico. Pode causar aborto e placentite em gestantes, e pneumonia. - Na necropsia, é possível ver inflamação piogranulomatosa difusa, com formação de abcessos, ulceração nas placas de Peyer e necrose, além do aumento de linfonodos. Na microscopia, há presença de células gigantes multinucleadas. ❖ DOENÇA DE JOHNE: É causada pela Mycobacterium avium ssp paratuberculosis, afeta ruminantes por volta dos 19 meses de idade. Na clínica, causa emagrecimento progressivo e diarreia. O intestino delgado, ceco, cólon e reto ficam hiperêmicos. - Em pequenos ruminantes, pode não ocorrer a diarreia. ❖ SALMONELOSE: Causada pelos vários tipos de salmonella, como a Salmonella sp Sorovares: Typhimurium; enteritidis; dublin e a cholerae-suis. - Pode resultar em septicemia e enterite aguda ou crônica. Sua transmissão é pela rota fecal-oral, ou seja, quando o patógeno passa das fezes de um animal contaminado para a cavidade oral do hospedeiro. - Sua forma septicêmica afeta vários animais, como os bezerros, cordeiros, potros e leitões. Na macro, podem ser vistas petéquias e equimoses nas serosas, no endocárdio, rins, e causar hepatomegalia com necrose multifocal, além dos granulomas. - Pode ter hiperplasia das placas de Peyer e formação de úlcera botonosa (úlcera com deposição de fibrina) em estágio crônico. - A colecistite fibrinosa é uma lesão patognômonica da salmonela em bovinos (ocorre por via ascendente/ducto biliar, chegando na vesícula e fazendo inflamação com fibrina) ❖ NEOPLASIAS: • Papiloma: causada pelo Papilomavírus, nessa neoplasia há a formação de papilomas no epitélio. • Carcinoma: é uma neoplasia cutânea que pode aparecer em qualquer idade. Seu fator predisponente costuma ser exposição à radiação solar. • Sarcoma esofágico: neoplasia no esôfago, pode ser secundária ao Spirocerca lupi. • Linfoma gástrico: afeta o estômago e tem origem nas células linfáticas. • Leiomioma: neoplasia de músculo liso no estômago. • Carcinoma gástrico: é uma neoplasia bastante metastática e silenciosa. Quando em cães, principalmente os machos, geralmente os afetam com menos de 10 anos de idade.