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Administração e Cálculo de Medicamentos Prof. Polyanne Aparecida 15 - Administração e Cálculo de Medicamentos Camila Coelho - 04196125301 (EBSERH/CESPE/2018) Acerca dos cuidados na administração de medicamentos, julgue os próximos itens. 1. O preparo do medicamento deve ser realizado apenas quando houver certeza quanto ao medicamento prescrito, à dose e à via de administração. ( ) Certo ( ) Errado (EBSERH/CESPE/2018) Acerca dos cuidados na administração de medicamentos, julgue os próximos itens. 2. É dispensável esclarecer ao paciente o medicamento que lhe será administrado. ( ) Certo ( ) Errado Camila Coelho - 04196125301 3. (Prefeitura de Santa Bárbara-MG/FUNDEP/2018) De acordo com o Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos (BRASIL, 2013), os nove certos não garantem que os erros de administração não ocorrerão, mas segui-los pode prevenir significativa parte desses eventos, melhorando a segurança e a qualidade da assistência prestada ao paciente durante o processo de administração de medicamentos. Fazem parte dos nove certos na administração de medicamentos, exceto: a) Paciente certo, medicamento certo, ação certa. b) Via certa, hora certa, forma certa. c) Dose certa, registro certo, resposta certa. d) Razão, documentação, profissional hábil. 15.1 - Via tópica As formas farmacêuticas (apresentações) mais comuns aplicadas em pele e mucosas são (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019): Camila Coelho - 04196125301 as soluções nasais são usadas para tratar os distúrbios temporários que afetam as membranas mucosas nasais. As formas mais comuns são o spray e as gotas descongestionantes. Os medicamentos tópicos podem ser administrados por diferentes modalidades (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). Administração nasal a equipe de enfermagem administra medicamentos inalantes através das fossas nasais, da boca, dos tubos endotraqueais ou de traqueostomia. Os medicamentos podem ter efeitos locais e sistêmicos, devido à pronta absorção pela rica vascularização alvéolo-capilar. Administração inalatória Camila Coelho - 04196125301 os medicamentos oftálmicos mais comuns são os colírios e as pomadas oftálmicas. As soluções oculares são estéreis, facilmente administradas e, normalmente, não interferem na visão quando instiladas. No entanto, os unguentos oculares causam alteração na acuidade visual. Administração oftálmica o medicamento é fornecido semelhantemente a uma lente de contato. O disco possui camadas externas que envolvem o medicamento, que pode permanecer por até 1 semana. Administração intraocular As medicações usadas na orelha são chamadas de óticas e geralmente estão sob a forma de gotas, formadas por uma solução contendo a substância desejada. Administração auricular (otológica) As medicações vaginais estão disponíveis na forma de supositórios, geleias, espumas, irrigações (duchas), comprimidos ou cremes. Administração vaginal Está relacionada àqueles comprimidos projetados para serem mantidos na cavidade bucal (entre a bochecha e os dentes molares). Administração bucal Camila Coelho - 04196125301 Os comprimidos sublinguais são projetados para serem colocados sob a língua para dissolução, e a absorção se dá por meio da vasta rede de vasos sanguíneos dessa área. Administração sublingual são pequenos recipientes cilíndricos gelatinosos que armazenam pó seco ou líquido do agente medicinal. 15.2 - Via enteral Vejamos a seguir as diversas apresentações disponíveis para a via enteral (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). Cápsulas são discos achatados contendo um agente medicinal em uma base com um sabor agradável. Pastilhas ou tabletes são uma forma obsoleta de apresentação que não são mais fabricadas em razão do desenvolvimento das cápsulas e comprimidos. Contudo, o termo é ainda utilizado para se referir a comprimidos e cápsulas. Pílulas Camila Coelho - 04196125301 são medicamentos secos e em pó que foram comprimidos até formarem pequenos discos. Comprimidos são líquidos claros constituídos pelo medicamento dissolvido em álcool e água. Elixires são disseminações de pequenas gotas de água em óleo ou de óleo em água. Emulsões são apresentações líquidas que contêm partículas sólidas e insolúveis de drogas disseminadas em uma base líquida. Suspensões possuem agentes medicinais dissolvidos em uma solução concentrada de açúcar e água. Xaropes são uma forma sólida de medicamentos para serem introduzidos em um orifício do corpo. Na temperatura do corpo, a substância se dissolve e é então absorvida pelas membranas da mucosa. Supositórios Camila Coelho - 04196125301 4. (Aeronáutica/2021) Relacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta. 1. Cápsula 2. Comprimido 3. Drágea 4. Elixir ( ) É um comprimido revestido por uma solução de queratina composta por açúcar e corante. ( ) É o pó comprimido com um formato próprio, sendo redondo ou ovalado. ( ) É uma solução que, além do soluto, contém 20% de açúcar e 20% de álcool. ( ) É constituído do invólucro de gelatina com medicamento internamente de fórmula sólida, semissólida ou líquida. a) 2 - 3 - 1 - 4. b) 3 - 2 - 1 - 4. c) 2 - 3 - 4 - 1. d) 3 - 2 - 4 - 1. 15.3 - Via parenteral Normalmente a rota parenteral se refere às injeções intradérmica (ID), subcutânea (SC), intramuscular (IM) ou intravenosa (IV). Camila Coelho - 04196125301 É importante ressaltar que alguns medicamentos podem ser administrados em cavidades corporais distintas das citadas anteriormente. Os medicamentos são administrados no espaço epidural (peridural) por meio de um cateter. Essa via é mais comumente utilizada na anestesiologia. Epidural Os medicamentos são administrados por meio de um cateter no espaço subaracnoide ou nos ventrículos cerebrais. Também é utilizada para administração de anestésicos (raquianestesia, anestesia espinhal, raquidiana ou bloqueio subaracnoide). Intratecal Os medicamentos são administrados na cavidade peritoneal e absorvidos pela circulação. Intraperitoneal Administração de medicamentos por injeção ou tubo torácico diretamente no espaço pleural. Intrapleural Os medicamentos são administrados diretamente nas artérias. Intra-arterial Camila Coelho - 04196125301 Os medicamentos são administrados no vítreo (região interna e posterior do olho) por um oftalmologista. Intravítrea Administração de medicamentos dentro da cavidade articular. Intra-articular Injeção de medicamentos diretamente no tecido cardíaco. Intracardíaco Envolve a infusão de medicamentos diretamente na medula óssea. Intraóssea (IO) 5. (HDT-UFT/EBSERH/AOCP/2015) A via parenteral é utilizada na administração de medicamentos não absorvíveis pelo trato gastrintestinal e proporciona ação imediata dos medicamentos, além de estar subdividida em diversas vias, sendo elas: a) vaginal, sublingual, intradérmica e endovenosa. b) IM, ID, oral, retal. c) auricular, nasal, tópico, oral. d) intradérmica, subcutânea, intramuscular e endovenosa. e) nasal, oftalmológica, intramuscular. Camila Coelho - 04196125301 6. (Prefeitura de Várzea-PB/EDUCA/2019) Os medicamentos são introduzidos no corpo por diversas vias, para a via ________________, insere-se uma agulha entre duas vértebras na parte inferior da coluna vertebral dentro do espaço ao redor da medula espinhal. Neste caso, o medicamento é injetado no canal medular. Essa via é utilizada quando é necessário que um medicamento produza um efeito rápido ou local no cérebro, medula espinhal ou tecido que os envolvem (meninges) - por exemplo, para tratar infecções nessas estruturas. Complete a lacuna e assinale a alternativa CORRETA: a) Subcutânea. d) Intravenosa. b) Intratecal. e) Transdérmica. c) Intramuscular. 15.3.1 - Via Intradérmica (ID) Os medicamentos são injetados na derme, logo baixo da epiderme, em pequenos volumes (0,01 a 0,05 ml). Potter e colaboradores (2018) apontam que o volume máximo suportado pela via ID é de0,1 ml. Outras referências referem que o volume máximo que pode ser administrado por esta via é 0,5 ml (BRASIL, 2014, p. 45; GIOVANI, 2019, p. 144). Sua absorção é lenta, sendo a via preferida para realização de testes de alergia, injeções de dessensibilização, aplicação de anestésicos locais e vacinas (BCG). Os locais mais comumente usados são a parte superior do tórax, a região escapular e a face interna dos antebraços. O ângulo de inserção da agulha deve ser de 5 a 15° com o bisel voltado para cima (LYNN, 2019; POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). Camila Coelho - 04196125301 7. (Prefeitura de Bom Jesus do Amparo-MG/FUNDEP/2018) A via ___________ para administração de medicações é empregada para fins diagnósticos quando se testam alergias ou reação para tuberculose. Essa via resulta em pouca absorção sistêmica e produz efeito principalmente local. Assinale a alternativa que completa corretamente essa afirmativa. a) intradérmica. b) sublingual. c) subcutânea. d) ocular. 15.3.2 - Subcutânea (SC) A via SC consiste na colocação de medicamentos no tecido conjuntivo frouxo sob a derme (hipoderme). O tecido subcutâneo não é tão ricamente suprido com sangue quanto os músculos, por isso a absorção dos medicamentos é mais lenta do que a via IM. Em adultos, considera-se que o volume máximo suportado por essa via é de 1,5 a 2 ml, a depender da referência consultada (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). Por outro lado, na população pediátrica, o volume indicado é de até 0,5 ml (HOCKENBERRY; WILSON; RODGERS, 2018). Camila Coelho - 04196125301 Os locais mais usados incluem braços, face anterior das coxas e abdome. As áreas usadas com menor frequência são as nádegas e a porção superior do dorso ou a região escapular (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). Uma vez que a insulina é o medicamento mais comumente utilizado pela via SC, sobretudo no contexto da autoadministração por pacientes diabéticos, apresentaremos algumas considerações abordadas no Posicionamento Oficial nº 1/2017 da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2017) que são frequentemente cobradas nas provas de residências e concursos. O risco de a insulina ser depositada no músculo aumenta progressivamente conforme o comprimento da agulha utilizada. O local deve ser previamente inspecionado e as injeções devem ser administradas em tecido subcutâneo saudável, evitando-se cicatrizes, feridas e lipohipertrofia. O local deve ser limpo quando necessário ou se o paciente estiver em ambiente onde as infecções podem ser facilmente disseminadas (por exemplo, hospital ou casa de repouso). Caso se utilize álcool a 70% para limpar o local, a pele deverá secar completamente antes de a injeção ser realizada. Camila Coelho - 04196125301 Antes de aspirar a insulina, primeiro deve-se injetar ar em quantidade equivalente (ou um pouco maior) à da dose dentro do frasco para facilitar a retirada da insulina. As seringas e agulhas são de uso único e não devem ser reaproveitadas. Existe uma associação entre a reutilização de agulhas e a presença de lipohipertrofia, dor e sangramento durante a injeção. A associação de dois tipos de insulina na mesma seringa (mistura) demanda cuidados especiais. As insulinas que podem ser associadas são: insulina de ação intermediária (NPH) com insulina de ação rápida (R) para uso imediato e/ou posterior; e insulina de ação intermediária (NPH) com análogo de insulina ultrarrápida para uso imediato. No preparo da seringa deve-se aspirar primeiramente a insulina de ação rápida e depois a insulina de ação intermediária (NPH) a fim de evitar a contaminação da insulina de ação rápida. O abdome é o local de escolha para administração de insulina regular isolada ou quando misturada à NPH. Deve-se realizar o rodízio dos locais de injeção de forma sistemática, de tal maneira que eles fiquem separados um do outro por, pelo menos, 1 cm, a fim de evitar repetição do local e trauma ao tecido. É necessário realizar a prega subcutânea quando a distância entre a pele e o músculo é menor ou igual ao comprimento da agulha. Camila Coelho - 04196125301 (EBSERH/CESPE/2018) Acerca dos cuidados na administração de medicamentos, julgue o próximo item. 8. A absorção de determinados medicamentos é mais rápida pela via subcutânea que pela via intramuscular. ( ) Certo ( ) Errado 9. (PauliPrev-SP/VUNESP/2018) Para a administração de medicamento por via subcutânea, alguns cuidados precisam ser observados, tais como: a) Após a aplicação, a área deve ser massageada para facilitar a absorção do medicamento. b) Essa via suporta volumes de até 3 ml. c) O ângulo da aplicação pode variar de 45° a 90°, dependendo da espessura do tecido subcutâneo do paciente. d) Por se tratar de tecido altamente vascularizado, a aspiração não deve ser realizada após a introdução da agulha. e) Essa via é especialmente indicada para medicamentos que necessitam de absorção muito rápida. Camila Coelho - 04196125301 15.3.3 - Hipodermóclise A hipodermóclise é também conhecida como a administração contínua de fluidos por via SC. O mecanismo da hipodermóclise consiste na infusão lenta de soluções no tecido subcutâneo, onde o fluido é transferido para circulação sanguínea por ação combinada entre a difusão e a perfusão tecidual (BRASIL, 2017a). É utilizada no contexto da geriatria e dos cuidados paliativos, em pacientes com desidratação moderada devido a quadros de disfagia severa, demência, sonolência, obstrução intestinal secundária à neoplasia e impossibilidade de punção de acesso venoso periférico (BRUNO, 2015). Quando utilizada para administração de medicamentos, considera-se o termo terapia SC (CARVALHO; PARSONS, 2012). Vantagens Camila Coelho - 04196125301 Desvantagens O esquema a seguir apresenta algumas contraindicações absolutas e relativas abordadas no Guia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e da Academia Nacional de Cuidados Paliativos sobre o uso da via SC em geriatria e cuidados paliativos (AZEVEDO, 2017): Camila Coelho - 04196125301 A tolerância de cada região para a infusão de soluções varia conforme as condições gerais de cada paciente e o volume a ser infundido (CARVALHO; PARSONS, 2012), conforme a imagem a seguir. O Manual de Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) da Anvisa (BRASIL, 2017a) recomenda os seguintes cuidados em relação à hipodermóclise: Realizar o procedimento com técnica asséptica. 1 Escolher o sítio de inserção para acesso subcutâneo de modo a incluir áreas com pele intacta que não estão perto de articulações e têm tecido subcutâneo adequado, como: parte superior do braço, parede torácica subclavicular, abdome (pelo menos 5 cm distantes do umbigo), parte superior das costas, coxas e/ou recomendado pelo fabricante do medicamento. Deve-se evitar áreas com crostas, infectadas ou inflamadas. 2 Camila Coelho - 04196125301 Realizar a antissepsia da pele com solução alcóolica de gliconato de clorexidina > PVPI a 10%, PVPI ou álcool 70%. 3 Utilizar cobertura transparente semipermeável estéril sobre o local do sítio de acesso subcutâneo para permitir a observação contínua e avaliação. Alterar a cobertura transparente a cada troca de sítio, e imediatamente se a integridade do curativo estiver comprometida. 4 Utilizar um dispositivo de infusão de pequeno calibre (24 a 27 gauge) para estabelecer o acesso subcutâneo. Nesse sentido, o dispositivo com asas e cânula metálica (escalpe) não é recomendado. 5 Trocar o local do acesso subcutâneo utilizado para administração de medicamentos a cada 7 dias e quando clinicamente indicado com base nos resultados da avaliação do sítio de inserção. 6 Trocar o local do acesso subcutâneo utilizado para soluções de hidratação a cada 24-48 horas ou depois da infusão de 1,5 a 2 litros e conforme clinicamente indicado com base nos resultados da avaliação do sítio de inserção. 7 Avaliar o sítio do acesso subcutâneo e trocar o local quando houver eritema, edema,vazamento, sangramento, hematoma, queimadura, abscesso ou dor. 8 Camila Coelho - 04196125301 Adicionalmente, alguns cuidados de enfermagem precisam ser tomados na escolha do sítio de punção e na vigência de complicações (AZEVEDO, 2017): o cateter deve apontar no mesmo sentido da drenagem linfática; a presença de edema inviabiliza o acesso, pois reduz a velocidade de absorção; em pacientes com síndrome da veia cava superior, a punção de membros superiores e tórax deve ser evitada; em pacientes com ascite, a punção no abdome está contraindicada; evitar a punção em áreas ulceradas ou infectadas, áreas próximas de dissecção ganglionar ou de incisão cirúrgica e áreas submetidas à radioterapia; sempre que indicada, uma nova punção deve ser realizada, respeitando a distância mínima de 5 cm do local da punção anterior. Apesar de serem raras as complicações relacionadas à punção da via SC com cateter, elas podem ocorrer quando não são respeitados os princípios da técnica de punção, da diluição e da velocidade de infusão dos medicamentos, conforme podemos observar no quadro a seguir (AZEVEDO, 2017): Camila Coelho - 04196125301 10. (Prefeitura de Araguaína-TO/IDIB/2020) A via subcutânea vem surgindo cada vez mais como opção de infusão de medicamentos, com a hipodermóclise. Sobre o tema, assinale a alternativa correta. a) O acesso poderá ser puncionado em áreas edemaciadas, com hematoma e estado avançado de caquexia por hipotrofia do subcutâneo. b) Algumas indicações são, em casos de paciente com alterações gastrintestinais, fístula traqueobrônquica, coma e debilidade extrema. c) Podem ser infundidas soluções aquosas irritantes, pois a vascularização do tecido subcutâneo é similar à do tecido muscular. d) Nos casos de alguns fármacos, como a morfina, a biodisponibilidade após a administração por via subcutânea é menor que na via oral. Camila Coelho - 04196125301 11. (Residência Multiprofissional-UPE/IAUPE/2019) Considerando as vias de administração de medicamentos, leia, atentamente, as afirmativas abaixo: I - O metabolismo do medicamento pode ser mais rápido em fumantes do que nos não fumantes; a fumaça do cigarro contém substâncias que induzem à produção de enzimas hepáticas. II - Biodisponibilidade é a equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo composição idêntica. III - Na via subcutânea, as soluções aquosas e as suspensões devem ser de fácil absorção e não irritantes para esse tecido. IV - A hipodermóclise é a infusão de fluidos no tecido subcutâneo para correção de desequilíbrio hidroeletrolítico; é utilizada desde 1940, contraindicada em pacientes com distúrbio de coagulação, edema, anasarca e risco grave de congestão pulmonar. 11. (Residência Multiprofissional-UPE/IAUPE/2019) Estão CORRETAS apenas: a) I e II. b) II e III. c) II, III e IV. d) II. e) I, III e IV. Camila Coelho - 04196125301 15.3.4 - Via Intramuscular (IM) As injeções IM são administradas ao se inserir uma agulha através da epiderme, da derme e do tecido subcutâneo até a camada muscular. A via IM fornece uma absorção mais rápida que a SC, por ser mais ricamente vascularizada. Deve-se utilizar uma agulha mais longa e calibrosa para atravessar o tecido subcutâneo e penetrar no tecido muscular profundo. O músculo é menos sensível a medicamentos irritantes e viscosos. O ângulo de inserção deve ser de 90°. O volume a ser administrado varia de 1 a 5 ml, a depender do sítio de aplicação da injeção (LYNN, 2019). Por se tratar de um assunto controverso, o COREN/SP emitiu um Parecer Técnico nº 39/2012 que sugere os volumes máximos a serem administrados de acordo com a faixa etária e o local: Camila Coelho - 04196125301 Por outro lado, Potter e colaboradores (2018) afirmam que: um indivíduo normal e bem desenvolvido pode suportar até 3 ml de medicação em um músculo maior; é improvável que um volume maior de medicamento (4 a 5 ml) seja absorvido de maneira apropriada; crianças, idosos e indivíduos magros suportam apenas 2 ml de injeção IM; não se deve administrar mais que 1 ml em crianças pequenas e 0,5 ml em lactentes. Vejamos, a seguir, os principais locais de administração de medicação pela via IM: Camila Coelho - 04196125301 Vejamos, a seguir, os principais locais de administração de medicação pela via IM: Agora, apresentamos algumas considerações sobre cada sítio anatômico de administração de injeções IM (LYNN, 2019; POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019): embora seja de fácil acesso nas posições sentada, ereta e em decúbito dorsal, ventral ou lateral, esse músculo não é bem desenvolvido em adultos. Existe potencial para lesão neurovascular, porque a artéria braquial e os nervos axilar, radial, braquial e ulnar estão sob o tríceps e ao longo do úmero. Deve ser utilizado apenas para administração de pequenos volumes, variando de 1 a 2 ml, em adultos. É utilizado usualmente para aplicação de vacinas. Deltoide Camila Coelho - 04196125301 localizado na região anterolateral da coxa, longe de vasos sanguíneos e nervos. O local de aplicação da injeção situa-se em seu terço médio (a um palmo do trocanter maior e um palmo acima do joelho). É o local de escolha para lactentes, visto que representa a sua maior massa muscular. Nos pacientes idosos, debilitados ou adultos que não deambulam, deve-se avaliar com cautela se a massa muscular é apropriada antes da injeção. O volume a ser administrado varia de 3 a 4 ml, em adultos. Vasto lateral está localizado medialmente ao músculo vasto lateral. A delimitação do local de aplicação é feita da mesma maneira que o vasto lateral (terço médio) e suporta até 4 ml de volume. Sua principal vantagem é que pode ser usado mais facilmente pelos pacientes para autoadministração. Uma desvantagem é que a borda medial fica próxima ao nervo ciático e aos principais vasos sanguíneos. Reto femoral Camila Coelho - 04196125301 corresponde ao glúteo médio e situa-se em local profundo e afastado dos nervos e vasos importantes. Possui fácil acesso com o paciente em decúbito ventral, dorsal ou lateral. É localizado colocando a palma da mão na porção lateral do trocanter maior, o dedo indicador na espinha ilíaca anterossuperior e estendendo o dedo médio até a crista ilíaca. A injeção é aplicada no centro do V formado pelos dedos médio e indicador. Esse sítio suporta um volume de até 4 ml (para alguns autores, 5 ml). É a primeira opção para injeções intramusculares, sobretudo com maior volume. Ventroglúteo as referências mais recentes desencorajam esse sítio pelo risco de lesão do nervo ciático. Não deve ser utilizada em crianças com menos de 3 anos de idade, pois como elas deambulam há pouco tempo, o músculo ainda não está desenvolvido e há maior risco de que se atinja o nervo ciático. Para ter acesso a esse sítio, o paciente deve estar em decúbito ventral. O local é identificado desenhando-se uma linha imaginária que vai da espinha ilíaca posterossuperior até o trocanter maior do fêmur. A injeção deve ser aplicada em qualquer ponto entre essa linha e a curva da crista ilíaca. O volume máximo a ser administrado é de 4 ml (para alguns autores, 5 ml). Dorsoglúteo Camila Coelho - 04196125301 Técnica em Z em injeções IM 1 - Acoplar uma nova agulha à seringa, após o preparo do medicamento, de modo que nenhuma solução permaneça na parte externa da haste da agulha. 2 - Selecionar o sítio de aplicação, preferencialmente um músculo largo e profundo, como o ventroglúteo. 3 - Depois da antissepsia da pele, puxar a pele lateralmente ou para baixo por cerca de 2,5 a 3 cm. 4 - Segurar a pele nessa posição e inserir a agulha profundamente no músculo. Técnica em Z em injeções IM 5 - Realizar a aspiração e injetar o medicamento a uma velocidade de 10 segundos por ml, caso não haja retorno de sangue. 6 - Manter a agulha inserida por 10 segundos, para permitir que o medicamento se disperse uniformemente, em vez de retornar no sentido da agulha. 7 - Liberar a pele, depois de retirar a agulha, o quepromove um trajeto em zigue-zague (Z-track). 8 - Não massagear o local da injeção. Camila Coelho - 04196125301 12. (Rede SARAH/2014) Considerando que a administração de medicamentos, por via intramuscular (IM), é uma intervenção frequente na prática de enfermagem e envolve decisões complexas, assinale a alternativa INCORRETA: a) O local da injeção no deltoide é localizado traçando-se uma linha imaginária através da axila e outra ao nível da borda inferior do acrômio, entre três e sete centímetros do acrômio. As bordas laterais do retângulo são linhas verticais paralelas, localizadas entre o terço anterior e o médio e entre o terço posterior e o médio da face lateral do braço. b) A região ventroglútea é de fácil acesso e o paciente pode ser colocado em qualquer decúbito; é a região mais indicada para tais injeções, por ter espessura muscular grande e estar livre de estruturas importantes. A delimitação da área ventroglútea, denominada “modelo geométrico”, é feita a partir dos seguintes referenciais ósseos: crista ilíaca anteroinferior; margem mediana do tubérculo ilíaco e trocanter maior do fêmur. 12. (Rede SARAH/2014) c) A região dorsoglútea deve ser delimitada desenhando-se uma linha imaginária, que vai da espinha ilíaca posterossuperior até o trocanter maior do fêmur. A Organização Mundial de Saúde não recomenda essa região para imunizar, devido ao risco de lesão do nervo ciático. d) O músculo vasto lateral localiza-se na região anterolateral da coxa, não se evidenciando nessa região/área grandes nervos e vasos sanguíneos. É o local de escolha para administração em lactentes. Camila Coelho - 04196125301 13. (HUGG-UNIRIO/EBSERH/IBFC/2017) A técnica para administração de medicamentos por via intramuscular, em que deve ser colocada a mão não dominante no quadril contralateral do paciente para apoiar a extremidade do dedo indicador sobre a espinha ilíaca anterossuperior e o dedo médio ao longo da crista ilíaca, espalmar a mão sobre a base do grande trocanter do fêmur, formando um triângulo invertido ou um “V” e aplicar o medicamento no triângulo formado, é denominada de: a) Ventroglútea. b) Dorsoglútea. c) Vasto lateral da coxa. d) Deltoide. e) Acromial. 14. (Residência Multiprofissional em Saúde/FHEMIG/FUNDEP/2021) Para evitar complicações associadas à administração de medicamentos por via intramuscular, a região ventroglútea deve ser a opção de escolha na maioria das situações que envolvam administração de injetáveis em adultos e crianças. Assinale a alternativa que indica as estruturas anatômicas utilizadas para a delimitação da região ventroglútea. a) Espinha ilíaca anterossuperior, crista ilíaca, trocanter maior do fêmur, músculo glúteo médio e glúteo mínimo. b) Espinha ilíaca posterossuperior, crista ilíaca, artéria femoral e músculo vasto lateral. c) Espinha ilíaca anterossuperior, crista ilíaca, trocanter maior do fêmur e músculo glúteo máximo. d) Crista ilíaca, trocanter maior do fêmur e músculo glúteo máximo. Camila Coelho - 04196125301 15. (Prefeitura de Fraiburgo-SC/FEPESE/2019) Assinale a alternativa correta acerca das vias de administração de medicamentos. a) Diante da necessidade de se realizar aplicação de medicação intramuscular em idoso, o músculo de primeira escolha deverá ser a região do vasto lateral da coxa. b) Dentre as vias de administração possíveis, a endovenosa é umas das mais indicadas em situações de urgência uma vez que permite a administração de grandes volumes, além de tolerar uso de soluções hipo e hipertônicas. c) Dentre as opções de aplicação intramuscular em crianças, sobretudo abaixo de 10 anos, a região do deltoide é a melhor opção, considerando o tamanho do músculo e o fácil acesso. d) A via intradérmica é indicada para aplicação de insulina e pode comportar volumes de até 2 ml, além de soluções cristalinas e isotônicas. 15. (Prefeitura de Fraiburgo-SC/FEPESE/2019) e) A hipodermóclise consiste na administração de grande quantidade de fluidos diretamente no músculo, de forma contínua e intermitente. Camila Coelho - 04196125301 16. (Prefeitura de Uberlândia-MG/FUNDEP/2019) A administração de medicamentos injetáveis é quase sempre realizada pela equipe de enfermagem em toda rede de atenção à saúde. Sobre a administração de medicamentos injetáveis, assinale a alternativa CORRETA: a) A administração por via subcutânea é recomendada para medicações que necessitam rápida absorção; por isso, normalmente, são infundidas doses pequenas variando entre 0,5 ml e 1,0 ml. b) Na administração por via intramuscular, a medicação apresenta lenta absorção devido ao músculo apresentar maior tecido vascularizado. c) Na administração por via subcutânea, a seringa e a agulha devem ser inseridas com o bisel lateralizado, a fim de introduzir melhor a medicação no tecido. 16. (Prefeitura de Uberlândia-MG/FUNDEP/2019) d) Na via intramuscular, a injeção deve ser feita com um movimento único de impulso moderado, mantendo o músculo com firmeza, introduzindo a agulha em um ângulo de 90°, puxando-se o êmbolo e, caso não haja retorno de sangue, administrando-se a solução. Camila Coelho - 04196125301 17. (Residência Multiprofissional-UPE/IAUPE/2020) Com base na administração de medicamentos, leia as afirmativas abaixo: I - Para o medicamento ser terapeuticamente eficaz, é necessário que ele seja administrado, absorvido e distribuído às células, aos tecidos ou ao órgão específico e alterar suas funções fisiológicas. II - Efeito terapêutico são efeitos secundários e não evitáveis, produzidos durante a administração de doses terapêuticas usuais, é a resposta fisiológica. III - A região ventroglútea, profunda, situada longe da maior parte dos nervos e vasos sanguíneos, é um local seguro, porque é também um músculo largo e bem desenvolvido em crianças, jovens e adultos. Está(ão) CORRETA(S) apenas: a) I e II. b) II e III. c) II. d) I. e) I e III. 15.3.5 - Via Intravenosa (IV) A punção venosa é uma técnica na qual uma veia é puncionada através da pele e tem por finalidades proporcionar (POTTER et al., 2018): Camila Coelho - 04196125301 Cuidados na escolha do sítio de punção Se o tratamento for prolongado, a primeira punção deve ser realizada na mão e as punções subsequentes devem ser feitas acima da anterior. Não se deve puncionar uma artéria para estabelecer um acesso vascular. Quando possível, deve-se puncionar uma veia de acordo com a preferência do paciente ou no braço não dominante. Não se deve puncionar veias no braço cuja circulação linfática ou venosa esteja comprometida, como na mastectomia ou na dissecção do nodo axilar, ou em um membro com fístula arteriovenosa. Deve-se evitar puncionar vasos sobre proeminências ósseas ou nas articulações, a não ser que seja absolutamente necessário. As veias do dorso da mão podem não ser uma boa escolha nos pacientes idosos, devido à fragilidade da pele e das veias nessa região. As veias comumente usadas nos lactentes e nas crianças para a infusão IV são as do dorso da mão, do dorso do pé ou da região temporal do couro cabeludo. Deve-se evitar, sempre que possível, usar as veias dos membros inferiores devido ao perigo de tromboembolismo. Camila Coelho - 04196125301 De acordo com o Manual de Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) da Anvisa (BRASIL, 2017a), destacam-se os seguintes cuidados em relação à punção venosa: Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na viscosidade do fluido, nos componentes do fluido e nas condições de acesso venoso. 1 Não são recomendados cateteres periféricos para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/l, ou para qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/l. 2 Com a finalidade de atender à necessidade da terapia intravenosa, devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula (para prevenir flebite mecânica), mas que mantenhamum bom fluxo sanguíneo (para prevenir flebite química). 3 Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio. 4 Em adultos, as veias de escolha para punção periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites. 5 Camila Coelho - 04196125301 Para pacientes pediátricos, recomenda-se selecionar o vaso com maior probabilidade de duração de toda a terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e do braço (região abaixo da axila). Deve-se evitar a área antecubital. 6 Para crianças menores de 3 anos, também podem ser consideradas as veias da cabeça. Caso a criança não caminhe, deve-se considerar as veias do pé. 7 Deve-se considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para inserção do cateter, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro não dominante. 8 Recomenda-se evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas com infiltração e/ou extravasamento prévios e áreas com outros procedimentos planejados. 9 Deve-se usar metodologia de visualização para instalação de cateteres em adultos e crianças com rede venosa difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso. 10 Camila Coelho - 04196125301 Complicações da terapia intravenosa (POTTER et al., 2018) ocorre quando a solução IV é infundida muito rapidamente ou em grande quantidade. Sobrecarga circulatória de solução IV ocorre quando um cateter IV torna-se desalojado ou uma veia se rompe e os líquidos IV entram inadvertidamente no tecido subcutâneo em torno do local da punção venosa. Infiltração ocorre quando o líquido IV que infiltrou contém aditivos que danificam os tecidos. Extravasamento é a inflamação da camada interna de uma veia que resulta de causas químicas, mecânicas ou bacterianas. Pode ser perigosa porque favorece a formação de trombos no trajeto do vaso, o que pode culminar em embolia. Flebite infecção no ponto de entrada do cateter na pele durante a infusão ou após a remoção do cateter IV. Infecção local exsudação ou infiltração lenta e contínua de sangue no local da punção venosa. Hemorragia no local da punção venosa Camila Coelho - 04196125301 18. (Prefeitura de Uberlândia-MG/FUNDEP/2019) São vários os procedimentos de enfermagem que dependem de uma via de acesso venosa. Sobre as técnicas para punção venosa, analise as afirmativas a seguir. I - Para a punção venosa, é necessário expor a área da punção, verificar a rede venosa e dar leves tapas no local para o ingurgitamento das veias. II - Para a punção venosa, é necessário fazer a antissepsia do local com algodão embebido em antisséptico do centro para as extremidades, em movimentos circulares ou em uma única direção. III - Após a fixação do cateter, deve-se registrar na fixação mais superficial o calibre do cateter, data, hora da introdução e as iniciais do profissional que executou o procedimento. IV - O tempo de permanência de um cateter periférico não deve exceder 36 horas. 18. (Prefeitura de Uberlândia-MG/FUNDEP/2019) Estão corretas as afirmativas: a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) III e IV, apenas. d) I e IV, apenas. Camila Coelho - 04196125301 (EBSERH/CESPE/2018) Acerca dos cuidados na administração de medicamentos, julgue o próximo item. 19. O efeito medicamentoso da droga administrada por via endovenosa é imediato; por isso esta é uma via de escolha em casos de emergência. ( ) Certo ( ) Errado 20. (Rede SARAH/2010-Adaptada) A manutenção da terapia endovenosa é uma responsabilidade da equipe de enfermagem. Uma das complicações locais desta terapia é a flebite. Assinale a alternativa que corresponde a um cuidado de enfermagem, em relação à flebite. a) Tentar irrigar o sistema. b) Manter o cateter venoso. c) Aplicar compressa fria. d) Aplicar compressa morna e úmida. Camila Coelho - 04196125301 21. (Rede SARAH/2014) Paciente P.R.S, 21 anos, foi internado para reabilitação devido a um trauma raquimedular após acidente automobilístico. Foi prescrita soroterapia em acesso venoso periférico e solicitada uma amostra de sangue arterial para gasometria. Considerando um planejamento de enfermagem individualizado, avalie as afirmativas abaixo, e, em seguida, assinale a alternativa correta: I - As veias dos membros inferiores devem ser preferidas às dos membros superiores, para instalação da venóclise, por não limitar a movimentação dos membros superiores, sendo a safena parva indicada por sua localização. II - No caso de se optar pela punção venosa nos membros superiores, para instalação da soroterapia, as veias radiais pareadas, que começam nos arcos venosos palmares profundos e que drenam as faces laterais dos antebraços, são as mais calibrosas para esse tipo de acesso. 21. (Rede SARAH/2014) III - A artéria braquial é o ramo mais calibroso da artéria ulnar. A artéria radial é a continuação da braquial e segue em direção à face anterolateral do punho. Antes do procedimento de punção da artéria radial para a coleta de sangue, deve-se realizar o teste de Allen para avaliar se a artéria radial está pérvia. IV - A artéria femoral profunda é responsável pela irrigação da maior parte da musculatura da coxa. Antes de selecionar essa artéria para coleta de sangue, o enfermeiro deve certificar-se que o paciente não tem distúrbio de coagulação. a) Somente a afirmativa IV está correta. b) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. c) Somente a afirmativa III está correta. d) Somente as afirmativas I e II estão corretas. Camila Coelho - 04196125301 15.3.6 - Via Intraóssea (IO) A normativa estabelece que se trata de um procedimento privativo do enfermeiro, no âmbito da equipe de enfermagem, cuja realização deve ser feita em situações de urgência e emergência na impossibilidade de obtenção de acesso venoso periférico. Além disso, é importante destacar os seguintes pontos: Camila Coelho - 04196125301 Os dispositivos utilizados para punção IO podem ser manuais ou automáticos. Os dispositivos manuais são reservados para crianças, devido à maior facilidade de transpor o tecido ósseo, e os automáticos podem ser utilizados em crianças e adultos (COFEN, 2020). Camila Coelho - 04196125301 Os principais sítios de punção estão representados no quadro a seguir (SÁ et al., 2012): A inserção correta do dispositivo IO é confirmada pela presença dos cinco sinais a seguir (PETITPAS et al., 2016): perda de resistência ao entrar na cavidade medular; estabilidade da agulha; aspiração de medula óssea ou sangue; administração de 2 ml de soro fisiológico sem inchaço do tecido; administração de 8 ml de soro fisiológico sem resistência. Camila Coelho - 04196125301 As principais contraindicações para a punção IO são (PETITPAS et al., 2016; VIZCARRA; CLUM, 2010): Apesar de infrequentes, o acesso IO possui algumas complicações, as quais demandam a retirada imediata do dispositivo, elevação do membro conforme apropriado e aplicação tópica de gelo (SÁ et al., 2012; VIZCARRA; CLUM, 2010). Camila Coelho - 04196125301 (EBSERH/CESPE-CEBRASPE/2018) Julgue o item seguinte, relativo à situação de urgência e emergência em pediatria. 22. O acesso vascular por via intraóssea em emergências pediátricas representa uma via de acesso não colapsável, ou seja, que sofre pouca influência a despeito do estado hemodinâmico que o paciente apresenta, sendo uma técnica de fácil e rápida execução. Apesar de a indicação desse procedimento ser uma atribuição médica, o enfermeiro poderá realizar a punção intraóssea, desde que se sinta preparado para isso e tenha realizado capacitações específicas sobre o tema. ( ) Certo ( ) Errado 23. (EMBASA/IBFC/2015) Sobre a via intraóssea (IO), leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativacorreta. I - Consiste na infusão de fluidos, medicamentos, hemocomponentes na cavidade medular obtida por meio da punção intraóssea. II - A via IO não tem restrição quanto ao volume e às características da solução a ser infundida. III - É frequentemente utilizada em situações de urgência, na impossibilidade de obtenção de acesso vascular, em crianças, adultos e idosos. IV - A presença de lesões e fraturas, no local a ser puncionado, não contraindica o procedimento. Estão corretas as afirmativas: a) III e IV, apenas. b) I, II, III e IV. c) II e III, apenas. d) I, II e III, apenas. Camila Coelho - 04196125301 15.3.7 - Administração de medicamentos em Pediatria Camila Coelho - 04196125301 Camila Coelho - 04196125301 Camila Coelho - 04196125301 15.4 - Cálculo de Medicação Regras básicas: A maior parte das questões de cálculo de medicamentos pode ser resolvida por meio da regra de três simples. Inclusive, pode ser necessária a aplicação da regra em mais de uma etapa até chegarmos ao resultado da questão. É preciso conhecer o sistema de medidas e algumas fórmulas básicas para proceder de maneira acurada às conversões e aos demais cálculos. 1 h = 60 min 1 g = 1.000 mg 1 gota = 3 microgotas Camila Coelho - 04196125301 20 gotas = 60 microgotas = 1 ml (no Brasil, em geral, o fator de gotejamento de um equipo macrogotas é 20 gts/ml) microgota/minuto (mcgts/min) = mililitro/hora (ml/h) A concentração pode ser calculada pela seguinte fórmula: M V C = Além de poder ser expressa em mg/ml e UI/ml, a concentração pode ser apresentada em porcentagens (%) e proporções. Uma solução com 1% de concentração contém 1 g (1.000 mg) de soluto em 100 ml de solvente. Uma solução na proporção 1:1.000 contém 1 g ou 1 ml de soluto em 1.000 ml de solvente. Camila Coelho - 04196125301 Cálculo do número de gotas por minuto Para calcular a velocidade de infusão em gotas por minuto (gts/min), são necessários três dados: O volume total a ser infundido em ml. O fator de gotejamento do equipo que será utilizado. O tempo total da infusão, em minutos ou horas. A fórmula original para esse cálculo é: Gotejamento = Volume total (ml) × Fator de gotejamento (gts⁄ml) / Tempo total (min) No entanto, podemos simplificá-la, uma vez que o fator de gotejamento é, geralmente, 20 gts/ ml e o tempo de infusão é em horas, o que exige a conversão para minutos. Gotejamento = Volume total (ml) × 20 / Tempo em horas × 60 Gotejamento = Volume total (ml) / Tempo total (h) × 3 Camila Coelho - 04196125301 Cálculo do número de microgotas por minuto Para calcular a velocidade de infusão em microgotas por minuto (mcgts/min), são necessários apenas dois dados, visto que a fórmula aplicada é a mesma utilizada para cálculo de velocidade de infusão em bomba de infusão: O volume total a ser infundido em ml. O tempo total em horas. 24. (Residência Multiprofissional-UPE/IAUPE/2020) No posto de enfermagem, existem ampolas de glicose 50% com 20 ml. Quanto de glicose deve ser acrescentado para transformar 250 ml de soro glicosado 5% em soro glicosado 10%? a) 20 ml de glicose. b) 25 ml de glicose. c) 40 ml de glicose. d) 50 ml de glicose. e) 10 ml de glicose. Camila Coelho - 04196125301 25. (Residência Multiprofissional-UFRN/COMPERVE/2019) Os enfermeiros são responsáveis pela administração de soluções parenterais e pela prescrição dos cuidados de enfermagem relativos à terapia intravenosa. Nesse contexto, considere a situação de um paciente que necessita receber: 1: 1.000 unidades de heparina, a serem aspiradas de uma ampola com 5.000 unidades/ml; 2: 30 unidades de insulina NPH, a serem aspiradas de ampola com 100 unidades/ml; 3: 2 g de sulfato de amicacina, a serem aspiradas de ampolas de 2 ml contendo 500 mg; 4: 1.000 ml de cloreto de sódio a 0,9%, acrescido de 80 ml de gluconato de cálcio a 10%, a serem infundidas em 24 horas. 25. (Residência Multiprofissional-UFRN/COMPERVE/2019) Para esse caso, o enfermeiro deverá garantir a administração de: a) 0,4 ml de heparina; 0,6 ml de insulina NPH; 12 ml de sulfato de amicacina e 15 gotas/minuto do cloreto de sódio a 0,9% com gluconato de cálcio a 10%. b) 0,2 ml de heparina; 0,3 ml de insulina NPH; 8 ml de sulfato de amicacina e 45 microgotas/minuto do cloreto de sódio a 0,9% com gluconato de cálcio a 10%. c) 0,1 ml de heparina; 0,2 ml de insulina NPH; 6 ml de sulfato de amicacina e 15 gotas/minuto do cloreto de sódio a 0,9% com gluconato de cálcio a 10%. d) 0,3 ml de heparina; 0,5 ml de insulina NPH; 10 ml de sulfato de amicacina e 45 microgotas/minuto do cloreto de sódio a 0,9% com gluconato de cálcio a 10%. Camila Coelho - 04196125301 26. (HUGG-UNIRIO/EBSERH/IBFC/2017) Foi prescrito preparar 500 ml de KMnO4 a 1:10.000, usando comprimidos de KMnO4 de 50 mg. Será necessário utilizar ________comprimido(s) de KMnO4 de 50 mg para preparar a solução prescrita. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. a) 0,5. b) 2. c) 1,5. d) 3. e) 1. 27. (Exército/ESFCEX/2016) Paciente hospitalizado com insuficiência renal aguda e falência suprarrenal necessita de administrações diárias de 1,25 g de 6/6 h de hidrocortisona. A unidade dispõe de ampolas de 5 ml de hidrocortisona com 500 mg/ml. Assinale a alternativa correta que corresponde à quantidade de ampolas a ser utilizada diariamente por esse paciente. a) 2. b) 4. c) 6. d) 8. e) 10. Camila Coelho - 04196125301 28. (Residências em Áreas Profissionais de Saúde/UPE/2019) Administrar 3 milhões de UI de penicilina cristalina em 100 ml de soro fisiológico 0,9%, endovenoso, de 4/4 horas. Está disponível para o uso do paciente frasco- ampola de penicilina cristalina de 5 milhões de UI em solução de 10 ml. Quantos ml da solução serão administrados? a) 0,5 ml. b) 5 ml. c) 6 ml. d) 5,5 ml. e) 3 ml. 29. (Residência Multiprofissional/UNIRIO/2019) Para um paciente em choque cardiogênico foram prescritos 200 ml de solução glicosada a 5% e 5 ampolas de dopamina com 10 ml/50 mg cada a serem infundidos em 12 horas. Para atender à prescrição, o enfermeiro deverá controlar o gotejamento da infusão a: a) 7 mgts/min. b) 14 mgts/min. c) 21 mgts/min. d) 28 mgts/min. e) 35 mgts/min. Camila Coelho - 04196125301 30. (HUAC-UFCG/EBSERH/AOCP/2017) Considerando um frasco-ampola de cefalotina sódica 1 g, se o diluirmos em 5 ml de solvente, teremos uma solução com concentração de: a) 200 mg por ml. b) 500 mg por ml. c) 350 mg por ml. d) 300 mg por ml. e) 150 mg por ml. 31. (EBSERH/HULW-UFPB/AOCP/2014) Quantos ml de pó há em um frasco de Penicilina Cristalina 10.000.000 UI? a) 1. b) 2. c) 4. d) 8. e) 10. Camila Coelho - 04196125301 Gabarito 1- Certo 2 - Errado 3 - D 4 - D 5 - D 6 - B 7 - A 8 - Errado 9 - C 10 - B 11 - E 12 - B 13 - A 14 - C 15 - B 16 - D 17 - E 18 - B 19 - Certo 20 - D 21 - A 22 - Certo 23 - D 24 - B 25 - B 26 - E 27 - A 28 - C 29 - C 30 - A 31 - C Camila Coelho - 04196125301
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