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APOSTILHA - ADM 01_1

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Prévia do material em texto

@marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
1 ENFº ANTONIO MARCOS 
Administração de Medicamentos 
INTRODUÇÃO 
 Esta unidade irá apresentar conceitos 
fundamentais sobre administração de 
medicamentos, são temas bastante 
importante e muito explorados em provas 
de concursos e residências. Vamos aos 
estudos. 
A Administração de medicações com segurança 
requer uma compreensão dos aspectos legais dos 
cuidados de saúde, da farmacologia 
(farmacodinâmica e farmacocinética), da 
fisiopatologia, da anatomia humana e da 
matemática (POTTER et al., 2018). 
 
Segundo a RDC n° 36/2013 da Anvisa, todos os 
eventos adversos, incluindo os erros de medicação 
ocorridos nos serviços de saúde do país devem ser 
notificados, pelo Núcleo de Segurança do 
Paciente, ao Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária (SNVS), por meio do sistema Notivisa. 
 
 
Em Geriatria e Cuidados Paliativos, os fármacos 
devem ser administrados, preferencialmente, por 
via oral, tanto pela simplicidade da oferta como 
por ser a via mais fisiológica e menos invasiva. Em 
algumas situações, entretanto, a via oral não está 
disponível. Até 70% dos pacientes em fase final de 
vida necessitarão de uma via alternativa para 
administração de fármacos, seja por redução do 
nível de consciência ou por intolerância a altas 
doses de opioides por via oral (Pontalti, 2012). A 
via endovenosa pode parecer o próximo passo 
lógico, porém o processo natural de 
envelhecimento das veias e a perda da 
elasticidade da pele dificultam a punção de um 
acesso venoso, sobretudo em pacientes muito 
idosos (com idade maior que 80 anos) ou naqueles 
que já foram submetidos à quimioterapia (Justino, 
2013). Além disso, é difícil manter INDICAÇÕES 
Concentração do medicamento na corrente 
sanguínea tempo Intravenosa Intramuscular 
Subcutâneo Oral 14 O uso da via subcutânea em 
Geriatria e Cuidados Paliativos um acesso venoso 
em pacientes idosos com demência. Os resultados 
podem ser desastrosos, com delirium, perda do 
acesso, sangramento e laceração da pele. Como 
proceder, então? 
❖ Leia o tópico (1.2) 
 
PRÁTICAS SEGURAS PARA PREVENÇÃO DE 
ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
 
Dessa forma, faz-se necessário ter atenção aos 
“Nove certo” preconizado no protocolo da Anvisa 
(BRASIL, 2013): 
• PACIENTE CERTO 
• MEDICAMENTO CERTO 
• VIA CERTA 
• HORA CERTA 
• DOSE CERTA 
• REGISTRO CERTO 
• ORIENTAÇÃO CERTA 
• FORMA FARMACÊUTICA CERTA 
• RESPOSTA CERTA 
1. Paciente certo: 
Conferir nome completo antes de administrar o 
medicamento e utilizar no mínimo dois 
identificadores para confirmar o paciente correto: 
nome identificado na pulseira; nome identificado 
no leito e nome identificado no prontuário. Evitar, 
dentro do possível, que dois pacientes com o 
mesmo nome fiquem internados 
 
 @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
2 ENFº ANTONIO MARCOS 
simultaneamente no mesmo quarto ou 
enfermaria. 
2. Medicamento certo: 
Conferir se o nome do medicamento que tem em 
mãos é o que está prescrito. Conferir se o paciente 
não é alérgico ao medicamento prescrito. 
Identificar os pacientes alérgicos de forma 
diferenciada, com pulseira e aviso em prontuário, 
alertando toda a equipe. 
3. Via certa: 
➢ Identificar a via de administração prescrita. 
➢ Higienizar as mãos com preparação 
alcoólica para as mãos ou sabonete líquido 
e água, antes do preparo e administração 
do medicamento. 
➢ Verificar se o diluente (tipo e volume) foi 
prescrito e se a velocidade de infusão foi 
estabelecida, analisando sua 
compatibilidade com a via de 
administração e com o medicamento em 
caso de administração por via endovenosa. 
➢ Avaliar a compatibilidade do medicamento 
com os produtos para a saúde utilizados 
para sua administração (seringas, 
cateteres, sondas, equipos e outros). 
➢ Identificar no paciente qual a conexão 
correta para a via de administração 
prescrita em caso de administração por 
sonda nasogástrica, nasoentérica ou via 
parenteral. 
➢ Realizar a antissepsia do local da aplicação 
para administração de medicamentos por 
via parenteral. 
➢ Esclarecer todas as dúvidas com a 
supervisão de enfermagem, prescritor ou 
farmacêutico previamente à administração 
do medicamento. 
➢ Esclarecer as dúvidas de legibilidade da 
prescrição diretamente com o prescritor. 
4. Hora certa: 
➢ Garantir que a administração do 
medicamento seja feita sempre no horário 
correto para adequada resposta 
terapêutica. 
➢ A antecipação ou o atraso da 
administração em relação ao horário 
predefinido somente poderá ser feito com 
o consentimento do enfermeiro e do 
prescritor. 
5. Dose certa: 
➢ Conferir atentamente a dose prescrita para 
o medicamento. Doses escritas com 
“zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber 
atenção redobrada. ü Certificar-se de que 
a infusão programada é a prescrita para 
aquele paciente. 
➢ Verificar a unidade de medida utilizada na 
prescrição; em caso de dúvida, consultar o 
prescritor. 
➢ Conferir a velocidade de gotejamento, a 
programação e o funcionamento das 
bombas de infusão contínua em caso de 
medicamentos de infusão contínua. 
➢ Realizar dupla checagem dos cálculos para 
o preparo e programação de bomba para 
administração de medicamentos 
potencialmente perigosos ou de alta 
vigilância (ex.: anticoagulantes, opiáceos, 
insulina e eletrólitos concentrados, como 
cloreto de potássio injetável). 
➢ Medicações de uso “se necessário” 
deverão, quando prescritas, ser 
acompanhadas da dose, posologia e 
condição de uso. 
6. Documentação certa (Registro certo): 
➢ Registrar na prescrição o horário da 
administração do medicamento. 
➢ Checar o horário da administração do 
medicamento a cada dose. 
➢ Registrar todas as ocorrências relacionadas 
aos medicamentos, tais como adiamentos, 
cancelamentos, desabastecimento, recusa 
do paciente e eventos adversos. 
7. Razão/orientação correta. 
➢ Esclarecer dúvidas sobre a razão da 
indicação do medicamento, sua posologia 
ou outra informação antes de administrá-
lo ao paciente, junto ao prescritor. 
 
 @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
3 ENFº ANTONIO MARCOS 
➢ Orientar e instruir o paciente sobre qual o 
medicamento está sendo administrado 
(nome), justificativa da indicação, efeitos 
esperados e aqueles que necessitam de 
acompanhamento e monitorização. 
➢ Garantir ao paciente o direito de conhecer 
o aspecto (cor e formato) dos 
medicamentos que está recebendo, a 
frequência com que será ministrado, bem 
como sua indicação, sendo esse 
conhecimento útil na prevenção de erro de 
medicação. 
8. Forma certa: 
➢ Checar se o medicamento a ser 
administrado possui a forma farmacêutica 
e a via de administração prescrita. 
➢ Checar se a forma farmacêutica e a via de 
administração prescritas estão 
apropriadas à condição clínica do paciente. 
➢ Sanar as dúvidas relativas à forma 
farmacêutica e a via de administração 
prescrita junto ao enfermeiro, 
farmacêutico ou prescritor. 
➢ A farmácia deve disponibilizar o 
medicamento em dose unitária ou manual 
de diluição, preparo e administração de 
medicamentos; caso seja necessário, 
realizar a trituração do medicamento para 
administração por sonda nasogástrica ou 
nasoentérica. 
9. Resposta certa: 
➢ Observar cuidadosamente o paciente, para 
identificar, quando possível, se o 
medicamento teve o efeito desejado. 
➢ Registrar em prontuário e informar ao 
prescritor, todos os efeitos diferentes (em 
intensidade e forma) do esperado para o 
medicamento. 
➢ Deve-semanter clara a comunicação com 
o paciente e/ou cuidador. 
➢ Considerar a observação e relato do 
paciente e/ou cuidador sobre os efeitos 
dos medicamentos administrado, 
incluindo respostas diferentes do padrão 
usual. 
➢ Registrar todos os parâmetros de 
monitorização adequados (sinais vitais, 
glicemia capilar). 
Importante: Não deverão ser administrados 
medicamentos em casos de prescrições vagas como: 
“fazer se necessário”, “conforme ordem médica” ou “a 
critério médico”. 
VIA TÓPICA 
Refere-se a aplicação de medicamentos na pele ou 
nas membranas mucosas para absorção. De uma 
forma geral, agem localmente (aplicação tópica), 
mas podem ocorrer efeitos sistêmicos (como nas 
administrações bucal, sublingual, transdérmica e 
inalação). 
As formas farmacêuticas (apresentações) mais 
comuns aplicadas em pele e mucosas são (POTTER 
et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 
2019): 
CREMES: 
São emulsões semissólidas contendo agentes 
medicinais para aplicação externa, cuja base 
geralmente não e gordurosa e pode ser removida 
com água. 
LOÇÕES: 
São normalmente preparações aquosas que 
contêm em suspensão. 
UNGUENTOS: 
São preparações semissólidas de substâncias 
medicinais em uma base oleosa, que podem ser 
aplicados diretamente na pele ou na mucosa e, 
geralmente, não podem ser facilmente removidos 
com água. 
EMPLATOS TRANSDÉRMICO: 
Proporciona a liberação controlada de um 
medicamento prescrito através de uma 
membrana semipermeável de várias horas até 3 
semanas, quando aplicado à pele intacta. 
PÓS: 
São partículas finamente granulados de 
medicação contidas em uma base de talco, que 
 
 @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
4 ENFº ANTONIO MARCOS 
produzem, geralmente, um efeito refrescante, 
secante ou protetor. 
Os Medicamentos tópicos podem ser 
administrados por diferentes 
modalidades. 
(POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; 
CLAYTON, 2019). 
ADMINISTRAÇÃO NASAL: 
São usadas para tratar os distúrbios temporários 
que afetam as membranas mucosas nasais. As 
formas mais comuns são o spray e as gotas 
descongestionantes. 
ADMINISTRAÇÃO INALATÓRIA: 
A equipe de enfermagem administra 
medicamentos inalantes através das fossas nasais, 
boca, dos tubos endotraqueais ou de 
traqueostomia. Os medicamentos podem ter 
efeitos locais e sistêmicos, devido á pronta 
absorção pela rica vascularização alvéolo-capilar. 
ADMINISTRAÇÃO OFTÁLMICA: 
Os mais comuns são os colírios e as pomadas 
oftálmicas. As soluções oculares são estéreis, 
facilmente administradas e, normalmente, não 
interferem na visão quando instaladas. No 
entanto, os unguentos oculares causam alteração 
na acuidade visual. 
ADMINISTRAÇÃO INTRAOCULAR: 
O medicamento é fornecido semelhantemente a 
uma lente de contato. O disco possui camadas 
externas que envolvem o medicamento, que pode 
permanecer até 1 semana. 
ADMINISTRAÇÃO AURICULAR (OTOLÓGICA): 
As medicações usadas na orelha são chamadas de 
óticas e, geralmente, estão sob a forma de gotas, 
formadas por uma solução contendo a substância 
desejada. 
ADMINISTRAÇÃO VAGINAL: 
As medicações vaginais estão disponíveis na forma 
se supositórios, geleias, espumas, irrigações 
(duchas), comprimidos ou cremes. 
ADMINISTRAÇÃO BUCAL: 
Está relacionada àqueles comprimidos projetados 
para serem mantidos na cavidade bucal (entre a 
bochecha e os dentes molares). 
ADMINISTRAÇÃO SUBLINGUAL: 
Os comprimidos são projetados para serem 
colocados sob a língua para dissolução, e absorção 
se dá por meio da vasta rede de vasos sanguíneos 
dessa área. 
Via enteral 
Os fármacos são administrados diretamente no 
trato gastrintestinal através dos métodos oral, 
retal, sondas gastrostomia ou sonda nasoentérica 
(SNE/ sonda nasogástrica (SNG). (POTTER et al., 
2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). 
CÁPSULAS: 
São pequenos recipientes cilíndricos gelatinosos 
que armazenam pó seco ou líquido do agente 
medicinal. 
PASTILHAS OU TABLETES: 
São discos achatados contem um agente medicinal 
em uma base com um sabor agradável. 
PÍLULAS: 
São uma forma obsoleta de apresentação que não 
são mais fabricadas em razão do desenvolvimento 
das cápsulas e dos comprimidos. Contudo, o 
termo é ainda utilizado para se referir a 
comprimidos e cápsulas. 
COMPRIMIDOS: 
São medicamentos secos em pó que foram 
comprimidos até formarem pequenos discos. 
ELIXIRES: 
São líquidos claros constituídos pelo o 
medicamento dissolvido em álcool e água. 
EMULSÕES: 
São disseminações de pequenas gotas de água em 
óleo ou de óleo em água. 
 
 @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
5 ENFº ANTONIO MARCOS 
SUSPENSÕES: 
São apresentações líquidas que contêm partículas 
sólidas e insolúveis de drogas disseminadas em 
uma base líquida. 
XAROPES: 
Possuem agentes medicinais dissolvidas em uma 
solução concentrada de açúcar. 
SUPOSITÓRIOS: 
São uma forma sólida de medicamentos para 
serem introduzidas em um orifício do corpo. Na 
temperatura do corpo, a substância se dissolve e é 
então absorvida pelas membranas da mucosa. 
VIA ORAL (VO): 
É a mais fácil e desejada, na qual os pacientes 
normalmente são capazes de ingerir ou de 
autoadministrar os medicamentos. A principal 
contraindicação da VO inclui a presença de 
alterações no sistema gastrintestinal, a 
incapacidade do individuo em engolir alimentos 
ou fluidos e o uso de sucção gástrica (POTTER et 
al., 2018). Os medicamentos são administrados 
por SNE/SNG em pacientes que estão 
impossibilitados de engolir, estão comatosos ou 
com alguma desordem no esôfago. Toda vez que é 
possível, uma forma líquida, de um medicamento 
deve ser utilizada para esse tipo de administração 
(WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIA PARENTERAL 
 
O Termo parenteral significa administração por 
qualquer via que não é enteral. Nesse tipo de 
administração, o início da ação é geralmente mais 
rápido e de menor duração, a dose quase sempre 
é menor e o custo tratamento, em geral, é maior 
(POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; 
CLAYTON, 2019). 
Normalmente, a rota parenteral se refere ás 
injeções intradérmica (ID), subcutânea (SC), 
intramuscular (IM), ou intravenosa (IV). Cada via 
de injeção difere em relação ao tipo de tecido em 
que o medicamento será aplicado, cujas 
características influenciam na velocidade de 
absorção do medicamento e no início da sua ação 
(POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; 
CLAYTON, 2019). O ângulo de inserção das 
injeções será determinado pelo o sítio de 
aplicação e comprimento de agulha escolhida com 
base no peso do paciente e em uma estimativa de 
tecido cutâneo (POTTER et al., 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: Vias de administração de medicamentos parenterais 
(adaptada de Potter et al., 2018) 
É importante ressaltar que alguns medicamentos 
podem ser administrados em cavidades corporais 
distintas das citadas anteriormente. Embora a 
administração por essas vias não seja executada 
pela a equipe de enfermagem, ela é responsável 
pelo o monitoramento e pela avaliação da 
resposta do paciente. (POTTER et al., 2018): 
 
EPIDURAL: 
 
 @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
6 ENFº ANTONIO MARCOS 
Os medicamentos são administrados no espaço 
epidural (peridural) por meio de um cateter. Essa 
via é mais comumente utilizada na anestesiologia. 
INTRATECAL: 
Os medicamentos são administrados por meio de 
um cateter no espaço subaracnóideo ou nos 
ventrículos cerebrais. Também é utilizada paraadministração de anestésicos (raquianestesia, 
anestesia espinhal, raquidiana, ou bloqueio 
subaracnóideo). 
INTRAPERITONEAL: 
Os medicamentos são administrados na cavidade 
peritoneal e absorvidos pela a circulação. 
INTRAPLEURAL: 
Administrado por injeção ou tubo torácico 
diretamente no espaço pleural. 
INTRARTERIAL: 
Os medicamentos são administrados diretamente 
nas artérias. 
INTRAVÍTREA: 
Os medicamentos são administrados no vítreo 
(região interna e posterior do olho) por um 
oftalmologista. 
INTRA-ARTICULAR: 
Administração de medicamentos dentro da 
cavidade articular. 
INTRACARDÍACO: 
Injeção de medicamentos diretamente no tecido 
cardíaco. 
INTRAÓSSEA(IO): 
Envolve a infusão de medicamentos diretamente 
na medula óssea. 
 
 
 
 
1.1- Via intradérmica (id) 
 
É uma via de medicamento que são injetados na 
DERME, logo abaixo da epiderme, em pequenos 
volumes (0,01 a 0,05). Potter e colaboradores 
2018 apontam que o volume máximo que pode ser 
administrado por esta via é 0,05 ml. (BRASIL, 2014, 
P.45; GIOVANI, 2019, P.144.). Sua absorção é 
lenta, sendo a via preferida para a realização de 
testes de alergias, injeção de dessensibilização, 
aplicação de anestésicos locais e vacinas (BCG). 
Os locais mais comumente usados são parte 
superior do tórax, a região escapular e face interna 
dos antebraços. 
O Ângulo de inserção da agulha deve ser de 5 a 15º 
com o bisel voltado para cima (LYN, 2019; POTTER 
et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; 
CLAYTON,2019). 
 
1.2 - Via subcutânea (sc) 
A via SC ou hipodérmica consiste na colocação de 
medicamentos no tecido conjuntivo frouxo sob a 
derme (hipoderme). O tecido subcutâneo não é 
tão ricamente suprido de sangue quanto os 
músculos; por isso, a absorção dos medicamentos 
é lenta do que a via IM. Em adultos, considera-se 
que o volume máximo suportado por essa via é de 
1,5 a 2 ml, a depender da referência consultada 
(POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; 
CLAYTON, 2019). Por outro lado, na população 
pediátrica, o volume indicado é de até 0,5 ml 
(HOCKENBERRY; WILSON; RODGERS, 2018). 
Os medicamentos comumente utilizados por essa 
via devem ser solúveis e potentes o suficiente para 
serem eficazes em pequeno volume, sem causar 
irritação tecidual, como: heparina, enoxaparina e 
a insulina. O comprimento da agulha é o que 
define seu ângulo de inserção. A agulha 13x4,5 é 
preferível e o ângulo de inserção é de 90°. Por 
outro lado, as agulhas 25x7 e 25x6 mm devem ser 
introduzidas a um ângulo de 45°. Os locais mais 
utilizados incluem braços, face anterior das coxas, 
 
 @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
7 ENFº ANTONIO MARCOS 
• Tratamento de 3ª linha;
Desição 
Terapêutica
• Casos de difícil manejo e 
glicemia > 300mg/dl 
Indicação 
O SUS distribui as formas NPH e regular 
de forma ampla
abdome. As áreas usadas com menor frequência 
são as nádegas e a porção superior do dorso ou a 
região escapular (POTTER et al., 2018; 
WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). A 
depender do comprimento da agulha e do peso 
corporal, o ângulo de inserção pode ser a partir de 
30°. 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSULINA 
Insulina é uma hormona responsável pela redução 
da glicemia, ao promover a entrada de glicose nas 
células. Esta é também essencial no metabolismo 
de sacarídeos, na síntese de proteínas e no 
armazenamento de lípidos. É produzida nas 
células beta das ilhotas de Langerhans, do 
pâncreas endócrino. 
 
 
 
 
 
Vejamos na tabela abaixo as propriedades 
farmacocinéticas das insulinas e análogas, de 
acordo coma o algoritmo da Sociedade Brasileira 
de Diabetes (2019): 
O esquema de insulinoterapia deve incluir uma 
insulina basal de ação intermediária ou 
prolongada (insulina NPH humana ou análoga de 
ação prolongada) e uma insulina de ação tipo bolus de 
ação rápida (humana regular ou análoga de ação 
rápida), com doses fracionadas em pelo menos três 
aplicações diárias, que devem respeitar a faixa etária, 
peso do paciente, gasto energético diário incluindo 
atividade física e dieta e levando-se em consideração 
possível resistência à ação da insulina e a 
farmacocinética desses medicamentos (Tabela 1): 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabe ressaltar que o risco de episódios de 
hipoglicemia constitui relevante barreira na busca 
do controle glicêmico adequado, tendo em vista 
que hipoglicemias graves costumam cursar com 
sintomas neuroglicopênicos e prejuízo do nível de 
consciência, podendo levar a convulsão e coma, 
bem como sequelas neurológicas irreversíveis. A 
ocorrência de hipoglicemias graves pode acarretar 
em limitação da autonomia do paciente para 
realização de atividades diárias comuns, como 
dirigir, e ainda ocasionar significativas limitações 
laborais. 
De acordo com o perfil farmacocinético, as 
insulinas podem ser classificadas segundo sua 
duração de efeito. As principais características dos 
perfis de ação das preparações são ilustradas na 
Figura 2. 
 
 
 
 
Figura 2 - Perfis de ação das diferentes insulinas e 
análogas de insulinas. Fonte: SBD, 2017-2018. 
 
 @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
8 ENFº ANTONIO MARCOS 
 
❖ INSULINA NPH 
A insulina NPH (Neutral Protamine Hagedorn) 
é uma suspensão cristalina de insulina 
formada pela adição de uma molécula de 
protamina, que prolonga seu efeito e promove 
ação intermediária; assim, essas modificações 
deram origem a insulina com perfil cinético 
próprio. A insulina NPH não deve ser 
administrada em monoterapia; o seu uso dá-
se em combinação com a insulina regular ou 
com a insulina análoga monomérica de ação 
rápida. 
❖ INSULINA HUMANA DE AÇÃO 
RAPIDA (REGULAR) 
A insulina regular contém como princípio ativo 
a insulina humana monocomponente, 
hormônio idêntico àquele produzido pelo 
pâncreas humano, e não possui modificações 
em sua molécula. A insulina regular é uma 
insulina de ação curta utilizada para cobrir ou 
corrigir oscilações da glicose do período pós- -
prandial e também hiperglicemias aleatórias. 
Por ser uma insulina com perfil de segurança 
conhecido, foi utilizada como comparador em 
muitos estudos que avaliaram análogos de 
insulina de ação rápida com eficácia 
semelhante no controle glicêmico. 
❖ INSULINA DE AÇÃO RÁPIDA 
Este grupo é formado por três representantes: 
asparte, lispro e glulisina. Todas possuem 
farmacocinética semelhante, com início de 
ação em 5-15 minutos, pico de ação em 1-2 
horas e duração de 3-4 horas (Figura 2). Esta 
farmacocinética é consequência da redução da 
capacidade desses análogos de se agregarem 
no tecido subcutâneo, resultando em 
comportamento de insulina monomérica. 
❖ INSULINA DE AÇÃO 
PROLONGADA 
As análogas de insulina de ação prolongada 
possuem quatro representantes: glargina 
U100, detemir, degludeca e glargina U300. 
Cada insulina análoga é formada por sequência 
de aminoácidos semelhante à insulina 
humana, diferindo apenas pela troca de alguns 
desses aminoácidos. As modificações nas 
sequências de aminoácidos proporcionam 
diferentes padrões de solubilidade aos 
fármacos e, consequentemente, perfis de 
absorção diferenciados. 
ADMINISTRAÇÃO DE INSLUINA 
A via de administração usual das insulinas é a 
subcutânea (SC). A aplicação SC pode ser realizada 
nos braços, abdômen, coxas e nádegas. A 
velocidade de absorção varia conforme o local de 
aplicação, sendo mais rápida no abdômen, 
intermediária nos braços e mais lenta nas coxas e 
nádegas. Há variações da cinética da insulina se 
injetada em segmentos envolvidos na prática de 
atividades ou de exercícios, como por exemplo, 
nos membros superiores e inferiores. 
 
Figura: Locaisde aplicação de insulina. 
Longa
Duração 
• GLARGINA - 100UI/ML (LANTUS)
• DETEMIR (LEMEVIR)
Ação 
Ultralonga
• GLARGINA -300 UI/ML (TOUGEO)
• DEGLUDECA (TRESIBA)
Ação 
Intermediaria 
• INSULINA NPH
Ação
Rápida
•INSULINA REGULAR
Ação 
Ultraprolongada
•ASPARTE (NOVAROPID)
•LISPRO (HUMALOG)
•GLULISINA (APIDRA)
 
 @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 
9 ENFº ANTONIO MARCOS 
1.3– via intramuscular (im) 
As injeções IM são administradas ao inserir uma 
agulha através da epiderme, da derme e do tecido 
subcutâneo até a camada muscular. A via IM 
fornece uma absorção mais rápida que a SC, por 
ser mais ricamente vascularizada. No entanto, 
alguns medicamentos IM são formulados para 
terem efeito mais longo, com a liberação mais 
lenta e sustentada por horas, dias ou semanas. 
(LYNN, 2019; POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; 
GUREVITZ; CLAYTON, 2019.) 
• O ângulo de inserção é de 90º 
• O volume administrado varia de 1 a 5 ml 
Fonte: Adaptado de SILVA, L.M.G.; SANTOS, R.P. 
Administração de medicamentos. In: BORK, A.M.T. 
Enfermagem baseada em evidências. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2005. p.166-190. 
Em suma, vários aspectos devem ser observados 
para a determinação de local e volume máximo a 
ser injetado pela via IM, tais como a faixa etária e 
as condições clínicas do paciente/cliente; as 
características anatômicas e funcionais do local da 
punção; a rotatividade dos locais de aplicação; a 
preferência do paciente/cliente; e as 
peculiaridades físico-químicas da substância a ser 
administrada, sendo que no caso de 
medicamentos devem ser observadas as 
informações constantes em bulário. (CASSIANI; 
RANGEL, 1999; GODOY; NOGUEIRA; MENDES, 
2004; TAYLOR; LILLIS; LEMONE, 2007; WILKINSON; 
LEUVEN, 2010). 
Por outro lado, Potter e colaboradores (2018) 
afirma que: 
➢ Um indivíduo normal e bem desenvolvido 
pode suportar até 3ml de medicação em 
um músculo maior; 
➢ É improvável que um volume maior de 
medicamento (4 a 5 ml) seja absorvido de 
maneira apropriada; 
➢ Crianças, idosos e pacientes magros 
suportam apenas 2 ml de injeção IM; 
➢ Não se deve administrar mais que 1ml em 
crianças pequenas e 0,5 ml em lactentes. 
De acordo com Giovani (2019), o volume a ser 
administrado pela a via IM deve ser compatível 
com a estrutura muscular, que varia com a região 
e com a idade do paciente. Nesse contexto, caso 
paciente possua uma estrutura muscular pouco 
desenvolvida, é aconselhável dividir o volume da 
solução em duas aplicações. 
DELTOIDE 
RETO FEMORAL 
 
 
 
 
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10 ENFº ANTONIO MARCOS 
VASTO LATERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
VENTROGLÚTEO 
 
Para a realização de injeção IM, uma das técnicas 
de aplicação é a técnica em Z. A mesma apresenta 
algumas vantagens, como pode ser percebido na 
descrição a seguir: 
 
O uso da técnica em Z é recomendado para administrar 
injeção IM, para minimizar a irritação local da pele, 
uma vez que esta técnica bloqueia o medicamento 
dentro do tecido muscular. O enfermeiro seleciona 
uma região para IM, preferencialmente um músculo 
grande e profundo, como o músculo ventroglúteo. 
1- Deve-se colocar uma agulha nova na seringa 
depois que o medicamento tiver sido 
preparado, de tal forma que nenhuma solução 
permaneça do lado de fora da haste da agulha. 
2- Depois de fazer a antissepsia da região, o 
enfermeiro puxa lateralmente a pele e os 
tecidos subcutâneos aproximadamente 2,5 cm 
a 3,5 cm. 
3- Segurando a pele esticada com a mão não 
dominante, o enfermeiro introduz a agulha 
profundamente no músculo. Segurar a seringa 
e aspirar com uma mão; não havendo retorno 
de sangue na aspiração, injetar o medicamento 
devagar. A agulha permanece por 10 segundos 
para permitir que o medicamento seja 
disperso de maneira homogênea. 
4- Após a retirada da agulha, a pele é solta, o que 
cria um caminho em zigue-zague, promovendo 
um tampão que ocluirá o ponto de introdução 
da mesma no músculo, de modo que a solução 
não refluirá no tecido subcutâneo, o que 
poderia provocar irritação. 
1.4– via intravenosa (iv) 
A administração intravenosa (IV) se refere a 
introdução de fluidos diretamente na corrente 
sanguínea. Possui algumas vantagens o grande 
volume que pode ser administrado rapidamente 
na veia e geralmente, com menos irritação. Isto 
posto, é a via de ação mais rápida. Os fármacos são 
administrados diretamente na veia por uma 
agulha de modo intermitente ou através de um 
acesso venoso periférico ou central já 
estabelecido para infusão contínuas.(POTTER et 
 
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11 ENFº ANTONIO MARCOS 
al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 
2019). 
A punção venosa é uma técnica na qual uma veia 
é puncionada através da pele e tem por finalidades 
proporcionar (POTTER et al., 2018): 
❖ A coleta de amostras de sangue 
❖ O inicio de uma infusão IV 
❖ O acesso vascular para uso posterior 
❖ A instalação de um medicamento 
❖ A injeção de marcador radiopaco para 
exames diagnósticos 
Cuidados na escolha do sítio de punção: 
Durante a seleção de um local para aceso venoso 
periférico, deve-se considerar a duração da 
terapia IV, as condições e a localização das veias, o 
objetivo da infusão (ex.: reidratação, nutrição 
parenteral periférica – NPP, quimioterapia ou 
antibioticoterapia) e as condições do paciente. 
Além disso, devemos estar alerta para os 
seguintes aspectos POTTER et al., 2018; 
WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). 
➢ Se o tratamento for prolongado, a primeira 
punção deve ser realizada na mão e as 
punções subsequentes devem ser feitas 
acima da anterior. 
De acordo com o Manual de Medidas de 
Prevenção de Infecção Relacionada a Assistência à 
Saúde (IRAS), da Anvisa (BRASIL, 2017), destacam-
se os seguintes cuidados em relação á punção 
venosa: 
1. Selecionar o cateter periférico com base no objetivo 
pretendido, na duração da terapia, na viscosidade do 
fluido, nos componentes do fluido e nas condições de 
acesso venoso. 
2. Não use cateteres periféricos para infusão contínua 
de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com 
mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que 
resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, 
ou para qualquer solução com osmolaridade acima de 
900 mOsm/l. 
3. Para atender à necessidade da terapia intravenosa 
devem ser selecionados cateteres de menor calibre e 
comprimento de cânula. Cateteres com menor calibre 
causam menos flebite mecânica (irritação da parede da 
veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo 
sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo, 
por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos 
administrados e reduz o risco de flebite química 
(irritação da parede da veia por produtos químicos). 
4. Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de 
amostra sanguínea e administração de medicamento 
em dose única, sem manter o dispositivo no sítio. 
5. Em adultos, as veias de escolha para canulação 
periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos 
antebraços. As veias de membros inferiores não devem 
ser utilizadas a menos que seja absolutamente 
necessário, em virtude do risco de embolias e 
tromboflebites. 
 6. Para pacientes pediátricos, selecione o vaso com 
maior probabilidade de duração de toda a terapia 
prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço 
e braço (região abaixo da axila). Evite a área anticubital. 
 7. Para crianças menores de 03 (três anos) também 
podem ser consideradas as veias da cabeça. Casoa 
criança não caminhe, considere as veias do pé. 
 8. Considerar a preferência do paciente para a seleção 
do membro para inserção do cateter, incluindo a 
recomendação de utilizar sítios no membro não 
dominante. 
 
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12 ENFº ANTONIO MARCOS 
9. Evitar região de flexão, membros comprometidos 
por lesões como feridas abertas, infecções nas 
extremidades, veias já comprometidas (infiltração, 
flebite, necrose), áreas com infiltração e/ou 
extravasamento prévios, áreas com outros 
procedimentos planejados. 
10. Usar metodologia de visualização para instalação 
de cateteres em adultos e crianças com rede venoso 
difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso. 
 
15 – CÁLCULO DE MEDICAÇÃO 
 
A terapia medicamentosa tornou-se uma das 
formas mais comuns de intervenção no cuidado ao 
paciente, utilizada ao longo dos anos na cura de 
doenças. Cerca de 88% dos pacientes que 
procuram atendimento à saúde recebem 
prescrições de medicamentos. A correta 
administração requer conhecimento pleno dos 
integrantes da equipe de enfermagem envolvidos 
no cuidado ao paciente. 
Vale a pena salientar que em nossa realidade 
profissional, utiliza-se a regra de três direta. 
Importante observar que a regra de três só se faz 
necessária, quando não se consegue resolver o 
problema de maneira direta. 
Por exemplo: 
 Tenho ampolas de dipirona com 2 ml de solução. 
Quantos ml existem em três ampolas? Forma direta: 2 
ml x 3 ampolas = 6 ml nas três ampolas 
 
UNIDADES DE PESOS, MEDIDAS E TEMPO 
O sistema métrico decimal e de tempo utilizado em 
hospitais tem como unidades básicas o metro, o litro, 
o grama e o segundo. 
• O metro(m) é a unidade básica de 
comprimento. 
• O litro (l) é a unidade básica de volume. 
• O grama (g) é a unidade básica do peso. 
• O segundo (seg) é a unidade básica de tempo. 
Na enfermagem usam-se rotineiramente as 
unidades de medidas litro e grama divididas 
por 1000. 
Exemplo: 
1 ml = 1000 mililitros 
1 g = 1000 miligramas 
1 h = 60 minutos 
1min = 60 segundos 
Transforme: Lembre-se na multiplicação por (mil) 
1.000 a VÍRGULA anda para a DIREITA conforme o 
número de ZEROS. 
 
REGRAS BÁSCIAS: 
1 colher de sopa corresponde a 15 ml; 
1 colher de sobremesa corresponde a 10 ml; 
1 colher de chá corresponde a 5 ml; 
 1 colher de café corresponde a 2,5 ou 3 ml* 
 1 ml possui 20 gotas; 
1 ml possui 60 microgotas; 
1 gota possui 3 microgotas. 
1 gota é igual a 1 macrogota. 
 
 
 
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13 ENFº ANTONIO MARCOS 
Cálculo do número de gotas por minuto: 
Para calcular a velocidade de infusão em gotas 
por minuto (gtt/min), são necessários três dados: 
• O VOLUME TOTAL A SER INFUNDIDO 
• O FATOR DE GOTEJAMENTO DO EQUIPO 
QUE SERÁ ULTILIZADO 
• O TEMPO TOTAL DA INFUSÃO, EM 
MINUTOS OU EM HORAS 
Cálculo do número de microgotas por minuto: 
• VOLUME TOTAL A SER INFUNDIDO EM ML 
• O TEMPO TOTAL EM HORAS 
 
 
VAMOS PRATICAR? 
 
01 – (Residência Multiprofissional-
UPE/IAUPE/2020) No posto de enfermagem, 
existem ampolas de glicose 50% com 20 ml. 
Quanto de glicose deve ser acrescentado para 
transformar 250 ml de soro glicosado 5% em soro 
glicosado 10% ? 
A- 20 ml de glicose 
B- 25 ml de glicose 
C- 40 ml de glicose 
D- 50 ml de glicose 
E- 10 ml de glicose 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 ENFº ANTONIO MARCOS 
REFRENCIAS: 
 
AZEVEDO, D. L. O uso da via subcutânea em geriatria e 
cuidados paliativos. 2. ed. Rio de Janeiro: 5BGG, 2017. 
BOYER, M. 1. Math for Nurses: A pocket guide to dosage 
calculation and drug preparation, Bth, Philadelphia: Lippincot 
Williams & Wilkins, 2013. 
BRASIL. Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitária. Ministério 
da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Fundação Hospitalar do 
Es. 
taco de Minas Gerais. Protocolo de segurança na prescrição, 
uso e administração de medicamentos. Brasilia: Anvisa, 2013 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças 
Transmissíveis. 
Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 200, de 
26 de dezembro de 2017. Dispõe sobre os critérios para a 
concessão e renovação do registro de medicamentos com 
princípios ativos sintéticos e semissintéticos, classificados 
como novos, genéricos e similares, e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 dez. 2017. 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança 
do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Medidas de 
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. 
Brasília: ANVISA, 2017. 
BRUNO, V. G. Hipodermóclise: revisão de literatura para 
auxiliar a prática clínica. Einstein, v. 12, n. 1, p. 122-128, 2015. 
CARVALHO, R. T.; PARSONS, H. A. Manual de Cuidados 
Paliativos ANCP. 2. ed. São Paulo: ANCP, 2012. 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n° 
648/2020. Dispõe sobre a normatização, capacitação e 
atuação do enfermeiro na realização da punção intraóssea 
em adultos e crianças em situações de urgência e 
emergência pré e intra-hospitalares. 
COREN/SP. Conselho Regional de Enfermagem (São Paulo). 
Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, 
administração e monitoramento. 1. ed. São Paulo: 
COREN/SP, 2017. 
CRF/RS. Conselho Regional de Farmácia (Rio Grande do 
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GIOVANI, A. M. M. Enfermagem: cálculo e administração de 
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HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado 
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HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D.; RODGERS, C. C. 
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PAULA, M. F. C. et al. Semiotécnica: fundamentos para a 
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POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. 
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WILLIHNGANZ, M. J.; GUREVITZ, S. L.; CLAYTON, B. D. 
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