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@marcosrrim_ @nursingnapratica_ 1 ENFº ANTONIO MARCOS Administração de Medicamentos INTRODUÇÃO Esta unidade irá apresentar conceitos fundamentais sobre administração de medicamentos, são temas bastante importante e muito explorados em provas de concursos e residências. Vamos aos estudos. A Administração de medicações com segurança requer uma compreensão dos aspectos legais dos cuidados de saúde, da farmacologia (farmacodinâmica e farmacocinética), da fisiopatologia, da anatomia humana e da matemática (POTTER et al., 2018). Segundo a RDC n° 36/2013 da Anvisa, todos os eventos adversos, incluindo os erros de medicação ocorridos nos serviços de saúde do país devem ser notificados, pelo Núcleo de Segurança do Paciente, ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), por meio do sistema Notivisa. Em Geriatria e Cuidados Paliativos, os fármacos devem ser administrados, preferencialmente, por via oral, tanto pela simplicidade da oferta como por ser a via mais fisiológica e menos invasiva. Em algumas situações, entretanto, a via oral não está disponível. Até 70% dos pacientes em fase final de vida necessitarão de uma via alternativa para administração de fármacos, seja por redução do nível de consciência ou por intolerância a altas doses de opioides por via oral (Pontalti, 2012). A via endovenosa pode parecer o próximo passo lógico, porém o processo natural de envelhecimento das veias e a perda da elasticidade da pele dificultam a punção de um acesso venoso, sobretudo em pacientes muito idosos (com idade maior que 80 anos) ou naqueles que já foram submetidos à quimioterapia (Justino, 2013). Além disso, é difícil manter INDICAÇÕES Concentração do medicamento na corrente sanguínea tempo Intravenosa Intramuscular Subcutâneo Oral 14 O uso da via subcutânea em Geriatria e Cuidados Paliativos um acesso venoso em pacientes idosos com demência. Os resultados podem ser desastrosos, com delirium, perda do acesso, sangramento e laceração da pele. Como proceder, então? ❖ Leia o tópico (1.2) PRÁTICAS SEGURAS PARA PREVENÇÃO DE ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Dessa forma, faz-se necessário ter atenção aos “Nove certo” preconizado no protocolo da Anvisa (BRASIL, 2013): • PACIENTE CERTO • MEDICAMENTO CERTO • VIA CERTA • HORA CERTA • DOSE CERTA • REGISTRO CERTO • ORIENTAÇÃO CERTA • FORMA FARMACÊUTICA CERTA • RESPOSTA CERTA 1. Paciente certo: Conferir nome completo antes de administrar o medicamento e utilizar no mínimo dois identificadores para confirmar o paciente correto: nome identificado na pulseira; nome identificado no leito e nome identificado no prontuário. Evitar, dentro do possível, que dois pacientes com o mesmo nome fiquem internados @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 2 ENFº ANTONIO MARCOS simultaneamente no mesmo quarto ou enfermaria. 2. Medicamento certo: Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o que está prescrito. Conferir se o paciente não é alérgico ao medicamento prescrito. Identificar os pacientes alérgicos de forma diferenciada, com pulseira e aviso em prontuário, alertando toda a equipe. 3. Via certa: ➢ Identificar a via de administração prescrita. ➢ Higienizar as mãos com preparação alcoólica para as mãos ou sabonete líquido e água, antes do preparo e administração do medicamento. ➢ Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito e se a velocidade de infusão foi estabelecida, analisando sua compatibilidade com a via de administração e com o medicamento em caso de administração por via endovenosa. ➢ Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos para a saúde utilizados para sua administração (seringas, cateteres, sondas, equipos e outros). ➢ Identificar no paciente qual a conexão correta para a via de administração prescrita em caso de administração por sonda nasogástrica, nasoentérica ou via parenteral. ➢ Realizar a antissepsia do local da aplicação para administração de medicamentos por via parenteral. ➢ Esclarecer todas as dúvidas com a supervisão de enfermagem, prescritor ou farmacêutico previamente à administração do medicamento. ➢ Esclarecer as dúvidas de legibilidade da prescrição diretamente com o prescritor. 4. Hora certa: ➢ Garantir que a administração do medicamento seja feita sempre no horário correto para adequada resposta terapêutica. ➢ A antecipação ou o atraso da administração em relação ao horário predefinido somente poderá ser feito com o consentimento do enfermeiro e do prescritor. 5. Dose certa: ➢ Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento. Doses escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber atenção redobrada. ü Certificar-se de que a infusão programada é a prescrita para aquele paciente. ➢ Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição; em caso de dúvida, consultar o prescritor. ➢ Conferir a velocidade de gotejamento, a programação e o funcionamento das bombas de infusão contínua em caso de medicamentos de infusão contínua. ➢ Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e programação de bomba para administração de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância (ex.: anticoagulantes, opiáceos, insulina e eletrólitos concentrados, como cloreto de potássio injetável). ➢ Medicações de uso “se necessário” deverão, quando prescritas, ser acompanhadas da dose, posologia e condição de uso. 6. Documentação certa (Registro certo): ➢ Registrar na prescrição o horário da administração do medicamento. ➢ Checar o horário da administração do medicamento a cada dose. ➢ Registrar todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos, tais como adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente e eventos adversos. 7. Razão/orientação correta. ➢ Esclarecer dúvidas sobre a razão da indicação do medicamento, sua posologia ou outra informação antes de administrá- lo ao paciente, junto ao prescritor. @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 3 ENFº ANTONIO MARCOS ➢ Orientar e instruir o paciente sobre qual o medicamento está sendo administrado (nome), justificativa da indicação, efeitos esperados e aqueles que necessitam de acompanhamento e monitorização. ➢ Garantir ao paciente o direito de conhecer o aspecto (cor e formato) dos medicamentos que está recebendo, a frequência com que será ministrado, bem como sua indicação, sendo esse conhecimento útil na prevenção de erro de medicação. 8. Forma certa: ➢ Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma farmacêutica e a via de administração prescrita. ➢ Checar se a forma farmacêutica e a via de administração prescritas estão apropriadas à condição clínica do paciente. ➢ Sanar as dúvidas relativas à forma farmacêutica e a via de administração prescrita junto ao enfermeiro, farmacêutico ou prescritor. ➢ A farmácia deve disponibilizar o medicamento em dose unitária ou manual de diluição, preparo e administração de medicamentos; caso seja necessário, realizar a trituração do medicamento para administração por sonda nasogástrica ou nasoentérica. 9. Resposta certa: ➢ Observar cuidadosamente o paciente, para identificar, quando possível, se o medicamento teve o efeito desejado. ➢ Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os efeitos diferentes (em intensidade e forma) do esperado para o medicamento. ➢ Deve-semanter clara a comunicação com o paciente e/ou cuidador. ➢ Considerar a observação e relato do paciente e/ou cuidador sobre os efeitos dos medicamentos administrado, incluindo respostas diferentes do padrão usual. ➢ Registrar todos os parâmetros de monitorização adequados (sinais vitais, glicemia capilar). Importante: Não deverão ser administrados medicamentos em casos de prescrições vagas como: “fazer se necessário”, “conforme ordem médica” ou “a critério médico”. VIA TÓPICA Refere-se a aplicação de medicamentos na pele ou nas membranas mucosas para absorção. De uma forma geral, agem localmente (aplicação tópica), mas podem ocorrer efeitos sistêmicos (como nas administrações bucal, sublingual, transdérmica e inalação). As formas farmacêuticas (apresentações) mais comuns aplicadas em pele e mucosas são (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019): CREMES: São emulsões semissólidas contendo agentes medicinais para aplicação externa, cuja base geralmente não e gordurosa e pode ser removida com água. LOÇÕES: São normalmente preparações aquosas que contêm em suspensão. UNGUENTOS: São preparações semissólidas de substâncias medicinais em uma base oleosa, que podem ser aplicados diretamente na pele ou na mucosa e, geralmente, não podem ser facilmente removidos com água. EMPLATOS TRANSDÉRMICO: Proporciona a liberação controlada de um medicamento prescrito através de uma membrana semipermeável de várias horas até 3 semanas, quando aplicado à pele intacta. PÓS: São partículas finamente granulados de medicação contidas em uma base de talco, que @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 4 ENFº ANTONIO MARCOS produzem, geralmente, um efeito refrescante, secante ou protetor. Os Medicamentos tópicos podem ser administrados por diferentes modalidades. (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). ADMINISTRAÇÃO NASAL: São usadas para tratar os distúrbios temporários que afetam as membranas mucosas nasais. As formas mais comuns são o spray e as gotas descongestionantes. ADMINISTRAÇÃO INALATÓRIA: A equipe de enfermagem administra medicamentos inalantes através das fossas nasais, boca, dos tubos endotraqueais ou de traqueostomia. Os medicamentos podem ter efeitos locais e sistêmicos, devido á pronta absorção pela rica vascularização alvéolo-capilar. ADMINISTRAÇÃO OFTÁLMICA: Os mais comuns são os colírios e as pomadas oftálmicas. As soluções oculares são estéreis, facilmente administradas e, normalmente, não interferem na visão quando instaladas. No entanto, os unguentos oculares causam alteração na acuidade visual. ADMINISTRAÇÃO INTRAOCULAR: O medicamento é fornecido semelhantemente a uma lente de contato. O disco possui camadas externas que envolvem o medicamento, que pode permanecer até 1 semana. ADMINISTRAÇÃO AURICULAR (OTOLÓGICA): As medicações usadas na orelha são chamadas de óticas e, geralmente, estão sob a forma de gotas, formadas por uma solução contendo a substância desejada. ADMINISTRAÇÃO VAGINAL: As medicações vaginais estão disponíveis na forma se supositórios, geleias, espumas, irrigações (duchas), comprimidos ou cremes. ADMINISTRAÇÃO BUCAL: Está relacionada àqueles comprimidos projetados para serem mantidos na cavidade bucal (entre a bochecha e os dentes molares). ADMINISTRAÇÃO SUBLINGUAL: Os comprimidos são projetados para serem colocados sob a língua para dissolução, e absorção se dá por meio da vasta rede de vasos sanguíneos dessa área. Via enteral Os fármacos são administrados diretamente no trato gastrintestinal através dos métodos oral, retal, sondas gastrostomia ou sonda nasoentérica (SNE/ sonda nasogástrica (SNG). (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). CÁPSULAS: São pequenos recipientes cilíndricos gelatinosos que armazenam pó seco ou líquido do agente medicinal. PASTILHAS OU TABLETES: São discos achatados contem um agente medicinal em uma base com um sabor agradável. PÍLULAS: São uma forma obsoleta de apresentação que não são mais fabricadas em razão do desenvolvimento das cápsulas e dos comprimidos. Contudo, o termo é ainda utilizado para se referir a comprimidos e cápsulas. COMPRIMIDOS: São medicamentos secos em pó que foram comprimidos até formarem pequenos discos. ELIXIRES: São líquidos claros constituídos pelo o medicamento dissolvido em álcool e água. EMULSÕES: São disseminações de pequenas gotas de água em óleo ou de óleo em água. @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 5 ENFº ANTONIO MARCOS SUSPENSÕES: São apresentações líquidas que contêm partículas sólidas e insolúveis de drogas disseminadas em uma base líquida. XAROPES: Possuem agentes medicinais dissolvidas em uma solução concentrada de açúcar. SUPOSITÓRIOS: São uma forma sólida de medicamentos para serem introduzidas em um orifício do corpo. Na temperatura do corpo, a substância se dissolve e é então absorvida pelas membranas da mucosa. VIA ORAL (VO): É a mais fácil e desejada, na qual os pacientes normalmente são capazes de ingerir ou de autoadministrar os medicamentos. A principal contraindicação da VO inclui a presença de alterações no sistema gastrintestinal, a incapacidade do individuo em engolir alimentos ou fluidos e o uso de sucção gástrica (POTTER et al., 2018). Os medicamentos são administrados por SNE/SNG em pacientes que estão impossibilitados de engolir, estão comatosos ou com alguma desordem no esôfago. Toda vez que é possível, uma forma líquida, de um medicamento deve ser utilizada para esse tipo de administração (WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). VIA PARENTERAL O Termo parenteral significa administração por qualquer via que não é enteral. Nesse tipo de administração, o início da ação é geralmente mais rápido e de menor duração, a dose quase sempre é menor e o custo tratamento, em geral, é maior (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). Normalmente, a rota parenteral se refere ás injeções intradérmica (ID), subcutânea (SC), intramuscular (IM), ou intravenosa (IV). Cada via de injeção difere em relação ao tipo de tecido em que o medicamento será aplicado, cujas características influenciam na velocidade de absorção do medicamento e no início da sua ação (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). O ângulo de inserção das injeções será determinado pelo o sítio de aplicação e comprimento de agulha escolhida com base no peso do paciente e em uma estimativa de tecido cutâneo (POTTER et al., 2018). Figura: Vias de administração de medicamentos parenterais (adaptada de Potter et al., 2018) É importante ressaltar que alguns medicamentos podem ser administrados em cavidades corporais distintas das citadas anteriormente. Embora a administração por essas vias não seja executada pela a equipe de enfermagem, ela é responsável pelo o monitoramento e pela avaliação da resposta do paciente. (POTTER et al., 2018): EPIDURAL: @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 6 ENFº ANTONIO MARCOS Os medicamentos são administrados no espaço epidural (peridural) por meio de um cateter. Essa via é mais comumente utilizada na anestesiologia. INTRATECAL: Os medicamentos são administrados por meio de um cateter no espaço subaracnóideo ou nos ventrículos cerebrais. Também é utilizada paraadministração de anestésicos (raquianestesia, anestesia espinhal, raquidiana, ou bloqueio subaracnóideo). INTRAPERITONEAL: Os medicamentos são administrados na cavidade peritoneal e absorvidos pela a circulação. INTRAPLEURAL: Administrado por injeção ou tubo torácico diretamente no espaço pleural. INTRARTERIAL: Os medicamentos são administrados diretamente nas artérias. INTRAVÍTREA: Os medicamentos são administrados no vítreo (região interna e posterior do olho) por um oftalmologista. INTRA-ARTICULAR: Administração de medicamentos dentro da cavidade articular. INTRACARDÍACO: Injeção de medicamentos diretamente no tecido cardíaco. INTRAÓSSEA(IO): Envolve a infusão de medicamentos diretamente na medula óssea. 1.1- Via intradérmica (id) É uma via de medicamento que são injetados na DERME, logo abaixo da epiderme, em pequenos volumes (0,01 a 0,05). Potter e colaboradores 2018 apontam que o volume máximo que pode ser administrado por esta via é 0,05 ml. (BRASIL, 2014, P.45; GIOVANI, 2019, P.144.). Sua absorção é lenta, sendo a via preferida para a realização de testes de alergias, injeção de dessensibilização, aplicação de anestésicos locais e vacinas (BCG). Os locais mais comumente usados são parte superior do tórax, a região escapular e face interna dos antebraços. O Ângulo de inserção da agulha deve ser de 5 a 15º com o bisel voltado para cima (LYN, 2019; POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON,2019). 1.2 - Via subcutânea (sc) A via SC ou hipodérmica consiste na colocação de medicamentos no tecido conjuntivo frouxo sob a derme (hipoderme). O tecido subcutâneo não é tão ricamente suprido de sangue quanto os músculos; por isso, a absorção dos medicamentos é lenta do que a via IM. Em adultos, considera-se que o volume máximo suportado por essa via é de 1,5 a 2 ml, a depender da referência consultada (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). Por outro lado, na população pediátrica, o volume indicado é de até 0,5 ml (HOCKENBERRY; WILSON; RODGERS, 2018). Os medicamentos comumente utilizados por essa via devem ser solúveis e potentes o suficiente para serem eficazes em pequeno volume, sem causar irritação tecidual, como: heparina, enoxaparina e a insulina. O comprimento da agulha é o que define seu ângulo de inserção. A agulha 13x4,5 é preferível e o ângulo de inserção é de 90°. Por outro lado, as agulhas 25x7 e 25x6 mm devem ser introduzidas a um ângulo de 45°. Os locais mais utilizados incluem braços, face anterior das coxas, @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 7 ENFº ANTONIO MARCOS • Tratamento de 3ª linha; Desição Terapêutica • Casos de difícil manejo e glicemia > 300mg/dl Indicação O SUS distribui as formas NPH e regular de forma ampla abdome. As áreas usadas com menor frequência são as nádegas e a porção superior do dorso ou a região escapular (POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). A depender do comprimento da agulha e do peso corporal, o ângulo de inserção pode ser a partir de 30°. INSULINA Insulina é uma hormona responsável pela redução da glicemia, ao promover a entrada de glicose nas células. Esta é também essencial no metabolismo de sacarídeos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lípidos. É produzida nas células beta das ilhotas de Langerhans, do pâncreas endócrino. Vejamos na tabela abaixo as propriedades farmacocinéticas das insulinas e análogas, de acordo coma o algoritmo da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019): O esquema de insulinoterapia deve incluir uma insulina basal de ação intermediária ou prolongada (insulina NPH humana ou análoga de ação prolongada) e uma insulina de ação tipo bolus de ação rápida (humana regular ou análoga de ação rápida), com doses fracionadas em pelo menos três aplicações diárias, que devem respeitar a faixa etária, peso do paciente, gasto energético diário incluindo atividade física e dieta e levando-se em consideração possível resistência à ação da insulina e a farmacocinética desses medicamentos (Tabela 1): Cabe ressaltar que o risco de episódios de hipoglicemia constitui relevante barreira na busca do controle glicêmico adequado, tendo em vista que hipoglicemias graves costumam cursar com sintomas neuroglicopênicos e prejuízo do nível de consciência, podendo levar a convulsão e coma, bem como sequelas neurológicas irreversíveis. A ocorrência de hipoglicemias graves pode acarretar em limitação da autonomia do paciente para realização de atividades diárias comuns, como dirigir, e ainda ocasionar significativas limitações laborais. De acordo com o perfil farmacocinético, as insulinas podem ser classificadas segundo sua duração de efeito. As principais características dos perfis de ação das preparações são ilustradas na Figura 2. Figura 2 - Perfis de ação das diferentes insulinas e análogas de insulinas. Fonte: SBD, 2017-2018. @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 8 ENFº ANTONIO MARCOS ❖ INSULINA NPH A insulina NPH (Neutral Protamine Hagedorn) é uma suspensão cristalina de insulina formada pela adição de uma molécula de protamina, que prolonga seu efeito e promove ação intermediária; assim, essas modificações deram origem a insulina com perfil cinético próprio. A insulina NPH não deve ser administrada em monoterapia; o seu uso dá- se em combinação com a insulina regular ou com a insulina análoga monomérica de ação rápida. ❖ INSULINA HUMANA DE AÇÃO RAPIDA (REGULAR) A insulina regular contém como princípio ativo a insulina humana monocomponente, hormônio idêntico àquele produzido pelo pâncreas humano, e não possui modificações em sua molécula. A insulina regular é uma insulina de ação curta utilizada para cobrir ou corrigir oscilações da glicose do período pós- - prandial e também hiperglicemias aleatórias. Por ser uma insulina com perfil de segurança conhecido, foi utilizada como comparador em muitos estudos que avaliaram análogos de insulina de ação rápida com eficácia semelhante no controle glicêmico. ❖ INSULINA DE AÇÃO RÁPIDA Este grupo é formado por três representantes: asparte, lispro e glulisina. Todas possuem farmacocinética semelhante, com início de ação em 5-15 minutos, pico de ação em 1-2 horas e duração de 3-4 horas (Figura 2). Esta farmacocinética é consequência da redução da capacidade desses análogos de se agregarem no tecido subcutâneo, resultando em comportamento de insulina monomérica. ❖ INSULINA DE AÇÃO PROLONGADA As análogas de insulina de ação prolongada possuem quatro representantes: glargina U100, detemir, degludeca e glargina U300. Cada insulina análoga é formada por sequência de aminoácidos semelhante à insulina humana, diferindo apenas pela troca de alguns desses aminoácidos. As modificações nas sequências de aminoácidos proporcionam diferentes padrões de solubilidade aos fármacos e, consequentemente, perfis de absorção diferenciados. ADMINISTRAÇÃO DE INSLUINA A via de administração usual das insulinas é a subcutânea (SC). A aplicação SC pode ser realizada nos braços, abdômen, coxas e nádegas. A velocidade de absorção varia conforme o local de aplicação, sendo mais rápida no abdômen, intermediária nos braços e mais lenta nas coxas e nádegas. Há variações da cinética da insulina se injetada em segmentos envolvidos na prática de atividades ou de exercícios, como por exemplo, nos membros superiores e inferiores. Figura: Locaisde aplicação de insulina. Longa Duração • GLARGINA - 100UI/ML (LANTUS) • DETEMIR (LEMEVIR) Ação Ultralonga • GLARGINA -300 UI/ML (TOUGEO) • DEGLUDECA (TRESIBA) Ação Intermediaria • INSULINA NPH Ação Rápida •INSULINA REGULAR Ação Ultraprolongada •ASPARTE (NOVAROPID) •LISPRO (HUMALOG) •GLULISINA (APIDRA) @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 9 ENFº ANTONIO MARCOS 1.3– via intramuscular (im) As injeções IM são administradas ao inserir uma agulha através da epiderme, da derme e do tecido subcutâneo até a camada muscular. A via IM fornece uma absorção mais rápida que a SC, por ser mais ricamente vascularizada. No entanto, alguns medicamentos IM são formulados para terem efeito mais longo, com a liberação mais lenta e sustentada por horas, dias ou semanas. (LYNN, 2019; POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019.) • O ângulo de inserção é de 90º • O volume administrado varia de 1 a 5 ml Fonte: Adaptado de SILVA, L.M.G.; SANTOS, R.P. Administração de medicamentos. In: BORK, A.M.T. Enfermagem baseada em evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p.166-190. Em suma, vários aspectos devem ser observados para a determinação de local e volume máximo a ser injetado pela via IM, tais como a faixa etária e as condições clínicas do paciente/cliente; as características anatômicas e funcionais do local da punção; a rotatividade dos locais de aplicação; a preferência do paciente/cliente; e as peculiaridades físico-químicas da substância a ser administrada, sendo que no caso de medicamentos devem ser observadas as informações constantes em bulário. (CASSIANI; RANGEL, 1999; GODOY; NOGUEIRA; MENDES, 2004; TAYLOR; LILLIS; LEMONE, 2007; WILKINSON; LEUVEN, 2010). Por outro lado, Potter e colaboradores (2018) afirma que: ➢ Um indivíduo normal e bem desenvolvido pode suportar até 3ml de medicação em um músculo maior; ➢ É improvável que um volume maior de medicamento (4 a 5 ml) seja absorvido de maneira apropriada; ➢ Crianças, idosos e pacientes magros suportam apenas 2 ml de injeção IM; ➢ Não se deve administrar mais que 1ml em crianças pequenas e 0,5 ml em lactentes. De acordo com Giovani (2019), o volume a ser administrado pela a via IM deve ser compatível com a estrutura muscular, que varia com a região e com a idade do paciente. Nesse contexto, caso paciente possua uma estrutura muscular pouco desenvolvida, é aconselhável dividir o volume da solução em duas aplicações. DELTOIDE RETO FEMORAL @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 10 ENFº ANTONIO MARCOS VASTO LATERAL VENTROGLÚTEO Para a realização de injeção IM, uma das técnicas de aplicação é a técnica em Z. A mesma apresenta algumas vantagens, como pode ser percebido na descrição a seguir: O uso da técnica em Z é recomendado para administrar injeção IM, para minimizar a irritação local da pele, uma vez que esta técnica bloqueia o medicamento dentro do tecido muscular. O enfermeiro seleciona uma região para IM, preferencialmente um músculo grande e profundo, como o músculo ventroglúteo. 1- Deve-se colocar uma agulha nova na seringa depois que o medicamento tiver sido preparado, de tal forma que nenhuma solução permaneça do lado de fora da haste da agulha. 2- Depois de fazer a antissepsia da região, o enfermeiro puxa lateralmente a pele e os tecidos subcutâneos aproximadamente 2,5 cm a 3,5 cm. 3- Segurando a pele esticada com a mão não dominante, o enfermeiro introduz a agulha profundamente no músculo. Segurar a seringa e aspirar com uma mão; não havendo retorno de sangue na aspiração, injetar o medicamento devagar. A agulha permanece por 10 segundos para permitir que o medicamento seja disperso de maneira homogênea. 4- Após a retirada da agulha, a pele é solta, o que cria um caminho em zigue-zague, promovendo um tampão que ocluirá o ponto de introdução da mesma no músculo, de modo que a solução não refluirá no tecido subcutâneo, o que poderia provocar irritação. 1.4– via intravenosa (iv) A administração intravenosa (IV) se refere a introdução de fluidos diretamente na corrente sanguínea. Possui algumas vantagens o grande volume que pode ser administrado rapidamente na veia e geralmente, com menos irritação. Isto posto, é a via de ação mais rápida. Os fármacos são administrados diretamente na veia por uma agulha de modo intermitente ou através de um acesso venoso periférico ou central já estabelecido para infusão contínuas.(POTTER et @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 11 ENFº ANTONIO MARCOS al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). A punção venosa é uma técnica na qual uma veia é puncionada através da pele e tem por finalidades proporcionar (POTTER et al., 2018): ❖ A coleta de amostras de sangue ❖ O inicio de uma infusão IV ❖ O acesso vascular para uso posterior ❖ A instalação de um medicamento ❖ A injeção de marcador radiopaco para exames diagnósticos Cuidados na escolha do sítio de punção: Durante a seleção de um local para aceso venoso periférico, deve-se considerar a duração da terapia IV, as condições e a localização das veias, o objetivo da infusão (ex.: reidratação, nutrição parenteral periférica – NPP, quimioterapia ou antibioticoterapia) e as condições do paciente. Além disso, devemos estar alerta para os seguintes aspectos POTTER et al., 2018; WILLIHNGANZ; GUREVITZ; CLAYTON, 2019). ➢ Se o tratamento for prolongado, a primeira punção deve ser realizada na mão e as punções subsequentes devem ser feitas acima da anterior. De acordo com o Manual de Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada a Assistência à Saúde (IRAS), da Anvisa (BRASIL, 2017), destacam- se os seguintes cuidados em relação á punção venosa: 1. Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na viscosidade do fluido, nos componentes do fluido e nas condições de acesso venoso. 2. Não use cateteres periféricos para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/l. 3. Para atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula. Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos administrados e reduz o risco de flebite química (irritação da parede da veia por produtos químicos). 4. Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta de amostra sanguínea e administração de medicamento em dose única, sem manter o dispositivo no sítio. 5. Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites. 6. Para pacientes pediátricos, selecione o vaso com maior probabilidade de duração de toda a terapia prescrita, considerando as veias da mão, do antebraço e braço (região abaixo da axila). Evite a área anticubital. 7. Para crianças menores de 03 (três anos) também podem ser consideradas as veias da cabeça. Casoa criança não caminhe, considere as veias do pé. 8. Considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para inserção do cateter, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro não dominante. @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 12 ENFº ANTONIO MARCOS 9. Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos planejados. 10. Usar metodologia de visualização para instalação de cateteres em adultos e crianças com rede venoso difícil e/ou após tentativas de punção sem sucesso. 15 – CÁLCULO DE MEDICAÇÃO A terapia medicamentosa tornou-se uma das formas mais comuns de intervenção no cuidado ao paciente, utilizada ao longo dos anos na cura de doenças. Cerca de 88% dos pacientes que procuram atendimento à saúde recebem prescrições de medicamentos. A correta administração requer conhecimento pleno dos integrantes da equipe de enfermagem envolvidos no cuidado ao paciente. Vale a pena salientar que em nossa realidade profissional, utiliza-se a regra de três direta. Importante observar que a regra de três só se faz necessária, quando não se consegue resolver o problema de maneira direta. Por exemplo: Tenho ampolas de dipirona com 2 ml de solução. Quantos ml existem em três ampolas? Forma direta: 2 ml x 3 ampolas = 6 ml nas três ampolas UNIDADES DE PESOS, MEDIDAS E TEMPO O sistema métrico decimal e de tempo utilizado em hospitais tem como unidades básicas o metro, o litro, o grama e o segundo. • O metro(m) é a unidade básica de comprimento. • O litro (l) é a unidade básica de volume. • O grama (g) é a unidade básica do peso. • O segundo (seg) é a unidade básica de tempo. Na enfermagem usam-se rotineiramente as unidades de medidas litro e grama divididas por 1000. Exemplo: 1 ml = 1000 mililitros 1 g = 1000 miligramas 1 h = 60 minutos 1min = 60 segundos Transforme: Lembre-se na multiplicação por (mil) 1.000 a VÍRGULA anda para a DIREITA conforme o número de ZEROS. REGRAS BÁSCIAS: 1 colher de sopa corresponde a 15 ml; 1 colher de sobremesa corresponde a 10 ml; 1 colher de chá corresponde a 5 ml; 1 colher de café corresponde a 2,5 ou 3 ml* 1 ml possui 20 gotas; 1 ml possui 60 microgotas; 1 gota possui 3 microgotas. 1 gota é igual a 1 macrogota. @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 13 ENFº ANTONIO MARCOS Cálculo do número de gotas por minuto: Para calcular a velocidade de infusão em gotas por minuto (gtt/min), são necessários três dados: • O VOLUME TOTAL A SER INFUNDIDO • O FATOR DE GOTEJAMENTO DO EQUIPO QUE SERÁ ULTILIZADO • O TEMPO TOTAL DA INFUSÃO, EM MINUTOS OU EM HORAS Cálculo do número de microgotas por minuto: • VOLUME TOTAL A SER INFUNDIDO EM ML • O TEMPO TOTAL EM HORAS VAMOS PRATICAR? 01 – (Residência Multiprofissional- UPE/IAUPE/2020) No posto de enfermagem, existem ampolas de glicose 50% com 20 ml. Quanto de glicose deve ser acrescentado para transformar 250 ml de soro glicosado 5% em soro glicosado 10% ? A- 20 ml de glicose B- 25 ml de glicose C- 40 ml de glicose D- 50 ml de glicose E- 10 ml de glicose @marcosrrim_ @nursingnapratica_ 14 ENFº ANTONIO MARCOS REFRENCIAS: AZEVEDO, D. L. O uso da via subcutânea em geriatria e cuidados paliativos. 2. ed. Rio de Janeiro: 5BGG, 2017. BOYER, M. 1. Math for Nurses: A pocket guide to dosage calculation and drug preparation, Bth, Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins, 2013. BRASIL. Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitária. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Fundação Hospitalar do Es. taco de Minas Gerais. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasilia: Anvisa, 2013 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 200, de 26 de dezembro de 2017. Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação do registro de medicamentos com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, genéricos e similares, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 dez. 2017. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: ANVISA, 2017. BRUNO, V. G. Hipodermóclise: revisão de literatura para auxiliar a prática clínica. Einstein, v. 12, n. 1, p. 122-128, 2015. CARVALHO, R. T.; PARSONS, H. A. Manual de Cuidados Paliativos ANCP. 2. ed. São Paulo: ANCP, 2012. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n° 648/2020. Dispõe sobre a normatização, capacitação e atuação do enfermeiro na realização da punção intraóssea em adultos e crianças em situações de urgência e emergência pré e intra-hospitalares. COREN/SP. Conselho Regional de Enfermagem (São Paulo). Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, administração e monitoramento. 1. ed. São Paulo: COREN/SP, 2017. CRF/RS. Conselho Regional de Farmácia (Rio Grande do Sul). Interações entre medicamentos e tabaco. CRF, 2017. GIOVANI, A. M. M. Enfermagem: cálculo e administração de medicamentos. 15ª ed. São Paulo-SP: Rideel, 2019. HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica. 14. ed. Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 2020. HOCKENBERRY, M. J.; WILSON, D.; RODGERS, C. C. Wong, Fundamentos de enfermagem pediátrica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. LYNN, P. Taylor's clinical nursing skills: a nursing process approach. 5th. Philadelphia: Wolters Kluwer Health, 2019. 2017. PAULA, M. F. C. et al. 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