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Documentoscopia e escrita
Prof. Marcelo Siqueira
false
Descrição Apresentação da Documentoscopia e do papel de suas práticas em investigações da justiça.
Propósito Introduzir a temática da Documentoscopia, explicitando seu papel no processo de investigação como um componente importante da
formação e atuação do perito forense.
Objetivos
Módulo 1
Conceito de Documentoscopia
Reconhecer o papel da Documentoscopia.
Módulo 2
História da Documentoscopia
Identificar as práticas históricas relativas à escrita e à
necessidade de verificar fraudes.
Módulo 3
Perícia e grafologia
Exemplificar conceitos e formulações necessárias à
perícia e à investigação de documentos.
Introdução
A investigação de documentos como prova, seja pela identificação das letras, pelos tipos de papel, pela modelagem
de seus aspectos formais, é um tema clássico. Aparece em filmes, em telenovelas e rende diversos vídeos em
todas as plataformas digitais.

O estudo desse assunto visa introduzir os discentes a um mundo complexo e importante da história, tribunais,
fóruns, arquivos e governos. Tratamos da documentoscopia, uma área singular do conhecimento, com profissionais
especializados e que tem o perfil transdisciplinar. Ao final deste conteúdo, você deverá reconhecer suas práticas,
aprender sobre caminhos que podem ser assumidos, e enriquecer sua relação com futuras atuações profissionais,
reconhecendo quando são necessárias e que tipo de desenvolvimento é feito diante de demandas que envolvam a
Documentoscopia.
1 - Conceito de Documentoscopia
Ao �m deste módulo, você será capaz de reconhecer o papel da Documentoscopia.
De�nição de Documentoscopia
É comum um interesse por parte das pessoas em compreender o que é a Documentoscopia e como ela pode ser
aplicada na prevenção, na identificação, na análise e no combate à fraude documental.
A Documentoscopia é a ciência que averigua, por meio de investigação técnica e científica, a
identificação da autenticidade dos documentos para fins judiciais, sobretudo os criminais,
estando, por este motivo, ligada à criminalística.
Antes de tudo, é preciso entender que a documentoscopia é uma ciência forense e, para compreender o que isso
significa, precisamos lembrar o que cada um desses termos representa:
Ciência
Uma atividade racional constituída por conceitos e princípios específicos, objetos delineados e realizada por meio de uma metodologia definida
e divulgada, com o intuito de se produzir, verificar, testar e/ou comprovar um determinado conhecimento que possua uma validação geral.
Forense
Algo relativo ao foro (tribunal), estando associado a questões jurídicas.
Ou seja, a Documentoscopia é uma atividade de metodologia própria que está inserida no universo judicial, pois tem
como objetivo atestar se determinado documento é verdadeiro, falso ou falsificado, por meio da análise de elementos
inerentes a ele, como a tipologia documental, tipos de suporte, tinta, letra, traçado, assinaturas e estudo de sinais, selos,
brasões etc.
A Documentoscopia, portanto, faz parte do processo analítico da perícia documental, em que são empreendidos
estudos técnicos e análises comparativas, com base no conhecimento especializado de profissional qualificado e do
emprego de equipamentos específicos, para que a autenticidade de um documento seja comprovada e atestada para
fins jurídicos.
Tipologia documental
Divisão de espécie documental que reúne documentos por suas características diplomáticas comuns, natureza de conteúdo ou técnica de registro.
Perícia documental
Processo empreendido por perito especializado, cujo objeto é o documento, independentemente de seu gênero, forma ou suporte, com o objetivo de definir
se ele é verdadeiro, falso ou falsificado, ou estabelecer origem, autoria e datação.
O pro�ssional de Documentoscopia
O profissional documentoscopista pode trabalhar na perícia de diversos documentos, utilizando técnicas específicas,
como:
Grafotecnia
Para a análise de escrita manuscrita.
Mecanogra�a
Para a análise da escrita mecânica.
É notório que, com o avanço tecnológico, muitas formas de defraudações foram aperfeiçoadas, sobretudo com o
advento das ferramentas digitais compartilhadas e obtidas via rede mundial de computadores ou através de softwares e
equipamentos eletrônicos. Entretanto, as fraudes oriundas de processos manuais e mecânicos ainda são inúmeras e
constantes, principalmente no que diz respeito aos documentos contendo informações manuscritas e assinaturas. Esse
fato nos faz refletir sobre a temporalidade da Documentoscopia, que muitos julgam como uma ciência contemporânea,
mas que, na verdade, é quase tão antiga quanto a própria noção de documento.
O conhecimento sobre a história da área não serve apenas para quem deseja dar aulas ou
para quem tem curiosidade sobre seus aspectos. Serve para, sobretudo, quem deseja ser um
perito diferenciado, qualificado, para além de questões técnicas.
Perito diferenciado
Profissional com formação específica, qualificado e capacitado para desenvolver relatórios técnicos que atestem procedimentos, características e
elementos de algo que esteja sob contestação.
Compreender os motivos pelos quais a documentoscopia foi criada, como está se desenvolvendo, se transformando e
se adequando ao longo do tempo, permite ao profissional distinguir os conceitos, utilizar a terminologia correta, aplicar
a metodologia mais apropriada e interagir melhor com outros profissionais que também têm o documento como objeto,
como os arquivistas, diplomatistas, cientistas da informação, entre outros.
Departamento de Grafotecnia da Polícia Nacional do Peru. Identificação de documentos falsificados ou adulterados.
Assim, com esse intuito, iremos apresentar alguns conceitos centrais que permeiam a documentoscopia, explicar sua
origem e evolução, traçar suas relações interdisciplinares e apresentar seu campo de atuação. Lembre-se, quanto
melhor for sua capacitação, maior será sua inserção profissional e suas possibilidades de atuação.
Fraudes bancárias: um estudo de caso
Você já assistiu ao filme Prenda-me se for capaz?
Catch Me if You Can
Direção de Steven Spielberg de 2003.
A história, baseada em fatos reais, aborda a questão da
fraude bancária nos Estados Unidos – e no mundo –
durante a primeira era dos cheques, período em que esses
documentos passaram a estar relacionados a instituições
financeiras, que guardavam voluptuosas somas, e
passaram a surgir pequenas fraudes, como pagamento de
cheques com assinaturas controversas. Cheques
trocados por instituições financeiras, o processo de
fabricação de papeis específicos, séries numeradas e
forma de burlarem estes documentos foram organizados.
No filme, o genial jovem Frank Abgnail Jr. (interpretado por Leonardo DiCaprio), quando foge de casa, observa como
funciona o sistema bancário e passa a explorar suas falhas de segurança. Assim, ele começa sua “carreira” vinculado a
uma empresa aérea e termina seus dias de crime com falsificações em larga escala.
O ator Leonardo DiCaprio e o verdadeiro Frank Abgnail Jr.
A história é fantástica, pois o jovem existe no mundo real
e, depois de preso, será um dos impulsionadores de novas
técnicas de segurança e consultoria do FBI, e mais tarde,
se torna consultor de segurança. Boa parte do que é
retratado no filme é baseada em análise de documentos e
cruzamento de informações.
Existe, claro, na obra artística, um forte grau de criação, mas, ao mesmo tempo, há elementos importantes do que está
sendo rediscutido na contemporaneidade.
Fraudes bancárias e uma introdução
Vamos assistir ao professor Rodrigo Rainha em um react sobre a Documentoscopia e seu papel.
Demonstração
Temos um processo na justiça sobre a propriedade de uma fazenda. A questão versa sobre um documento em que uma
das partes apresenta a indicação de que a fazenda pertenceria a uma família, dada a venda original, que teria
acontecido ainda no tempo do Império. A outra parte nega a venda, afirma que o documento é uma fraudee que
nenhum dos atos ali decorrentes poderia ser considerado correto.
Independentemente de outros aspectos jurídicos, se fosse pleiteada a necessidade de uma
avaliação para verificação da autenticidade do documento, o que deveria ser feito?
As partes poderiam solicitar a devida perícia do documental como etapa da investigação do processo. Lembrando que,
ainda que os responsáveis pela falsificação já não pudessem ser punidos, o efeito das análises realizadas poderia gerar
compreensões diferentes do caso para a esfera jurídica.

Mão na massa
Questão 1
Vamos praticar? Analise os casos a seguir e indique os que necessitam da atuação de um profissional de
documentoscopia.
Chega ao fórum o caso de uma família defendendo sua origem nobre e, por isso, quer o reconhecimento de posse de
todas as terras do antigo barão do mesmo nome. Este caso necessita da atuação de um profissional de
documentoscopia?
Parabéns! A alternativa A está correta.
Não, este caso não depende de uma análise no escopo de definição do que é a documentoscopia, afinal, não discute
autenticidade ou fraude sobre uma documentação.
Questão 2
Chega ao fórum o caso de um filho que deseja o reconhecimento do pai. Leva uma carta de amor, escrita pelo
pretenso pai, pouco antes dos nove meses, falando do amor dele para com a mãe. Este é um caso que pode envolver
documentoscopia?

A Não.
B Parcialmente.
C Depende da interpretação do magistrado.
D Depende se as provas são genéticas ou em papel.
E Sim.
A Sim.
B Não.
C Parcialmente.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Não, este tipo de documento não constitui fraude ou uma prova direta sobre as formas, a maneira como ele poderia
ser exposto. Somente seria uma possibilidade se o debate fosse sobre a assinatura, e de forma muito circunstancial,
mas nada disso está caracterizado.
Questão 3
Um documento é encontrado em uma biblioteca e é datado da Idade Média. A dúvida é sobre período em que ele teria
sido escrito e sua função naquela sociedade. A análise deste documento estaria sob o escopo da Documentoscopia?
Parabéns! A alternativa B está correta.
Não, esta análise deve ser feita peleográfica ou histórica. Assim, não está no campo da criminalística.
Questão 4
Uma família está em litígio pela morte de seu patriarca. Acontece que um dos herdeiros alega que o falecido havia
vendido o carro para ele, inclusive assinando os documentos, mas não deu tempo de registrar no órgão específico.
Outro herdeiro alega que o documento foi falsificado (letra e assinatura) e que o familiar está tentando tomar
vantagem. Este é um caso em que a documentoscopia pode ser acionada?
D Depende da interpretação do magistrado.
E Depende se as provas são genéticas ou em papel.
A Sim.
B Não.
C Parcialmente.
D Depende da interpretação da polícia.
E Depende se as provas são genéticas ou em papel.
A Sim.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Pode configurar um caso de fraude documental, que pode ser cruzada e verificada por meio de análises grafológicas,
tinta, papel. Então, é possível ser acionado um documentoscopista.
Questão 5
Um funcionário de uma empresa de transportes é acusado por seu supervisor de falsificar um atestado médico da
rede municipal de saúde, alterando de 1 para 4 dias de repouso absoluto. O caso é levado até uma delegacia da Polícia
Civil. Este caso necessita da atuação de um profissional de documentoscopia?
Parabéns! A alternativa C está correta.
O caso exige uma perícia e é possível ser acionado um documentoscopista.
Questão 6
Uma senhora de 73 anos vai até uma agência bancária para questionar o débito automático de 45 parcelas de um
empréstimo consignado que desconhece, mas o banco afirma que ela assinou a contratação do empréstimo. Com a
B Não.
C Parcialmente.
D Depende da interpretação do magistrado.
E Depende se as provas são genéticas ou em papel.
A Parcialmente.
B Não.
C Sim.
D Depende da interpretação da Polícia Civil.
E Depende se as provas são genéticas ou em papel.
ajuda do seu advogado, ela recorre à justiça. Este caso necessita da atuação de um profissional de documentoscopia?
Parabéns! A alternativa A está correta.
Como a assinatura no contrato de empréstimo foi falsificada, pode configurar um caso de fraude documental,
podendo ser cruzada e verificada por meio de análises grafológicas, tinta, papel. Então, é possível ser acionado um
documentoscopista.
Vamos re�etir sobre as questões
Neste vídeo, a professora Suelen de Souza explica as questões do mão na massa.
Teoria na prática
O caso da demanda de Documentoscopia em juízo
Vamos ver como eles aparecem na prática, alguns temos que você precisa conhecer no contexto da Documentoscopia e que são parte dos casos apresentados nesta seção.
Esses termos você precisa ser acostumar a reconhece-los no cotidiano da justiça. Consegue elaborar uma situação em que estes seriam pedidos em juízo, ou ainda, quem poderia
solicitar?
Completude – Qualidade de um documento arquivístico referente à presença de todos os elementos intrínsecos e extrínsecos, administrativos e legais, exigidos pelo
produtor e pelo sistema jurídico ao qual está inserido.
Confiabilidade – Característica do documento arquivístico que, a partir de sua completeza, possui a capacidade de garantir que o documento é o que diz ser.
Documento – Informação registrada em um suporte, independente da informação e do suporte.
Documento autêntico – Documento original e que permanece tal qual seu autor o concluiu.
A Sim.
B Não.
C Parcialmente.
D Depende da interpretação do magistrado.
E Depende se as provas são genéticas ou em papel.

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Documento copiado – Documento elaborado ou derivado de um original.
Agora vamos observar como eles aparecem de forma prática?
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Quais características são inerentes à área da Documentoscopia?
Parabéns! A alternativa D está correta.
A Documentoscopia, apesar de histórica como área, hoje remete-se centralmente a aspectos da criminalística, análise
forense, combate a fraudes e perícia criminal.
Questão 2
O profissional de documentoscopia tem uma atuação ampla e uma formação necessariamente multidisciplinar. Sua
principal atuação corresponde à análise de
Mostrar solução
A Análise forense e identificação histórica.
B Perícia documental e ligação à biblioteconomia.
C Ciência medieval e laudo psicotécnico.
D Criminalística e análise forense.
E Combate à fraude e âmbito exclusivamente pessoal.
A validação de assinatura.
Parabéns! A alternativa E está correta.
A relação da Documentoscopia com a criminalística a aproxima frontalmente dos processos relativos à fraude
documental e seus desenvolvimentos, podendo ainda atuar na identificação e colaboração para crimes e afins, quando
demandado.
2 - História da Documentoscopia
Ao �m deste módulo, você será capaz de identi�car as práticas históricas relativas à escrita e à necessidade de veri�car fraudes.
Escrita e autenticidade: antecedentes históricos
Uma breve história da investigação da escrita
Neste vídeo, a professora Suelen de Souza faz uma breve introdução à temática.
B datação de documentos.
C atendimento ao plantão judiciário.
D investigação de crimes contra pessoa.
E investigação de fraude documental.

Para entendermos exatamente sobre o que estamos falando e, a partir daí, compreendermos a Documentoscopia em
sua maior abrangência, torna-se fundamental o conhecimento histórico do desenvolvimento da área, sobretudo, por
meio da contextualização da necessidade que a humanidade sempre teve em distinguir e atestar a veracidade
documental.
É a partir dessa necessidade que, em cada época da nossa história, foi se moldando a evolução das sociedades, e
foram empreendidas inúmeras práticas, desenvolvidas técnicas, elaborados tratados, criadas instituições e
estabelecidas ciências.
O marco que separa a Pré-História da História é a invenção da escrita, pois ela representou o desenvolvimento
econômicoe social das civilizações que estavam se consolidando. Isso se deu por volta do ano 3.000 antes da Era
Cristã, na Mesopotâmia, região onde hoje se situa o Iraque.
Pintura rupestre no Parque Nacional da Serra da Capivara.
Antes da escrita, as formas de registro da interação
informacional eram feitas por meio de desenhos,
símbolos e cores. Foi a partir da invenção desse sistema
codificado, que atribuía para cada ideia, ou som, um
símbolo específico (ideogramas, signos ou letras), que a
civilização humana iniciou seu desenvolvimento mais
estruturante.
Assim, a escrita passou a representar uma forma mais precisa de se registrar e comunicar informações, tornando-se
elemento basilar para a compreensão da sociedade. Por esse motivo, seu surgimento é tido como marco zero da
História.
Pedra Roseta.
Há um fato, entretanto, pouco percebido nessa explicação. Se a escrita é a materialização da voz, de uma ideia, de um
pensamento ou de uma atividade, ela só consegue se expressar quando está na forma de registro, ou seja, quando ela é
documento. Muita gente confunde a palavra documento com a ideia de que ele representa um registro oficial e de
grande importância, sobretudo probatória. Porém, o conceito de documento é mais abrangente, pois significa:
Qualquer informação registrada em um suporte material.
O Conselho Internacional de Arquivos define documento como “a informação registrada, independentemente do tipo de
suporte ou de suas características”. Já o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa o define como a “declaração escrita
que se reconhece oficialmente como prova de um estado, condição, habilitação, fato ou acontecimento”, e também pode
ser um “texto ou qualquer objeto que se colige como prova de autenticidade de um fato e que constituiu elemento de
informação”.
Arquivos
Arquivologia é a ciência que estuda os arquivos em sua integralidade, ou seja, sua natureza, funções, teorias, métodos, técnicas e aplicações a serem
observadas em sua formação, constituições, produção, organização, guarda, processamento técnico, preservação, utilização e difusão.
Livro dos Mortos, primeiro livro egípcio em papiro. Tinha como objetivo registrar rituais de passagem das almas durante sua viagem para o Além (região dos
mortos). Cerca de 2.000 a.C.
Podemos perceber que a ideia de documento está associada ao registro de uma informação que se pressupõe ser
importante, constituindo-se como prova de algo e que, portanto, possui autenticidade. A origem etimológica da palavra
documento também revela sua importância. Documento é oriundo do termo latino documentum que, por sua vez, é
derivado de docere, cujo significado é ensinar (docere deu origem aos termos docência, referente ao magistério e a
docente, o mesmo que professor).
Resumindo
O documento é algo que prova, mas que também ensina, ou que ensina com o intuito de provar.
Escrita e lei
O sentido jurídico probatório do documento exigia, porém, a confirmação de sua veracidade. A chancela de que aquele
registro, produzido pela materialização da escrita e que continha informação relevante para a prova de uma ação, direito,
posse ou atividade, deveria ser aceita e reconhecida pela coletividade na forma de distinguir o que era verdadeiro do que
não era. Mas como atestar a autenticidade de um documento? Se hoje há muitas formas de falsificá-los, como
garantiam a veracidade documental no passado?
Para além dos documentos administrativos da burocracia cotidiana, havia os documentos fundadores, os preceitos
religiosos, as normas dinásticas e os documentos que atribuíam o poder. Esses documentos eram percebidos como
advindos do poder divino, emanados pelos deuses ou por seus representantes na Terra, como os reis, faraós, líderes
religiosos etc.
A autenticidade, portanto, era uma atribuição divina.
A forma como a autenticidade era atribuída precisou ser ampliada, revista e melhorada, devido a fatores como:

As mudanças políticas

O aumento da produção
documental

A necessidade da garantia de
veracidade de outros
documentos
Para tal, foram criados os arquivos, lugares institucionais que por sua importância ficavam localizados nos palácios
reais e templos religiosos. Tanto na Antiguidade ocidental como na oriental, a autenticidade passou a ser uma
característica atribuída ao documento em virtude do local em que ele era depositado e guardado para preservação: o
arquivo. Portanto, quando havia a necessidade de legitimar os documentos, no intuito de atestar direitos e deveres, ele
deveria ser depositado nos arquivos situados nos templos, palácios ou nos prédios públicos destinados a este fim,
garantido fé pública por serem considerados, a partir deste ato, “monumentos incorruptíveis”.
Assim, a autenticidade do documento passou a ser atribuída pelo lugar, pelo arquivo.
Com a ascensão do Império Romano, o ato escrito ganhou muita importância, devido à gigantesca estrutura
administrativa necessária para controlar os vastos territórios que compunham o império.
Curiosidade
O Direito Romano desenvolveu-se e, ainda hoje, serve de base para as legislações ocidentais, mesmo com o colapso do império, no século V.
No Império Bizantino, sucessor da parte oriental do Império Romano, houve a percepção de que uma expressiva
quantidade de documentos falsos estava sendo depositada nos arquivos, com o intuito de validá-los. Em relação a essa
e outras situações de caráter administrativo, o Imperador Justiniano I editou um código jurídico contendo inúmeros
dispositivos legais, dentre eles o Redactio in Mundum, diretriz que estabelecia a forma com a qual o documento jurídico
deveria ser redigido para garantir seu valor legal e probatório.
Nessa mesma época, no século VI, um bispo católico
francês chamado Gregório de Tours (que se tornaria, anos
depois, santo) promoveu uma ampla investigação sobre
as assinaturas, a caligrafia e outros aspectos gráficos e
materiais de documentos referentes ao rei merovíngio
Chilberto II, concluindo por sua falsidade.
São Gregório e Rei Chilperico I – ilustração em Grandes Chroniques de France
de Charles V, século XIV.
Esse trabalho é tido como a primeira análise sistematizada de perícia documental e inaugurou aquilo que os
historiadores chamam de crítica documental, ou seja, a averiguação consistente de que um determinado documento
possui as qualidades que atestam sua veracidade.
Com o advento do feudalismo na Idade Média e a pulverização política-administrativa na Europa,
a autenticidade do documento passou a ser atribuída pela autoridade local e não mais pelo local
onde ele era depositado.
Para tanto, uma série de elementos de validação começaram a ser exigidos, como o aporte de selos, assinaturas
desenvolvidas e rebuscadas e a presença de funcionários públicos ou religiosos no ato de confirmação do ato de feitura
ou conclusão do documento.
Falsários, falsi�cações e seus algozes
Entretanto, as falsificações continuaram frequentes, cada vez mais elaboradas e praticadas entre os poderosos, como
ordens religiosas, membros da Igreja, senhores feudais e até mesmo reis e imperadores, que tinham como objetivos o
maior enriquecimento, prestígios diversos e o aumento do poder por meio da aquisição fraudulenta de terras e títulos de
nobreza, por documentos falsos e falsificados, como testamentos e certidões.
A Igreja Católica era extremamente importante na Europa medieval e detinha enorme poder. Na passagem do século XII
para o XIII, o Papa Inocêncio III editou duas bulas (documento emitido pelo Papa) que visavam ao combate ao
crescimento da adulteração de documentos da Igreja.
Na Idade Moderna, as disputas em torno da autenticidade de documentos eclesiásticos atingiram um nível tão elevado
que as ordens religiosas mais importantes, como a dos jesuítas e a dos beneditinos, passaram a promover estudos
aprofundados, em que defendiam a autenticidade dos documentos em sua posse e, ao mesmo tempo, questionavam a
veracidade dos documentos das outras ordens.
Esses documentos eram, em sua maioria,referentes à história dos santos católicos e sua importância estava
relacionada à sua relevância.
Quanto mais relevante era o santo e os registros atribuídos a ele, maior era o prestígio da
ordem na qual ele era vinculado, o que resultava em maiores doações e devoções.
Em 1643, o jesuíta belga Jean Bolland publicou os Acta Sanctorum, um vasto conjunto de livros sobre os santos da
Igreja Católica, cujo objetivo era separar os fatos reais das lendas que os cercavam.
Para isso, Bolland e sua equipe promoveram um amplo
estudo documental em bibliotecas e arquivos religiosos.
Seu sucessor foi o padre belga, e também jesuíta, Daniel
van Papenbroeck, que fazia parte da equipe de Bolland e
publicou, em 1675, o segundo volume dos Acta
Sanctorum. A introdução desse segundo volume, assinada
por Papenbroeck, trazia uma relação com oitos princípios
básicos sobre a autenticidade de documentos antigos em
pergaminho. Tais princípios, que haviam sido aplicados
nos documentos utilizados no segundo volume dos Acta
Sanctorum, levaram Papenbroeck a declarar como falso
um importante documento atribuído ao rei francês
Dagoberto I, gerando desconfiança sobre a autenticidade
 Licet ad Regimen (editada em 1198)
Discorria sobre os métodos utilizados pelos falsificadores para produzir documentos falsos ou adulterar documentos autênticos,
dando-lhes novos significados.
 Pride ad Bulae (editada em 1201)
Discorria sobre a técnica para distinguir documentos verdadeiros dos falsos, estabelecendo penas para quem praticava a
adulteração ou se valia da mesma. O Papa Inocêncio III é tido como precursor das ciências documentais e suas bulas como
precursoras da sistematização de técnicas periciais documentais.
de inúmeros documentos merovíngios e da Ordem
Beneditina na França.
O estudo de Papenbroeck foi considerado uma afronta pelos beneditinos e acirrou os ânimos entre as ordens religiosas,
iniciando o período conhecido como Bella Diplomatica, termo em latim que significa a Guerra da Ciência dos Diplomas,
ou “guerra documental”.
Como resposta ao que estava escrito na introdução dos Acta Sanctorum, o monge francês beneditino Jean Mabillon
empreendeu o maior estudo realizado até então sobre os documentos, investigando suas formas, tipologias, origens e
maneiras de validação, e analisando, detalhadamente, como se deveria observar os elementos extrínsecos e intrínsecos
do documento, para atestar sua veracidade. Esse estudo foi publicado em 1681, em seis volumes, nominado de De Re
Diplomatica, que significa algo próximo de “sobre os documentos”.
Diplomatica
Ciência que estuda a gênese, forma e transmissão de documentos, analógicos e digitais, e sua relação com os fatos representados e com seu autor,
objetivando identificar, avaliar e comunicar sua natureza, bem como atestar se estes são verdadeiros, falsos ou falsificados. Trata da estrutura formal dos
documentos, determinando sua autenticidade e tipologia.
Paleogra�a e Diplomática
O primeiro volume de De Re Diplomatica apresentou a
metodologia empreendida para crítica documental.
Utilizando diferentes tipos de documentos como exemplo,
Mabillon analisou a linguagem empregada em cada um
deles, bem como o tipo de escrita e as tintas utilizadas, o
uso e as formas de abreviaturas e símbolos, a aplicação
de selos e as formas de datação, entre outros aspectos.
Os quatro volumes seguintes propunham a criação dos
princípios diplomáticos e a forma como seriam aplicados.
Por fim, no último volume, o autor apresentou uma série
de exemplos, com cerca de 200 itens, em que apontava
como a autenticidade do documento poderia ser
realmente aferida.
A obra de Mabillon, que tinha como intuito provar a autenticidade dos documentos beneditinos, por meio de um amplo e
definitivo estudo sobre a gênese e a tramitação dos documentos, teve forte impacto não só na comunidade eclesiástica,
mas em todo universo documental e arquivístico. A publicação de De Re Diplomatica é considerada ainda hoje como o
evento que demarcou as origens das duas ciências que passaram a sistematizar o estudo documental:
Diplomática
Estuda a veracidade e a tipologia dos
documentos.
Paleogra�a
Estuda escrita e caligrafia com intuito de
promover a leitura, a transcrição e a
interpretação dos documentos.
É interessante destacar que o termo “paleografia” não aparece em nenhum dos seis volumes da obra de Mabillon, mas o
autor ressalta a importância do estudo, da compreensão e da análise da escrita como forma de promover o

entendimento correto da informação contida no documento e de se atestar a veracidade por meio de aspectos
comparativos e de características específicas da caligrafia do pretenso autor. Ou seja, embora a termo não tenha
surgido nesse momento, sua metodologia foi apresentada e introduzida no âmbito da análise documental.
Em 1708, outro intelectual religioso francês, Bernard de Montfaucon, publicou um livro intitulado Paleographia Graeca,
em que sistematizava técnicas conhecidas de análise de textos, tipos de escritas e caligrafias, para identificar, ler,
transcrever e interpretar documentos gregos ou escritos naquela língua. Vale ressaltar que a maior parte dos
documentos antigos da Igreja era escrita em grego, bem como muitas de suas falsificações. É na obra de Montfaucon
que se estabeleceram as primeiras normas de leitura e transcrição, criando uma metodologia que servirá de base para o
desenvolvimento da área paleográfica.
Paleogra�a
A análise paleográfica é o estudo de um manuscrito sob todos os ângulos pertinentes à Paleografia, sejam eles aspectos caligráficos, grafismos,
características materiais ou complementares e contextos administrativos e históricos.
Paleographia Graeca.
A Paleografia constitui-se na disciplina que estudava as formas de escrita (cursiva, gótica, carolina, processual etc.), o
suporte em que a informação estava registrada (papiro, pergaminho, papel etc.), os materiais e instrumentos para a
escrita (pincel, pena, lápis, caneta etc.), as tintas utilizadas, a evolução das letras e dos números, os tipos de caligrafia,
as assinaturas e rubricas, os traços de validação, as abreviaturas utilizadas, os símbolos, o vocabulário, e tudo que
possa contribuir para o esclarecimento da história dos documentos, do contexto histórico (temporal, espacial e cultural)
em que foram produzidos, objetivando a perfeita leitura e a correta transcrição para posterior interpretação e análise.
Comentário
Existe, porém, um equívoco em afirmar que a Diplomática e a Paleografia foram criadas do zero, a partir das obras de Mabillon e Montfaucon, pois o
que houve, na verdade, foi a sistematização do conhecimento técnico já existente por meio de legislações canônicas, procedimentos legais tratados de
sigilografia (estudo dos selos e sinetes usados para identificação e validação de documentos) e pesquisas diversas.
Contudo, torna-se inegável que as obras mencionadas são de extrema importância para as ciências documentais e para
a análise pericial dos documentos.
Já nessa época, a utilização de outras disciplinas e técnicas correlatas na análise pericial foi fundamental para que a
crítica à sinceridade dos atos e à autenticidade dos registros fosse realizada corretamente. Isso fez com que o estudo
empreendido fosse mais amplo, profundo e preciso. Dentre essas disciplinas, destacam-se:
Cronologia
Estudo das formas de medição do tempo e suas divisões.
Numismática
Estudo de moedas, cédulas medalhas.
Antroponímia
Estudo da etimologia dos nomes próprios.
Epigra�a
Estudo de inscrições lapidares.
Heráldica
Estudo de emblemas e brasões.
Sigilogra�a
Estudo de selos e sinetes.
Caligra�a
Estudo da forma pessoal como cada indivíduo imprime ao escrever.
Além disso, a contextualização histórica era empreendida para que houvesse uma relação lógica entre o registro e o fato
mencionado.
Para os beneditinos do início século XVIII, o objetivo da Diplomática era o julgamento da veracidade dos antigos
documentos contidos nos arquivos,pois ela estava intimamente ligada às questões sobre autenticidade. Contudo, no
decorrer das décadas seguintes, ela foi sendo estruturada, sobretudo pelas instituições germânicas, como instrumento
jurídico para a feitura e validação de novos documentos.
Em diversos países europeus, principalmente na Itália,
começaram a surgir escolas superiores de Diplomática e
Paleografia, de cunho erudito, voltado ao estudo e à
prática do pensar e fazer arquivístico, que colaboraram
para a criação dos Arquivos Nacionais e para a formação
dos arquivistas, a partir da consolidação do Estado
Moderno, no final do século XVIII, e das independências
das ex-colônias europeias nas Américas, incluindo o
Brasil.
Cortile del Belvedere – Escola de Paleografia, Diplomacia e Arquivos do
Vaticano.
No século XIX, a Diplomática, a Paleografia e as demais ciências documentais perderam autonomia e importância, a
partir de sua introdução nas universidades de Direito e, sobretudo, de História, além do advento da História Positivista
(em que é fundamental o documento escrito, para a história das nações e da construção de uma identidade nacional),
pois passaram a se desenvolver como ciências auxiliares do historiador. Veja uma breve cronologia:
Com o surgimento das novas tecnologias de informação e comunicação, sobretudo as oriundas do universo digital,
novas discussões sobre as questões ligadas à autenticidade e à confiabilidade dos documentos digitais surgiram. A
partir desse debate, empreendido por arquivistas, cientistas da informação, administradores e informatas, os estudos
conceituais e a aplicabilidade das teorias da Diplomática foram renovados e seus princípios novamente utilizados.
Estudo de caso – o caso Mark Hofmann
A venda e circulação de documentação são acompanhadas por uma série de medidas que buscam legitimar sua origem
e coibir possíveis falsificações. Entretanto, por vezes, esse mercado é ponto de encontro de uma série de crimes e
investigações. Alguns casos ficam famosos por seu impacto no mundo das artes ou em fraudes fiscais, mas outros
ganham maior destaque por mexer com a crença das pessoas.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida pela expressão Mórmon, remete suas origens ao
relato de Joseph Smith Jr. que afirma ter tido uma visão, em 1820, ao se encontrar com um anjo e, posteriormente,
receber placas de ouro com inscrições que, segundo o dogma religioso, foram copiadas e se tornaram o livro dos
mórmons. Durante a segunda metade do século XX, havia um importante mercado de especialistas e missionários
incumbidos de localizar documentos históricos. A circulação desses documentos religiosos se dava por compra e
venda de dignitários mórmons e também para o arquivo e biblioteca que a igreja mantém.
Dignitários
Pessoas que ocupavam altos cargos civis ou religiosos.
Neste contexto de mercado de documentos históricos
mórmon, o negociador de documentos Mark Hofmann
ficou conhecido, durante a década de 1980, pela
descoberta do que chamou de "Carta da Salamandra". A
venda do documento à Igreja dos Santos dos Últimos Dias
foi intermediada por dignitários mórmons e colocou
Hofmann como expoente do mercado de compra e
vendas de documentos religiosos mórmons. Até 1985,
Hofmann comercializaria documentos para a Igreja e
outros colecionadores com certa tranquilidade.
Entretanto, a “descoberta” da "Coleção McLellin", que
contaria com capítulos esquecidos dos livros dos
mórmons, causou grande debate na teologia da igreja,
bem como na vida da comunidade.
Século XIX
As ciências documentais
(Diplomática e Paleografia, entre
outras) perdem seu status de
imporância e autonomia.
Final do século XIX
Por meio de tratados e obras
referências, que tinham por base
a Diplomática e a Paleografia,
surgiu a Arquivologia como área
voltada aos arquivos.
Século XX
A Diplomática e a Paleografia
perderam prestígio face às
novas demandas, principalmente
a gestão documental, área
contemplada pela Arquivologia e
pela Administração.
Em 1985, uma série de três explosões e homicídios atingiu membros do mercado de compra e vendas desse tipo de
documento. Tendo sido vítima de uma dessas explosões, Mark Hofmann e a sua propensão a descobertas de novos
documentos virou ponto central das investigações.
Policiais revistando o carro de Mark Hofmann.
A investigação das explosões e homicídios levou à
descoberta de um esquema de fraudes e falsificações,
marcado pela sofisticada técnica de Hofmann para forjar
a tinta usada para a escrita dos autógrafos falsos, o uso
de papéis do século XIX e processos de aceleração de
envelhecimento.
Os peritos ligados à promotoria apontaram a falsificação da “Carta de Salamandra” por meio de diferentes técnicas,
como a aceleração do envelhecimento da tinta, a fórmula da tinta usada no séc. XIX nos EUA e Reino Unido, utilização
de papel do séc. XIX, entre outros.
Demonstração
Será que este tipo de relato fica restrito ao cinema? Não, longe disso. Um caso real será apresentado no vídeo a seguir.
Solucionando casos reais
Neste vídeo, o caso será detalhado.
Mão na massa
Questão 1
A investigação da falsificação de documentos deve levar em conta múltiplos aspectos da produção e da circulação de
um documento. Sobre a história do falsificador Mark Hofmann, assinale a assertiva correta à luz da noção de
autenticidade:


A
A exploração de um mercado de compra e vendas de documentos específico possibilitou o
desenvolvimento de técnicas que dificultaram as investigações.
Parabéns! A alternativa A está correta.
A investigação da falsificação de documentos deve levar em conta aspectos múltiplos da produção e circulação de
um documento.
Questão 2
Sobre a história do falsificador Mark Hofmann, à luz da noção de autenticidade, assinale a assertiva correta:
Parabéns! A alternativa A está correta.
B
Mark Hofmann atuou na falsificação de diversos documentos de épocas diferentes, pois conhecia o
padrão universal das documentações.
C
A falsificação é um crime em si, e não cabe ao documentocopista observar o contexto em que o crime
está envolvido.
D
A falsificação, neste caso, foi uma exceção, não devendo ser um caso típico por se afastar da
criminalística.
E
A falsificação religiosa é um fundamento da investigação, sendo seu principal campo de
desenvolvimento.
A
A compra e a venda de documentos falsificados estavam relacionadas a um mercado de documentos
históricos já estabelecidos.
B
Os tipos de crimes relacionados à documentação são recorrentes e sempre iguais, como o caso
revela.
C O caso demonstra que a falsificação de documentos é sempre uma ação pessoal e centralizada.
D
A compra de falsificação demonstra que somente grupos ultra especializados fazem fraudes e sempre
por coisas grandiosas.
E
A compra e a venda de documentos é algo raro, comparado a imagens ou roubo de dados, que são
muito mais ricos e importantes.
O caso de Mark Hofmann aponta que a falsificação desses documentos estava relacionada a um efervescente
mercado de documentos históricos vinculados aos primeiros fiéis e origens da igreja. Esse mercado estava
relacionado a dignitários mórmons e à biblioteca que a igreja mantém.
Questão 3
O caso de Hofmann é conhecido pelo desenvolvimento de diferentes técnicas na produção do documento por parte do
falsário. A variação de técnicas adotadas mostra que:
Parabéns! A alternativa E está correta.
Destacamos a aceleração do envelhecimento da tinta, a fórmula da tinta usada no séc. XIX nos EUA e Reino Unido,
utilização de papel do séc. XIX, entre outros.
Questão 4
O campo de estudo da falsificação de documentos deve ser pensado como algo:
A O foco da veracidade reside no que está escrito.
B O foco está no tipo de material.
C O foco está no tipo de tinta.
D O foco está no tipo de grafia.
E O foco está em associar materiais diversos para encontrar as informações.
A Da Antiguidade.
B Do Medieval.
C Da Era Moderna.
D Da contemporaneidade.
E De espaços e tempos diversos, desdeque nos organizamos em sociedade.
Parabéns! A alternativa E está correta.
A passagem do tempo sempre viu o processo de falsificação, mas as ciências e a leitura sobre o que isso significa
mudam ao longo do tempo.
Questão 5
O caso de Hofmann e o mercado de documentos mórmons é resultado também do conhecimento do campo de
estudo de investigação da falsificação. Que técnica deste campo o falsário usou a seu favor?
Parabéns! A alternativa C está correta.
Ao conseguir a legitimação do documento conhecido como Carta de Salamandra, Hofmann usou a técnica da
comparação de documentos a seu favor, uma vez que estabeleceu um documento falso como margem de análise.
Questão 6
O trabalho desenvolvido por um ou mais especialistas, com o objetivo de fornecer elementos técnicos que permitam a
tomada de decisão quanto a um fato, ação ou objeto, e é utilizado em processos judiciais quando há dúvidas ou
questionamentos de partes interessadas é chamado de:
A Grafotécnica da Carta de Salamandra
B Perícia da Carta de Salamandra
C Comparação com a Carta de Salamandra
D Paleografia da Carta de Salamandra
E Documentoscopia da Carta de Salamandra
A Paleografia
B Criminalística
C Perícia
Parabéns! A alternativa C está correta.
A perícia é um trabalho de análise técnica que tem por objetivo fornecer elementos técnicos para uma decisão em um
processo judicial.
Vamos re�etir sobre as questões
Neste vídeo, a professora Suelen de Souza explica as questões do Mão na massa.
Teoria na prática
Vamos ver alguns conceitos importantes e, depois, o relato para compreender as relações estabelecidas.
Documento diplomático – Documento legitimado do ato e do fato administrativo ou jurídico.
Documento eletrônico – Documento composto por informação registrada, codificada em forma analógica ou em dígitos binários, e acessível, interpretável por meio de
equipamento eletrônico.
Documento falso – Documento aparentemente revertido de requisitos e formalidades externas e, às vezes, internas, próprias de documento original autêntico. Objetiva
passar-se por verdadeiro, mas foi criado com má-fé no intuito de ludibriar.
Documento falsificado – Documento que era originalmente verdadeiro, mas a partir de alguma adulteração feita por má-fé, mudou seu objetivo ou alterou informação
relevante.
Documento original – Documento feito por vontade expressa de seu autor, mantido no suporte e formato em que foi produzido.
Documento pós-original – Cópias que representam um documento formalmente idêntico a um original.
Documento pré-original – Texto anterior ao documento original, como o rascunho ou minuta.
Documento verdadeiro – O mesmo que documento autêntico.
Original – Forma sob a qual um documento é mantido no suporte e formato em que foi produzido pela primeira vez. Documento, texto ou livro que, uma vez concluído e
revertido das formalidades e requisitos de garantia, se mantém e chega à posteridade, sem qualquer transformação ou manipulação em seu suporte, tinta, letra, assinatura,
selos e conteúdo informacional.
Original múltiplo – Documento que reúne os requisitos peculiares do original, mas em vez de haver sido elaborado e emitido em único exemplar, por razões diversas,
emitiram-se vários idênticos, na matéria e na forma, com valor de original. Costumam existir quando são vários os destinatários ou interessados.
Paleografia – Estudo técnico de textos manuscritos, sobretudo antigos, na sua forma exterior, compreendendo o conhecimento dos materiais e instrumentos para escrever, a
história da escrita e a evolução de letras e números, símbolos e abreviaturas, objetivando sua leitura, transcrição e interpretação.
Peça – Documento a ser periciado.
Perícia – Trabalho desenvolvido por um ou mais especialistas, com o objetivo de fornecer elementos técnicos que permitam a tomada de decisão quanto a um fato, ação ou
objeto. Muito utilizada em processos judiciais, quando há dúvidas ou questionamentos de partes interessadas.
D Método comparativo
E Modelo de confronto

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Quando você observa esse glossário precisa notar que são definições úteis para compreensão da documentoscopia e da escrita. Sendo assim, estudar sobre como isso passa
pelos aspectos decisórios é fundamental. Vamos pensar sobre isso? Como esses termos e técnicas poderiam te ajudar a tomar uma decisão?
Vamos assistir agora ao vídeo Quem tem razão: estudo de um caso real.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
As obras referenciais das ciências documentais, Acta Santorum, De Re Diplomatica, e Paelographia Graeca foram
escritas, respectivamente, por:
Parabéns! A alternativa A está correta.
Na busca de evitar os documentos falsos e criar mecanismo de validação, Jeanl Bolland, Jean Mabillon e Bernard de
Montfaucon permitiram o desenvolvimento dessas práticas marcantes ao longo da história.
Questão 2
O trabalho desenvolvido por um ou mais especialistas, com o objetivo de fornecer elementos técnicos que permitam a
tomada de decisão quanto a um fato, ação ou objeto e é utilizada em processos judiciais, quando há dúvidas ou
questionamentos de partes interessadas é chamada de:
Mostrar solução
A Jean Bolland, Jean Mabillon e Bernard de Montfaucon.
B Daniel van Papenbroeck, Bernard de Montfaucon e Gregório de Tours.
C Papa Inocêncio III, Jean Mabillon e Gregório de Tours.
D Gregório de Tours, Jean Bolland e Jean Mabillon.
E Bernard de Montfaucon, Papa Inocêncio III e Daniel van Papenbroeck.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A lógica pericial passa a ser uma ação direta na busca da veracidade dos documentos, constituindo uma ação
fundamental ao longo do tempo.
3 - Perícia e grafologia
Ao �m deste módulo, você será capaz de exempli�car conceitos e formulações necessárias à perícia e à investigação de documentos.
Documentoscopia e Criminalística
A Documentoscopia surge no século XX, dentro do ambiente jurídico criminal, se estabelecendo inicialmente como uma
técnica pericial voltada para a verificação da autenticidade documental neste âmbito. Diferente da Diplomática, da
Paleografia e das outras ciências documentais, ela traz consigo uma identidade forense, oriunda da necessidade
jurídica de criar elementos que possam balizar uma decisão judicial em relação à uma prova documental.
A Paleografia
B Criminalística
C Perícia
D Método comparativo
E Modelo de confronto
Relembrando
A garantia da autenticidade documental sempre foi uma necessidade administrativa e jurídica, e com o tempo, uma ferramenta na crítica histórica.
Entretanto, as falsificações, que sempre existiram,
passaram a exigir cada vez mais um estudo aprofundado
para sua identificação. Técnicas e métodos foram
desenvolvidos por inúmeras áreas, para que as fraudes
fossem descobertas e coibidas. Essas ações passaram a
fazer parte não só do âmbito jurídico, mas também
criminal e policial.
Em todo o mundo, a esfera criminal, inserida no sistema jurídico, necessitava de amparo pericial para que determinadas
provas passassem pela análise forense, com a coleta de provas e evidências que pudessem balizar a decisão judicial. É
neste âmbito que surge a Criminalística como a disciplina que:
Abrange um conjunto de procedimentos científicos, com o objetivo de identificar, reconhecer
e interpretar os indícios, as provas e as evidências, que servem para averiguação de um
delito e para desvendar crimes e assuntos de aspectos legais.
A Criminalística é multidisciplinar por natureza, pois trabalha e necessita de diversas ciências, como a Física, a Química,
a Biologia e, também, as ciências documentais.
Inserida na Criminalística, a Documentoscopia busca atestar a autenticidade ou falsidade do documento, seja ele qual
for, a partir de conhecimento específico, metodologia própria e instrumental adequado que irá determinar se o
documento é verdadeiro, se não houve alterações, acréscimos ou adulterações, se ele é integralmente falso, e
determinar sua autoria ou origem, caso seja necessário.
Atenção!
A principalcaracterística que difere a Documentoscopia das outras ciências documentais é que ela possui um cunho policial, criminalístico e
investigativo, pois além de buscar atestar a autenticidade, ela também procura determinar os meios empregados para a fraude, quem os produziu e de
que maneira.
Inicialmente, no Brasil e em muitos outros países, a análise pericial de documentos era feita pela polícia ou por tabeliães
e notários que, por trabalharem com documentos jurídicos e comerciais de valor econômico (por isso sempre os mais
falsificados), eram acionados para darem suas opiniões e, caso necessário, fazerem laudos sobre os documentos,
caligrafias e assinaturas, pois trabalhavam diariamente com esses elementos. Na ausência de legislação pertinente
quanto à perícia documental e de cursos de formação na área, os profissionais mais qualificados eram aqueles que
tinham aptidão e que buscavam no conhecimento empírico a identificação de evidências que comprovariam a fraude,
normalmente por meio de estudos comprovativos.
Em relação à formação profissional, alguns cursos foram
sendo oferecidos ao longo do tempo pela própria polícia
civil e algumas delegacias foram criadas para combater
as mais variadas formas de fraude. Somente nas décadas
finais do século XX surgiram cursos específicos, embora
poucos e esporádicos, para formação de peritos criminais.
Instituto Geral de Perícia – Polícia Científica de Santa Catarina.
Saiba mais
Em 2009, por meio da Lei 12.030, de 17 de setembro, são estabelecidas as disposições sobre as perícias oficiais. Segundo seu artigo 1º, a lei
“estabelece normas gerais para as perícias oficiais de natureza criminal”, e em seu artigo 2º determina que “no exercício da atividade de perícia oficial
de natureza criminal, é assegurado autonomia técnica, científica e funcional, exigido concurso público com formação acadêmica específica, para o
provimento do cargo de perito oficial.”
Entretanto, alguns serviços periciais são realizados por profissionais autônomos, como os peritos grafotécnicos,
aqueles que analisam a escrita e a assinatura do documento para atestar sua autenticidade. Esses serviços podem ser
solicitados tanto por esferas judiciais, como por empresas privadas. Embora não seja uma profissão regulamentada, o
perito grafotécnico requer conhecimento específico, prática e, sobretudo, capacitação na área.
Departamento de Criminalística do Rio Grande do Sul.
O perito versado em Documentoscopia pode atuar em
diversas frentes de trabalho, elaborando laudos periciais,
que vão desde obras de arte a documentos eletrônicos.
Mas o campo de trabalho em que ele é mais requisitado é
na Grafotecnia, o ramo que estuda, investiga e analisa os
documentos manuscritos.
Em todos os casos, porém, o documentoscopista precisa ter um conhecimento amplo e generalista em várias áreas, ou
estar inserido em uma equipe que possa auxiliá-lo, pois, dependendo do objeto periciado, o profissional poderá utilizar a
Química, a Eletrônica, a Informática, a Física, a História, o Direito, a Diplomática, a Arquivística e outras áreas que se
fizerem necessárias. O trabalho pericial do documentoscopista se divide em dois âmbitos:
Os peritos particulares contratados por uma das partes de um processo judicial podem contrariar a perícia judicial e, até
mesmo, fazer a perícia da perícia por meio de um parecer técnico. O laudo pericial feito de forma correta irá atestar se o
documento foi realmente produzido ou emitido pelo seu produtor, seja ele pessoa física ou jurídica, se foi adulterado, ou
se foi criado de forma fraudulenta.
Laudo pericial
Produto de uma perícia, na forma de relatório, que contenha detalhes do que foi periciado e respostas que possam balizar uma decisão judicial.
Perícia grafotécnica
A Grafotecnia ou Grafotécnica é uma área relacionada à Documentoscopia, sendo uma de suas principais vertentes. Ela
é o estudo e análise da escrita, caligrafia, assinaturas e rubricas, com vistas ao atestado de autoria e validação de sua
 Judicial
Quando o perito é nomeado por um juiz.
 Extrajudicial
Quando ele é contratado de forma particular por um cliente para periciar um documento ou uma assinatura para outros fins, sem
ser especificamente para a esfera jurídica.
autenticidade, por meio de técnicas específicas e análises comparativas. Também é conhecida como Grafoscopia ou
Grafística. O profissional da área é conhecido como perito grafotécnico.
A Grafotecnia se difere da Grafologia, que também estuda a escrita e a caligrafia de um indivíduo, mas cujo objetivo é a
análise da personalidade, da índole e do caráter de uma pessoa por meio de aspectos individuais de sua letra, traçado,
espaço utilizado e outras características gráficas. O profissional da área é conhecido como grafólogo.
Comentário
Nada impede que um mesmo profissional seja versado em ambas as áreas, já que elas são intimamente próximas e com muitos campos
interrelacionados, mas o trabalho de um não pode ser confundido com o do outro.
Aqui, iremos detalhar o trabalho do grafotécnico e como o laudo pericial deve ser realizado.
Para se tornar um perito grafotécnico, exige-se um elevado nível de conhecimento interdisciplinar técnico e científico,
equipamentos específicos e um trabalho acurado e paciente a ser empreendido na análise de cada peça a ser periciada.
A perícia grafotécnica normalmente é solicitada por juízes, promotores, advogados e demais partes interessadas, para o
esclarecimento de dúvidas referentes à autoria e autenticidade de documentos com informação escrita e/ou os que
contenham assinaturas.
Tal perícia deve ser elaborada de forma criteriosa, com extremo rigor cientí�co, sendo objetiva,
imparcial e conclusiva.
Para a realização da perícia grafotécnica, o profissional deve ter amplo domínio da metodologia comparativa a ser
utilizada na análise da escrita e da caligrafia empregada. Nessa metodologia, o estudo comparativo é o mais indicado,
pois, para saber se o texto ou a assinatura é de quem se diz ser, torna-se necessária a comparação entre o documento
periciado (chamado comumente de peça) e outros documentos em que se tenha certeza da autenticidade e da autoria e
que, a princípio, sejam da mesma pessoa do documento periciado. Esses outros documentos são chamados de
modelos de confronto, pois são a partir deles que a caligrafia, os traços, os ductos, a inclinação, a ortografia e demais
características da escrita, serão comparadas e confrontadas para se atestar a veracidade da peça. O perito também
pode coletar outros padrões de escrita e assinatura exclusivamente para fins periciais comparativos.
Instituto Geral de Perícias – Departamento de Criminalística do Rio Grande do Sul.
Considerado o pai da Grafotecnia, Edmond Solange Pellat escreveu, em 1927, o livro Les lois de l’escriture, em que
estabeleceu as quatro leis do grafismo, que logo se tornaram os princípios fundamentais da Grafoscopia. As leis
partiam da premissa que todo grafismo é único, individual e inconfundível. São elas:
 O gesto gráfico está sob influência imediata do cérebro. A sua forma não é modificada se o órgão que aciona o instrumento
escritor se encontra suficientemente adaptado à sua função.
Segundo Pellat, o cérebro humano armazena a forma como indivíduo escreve e a repete instintivamente, produzindo um
gesto gráfico único, como uma impressão digital. O indivíduo não consegue alterar sua forma de escrita natural, mesmo
quando muda de letra, pois irá manter a velocidade, o traçado e a fluidez de sua escrita. Portanto, quando há
tremulações, exageros, vacilações e pausas no meio do texto ou assinatura, isso denota uma alteração, que pode indicar
uma falsificação. Contudo, alterações nesse padrão podem acontecer quando o indivíduo está sob forte estresse, sob
uso de drogas ou em virtude de doenças ou acidentes.
Cada indivíduo possui uma caligra�a única, com traços e características peculiares.
Portanto, o gesto gráfico é, e sempre será, uma forma particular da escrita, pois mesmo comcaligrafias semelhantes,
haverá um traçado ou uma letra diferente que irá variar de pessoa para pessoa. Além disso, ainda há a disposição
espacial em que a escrita é disposta no papel. Devemos considerar as seguintes questões:
 Quando alguém escreve, o seu “Eu” está em ação, mas o sentimento quase inconsciente dessa ação passa por alternativas
contínuas de intensidade, entre o máximo, onde existe um esforço a fazer, e o mínimo, quando esse esforço segue o impulso
adquirido.
 O grafismo natural não pode ser modificado voluntariamente se não pela introdução do traçado de características do esforço
despendido.
 Quando, por qualquer circunstância, o ato de escrever se torna particularmente difícil, o escritor instintivamente dá às letras
formas que lhe são mais familiares e mais simples, esquematizando-as, de modo que lhe seja mais fácil executar.
 O autor utiliza toda a margem?
 Sua letra é cursiva ou bastão?
 Suas letras são arredondadas ou disformes?
Todas essas perguntas e muitas outras devem ser levadas em conta na hora de periciar um texto manuscrito. Por isso,
os modelos de confronto são importantes no estudo comparativo.
Em relação à análise da assinatura, outros elementos devem ser investigados, sempre com o uso de modelos de
confronto. Todo falsário deixa pistas e são elas que devemos procurar nos mínimos detalhes. As assinaturas são muito
falsificadas, pois são elas que confirmam o ato escrito do documento, e também dão valor legal à transação que se
exprime no documento. A assinatura é a validação, a confirmação de que o documento pode tramitar e cumprir sua
razão de ser, por isso que as assinaturas fraudulentas são encontradas em cheques, cartas, escrituras, testamentos,
relatórios, obras de arte e até mesmo em autógrafos de pessoas renomadas.
A identificação de uma assinatura falsa passa por uma análise parecida do exame pericial de um texto, mas possui
alguns elementos distintos, pois a assinatura possui uma forma única. Sabemos que não há uma caligrafia idêntica à
outra, da mesma forma que não há uma assinatura idêntica à outra. Elas devem ser parecidas e possuírem o mesmo:
Ângulo de ataque
Entrada da caneta no papel.
Calibre
Força da caneta no papel.
Evolução
Disposição do traçado que liga as letras.
Ângulo de saída Ductus
 Há erros frequentes na ortogra�a ou no uso de vocabulário?
 As palavras possuem todas as letras ligadas ou algumas são separadas?
 As linhas da escrita se mantêm retas ou são ascendentes ou decrescentes?
 Como ele desenha e onde coloca o til? Como são as letras maiúsculas que o autor utiliza?
 Como se dão os traços, os pingos e as voltas? A caligra�a é �rme e decidida ou trêmula, infantil ou insegura?
 A pressão exercida pela caneta é forte, mediana ou fraca? A inclinação da letra se dá para a esquerda, para
direita ou é centralizada?
Saída da caneta do papel. Baixo relevo deixado pelo calibre da escrita.
Além disso, devem ter uma disposição espacial e um formato semelhante entre elas, com o uso do mesmo tipo de
maiúsculas, minúsculas, ponto, traços e sinais.
A falsificação de assinatura se dá por inúmeras formas:
É a falsificação mais simples. Se dá quando o falsário desconhece a assinatura verdadeira e inventa uma
qualquer na tentativa de conseguir algum lucro imediato. Esse tipo de falsificação é muito utilizado em cheques
furtados.
Os métodos mais utilizados são os que utilizam a cópia: o falsário, de posse de uma assinatura original (ou
reprodução dela), imita o traçado, as letras, o tamanho e a forma da assinatura. Esse método é o mais fácil de se
perceber, pois geralmente o gesto caligráfico é frágil e inconstante, comprometendo, assim, os ângulos de
ataque e saída, o calibre, o ductus e a própria evolução da assinatura.
Esse método consiste na coleta da assinatura verdadeira por meio de uma cópia em papel vegetal sobreposta no
documento original ou por meio da captura da assinatura por meios eletrônicos ou fotocópia. Depois, o falsário
sobrepõe o documento a ser falsificado sobre a cópia da assinatura capturada ou projeta sua imagem, por
espelho, projetor ou outro dispositivo, no local onde a assinatura falsa será aplicada.
Nesse caso, o falsário profissional, de posse de uma ou mais assinaturas verdadeiras de uma pessoa, estuda,
pratica e aprimora a assinatura a ser falsificada, percebendo suas nuances e calibrando a força a ser empregada.
Com isso, o gesto caligráfico fica natural e adequado aos padrões de assinatura que o verdadeiro autor utiliza.
É quando a pessoa falsifica sua própria assinatura no intuito de pedir o ressarcimento de algo que ele diz não ser
de sua responsabilidade.
Em todos esses casos, o laudo pericial deve apontar as inconsistências de forma minuciosa e conclusiva por meio de
estudos comparativos referenciados pela literatura forense. A tecnologia é grande serventia para a identificação dessas
inconsistências, sobretudo na digitalização em alta resolução da peça a ser periciada. Por isso, o perito grafotécnico
Sem imitação 
Utilização de cópia 
Decalque ou duplicação 
Memorização 
Autofalsificação 
deve ter acesso a scanners e máquinas fotográficas de alta resolução e, em alguns casos, de microscópios específicos,
sem contar com os tradicionais equipamentos como luvas, lupas e luzes profissionais.
Caso o documento periciado seja muito antigo, o trabalho paleográfico poderá ser exigido e, se o perito não dominar a
técnica da Paleografia, deve contatar um profissional qualificado. Além disso, torna-se necessário o uso de glossários
de abreviaturas e dicionários de português arcaico.
Um laudo pericial bem-feito deve descrever toda peça
examinada, enumerando as principais características e
apontando os pontos de análise. Em seguida, o perito
deve comparar a peça com os modelos de confronto,
demonstrando em seu laudo as inconsistências
encontradas e explicando a metodologia adotada e os
termos utilizados. O uso de imagens na análise
comparativa é recomendado.
Instituto Geral de Perícias – Departamento de Criminalística do Rio Grande do
Sul.
Demonstração
Estudo de caso – preso é solto por perícia grafotécnica
Uma notícia, publicada em 2022, conta a história de um homem que foi preso em São Paulo acusado de roubos em
Itabuna/Bahia e condenado a 12 anos de prisão. Rogerio de Paula, que afirma nunca ter ido à Bahia, ficou preso por 3
meses, até a defensoria pública conseguir provar, por meio de uma perícia grafotécnica, que os documentos eram
falsificados e utilizavam de forma criminal os dados do mecânico.
Perícia, investigação e desa�os
Neste vídeo, a professora Nathália Serenado faz a relação entre o caso e o conteúdo.
Mão na massa
Questão 1
A perícia é um trabalho desenvolvido por um ou mais especialistas com o objetivo de fornecer elementos técnicos que
permitam a tomada de decisão quanto a um fato, ação ou objeto. No caso da perícia grafotécnica, ela analisa a
escrita, caligrafia, assinaturas e rubricas, a fim de verificar sua autenticidade, por meio de técnicas específicas e


análises comparativas. Avalie as assertivas sobre o impacto da perícia grafotécnica na investigação de Rogerio de
Paula.
I. A perícia grafotécnica mostrou que a assinatura poderia ser de outra pessoa, por isso Rogerio foi liberado em
função da ausência de provas.
II. A perícia grafotécnica como análise especulativa possibilitou o argumento da não certeza sobre a assinatura do
documento.
III. A perícia grafotécnica elucidou o caso por meio da avaliação e confirmação do documento fraudulento.
Marque a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa C está correta.
A perícia grafotécnica analisa a escrita, caligrafia, assinaturas e rubricas, a fim de verificar sua autenticidade de dado
documento. No caso de Rogerio de Paula, a grafotécnica demostrou, por meio de seus métodos, que o documento
apresentado pelo criminoso era fraudulento. Neste sentido, a perícia grafotécnica é útil na elucidação de todo crime
que envolve escrita, pois permitea confrontação de escritas.
Questão 2
Em 1927, o pensador francês Edmond Solange Pellat escreveu as quatro leis do grafismo, que logo se tornaram os
princípios fundamentais da Grafoscopia. As leis partiam de uma determinada premissa. Marque a alternativa correta:
A Somente I está correta.
B Somente II está correta.
C Somente III está correta.
D I e II estão corretas.
E I e III estão corretas.
A Todo grafismo é único, individual e inconfundível.
B O grafismo busca a autenticidade do documento.
C A Grafoscopia é o reflexo do pensamento inconsciente humano.
D Para a correta leitura, é necessária a transcrição e interpretação do texto.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Neste caso, o domínio de informações relacionado à técnica permite investigações e observações que geram
mudanças da própria resposta do caso.
Questão 3
Qual das assertivas a seguir é correta em relação à Grafotécnica e à Grafologia:
Parabéns! A alternativa B está correta.
O aluno precisa saber que os termos não são pegadinhas e, por isso, aparecem no caso dependendo da escolha de
quem faz o texto, não devendo ser retirado do contexto de que significam no limite o mesmo.
Questão 4
A Lei 12.030, de 17 de setembro de 2009, dispõe sobre as perícias oficiais. De que trata o artigo 1º da referida lei:
E O grafismo é a base da perícia criminal.
A Somente a Grafologia estuda e analisa a escrita e a caligrafia de um indivíduo.
B
A primeira busca a autenticidade do documento e a segunda a identificação de traços de
personalidade do autor.
C O mesmo profissional não pode atender à Grafotécnica e à Grafologia.
D As duas têm caráter pericial.
E Os dois termos são sinônimos.
A Cria a obrigatoriedade da contratação de perito criminal em casos previstos em lei.
B Estabelece normas gerais para as perícias oficiais de natureza criminal.
C Regula a prática da documentoscopia e grafotecnia.
Parabéns! A alternativa B está correta.
O caso deve seguir as regras atuais previstas e, por isso, faz parte da observação e desenvolvimento do material e da
defesa.
Questão 5
Quais são as possibilidades de atuação da pessoa que trabalha com a Documentoscopia?
Parabéns! A alternativa E está correta.
Pode atuar em diversas frentes de trabalho, elaborando laudos periciais que vão desde obras de arte a documentos
eletrônicos, mas o campo onde mais atua é o ramo que estuda, investiga e analisa os documentos manuscritos.
Questão 6
Existe um tipo de falsificação em que o falsário profissional estuda e pratica a cópia a partir de vários documentos
com a assinatura verdadeira, aprendendo as nuances da assinatura verdadeira. Indique o nome da técnica utilizada.
D Regulamenta a profissão de perito grafotécnico e dá outras providências.
E Estipula pena pecuniária para o exercício ilegal da profissão.
A A Documentoscopia só possibilita o trabalho em perícias criminais.
B A pessoa que atua com a Documentoscopia atua, exclusivamente, com a grafotecnia.
C A Documentoscopia oferece a possibilidade de atuar apenas com a mecanografia.
D A Documentoscopia não atua em obras de arte.
E A pessoa pode trabalhar em diferentes frentes, como obras de arte e documentos eletrônicos.
A Duplicação.
B Autofalsificação.
Parabéns! A alternativa E está correta.
A prática da memorização de assinaturas e estilo gráfico da escrita de uma pessoa é comum entre os falsários. Ela
consiste no estudo e prática de repetição a partir de outros documentos com a assinatura verdadeira.
Vamos re�etir sobre as questões
Neste vídeo, a professora Suelen de Souza explica as questões do Mão na massa.
Teoria na prática
Vamos entender alguns conceitos vitais para o cotidiano da prática grafotécnica?
Ângulo da escrita – Ângulo formado pelo instrumento de escrever em relação à linha do escrito. É considerado um fator importante na determinação da característica
gráfica, tanto que sua variação, causada pela posição diversa da mão e da superfície da escrita, pode provocar importante modificação no traçado dos escritos.
Apócrifo – Documento, obra ou fato sem autenticidade comprovada.
Assinatura – Nome escrito com traçado próprio e único de seu dono. Também conhecida como firma.
Assinatura a rogo – Aquela em que uma pessoa utiliza outra para assinar por si, seja por enfermidade, analfabetismo ou ausência. Costuma constar no documento o pedido
ou motivo do rogo.
Assinatura digital – Assinatura em meio eletrônico, que permite verificar a origem e integridade do documento.
Assinatura eletrônica – Símbolo ou conjunto de símbolos executados, adotados ou autorizados por um indivíduo e gerado por computador, que se equivale à assinatura
manual do indivíduo.
Autenticidade – Característica do documento arquivístico quando este não sofreu adulteração ou corrupção em sua tramitação ou guarda.
Autógrafo – Documento totalmente escrito, texto e assinatura, pelo seu autor, sem intervenção de terceiro.
Caligrafia – Estilo ou maneira própria e peculiar de se escrever à mão.
Certificação – Afirmação ou atestação de um fato em razão de ofício.
Certificação digital – Atividade de reconhecimento em meio eletrônico de chave de criptografia e inserido em um certificado digital por uma autoridade certificadora.
Ducto – Designa o traçado da letra e se refere inclusive ao seu tempo de execução, que pode ser mais lento, mais acurado ou cursivo. O traçado, o aspecto de uma escrita.
Elemento extrínseco – Característica externa do documento arquivístico, como gênero documental, assinatura digital, tipos de letras etc.
Elemento intrínseco – Característica interna do documento arquivístico, como autor, assunto, destinatário, data, local etc.
Espécie documental – Divisão de gênero documental que reúne tipos documentais por seu formato. Exemplos: ata, carta, fotografia, memorando, planta.
C Cópia.
D Decalque.
E Memorização.
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Grafologia – Estudo da escrita, sobretudo no que tange à caligrafia, cujo objetivo é a análise da personalidade, da índole e do caráter de uma pessoa, por meio de aspectos
individuais de sua letra, traçado, espaço utilizado e outras características gráficas. O profissional da área é conhecido como grafólogo.
Grafotecnia – Estudo e análise da escrita, caligrafia, assinaturas e rubricas com vistas ao atestado de autoria e validação de sua autenticidade, por meio de técnicas
específicas e análises comparativas. Entende-se como uma área relacionada à documentoscopia. Também é conhecida como grafoscopia ou grafística. O profissional da
área é conhecido como perito grafotécnico.
Integridade documental – Característica que estabelece que o documento se encontra completo e não sofreu alteração indevida ou não documentada.
Metadados – Informações descritivas sobre a estrutura dos dados e de sua relação com outras dados.
Rubrica – Firma ou assinatura abreviada reconhecida como autêntica.
Suporte – Material no qual são registradas as informações.
Unicidade – Qualidade atribuída ao documento arquivístico que consiste na premissa que todo documento é único em seu contexto, ou seja, pode haver mais de uma cópia
de documento de igual teor, mas que, inseridos em conjuntos documentais diversos, ganham o estatuto de serem únicos, por estarem relacionados a outros documentos e,
assim, se constituírem em um conjunto específico. Por exemplo: a emissão de mais de uma via de um mesmo documento, em que cada uma delas irá desempenhar um
papel diferente e será acumulado por um setor diferente.
Grafoscopia – Análise que objetiva o reconhecimento de grafias a partir de estudos comparativos.
Gênero documental – Reunião de espécies documentais que se assemelham por suas características essenciais, particularmente, o suporte e o formato. Exemplos:
documentos audiovisuais, documentos bibliográficos, documentos iconográficos, documentos textuais.
Vamos ver um laudo? Assista ao vídeo Conhecendo um laudo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Existem diversas metodologias de falsificação de assinatura. Dasque estão citadas, classifique-as em verdadeiras V e
falsas F:
(   ) Cópia
(   ) Memorização
(   ) Duplicação
(   ) Decalque
(   ) Holotécnica
A relação correta é:
Mostrar solução
A V, F, V, V e V
B F, F, F, F e F
C V, F, V, F e V
Parabéns! A alternativa E está correta.
Holotécnica é uma prática do mundo digital e não está apresentada ao longo de nossos debates (apesar de ser
possível entender pelo léxico), as demais são as metodologias de falsificação apresentadas no conteúdo.
Questão 2
A documentoscopia tem uma relação direta com uma área e reconhecê-la faz parte de nossos debates. Então, o que é
a Criminalística?
Parabéns! A alternativa B está correta.
A questão da Criminalística, como área vinculada ao processo jurídico, é um reconhecimento fundamental à
introdução da Documentoscopia.
Considerações �nais
D V, V, V, F e F
E V, V, V, V e F
A É o estudo sistematizado das tipologias constantes no Código Penal.
B
É a disciplina que abrange um conjunto de procedimentos científicos que objetiva o reconhecimento e
a interpretação de indícios, provas que servem para desvendar crimes e assuntos de aspectos legais.
C
Constitui-se na investigação produzida pelo aparato policial no combate ao crime organizado e nas
formas utilizadas para sua ampliação.
D
É a disciplina que se originou da Diplomática e que tem como objeto de estudo a tipificação de
documentos judiciais.
E É o nome dado à Documentoscopia quando ela investiga um crime a pedido de um juiz.
A Documentoscopia é uma prática científica que está diretamente vinculada com os processos relacionados ao campo
da Criminalística. Nesse sentido, é, geralmente, acionada a partir de determinações legais e realizada por profissionais
habilitados, de maneira específica.
A prática de investigação tem um olhar multidisciplinar, partindo de estudos da Arquivologia, Linguística, Grafologia
entre outros. Devemos sublinhar, no entanto, que tem na sua prática cotidiana uma série de elementos próprios e
singulares que foram expostos a partir de seus conceitos.
A prática documentoscópica passa por identificar os documentos falsos, verdadeiros ou que tiveram em seu cerne
algum tipo de fraude. As técnicas grafotécnicas são as mais reconhecidas, mas não configuram o movimento único de
investigação. São também analisadas formas e elementos comparativos em relação ao que é o documento idealizado e
correto, cruzamentos dos materiais disponíveis e utilizados na construção desses documentos.
Apesar de uma larga raiz histórica, a documentoscopia contemporânea é fundamental para profissionais que
necessitam identificar processos diversos, que podem ser demandados no campo da perícia e da investigação. A leitura
deste material tem por objetivo fundamentar o entendimento e as possíveis práticas relativas às demandas
documentais ciclópicas no cotidiano da perícia e da investigação.
Podcast
Neste podcast, o professor resume os principais pontos do conteúdo.
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Para se aprofundar sobre os tópicos tratados neste conteúdo, sugerimos as seguintes obras:
LE GOFF, J. Enciclopédia Einaudi: Memória – História. v. 1. Lisboa: Imprensa Nacional, 1984.
TOGNOLI, N. B. A construção teórica da diplomática. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014.
TERRERO, Á. R. Introducción a la paleografia y la diplomática general. Madrid: Editorial Sintesis, 2004.
Também recomendamos assistir aos seguintes filmes:
O mago das mentiras (2017), dirigido por Barry Levinson.
A fraude (1999), dirigido por James Dearden.
Referências

BERWANGER, A. R.; LEAL, J. E. F. Noções de paleografia e de diplomática. Santa Maria: UFSM, 2015.
COSTA, I. M. Kr. Questões em documentoscopia: uma abordagem atualizada. São Paulo: s/e, 1995.
DEL PICCHIA FILHO, J.; DEL PICCHIA, C. M. R.; DEL PICCHIA, A. M. G. Tratado de documentoscopia: “da falsidade
documental”. 2. ed. São Paulo: Pilares, 2005.
FALAT, L. R. F.; REBELLO FILHO, H. M. Entendendo o laudo pericial grafotécnico e a grafoscopia. Curitiba: Juruá, 2021.
FEUERHARMEL. S. Análise grafoscópica de assinaturas. Campinas: Millennium, 2017.
MONTEIRO, A. L. P. A Grafoscopia a serviço da perícia judicial. Curitiba: Juruá, 2008.
SIQUEIRA, M. N. de. Ser paleógrafo. Revista Labor Histórico. v. 8, 2022, Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de
Janeiro, 2022.
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