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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ
Disciplina: Crítica Textual Coordenador: Jefferson Evaristo
AD1 – 2023.1
Aluno(a): Manuela Linhares Lopes	
Polo: Nova Friburgo	Matrícula: 15113120289	
Nota: 	
1) De maneira geral, a que se refere a disciplina de Crítica Textual? Quais são seus objetivos enquanto parte da ciência da linguagem? (2,0 pontos)
Sua principal finalidade é preservar os textos, ao longo de todas as edições. A função da Crítica Textual é reconstituir um texto com toda a fidedignidade possível por meio da tradição manuscrita ou impressa, direta ou indireta, sobre a obra, buscando manter sua forma original e genuína. Em relação ao seu objetivo no campo da ciência da linguagem, está diretamente ligada a Semântica, abordando os sinônimos abrangendo distintos conhecimentos. 
2) Considere a Biblioteca de Alexandria em sua importância histórica e em sua pertinência para a nossa disciplina. A partir disso, responda: (2,0 pontos)
a) Qual a relevância dos copistas e dos manuscritos dentro desse contexto?
Antes da criação da Biblioteca de Alexandria, o centro de estudos na cidade de Alexandria, o conhecimento era passado de forma oral, e este local tornou-se o maior centro cultural da antiguidade. Os copistas tinham como profissão copiar os manuscritos, já que a restauração de textos ocorreu muito antes da invenção da imprensa. 
b) Qual a correlação entre filósofos e filólogos dentro desse contexto?
Os filósofos foram os primeiros filólogos (restauradores dos textos literários antigos) que interpretavam e comentavam os textos de forma crítica e conclusiva. Os textos são passados de geração em geração, diversas vezes através de versões deturpadas devido à tradição da oralidade. 
3) Assinale Verdadeiro ou Falso para as questões abaixo: (2,0 pontos)
( F ) Durante o período helênico, as tarefas de filólogo e filósofo se confundiam e era comum que um mesmo intelectual fizesse as duas ações de maneira interligada.
( V ) A má atuação do tipógrafo e/ou do copista foi uma das principais causas de erros de transmissão de textos.
( V ) Um dos principais nomes do que se pode chamar de Critíca Textual na Antiguidade é São Jerônimo, responsável por fixar inúmeros textos de filósofos gregos.
( V ) A Biblioteca de Alexandria era o principal polo intelectual do início da Idade Média, congregando nomes como Zenódoto de Éfeso, Arisfófanes de Bizâncio e Aristrarco de Samotracia.
( F ) No período da Idade Média, a partir da ação dos copistas, houve o apogeu da Crítica Textual, com a adoção de critérios de edição altamente rigorosos. 
4) A foto abaixo é um trecho de um papiro escrito em copta, no século IV, tornado público por uma pesquisadora da Universidade de Harvard:
Disponível em: https://veja.abril.com.br/ciencia/papiro-do-seculo-4-faz-referencia-a-esposa-de-jesus/ - acesso em 16/02/2023 às 08h32
	O texto, considerado um apócrifo do Cristianismo, traz a inscrição “Jesus disse a eles, ‘Minha esposa (…)’.”, o que contradiz todos os outros textos religiosos existentes, nos quais não há nenhuma referência a uma esposa de Jesus.
	Na mesma matéria, André Chevitarese, professor de história antiga da UFRJ, assim se declarou sobre o conteúdo do texto:
“Quando estudamos um texto em copta, estamos discutindo a literatura cristã do final do século 3. Entre o advento de Jesus, que teria acontecido no ano 30, e a redação desse texto nós temos cerca de 350 anos. Como essa citação não está presente em nenhum texto anterior, e nem no Evangelho de João em grego, que deve ter servido de base para o copta, a única conclusão possível é que a comunidade que escreveu o texto acreditava em um Jesus casado. 
[...]
Usar esse fragmento para dizer que Jesus era casado é sensacionalismo. Seria fazer algo parecido com o que Dan Brown fez em O Código Da Vinci, onde usou trechos do Evangelho de Felipe em copta para dizer que Jesus beijou Maria Madalena. De novo, esse evangelho diz mais sobre as vivências dessa comunidade do que sobre o Jesus real.” 
	A divulgação do papiro e a explicação do professor Chevitarese retomam um tema muito caro à Crítica textual: a autoria dos textos. A partir do que aprendeu nas aulas, defina os seguintes conceitos de nossa disciplina: (2,0 pontos)
a) Manuscrito
A palavra vem do latim manu/mão e scriptus/escrever, o texto ou documento escrito ou copiado à mão, pode ser caracterizado em: Autógrafos, Apócrifos, Apógrafos e Idiógrafos. 
b) Apócrifo
São manuscritos em que não é possível identificar a autoria.
c) Apógrafo
Aqueles manuscritos que foram copiados de outros, a cópia de um autógrafo. 
d) Idiógrafo
É o manuscrito transcrito sob a supervisão do próprio autor.
5) É comum que, para textos de maior importância e já distantes de nosso tempo, haja inúmeras versões disponíveis de sua veiculação. Um desses casos é o de Os Lusíadas, de Luís de Camões, uma das principais obras da literatura em língua portuguesa. 
Isso faz com que as edições mais cobiçadas desses textos atinjam preços significativamente altos, como uma edição fac-símile de 1878 que é vendida[footnoteRef:1] atualmente por R$ 1800,00 reais. Ao mesmo tempo, a importância desses textos motiva sempre novas edições, como uma recente iniciativa da Universidade de Coimbra, de 2016, que recupera as características tipográficas e textuais da obra original[footnoteRef:2]. [1: https://bit.ly/3EvfohO - acesso em 16/02/2023 às 08h52] [2: https://bit.ly/3kkoG9C - acesso em 16/02/2023 às 08h56] 
Foto de divulgação – lançamento de nova edição de Os Lusíadas
Disponível em https://bit.ly/3kkoG9C - acesso em 16/02/2023 às 08h57
	A partir disso, considere o que aprendeu em suas aulas e indique as principais características das seguintes edições: (2,0 pontos)
a) Paleográfica
Neste tipo de edição tem como objetivo apresentar as mesmas características gráficas do original, o editor deve possuir um alto conhecimento dos diferentes tipos de letras e saber identificar o período do texto escrito. Essa ciência trabalha com a decifração e estrutura de materiais perecíveis como por exemplo: o papiro e o pergaminho. A paleografia estuda a mudança e a transformação dos tipos gráficos, distribuindo-os em períodos. 
b) Diplomática
É a transcrição rigorosa do texto, que conserva todas as suas características. É uma edição que não se prende apenas a parte gráfica de um documento, ela examina também os seus caracteres externos como, em que tipo de material é escrito (papiro, papel), os tipos de instrumentos utilizados no momento da escrita; tintas, o tipo de letra, padrões de linguagem e forma do documento. É a transcrição de textos antigos que não podem ser copiados por meios mecânicos.
c) Fac-símile
Nesta edição, faz-se uso de tecnologias, ou seja, as reproduções são feitas por meios mecânicos, por meio de digitalizações. Essa edição transcreve com rigor o texto original e facilita o acesso a qualquer texto que esteja em domínio público. 
d) Genética
A edição que mostra a ordem cronológica da obra em todo seu processo de escritura, desde um rascunho e tentativas de reescrituras, até o que mostrar ser o trabalho concluso. Assim acompanhando todo o percurso da escrita.

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