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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA UROGENITAL

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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA UROGENITAL 
1. CONCEITO 
o Formado por 2 rins (órgão par), 2 
ureteres, bexiga e uretra 
o Começa a ser formado na 4ª semana do 
desenvolvimento embrionário 
o Fim do desenvolvimento: 38ª semana, 
quando todos os néfrons estão formados 
 
2. RIM: 
A. 4ª SEMANA DE DESENVOLVIMENTO 
EMBRIONÁRIO: 
o A partir do mesoderma intermediário 
(porção do mesoderma que fica entre 
o paraxial e o lateral), células se 
diferenciam para formar uma crista 
urogenital. 
o Essa crista urogenital, posteriormente, 
sua porção medial vai se diferenciar 
nas gônadas e sua porção lateral vai se 
diferenciar em uma crista nefrogênica. 
o A partir da crista nefrogênica, vai ter a 
formação do rim primitivo. 
o O rim definitivo, só será formado no 
final de 4ª, início de 5ª semana 
o Só será formado depois que os 2 
rins provisórios foram formados, 
entrarem em degeneração. 
 
B. Início de 4ª semana de desenvolvimento: 
o O mesoderma intermediário, que 
agora já é uma crista nefrogênica, na 
altura dos somitos cervicais, vai se 
diferenciar em uma vesícula renal 
provisória, chamada PRONÉFRON. 
o O pronéfron, possui o ducto 
pronéfrico, que não é funcionante e 
entra logo em processo de 
degeneração = SOME. 
o Enquanto o pronéfron entra em 
degeneração, o 2º par de vesículas 
provisórias vai ser formado (no final da 
4ª semana. 
o Esse 2º par de vesículas provisórias, é 
o MESONÉFRON. 
o MESONÉFRON → É o primeiro rim 
funcional, com glomérulos, túbulos 
mesonéfricos e um ducto 
mesonéfrico que drena urina 
embrionária para dentro da cloaca 
em divisão. 
o A porção causal do mesonéfron, na 5ª 
semana, vai sofrer uma evaginação, formando 
uma estrutura chama de BROTO URETÉRICO. 
▪ BROTO URETÉRICO → Induz o mesoderma 
ao redor, na crista nefrogênica, a se 
diferenciar em um blastema, o blastema 
metanefrogênico. 
o O blastema metanefrogênico vai se 
diferenciar no néfron (em todos os segmentos 
néfricos). 
o O broto uretérico vai se diferenciar no ureter, 
na pelve, nos cálices menores, cálices maiores 
e tubos coletores. 
 
o O blastema forma o néfron. 
 
o O broto uretérico forma o sistema coletor. 
▪ O broto induz a crista nefrogênica a se 
diferenciar em blastema 
▪ O blastema induz o broto a se diferenciar 
em suas estruturas derivadas 
o Inicialmente o broto, quando penetra no 
blastema, se ramifica e vai formar 4 gerações 
de tubos coletores 
o As primeiras 4 gerações de tubos coletores, se 
dilatam e coalescer, dando origem ao cálice 
maior. 
o Mais 4 gerações de tubos coletores 
o Também coalescem e formam os cálices 
menores 
o Outra ramificação em tubos coletores 
arqueados, que induzem o blastema a se 
diferenciar nos segmentos néfricos 
o Primeiro terá uma fase de capuz (capuz 
néfrico), onde as células do blastema formam 
um capuz na extremidade do tubo coletor 
o Depois esse capuz formará uma vesícula, que 
se canaliza e forma os segmentos néfricos (ex: 
túbulo contorcido distal, túbulo contorcido 
proximal, etc.) 
o Na extremidade do túbulo contorcido 
proximal, vasos sanguíneos que são 
ramificações inicialmente das artérias ilíacas, 
vão penetrar e entrar em contato com a 
extremidade mais distal do túbulo contorcido 
proximal, que envolve esses vasos para 
formar cápsula de Bowman e os vasos 
formam então, os glomérulos renais. 
o Temos a formação do túbulo urinífero, que é 
um néfron proveniente do blastema 
metanefrogênico e o sistema coletor que veio 
do broto uretérico. 
o O tubo coletor não faz parte do néfron 
porque ele tem uma origem embriológica 
diferente. 
o A extremidade de cada túbulo coletor induz 
grupos de células mesenquimais do blastema 
a formar pequenas vesículas metanéfricas 
que se alongam e formam os túbulos 
metanéfricos. As extremidades próximas 
destes são invaginadas pelos glomérulos e 
formam o néfron. 
o Fim do desenvolvimento do néfron: 32ª a 38ª 
semana. 
o O rim fetal é um rim lobulado. 
o Após o nascimento, no 1º ano de vida, o rim 
vai perdendo os lóbulos com o 
amadurecimento dos néfrons. 
 
RESUMINDO: 
• O desenvolvimento do sistema urinário 
começa na 4ª semana com a formação de 
uma crista urogenital, que tem uma porção 
medial que vai se diferenciar nas gônodas, e 
uma porção lateral que forma os cordões 
nefrogênicos. A partir dos cordões 
nefrogênicos temos a formação de vesículas 
renais: dois pares de vesículas provisórias 
(que entram em processo de degeneração), e 
um par de vesículas definitivas que são os rins 
definitivos (metanéfron). 
• Pronéfron: Se forma (na altura dos somitos 
cervicais) e degenera. 
• Mesonéfron: Se forma, é um rim 
temporariamente funcionante, e depois 
degenera (não totalmente), sua degeneração 
é diferente nos homens e nas mulheres. 
▪ Homens: Os ductos e túbulos 
mesonéfricos permanecem e se 
diferenciam em túbulos e ductos do 
aparelho genital masculino. Exemplo: Os 
túbulos eferentes derivam dos túbulos 
mesonéfricos. O ducto deferente deriva 
do ducto mesonéfrico. A porção caudal do 
ducto mesonéfrico se envagina para 
formar o broto uretérico, que vai dar 
origem aos túbulos coletores no rim, 
cálices maiores, cálices menores e pelve. 
O pedículo do broto uretérico (de origem 
mesodérmica) que vai se diferenciar em 
ureter. 
▪ OBS: Néfron deriva do blastema 
nefrogênico e o sistema coletor deriva do 
broto uretérico. 
• ORIGEM: MESODERMA INTERMEDIÁRIO 
o Ascensão Renal: 
▪ O pronéfron é formado na altura dos 
somitos cervicais, abaixo dele temos a 
formação do mesonéfron, e na região 
caudal do ducto mesonéfrico, vai ter a 
formação do broto uretérico e rim 
metanéfrico. 
▪ Inicialmente o rim é uma estrutura 
pélvica. Depois, o rim definitivo sofre uma 
ascensão e vai para o abdômen. 
▪ A ascensão ocorre devido a um 
crescimento caudal do embrião que é 
mais proeminente do que do restante do 
corpo, e o rim vai subindo. 
▪ Quando o rim ascende ele sofre uma 
rotação medial de quase 90º, é por isso 
que o hilo renal fica medial em relação as 
bordas laterais do rim. 
▪ Conforme o rim vai ascendendo, a artéria 
renal muda de origem. Inicialmente sua 
origem é nas ilíacas, mas conforme ele vai 
ascendendo, outras artérias renais são 
formadas e as anteriores entram em 
processo de degeneração. 
 
3. BEXIGA: 
o Ainda na 4ª semana de desenvolvimento 
embrionário. 
o A bexiga se diferencia a partir do seio 
urogenital (uma das divisões da cloaca). 
o A cloaca, dilatação caudal do intestino 
posterior, é dividida/septada em uma 
porção ventral e outra dorsal entre a 4ª e 
5ª semana, por um septo mesenquimal 
denominado septo urorretal. A porção 
ventral, o seio urogenital formará parte 
da bexiga e a uretra. 
o Intestino posterior foi formado na 4ª 
semana depois do dobramento céfalo-
caudal e dobramento lateral do embrião. 
o A bexiga se desenvolve principalmente da 
parte vesical do seio urogenital, porém 
seu trígono é derivado das extremidades 
caudais dos ductos mesonéfricos. 
o Partes do seio urogenital: 
▪ Parte superior → Bexiga 
▪ Parte média → Uretra prostática e 
membranoso 
▪ Parte fálica → Pênis 
▪ Trígono Vesical → Ductos mesonéfricos 
o Todo epitélio de transição da bexiga é de 
origem do endoderma (endodérmica). 
o Parte do músculo da bexiga tem origem do 
mesoderma esplâncnico. 
 
4. URETRA: 
o Feminina → Formada pela porção média do 
seio urogenital. 
o Masculina → A uretra prostática e 
membranosa deriva da porção média do seio 
urogenital. 
▪ A uretra peniana, parte dela vem da 
porção fálica do seio urogenital e parte 
vem de um cordão de células 
ectodérmicas, que é formado na região de 
glande, que invade e entra em 
comunicação com essa parte que derivou 
do seio e depois é canalizada. 
o O epitélio da maior parte da uretra masculina 
e de toda uretra feminina é derivado do 
endoderma do seio urogenital. Nos homens, a 
parte distal da uretra na glande é derivada de 
um cordão de células ectodérmicas.JÚLIA MATTOS - LXXIX

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