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Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 1 69 SUMÁRIO SEJAM BEM-VINDOS ................................................................................... 2 TÓPICOS DA AULA DE HOJE 3......................................................................... TÍTULOS DE CRÉDITO ................................................................................. 3 ALGUMAS CARACTERÍSTICAS INERENTES AOS TÍTULOS DE CRÉDITOS ................. 4 PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ........................................................... 4 LITERALIDADE .......................................................................................... 4 CARTULARIDADE ...................................................................................... 4 AUTONOMIA ............................................................................................. 5 CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO ..................................................... 5 QUANTO À ESTRUTURA ............................................................................... 6 QUANTO AO MODELO ................................................................................. 6 QUANTO À CRIAÇÃO .................................................................................. 7 QUANTO À CIRCULAÇÃO ............................................................................. 7 ENDOSSO ................................................................................................. 8 AVAL .................................................................................................... 12 PROTESTO .............................................................................................. 15 DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO CIVIL SOBRE OS TÍTULOS DE CRÉDITO ....................... 16 LETRA DE CÂMBIO ................................................................................... 22 NOTA PROMISSÓRIA ................................................................................. 25 CHEQUE ................................................................................................. 27 DUPLICATAS ........................................................................................... 33 QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................... 39 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................ 63 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .................................. 69 AULA 05 7. NOTA PROMISSÓRIA. CHEQUE. DUPLICATA. – Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 2 69 SEJAM BEM-VINDOS Olá, meus amigos. Como estão?! Não é sem uma grande tristeza que passamos para anunciar o nosso penúltimo encontro de DIREITO EMPRESARIAL PARA O CONCURSO DE AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Hoje, falaremos sobre títulos de crédito. DIREITO COMERCIAL: 1. Empresa. Empresário. Estabelecimento. 2. Microempresa e empresa de pequeno porte (Lei Complementar nº 123/2006). 3. Prepostos. Escrituração. 4. Conceito de sociedades. Sociedades não personificadas e personificadas. Sociedade simples. 5. Sociedade limitada. Sociedades por ações. Sociedade cooperativa. Operações societárias. Dissolução e liquidação de sociedades. 6. Recuperação judicial e extrajudicial. Falência. Classificação creditória. 7. Nota promissória. Cheque. Duplicata. Deixamos nosso e-mail para dúvidas, enquanto surgirem: gabrielrabelo@estrategiaconcursos.com.br Quaisquer dúvidas, por favor, enviem, estamos à disposição. Forte abraço e sucesso! Gabriel Rabelo Gabriel Rabelo Gabriel Rabelo Gabriel Rabelo Gabriel Rabelo Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 3 69 TÓPICOS DA AULA DE HOJE Da aula de hoje, vocês aprenderão basicamente o seguinte: Aula 05: (08 7/2012). 7. Nota promissória. Cheque. Duplicata. /0 Para falar destes três assuntos, precisaremos conhecer um pouco da teoria geral dos títulos de crédito, bem como da letra de câmbio, título de crédito que não veio citado no edital. Comecemos. Boa leitura. TÍTULOS DE CRÉDITO O mundo hoje é vive eminentemente do crédito, do consumo. Não mais consegue andar a sociedade sem que as pessoas (físicas ou jurídicas) se utilizem, com toda a voracidade, de operações mercantis. O crescente desuso da moeda em papel, manual, torna muito mais célere a mobilização da riqueza, exigindo-se, para isso, documentos representativos. Mas o crédito pode ser apresentado de várias maneiras, seja contratual, seja por título, escritura. Contudo, o título de crédito, dentre todos os modos, é o que propicia maiores vantagens em sua emissão, dada a simplicidade, baixo custo e facilidade de cobrança. Mas o que vem a ser o título de crédito?! O conceito, emanado por Cesare Vivante, é o que melhor responde a pergunta. Tanto que o Código Civil encampou sua doutrina para narrar: Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Portanto, o conceito mais recorrentemente cobrado em provas é o seguinte: título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado (Cesare Vivante). Segundo Fábio Ulhoa, os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com a própria obrigação, mas se distinguem dela na medida em que a representam. Assim, deste conceito, devemos destacar: Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 4 69 - O título é um documento. - O título é , isto é, os valores exigidos só podem ser aqueles ali, literal expressamente firmados. - O título é , isto é, se desvincula da relação que lhe deu origem. autônomo ALGUMAS CARACTERÍSTICAS INERENTES AOS TÍTULOS DE CRÉDITOS Diversas são as características que podem ser atribuídas aos títulos de crédito. Listemos algumas: - : por ser título de formalidade mais simples, se Agilidade ou celeridade comparado a outros instrumentosde dívida, e, também, por ser um título executivo, de fácil cobrança. - : a obrigação é conhecida, determinada. Liquidez da obrigação - : os títulos de crédito, em regra, são Caráter quesível da obrigação quesíveis, isto é, deve o credor buscar a satisfação no domicílio do devedor. PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Três são os princípios que se relacionam aos títulos de crédito. Os principais consagrados em nosso direito pátrio são: PRINCÍPIOS DO REGIME CAMBIAL 1) Literalidade Só vale no título o que tiver nele escrito. 2) Cartularidade O exercício do direito ao crédito só vale se o seu beneficiário apresentar o documento (proíbe-se cópias ). 3) Autonomia As obrigações são autonomas, umas em relação as outras. LITERALIDADE Por este princípio, só vale no título o que estiver nele escrito. Sendo o título de crédito um documento, somente aquilo que nele estiver circunstanciado valerá como obrigação, sua data, valor, titular, entre outros dados. Se João é beneficiário de um cheque emitido por Maria no valor de R$ 10.000,00, não poderá alegar que o valor correto a lhe ser pago pela instituição financeira seria de R$ 15.000,00, pois, pelo , só vale princípio da literalidade no cheque o que estiver nele contido. CARTULARIDADE Pelo princípio da cartularidade, o direito à cobrança somente pode ser exercido mediante a apresentação do título. Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 5 69 Ainda, no mesmo exemplo citado acima, imagine-se que o cheque não foi pago, por insuficiência de fundos. Todavia, João perdeu o documento. Porém, astuto que é, providenciou a fotocópia do título. Poderá promover a cobrança com a apresentação de cópia? Não! Pois, segundo o princípio da cartularidade, deve-se apresentar o documento para se exercer o direito. Doutrina vem apontando o princípio da cartularidade como um daqueles que vem sofrendo ligeira relativização, dada a crescente utilização de títulos eletrônicos. De todo o modo, o que há, na verdade, é a substituição de títulos “manuais” pelos eletrônicos. AUTONOMIA Quanto ao , quando se diz que os princípio da autonomia títulos de créditos são autônomos, tal autonomia não se refere à relação de débito e crédito que lhe deu origem, e sim ao relacionamento entre o devedor e terceiros. Há uma independência dos diversos e sucessivos possuidores dos títulos de crédito em relação a cada um dos outros. Cite-se um exemplo. Se X emite uma nota promissória a favor de Y, que a transfere a Z, por meio de endosso. Z será seu legítimo beneficiário, podendo receber o valor na data do vencimento. Não poderá X, no vencimento do título, alegar contra Z que não a paga por ser Y seu devedor de igual ou superior soma, pois, uma vez sendo os títulos cambiários autônomos, o possuidor de boa fé exercita um direito próprio, que não pode ser restringido ou desconfigurado em virtude das relações existentes entre os anteriores possuidores e o devedor. Cada obrigação que deriva do título é autônoma em relação às demais. O princípio da autonomia, por seu turno, se desdobra em dois: SUBPRINCÍPIOS DERIVADOS DO PRINCÍPIO DA AUTONOMIA 1) : qualquer título de crédito colocado em circulação se desvincula Abstração da relação originária que lhe deu causa. 2) : uma Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé vez que as relações cambiais são autônomas entre si, não pode o devedor original do título alegar em juízo as exceções (defesas) pessoais que possui contra o credor original, opondo-as ao portador de boa-fé. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Os títulos de crédito se classificam de quatro modos distintos, a saber: Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 6 69 QUANTO À ESTRUTURA Neste aspecto, pode ser o título de crédito ou ordem ou promessa de pagamento. O título que configura ordem de pagamento é aquele que em que existem três pessoas: aquele que dá a ordem (sacador) ao devedor (sacado), para que o título seja pago a alguém (tomador, beneficiário). Por exemplo, o cheque é emitido pelo sacador (emitente) contra o sacado (instituição bancária), em favor próprio ou de terceiro, e que incide sobre fundos que o sacador dispõe em poder do sacado. A duplicata, cheque e letra de câmbio são exemplos de ordens de pagamento. As promessas de pagamento possuem apenas dois pólos: aquele que promete pagar e o beneficiário do pagamento. Um exemplo de é a promessa de pagamento nota promissória. Estrutura 1) Ordem de pagamento (duplicata, cheque, letra de câmbio) 2) Promessa de pagamento (nota promissória) A ESAF abordou o assunto recentemente, no concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, com a seguinte assertiva: Isso foi cobrado recentemente no AFRFB/2009 (item correto) : (ESAF/AFRFB/2009) O cheque e a duplicata são ordens de pagamento, e a nota promissória é uma promessa de pagamento. QUANTO AO MODELO Os títulos de créditos podem ser classificados em dois aspectos quanto ao modelo, modelo vinculado (cheque e duplicata) (nota e modelo livre promissória e letra de câmbio). Modelo 1) Livre (nota promissória, letra de câmbio) 2) Vinculado (cheque e duplicata) Modelo livre são aqueles títulos para os quais a lei não trata pormenorizadamente de seus detalhes, deixando que alguns detalhes possam variar, mas sempre obedecendo aos requisitos básicos para figurarem como título de crédito (a serem vistos a seguir). Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 7 69 Modelo vinculado são os títulos para os quais a lei traz a forma exata de como deve ser, tal como o cheque. QUANTO À CRIAÇÃO Quanto à forma de criação, ou surgimento, o título pode ser ou causal não causal (ou abstrato). O título é causal quando a lei determina a de sua emissão, surgimento. causa Por exemplo, a duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente de compra e venda comercial ou prestação de certos serviços. Rege-se pela Lei 5.474/1968. É conhecida por ser um , ou seja, encontra-se vinculada à relação título causal jurídica que lhedá origem que é a compra e venda mercantil. Contudo, tão logo emitida, a duplicata deixa de ter nexo com o negócio que lhe deu origem, tornando-se independente. Essa distinção deve estar clara: não obstante se perfaça em título de crédito causal, assim que emitida, deixa de ter nexo com o negócio jurídico que lhe deu origem. Os títulos não causais são aqueles que podem ser emitidos em diversas hipóteses, tal como a nota promissória, cheque e letra de câmbio. Criação 1) Causal (duplicata) 2) Não causal (nota promissória, cheque, letra de câmbio QUANTO À CIRCULAÇÃO Quanto à circulação, os títulos podem ser ou ao nominais, nominativos portador. Os , por sua vez, apresentam subdivisão, podendo se títulos nominais classificar em à ordem, não à ordem. Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 8 69 O título nominal à ordem permite a transferência através do endosso. O título nominal não à ordem é aquele que não permite o endosso, por conter cláusula expressa “não à ordem”. Neste caso a transferência deve ser feita através de . cessão civil do crédito O título nominativo, por fim, é definido pelo Código Civil como: Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente. Basta lembrar das ações nominativas expedidas pelas sociedades anônimas, assunto tratado nas aulas precedentes. Os títulos nominativos diferenciam-se dos títulos à ordem, pois os títulos à ordem podem ser transferidos pelo simples endosso, sem qualquer outra formalidade. Outro detalhe. A lei 8.021/1990 proíbe a emissão de títulos ao portador. Igualmente dispõe o artigo 907 do Código Civil: Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial. Porém, como se vê, o CC ressalva a hipótese de lei especial prever de modo diverso. Para o cheque, a lei 9.069/95, art. 69, confere o direito de emissão de cheque ao portador, desde que o valor seja inferior a R$ 100 (cem reais). Falaremos agora dos diversos atos ou declarações cambiários. ENDOSSO Endosso é o ato mediante o qual se transfere a propriedade de um título. Juridicamente falando, é um ato unilateral, solidário e autônomo, pelo qual se transferem os direitos emergentes de um título. O endosso, além de transferir título, é uma garantia. o Suponhamos que Gabriel emite uma Nota Promissória a Lucas, passando a dever a ele o valor de R$ 100,00. Lucas, por sua vez, deseja efetuar uma compra no valor de R$ 300,00, mas só possui R$ 200,00 em numerários. O que poderá fazer? Poderá o montante de R$ 100,00 constante de seu endossar título de crédito, transferindo os direitos ao vendedor. Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 9 69 De acordo com o Código Civil: Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. Se A emite cheque a B, como pagamento de determinada obrigação que possui, e B resolve endossar este cheque para C, por possuir dívida com C no mesmo valor, transmite-se o direito a ele não só de receber o título de crédito, originário de A, mas também o direito de cobrar em juízo, por exemplo, caso o título não seja quitado. Com efeito, diz-se que a transferência do título implica a transferência igualmente de todos os direitos que lhe são inerentes. Se C quisesse endossar novamente o título, poderia fazê-lo. E assim por diante. Outra pergunta interessante é se o endossante continua responsável pelas obrigações constantes do título. Vejamos: Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. Seguindo a inteligência do artigo 914, o endossante não responde, via de regra, pelo pagamento da obrigação. Porém, não podemos olvidar que o Código Civil é norma geral e pode ser excepcionado por norma especial. Tanto o é que, de acordo com as legislações especiais, o cheque, duplicata, nota promissória e letra de câmbio, são títulos que mantêm o endossante como devedor solidário. Esse tópico foi abordado no concurso para Fiscal de Rendas do RJ/2007, realizado pela FGV, (item correto), com o seguinte teor: De acordo com as disposições do Código Civil, o endossante de título à ordem não responde pelo cumprimento da prestação constante do título, salvo se este contiver cláusula expressa em contrário. Temos: O endosso ocorre com a assinatura do endossante na própria cártula, que pode ocorrer com a indicação do nome do novo beneficiário (endossatário), Impresso por Andre, CPF 013.526.630-07 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 24/08/2020 14:08:24 Direito Empresarial para Auditor Fiscal da Receita Federal Teoria e exercícios comentados Prof. Gabriel Rabelo Aula 05– Prof. Gabriel Rabelo www.estrategiaconcursos.com.br de 10 69 caracterizando o chamado , ou sem a indicação do endosso em preto beneficiário, o denominado endosso em branco. IMPORTANTE: ENDOSSO EM PRETO INDICA O NOVO BENEFICIÁRIO. ENDOSSO EM BRANCO NÃO INDICA O NOVO BENEFICIÁRIO. Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título. Outro detalhe trazido pelo Código Civil, mas que costuma ser em bem cobrado prova, é o seguinte: Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título. § 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado do título, é suficiente a simples assinatura do endossante. no verso Então, o endosso pode ser dado no verso ou anverso (frente) do título. Observem que o parágrafo primeiro trouxe que para a validade do endosso no verso é suficiente a simples assinatura do endossante. Ora, o parágrafo falou sobre o anverso? Não! Concluímos, em interpretação , que a a contrario sensu simples assinatura para endosso feito no anverso não é suficiente para a transferência do título. Devemos expressamente dizer que se trata de endosso, sob pena de ser reputado como aval. Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título. § 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista. SEMPRE CAI EM PROVA!!! SIMPLES ASSINATURA: - No anverso (frente): Aval (Se feito no verso deve indicar expressamenteser aval). - No verso: Endosso (Se feito no anverso deve indicar expressamente ser endosso). Outro aspecto importante é diferenciar o endosso da cessão civil de crédito. De acordo com o Código Civil: Art. 919. A aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil.
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