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LIQUIDAÇÃO DO ATIVO

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LIQUIDAÇÃO DO ATIVO – Lei nº 11.101/05 
Apurar e Acertar (conta) 
 
 A fase de liquidação, como dito anteriormente, representa um dos escopos 
fundamentais da falência, enquanto processo de execução coletiva. Para que a 
liquidação seja possível, é necessário o cumprimento das etapas precedentes no 
tocante à habilitação dos créditos na falência, à arrecadação de bens para a massa e à 
avaliação dos bens que integram o ativo da massa falida. 
 A liquidação propriamente dita, nos termos do art. 139, deve ser iniciada após 
efetivada a arrecadação dos bens do falido, com a juntada do respectivo auto de 
arrecadação ao processo de falência, apuração dos bens e depois auto de avaliação. 
 
REALIZAÇÃO DO ATIVO (Transferência de Propriedade) 
 
 A realização do ativo compreende a efetiva alienação, (transferência 
propriedade a terceiros) dos bens do ativo da massa falida. (quem recebe). 
 A Lei de Falência e Recuperação de Empresas, ao tratar da realização do ativo, 
vale-se de duas expressões próximas, nesse sentido, cuida a Lei, em seu art. 140 das 
formas de alienação do ativo e, posteriormente, em seu art. 142, das modalidades de 
alienação do ativo. 
 Assim quando a lei trata das formas de alienação do ativo, refere-se em caráter 
unitário ou coletivo, com que os bens poderão ser alienados, desse modo, pode se 
proceder a sua alienação por lotes ou individualmente, sendo possível, inclusive, a 
alienação da empresa propriamente dita “em funcionamento”, já que se trata de 
atividade econômica, sobretudo quando autorizada a continuação do negócio na 
falência. 
a- Formas de alienação do ativo 
A alienação do ativo pode ser efetuada mediante a adoção de uma das 
formas a seguir elencadas, como prevê o art. 140, observada a seguinte 
ordem de preferência: 
I- Alienação da empresa, com a vendas de seus estabelecimentos em 
bloco; 
II- Alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades 
produtivas isoladamente; 
III- Alienação em bloco dos bens que integram cada um dos 
estabelecimentos do devedor; 
IV- Alienação dos bens individualmente considerados. 
 
 Todos os credores, conforme a ordem de classificação prevista no art. 
83, ficam sub-rogados no produto da realização do ativo, possuindo um 
direito subjetivo de crédito a ele. 
 O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá 
sucessão de arrematante nas obrigações do devedor, inclusive de 
natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as 
decorrentes de acidentes de trabalho. 
 
b- Modalidades de alienação do ativo 
 Conforme o art. 142, a alienação de bens dar-se por uma das seguintes 
modalidades de alienação do ativo. 
 
 Leilão Eletrônico Presencial ou Híbrido - O leilão caracteriza-se como 
modalidade usual de alienação do ativo na falência, em que os 
interessados oferecem lances orais ou por meio de plataforma 
eletrônica, para a aquisição dos bens alienados publicamente e 
integrante do ativo da amassa falida. 
 
 Processo competitivo organizado promovido por agente especializado 
e de reputação ilibada, cujo procedimento deverá ser detalhado em 
relatório anexo ao plano de realização do ativo ou o plano de 
recuperação judicial, conforme art. 
 
 Qualquer outra modalidade so ativo, desde que Falência e 
Recuperação de Empresas. Conforme o art. 142, § 3º-B, a alienação do 
ativo nas modalidades indicadas nos itens b e c supracitados, deverá 
observar as seguintes regras: I –será aprovada pela assembleia geral de 
credores; II – decorrerá de disposição de plano de recuperação judicial 
aprovado, ou III –deverá ser aprovada pelo juiz, considerada a 
manifestação do administrador judicial e do Comitê de Credores, se 
existente. 
 
 Outras modalidades de alienação do ativo – Além das modalidades 
referidas nos itens anteriores, a Lei de Falência e Recuperação de 
Empresas traz ainda a possibilidade de adoção de outras modalidades. 
Nesse sentido, prevê, em seu art. 144, que havendo motivos 
justificados, o juiz poderá autorizar, mediante requerimento 
fundamentado do administrador judicial ou do Comitê, modalidade de 
alienação judicial diversas das previstas no art. 142 da lei. 
 
PAGAMENTO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA 
 
 Para que se dê o pagamento dos créditos concursais, escopo fundamental da 
falência, é necessário que, primeiramente, nos termos do art. 149, tenham sido 
efetuadas as restituições de bens, quando devidas, bem como tenham sido pagos os 
créditos extraconcursais. 
 Assim, uma vez consolidado o quadro geral de credores, as importâncias 
recebidas com a realização do ativo serão destinadas ao pagamento dos créditos 
concursais, conforme a ordem de classificação prevista no art. 83. 
 Nesse sentido, os respectivos credores deverão proceder, no prazo fixado pelo 
juízo falimentar, ao levantamento dos valores que lhes couberam em rateio, sendo no 
prazo de sessenta dias, após o qual referidos valores serão objeto de rateio 
complementar entre os credores remanescentes (art. 149, § 2º). 
 Por fim, efetuados os respectivos pagamentos a todos os credores, ,caso ainda 
haja saldo positivo na massa falida, este será entregue ao falido, conforme ao art. 153. 
 Com relação aos pagamentos efetuados pela massa falida, devem ainda ser 
feitas ressalvas: 
 Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com 
precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a 
seguir, aqueles relativos: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020) 
(Vigência). 
Crédito Trabalhistas (Classe I); 
Créditos com Garantia Real (Classe II); 
Créditos Quirográfarios é aquele oriundo de obrigações sobre os quais 
não recaem nenhuma garantia real e não possuem qualquer privilégio 
(Classe III); 
E Créditos enquadrados como Micro Empresas ou Empresas de 
Pequeno Porte (Classe IV).

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