Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA DE ENSINO FARMACOLOGIA Parte III Livro Eletrônico 2 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br SUMÁRIO Principais Drogas e Ação no Organismo .........................................................3 1. Conceitos Importantes ............................................................................5 2. Classes das Medicações .........................................................................24 3. Tipos de Medicamentos ..........................................................................26 4. Rename ...............................................................................................38 5. Medicamentos de Atuação no Aparelho Circulatório ...................................43 7. Anti-herpéticos .....................................................................................52 8. Antineoplásicos ....................................................................................52 9. Hormônios ...........................................................................................53 10. Medicamentos Que Atuam no Sistema Nervoso .......................................53 11. Eletrólitos ..........................................................................................57 Resumo ...................................................................................................60 Questões de Concurso ...............................................................................76 Gabarito ..................................................................................................89 Referências Bibliográficas ..........................................................................90 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br PRINCIPAIS DROGAS E AÇÃO NO ORGANISMO Introdução Olá, aluno(a), tudo bem? Nesta aula, trabalharemos com as seguintes disciplinas: Conteúdo Aulas Farmacologia (3 aulas) Aula 01 – Conceitos Fundamentais de Farma- cologia: farmacocinética e farmacodinâmica. Aula 02 – Cálculo e Administração de Medicamentos. Aula 03 – Principais Drogas e Ação no Organismo Humano. Todas essas matérias serão abordadas no nosso curso de forma completa com teoria e questões comentadas. Você também poderá lançar mão do fórum de dúvidas para esclarecimentos pertinentes ao nosso conteúdo. A primeira aula deste módulo se refere às bases da Farmacologia, conhecimen- tos iniciais para a realização das demais aulas do módulo. Não esqueça que farmacologia, diluição, vias e medicamentos são as atividades mais comuns da atividade técnica, portanto NÃO EXISTE prova sem esse conteúdo! Durante esse módulo, veremos desde as definições pertinentes ao assunto ao básico de cálculo matemático para diluição de medicações. Um bom técnico de enfermagem domina as técnicas de diluição e administra- ção de medicamentos. Desejo isso: ao final de nosso módulo, você será capaz de calcular e administrar medicações sabendo o que é, para que serve e a quantidade ideal prescrita. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Toda aula será pautada em referenciais teóricos reais e na legislação que auto- riza ao profissional de enfermagem trabalhar com medicamentos. Apresentação da Professora Sou a Professora Ana Carolina Ayres, graduada em Enfermagem pela Univer- sidade Católica do Salvador e Pedagogia pela Universidade Federal da Bahia. Fiz re- sidência em Terapia Intensiva pela Universidade Federal da Bahia. Pós-graduada em Auditoria dos Serviços de Saúde e em Metodologia do Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação. Atualmente, curso pós-graduação em Micropolítica e Gestão do SUS na Universidade Federal Fluminense. Fui concursada do Governo do Estado da Bahia e da Prefeitura Municipal de Salvador. Aprovada em dois concursos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Estou atuando como professora em concursos. Tenho mais de 10 anos de experiência em concursos, sendo aprovada no final da primeira gradua- ção. Atuei no ensino em todas as modalidades. Também tenho 11 anos de experiência assistencial nas unidades críticas e na formação de residentes e especialistas. Ao longo de minha vida docente, percebi a importância da formação e da dedi- cação para a aprovação em concursos públicos. Faço provas e sou aprovada desde o final da década de 1990 e vejo que, quando nos dedicamos ferozmente ao nosso intuito, APENAS uma vaga é necessária! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 1. Conceitos Importantes 1.1. Terapia Infusional É uma técnica e um importante recurso para a ad- ministração de medicamentos, nutrição, soros ou repo- sição volêmica (reposição do sangue que circula pelo corpo). Considerado um procedimento insubstituível e ne- cessário em qualquer tratamento, a terapia infusional é realizada por meio de acessos venosos perifé- ricos e acessos venosos centrais, os quais podem ser intradérmicos, subcutâneos, intramusculares e endovenosos. Os dispositivos intravenosos perifé- ricos podem ser agulhados ou flexíveis, ao passo que os acessos venosos centrais são aqueles com dispositivos totalmente implantáveis. 1.2. Tipos Terapia Infusional − Bolus; − Infusão lenta; − Infusão rápida; − Infusão contínua; − Administração intermitente. • Bolus http://gehosp.com.br/wp-content/uplo- ads/2016/04/infusao-1500x600.jpg O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Refere-se à administração de uma medicação, com objetivo de aumentar ra- pidamente a sua concentração no sangue para um nível eficaz. A administração pode ser efetuada por via intravenosa, intramuscular, subcutânea ou intratecal (WIKIPÉDIA, 2017). Obs.: � Na administração em Bolus os efeitos adversos ocorrem ao mesmo tempo e velocidade que os efeitos terapêuticos (COREN-SC, 2016). • Infusão lenta Na administração lenta podemos interromper imediatamente a administração caso seja observada qualquer reação (COREN-SC, 2016). • Infusão rápida É a administração IV realizada entre 1 e 30 minutos (COREN-SC, 2016): − seringa: infusões em tempo menores; − bureta: infusões em tempo > 10 minutos. • Infusão contínua Administração realizada em tempo > 60 minutos, ininterruptamente (COREN- -SC, 2016). • Administração intermitente Não contínua, por exemplo de 6 em 6 horas. Para este tipo de terapia é impor- tante a preocupação com a manutenção da permeabilidade do cateter que perma- necerá fechado nos intervalos da medicação (COREN-SC, 2016). Para mais informações, ver COREN-SC (2016) e Wikipédia (2017). 1.3. Soluções Antes de tudo, fiqueligado!!! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Segundo Dias (s.d.): • Passo 1 – Você precisa ter conhecimento sobre o procedimento: − checar a prescrição médica, conferindo o tipo de solução, volume e fluxo de infusão desejado; − revisar informações técnicas (incluindo indicação, posologia, efeitos colate- rais etc.) sobre a solução prescrita para administrá-la de maneira segura; − checar se os aditivos e/ou medicações a serem adicionados a solução são compatíveis; − avaliar o acesso venoso do paciente e o entendimento do paciente em re- lação a terapia prescrita. • Passo 2 – Reunir material necessário: − ampola de diluente, frasco ou bolsa com a solução prescrita; − medicação prescrita; − seringa e agulha para aspirar a medicação prescrita; − equipo de soro, se necessário. Quando se está preparando uma solução e o paciente já está recebendo a mesma solução, o equipo só será trocado se o prazo de validade (conforme orientação da Anvisa) estiver vencendo ou se estiver sem identificação; − equipo com bureta, se necessário; se um novo equipo for utilizado, este deve ser rotulado com data, hora de instalação e nome do profissional que o instalou; − algodão com álcool. • Passo 3 – Preparo e administração: − confira a prescrição mais uma vez; − lave as mãos, limpe a área de trabalho e lave as mãos novamente; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br − remova o plástico protetor da bolsa ou frasco de solução; − faça inspeção do frasco para observar possíveis partículas, alteração de cor, rachaduras ou vazamentos, data de validade da solução; − prepare o rótulo da solução conforme a prescrição e anote a data, hora de início da infusão e o nome de quem preparou. Ao colar o rótulo no frasco, lembre-se de que, ao pendurá-lo, este será invertido; − realize antissepsia com álcool a 70% e abra os frascos ou ampolas de medi- camentos ou eletrólitos, aspire com seringa e introduza no frasco da solução; − adapte o frasco ao equipo e instale no paciente, controlando o fluxo de administração; − observe o paciente para sinais de reação adversa ao medicamento ou solução; − documente a troca de soro ou a instalação da solução no prontuário do paciente. Fonte: <http://www.hipolabor.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/05/medicamentos_injetaveis-770x400.jpg>. Alguns medicamentos necessitam de uma diluição maior após a primeira dilui- ção (reconstituição) precisam ser diluídos em volumes maiores, e para isso utiliza- mos frascos de soro de 100 ml ou 250 ml (DIAS, s. d.). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Entre esses medicamentos podemos citar: • Amicacina, cuja diluição recomendada é de 5 mg/ml. Dessa forma, 500 mg devem ser diluídos em 50 ml, e assim por diante: 1g em 100ml. • Vancomicina, diluição recomendada é de 50 ml para 500 mg e a velocidade de infusão de até 10 mg/min, ou aproximadamente 1 hora (8,3 mg/min). • Gentamicina, diluição recomendada é de 50 ml a 100 ml para 80 mg e a velocidade de infusão de 30 min a 2 horas. • Bactrin, diluição recomendada é de 100 ml a 125 ml e o tempo de infusão de 60 a 90 min. Para diluirmos o medicamento em um volume maior, necessitaremos do frasco (ou bolsa) de soro. O soro mais utilizado é o fisiológico 0,9%, mas alguns medicamen- tos são compatíveis também com soro glicosado ou outras soluções, como Ringer etc. (DIAS, s. d.). 1.4. Cateter Heparinizado Quando o cateter estiver anticoagulado, é importante lembrar que a heparina in- terage com muitos medicamentos e é imprescindível a “lavagem” do cateter com soro fisiológico ou água destilada (1 ml é suficiente) para prevenir ocorrências re- lacionadas a incompatibilidades químicas e/ou físicas (DIAS, s. d.). Como heparinizar o cateter Heparinização é a utilização de um agente farmacológico anticoagulante, para a manutenção de uma via de acesso venoso em situações especiais, tais como: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br • pacientes com acesso venoso difícil, que não necessitem de hidratação endo- venosa contínua; • restrição ao aporte de líquidos. Obs.: � Só poderá ser utilizada a heparina em frasco ampola (5.000 U/ml). Vamos praticar um pouco? 1. (FCC/FHEMIG/2013) Com relação à venóclise, analise as seguintes proposições: I – As principais indicações incluem a reposição de líquidos nos casos de hemor- ragias, choque hipovolêmico, desidratação e administração de medicamentos. II – Uma das soluções mais utilizadas para hidratação é a solução de glicose a 5%. III – Selecionar, prioritariamente, vasos de grande calibre nos membros superio- res para a infusão de soluções. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I e II, apenas. Letra c. Das afirmações, observe que a número II se refere à hidratação com glicose a 5%, o que não é verdade. Utilizamos como soluções para hidratação o soro fisiológico 0,9% e, em alguns casos, o soro ringer com lactato. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 2. (FCC/TRT 3ª REGIÃO/2015) Dentre os sintomas que caracterizam a reação piro- gênica à terapia intravenosa ocorrem a) desidratação e hipóxia. b) hipertensão e edema generalizado. c) elevação abrupta da temperatura e calafrios. d) retenção urinária e hipo-hidrose. e) obnubilação mental e sialorreia. Letra c. A reação pirogênica é desencadeada pela presença, na corrente sanguínea, de so- luções contaminadas, infundidas no paciente, contendo endotoxinas ou produtos de degradação proteica. Caracteriza-se pela elevação da temperatura e calafrios. 1.5. Bomba de Infusão A bomba infusora ou bomba de infusão é um dos mais práticos recursos hoje em dia disponíveis em Unidade de Terapia Intensiva, Salas de Emergência e até mesmo em algumas ambulâncias modernas. Através dela, podemos administrar, de maneira totalmente confiável, as drogas, os fármacos mais delicados e os que precisam de mais atenção, de acordo com as vazões ou dosagem em mg/min ou ml/h (EXPERIÊNCIAS DE UM TÉCNICO DE ENFERMAGEM, 2018). É indicada para todo doente com prescrição de infusão de drogas vaso- ativas importantes, sedações contínuas, insulinas, soros demanutenção e O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br reposição eletrolíticas, nutrição parenteral prolongada ou nutrição paren- teral total, dietas enterais, antibioticoterapias rigorosas (EXPERIÊNCIAS DE UM TÉCNICO DE ENFERMAGEM, 2018). Para não esquecer, a BI (Bomba de Infusão) é usada para drogas: Fonte: EXPERIÊNCIA DE UM TÉCNICO DE ENFERMAGEM (2018). A terapia medicamentosa para paciente em estado crítico é diversificada e complexa. Rotineiramente são utilizadas drogas que alteram as funções vitais, acarretando instabilidade hemodinâmica (EXPERIÊNCIAS DE UM TÉCNICO DE ENFERMAGEM, 2018). Por isso, os controles da velocidade de infusão dos fluídos e drogas devem ser ri- gorosos, ainda que alterados inúmeras vezes, dependendo da resposta clínica do pa- ciente. Para garantir a eficácia dessas normas preestabelecidas, é indispensável o uso de bomba de infusão (BI) (EXPERIÊNCIAS DE UM TÉCNICO DE ENFERMAGEM, 2018). Igualmente, drogas utilizadas em “bolus” ou “flash”, isto é, medicamentos ad- ministrados diretamente nos dispositivos de acesso venoso, necessitam de soro O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br fisiológico a 0,9% em seguida para que a medicação alcance mais rapidamente a corrente sanguínea. Contudo, há protocolos variados que dependerão da instituição hospitalar (EXPERIÊNCIAS DE UM TÉCNICO DE ENFERMAGEM, 2018). Principais Drogas em Bomba de Infusão Droga Indicação Ação Efeito Colateral Adenosina (antiarrít- mico) Taquiarritmia supraven- tricular Age na excitabili- dade e na conduti- vidade do estímulo elétrico. Dor torácica, rush facial, cefaleia. Amiodarona (antiarrít- mico) Arritmias supraventri- culares e ventriculares Age na excitabili- dade e na conduti- vidade do estímulo cardíaco. Bradicardia, pigmenta- ção violácea. Alteplase (trombolí- tico) Tromboembolia pulmo- nar, IAM Dissolução do trombo. Arritmias, sangramento e hipotensão. Atropina Atua no sistema paras- simpático Age aumentando a condução do estímulo elétrico; aumenta a frequ- ência cardíaca. Calor, rubor, taquicar- dia e palpitações. Bicarbonato de sódio Correção da acidose metabólica Neutraliza o meio ácido. Pode causar alcalose metabólica. Clopidogrel (antiagre- gante plaquetário) Redução de eventos associados a ateroscle- rose Inibe a agregação plaquetária. Sangramento. Dobutamina (cardiotô- nico não digitálico) Correção do desequilí- brio hemodinâmico Estimula os recep- tores beta adrenér- gicos do músculo cardíaco, aumen- tando a força de contração. Aumenta a frequência cardíaca. Dopamina Correção do desequilí- brio hemodinâmico Aumento do fluxo cardíaco e pressão arterial. Taquiarritmia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Epinefrina Reanimação cardiopul- monar, reações anafilá- ticas e asma Vasoconstrição periférica. Diminuição do débito urinário, visão turva, fotofobia. Estreptoquinase (trombolítico) Tromboembolia pulmo- nar e IAM Dissolução dos trombos. Arritmias, sangramento e hipotensão. Fenitoína (Hidantal) – anticonvulsivante Prevenção de convul- sões Age no córtex motor, inibindo a propaga- ção da crise. Ataxia, nistagmo, diplopia, depleção de ácido fólico. Lidocaína (anestésico local) - antiarrítmico Arritmias cardíacas Age no sistema de condução elétrica do coração. Confusão mental e alteração de comporta- mento. Manitol – diurético osmótico Edema cerebral Age diminuindo o edema por dife- rença de concen- tração. Desidratação, cefaleia, náuseas e vômitos. Midazolan (Dormonid) – benzodiazepínico Sedação, crise convul- siva, miorrelaxante e ansiolítico Age no SNC. Dependência química, ataxia, diplopia, ton- tura, amnésia. Nitratos e nitroglice- rina – vasodilatador coronariano Angina instável e está- vel Vasodilatador arte- rial, diminuindo o consumo de oxigê- nio. Hipotensão e síncope. Nitroprussiato de Sódio – vasodilatador arterial e venoso Emergências hiperten- sivas Vasodilatador arte- rial e venoso. Hipotensão. Noradrenalina – droga vasopressora Choque séptico, situa- ções de baixa resistên- cia periférica Age melhorando a resistência vas- cular periférica, podendo diminuir o débito cardíaco. Cianose de extremi- dades, hipoperfusão renal, mesentérica e hepática. Sulfato de Magnésio (MgSO4) – eletrólito Pré-eclâmpsia, “torsa- des de pointes” Conversão do ritmo cardíaco. Redução da frequência cardíaca e respiratória, hipotonia, hipotensão transitória. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Tirofiban – trombolí- tico TEP, IAM e TVP Dissolução dos trombos em casos de obstrução de vasos sanguíneos. Arritmias, sangramen- tos, hipotensão. Tramadol – hipnoanal- gésico Analgesia Atua nos recepto- res localizados no tálamo, hipotálamo e sistema límbico. Depressão do SNC e respiratório, constipa- ção, náuseas e vômi- tos. Tabela construída baseada no site: EXPERIÊNCIAS DE UM TÉCNICO DE ENFERMAGEM. Drogas utilizadas na UTI, 2018. Fonte: Secoli (2001); Experiências de um Técnico de Enfermagem (2018). 1.6. Cuidados para Administração das Drogas em Bomba de Infusão A partir desse momento, temos um resumo retirado de Experiências de um Téc- nico de Enfermagem (2018). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Esses cuidados são EXTREMAMENTE importantes para a administração de dro- gas na UTI ou em situações de emergência: • estabelecer critérios para diluição das drogas por meio de protocolos institucionais; • observar o aspecto da solução antes e durante a administração; • conhecer a ação, estabilidade e a interação medicamentosa das drogas; • observar incompatibilidade medicamentosa; • realizar preparo prévio da droga antes do término da infusão da droga atual; • calcular a dosagem das drogas em mcg/kg/min; • controlar rigorosamente a velocidade de infusão das drogas; • conhecer quais drogas são fotossensíveis; • conhecer quais drogas aderem ou são absorvidas pelo plástico (neste caso utilizar frascos de vidro ou polietileno e equipo de polietileno); • ter o peso do paciente atualizado; • observar sinais de desidratação antes de iniciar a infusão da droga. Lembre-se de considerar Quantoaos sinais vitais: • observar e comunicar sobre variações dos sinais vitais do paciente por meio de aferição e monitorização contínua; • observar e comunicar alterações do traçado eletrocardiográfico; • realizar leitura de PVC a cada hora ou conforme a prescrição de enfermagem. Quanto ao débito urinário: • controlar volume urinário e observar aspecto a cada hora ou conforme pres- crição de enfermagem; • controlar variações da função renal através da diminuição ou aumento do débito uri- nário, acompanhamento dos valores de ureia, creatinina e clearence de creatinina; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br • realizar rigoroso controle hídrico; • realizar balanço hídrico. Quanto à perfusão de extremidades: • acompanhar variações de pulso e perfusão periférica; • manter extremidades protegidas das perdas de calor; • observar para não garrotear membros; • realizar rodízio de manguito de pressão arterial; • avaliar preenchimento capilar. Quanto ao dispositivo venoso: • administrar a droga de preferência por cateter venoso central, se possível em via exclusiva ou menos manipulada; • lavar a via do cateter com menor volume possível; • restringir número de extensões e dispositivos na via da droga; • manter dispositivo venoso pérvio; • dar preferência para punções de veias calibrosas como veia cefálica ou basí- lica, se acesso venoso periférico; • não administrar outras medicações in bolus pela via utilizada para a infusão da droga; • observar presença de infiltração e sinais de hiperemia local. Chegamos ao momento de parar um pouco de apreender conhecimentos teóri- cos e ver como esses conhecimentos são cobrados nas bancas de concursos. Vale a pena agora uma revisão antes de ler e ver como as questões são pensa- das. Momento ótimo de fazer um esquema, por isso, vou te dar mais uma ajudinha. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Terapia Infusional O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Soluções O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Bombas de Infusão Agora que antecipamos um pouco nossa revisão, vamos praticar!!! 3. (BIORIO/SPDM/2016) A assistência ao paciente em uso de infusão venosa exige cuidados dirigidos às substâncias que estão sendo infundidas e ao local de inserção do dispositivo da punção. Sobre os cuidados de enfermagem nesta situação clínica, analise as afirmativas a seguir: I – Eritema no local de acesso venoso, com ou sem dor, é sinal de flebite. II – Cordão venoso palpável e edema tecidual em depressão são sinais de infiltração. III – Em caso de flebite, o cuidado recomendado é a aplicação de compressas de calor úmido sobre a área afetada. Assinale a alternativa correta: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br a) apenas as afirmativas I e II estão corretas. b) apenas as afirmativas II e III estão corretas. c) apenas as afirmativas I e III estão corretas. d) apenas a afirmativa III está correta. e) as afirmativas I, II e III estão corretas. Letra c. A alternativa II se refere aos sinais de infiltração, mas é um sinal de flebite de grau 3 ou 4. Flebite Inflamação da parede interna de uma veia. Pode ser acompanhada ou não de trombose da mesma. Causas: • traumatismos ou contaminações bacterianas devido a injeções intravenosas de medicamentos ou de drogas; • substâncias químicas irritantes. Segundo Urbaneto et al. (2016), a flebite pode ser classificada de acordo com os fatores causais, os quais podem ser químico, mecânico, bacteriano ou pós-punção. • Mecânica –ocorre quando o movimento da cânula no interior da veia causa fricção e uma subsequente inflamação da mesma, ocorrendo também quando o tamanho da cânula é muito grande para a veia selecionada. • Química –causada pelo tipo de droga ou fluido infundido através do cateter. Fatores como pH e osmolaridade das substâncias têm um efeito significativo na incidência de flebite. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br • Bacteriana –ocorre pela entrada de bactéria no interior da veia, começando como uma resposta inflamatória pela inserção do cateter, com posterior co- lonização por bactérias no local. A flebite bacteriana pode gerar significativas complicações para o paciente devido ao seu potencial de desenvolvimento de sepse sistêmica. • Pós-punção – torna-se manifesta de 48 a 96 horas após a retirada do cateter. A sua ocorrência está relacionada, especialmente, ao material do dispositivo e ao tempo de permanência deste. Escala de Classificação de Flebite Grau Critérios Clínicos 0 Sem sinais clínicos. 1 Eritema no local do acesso com ou sem dor. 2 Dor no local do acesso com eritema e/ou edema. 3 Dor no local do acesso eritema e/ou edema – formação de estria/linha – cordão venoso palpável. 4 Dor no local do acesso eritema e/ou edema – formação de estria/linha – cordão venoso pal- pável > 2,5 cm de comprimento – drenagem purulenta. Tabela construída a partir de: Zago (s. d.). 4. (CONSULTEC/PREF. ILHÉS/2016) A administração de medicamentos é um proce- dimento complexo e exige, da Enfermagem, conhecimentos científicos e habilida- des técnicas. No caso da administração de ampicilina, tem-se, entre outros, como cuidado de enfermagem 01) observar agitação, nervosismo, tendência suicida, alucinações e anginas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 02) monitorar balanço hídrico ou sinais de desidratação, e não deve ser utilizado em gravidez ou lactação. 03) administrar comrapidez para evitar a formação de cristais na agulha de punção. 04) monitorar, no início da terapia ou durante o ajuste da dose, a PA, FC E RC e comunicar ao médico qualquer a alteração. 05) observar arritmias, sangramento e hipotensão Número 03. A ampicilina é um antibiótico semissintético derivado do núcleo fundamental das penicilinas. As penicilinas têm por característica a formação de cristais, portanto, não se deve utilizar a mesma agulha de diluição para administração e sua adminis- tração deve ser rápida (GUIMARÃES et al., 2010). 5. (CEFET BAHIA/PREF. JEQUIÉ/2017) O uso de solução padrão de alguns medica- mentos varia conforme definem os serviços assistências; respeitando, logicamente, os critérios farmacológicos da droga. Neste sentido, verifica-se que vários serviços de cuidados intensivos regulamentam o preparo de solução padrão de noradrenalina com uso de uma ampola desta droga, na concentração de 2mg/4ml, e um frasco de soro glicosado a 5% de 250ml. Considerando a situação acima, é correto afirmar que a) ao dobrar a noradrenalina e manter o volume de soro glicosado, a solução é classificada como concentrada. b) ao dobrar a noradrenalina e manter a quantidade de soro glicosado, esta solu- ção passa a ser duplamente concentrada. c) ao dobrar o soro e utilizar metade da ampola de noradrenalina, esta solução passa a ser de concentração aumentada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br d) ao reduzir a concentração de noradrenalina e aumentar o volume de soro glico- sado, esta solução passa a ser mais concentrada. e) ao reduzir o volume de soro glicosado pela metade e dobrar a quantidade de noradrenalina, esta solução passa a ser menos concentrada. Letra a. A solução de noradrenalina que é utilizada como protocolo em vários hospitais é a de 1 ampola para 246 ml de SG a 5%. Cada vez que se dobra a quantidade da droga, ela recebe o nome de concentrada, duplamente concentrada, e assim su- cessivamente. Aumentar o volume do soro ou diminuir a quantidade da droga não levará ao resultado desejado. 2. Classes das Medicações 2.1. Quanto à Origem • Minerais: cálcio, sódio, magnésio, ferro. • Animais: insulina, heparina. • Vegetais. • Semissintéticas → resultantes de reações químicas em laboratório nos fárma- cos naturais. Ex.: papoula, morfina, heroína. • Sintéticas → produzidas unicamente em laboratório. Ex.: Aspirina. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 2.2. Quanto ao Modo de Ação • Etiológicos → tratam a causa da doença. Ex.: antibióticos, antifúngicos. • Substituição → compensam a deficiência de uma substância. Ex.: insulina, vitaminas, estrogênio. • Sintomático → aliviam os sintomas da doença como febre, dor, edema, insônia. 2.3. Quanto à Natureza da Enfermidade A classificação fisiológica foi adotada pela OMS 1968. Classifica os fármacos pelo sistema do organismo em que atuam. Ex. Drogas que atuam no SNC, genitourinário. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 3. Tipos de Medicamentos Fonte: <http://rede.novaescolaclube.org.br/sites/default/files/importadas/img/geral/tabela-med-03.gif>. 3.1. Analgésicos São de dois tipos: • Narcóticos: opioides agem em nível central, podem causar dependência, constipação e náuseas. Ex.: morfina, metadona, tramadol. • Não narcóticos: agem em nível periférico, dores moderadas. Ex.: dipirona, paracetamol (ação anti-inflamatória e antitérmica). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br E como a AOCP se comporta com esse tema? 6. (AOCP/2015) Opioides são medicamentos usados quando o paciente oncoló- gico apresenta dores de forte intensidade. É comum essas medicações causarem reações indesejadas, as quais devem ser conhecidas pelo enfermeiro para que ele possa avaliar a necessidade dos cuidados em cada caso. São efeitos colaterais es- perados no uso de opioides a) constipação e hipertensão. b) êmese e hipertermia. c) depressão respiratória e prurido. d) hematêmese e vertigem. e) obstipação e hipertensão. Letra c. Em cada alternativa, há um sintoma. Apenas na letra “c” que são apresentados dois sintomas. Vamos nos aprofundar um pouco? Os opioides usados abusivamente produzem um quadro de intoxicação, carac- terizado por sedação, alteração do humor (predominando euforia) e miose (exce- tuando meperidina, que causa midríase) (BICCA et al., 2012). Com o aumento da dose, pode ocorrer uma superdosagem (overdose) acidental (mais frequente) ou intencional (tentativas de suicídio), o que requer atendimento médico de emergência (BICCA et al., 2012). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br No uso regular, via oral, pode apresentar: miose, xerostomia, constipação, di- minuição da diurese, náusea, vômito, sonolência, enfraquecimento dos dentes, di- ficuldade de concentração e de evocação, redução do desejo e do desempenho sexual, dificuldades de relacionamento e problemas no trabalho e financeiros. No uso endovenoso: coceira, sensação de prazer extremo, sensação de calor no corpo, esquecimento “do mundo” e mãos e pés pesados (BICCA et al., 2012). A intoxicação acidental ocorre em pessoas com baixa tolerância à substância, ao uso associado a outras drogas depressoras do sistema nervoso central ou a uma variação abrupta da dose. O quadro clínico da overdose é normalmente agudo, há rápida estimulação cerebral, seguida de depressão do sistema nervoso central, ob- nubilação da consciência ou coma, depressão respiratória, diminuição da atividade cardíaca e, em casos mais graves, convulsões e morte (BICCA et al., 2012). 3.2. Antitérmicos/Antipiréticos São medicamentos utilizados para diminuir a temperatura corporal, causadas por inflamações, infecções e desidratações. Agem inibindo a enzima Ciclooxigenase (COX). Ex.: ibuprofeno, paracetamol, dipirona, AAS. 3.3. Anti-inflamatórios São de dois tipos: • Esteroidais: dexametasona, hidrocortisona. Dexametasona – corticoide. Indicação: diminui o processo inflamatório por meio da retirada no líquido intracelular. Efeitos colaterais: retenção de sódio, hipertensão, aumento de peso. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquertítulo, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br • Não hormonal (AINES): diclofenaco, tenoxican, ibuprofeno, perocoxibe. • Riscos: aumenta a gastrite, causa hemorragias digestivas, contraindicada em insuficiência renal. 3.4. Antigripais São medicamentos utilizados para aliviar os sintomas das gripes e resfriados. Geralmente associados, reúnem em sua fórmula analgésicos, antitérmicos, vi- tamina C e descongestionantes nasais. 3.5. Antiácidos São medicamentos utilizados para combater o excesso de ácido clorídrico no estômago. No processo digestivo, o estômago produz o ácido clorídrico, além de outras substâncias. Devido a alguns distúrbios, há indivíduos que passam a produ- zir esse ácido em excesso, provocando dor e queimação (azia). Os antiácidos aqui citados possuem ação local e praticamente não são absorvidos no intestino, sendo eliminados nas fezes. Os antiácidos de ação local neutralizam ra- pidamente o excesso de ácido clorídrico do suco gástrico, diminuindo a acidez. Ex.: hidróxido de alumínio. 3.6. Laxativos ou Purgativos São medicamentos que facilitam a eliminação das fezes por meio de mecanis- mos variados. São o mesmo medicamento, somente variando a dosagem, ou seja, os purgativos são laxantes em maior quantidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Mecanismo de ação: aumentam o peristaltismo intestinal – Dulcolax, e Laxol. Lubrificam e estimulam a contração do reto – Sup. de Glicerina. Aumentam o volume do bolo fecal – Fleet Enema. 3.7. Antiflatulentos São medicamentos utilizados para eliminação de gases formados pelo trato gastrointestinal. Os gases são formados normalmente no processo de digestão dos alimentos. Em alguns casos, há formação exagerada de gases devido a problemas asso- ciados à alimentação errada, mal funcionamento do estômago e intestino e, ainda, mastigação incorreta dos alimentos. Ex.: Dimeticona. 3.8. Antiespasmódicos São medicamentos utilizados para diminuir a frequência e a força de contração da musculatura lisa, aliviando assim a dor. Ex.: Buscopan e Atroveran. Espasmos são contrações involuntárias da musculatura lisa (estômago, intestino, útero e bexiga). 3.9. Reidratantes Orais São substâncias utilizadas para repor rapidamente água e sais minerais essen- ciais ao organismo, que passam por processo de desidratação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Ex.: Pedialyte e soro caseiro. 3.10. Hepatoprotetores São medicamentos utilizados para a proteção das células do fígado e contri- buem para o equilíbrio funcional do mesmo. Modo de ação: de maneira simplificada, os hepatoprotetores são substâncias ricas em aminoácidos que são usados pelo fígado na produção de enzimas que irão degradar o álcool e as gorduras ingeridas. Ex.: Epocler – associação de vit. B6 (piridoxina) e aminoácidos. 3.11. Antimicóticos e Fungicidas São medicamentos usados no combate a infecções causadas por fungos. Esses medicamentos são amplamente utilizados na clínica humana. Ex.: Cetoconazol. Vamos praticar um pouco?! 7. (FCC/2011) Segundo o Ministério da Saúde, considerando as medicações indi- cadas para tratamento da candidíase oral, é recomendado o bochecho com a sus- pensão oral de a) pantoprazol. b) rosuvastatina. c) metronidazol. d) nistatina. e) sinvastatina. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Letra d. Pantoprazol – reduz a acidez da mucosa gástrica. Rosuvastatina – redução do colesterol. Metronidazol – antibiótico e antiparasitário. Nistatina – Antifúngico. Sinvastatina – redução do colesterol. 3.12. Vitaminas São substâncias essenciais para o bom funcionamento do organismo. Em geral, são obtidas por meio de uma dieta alimentar adequada e são necessárias em pe- quenas quantidades. Alguns produtos apresentam apenas uma ou várias vitaminas associadas. A falta de vitaminas no organismo pode ser resultado de dietas ina- dequadas devido à pobreza, ignorância, tabus alimentares, dentição insatisfatória, má absorção alimentar, necessidade aumentada como em mulheres grávidas, lac- tação, crescimento e certas doenças, como o raquitismo. O uso abusivo, além de ser caro, pode levar a manifestações tóxicas e a reações adversas que são específicas para cada vitamina. • vitamina A – pele, cabelo, visão; • vitamina B – musculatura e nervos, além de participar na formação das hemácias; • vitamina C – radicais livres e imunidade; • vitamina D – absorção de cálcio; • vitamina E – radicais livres e fertilidade; • vitamina KI – coagulação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 3.13. Antibióticos São compostos químicos produzidos por seres vivos e modificados quimicamen- te em laboratórios, sendo capazes de inibir ou destruir as bactérias. Infecção é a agressão causada por um microrganismo, geralmente bactérias e fungos, ao nosso organismo. O uso de antibióticos prejudica a flora intestinal, podendo causar diarreia. Infecções causadas por BACTÉRIAS GRM POSITIVAS são mais comuns no sistema respiratório e as causadas por GRAM NEGATIVAS, no sistema urinário. 3.14. Corticosteroides O cortisol ou hidrocortisona é o principal corticoide (hormônio) produzido pelo organismo. Ele serve para a síntese de outros corticoides mais potentes. A ação anti-inflamatória do corticoide se deve ao fato deste impedir a produção de substâncias mediadoras da inflamação. Os corticoides prejudicam o processo de cicatrização do organismo, visto que este está intimamente ligado ao processo inflamatório. Prednisolona: é um corticoide que possui potente ação anti-inflamatória, antir- reumática e antialérgica. Indicações da Prednisolona: doenças endócrinas, osteoarticulares e osteomusculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hema- tológicas, neoplásicas, e outras que respondam à terapia com corticosteroides. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 8. (FCC/TRT 3ª REGIÃO/2015) Para administrar 0,6 mgde decadron por via endo- venosa, e dispondo de frascos de 4 mg/ml, o volume a ser administrado e os efeitos deste medicamento estão corretamente descritos em a) 0,10 ml; imunossupressor e antidepressivo. b) 0,15 ml; anti-inflamatório e imunossupressor. c) 0,18 ml; colinérgico e anti-inflamatório. d) 0,20 ml; imunossupressor e antidepressivo. e) 0,25 ml; anti-inflamatório e imunossupressor. Letra b. Nesta questão, não precisamos necessariamente calcular (mas é bom para tirar qualquer dúvida), pois os efeitos do decadron ou dexametasona são de anti-infla- matório e imunossupressor. 3.15. Antialérgicos São medicamentos usados principalmente para o controle de certas afecções de fundo alérgico. Os antialérgicos podem pertencer a uma das seguintes classes de medica- mentos: anti-histamínicos, glicocorticoides e outros fármacos como a epinefrina e a pseudoepinefrina. O cloridato de fexofenadina é o único anti-histamínico não sedativo, pois o mes- mo não atravessa a barreira hemato-encefálica. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 3.16 Antidiarreicos A diarreia é a eliminação das fezes numa consistência mais líquida. Os antidiarreicos são medicamentos usados no tratamento da diarreia resultan- te de infecções, ingestão de alimentos estragados, alergias etc. Floratil – recupera a flora intestinal. Imosec – diminui a motilidade intestinal, usado em diarreias de origem emocional ou não infecciosa. 3.17. Antieméticos São drogas que impedem ou aliviam sintomas de ânsia de vômito. O vômito é um mecanismo normal de defesa do organismo. Em caso de vômito e diarreia concomitantemente, dá-se preferência à metoclopra- mida, por ter efeito estimulante sobre o trato gastrointestinal, isto é, dificulta o vômito, mas facilita o funcionamento intestinal, não prejudicando o esvaziamento gástrico. Ex.: Ondansetrona(zofran), metoclopramida, dramim, meclin 3.18. Miorrelaxantes São medicamentos utilizados para o relaxamento da musculatura esquelética. A contração da musculatura deve-se à tensão, ansiedade ou lesões ortopédicas. Existem dois tipos de miorrelaxantes: • MIORRELAXANTES CENTRAIS – agem no SNC controlando o tônus muscular. Ex.: Dorflex. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br • MIORRELAXANTES PERIFÉRICOS – normalmente associados com anestésicos. Relaxantes musculares de ação periférica ou bloqueadores neuromusculares, que atuam interferindo na transmissão a nível da junção neuromuscular e não têm ativi- dade a nível do sistema nervoso central (SNC), são frequentemente usados durante a cirurgia e nas Unidades de Cuidados Intensivos para inibir a contratilidade muscular. Relaxantes musculares de ação central, que atuam a nível do sistema nervoso central, a nível encefálico ou medular, tais como o Carisoprodol, a Tizanidina de mecanismo de ação ainda mal conhecido e o baclofeno, são usados para aliviar dor musculoesquelética e espasmos e para reduzir a espasticidade em várias patologias neurológicas. 3.19. Vermífugos Usados para combate aos vermes, pela expulsão ou destruição. Ex.: mebendazol, anita (nitazoxanida). 3.20. Broncodilatadores Medicamentos que promovem uma maior expansão pulmonar, ou seja, bronco- dilatação, aliviando crises de asma e bronquite. Ex.: Agonistas B; adrenérgicos e Aerolin O efeito colateral mais comum é a taquicardia, principalmente em crianças, sen- do preferível seu uso através de inalação. Metilxantinas – aminofilina e teofilina Possuem ação mais lenta quando tomadas por via oral. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Em asma moderada são usados em associação com outros broncodilatadores. 3.21. Antitussígenos/Expectorantes Os antitussígenos são medicamentos que ajudam a reduzir a frequência da tos- se e os expectorantes servem para eliminar o catarro. A tosse é um reflexo natural de proteção e sua função é expelir substâncias irritantes ou excesso de secreção do trato respiratório. A sua origem pode ser alérgica, irritativa, infecciosa. 3.22. Anestésicos São substâncias capazes de provocar insensibilidade geral ou local, para que o paciente não sinta dor. A grande maioria é de uso específico durante procedimentos médicos ou odontológicos. 3.23. Antidiabéticos orais São medicamentos utilizados para controlar os níveis de glicose no sangue. Ex.: Glibenclamida – estimula a liberação endógena de insulina. Metformina – retarda a absorção da glicose pelo o organismo. Tais medicamentos podem provocar várias reações adversas como coceira, diar- reia, alergias, distúrbios visuais etc. 9. (FUNCAB/2015) Os antidiabéticos orais constituem-se a primeira escolha para o tratamento do Diabetes melitus tipo 2 não responsivo a medidas não farmacológi- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br cas isoladas. As classes farmacológicas com suas respectivas denominações gené- ricas dos hipoglicemiantes orais disponíveis na Relação Nacional de Medicamento (Rename) de 2012 são: a) insulina de ação rápida (regular) e insulina de ação intermediária (NPH). b) antiadrenérgicos (metildopa) e antagonista da angiotensina (losartana potásica). c) betabloqueadores (propanolol e atenolol) e tiazílicos (hidroclorotiazida). d) bloqueadores do canal de cálcio (Nifedipino) e sulfonamidas (furosemida). e) biguanidas (cloridrato de metformina) e sulfonamidas (glicazida e glibenclamida). Letra e. Os hipoglicemiantes orais, segundo o RENAME (veja a seguir!), são divididos em biguanidas e sulfonamidas. As biguanidas são representadas pelo cloridrato de me- tformina e as sulfonamidas são representadas pela glibenclamida e a glicazida, com suas respectivas miligramagens. 4. Rename A Política Nacional de Medicamentos, de 1998, e a Política Nacional de As- sistência Farmacêutica, de 2004, trouxeram a Rename como um dos seus eixos estratégicos, como instrumento racionalizador da prescrição, da dispensação e do uso dos medicamentos. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) é produto do pro- cesso de organização da Política Nacional de Assistência Farmacêutica no SUS nos últimos dez anos (2003-2012), com a ampliação significativa do elenco de medi- camentos disponíveis e com o aumento exponencial do financiamento, garantindo mais acesso, com mais qualidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br39 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br • Política Nacional de Medicamentos Portaria n. 3.916 /1998. • Criação da Comissão Técnica e Multidisciplinar de atualização da Rename (2005). • Lei n. 12.401/2011, que altera a Lei n. 8.080, estabelecendo a assistência tera- pêutica integral, que consiste na dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à saúde. • Portaria n. 1/2015 – Fica estabelecida a Relação Nacional de Medicamen- tos Essenciais (RENAME 2014), no âmbito do SUS, por meio da atualiza- ção do elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medi- camentos Essenciais. 10. (CEFET/PREF. IRECÊ/2017) “A insulina é um hormônio hipoglicemiante e con- trola o armazenamento e o metabolismo dos hidratos de carbono, proteínas e gor- duras” (LIMA, 2004, p. 186). Sobre os cuidados de enfermagem para portadores de diabetes que fazem uso de hipoglicemiantes, analise as assertivas abaixo e identi- fique com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) O rodízio em locais de aplicação de insulina evita formação de hipotrofia. ( ) A aplicação de insulina NPH por via subcutânea está contraindicada para doses entre 80-100 UI. ( ) O controle glicêmico é mais rigoroso para quem faz uso de insulina regular, a qual possui ação lenta. ( ) O uso de insulina regular por via endovenosa exige controle menos rigoroso, por conta do consumo imediato por esta via. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a) V F F F. b) V V F V. c) V F V F. d) F F F V. e) F V V F. Letra a. (V) O rodízio em locais de aplicação de insulina evita formação de hipotrofia. Hipotrofia é a diminuição de volume do órgão. (F) A aplicação de insulina NPH por via subcutânea está contraindicada para doses entre 80-100 UI. Insulina NPH A insulina humana (NPH e Regular) utilizada no tratamento de diabetes atualmen- te é desenvolvida em laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante. A insulina chamada de “regular” é idêntica à humana na sua estrutura. Já a NPH é associada a duas substâncias (protamina e o zinco) que promovem um efeito mais prolongado. Em relação à dose do medicamento, geralmente é o médico que pode ministrar a quantidade. Porém, na bula, está indicado 0,3 a 1,5 U/kg/dia, por via sub- cutânea, 1 a 2 vezes ao dia, pela manhã e à noite. Ajustes de 2 a 4 U por dia podem ser feitos, após 2 a 3 dias de observação. Ao alcançar dose de 40 U/dia, é prudente dividi-la em duas injeções diárias. (F) O controle glicêmico é mais rigoroso para quem faz uso de insulina regular, a qual possui ação lenta. A insulina regular é chamada insulina de ação rápida. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br (F) O uso de insulina regular por via endovenosa exige controle menos rigoroso, por conta do consumo imediato por esta via. Exige controle mais rigoroso. 11. (AOCP/MARILENA/2016) Diabetes Mellitus refere-se a um transtorno meta- bólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da se- creção e/ou da ação da insulina. As insulinas disponíveis no SUS são: a regular e a Neutral Protamine Hagedorn – (NPH). Sobre o uso adequado das insulinas citadas, é correto afirmar que a) a insulina regular é utilizada em tratamento de manutenção para o controle gli- cêmico basal. b) a insulina NPH, também chamada de isófana, é a primeira escolha para o trata- mento do DM tipo 2. c) a insulina regular está indicada em casos de emergência, em combinação com in- sulinas de ação média ou prolongada, ou em tratamento tipo bolus antes das refeições. d) a insulina NPH está indicada tanto em casos de emergência quanto para contro- le glicêmico basal. e) a insulina regular está indicada em casos de cetoacidose, gravidez e trabalho de parto, em combinação com insulinas de ação rápida, ou em tratamento tipo bolus após as refeições. Letra c. c) Correto. a) Errado. É uma insulina de ação rápida. b) Errado. A NPH não é o primeiro tratamento de escolha para o diabetes tipo 2. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br d) Errado. É uma insulina de ação intermediária. e) Errado. Já é uma insulina de ação rápida. 12. (FAUEL/MANDAGUARI/2015) A Glibenclamida é uma indicação terapêutica uti- lizada para pacientes portadores de: a) HIV. b) Hipertensão Arterial c) Diabetes mellitus. d) Tuberculose. Letra c. A glibenclamida e glicazida são as sulfonamidas e a metformina é a biguanida. São representantes dos hipoglicemiantes orais. Associados a insulina, dieta e alimenta- ção representam o tratamento do DM. 13. (AOCP/EBSERH NACIONAL/2014) Sobre as recomendações para o armazenamen- to, transporte, preparo e aplicação da insulina, assinale a alternativa INCORRETA. a) As insulinas lacradas precisam ser mantidas refrigeradas entre 2ºC a 8ºC. b) A insulina não deve ser congelada. c) A seringa e a agulha em uso podem ser mantidas em temperatura ambiente. d) É necessário lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina. e) A agulha deve ser introduzida completamente, em ângulo de 15º. Letra e. A agulha deve ser completamente introduzida em um ângulo de 90º (agulha 13 x 4,5 cm). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 14. (AOCP/EBSERH NACIONAL/2014) O início da ação de uma insulina de ação rápida ocorre entre a) 30-60 minutos. b) 2-4 horas. c) 3-9 horas. d) 7-9 horas. e) 1-2 minutos. Letra a. A insulina de ação rápida deve ter início de ação na primeira hora de sua aplicação. 5. Medicamentos de Atuação no Aparelho Circulatório Dividem-se em digitálicos, antiarrítmicos, anti-hipertensivos, vasodilatadores e antianginosos. 15. (AOCP/EBSERH HUCG/2017) Qual dos fármacos a seguir pode estar associado ao aumento da pressão arterial? a) Polivitamínicos. b) Betabloqueadores. c) Protetores gástricos. d) Descongestionantes nasais. e) Antitireoidianos. Letra d. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.brOs descongestionantes nasais têm ação constritora que podem levar ao aumento da pressão arterial. 16. (AOCP/EBSERH HUCG/2017) Paciente masculino, 56 anos, está com um qua- dro de disfunção erétil, que consiste na incapacidade de obter e manter a ereção peniana suficiente para uma relação sexual satisfatória. Qual das substâncias apre- sentadas a seguir é a única que NÃO causa problemas nesse quadro de disfunção? a) Álcool. b) Antidepressivos. c) Anti-hipertensivos. d) Opioides. e) Inibidores da fosfodiesterase-5. Letra e. Existem cinco classes medicamentosas que pioram a disfunção erétil: opioides, an- tiulcerosos, anti-hipertensivos, antipsicóticos e antidepressivos. Os Inibidores da fosfodiesterase-5 (iF5) constituem hoje a terapia oral mais uti- lizada e atuam promovendo o relaxamento da célula muscular do tecido caver- noso, condição necessária para obtenção da ereção (SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA, 2007). 5.1. Anti-hipertensivos Conceito Medicamentos utilizados para controlar a pressão arterial. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br Deve-se tentar o controle da pressão arterial primeiramente por modificação do estilo de vida, redução de peso, restrição ao consumo de sal, abstenção do fumo e aumento de atividades físicas. Se tudo isso não adiantar, recorre-se ao uso de diuréticos isoladamente ou em associação com outros anti-hipertensivos. Exemplo: Diltiazen – anti-hipertensivo. Indicação: hipertensão. Ação: atua nos canais de cálcio. Efeitos colaterais: hipotensão, arritmias. 5.2. Diuréticos São substâncias que estimulam a excreção de alguns íons e diminuem a re- absorção de água nos túbulos renais, aumentando assim a eliminação de água do organismo. São medicamentos utilizados no alívio de edemas e como coadjuvante no con- trole da hipertensão, bem como nos casos de insuficiência cardíaca congestiva crô- nica, insuficiência renal crônica e hipercalcemia. Alguns diuréticos: • Depletores de potássio – clortalidona e hidroclorotiazida. Podem causar hi- popotassemia e, por isso, muitas vezes são tomados juntamente com sais de potássio. • Poupadores de potássio – espirolactona. Diminuem a excreção de potássio e a reabsorção de sódio. • Diuréticos de alça – furosemida. Também chamados de diuréticos de alta potência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 17. (FCC/TRT 23ª REGIÃO/2016) Um paciente procura o ambulatório para ser me- dicado por via oral com um comprimido de anti-hipertensivo de uso contínuo. Du- rante o atendimento a equipe de enfermagem identifica que a receita médica apre- sentada está fora da validade. Nesta situação hipotética a conduta a ser tomada, de acordo com a orientação do Conselho Federal de Enfermagem, é a) medicar, tendo em vista que se trata de medicação de uso contínuo. b) não medicar e orientar o paciente para retornar a consulta médica. c) comunicar ao profissional enfermeiro chefe da unidade, para validar o procedimento. d) medicar, pois trata-se de medicamento que consta no protocolo nacional do pro- grama de hipertensão arterial. e) medicar e marcar retorno em consulta médica. Letra b. Para responder essa questão, teremos abaixo a Resolução COFEN n. 487/2015, que prevê, em seus artigos 3º e 4º, a proibição e o encaminhamento para avaliação pelo médico. Vamos nos aprofundar um pouco? Resolução COFEN n. 487/2015 O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), no uso das atribuições que lhe são conferi- das pela Lei n. 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia aprovado pela Resolução Cofen n. 421, de 14 de fevereiro de 2012 e CONSIDERANDO a Lei n. 7.498, de 25 de junho de 1986 e o Decreto n. 94.406, de 08 de junho de 1987; CONSIDERANDO a necessidade de atualizar a Resolução Cofen n. 225/2000 que dispõe sobre o cumprimento da prescrição medicamentosa/terapêutica à distância e a Resolu- ção Cofen n. 281/2003 que dispõe sobre repetição/cumprimento da prescrição medica- mentosa por profissional da saúde; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br CONSIDERANDO tudo o que consta nos autos do PAD Cofen n. 853/2014; CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Cofen em sua 462ª Reunião Ordinária; RESOLVE: Art. 1º É vedado aos profissionais de Enfermagem o cumprimento de prescrição médi- ca à distância fornecida por meio de rádio, telefones fixos e/ou móveis, mensagem de SMS (short message service), correio eletrônico, redes sociais de internet ou quaisquer outros meios onde não conste o carimbo e assinatura do médico. Art. 2º Fazem exceção ao artigo anterior as seguintes situações de urgência e emergência: I – Prescrição feita por médico regulador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU); II – Prescrição feita por médico à pacientes em atendimento domiciliar; III – Prescrição feita por médico em atendimento de telessaúde. § 1º É permitido somente ao Enfermeiro o recebimento da prescrição médica à distân- cia, dentro das exceções previstas nesta Resolução. § 2º O Enfermeiro que recebeu a prescrição médica à distância estará obrigado a ela- borar relatório circunstanciado, onde deve constar a situação que caracterizou urgência e emergência, as condutas médicas prescritas e as executadas pela Enfermagem, bem como a resposta do paciente às mesmas. § 3º Os serviços de saúde que praticam os casos de atendimento previstos nos incisos deste artigo deverão garantir condições técnicas apropriadas para que o atendimento médico à distância seja transmitido, gravado, armazenado e disponibilizado quando necessário. § 4º Prescrição feita pelo médico do serviço de Urgência e Emergência pré-Hospitalar fixo. Art. 3º É vedado aos profissionais de Enfermagem a execução de prescrição médica fora da validade. § 1º – Para efeitos do caput deste artigo, consideram-se válidas as seguintes prescri- ções médicas: I – Nos serviços hospitalares, prescrições pelo período de 24 horas; II – Nos demais serviços, as receitas e prescrições com a indicação do tipo de medica- mento, procedimentos, doses e período de tratamento definidos pelo médico; III – Protocolos de quimioterapia, com quantidade de doses e período de tratamento definidos pelo médico. Art. 4º Findada a validade da prescrição médica, os profissionais de Enfermagem pode- rão adotar as seguintes providências: I – Em caso de prescrições médicas hospitalares com mais de 24 horas ou protocolos de quimioterapia finalizados, informar ao médico plantonista, ou médico supervisor/coor- denador da clínica/unidade ou responsável pelo corpo clínico da instituição para tomar providências cabíveis; II – Nos serviços ambulatoriais, orientar o paciente para retornar a consulta médica; III – Nos serviços de atendimento domiciliar, informar ao médico de sobreaviso, ou médico supervisor/coordenador do atendimento ou responsável pelo corpo clínico da instituição para tomar providências cabíveis. § 1º Em todos os casos descritos nos incisos deste artigo, os profissionaisde Enferma- gem deverão relatar por escrito o fato ocorrido, bem como as providências adotadas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br § 2º Os profissionais de Enfermagem que forem compelidos a executar prescrição mé- dica fora da validade deverão abster-se de fazê-la e denunciar o fato e os envolvidos ao COREN da sua jurisdição, que deverá, na tutela do interesse público, tomar as pro- vidências cabíveis. Art. 5º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem. Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as Resolu- ções Cofen n. 225/2000 e 281/2003 e demais disposições em contrário. Brasília, 25 de agosto de 2015. MANOEL CARLOS N. DA SILVA COREN-RO N. 63592 Presidente MARIA R. F. B. SAMPAIO COREN-PI N. 19084 Primeira-Secretária 5.3. Cardiotônicos São medicamentos que aumentam a força de concentração do coração e contro- lam a velocidade dos batimentos cardíacos. Ex.: Digoxina e Ancoron. Insuficiência Cardíaca – o coração bate devagar. Arritmia – o coração bate descompassado. Vamos ver como é cobrado? 18. (PREF VASSOURAS-RJ/2014) A administração de medicamento digitálico está contraindicada em paciente apresentando: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 49 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br a) fibrilação atrial. b) insuficiência cardíaca. c) bradicardia. d) taquiarritmia supraventricular. e) taquicardia. Letra c. Uso de digitálicos A indicação do uso de digitálicos ocorre, principalmente, em casos de disfunção miocárdica sistólica, ou seja, quando o paciente apresenta as denominadas taquir- ritmias supraventriculares. Os digitálicos são contraindicados em casos de obstruções ao fluxo ventricular es- querdo, pericardite, tamponamento cardíaco, taquicardia ventricular, taquicardia ventricular paroxística, doença cardíaca que não apresenta sinais de ICC e quando o eletrocardiograma evidenciar doenças dos nós sinusal e atrioventricular, pois esse medicamento aumenta o inotropismo cardíaco e diminui a frequência cardíaca. Intoxicação Digitálica Os digitálicos produzem frequentemente efeitos tóxicos, que podem ser graves e até letais. A causa mais frequente é a associação com diuréticos que provocam perda de potássio (MINHA TECA, 2012): O tratamento, que deve ser feito com o paciente hospitalizado, inclui monitorização do ECG, suspensão de diuréticos depletores de potássio ou administração de potássio para diminuir a ligação do digitálico ao coração, a qual provoca a intoxicação, além da admi- nistração de um antiarrítmico (MINHA TECA, 2012). Os fatores que predispõem à intoxicação digitálica são: • idade avançada; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 50 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br • hemodiálise ou alterações eletrolíticas; • infarto; • cirurgia cardíaca recente; • insuficiência renal. Os sintomas mais comuns incluem alterações neurológicas (cefaleia, fadiga, ton- tura etc.) e distúrbios gastrintestinais (anorexia, diarreia, náuseas, vômitos etc.) (MINHA TECA, 2012). Para evitar a intoxicação digitálica, a enfermagem deve: • verificar o pulso antes de cada dose de digitálico (não administrar se estiver menor que 60 bpm); • avisar o enfermeiro(a) ou o médico se houver a bradicardia; • reconhecer os sintomas de intoxicação e avisar o médico ou o enfermeiro. 19. (UEL/COPS/2014) Sobre o cuidado de enfermagem na administração de digitá- lico a um paciente com insuficiência cardíaca, assinale a alternativa correta. a) Administrar após as refeições, evitando desconforto gástrico. b) Administrar às 6h com o paciente em jejum. c) Administrar com suco de laranja para maior absorção. d) Verificar o pulso se ≤ a 60 batimentos/minutos. e) Verificar a pressão arterial se pressão sistólica ≥ que 160 mmHg. Letra d. É um medicamento que pode levar a bradicardia, logo devemos verificar o pulso do paciente e comunicar ao enfermeiro se os batimentos forem menores que 60 bpm. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 51 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 20. (FCC/TRT 16ª REGIÃO/2014) O cloridrato de propranolol está indicado, dentre outros, ao paciente que apresenta a) história de doença pulmonar obstrutiva crônica. b) bloqueio atrioventricular de 3º grau. c) asma. d) arritmia cardíaca. e) hipotensão arterial. Letra d. É indicado para paciente com arritmia cardíaca. 5.4. Vasodilatadores Aumentam o diâmetro dos vasos. São usados principalmente para anginas e dor forte no peito e tratam a insuficiência cardíaca congestiva. Ex.: Adalat e Sustrate. 5.5. Antianginosos Os antianginosos são os medicamentos que combatem essas crises. Agem dila- tando os vasos, melhorando o fluxo sanguíneo no miocárdio e diminuindo as neces- sidades de oxigênio, à medida que o fornecimento e o consumo de oxigênio pelas fibras cardíacas se equilibram (PORTAL EDUCAÇÂO, 2013). Ex.: Amiodarona e Verapamil (muito utilizado também como antiarrítmico e anti-hipertensivo). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 52 de 93 FARMACOLOGIA Parte III Prof.ª Ana Carolina Ayres www.grancursosonline.com.br 6. Anticoagulantes Conceito São agentes que prolongam o tempo de coagulação do sangue. São usados em diversos distúrbios cardiovasculares, tais como infarto do miocárdio, embolia pul- monar, doença vascular cerebral periférica e trombose. Ex.: Marevan, Heparina Sódica e Clexane. O coágulo é uma rede de finíssimas fibras que são formadas pelo próprio orga- nismo. A formação do coagulo envolve uma série de reações e de substâncias. 7. Anti-herpéticos São medicamentos de ação paliativa usados para diminuir os sinais e sintomas do herpes. O herpes é uma doença sem cura causada pelo o vírus herpex, muito comum no ser humano, mas que só se manifesta com baixa resistência imunológi- ca. Caracteriza-se por lesões da pele e mucosas. Nunca utilizar pomadas à base de cortisona em herpes, pois pode ocorre piora do quadro clínico. 8. Antineoplásicos São quimioterápicos usados no tratamento do câncer. O objetivo do seu empre- go é a destruição seletiva das células tumorais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Maria - 51770512268, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br
Compartilhar